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OS ESCRITOS JOANINOS - PARTE 2

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PARTE 2 – OS ESCRITOS JOANINOS – DEUS, O FILHO.
INTRODUÇÃO
· João 20.24-31 – ver.
· Conforme já afirmado, a cristologia é a linha de frente de todos os escritos
joaninos do Novo Testamento. O que, conforme demonstram os argumentos, é
o principal tema do Evangelho de João relaciona-se à revelação de quem é Jesus:
o Filho de Deus, Ele mesmo uma divindade, enviado pelo Pai. Se o ponto culminante do quarto Evangelho ocorre, em 20.28, quando Tomé proclama Jesus:
“Senhor meu, e Deus meu!”, a força propulsora de toda a obra está resumida na
passagem 20.31 que indica que o propósito do Evangelho de João é levar o leitor
à compreensão apropriada de quem é Jesus e, assim, ter vida eterna.
· A cristologia também é de grande importância nas epístolas joaninas. Primeira João 1.1 declara: “O que era desde o princípio, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida”. A “Palavra da vida” não é outro que não Jesus, e João escreve para afirmar a cristologia ortodoxa dos destinatários da epístola em contraste com a cristologia heterodoxa proposta pelos oponentes secessionistas. Assim, a compreensão apropriada de quem é Jesus, em especial, em relação a sua vida e ministério terrenos, é o cerne da controvérsia que se encontra por trás das três epístolas joaninas.
· A cristologia também é importante no livro de Apocalipse. Na verdade, todo o conteúdo do livro é descrito como “Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer” (Ap 1.1). A visão de João do Cristo exaltado domina o capítulo de abertura do livro (1.12-18). O tema do livro é a vitória final de Jesus Cristo sobre todos os inimigos e o estabelecimento de seu reino terreno.
1. DEUS, O FILHO – NO EVANGELHO.
A. SUA DIVINDADE 
i. Afirmação explícita - No Evangelho de João, encontramos na exclamação de Tomé, em João 20.28, a afirmação clara e culminante da divindade de Jesus. “Senhor meu, e Deus meu!”
ii. No prólogo - Esse título é introduzido no prólogo e enfatizado muitas vezes do início ao fim do Evangelho. João 1.1 faz três afirmações a respeito da Palavra (o Logos, identificada como Jesus em 1.14). A primeira, a Palavra já existia antes da ordem criada existir. A segunda, a Palavra tem um relacionamento pessoal e íntimo com Deus. A terceira, a Palavra, em essência, é totalmente divina (a ARC fornece uma tradução útil aqui: “o Verbo era Deus”).
iii. Os sete sinais milagrosos de João 2.1 à 11.44 – Cada um deles tem seu lugar na narrativa de João como expressão de alguma faceta da pessoa e da obra de Jesus, mas, além disso, todos eles apontam a origem celestial, a autoridade divina e a plena divindade de Jesus. Em João 10.37,38, Jesus mesmo afirma isso de forma explícita: “Se não faço as obras de meu Pai, não me acrediteis. Mas, se as faço, e não credes em mim, crede nas obras, para que conheçais e acrediteis que o Pai está em mim, e eu, nele”. Os próprios sinais milagrosos testemunham quem é Jesus. (Ver discussão completa em Zuck – p.197-201)
iv. As afirmações: “Eu sou” – As afirmações: “Eu sou”, são exclusivas do evangelho de João. Elas, como afirmações de Jesus na primeira pessoa, formam uma parte relevante da auto-revelação dEle.
· No Evangelho de João há sete afirmações: “Eu sou”, que fazem asserções a respeito de Jesus. Este usa essa construção para fazer asserções sobre si mesmo como o “pão da vida” (6.35), a “luz do mundo” (8.12), “a porta” (10.7), “o bom Pastor” (10.11), “a ressurreição e a vida” (11.25), o “caminho, e a verdade, e a vida” (14.6), “a videira” (15.1). Cada uma dessas metáforas ilustra algum aspecto da pessoa e da obra de Jesus.
· As afirmações absolutas: “Eu sou”, (sem predicativos) vão mais longe. Quatro dessas afirmações fazem asserções explícitas da identificação de Jesus com Deus (João 8.24,28,58; 13.19). João 8.58 apresenta a mais clara e mais extraordinária delas: “Antes que Abraão existisse, eu sou”. A afirmação de Jesus alude de forma evidente a Exodo 3.14, e a resposta de seus oponentes deixa claro que eles entenderam as palavras de Jesus como uma afirmação de identificação divina. Eles se prepararam para apedrejá-lo, pois, de acordo com a compreensão deles, essa declaração era uma blasfêmia (v. 59).
B. SUA HUMANIDADE
i. Repetidas vezes ele se refere a Jesus como ser humano (João 4.29; 5.12; 7.46; 9.16; 11.47). O próprio Jesus disse que era um ser humano: “Procurais matar-me, a mim, homem que vos tem dito a verdade” (8.40, ARC). 
ii. O mesmo, fizeram seus inimigos: “Não é por obra boa que te apedrejamos, e sim por causa da blasfêmia, pois, sendo tu homem, te fazes Deus a ti mesmo” (10.33). Interessante nessa última passagem é que, ao mesmo tempo que os judeus reconheciam que jesus afirmava ser mais do que um ser humano, eles claramente o viam como ser humano. Portanto, o próprio Jesus e também os que o cercavam não tinham dúvidas quanto à sua humanidade.
iii. O lugar que João dá à paixão de Cristo é mais uma evidência de que a natureza humana de Jesus é uma realidade. Morrer é humano. A natureza humana de Jesus é importante para a compreensão do propósito do que João inclui em seu evangelho.
2. DEUS, O FILHO – NAS EPÍSTOLAS.
A. SUA HUMANIDADE
i. A abertura de 1 João é notável por sua insistência acerca daquilo que foi visto, ouvido e tocado a respeito do Verbo da vida (1Jo 1.1). Esse é um prelúdio para a condenação específica daqueles que negam que Jesus é o Cristo (1 Jo 2.22) e daqueles que negam que ele veio em came (1 Jo 4.2,3; 2Jo 7).
ii. A maioria dos exegetas concorda que alguma forma de docetismo, que negava a realidade da encarnação, está sendo combatida. Se fosse feita uma distinção entre o Cristo celestial e o Jesus humano e o primeiro fosse favorecido em detrimento do segundo, isso não apenas seria uma cristologia inadequada, mas seria uma espécie de “antícristo”, como mostram todas as anteriores afirmações. Não pode haver dúvida, portanto, de que na época em que essas cartas foram escritas havia uma necessidade premente de se afirmar a real humanidade de Cristo porque ela estava sendo enfraquecida.
B. SUA DIVINDADE
i. Provavelmente o motivo que levou João a escrever as epístolas, especialmente 1João, não tem a ver com a necessidade de reafirmar a divindade de Cristo, pelo contrário, o que disparou as escritas foi a negação da humanidade de Jesus.
ii. O escritor está enfrentando forte oposição, até de alguns que haviam saído do grupo (lJo 2.19) e de outros que ficaram (3Jo 9), entre os quais havia os que afirmavam ser inspirados (lJo 4.1-3). Como os cristãos podiam saber quem estava certo e quem estava errado? João é muito claro: a atitude em relação a Jesus é decisiva. Aparentemente havia alguns que tinham um conceito altamente “espiritual” da natureza divina, e muito baixo da matéria. Eles achavam que a divindade não podia ter nenhum contato com a matéria, e por isso não podia haver encarnação. Para eles, o homem Jesus não podia ter sido o Cristo divino.
iii. As epístolas de João deixam evidentes que negar qualquer aspecto da natureza dual de Jesus é negar ao próprio Deus e negar sua obra. Quem nega a humanidade é porque verdadeiramente não conhece sua divindade.
3. DEUS, O FILHO – NO APOCALIPSE.
A. SUA DIVINDADE
i. Apocalipse mostra o triunfo do Cordeiro de Deus. A divindade de Jesus é evidenciada pela visão exaltada do Cristo e pela sua vitória final na consumação do seu Reino. Jesus é cordeiro que foi morto e reviveu, mas é também o Deus Soberano que tem o controle e o destino da humanidade em suas mãos (Ap 1.17-18.; 22.13).
B. SUA HUMANIDADE
i. O livro de Apocalipse é centralizado no Cristo celestial ressurreto, há pouca ênfase sobre sua humanidade. Contudo, até mesmo na visão do Senhor assunto, em Apocalipse 1.13, a descrição é de uma pessoa “semelhante a filho de homem” (ecoando a linguagem de Dn 7). Há referências à sua morte real (Ap 1.7; 1.18). A humanidade também é expressa nas referências ao Cordeiro imolado. Essas alusões são suficientes para identificar o Cordeiro triunfante com aqueleque viveu sobre a terra e teve uma morte redentora.
NA PRÓXIMA SEMANA
· PARTE 3 – OS ESCRITOS JOANINOS – DEUS, ESPÍRITO SANTO.
· PROVA 3.
PROF. AARON SANTOS 	(aaron_cgr@hotmail.com) 	TBNT /2017.2

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