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Atelectasia

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Laura Mendes Martins 
Atelectasia 
 
Ausência parcial ou total de aeração do pulmão ou de parte dele  Colapso alveolar 
 
Principais Causas: 
 Adultos  “rolha” mucosa 
 Crianças  corpos estranhos 
 
Outras causas: 
 Linfonodomegalias com compressão do brônquio para o lobo médio  “síndrome 
do lobo médio” 
 Compressão ou invasão brônquica por tumor, aneurisma ou massa linfonodal 
 Derrame pleural e pneumotórax 
 Diminuição da produção de surfactante  redução da estabilidade alveolar 
 Pós-operatório ou pacientes com mobilizada reduzida  redução da mobilidade 
diafragmática (atelectasias basais) 
 
Se não ocorrer expansão  Infecção, Abscesso, Bronquiectasias localizadas e Fibrose 
 
ATELECTASIA OBSTRUTIVA 
 Obstrução da luz brônquica reabsorção do ar distal 
 Principais causas: 
o Intrínseca: corpo estranho, estenoses inflamatórias, tampão mucoso e 
tumor 
o Extrínseca: massas linfonodais, doenças inflamatórias e tumor 
 
ATELECTASIA POR COMPRESSÃO 
 Qualquer processo patológico que impeça a reexpansão pulmonar 
 Principais causas: 
o Pressão extrapulmonar: pneumotórax, derrame pleural, hérnias 
abdominais e grandes tumores extrapulmonares 
 
ATELECTASIA POR DEFICIÊNCIA DE SURFACTANTE 
 Membrana hialina: síndrome da angústia respiratória do recém-nascido 
 SARA: síndrome da angústia respiratória do adulto 
 Pneumonia por irradiação: pneumonia actínica 
 Embolia pulmonar 
 
ATELECTASIA POR DEFICIÊNCIA DE MOBILIZAÇÃO DA CAIXA TORÁCICA 
 Paralisia ou paresia da musculatura torácica: poliomielite, doenças neurológicas 
 Restrição de movimento: pós-trauma, pacientes internados 
 
 
LOCALIZAÇÃO 
Laura Mendes Martins 
 Pulmão inteiro 
 Lobar 
 Segmentar 
 Subsegmentar 
 Faixas atelectásicas 
 
SINAIS RADIOGRÁFICOS 
 Diretos 
o Aumento da densidade local (opacidade) 
o Deslocamento das cissuras interlobares (retração) 
o Ausência de broncograma aéreo 
 Indiretos 
o Elevação do diafragma 
o Desvio ipsilateral do mediastino 
o Redução dos espaços intercostais 
o Hiperinsuflação compensatória 
o Deslocamento do hilo e das cissuras 
o Herniação transmediastínica do pulmão 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Derrame Pleural 
 
INTRODUÇÃO 
 Extravasamento de líquido na cavidade pleural, determinando uma imagem densa 
delimitada por uma linha curva (parábola de Damoiseau) 
 Estado normal: 10-15 ml 
 Acúmulo primeiramente no seio costofrênico posterior 
Laura Mendes Martins 
 Pequenos derrames: Laurell, US e TC 
o PA: 100 a 200 ml 
 
OBJETIVOS DAS IMAGENS DIAGNÓSTICAS: 
 Detecção do derrame e diferenciação com outras doenças pleurais (espessamento 
fibroso e tumores) 
 Detecção de doença pulmonar ou abdominal em associação 
 
DERRAME PLEURAL LIVRE 
 Opacidade homogênea delimitada internamente por uma linha curva (parábola de 
Damoiseau); 
 Apagamento dos ângulos costo e cardiofrênicos 
 Borramento do contorno do diafragma 
 Velamento parcial ou total do hemitórax 
 Desvio do mediastino para o lado oposto 
 Mobilidade do líquido livre (Laurell) 
 
DERRAME LOCULADO 
 Aderências entre a pleura visceral e parietal que resultam no desenvolvimento de 
coleções septadas 
 Opacidades redondas mal definidas 
 Opacidades semicirculares que formam um ângulo obtuso com a parede torácica 
 
DERRAME INTERLOBAR 
 Acúmulo de líquido nas cissuras 
 Mais frequente na horizontal 
 “Tumores evanescentes” desaparecem com o tratamento da doença subjacente 
 Diagnóstico diferencial: atelectasia do lobo médio 
 
DERRAME SUBPULMONAR (INFRAPULMONAR) 
 Entre a base do pulmão e o diafragma 
 Esquerda: aumento da distância do pulmão aerado e a bulha gástrica > 2 cm 
 
PAQUIPLEURIS 
 Lesão residual 
 Aderência fibrosa entre os folhetos parietal e visceral 
 Pode ser seguida de calcificação pleural 
 
EMPIEMA 
 Acúmulo de líquido purulento 
 Ultrassom: presença de debris 
 
 
 
 
Laura Mendes Martins 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Enfisema Pulmonar 
 
Conceito: Aumento dos espaços aéreos após os bronquíolos terminais, com hiperdistensão 
e rotura das paredes alveolares e destruição do leito capilar 
 
EPIDEMIOLOGIA 
 210 milhões de pessoas ao redor do mundo 
 3 milhões de mortes / ano 
Laura Mendes Martins 
 Atualmente, mesma incidência entre homens e mulheres 
 Fase mais tardia da vida 
 Deficiência de alfa1-antitripsina: mais precoces 
 
CENTROLOBULAR 
 Hiperdistensão e rotura dos bronquíolos respiratórios localizados no centro do 
lóbulo 
 Conservação de uma faixa de parênquima normal (ductos e sacos alveolares da 
periferia do lóbulo) 
 Distribuição generalizada, com predomínio nos terços superiores 
 Etiologia básica: tabagismo 
 
PARASSEPTAL 
 Rotura das paredes dos sacos alveolares na periferia dos lóbulos 
 Enfisema acinar distal 
 Ocorre em indivíduos jovens, sem etiologia definida 
 Pode ser causa de pneumotórax espontâneo 
 
PANLOBULAR 
 Hiperdistensão, rotura e coalescência de todo o parênquima no interior do lóbulo 
pulmonar 
 Comprometimento difuso do ácino e lóbulo secundário 
 Distribuição generalizada, com predileção pelos terços inferiores 
 Relacionado à deficiência de alfa1-antitripsina 
 
CICATRICIAL 
 Destruição do parênquima pulmonar que acompanha qualquer tipo de fibrose 
 Não possui área de predileção (depende da doença de base) 
 Forma mais comum de enfisema 
 
SINAIS RADIOGRÁFICOS 
 Achados fundamentais: 
o Centrolobular: 
 Aumento moderado do volume pulmonar 
 Hipertransparência, mais acentuada nos terços superiores 
 Acentuação das marcas pulmonares nos terços inferiores 
 Sinais de hipertensão arterial pulmonar 
o Parasseptal 
 Pequenas áreas de paredes delgadas hipertransparentes situadas 
junto à pleura visceral 
 Mais frequente nos lobos superiores 
o Panlobular: 
 Grande aumento do volume pulmonar 
 Hipertransparência mais acentuada nos terços inferiores 
 Atenuação vascular, diminuição do número e calibre dos vasos 
 Presença de bolhas volumosas 
Laura Mendes Martins 
o Cicatricial: 
 Bolhas de enfisema junto às áreas de fibrose da doença pulmonar 
de base 
 Achados secundários: 
o Retificação e aumento dos espaços intercostais 
o Aumento dos espaços retroesternal e retrocardíaco 
o Retificação das cúpulas diafragmáticas • Coração “em gota” 
 
ASMA BRÔNQUICA 
 75%: RX normal 
 Crises agudas: 
o Hiperinsuflação 
o Alargamento dos espaços intercostais 
o Leve retificação diafragmática 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Pneumotórax 
 
INTRODUÇÃO: 
 Presença de ar entre as pleuras parietal e visceral 
 RX em expiração: mais importante que o exame convencional em inspiração 
 Aumento relativo na área ocupada pelo pneumotórax 
 Aumento do contraste entre o pneumotórax (hipertransparente) e o pulmão 
adjacente (mais denso) 
Laura Mendes Martins 
 Sempre procurar nas regiões apicais 
 
ESPONTÂNEO 
 Sem causa definida ruptura de pequenas bolhas subpleurais, não visíveis ao 
estudo convencional 
 Ar penetra na cavidade por uma abertura na pleura visceral 
 Podem ser encontrados: enfisema e bolhas 
 História de recorrência 
 
HIPERTENSIVO 
 Defeito tipo válvula unidirecional 
 Colabamento completo do pulmão 
 Desvio do mediastino para o lado oposto 
 Depressão diafragmática 
 Pode levar à compressão dos grandes vasos 
 Emergência médica diagnóstico clínico e não radiológico 
 
 
TRAUMÁTICO (ABERTO) 
 O ar penetra através de ferimentos perfurantes 
 Cirurgias do abdome superior 
 Toracocentese, biópsias torácicas 
 Trauma nos pulmões e nos brônquios 
 Fratura de costelas 
 
RADIOGRAFIA 
 Limite externo nítido, pleura visceral visível 
Laura MendesMartins 
 Ausência de parênquima periférico, não se visibiliza a vascularização 
 Redução do volume pulmonar (aumento da densidade)

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