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Choques Circulatórios Definição Choque por definição implica em hipoperfusão tecidual, nem sempre absoluta. É a expressão clínica da falência circulatória aguda que resulta na oferta deficitária de oxigênio para os tecidos. ●O choque ainda apresenta altas taxas de mortalidade. ●Corresponde um terço das internações em Terapias Intensivas. Fisiologia do Choque Hipovolemia Débito cardíaco RVS Pacientes com: ● PAS < 90 mmHg ou 30 % abaixo da PA basal, ● Má perfusão tissular periférica, ● Alteração do estado mental, ● Oligúria, ● Acidose metabólica (HCO3- < 20 mEq, pH < 7,3, BE < 0), ● Hiperlactatemia ou alterações isquêmicas ao ECG Classificação Ponto de vista fisiopatológico em: ● Hipovolêmico ● Cardiogênico ● Distributivo ( Séptico, Anafilático e Neurogênico) ● Obstrutivo Choque Hipovolêmico ● O choque hipovolêmico, também chamado de choque hemorrágico, é um quadro potencialmente letal que ocorre quando uma pessoa perde mais de 20% (um quinto) do sangue ou fluido corporal. Hemorragia ● É o extravasamento de sangue após o rompimento de um vaso, podendo ser externo ou interno. Causas ● hemorragia causada por cortes ou ferimentos; ● hemorragia de contusões traumáticas causadas por acidentes ou atividade convulsiva; ● hemorragia interna do trato gastrointestinal ou ruptura da área onde ocorreu gravidez ectópica; Causas ● Além da perda de sangue em si, a perda de fluidos corporais pode causar uma redução no volume sanguíneo disponível no corpo. ● diarreia excessiva; ● queimaduras graves; ● vômito prolongado e excessivo; ● sudorese excessiva. Manifestações Clínicas ● A pressão arterial cai dramaticamente e ocorre uma queda brusca da temperatura corporal, que pode ser letal. ● Segundo Mayo Clinic, o choque hemorrágico é a principal causa de morte de pessoas que sofrem lesões traumáticas. Manifestações Clínicas ● Ansiedade; ● Lábios e unhas cianóticos; ● Produção de urina baixa ou inexistente; ● Suor acentuado; ● Respiração superficial; ● Tontura; Manifestações Clínicas ● Confusão mental; ● Dor no peito; ● Perda de consciência; ● Frequência cardíaca acelerada; ● Pulso fraco. Sinais de hemorragia externa ● Sangramento excessivo no local da lesão. Os sinais de hemorragia interna ● Dor abdominal ● Sangue nas fezes; ● Sangue na urina; ● Sangramento vaginal (intenso, geralmente fora do período menstrual normal) ● Vômito com sangue; ● Dor no peito; ● Inchaço abdominal. Atendimento ● Caso uma pessoa apresenta qualquer sinal de hemorragia ou choque hemorrágico, deve receber atendimento imediato de emergência. ● Deitar a pessoa e elevar os pés; ● Puncionar um acesso calibroso para infusão de eletrólitos; ● Estancar a hemorragia. Complicações ● Danos aos órgãos como rim ou encéfalo; ● Gangrena nos braços ou pernas; ● Parada Cardio Respiratória. Exames para diagnosticar ● Exames de sangue para verificar desequilíbrios eletrolíticos e função renal; ● Tomografia computadorizada ou ultrassom para visualizar órgãos do corpo; ● Ecocardiograma para medir o ritmo cardíaco; Exames para diagnosticar ● Endoscopia para examinar o esôfago e outros órgãos gastrointestinais; ● Cateterismo pelo lado direito do coração para verificar a circulação do sangue; ● Cateterismo urinário para medir o volume de urina na bexiga. Tratamento ● Expansão;( SF 0,9%) ● Infusão de sangue ● Drogas vasoativas ● Monitorização contínua ● SVD O prognóstico dependerá do volume de sangue perdido e do tipo de lesão sofrida. Choque Cardiogênico Definição ● É aquele em que a má perfusão tecidual é resultado do baixo débito cardíaco, oriundo de uma patologia cardíaca. Fisiopatologia ● Neste caso a bomba de propulsão (coração) está comprometida. Manifestações Clínicas ● Pressão arterial baixa; ● Elevação da frequência cardíaca; ● Palidez; ● Extremidades frias e úmidas; ● Diminuição do estado de consciência; ● Sonolência, fraqueza; ● Redução da quantidade de urina. Nos casos onde há acúmulo de líquido nos pulmões ou edema pulmonar, o paciente também pode apresentar falta de ar e sons anormais na ausculta dos pulmões. Causas. ● IAM ● Doenças das válvulas cardíacas; ● Insuficiência ventricular direita; ● Miocardite aguda: inflamação do músculo cardíaco; ● Doença arterial coronariana; Causas ● Trauma direto no coração; ● Intoxicação do coração por medicamentos e toxinas; ● Estágios terminais de infecção generalizada. ● Arritmias cardíacas; Tratamento ● Internamento na unidade de cuidados intensivos; ● Introdução de cateter em uma artéria para avaliar a pressão arterial; ● Sondagem vesical; ● Administração de oxigênio nasal ou ventilação mecânica; ● Medicamentos: vasodilatadores, diuréticos injetáveis, hidratação; Tratamento ● Revascularização precoce do miocárdio; ● Angioplastia coronariana: desobstrução de uma artéria coronária por meio de um balão; ● Colocação de stent; ● Cirurgia para troca da valva cardíaca insuficiente ou estenosada. Complicações ● Falência de múltiplos órgãos nobres como rins, cérebro e fígado. Choque Distributivo ● Neste caso , a má perfusão tecidual é resultado de uma vasodilatação periférica global que ocasiona drástica redução da PEC (pressão de enchimento capilar. ● Débito cardíaco preservado. Classificação ● Choque séptico; ● Choque anafilático ● Choque neurogênico Choque Séptico ● É decorrente de uma infecção grave, disseminada para todo o organismo. ● Ocorre geralmente em ambiente hospitalar e ainda em pacientes com o sistema imune comprometido. Choque Séptico ● O organismo tem uma reação inflamatória desproporcional a presença das toxinas ● Dilatação nos vasos sanguíneos ● Taquicardia no estágio inicial ● Diminuição dos batimentos cardíacos Causas ● Infecção (bactérias) ● Qualquer tipo de bactéria pode causar choque séptico. Fungos e vírus também podem causar essa condição, embora infecções virais sejam extremamente raras. Manifestações Clínicas ● Extremidades frias e pálidas ● Temperatura alta ou muito baixa, tremores ● Tontura leve ● Pressão arterial baixa, especialmente quando de pé ● Produção de urina reduzida ou ausente Manifestações Clínicas ● Palpitações ● Frequência cardíaca acelerada ● Inquietação, agitação, letargia ou confusão ● Falta de ar ● Exantema cutâneo ou descoloração da pele Tratamento ● Ventilação mecânica ● Medicamentos para tratar pressão arterial baixa, infecção ou coágulos sanguíneos ● Ingestão de líquidos por via intravenosa ● Cirurgia. Complicações ● Insuficiência respiratória ● Insuficiência cardíaca ● Falência de qualquer outro órgão do corpo. Choque Anafilático ● A má perfusão tecidual no choque anafilático também é resultado de uma vasodilatação generalizada e tem hemodinâmica semelhante ao choque séptico. Causas ● O paciente sofre uma reação alérgica ao ser exposto a um antígeno, a que é previamente sensível. Manifestações Clínicas ● Dispnéia e sibilos; ● Prúrido e vermelhidão na pele; ● Edema nos lábios, olhos e nariz; ● Edema de glote; Manifestações Clínicas ● Dor abdominal, náuseas e vômitos; ● Taquicardia; ● Tonturas e sensação de desmaio; ● Sudorese intensa. Tratamento ● Injeção de adrenalina subcutânea ● Uso de uma máscara de oxigênio para ajudar na respiração. Choque Neurogênico ● Este culmina na má perfusão tecidual pela perda súbita do tônus vascular, se trata de um estado de ligeira contração mantido nos vasos sanguíneos pelo sistema nervoso autônomo, e é crucial para a manutenção da PA e da PEC. Causas ● Anestesia geral profunda; ● Uso de drogas ou fármacos que deprimem o SNC; ● Anestesia espinhal; ● Lesão cerebral difusa. Manifestações Clínicas ● Pressão de pulso normal; ● Alerta, orientadoe lúcido, porém reflexos ausentes; ● Bradicardia; ● Hipotensão. Complicações ● Trombose Venosa Profunda ● Choque hipovolêmico ● Insuficiência Cardíaca Congestiva Tratamento ● Correção das causas subjacentes ● Tratamento medicamentoso ● Reposição de líquidos ● Vasopressores ● Parassimpáticolíticos. Sinais do Choque Circulatório Sinais Neurogênico Hipovolêmico Séptico Cardiogênico Nível de consciência Mantido Alterado Alterado Alterado Enchimento Capilar Normal Alterado Alterado Alterado Coloração da pele Rosada Pálida e cianótica Rendilhado Pálida e cianótica Temperatura da pele Quente e seca Fria e pegajosa Fria e pegajosa Fria e pegajosa Pressão Arterial Diminuída Diminuída Diminuída Diminuída Bibliografia ● Fisiologia do Choque, MOURA, C.A., SOUZA, L.S. ● CHOQUE NEUROGÊNICO TRANSITÓRIO DURANTE POSICIONAMENTO DO PACIENTE. RELATO DE CASO Mário Taveira*, Lilian Cunha, Roberta de Souza, Luiz Alberto. Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20 Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25 Slide 26 Slide 27 Slide 28 Slide 29 Slide 30 Slide 31 Slide 32 Slide 33 Slide 34 Slide 35 Slide 36 Slide 37 Slide 38 Slide 39 Slide 40 Slide 41 Slide 42 Slide 43 Slide 44 Slide 45 Slide 46 Slide 47 Slide 48 Slide 49 Slide 50 Slide 51 Slide 52
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