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HABILIDADES MÉDICAS IGOR VASCONCELLOS NUNES @ I GOR .VNUNES TÉCN ICAS E PROCED IMENTOS Sumário 1. Acesso venoso central 2. Drenagem torácica 3. Sonda nasogástrica e nasoenteral 4. Intubação orotraqueal 5. Cricotireoidostomia e traqueostomia 6. Sonda uretral Habilidades Médicas e Atitudes Acesso Venoso Central • Posicionamento de um dispositivo de acesso vascular cuja extremidade atinja a veia cava superior ou inferior (ou mesmo no átrio direito). • Proporciona acesso mais estável e confiável à circulação sistêmica em comparação com o acesso venoso periférico, além de evitar problemas resultantes da administração de medicamentos irritantes ou vasoconstrictores, devido ao menor risco de extravasamento e à diluição destes medicamentos pelo alto volume do fluxo sanguíneo venoso central. • Possibilita a monitorização da pressão venosa central e a coleta de amostras de sangue para exames de laboratório. • O acesso venoso central é de extrema importância para o intensivista. Na UTI a manutenção do acesso periférico torna- se muitas vezes inviável em virtude das hipotensões graves que ocasionam o calapso da circulação periférica, dificultando punção, e a permanência por períodos maiores de 3 dias do acesso, que muitas vezes não é permitida. Obs.: 1 gota = 3 microgotas / 1 ml = 20 gts ou 60mcgts / 500 ml = 10.000 gts. Para correr 500 ml em 1h (3.600 seg), então: 10.000/3.600 = 2.7, ou seja, aproximadamente 3 gotas/seg. • Hipovolemia refratária; • Monitorização hemodinâmica invasiva; ➢ Pressão venosa central [PVC]; ➢ Pressão de artéria pulmonar – Swan-Ganz; ➢ Débito cardíaco por termodiluição. • Acesso vascular para a infusão de drogas vasoativas ou de soluções cáusticas, irritantes ou hiperosmóticas; • Terapêutica substitutiva renal de urgência (hemofiltração, hemodiálise); • Acesso vascular de longo prazo para nutrição parenteral prolongada ou quimioterapia; • Reposição rápida de fluidos ou sangue no trauma ou cirurgia (hipotensão grave); • Terapia de ressincronização cardíaca (TRC) através do uso de marcapasso (MPC); • Acesso periférico difícil. • Contraindicações gerais. ➢ Infecção da área subjacente ao local de inserção. ➢ Trombose da veia em questão. • Contraindicações relativas. ➢ Coagulopatia. ➢ Pneumopatias graves para acesso subclávio. ➢ Deformidades anatômicas localizadas. ➢ Pós uso de trombolítico ou em uso de heparinização. • Contraindicações absolutas. ➢ Discrasias sanguíneas. ➢ Coagulopatia. Obs.: na necessidade, avaliando riscos, as punções devem ser realizadas na região cervical a qual permite compressão mecânica local. Antes de punção eletiva, faz-se necessário a contagem de plaquetas < 20.000 contraindica a punção, e solicitar coagulograma com medidas de TP e TTPA. • Trombose e flebite/tromboflebite supurativa (complicações mais comuns); • Secção do cateter; • Pneumotórax; • Punção carotídea; • Embolia; • Hematoma localizado; • Infusão mediastinal, portanto, somente infundir no primeiro momento SF a 0,9%. Obs.: as complicações ocorrem mais frequentemente em lactentes e crianças do que em adultos. Obs.: as infecções ocorrem por bactérias Gram negativos ou estafilococos, sendo preocupante os multirresistentes. Obs.: não há definição para o tempo de permanência do cateter, não devendo ultrapassar 3 semanas, como consenso, permanece até apresentar sinais localizados ou sistêmicos que possam indicar infecção, como febre sem foco aparente. Retira-se e encaminha para cultura. A utilização de cateteres com bactericidas tem-se demonstrado promissora, ainda em avaliação custo-benefício. Obs.: a fisioterapia torácica deve ser evitada nas primeiras 2 horas, aguardando a radiologia de controle para localização do cateter e descartar punções pleurais com pneumotórax. • Veia femoral. • Veia jugular externa (VJE). • Veia axilar. • Veia jugular interna (VJI): punção homolateral com inclinação de 30º em direção ao mamilo no ápice do triangulo formado pelas duas cabeças do músculo esternocleidomastoideo, tendo a clavícula como base (identificar visualmente, ou por palpação, a posição da veia jugular externa, para evitar sua punção acidental); • Veia subclávia (VSC): pressionar com polegar o local da punção e direcioná-la para o manúbrio esternal com o indicador, punção no ponto médio do terço médio da clavícula (triângulo deltopeitoral) em direção ao manúbrio esternal (dedo indicador); • Dissecção de veia periférica (ex.: VF, VJE). Obs.: o acesso jugular direito é o mais indicado, sobretudo em pacientes acima de 60 anos com deformidades torácicas ou em ventilação mecânica (VM) com alta dependência de PEEP ou pressões inspiratórias. Isso porque, do lado direito a cúpula pleural é INDICAÇÕES CONTRAINDICAÇÕES COMPLICAÇÕES LOCAIS DE INSERÇÃO Habilidades Médicas e Atitudes mais baixa (menor risco de pneumotórax, especialmente na punção de VSC), o trajeto até o átrio direito é mais retilíneo (menor possibilidade de mau posicionamento do cateter, especialmente pela VJI). A punção esquerda deve ser evitada por ter a passagem do ducto torácico (menor risco de quilotórax). Na VM, ao puncionar, deve-se desconectar o ventilador por não mais que 15 segundos. • Intracath. É o mais rotineiramente utilizado, mas seu uso vem sendo substituído por cateteres, contudo não há benefício teórico com equipe treinada. • Cateter de mono e duplo lúmen (Broviac-Hickman), ambos com fio-guia. • Luvas estereis, gorro, mascara, avental esteril e campos estereis. • Material de antissepsia: gaze e clorexidine ou polvidine. • Material para anestesia: agulhas 22G e 28G (preta e rosa), lidocaina 2% sem vasoconstritor e seringa de 10 mL. • Material de sutura para fixar o cateter: fio de nailon, porta agulha, tesoura e pinca com dente. • Kit cateter. • Lamina de bisturi. • Explique ao paciente consciente toda a sequência dos procedimentos a que ele será submetido. ➢ Em situações de agitação psicomotora pode ser necessária sedação mínima, fração decimal (2cc) de midazolam diluído em 10 ml de AD. • A técnica de punção mais utilizada e mais segura é a de Seldinger, com complicações que variam de 0,5 a 10%. ➢ Essa técnica permite a introdução de cateteres na circulação venosa central após entrar na veia com uma agulha de pequeno calibre, ou um cateter sobre agulha. ➢ Uma vez obtido o fluxo de sangue livre através da agulha ou cateter, um fio-guia é passado no vaso, e a pequena agulha ou cateter é retirada mantendo-se o fio-guia no lugar. ➢ Um grande cateter, ou uma bainha de introdução de cateter, é então introduzido sobre o guia dentro do vaso, e o guia é retirado. ➢ Se for usada bainha de introdução de cateter, ambos, a bainha e o dilatador, são passados sobre o guia. ➢ O guia e o dilatador são então removidos simultaneamente, deixando a bainha na veia calibrosa. • Antissepsia extensa na região, com trocas de luvas após o término da mesma. ➢ O uso de máscara deve ser realizado já neste momento. • O bloqueio deve ser feito vagarosamente com introdução de agulha IM e já servindo como “punção de prova” para localização que deve ser avaliada a possibilidade de abandoná- lo após três tentativas. • Na punção jugular a localização da artéria carótida é fundamental, protegendo-a de punção acidental, que caso ocorra, mantenha compressão local por tempo maior de 3 minutos intermitentes, com cautela no idoso. ➢ A falha do cateterização se dá entre 5 a 10%. ➢ A dor é importante sintoma pós-punção, ocorrendo entre 35 a 40% dos casos, portanto avaliar a necessidade de analgesia EV prévia e/ou posterior. • Antissepsia da pele; • Colocação de campos cirúrgicos, deixando expostos para visualização e palpação a mastóide, carótida, clavícula, fúrcula esternal e borda lateral do músculo esternocleidomastoideo (ECM); • Laveas mãos (clorexidina degermante); • Coloque luvas; • Posição: Trendelenburg, e face voltada para o lado oposto ao da punção. • Identificar o local da punção: VJI (ápice do triângulo das inserções do ESCM)/VSC (ponto médio do 1/3 médio da clavícula); • Infiltrar a pele com solução anestésica (lidocaína a 1% s/ vasoconst., 1-2ml / xilocaína a 2%); • Usando técnica asséptica, VJI (30° em direção ao mamilo ipsilateral)/VSC (pressionar com o polegar no local da punção e direcioná-la ao manúbrio esternal - introduza a agulha abaixo da clavícula, na junção do 1/3 médio e proximal da clavícula); • A introdução da agulha deve ser feita com aspiração contínua; caso não seja aspirado sangue, deve-se retirar a agulha pelo mesmo trajeto, sempre com sucção mantida. Uma vez que o fluxo sanguíneo é obtido pode ser necessário realizar um movimento de rotação da agulha, reposicionando o bisel, a fim de facilitar a passagem do cateter para a veia cava superior; • Desconectar a seringa, introduzir o fio guia e retirar a agulha durante a ventilação com pressão positiva ou expiração espontânea; • Fazer incisão de 3mm na pele; • Vestir o fio guia com dilatador, introduzi-lo na veia até o átrio direito, retirar o dilatador; • Vestir o fio guia com cateter, introduzi-lo na veia; • Inserir o fio-guia suavemente para dentro do vaso, que deve progredir sem nenhuma resistência; se presente, não forçar a progressão e providenciar uma outra punção. Ao final da DISPOSITIVOS MATERIAIS TÉCNICAS PROCEDIMENTO DE PUNÇÃO DA VJI PELA TÉCNICA DE SELDINGER Habilidades Médicas e Atitudes progressão do fio-guia até o átrio direito, retirar a agulha segurando e mantendo firme o fio-guia no lugar; • Com o fio-guia em posição, fazer uma pequena incisão (± 3 mm de extensão), com uma lâmina de bisturi, junto à sua entrada na pele, para facilitar a passagem do dilatador venoso. • Vestir o fio-guia com o dilatador e empurrar o conjunto todo para dentro da veia. Em seguida, remover o dilatador, mantendo o fio-guia em posição. Comprimir o orifício de entrada na pele para evitar sangramentos desnecessários; • Vestir o fio-guia com o cateter e introduzir o conjunto todo para dentro do vaso até a junção da veia cava superior e átrio direito. Em seguida, retirar o fio-guia e um aparelho de infusão deve ser então conectado depois de retirado todo o ar do equipamento; • Finalmente, realizar o teste do refluxo de sangue através dos lúmens do cateter, que deve ser livre e fácil (teste: conectar SF 0.9%, abaixando o frasco para permitir refluxo). Se o sangue não refluir imediatamente, o cateter pode estar colocado contra a parede do vaso ou do átrio direito (o cateter deve então ser retirado); • Fixar cateter com fio de náilon nº 3-0 na pele; • Efetuar curativo oclusivo e etiquetar o cateter com as seguintes informações: o tipo e calibre do cateter (Gauge), a hora e data que foi realizado o procedimento, e nome de quem o realizou; • Auscultar pulmão buscando a presença de murmúrio vesicular bilateralmente; • Solicitar RX de tórax para verificar posição da extremidade do cateter e descartar pneumotórax e hemotórax. • Tempo de permanência variável, devendo-se levar em consideração a necessidade de infusão por veia central. • Com cuidados rigorosos, a permanência pode ser de 30 dias, o que implica o aumento da frequência das complicações tardias. Portanto, o cateter venoso central deverá ser retirado assim que terminar sua indicação médica. • Alguns cateteres semi-implantáveis ou implantáveis tipo Portocath ou Permcath podem ter seu tempo de permanência muito longo (meses ou anos) dependendo dos cuidados com seu manuseio. • Cuidados observados na retirada do cateter venoso central, devendo ser de responsabilidade médica ou da enfermagem: ➢ Paciente posicionado em decúbito dorsal; ➢ Retirar cuidadosamente o curativo; ➢ Realizar a antissepsia; ➢ Cortar os pontos cirúrgicos; ➢ As vias de infusão deverão estar totalmente pinçadas; ➢ Retirar o cateter venoso central; ➢ O orifício da inserção do cateter venoso central deve ser rapidamente fechado, com curativo oclusivo para evitar sangramento local. TEMPO DE PERMANÊNCIA DO CATETER VENOSO CENTRAL RETIRADA DO CATETER VENOSO CENTRAL Habilidades Médicas e Atitudes Drenagem Torácica • Pneumotórax. • Hemotórax. • Hemopneumotórax. • Derrame pleural sintomático ou recidivante. • Empiema pleural. • Quilotórax. • Pós procedimento cirúrgico (com abertura de pleura). • Emergênciais (até 24h precisa de drenagem). • Ruptura esofágica (protocolo de drenagem bilateral). • CI absoluta (adesão pulmonar completa). • Relativas. ➢ Coagulopatias ou uso de anticoagulantes orais. ➢ Doenças infecto-inflamatórias e neoplásicas com aderência no local de drenagem. • Material de antissepsia. ➢ Pinça Foerter. ➢ PVPI tópico ou Clorexidina alcoólica. ➢ Gaze. • Campo cirúrgico. • Anestérico lidocaína 1-2%. • Agulha e seringa para anestesia. • Cabo de bisturi (n° 3 ou 4). • Lâmina de bisturi (n° 11 ou 15 para o cabo 3 ou 21, 22, 23 ou 24 para o cabo 4). • Pinça hemostática Kelly ou Rochester. • Material para sutura. ➢ Porta-agulha Mayo-Hegar. ➢ Pinça traumática. ➢ Fio Certix (agulhado). ➢ Tesoura reta. • Material para curativo. ➢ Gaze. ➢ Esparadrapo ou micropore. • Dreno. ➢ Tubular, siliconizado e semi-rígido. ➢ Diâmetro de 2-6mm (6-26 French) para uso pediátrico e 5-11mm (20-40 French) para uso adulto. ❖ 24-38F (28F de escolha). • Sistema selo d`água. ➢ Plástico ou vidro. ➢ Permite o controle e o aspecto do volume drenado. • Comunicação: sempre conversar e explicar o procedimento e o motivo do procedimento (dar previsão de tempo tranquiliza o paciente). • Paciente colocado em decúbito dorsal. • Anestesia-se a pele, subcutâneo e periósteo. • Incisão paralela aos arcos costais (acima da costela inferior), no 5° EIC anterior à linha axilar média. ➢ Homem: mamilo ou sulco inframamário. ➢ Mulher: entre a linha axilar anterior e média no 5º EIC. ➢ Borda superior da costela inferior. • Cria-se um caminho subcutâneo por dissecção com uma pinça hemostática até a pleura parietal, que então é aberta. ➢ Digitocrasia é obrigatório. ➢ Procurar aderência, corpo estranho e consistência do órgão (pulmão mais espesso, fígado liso, maciço). • O dreno deve ser pinçado com a Kelly ou Rochester na extremidade em que será inserido na cavidade (proximal) e na porção distal. • Com o auxílio de uma pinça tipo Kelly ou Rochester, o dreno é introduzido na cavidade e direcionado posterossuperiormente e depois a pinça proximal é retirada. • O dreno é conectado ao sistema sela d`água e depois a pinça Kelly ou Rochester distal deve ser retirada. • Fixa-se o dreno à pele com ponto em ´´U`` (abraçado ao dreno sem transfixá-lo). • O fio é trançado ao redor do tubo à moda de bailarina. • Curativo oclusivo ao redor do local de inserção do dreno. • Vedação da extremidade distal do dreno com o encaixe do selo d`água, utilizando esparadrapo ou micropore. • Confecção do meso para fixação do sistema no flanco ipsilateral. • Raio-x de tórax ou toracotomia somente se: ➢ Hemotórax maciço: tórax maciço à percussão ❖ Ausência de estase não descarta o hemotórax, porque a perda de sangue (1,5L) pode levar ao choque hipovolêmico. ➢ Pneumotórax hipertensivo: tórax hipertimpânico, estase de jugular, desvio de traqueia, MV abolido. • Laceração de órgãos intratorácicos → Cirurgia. • Lesão de feixe vasculonervoso → Exploração cirúrgica. • Posicionamento errado do dreno → Reposicionar se não for eficaz. • Pulmão não expande devido a obstrução → Procedimentos broncoscópicos. • Enfisema subcutâneo → Conservador → Cateter subcutâneo (se volumoso). Obs.: só reposicionaro dreno se não estiver eficaz (borbulhando). Obs.: benzo só precisa ser usado em pacientes não colaborativos. Obs.: crianças sempre sob sedação. INDICAÇÕES CONTRAINDICAÇÕES MATERIAL TÉCNICA COMPLICAÇÕES Habilidades Médicas e Atitudes Sonda Nasogástrica e Nasoenteral • Sonda nasogátrica. ➢ Aspirar conteúdo gástrico. ➢ Prevenção de broncoaspiração. ➢ Lavagem esofágica. ➢ Uso de medicações. ➢ Alimentação. • Sonda enteral (sonda de demora). ➢ Uso de medicações. ➢ Alimentação. • Fratura de face ou de base de crânio. • Estenose esofágica. • Varizes de esôfago. • Diátese hemorrágica. • Separar os materiais: ➢ Sonda nasogástrica ➢ Gaze ➢ Benzina ou éter ou álcool ➢ Xilocaína/Lidocaína gel ➢ Fita adesiva ou esparadrapo ➢ Seringa de 20 ml ➢ Copo com água ➢ Estetoscópio ➢ Luvas de procedimento ➢ Biombo SN ➢ Saco para lixo. ➢ Campo. • Explicar o procedimento ao paciente e familiares. • Considerar: lavagem simples das mãos e paramentação com gorro e máscara. • Considerar: cabeceira da cama está na posição de Fowler – 45° (cabeceira inclinada para frente ou decúbito horizontal com cabeça fletida). • Calçar luvas de procedimento. • Colocar campo sobre o paciente. • Limpar o nariz e a testa com gaze e benzina para retirar a oleosidade da pele. ➢ Pode ser feita com SF ou álcool 70%. • Medir a sonda e marcar com adesivo. ➢ Do lóbulo da orelha até a ponta do nariz, da ponta do nariz até a base do apêndice xifoide. ➢ Acrescentar 10-20 cm em caso de sonda nasoenteral. • Lubrificar a sonda com Lidocaína em gel. ➢ Pode ser colocado um pouco de lidocaína em gel na narina do paciente e pedir para ele inspirar/inalar. • Escolher a narina e introduzir a sonda, pedindo ao paciente que degluta. ➢ Introduzir até a marca do adesivo • Testar a sonda injetando ar, e auscultando o epigástrio. • Fixar a sonda com adesivo ou esparadrapo. • Encaminhar o paciente para Raio-X para confirmar o local da sonda. • Liberar a sonda para uso no prontuário. Obs.: sonda de Levine – orogástrica – RN. INDICAÇÕES CONTRA INDICAÇÕES TÉCNICA Habilidades Médicas e Atitudes Intubação Orotraqueal • Procedimento mais comumente realizado para se garantir uma via aérea definitiva, não só em situações completamente controladas, como no caso de anestesias gerais em cirurgias eletivas, mas também em situações emergenciais em pronto- socorros e UTI. ➢ Nestas ultimas situações, o manuseio adequado da via aérea e condição fundamental e mundialmente conhecida e consagrada pelo Suporte Avançado a Vida em Cardiologia (ACLS). • Existem múltiplas modalidades de intubação traqueal. As mais comuns incluem a modalidade orotraqueal e a nasotraqueal, as quais podem ser realizadas sob visão direta com laringoscópio ou fibroscópio, ou então às cegas, sob orientação pelo tato e de forma retrograda. • Situação na qual se deseje controle definitivo da via aérea: falências das funções básicas pulmonares (oxigenação e ventilação). • Parada cardiorrespiratória (PCR). • Risco de aspiração (rebaixamento do nível de consciência com escala de coma de Glasgow < 8). • Obstrução de vias aéreas. • Condição que pode cursar com obstrução de vias aéreas (anafilaxia, infecções e queimadura de vias aéreas). • Anestesia geral. • Instabilidade hemodinâmica – chorque. • • Procedimento em situações em que se prevê a evolução clínica para os desfechos citados, com o intuito de se minimizarem os riscos e as complicações da sua realização em caráter de urgência. • Dados contraindicam ou dificultam a IOT: ➢ Abcesso faríngeo. ➢ Edema. ➢ Obstrução (a causa mais comum da obstrução é a queda da língua para a faringe posterior devido à perda do tônus nos músculos submandibular). ➢ Trauma de face ou infecção. ➢ Epiglotite epidêmica. ➢ Tumor com deformidade da via aérea alta. ➢ Indicação para traqueostomia eletiva. • O acesso cirúrgico da via aérea deve ser preferido em secções parciais de traqueia, pelo risco de secção completa durante a intubação. • Lesão cervical instável ou a sua suspeita não contraindicam a IOT, contudo, a estabilização da coluna cervical deve ser mantida durante todo o procedimento. ➢ A parte anterior do colar cervical pode ser aberta para abertura da boca do paciente. • Se a IOT não é imediatamente requerida, a dificuldade para a intubação deve ser avaliada. Dados úteis para predizer dificuldade são: ➢ História de intubação prévia difícil. ➢ Mobilidade cervical limitada. ➢ Micrognatia. ➢ Abertura oral limitada. ➢ Curta distância tireomentoniana. ➢ Escala de Mallampati modificada ≥ 3. • Na presença de qualquer dificuldade, outras possibilidades devem ser consideradas e incluem o uso de mascara laríngea, auxílio de broncofibroscopia, uso de sondas-guias ou preparo para acesso cirúrgico da via aérea (crico ou traqueostomia). • Avaliação do grau de dificuldade da Intubação: - ➢ Distância inter-incisivos > 3cm. ➢ Distância Tireomentoneana ≥ 6cm. ➢ Distância Esternomentoneana > 12cm. ➢ Comprimento dos incisivos superiores – curtos. ➢ Conformação do palato – não estreito. ➢ Protusão voluntária da mandíbula – dentes mandibulares ultrapassam linha dos maxilares. • Obstrução / Queda de língua. ➢ Elevação do queixo – Manobra Chin-Lift sem suspeita de lesão medular. ➢ Elevação da mandíbula - Manobra de Jaw-Trhust com suspeita de lesão medular • Respiração ruidosa/ "borbulhas“: aspiração (sonda rígida). • Checar material a ser utilizado (balonete da cânula, laringoscópio, fio-guia, material para aspiração); • Posicionar o paciente corretamente (a altura da maca onde o paciente encontra-se deve ser ajustada para que a cabeça deste fique ao nível inferior do esterno do médico que procedera a IOT); • Colocar o paciente na posição olfativa (sniffing position) com a inserção de um coxim (10-15 cm de altura, em media) em região occipital. Em obesos devem-se posicionar os coxins sob ombros, escapulas e região occipital (ramped position); INDICAÇÕES CONTRAINDICAÇÕES AVALIAÇÃO DAS VIAS AÉREAS TÉCNICA Habilidades Médicas e Atitudes • Pré-oxigenar o paciente com 100% de oxigênio (máscara com válvula unidirecional e bolsa-reservatório) por 3-5 minutos – tem o intuito de trocar o nitrogênio presente no volume pulmonar (capacidade residual funcional) por oxigênio. Isso retardara a hipoxemia e dessaturação arterial durante os períodos de hipoapneia nos procedimentos de IOT; • Remover próteses dentárias; • Solicitar à um assistente a realização da manobra de Sellick (pressão digital sobre a cartilagem cricoide durante o período em que o paciente está com rebaixamento do nível de consciência, secundariamente ou não a fármacos – a manobra minimiza o risco de refluxo e aspiração de conteúdo gástrico, porém pode dificultar a visualização das cordas vocais); • Administrar agentes farmacológicos para sedação e bloqueio neuromuscular; • Segurar laringoscópio com a mão esquerda; • Com a mão direita abrir a boca do paciente; • Introduzir a lâmina do laringoscópio na cavidade oral; empurrar a língua para o lado esquerdo, abrindo o campo de visão da orofaringe. Deslizar a ponta da lâmina até a visualização da epiglote; • Realizar o posicionamento final da ponta da lâmina. Se a lamina for curva (Macintosh), posicioná-la na valécula epiglótica (entre a base da língua e a epiglote); caso seja a lâmina reta (Miller), posicioná-la posteriormente a epiglote; • Eleve o cabo em um plano perpendicular a mandíbula do paciente para permitir a visualização das cordas vocais. Evite movimento de báscula. • Com a mão direita livre, segurar a cânula, sem perder a visão das cordas vocais, inserindo-a entre as cordas vocais até o que o balonete suma dentro da traqueia (3-4 cm); • Retirar ofio-guia de dentro da cânula e insuflar o balonete com ate 10 mL de ar. • A pressão do balonete pode ser conferida depois e mantida em 20-30 cmH2O. • A pressão sobre a cartilagem cricoide deve ser mantida até a checagem da correta posição do tubo orotraqueal; • Certificar a posição correta da cânula orotraqueal; ➢ Visualização da passagem da cânula pelas cordas vocais; ➢ Visualização do vapor de água embaçando a cânula; ➢ Expansão simétrica do tórax; ➢ Ausculta dos 5 pontos (epigástrio, base esquerda pulmonar, base direita pulmonar, ápice esquerdo pulmonar e ápice direito pulmonar); ➢ Uso do detector de CO2 exalado (quantitativo ou qualitativo) ou do dispositivo de detecção esofágica. • Fixar a cânula; • Realizar radiografia de tórax, para confirmar a posição da cânula e distância da carina (3 a 7 cm) e pesquisar possíveis complicações. • Cuidados imediatos pós-intubação: ➢ Insuflar o cuff (Press cuff). ➢ Checar posição do tubo: estômago – pulmão esquerdo - pulmão direito. ➢ Fixar o tubo. ➢ Ajustar parâmetros do respirador e colocar em VM – FiO2: 100%. ➢ Checar sinais vitais: FC, ritmo cardíaco, pressão arterial e saturação de O2. ➢ Iniciar sedação e analgesia em infusão contínua em BI. ➢ Elevar cabeceira do leito á 30 graus. ➢ Solicitar: RxTx ( checar posição do tubo – ideal 2 cm acima da carina). ➢ Solicitar gasometria arterial (após 30 minutos de ventilação). ➢ Reajustar parâmetros ventilatórios e reduzir FiO2 ( PO2 > 60 ou Sat. > 90%). ➢ Passar SNG (manter aberta, em drenagem) e passar sonda vesical. ➢ Checar pressão do cuff c/ manovacuômetro (manter pressão em 20 cm/H2O). • Intubação esofágica inadvertida - se não for prontamente reconhecida, pode levar a hipoxemia, hipercapnia e ate morte. • Bradicardia. • Laringoespasmo. COMPLICAÇÕES Habilidades Médicas e Atitudes • Broncoespasmo • Regurgitação com broncoaspiração - pneumonite química e pneumonia. • Atelectasia. • Apneia secundários a estimulação laríngea. • Lesão cervical secundaria ao posicionamento da cabeça. • Trauma em dentes, lábios e cordas vocais, além de agravamento de lesões cervicais. • De forma mais rara, mas também mais grave, pneumotórax e pneumomediastino podem surgir em decorrência de lesões de vias aéreas ou esôfago. • Raríssimos casos de ruptura de estomago por hiperinflação abrupta, secundária a intubação esofágica acidental, também são descritos. • A Intubação de Sequência Rápida (ISR) baseia-se na administração de um hipnótico e um bloqueador neuromuscular de forma sequencialmente rápida, após uma pré-oxigenação, sem ter que ventilar com o dispositivo bolsa- válvula-máscara (AMBU). • Os 7 passos ou 7 P's da ISR: ➢ Preparação. ➢ Pré-oxigenação (cuidado com estômago cheio). ➢ Pré-tratamento (fentanil e/ou lidocaína administradas 3 minutos antes da intubação). ➢ Paralisia com indução (hipnótico seguido de bloqueador neuromuscular). ➢ Posicionamento. ➢ Placement (passar o tubo e confirmar). ➢ Pós-intubação. ANALGESIA Fentanil 3 mcg/kg EV bolus / 25 a 100 mcg. Alfentanil 15 a 30 mcg/kg EV. SEDAÇÃO Midazolan 5 a 15 mg EV bolus até 0,15 mg/kg. Etomidato 0,3 a 0,4 mg/kg EV bolus. Propofol 1 a 4 mg/kg EV bolus. Tiopental sódico 2,5 a 5 mg/kg EV. Quetamina 2 a 4 mg/kg EV. BLOQUEIO NEUROMUSCULAR Succinilcolina 1 a 1,5 mg/kg EV bolus. Rocurônio 0,6 a 1,2 mg/kg EV bolus. Vecurônio 0,1a 0,3 mg/kg EV. Atracúrio 0,4 a 0,6 mg/kg EV. IOT – SEQUÊNCIA RÁPIDA Habilidades Médicas e Atitudes Cricotireoidostomia e Traqueostomia INDICAÇÕES • Trauma buco-maxilo-facial extenso que impossibilite o uso de bolsa-valva-máscara. • Incapacidade de controlar via aérea com manobras menos invasivas, como intubação orotraqueal. • Hemorragia traqueobrônquica persistente. CONTRAINDICAÇÕES • O paciente pode ser intubado com segurança (via oral ou nasal). • Paciente com lesões laringotraqueais. • Crianças < 10 anos. ➢ Opta-se pela via de punção e posterior evolução para traqueostomia. • Situações em que o acesso prolongado é necessário. • Pacientes com doença laríngea infecciosa ou traumática. • Treinamento insuficiente. MATERIAIS • Via punção. ➢ Jelco 12 ou 14. ➢ Seringa 5-10ml. ➢ Materiais de antissepsia e assepsia. ➢ Tubo de O2 fenestrado distalmente. • Via cirúrgica. ➢ Ambu. ➢ Seringa. ➢ Materiais de antissepsia e assepsia. ➢ Anestésico local. ➢ Lâmina de bisturi. ➢ Dilatador traqueal ou pinça hemostática. ➢ Tubo de traqueostomia ou endotraqueal. TÉCNICA • Via punção. ➢ Montar e preparar o tubo de O2 fazendo um orifício perto de uma de suas extremidades, conectando a outra extremidade a uma fonte de oxigênio. ➢ Colocar o paciente em posição supina com o pescoço em posição neutra. ➢ Montar o equipamento necessário. ➢ Palpar a chanfradura tireoide e o espaço cricotireoideo. ➢ Realizar antissepsia e assepsia da região. ➢ Estabilizar cartilagem tireóidea com a mão não dominante. ➢ Puncionar a pele na linha média com a agulha conectada à seringa sobre a membrana cricotireoidea. ➢ Direcionar a agulha em um ângulo de 45° em relação a pele. ➢ Inserir cuidadosamente a agulha através da msmbrana, aspirando à medida que a agulha avança. ❖ Aspiração de ar significa penetração na luz da traqueia. ➢ Remover a seringa. ➢ Conectar o tudo de O2 ao cateter. ➢ Tampas o orifício do tubo por 1 segundo e destampá-lo por 4 segundos. ➢ Verificar expansibilidade torácica e auscultar pulmões. • Via cirúrgica. ➢ Colocar o paciente em posição supina com o pescoço em posição neutra. ➢ Montar o equipamento necessário. ➢ Palpar a chanfradura tireoide e o espaço cricotireoideo. ➢ Realizar antissepsia e assepsia da região. ➢ Estabilizar cartilagem tireóidea com a mão não dominante. ➢ Fazer incisão vertical na pele sobre a membrana cricotireoidea e proceder a uma incisão cuidadosa através da membrana. ➢ Inserir dilatador traqueal ou pinça hemostática dentro da incisão e rotacionar 90°. ➢ Inserir o tubo de traqueostomia ou tubo endotraqueal através da incisão, direcionando distalmente para dentro da traqueia. ➢ Insuflar o balão do tubo. ➢ Ventilar o paciente. ➢ Verificar expansibilidade torácica e auscultar pulões. ➢ Fixar tubo. INDICAÇÕES • Pacientes em que a respiração espontânea esteja impossibilitada. ➢ Obstrução das vias respiratórias no nível da laringe ou acima. ➢ Doenças respiratórias de longa duração. ➢ Trauma craniomaxilofacial. ➢ Pacientes submetidos a grandes operações ou ressecções radicais da boca, mandíbula, faringe ou laringe. ➢ Doença obstrutiva do sono. ➢ Edemas extensos devido a queimaduras, infecções ou anafilaxia. ➢ Intubação endotraqueal prolongada (> 10 dias). CONTRAINDICAÇÕES • Pacientes com recomendação de via aérea artificial por menos de 10 dias. CRICOTIREOIDOSTOMIA TRAQUEOSTOMIA Habilidades Médicas e Atitudes MATERIAIS • Materiais de antissepsia e assepsia. • Cabo e lâmina de bisturi. • Pinças hemostáticas. • Afastadores. • Materiais para sutura. • Cânula ou tubo para traqueostomia. • Gazes. • Aparelho para ventilação mecânica (pacientes impossibilitados de realizar ventilação espontânea). TÉCNICA • Paciente em decúbito dorsal com coxim posicionado sob os ombros, elevando o tronco a 30° e mantendo o pescoço em hiperextensão. • Faz-se a antissepsia e a assepsia do campo cirúrgico. • Realiza-se a anestesia local. • Faz-se a incisão da pele com cerca de 4-6cm de comprimento, podendo ser vertical (na linha média) ou horizontal, ambas entre a cartilagem tireoide e a fúrcula esternal. • Secciona-se o tecido subcutâneo e o músculo platisma (incisões verticais não seccionam esse músculo). • Secciona-se a rafe mediana então exposta, afastando os músculos infra-hioideos. • Afasta-se o istmoda tireoide no sentido cranial (em alguns casos será necessário fazer a incisão do mesmo), deixando expostos os anéis traqueais. • A incisão da traqueia é feita preferencialmente, entre o 2º e 3º anel traqueal, podendo ela ser vertical, horizontal, em cruz ou mesmo realizando-se a remoção do segmento de um dos anéis traqueais. • Induz-se agora a cânula num ângulo de 90° e, ao chegar a parede posterior da traqueia, ela deve ser girada para o sentido caudal. • Realiza-se a sutura da pele seccionada, deixando apenas o orifício onde está passando a cânula (a sutura pode ser feita antes da colocação da cânula). • A cânula agora será fixada por um cadarço de algodão amarrado ao redor do pescoço do paciente, podendo ser conectado ou não ao aparelho de ventilação mecânica. • Gazes são colocadas circundando a cânula para absorver pequenos sangramentos e secreções. Obs.: cricoteireoidostomia depois de 72h → Traqueostomia. Habilidades Médicas e Atitudes Sonda Uretral • Drenar retenção urinária aguda. • Tratar uropatia obstrutiva. • Pós-operatório. ➢ Sobre a bexiga, próstata e uretra. ➢ Cirurgias prolongadas. ➢ Cirurgias pélvicas. ➢ Cirurgias em geral. • Otimizar o controle do débito urinário. • Coleta de exame em crianças. • Absolutas. ➢ Lesão uretral (suspeita-se na presença de sangue no meato uretral, hematúria ou equimose perineal). • Relativas. ➢ Estenose uretral. ➢ Cirurgia recente de vias urinárias (uretra e bexiga). ➢ Presença de esfíncter artificial. • Solução para antissepsia (PVPI, clorexidina). • Pinça para antissepsia (pean). • Gaze. • Campo estéril fenestrado ou compressas. • Seringas de 5 ml e 20 ml (para balão e lubrificação). • Gel anestésico (lidocaína). • Luva estéril. • Água destilada. • Sonda. • Bolsa coletora ou recipiente (cuba rim). SONDA VESICAL DE PERMANÊNCIA • Tipo: Foley de 2 ou 3 vias, de silicone ou látex. • Escolha: 16-18 French (adultos). ➢ Sondas mais largas, 20-24 French, são mais adequadas para drenagem de hematúria com coágulo. ➢ Sondas de silicone são preferidas nas sondas longas, pois o látex está associado a inflamações uretrais devido à aderência proteica e salina à superfície da sonda. • Procedimento. ➢ Orientar o paciente quanto ao procedimento. ➢ Posicionamento. ❖ Mulher: posição ginecológica. ❖ Homem: decúbito dorsal. ➢ Higienização simples das mãos. ➢ Calçar de luvas de procedimento. ➢ Lavar toda a região pélvica e perineal com solução degermante (esponja em todos os locais, menos na mucosa; e escova em todos os locais, menos na genitália). ➢ Retirar o excesso com compressas e proteger a glande e o corpo do pênis com uma gaze antes de repousá-lo na pele, na posição mais confortável para o paciente. ➢ Calçar luvas estéreis. ➢ Inflar balonete da sonda para testar sua integridade e conectar a sonda ao sistema coletor fechado. ➢ Realizar antissepsia da pele com PVPI tintura, em sentido medial-lateral e PVPI tópico em mucosa (glande e mucosa vaginal), em sentido radial (do centro para fora). ➢ Delimitar a área com campo fenestrado. ➢ Passar lidocaína gel diretamente na sonda e 5 ml na uretra, em mulheres e, no caso dos homens, aplicar 10- 20 ml diretamente no meato uretral, com auxílio de uma seringa, e com o corpo do pênis retificado. ➢ Inserção da sonda. ❖ Mulheres: afastar os lábios com a mão não dominante, identificar o orifício uretral e introduzir a sonda até a urina refluir. ❖ Homem: segurar o prepúcio do pênis a 90°, entre os 2° e 3° quirodáctilos, com a palma da mão voltada para cima, e iniciar a inserção da sonda até que haja resistência. Horizontalizá-lo e finalizar a inserção. ➢ Insuflar o balonete com água destilada conforme volume indicado na sonda, após visualização de fluxo de urina. Não se deve utilizar SF, pois isso propicia a formação de cristais, que podem obstruir a sonda e impedir a sua retirada. ➢ Abertura do lacre do sistema coletor. ➢ Após o refluir da urina, fechar o lacre, desconectar a sonda do sistema coletor, retirar o campo fenestrado e conectar a sonda ao sistema coletor novamente, abrindo o lacre. ➢ A sonda pode ser fixada junto à coxa do paciente para evitar qualquer tração acidental. INDICAÇÕES CONTRA INDICAÇÕES MATERIAL TÉCNICA Habilidades Médicas e Atitudes SONDA VESICAL DE ALÍVIO • Tipo: Nelaton (silicone). • Procedimento. ➢ Preparação semelhante à da sonda de Foley, entretanto, a técnica pode ser estéril (com antissepsia) ou não estéril, apenas com degermação. ➢ Como não possui balonete, o conteúdo é desprezado em uma cuba rim e a sonda deve ser retirada logo após esvaziamento vesical. Obs.: a sonda de alívio normalmente é indicada nos casos de retenção urinária de causa não persistente (cirurgia com peridural). Obs.: nos casos mais complicados, geralmente, o médico realiza o procedimento, por exemplo, HPB (16-24 French) e crianças (8-12 French). Obs.: nos paciente com bexigoma (passagem difícil), a não concretização do procedimento torna-se indicada a cistostomia, assim como em casos de trauma importante.
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