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Empreendedorismo - Meio Celíaco

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EMPREENDEDORISMO: No Meio Celíaco 
 ​Marina Ribeiro de Assis 
 ​Prof.a Patrícia Villar 
 Publicidade e Propaganda 
1. Introdução 
Conforme dados do IBGE¹ ​(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) ​hoje 1
n​o Brasil as taxas de desemprego estão em 12,2% e só vem aumentando, por isso e 
por fatores de renda extra muitas pessoas tem criado seu próprio negócio, com o intuito 
de uma vida melhor, mas será que esses novos negócios estão começando da maneira 
certa e o quanto isso impacta no mercado? Segundo o governo federal² o país já 2
ultrapassa mais de 10 milhões de MEIs (Microempreendedor Individual), que surgiu 
para formalizar os pequenos negócios, o que facilita a venda dos produtos e assegura 
o empregador caso aconteça algo com ele, como nessa pandemia do COVID -19, 
quem era autônomo já pode recorrer ao auxílio emergencial do governo de forma mais 
fácil. 
O empreendedorismo pode salvar a vida de muitas famílias, por isso é 
indispensável a busca por conhecimento e quanto mais buscar, mais chances de a 
empresa se tornar maior e mais lucrativa. Diante desse cenário, esse artigo visa 
discutir algumas diretrizes do empreendedorismo e como conquistar clientes. Além 
disso será abordado sobre um novo modelo de negócio que vem atraindo muito as 
pessoas, além de trazer com sigo valor agregado, essas são as empresas que 
1 ​Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - ​IBGE. ​Taxa de desocupação no trimestre​. Disponível 
em: <​https://www.ibge.gov.br/busca.html?searchword=desemprego&searchphrase=all​>. Acessado em: 
14 mai. 2020. 
 
2 Governo Federal. ​Brasil ultrapassa a marca de 10 milhões de Microempreendedores Individuais 
(MEIs). ​Disponível em: <​https://www.gov.br/economia/pt-br/assuntos/noticias/2020/abril/brasil-ultrapassa 
-a-marca-de-10-milhoes-de-microempreendedores-individuais-meis​>. Acessado em: 07 mai. 2020. 
 
 
https://www.ibge.gov.br/busca.html?searchword=desemprego&searchphrase=all
https://www.gov.br/economia/pt-br/assuntos/noticias/2020/abril/brasil-ultrapassa-a-marca-de-10-milhoes-de-microempreendedores-individuais-meis
https://www.gov.br/economia/pt-br/assuntos/noticias/2020/abril/brasil-ultrapassa-a-marca-de-10-milhoes-de-microempreendedores-individuais-meis
trabalham com alimentos zero glúten, para pessoas celíacas ou para em dieta low carb. 
A vontade de trabalhar com esse novo modelo de negócio surge de uma 
demanda pessoal, pois desde os 11 anos de idade sempre sofria com dores no 
estômago e sangramentos eventualmente, até que se agravou aos 22 anos e fui em 
busca de um médico para fazer exames, deu uma inflamação no intestino todo, mesmo 
depois do tratamento persistiu os sintomas e foi onde outro médico sugeriu que 
cortasse o glúten da dieta e que fosse feito novos exames, e deu intolerância ao glúten, 
em três semanas após o corte desses alimentos já estava muito melhor, os sintomas 
desaparecendo. Em busca de entender melhor sobre essa intolerância conheci um 
grupo de Celíacos em Joinville a Acelbra Joinville (Associação de Celíacos do Brasil - 
filial Joinville). 
O Ministério da Saúde estima que 1% da população no Brasil tem a doença 3
Celíaca, o que dá cerca de 2,095 milhões de pessoas, e muitas nem sabem que têm a 
doença por falta de diagnóstico. A falta de diagnóstico precoce pode levar a problemas 
graves dependendo do grau de intolerância, chegando a perda de fertilidade, 
problemas gástricos e a morte. Um modelo de negócio na área de celíacos é de 
extrema importância na região, já que existe na cidade poucos 
restaurantes e padarias que são realmente livres do glúten. Com base nisso inicia-se 
um estudo sobre os princípios básicos do empreendedorismo, para futuramente fazer a 
construção desse novo modelo de negócio. 
Neste estudo, viu-se a necessidade de discutir, a partir de uma revisão de 
literatura, a importância da administração aliada com a comunicação vertical com os 
clientes e funcionários para que a empresa entenda o que realmente vende e quais 
melhorias pode vir a fazer. Alguns autores como Philip Kotler (2017) e Eric Ries (2012) 
nos ajudam a pensar em como iniciar uma empresa, mostrando caminhos a se seguir 
no momento de construção e otimização da empresa, mostrando alguns modelos que 
3 Ministério da Saúde. ​CNS requer mais atenção às pessoas com intolerância a glúten​. Disponível 
em: <​http://conselho.saude.gov.br/ultimas-noticias-cns/443-cns-requer-mais-atencao-as-pessoas-com- 
intolerancia-a-gluten​>. Acessado em: 07 mai. 2020. 
 
 
http://conselho.saude.gov.br/ultimas-noticias-cns/443-cns-requer-mais-atencao-as-pessoas-com-intolerancia-a-gluten
http://conselho.saude.gov.br/ultimas-noticias-cns/443-cns-requer-mais-atencao-as-pessoas-com-intolerancia-a-gluten
http://conselho.saude.gov.br/ultimas-noticias-cns/443-cns-requer-mais-atencao-as-pessoas-com-intolerancia-a-gluten
deram certo e errado pelo caminho e as técnicas de marketing e administração de uma 
empresa. 
2. Empreendedorismo e a Importância da Administração 
Empreendedorismo é um tipo de administração e as pessoas atualmente não 
conseguem relacionar a palavra empreendedorismo com a administração, pois 
segundo Reis (2012), uma remete a algo inovador, legal e estimulante enquanto a 
outra é desinteressante, monótona e chata. Portanto, para ele, o sucesso de uma 
empresa não é consequência de bons genes ou de simplesmente ter a sorte de 
conhecer as pessoas ou lugares certo e sim construir e seguir processos corretos que 
garantam o bom funcionamento e lucratividade da empresa. Reis afirma que: 
Durante décadas, os empreendedores e seus problemas singulares destoaram 
da administração geral. Em consequência, muitos adotam uma atitude 
“simplesmente faça”, evitando todas as formas de gestão, processo e 
disciplina. Infelizmente, essa abordagem conduz com mais frequência ao caos 
do que ao sucesso. Eu sei por experiência: meus primeiros fracassos relativos 
a startups foram todos desse tipo. ( REIS, 2012, p. 18) 
 
Para Kotler (2017) o empreendedorismo não é apenas processos, precisa do 
fluxo de inovação horizontal, o que muitas empresas já vem fazendo com o nosso 
mundo de tecnologia. A empresa precisa buscar a inovação não apenas de dentro da 
empresa, mas sim de fora. A indústria das conectividades de pessoas nos fez mudar a 
forma com que se pensava sobre o consumidor, produto e a gestão de marca. 
Reis (2012) comenta que todo tipo de empreendedorismo é válido para 
aprendizado, pois empreender não deve ser apenas para ganhar ou atender clientes, 
elas devem existir para aprender e então desenvolver um negócio que seja 
sustentável. O que torna esse insucesso especialmente doloroso não é apenas o dano 
econômico que ele causa ao funcionário, empresa e investidores, mas o desperdício de 
 
tempo, paixão e habilidade de cada pessoa envolvida. E é por isso que é fundamental 
entender sobre o negócio que você está iniciando. 
Uma empresa é uma instituição, ele não é apenas um produto, precisando de 
uma gestão específica para um contexto de incertezas, pois quando estamos 
construindo uma empresa precisamos ter um plano de gestão e a busca por inovação 
de forma muito assertiva. Reis (2012,p.13) diz que: “acredito que empreendedor 
deveria ser considerado um cargo em todas as empresas modernas que dependem da 
inovação para seu crescimento futuro.” 
Kotler (2017) diz que a tecnologia tem possibilitado avanços nas inovações, pois 
tem proporcionado a automação e minimização de processos, que acabam reduzindo o 
custo dos produtos permitindo que esses produtos cheguem a todos os novos 
mercados emergentes, que antes eram considerados como um “não mercado”. 
Na perspectiva da inovação para Kotler (2017), os mercados emergentes 
também estão rumo a uma direção melhor. Dados recentes coletados por Robert Litan 4
indicam que a inovação vem declinando nos Estados Unidos. O número de startups 
tem representa apenas 8% do total de empresas no país, ao passo que 30 anos atrás 
eram quase 15%. Nos dados de Litan, o número de falências excede o número de 
startups. 
Para um bom resultados e crescimento da empresa é essencial assumir 
responsabilidade e focar em assuntos menos interessantes, como cuidar da parte 
contábil, medir processos, definir metas que queremos alcançar e o que precisa ser 
priorizado para que isso aconteça. 
Mas sem se esquecer de alguns pontos que Kotler (2017, p.234) fala, “primeiro, 
um UAU é surpreendente. Quando alguém tem certa expectativa mas obtém muito 
mais, trata-se de um momento UAU. Um desvio de um resultado esperado é o que cria 
um UAU”. Ou seja não esqueça de surpreender e superar as expectativas dos seus 
clientes no momento da inovação do produto. 
4 Dados apresentados na obra de Kotler - Marketing 4.0, 2017. 
 
Com a convergência tecnológica e a inovação disruptiva, as barreiras entre os 
grupos de setores estão caindo. E os empreendedores precisam estar atentos às 
mudanças em seus setores e adaptar suas estratégias de forma compatível. 
3. Como Iniciar Uma Negócio 
A internet permitiu que as empresas de pequeno e grande porte se 
desenvolvessem e juntamente permitiu que os países emergentes se inspirarem em 
seus colegas desenvolvidos, criando empresas do mesmo modelo de negócio, porém 
com mudanças locais, permitindo levar a inovação de forma mais rápida e com suas 
características regionais. Por isso, quando pensamos no nosso plano de negócio 
precisamos considerar esses fatores. 
As grandes corporações estão cada vez mais com dificuldades de cultivar 
inovações dentro delas mesmas e de forma que atenda às necessidades de todos os 
países, por isso empresas como a Microsoft e Amazon adquiriram empresas menores, 
porém muito mais inovadoras. 
Os poderes econômicos não estão mais tão concentrados, e sim distribuídos 
de forma mais uniforme. Essa mudança econômica costuma ser atribuída ao 
perfil demográfico das populações dos mercados emergentes: mais jovens, 
mais produtivas e com nível de renda em crescimento. Isso criou uma forte 
demanda por produtos e serviços, o que, por sua vez, impulsiona o crescimento 
econômico. (KOTLER, 2017, p. 21). 
Cada plano de negócio começa com um conjunto de suposições. O plano traça 
uma estratégia que considera essas suposições verdadeiras e prossegue mostrando 
como alcançar a visão da empresa, que é um ponto chave no momento de montar seu 
negócio. Para Reis (2012) o maior desafio do empreendedor em primeiro momento é 
montar uma organização para que seja realizado de forma eficaz os testes das suas 
suposições. E em seguida seu segundo desafio é realizar seus testes de forma 
rigorosa sem perder de vista a visão geral da empresa. 
 
Reis (2012) conta que para desenvolver a sua primeira empresa que seria 
realmente promissora foi quando estudou a manufatura enxuta de processos da 
Toyota, após entender como esses processos funcionam ele aplicou ao seu negócio 
com ajustes, pois como já mencionado anteriormente cada negócio tem suas 
peculiaridades. ​E foi a partir desse pensamento que ele cria o seu livro a startup Enxuta 
e a aplicação do pensamento enxuto aos processos de inovação 
Ao aplicar esses processos enxutos, visava minimizar seus desperdícios de 
tempo, de materiais e de produtos que não tinham saída e esses processos podem ser 
aplicados em empresas de qualquer porte e qualquer setor ou atividade. 
O princípios de uma empresa enxuta está no aproveitamento do conhecimento e 
da criatividade de cada funcionário, a redução dos tamanhos dos lotes, o controle do 
estoque e a aceleração do tempo de ciclos. Os processos enxutos ensinou a diferença 
entre atividades com valor das outras pessoas e mostrou como desenvolver qualidade 
nos produtos de dentro para fora, por isso forme equipes multifuncionais, que sejam 
responsáveis por marcos de aprendizagem, em vez de organizar sua empresa em 
rígidos departamentos, isso faz com que as pessoas desempenhem bem apenas 
aquela função e não entenda todo o processo. Quando entendemos todo o processo 
somos capazes de termos ideias muito mais eficazes e mais assertivas para o 
desenvolvimento de um produto ou empresa. Escute seus clientes, pois como Reis 
(2012, p.14) comenta “transformar ideias em produtos medir como os clientes reagem e 
então se é o caso de eliminar ou então preservar o produto, todos os processos de 
startup bem-sucedidos devem ser voltados a acelerar esses ciclos de feedback”. 
Para dar início a empresa é importante pensar em uma visão para a empresa 
para que todos saibam qual é o objetivo da empresa e onde querem chegar, e partir 
disso empregar uma estratégia que inclui um plano de produto, concorrentes e as 
ideias a respeito de quem serão seus clientes. E assim temos o produto que é 
resultado final dessa estratégia. 
 
 
O objetivo de contatos iniciais com os clientes não é obter respostas definitivas. 
 
Em vez disso, é esclarecer num nível básico, bruto, que entendemos nossos 
possíveis clientes e os problemas que eles têm. Com esse entendimento, 
podemos compor um arquétipo do cliente (também conhecido como persona), 
um documento sumário que procura humanizar o cliente alvo proposto. Esse 
arquétipo é um guia essencial para o desenvolvimento do produto, 
assegurando que as decisões de priorização que cada equipe de produto deve 
tomar diariamente estão de acordo com os clientes a quem a empresa tem a 
intenção de atrair. (REIS, 2012, p. 66). 
 
O próximo passo é avaliar e fazer uma estratégia de divulgação, escolher os 
canais mais importantes relacionados aos pontos de contatos com seus clientes, já que 
a divulgação é de extrema importância para que as pessoas conheçam sua marca. 
Segundo Kotler (2017, p. 206) “Para proporcionar uma experiência do cliente 
verdadeiramente omnicanal, as empresas também devem criar uma estrutura 
organizacional capaz de operacionalizar a estratégia.” Ou seja, devem conectar 
equipes para que possam entregar experiências de forma contínua aos seus clientes, 
assim a empresa consegue clientes que se identificam com a marca e que farão 
publicidade espontânea para sua marca. 
A mídia social promove a inclusão social e dá às pessoas a sensação de 
pertencerem às suas comunidades. E é importante cuidar dessas comunidades, já queos nichos podem ser muito influenciáveis entre si e você pode acrescentar em cima do 
seu produto o valor agregado, ou seja, não vender apenas um produto mas vender 
uma ideia junto, algo com o qual essa comunidade se identifique. 
 
A conectividade também transforma o modo como vemos a concorrência e os 
consumidores. Atualmente, a colaboração com os concorrentes e a cocriação 
com clientes são fundamentais. A concorrência não é mais um jogo de soma 
zero. Os clientes não são mais receptores passivos de ações de segmentação, 
direcionamento e posicionamento de uma empresa. A conectividade acelera a 
dinâmica dos mercados a ponto de ser praticamente impossível para uma 
empresa ficar sozinha e depender apenas dos recursos internos para ser 
bem-sucedida. As empresas precisam encarar a realidade de que, para vencer, 
 
devem colaborar com grupos externos e até envolver a participação dos 
clientes. (KOTLER, 2017, p. 29-30) 
4. Escute e Converse Com Seu Cliente 
No serviço ao cliente tradicional, os funcionários são responsáveis por 
desempenhar papéis determinados e realizar processos específicos segundo 
diretrizes rigorosas e procedimentos operacionais-padrão. Essa situação 
muitas vezes põe o pessoal do serviço em um dilema diante de objetivos 
conflitantes. Em um mundo conectado, a colaboração é fundamental para o 
sucesso do atendimento ao cliente. A colaboração acontece quando as 
empresas convidam os clientes a participar do processo usando instalações de 
autosserviço. (KOTLER, 2017, p. 74) 
 
As pessoas cada vez mais estão mais solidárias umas com as outras, vivendo 
em harmonia com as diferenças e isso se deve muito ao mundo online que tem 
disseminado cada vez mais movimentos de paz e de conectividade, por isso quando 
uma marca atinge um cliente de forma positiva ou negativa muitas outras pessoas 
serão atingidas juntas. O mundo online revolucionou a forma com que conversamos e 
escutamos os clientes, hoje as empresas têm a possibilidade de ouvir seus clientes e 
saber o que eles realmente querem, coisa que antes apenas fazíamos produtos, agora 
se tem a possibilidade de ser muito mais assertivos no momento de começarmos o 
négocio. 
E essa nova comunicação vertical Em um ambiente assim, os clientes se 
adaptam mais às opiniões sociais. Na verdade, a maioria das decisões de compra 
pessoais serão essencialmente decisões sociais. Os consumidores comunicam-se 
entre si e conversam sobre marcas e empresas. Do ponto de vista da comunicação de 
marketing, os consumidores não são mais alvos passivos; estão se tornando mídias 
ativas de comunicação. 
Aproveite esse meio de comunicação tão aberto e colete feedbacks dos 
usuários. Reis (2012) diz que nas suas primeiras empresas focam apenas em 
 
processos e realizar experimentos ao invés de escutar seus clientes,pois acreditava 
que seus fracassos eram apenas falhas técnicas, até em que conhece a metodologia 
“desenvolvimento de cliente” e foi aí que entendeu que a cocriação era muito mais 
produtiva e com menos desperdícios de produtos e tempos dos seus funcionários. 
Como já mencionado, é importante frisar que uma empresa pode ser mais 
competitiva se conseguir se conectar com comunidades de consumidores e parceiros 
para a cocriação, e com concorrentes para a “coopetição”. Uma pesquisa da Nielsen 5
em 2015 revelou que 83% dos participantes em 60 países confiam nos amigos e na 
família como a fonte mais confiável de “publicidade”, e 66% prestam atenção nas 
opiniões que os outros postam online. 
Kotler (2017) diz que as mídias sociais como Twitter e Instagram deram a 
oportunidade de os usuários mostrar e compartilhar suas experiências como clientes, 
inspirando outros consumidores do mesmo meio de conexão, em busca de uma 
experiência semelhante. Reis (2012, p.25) diz que “qualquer coisa que os clientes 
vivenciam da interação com uma empresa deve ser considerada parte do produto 
daquela empresa”. 
As empresas precisam dar força ao poder de conectividade e de defesa da 
marca pelo cliente. Atualmente, a conversa ponto a ponto entre consumidores é a 
forma de mídia mais eficaz. Dada a falta de confiança, as empresas poderiam não ter 
mais acesso direto aos consumidores-alvo. Como os consumidores confiam em seus 
correspondentes mais do que nunca, a melhor fonte de influência é transformar seus 
clientes em advogados da marca. 
5. Novo modelo de negócio - comida free glúten 
Acreditamos que a palavra marketing deveria ser escrita como market-ing (em 
inglês, market significa “mercado” e ing é a terminação do gerúndio, que indica 
ação, o que ressaltaria o sentido de “mercado em ação”). Isso nos lembra 
sempre de que o marketing consiste em lidar com um mercado em constante 
5 Dados apresentados na obra de Kotler - Marketing 4.0, 2017. 
 
mudança e que, para entender o marketing de ponta, deveríamos entender 
como o mercado vem evoluindo nos últimos anos. As pistas e tendências estão 
aí. Uma nova espécie de consumidor, aquela que será a maioria no futuro 
próximo. (KOTLER, 2017, P.27). 
Como Kotler (2017) fala precisamos sempre estar de olho nas tendências e 
novas espécies de consumidores. E é a partir desse olhar que vemos um novo modelo 
de negócio que vem surgindo com força, os alimentos sem Glúten, e as pessoas com 
doença celíaca vem buscando cada vez mais lugares que vendam esses alimentos 
como uma opção variada para se consumir, já que comida sem trigo restringe muito as 
opções de alimentos prontos para se consumir. 
Segundo a FENACELBRA (2010) a doença celíaca é uma predisposição 6
genética, ou seja, você já nasce com a chance de desenvolver e seus hábitos 
alimentares e os fatores ambientais podem afetar no desenvolvimento da doença. A 
partir do seu surgimento ela é para a vida toda, pois danifica principalmente o intestino 
delgado e com isso prejudica a absorção de nutrientes desencadeando outras doenças 
juntos e não há ainda um medicamento que bloqueia a ação da doença. 
Quem está pensando em investir no mercado de alimentação natural 
deve prestar atenção aos alimentos sem glúten. A demanda de consumo 
desses alimentos vem aumentando a cada ano e o mercado atende a pelo 
menos dois tipos de público: pessoas que sofrem da doença celíaca e os que 
seguem dietas que restringem o consumo da proteína. Segundo o Conselho 
Nacional de Saúde (CNS), há dois milhões de pessoas no Brasil afetadas pela 
doença. E as dietas “detox” estão formando uma legião de apreciadores dos 
benefícios que a ausência de glúten na alimentação propicia. O principal 
desafio dos adeptos do regime é encontrar substitutos à altura do trigo e dos 
produtos com ele produzidos. (SEBRAE , 2019). 7
 
6 FENACELBRA - Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil, 2010. 
7 SEBRAE. ​Alimentação saudável cria ótimas oportunidades de negócio​. Disponível em: 
<​https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/segmento-de-alimentacao-saudavel-apresenta-op
ortunidades-de-negocio,f48da82a39bbe410VgnVCM1000003b74010aRCRD​>. Acessado em: 29 de jun 
de 2020. 
 
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/segmento-de-alimentacao-saudavel-apresenta-oportunidades-de-negocio,f48da82a39bbe410VgnVCM1000003b74010aRCRDhttps://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/segmento-de-alimentacao-saudavel-apresenta-oportunidades-de-negocio,f48da82a39bbe410VgnVCM1000003b74010aRCRD
Esse é um mercado que vem se expandindo e gerando uma grande 
oportunidade para aqueles que querem investir em algum negócio alimentício. E que se 
pode adicionar muito valor agregado no momento da venda, já que é uma comida 
diferenciada dos demais restaurantes. 
6. Conclusão 
Tendo em vista os aspectos observados no artigo, percebe-se cada vez mais 
que o empreendedorismo está crescendo, como citado ele serve como uma forma de 
melhorar a vida de algumas pessoas, e isso ocorre pela situação econômica atual onde 
a taxa de desemprego tem aumentado, por isso cada vez mais as pessoas estão em 
busca de entender como criar um empresa de sucesso. 
Para criar uma empresa de sucesso Reis (2012) diz que não é apenas querer 
criar um produto ou ter muita criatividade, mas sim precisa entender de administração, 
pois a parte burocrática de uma empresa é o que faz com que a empresa continue de 
pé, e consiga pagar todos os funcionários que colocam seu tempo e suas habilidades 
em prol do seu negócio. Para Kotler (2017) a empresa não é apenas processos e sim 
uma busca contínua por inovações e que não devem apenas vir de dentro da empresa, 
precisa-se se buscar fora dela, entender seus clientes e o que eles estão buscando. 
Ao decorrer das leituras vemos que os dois fatores são de extrema importância 
para a criação de uma empresa, não se pode deixar de lado os processos burocráticos, 
mas também é de extrema importância o diálogo com o cliente, entender o que ele 
realmente quer é fundamental para a inovação e hoje temos meios muito mais fáceis 
para entender nossos clientes. 
A tecnologia vem como um aliado para entendermos nossos clientes, que hoje 
são super conectados, eles expõem seus gostos, o que querem e o que fazem em seu 
tempo de lazer na internet, porém hoje eles não querem apenas receber o produto eles 
querem a interação com a marca de outras formas, hoje eles confiam muito mais em 
seus parentes e amigos próximos do que uma simples propaganda feita na televisão, 
 
saber que alguém do seu meio gostou o encoraja a compra, por isso conquiste seus 
clientes fiéis e eles influenciaram outros a comprarem seus produtos. 
Por fim mostrou-se um novo modelo de negócio que vem chegando tomando 
conta do mercado, o free glúten, que são os alimentos com foco em pessoas com 
doença celíaca. Um bom caminho para as pessoas que gostam do ramo alimentício 
seguirem. Por tanto pretende-se continuar de forma mais aprofunda a criação de uma 
empresa free glúten, com o intuito de melhorar as opções de restaurantes/lanchonetes 
que temos hoje para pessoas com a doença celíaca. 
7. Referências Bibliográficas 
FENACELBRA - Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil. ​Guia 
Orientador Para Celíacos​. São Paulo: Escola Nacional de Defesa do Consumidor, 
Ministério da Justiça, 2010. 
 
Governo Federal. ​Brasil ultrapassa a marca de 10 milhões de 
Microempreendedores Individuais (MEIs). ​Disponível em: <​https://www.gov.br/ 
economia/pt-br/assuntos/noticias/2020/abril/brasil-ultrapassa-a-marca-de-10-milhoes-d
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Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - ​IBGE. ​Taxa de desocupação no 
trimestre​. Disponível em: <​https://www.ibge.gov.br/busca.html?searchword= 
desemprego&searchphrase=all​>. Acessado em: 14 mai. 2020. 
 
KOTLER, Philip. ​Marketing 4.0 do Tradicional ao Digital. Rio de Janeiro: 
Sextante,2017. 
 
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glúten​. Disponível em: <​http://conselho.saude.gov.br/ultimas-noticias-cns/443-cns- 
 
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http://conselho.saude.gov.br/ultimas-noticias-cns/443-cns-requer-mais-atencao-as-pessoas-com-intolerancia-a-gluten
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requer-mais-atencao-as-pessoas-com- ​intolerancia-a-gluten​>. Acessado em: 07 mai. 
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REIS, Eric. ​A startup enxuta: como os empreendedores atuais utilizam a inovação 
contínua para criar empresas extremamente bem-sucedidas. São Paulo : Lua de 
Papel, 2012. 
 
SEBRAE. ​Alimentação saudável cria ótimas oportunidades de negócio​. Disponível 
em: <​https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/segmento-de-alimentacao- 
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4010aRCRD​>. Acessado em: 29 de jun de 2020. 
 
 
 
 
 
 
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https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/segmento-de-alimentacao-saudavel-apresenta-oportunidades-de-negocio,f48da82a39bbe410VgnVCM1000003b74010aRCRD
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/segmento-de-alimentacao-saudavel-apresenta-oportunidades-de-negocio,f48da82a39bbe410VgnVCM1000003b74010aRCRD
https://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/segmento-de-alimentacao-saudavel-apresenta-oportunidades-de-negocio,f48da82a39bbe410VgnVCM1000003b74010aRCRD

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