Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Breno Mateus e Carlos Antônio CRICOTIREOIDOSTOMIA 1. INTRODUÇÃO • Acesso as vias aéreas através da membrana cricotireoidea; • Existem duas formas: incisão cirúrgica e punção percutânea; • Na cirúrgica, o diâmetro do tubo é limitado a 7 mm. 2. INDICAÇÕES • Situação de emergência de “não ventila, não entuba”; • Obstrução ou deformidade da VAS; • Traumatismo que impossibilita a entubação; 3. PROCEDIMENTO Preparação e materiais necessários: material para antissepsia e anestesia (gazes estéreis, solução antisséptica, luvas estéreis, seringas e agulhas; material cirúrgico (lâmina de bisturi e fio cirúrgico de nylon 3 ou 4-0); kit comercial para realização da cricotireoidostomia; pode ser utilizado cateter intravenoso agulhado de 14G ou tubo endotraqueal ou cânula de traqueostomia. 4. TÉCNICA 1. Paciente em decúbito dorsal, com cabeça estendida. Identificar membrana cricotireoidea; 2. Realizar antissepsia da região e anestesia do local de punção; 3. Mantenha manualmente a cartilagem tireóidea estabilizada; 4. Realizar incisão na região e puncionar com o cateter agulhado na linha média sobre a membrana cricotireoidea no sentido craniocaudal. O cateter agulhado deve estar conectado à uma seringa e durante sua inserção deve-se aplicar uma pressão negativa por aspiração; 5. Parar a inserção da agulha quando ocorrer aspiração de ar e prosseguir apenas com a inserção do cateter; 6. Retirar a agulha e a seringa, e introduzir o fio guia; 7. Após a inserção do fio guia, retirar o cateter; 8. Introduza a cânula de cricotireoidostomia montada sobre o dilatador utilizando o fio guia como orientação; 9. Retire o fio guia e o dilatador, conecte o sistema de ventilação à cânula e inicie a ventilação; 10. Confirmar o posicionamento pela ausculta dos campos pulmonares; 11. Realizar raio-x. Breno Mateus e Carlos Antônio 5. CONTRAINDICAÇÕES • Obesidade mórbida e aumento do tamanho da tireoide; • Epiglotite e outros processos inflamatórios na região glótica; • Obstrução de vias aéreas nas estenoses subglóticas. 6. COMPLICAÇÕES • Pneumotórax/pneumomediastino; • Enfisema subcutâneo; • Perfuração esofágica; • Lesão das cordas vocais e tireoide; • Mudança de voz; • Obstrução de vias aéreas; • Hipercarbia/hipoxemia; • Fístula traqueoesofágica; • Traqueomalacia.
Compartilhar