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Literatura Brasileira Atividade 3 Julho 2019

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28/07/2020 Unicesumar - Ensino a Distância
1/8
ATIVIDADE 3 - LET - LITERATURA BRASILEIRA - 2019B
Período:24/06/2019 08:00 a 05/07/2019 23:59 (Horário de Brasília)
Status:ENCERRADO
Nota máxima:0,50
Gabarito:Gabarito será liberado no dia 06/07/2019 00:00 (Horário de Brasília)
Nota obtida:0,50
1ª QUESTÃO
Mário de Andrade publicou um romance inovador, Amar, verbo instransitivo (1927), e contos de grande
qualidade. Mas a sua obra-prima como narrador é a “Rapsódia” Macunaíma (1928), na qual, partindo da
mitologia amazônica, fundiu as tradições brasileiras numa féerie rabelaisiana desprovida das dimensões de
tempo e espaço. Essa narrativa fantástica visa entre outras coisas a ser um retrato satírico do brasileiro, e
nela a realidade local se eleva, pela imaginação solta, ao nível dos grandes relatos mitológicos, numa prosa
trepidante e pitoresca, graças à qual a vasta informação é dissolvida pelo ritmo vertiginoso.
 
CANDIDO, Antonio. Iniciação à Literatura Brasileira. São Paulo: Humanitas, 1999.
A obra Macunaíma é uma das mais icônicas da literatura modernistas, colocando Mário de Andrade dentre
os grandes nomes da literatura brasileira. Acerca da obra Macunaíma, assinale a opção correta.
ALTERNATIVAS
A obra de Mário de Andrade representa um retorno ao padrão medievalista da arte romântica ao situar o índio como
o herói nacional.
Macunaíma apresenta-se como um poema épico e, ao mesmo tempo, satírico, ao retratar com bom humor as
desventuras de seu protagonista.
A obra Macunaíma retoma o mito romântico do "Bom Selvagem", ao passo que seu protagonista nos é apresentado
como um indígena de alma nobre.
O "herói sem caráter" representado por Macunaíma emerge da narrativa como uma alegoria de nossa miscigenação
e também como representação de alguns vícios tipicamente atribuídos pelos eugenistas às populações miscigenadas.
Em sua obra, Mário de Andrade derruba o mito de que a miscigenação, isto é, a mistura entre as "raças", seria um
problema para a sociedade, já que o anti-herói da narrativa mostra-se como um sujeito equilibrado, racional e
trabalhador.
2ª QUESTÃO
28/07/2020 Unicesumar - Ensino a Distância
2/8
A elaboração original da palavra aparece também na prosa narrativa de Clarice Lispector (1920-1977), cujo
livro de estréia, Perto do coração selvagem (1944), trouxe algo novo à literatura brasileira, pela capacidade
de elevar a descrição das coisas e dos estados de espírito a um nível radioso de expressividade, como se dos
fatos mais simples brotasse a cada instante o indefinível. 
 
CANDIDO, Antonio. Iniciação à Literatura Brasileira. São Paulo: Humanitas, 1999.
Clarice Lispector tornou-se uma figura praticamente onisciente no imaginário coletivo brasileiro. Sua obra,
caracterizada sobretudo pela introspecção e pela inovação estética, deixou profundas marcas em nossa
literatura.
Acerca das características da prosa lispectoriana, analise as afirmações a seguir: 
I. Clarice Lispector tem como um de seus principais recursos estilísticos fazer com que toda a dinâmica da
narrativa parta de um acontecimento corriqueiro, que passa a ter grandes proporções para as personagens
por meio do processo de epifania.
II. Entre as principais contribuições deixadas por Lispector, temos a representação das múltiplas faces do
feminino, ao passo que as personagens mulheres, seus medos e angústias, são valorizados e aprofundados
em diversas narrativas da autora.
III. Quanto aos aspectos estéticos da prosa lispectoriana, destacam-se a sondagem psicológica, a ruptura
com a linearidade textual e temporal e também o lirismo (aspecto poético) contido em seus escritos.
IV. Um importante aspecto das obras de Clarice Lispector é o uso do recurso conhecido como fluxo de
consciência, por meio do qual é possível observar a efervescência de sentimentos e pensamentos que
acometem suas personagens. 
É correto o que se afirma em:
ALTERNATIVAS
II e III, apenas.
I, II e III, apenas.
I, II e IV, apenas.
II, III e IV, apenas.
I, II, III e IV.
3ª QUESTÃO
28/07/2020 Unicesumar - Ensino a Distância
3/8
O Modernismo Brasileiro foi complexo e contraditório, com linhas centrais e linhas secundárias, mas iniciou
uma era de transformações essenciais. Depois de ter sido considerado excentricidade e afronta ao bom-
gosto, acabou tornando-se um grande fator de renovação e o ponto de referência da atividade artística e
literária. De certo modo, abriu a fase mais fecunda da literatura brasileira, porque já então havia adquirido
maturidade  suficiente para assimilar com originalidade as sugestões das matrizes culturais, produzindo em
larga escala uma literatura própria.
 
CANDIDO, Antonio. Iniciação à Literatura Brasileira. São Paulo: Humanitas, 1999.
  
Acerca da Semana de Arte Moderna, marco do Modernismo no Brasil, analise as afirmações a seguir
considerando V para Verdadeiro e F para Falso.
I. Uma das motivações da Semana de Arte Moderna foi o desejo de intelectuais, como Mário de Andrade, de
que a arte brasileira pudesse voltar a se aproximar da arte tradicional europeia da mais alta qualidade.
II. As vanguardas europeias que inspiraram a Semana de Arte Moderna, ocorrida em 1922, surgiram do
sentimento de revolta dos artistas e serviram como motivação para que se iniciasse um processo de
renovação artística e cultural em seus países e também no Brasil.
III. Movimentos como o Cubismo, Dadaísmo, Futurismo, dentre outros, traziam à tona uma visão
desconstruída da arte, visando uma ruptura com o passado clássico para que se pudesse conceber uma arte
mais genuína.
IV. A antropofagia cultural, defendida por Oswald de Andrade, consiste na ideia de que é preciso resgatar e
imbuir-se da cultura “primitiva” brasileira, ou seja, do legado deixado por negros e indígenas, antes de se
buscar inspirações na arte “estrangeira”.
As afirmações I, II, III e IV são, respectivamente:
ALTERNATIVAS
(V), (V), (V), (V).
(F), (V), (F), (V).
(F), (V), (V), (V).
(F), (F), (V), (V).
(V), (V), (F), (F).
4ª QUESTÃO
Leia o texto que segue:
“Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia. A gente se acostuma a morar em apartamento de fundos e
a não ter outra vista que não seja as janelas ao redor. E porque não tem vista, logo se acostuma a não olhar
para fora. E porque não olha para fora, logo se acostuma a não abrir de todas as cortinas. E porque não abre
as cortinas, logo se acostuma a acender mais cedo a luz. E à medida que se acostuma, esquece o sol,
esquece o ar, esquece a amplidão...’’ (COLASSANTI, 1996, p. 9).
 
COLASANTI, Marina. Eu sei, mas não devia.  Rocco: Rio de Janeiro, 1996. 
A narradora dessa crônica de Marina Colassanti parece demonstrar um sentimento de reclusão, reforçando a
ideia de que há certo conformismo com a vida e as situações presentes nela, no trecho lido, essa situação é
reforçada por uma repetição. Considerando essa ideia, assinale a alternativa correta.  
ALTERNATIVAS
28/07/2020 Unicesumar - Ensino a Distância
4/8
Trata-se da repetição da conjunção "e".
Trata-se da repetição da conjunção "mas".
Trata-se da repetição do emprego do artigo "a".
Trata-se da repetição do verbo "acostumar-se".
Trata-se da repetição do emprego da expressão "a gente".
5ª QUESTÃO
Leia a seguir o poema No meio do caminho, de Carlos Drummond de Andrade:
No meio do caminho tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
tinha uma pedra
no meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
tinha uma pedra
tinha uma pedra no meio do caminho
no meio do caminho tinha uma pedra.
 
ANDRADE, C. D. de. Antologia Poética. 48ª Ed. Rio de Janeiro: Record, 2001. 
A linguagem literária tem como característica a conotação. Palavras como ‘pedra’ e caminho’ não foram
empregadas por Carlos Drummond de Andrade em se sentido denotativo, real. Assim, no contexto do
poema lido, tais expressões podem ser interpretadas, respectivamente, como:
 
ALTERNATIVAS
pedra e estrada.
problema e vida.
morro e estrada.
montanha e percurso.problema e montanha.
6ª QUESTÃO
28/07/2020 Unicesumar - Ensino a Distância
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Do ponto de vista da história do gosto, os anos de 1930 e 1940 se caracterizam pela aceitação crescente das
obras e do espírito modernista, que passam a fazer parte da cultura e a dar cada vez mais o tom. Ao seu
lado, agem outras tendências renovadoras, como o regionalismo crítico do Nordeste, que, sem derivar do
Modernismo, lucrou com a sua luta pela liberdade de expressão e teve o campo livre para se difundir. Se os
anos de 1920 foram de luta modernista, os de 1930 e 1940 foram de modernização geral, em sentido lato,
desde as ciências até às artes, passando pelo ensino, a edição, a crítica, a produção literária.
 
CANDIDO, Antonio. Iniciação à Literatura Brasileira. São Paulo: Humanitas, 1999.
A chamada Geração de 30 reúne entre seus principais prosadores nomes como Graciliano Ramos, José Lins
do Rego, Rachel de Queiroz e Jorge Amado. Sobre o legado literário desses autores, analise as afirmações a
seguir: 
 
I. Rachel de Queiroz se destaca como a primeira escritora mulher a receber reconhecimento da crítica
especializada ainda em vida. Sua obra O quinze foi um marco da literatura regionalista, trazendo à tona as
angústias do povo que sofre com a seca. 
II. Graciliano Ramos, com seu Vidas Secas, inova a arte da escrita ao, sem se desprender do culto à correção
gramatical e à normalidade da escrita, realizar uma obra em que a realidade é apresentada a partir da
economia ou do uso essencial das palavras.
III. Jorge Amado apresenta uma obra fortemente influenciada pelas concepções marxistas, o que pode ser
observado tanto em seus primeiros escritos, como Cacau (1933) e Suor (1934), quanto no clássico Capitães
da Areia (1937).
IV. José Lins do Rego dedicou-se à escrita do que ele próprio chamou de “ciclo da cana-de-açúcar”,
composto por 5 romances que abordam a decadência do engenho açucareiro do nordeste brasileiro. A
primeira obra deste ciclo é Menino do Engenho (1932).
É correto o que se afirma em:
ALTERNATIVAS
II e III, apenas.
I, II e IV, apenas.
I, II e III, apenas.
II, III e IV, apenas.
I, II, III e IV.
7ª QUESTÃO
28/07/2020 Unicesumar - Ensino a Distância
6/8
Creio que se pode chamar pré-modernista (no sentido forte de premonição dos temas vivos em 22) tudo o
que, nas primeiras décadas do século, problematiza a nossa realidade social e cultural.
   
BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 2006.
 
Entre os principais nomes do pré-modernismo no Brasil temos Euclides da Cunha, cujo Os Sertões,
publicado em 1902, mescla o discurso literário com o jornalismo, abarcando, ainda, discussões da História,
Geografia e Sociologia, dentre outros campos do conhecimento.
Sobre Os sertões, analise as asserções a seguir: 
I. Euclides da Cunha realiza em Os Sertões um profundo ensaio sociológico sobre a dinâmica política e social
brasileira de seu contexto, de modo que o romance contribui para elucidar os contrastes presentes entre a
vida do povo sertanejo e a da sociedade urbana.
PORQUE
II.    Mesclando o discurso literário com o fazer jornalístico, o autor nos mostra a falácia presente na ideia de
que a sociedade urbana daquele período seria mais intelectualmente desenvolvida que a população
sertanista, ao passo que a obra apresenta os sertanejos como cultos e civilizados e os homens da cidade
como os verdadeiros bárbaros.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta.
ALTERNATIVAS
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
As asserções I e II são proposições falsas.
8ª QUESTÃO
28/07/2020 Unicesumar - Ensino a Distância
7/8
Leia a seguir uma composição do poeta Manuel Bandeira:
 Debussy
 Para cá, para lá...
Para cá, para lá...
Um novelozinho de linha...
Para cá, para lá...
Para cá, para lá...
Oscila no ar pela mão de uma criança
(Vem e vai...)
Que delicadamente e quase a adormecer o balança
- Psio... -
Para cá, para lá...
Para cá e...
- O novelozinho caiu.
BANDEIRA, M. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: José Olympio, 1966.
 A leitura do texto de Manuel Bandeira permite observar que os versos não têm a mesma métrica, são
livres, e não têm rimas, são brancos; porém, ainda assim, há um ritmo presente no poema. Esse ritmo é
obtido:
ALTERNATIVAS
pela ausência de rimas nos versos.
pela presença da onamatopeia em "psio".
pela presença da linguagem em norma culta.
pelo fato de ser um poema com marcas narrativas.
pela repetição de palavras com ideia de movimento, como ocorre nos primeiros versos.
9ª QUESTÃO
Leia a seguir o poema intitulado Poesia, de Carlos Drummond de Andrade.
 Gastei uma hora pensando um verso
que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo.
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda a minha vida inteira.
 
ANDRADE, Carlos Drummond de. Alguma poesia. Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2002.
 A partir da leitura do poema, pode-se afirmar seus versos tem como possível interpretação:
ALTERNATIVAS
28/07/2020 Unicesumar - Ensino a Distância
8/8
a ideia de que o eu-lírico tem em si a poesia, mas não a consegue traduzir em palavras.
a noção de que o eu-lírico não sente a presença da poesia no ato de compor.
apesar de horas tentando escrever, o eu-lírico não conseguiu fazê-lo.
a ideia de que a poesia está dissociada do ato de compor o poema.
a afirmação de que a poesia não faz parte da vida do eu-lírico.
10ª QUESTÃO
O crítico João Luiz Lafetá escreveu sobre a consciência crítica dos autores modernistas da segunda fase. Para
ele, “Sobrepondo-se ao otimismo anarquista da primeira fase do Modernismo, a pré-consciência do
subdesenvolvimento introduz um elemento de tensão entre o projeto estético e o projeto ideológico da
literatura brasileira dos anos 30 ” (LAFETÁ, 2000, p. 2).
 
LAFETÁ, João Luiz. A crítica e o Modernismo. São Paulo: Duas Cidades, 2000.
 Esse projeto ideológico de que fala o crítico pode ser verificado:
ALTERNATIVAS
Nos poemas de Oswald de Andrade, nos quais o verso livre e branco e a linguagem coloquial são valorizados.
Nos poemas de Cecília Meirelles, em que a espiritualidade é exposta por meio de uma poesia musical e ritmada.
Nos poemas de Carlos Drummond de Andrade, em que a espiritualidade é exposta por meio de uma poesia musical e
ritmada.
Nos poemas de Gregório de Matos que foi um exímio representante do regionalismo brasileiro e crítico ferrenho a
estrangeirismos.
Nos romances regionalistas, nos quais, sobretudo, o Nordeste brasileiro é espaço de tensão, em que a fome e a
miséria sociais são destacadas.