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Fisiologia do sistema nervoso · Fisiologia: funções e funcionamento dos seres vivos. · Homeostase: equilíbrio entre a condição interna e externa do animal de acordo com o ambiente. · Desequilíbrio orgânico: mecanismo de homeostase; regulação ou retorno da normalidade. Mecanismo regulatório é o controle de sinalização envolvendo o sistema endócrino e sistema nervoso, ou seja, adaptação do meio externo para meio interno em constante equilíbrio. EQUILÍBRIO = HOMEOSTASE Principais fatores de equilíbrios: 1. Regulação da osmolaridade plasmática Concentração de agua e eletrólitos entre o meio interno e externo da célula. Em uma escala maior no organismo este processo se reflete na micção e transpiração. Aumento da osmalaridade plasmática. Osmoreceptores hipotalâmicos (pouca água no organismo): hipotalomo (SNC)= secreção de ADH (hormônio antidiurético) evita a perda de agua e aciona mecanismo da sede. Após a ingestão da água a osmolarida plasmática volta a níveis “normais” a diurese permite a eliminação dos sais e o organismo retorna ao equilíbrio, ou seja, homeostase. Algumas aves marinhas possuem uma glândula excretora de sais localizada entre o olho e narinas, essa glândula serve para excretar o excesso de sais e deste modo mantem regulados os níveis de sais. Animais/ humanos que não tem essa glândula excretora, seu organismo sofreria aumento da osmolaridade plasmática na qual deixaria seu organismo em desidratação. 2. Regulação térmica O hipotálamo induz a musculatura esquelética para que produza tremores visando gerar calor quando a temperatura corporal está muito baixa. Quando está muito alto o suor arrefece o corpo por evaporação. Os termorreceptores do organismo sinalizam para o hipotálamo a variação de temperatura corporal para baixo ou para cima. Outra forma de gerar calor envolve o metabolismo de gordura. 3. Regulação da glicemia O pâncreas produz insulina e glucagon para a regular a concentração de açúcar no sangue (glicemia) · Quando ocorre o aumento de glicose no sangue a insulina entra com sua ação de hipoglicemiante. · Quando ocorre a queda da glicose no sangue o glucagon entra com sua ação de hiperglicemiante. As ações desses hormônios permitem manter a concentração da glicose dentro dos limites homeostáticos. Existe receptores do organismo que sinalizam a alteração na concentração sanguínea de açúcares. Falhas nesta regulação: diabetes e hiperinsulinêmica. 4. Regulação do CO2 (dióxido de carbono) O CO2 é o produto final de muitas rotas de metabolismo essenciais para o organismo, no entanto é tóxico para o mesmo o mesmo, e precisa ser removido para garantir a sobrevivência do animal. O órgão responsável pela a eliminação do CO2 é o pulmão que se encarrega de fazer as trocas com o meio ambiente, absorvendo oxigênio rico e devolvendo o CO2. Os receptores periféricos (seios aórticos e carotídeos) e receptores centrais (bulbares) têm papel preponderante para essa regulação. 5. Regulação hídrica Os rins excretam ureia e regulam as concentrações de água e de uma grande variedade de íons. Os rins respondem ao ADH (hormônio antiurético) produzido no hipotalomo, evitando a perda de água e desidratação. Um aumento da osmolaridade plasmática (maior concentração de sais), o organismo produz o ADH para impedir a perda de água e as complicações decorrentes do excesso de sais no organismo. Quando o animal realiza a ingesta de água, os osmorreceptores sensíveis à variação da osmolaridade plasmática percebem a mudança ocorrida (que o animal bebeu água) e informa o hipotalomo para que este diminua o ADH e a diurese volte ao normal. Transporte através da membrana 1. Difusão Simples ou facilitada. Simples é simplesmente a passagem livre de substância entre a membrana. Facilitada ela requer uma ajuda para que essas substâncias atravessem que são aquelas proteínas transportadoras. Transporte passivo: nem a membrana e nem a célula vão gastar energia para o transporte. 2. Osmose Controle da osmolaridade é o controle da concentração de H2O entre o meio interno e meio externo é realizado por proteínas especificas chamadas de aquaporinas. 3. Transporte ativo Vai acontecer por conta do gradiente de concentração, tem consumo de energia por ATP na qual vai ser realizado por uma proteína que é ativada por energia, isso é possibilitado pela bomba de sódio e potássio. 4. Endocitose/exocitose Processo ativo de absorção e excreção nas células epiteliais intestinais e células tubulares dos rins. Sistema Nervoso O sistema nervoso é o mais complexo e diferenciado do organismo. É o primeiro a se diferenciar embriologicamente e o ultimo a completar o seu desenvolvimento após o nascimento. Funções básicas 1. Função integradora: coordenar a função de diversos órgãos. 2. Função sensorial: sensações gerais e especiais. 3. Função motora: contrações musculares que são voluntarias ou involuntárias. 4. Função adaptativa: adaptação do animal ao meio ambiente (sudorese, calabrios,...). No S.N existem duas bases funcionais: Base funcional: (complexo estimulo resposta) A expressão da vida está ligada ao complexo estimulo-resposta; Permite a adaptação do meio externo e meio interno. Base morfológica: (arco-reflexo) Sequência das estruturas neurais a serem percorridas pelo estímulo. Receptor -> neurônio sensitivo -> SNC -> neurônio motor -> efetor. Divisão · Anatômico: Sistema nervoso central e sistema nervoso periférico. · Embriologico: prosencefalo, mesencéfalo e rombencéfalo. · Fisiologica: Sistema nervoso somático e sistema nervoso visceral. Sistema Nervoso Somático Permite que o animal se relacione com o meio ambiente com atitudes voluntárias – musculatura esquelética. Relaciona o organismo com o ambiente através de receptores que informam as condições externas, e o sistema eferente envia mensagem para os músculos esqueléticos determinando movimentos voluntários. Sistema Nervoso Visceral Está relacionado com a constância do meio interno e corresponde a atitudes voluntarias do meio interno e corresponde a atitudes involuntárias-> musculatura lisa, cardíaca e glândulas. Corresponde às estruturas viscerais e garante a constância do meio interno. Seu componente aferente conduz impulsos nervosos originários dos receptores (visceroceptores) para o SNC de onde partem resposta motora para as vísceras (glândulas, musculo liso e cardíaco). Componentes do S.N Unidade funcional SN: Neurônio. Impulso nervoso levado desde dendritos até os axônios. Neurônio Componentes celulares; Forma e estrutura adaptada à função (células alongadas, com ramificações para a condução de impulsos); Transmissão do impulso elétrico nervoso. Neuroglia (cola) Suporte e proteção; Atividade fagocitíca. Neurônio a. Dendritos Maior superfície celular; Entrada do impulso nervoso. b. Corpo celular Neurotransmissor; Corpúsculo de Nissil; Ribossomos e retículos endoplasmáticos rugosos; Substância cinzenta do SNC (coloração). c. Axônio Prolongamento único; Saída do impulso nervoso –> terminal sináptico. Classificação dos neurônios Afarentes (sensitivos): periféricos superficiais, corpo celular ganglionar capilação, transformação e condução. Eferentes (morotores): corpo celular no s.c central, axônio localizado no tecido muscular ou glandular. Internunciais (associações): totalidade do s.n central, interligação aferente e eferente, transmissão neuro-eixo (cérebro e medula espinal). Aferente é o estimulo. Eferente é a resposta. O impulso nervoso São excitáveis e condutivos. Características que diferenciam um impulso nervoso de um impulso elétrico. · Os impulsos nervosos são baseados no movimento de ions e não no movimento de elétrons; · Os impulsos nervosos são mais lentos que os elétricos; · Impulsos nervosos requerem energia na forma de ATP; · Movimentação dos impulsos a uma amplitude e velocidade constantes. Tipos: Tipo A: grande calibre mielinizado · Alfa: proprioceptores dos músculos esqueléticos. Informam sobre posição, movimento do corpo. · Beta: mecanorreceptores da pele (tato). · Gama: sensação de dor e frio. Quanto maior for o diâmetromaior será a velocidade. Tipo B: médio calibre mielinizado – pre ganglionares do SNA. Tipo C: pequeno calibre não mielinizado – pós ganglionares do SNA. Alfa são estimulatorios e beta são inibitórios. Gânglios nervosos · São agrupamentos de corpos celulares localizados fora do SNC. Células da glia Suporte, proteção, atividade fagocitica e mielinização do axônio. Macroglia · Astocitos: nutrição e metabolismo · Células ependimarias: revestimentos dos ventrículos e canal espinhal. Microglia: · Oligondendrolia: síntese de mielina. · Hortegáglia: células de limpeza. Mielinização Oligondendrocitos: SNC Células de Schawann: SNP O impulso nervoso passa pelos nodos de Ranvier. Os neurônios mielinizados tem uma resposta muito mais rápido comparada aos neurônios não mielinizados. V:400km/h (mielinizado) Como ocorre? Membranas plasmáticas fazem um enovelamento nas células schawann/ oligondendrocitos e forma a bainha de mielina. Fibras nervosas Alta variação em extensão neurônio Fibras mistas: neurônio aferente + eferente, Nervos São agregados de feixes de fibras nervosas reforçadas por tecido conjuntivo, que unem o sistema nervoso central aos órgãos periféricos. Endoneuro-> perineuro -> epineuro. Sinapse Local de conexão entre células nervosas e entre células efetoras (musculo ou glândula). Onde ocorre a comunicação e ação dos neurotransmissores. Divisões Centrais: cérebro e medula espinal. Perifericas: gânglios e placas motoras. Função Excitatórias: despolarização da membrana pós-sináptica. Gera potencial de ação. Inibitórias: hiperpolarização da membrana pós-sináptica. Não gera potencial de ação. Neurotransmissores Liberadas na fibra pré-sináptica na fenda sináptica estimulam ou inibem a fibra pós-sináptica. A acetilcolina e adrenalina podem ser classificadas como colinérgicas ou adrenérgicas em função do neurotransmissor liberados. Um neurônio é excitado pela adrenalina e inibido pela GABA e glicina. Potencial de ação A diferença de carga nos dois lados da membrana celular resulta em uma voltagem -70 milivolts. Etapa da despolarização: é a etapa em que a membrana torna-se extremamente permeável aos ions de Na+, ocorre o influxo de Na+ e aumento de carga positiva no interior da célula. Essa etapa só ocorre se atingir o limiar de excitabilidade da célula (-65mV). TUDO OU NADA. Etapa de repolarização: é a etapa em que ocorre o fechamento dos canais de Na e abertura dos canais de K++. Etapa de hiperpolarização: é um período de alguns milissegundos em que a célula não reage aos neurotransmissores, pois está com excesso de negatividade no seu interior, o que impede a ocorrência de um novo potencial de ação. Sinapses excitatórias: abertura dos canais de Na+ > entra Na+. Sinapses inibitórias: aberturas dos canais de K+ e Cl- > sai K+ e entra Cl+. Sistema nervoso periférico Constituído por nevos cranianos (12) e espinais (+/-31) com seus gânglios associados a suas terminações nervosas. Nervos espinais São aqueles que fazem conexão com a medula espinal e são responsáveis pela inervação do tronco membro e parte da cabeça, saem aos pares da medula a cada espaço intervertebral. Componente funcional dos nervos espinais Fibras aferentes somáticas · Exteroceptiva: temperatura, dor, pressão e tato. · Proprioceptivo: consciente posição de movimento, sensação. Inconsciente regulação reflexa da atividade do cerebelo Fibras aferentes viscerais: impulso sensitivo das vísceras Fibras eferentes somáticas: para musculatura esquelética Fibra eferente visceral (SNA): gandulas, muscula cardíaca e lisa. Nervos cranianos Sendo compostos por 12 nervos, fazem conexão com encéfalo (cérebro, cerebelo e tronco encefálico) sendo que a maioria fazendo conexão pelo tronco encefálico exceção do olfato e o ótico. Componentes funcionais dos nervos cranianos Fibras afarentes somáticas: · Gerais: fibras de dor, pressão e frio. · Especiais: visão e audição. Fibras afarentes viscerais: · Gerais: sensibilidade visceral. · Especial: gustação e olfato. Fibras eferentes somáticas: fibras musculares esqueléticas. Fibras eferentes viscerais · Gerais: SNA, músculo liso e glândulas. · Especial: musculatura da laringe e faringe. Nervos cranianos classificados por sensitivo, motor ou misto. Terminações nervosas Morfologia geral e especial Gerais estruturas morfologicamente mais simples e localizadas em todo o corpo podendo ser classificadas como livre ou encapsulada (tecido conjuntivo). As terminações nervosas com capacidade percepção e sensação de dor são do tipo livre Terminações encapsulada: são os corpúsculos Meissener: tato e pressão Paccini: sensibilidade vibratória Krause: frio Rufini: calor Especiais morfologias mais complexas fazem parte dos órgãos especiais dos sentidos localizados na cabeça ex: botão gustativo, órgão de corti, macula estático e crista ampular, cones bastonetes e receptores olfativo. 3 tipos de receptores sensoriais: Extereoceptores É sensível a variação do meio externo e estão localizados na superfície externa e ativados pelo frio, calor pressão. Além desses incluem receptores responsáveis pelos sentidos especiais de visão, audição, olfação e gustação. Estão ligadas as fibras afarentes somáticas e viscerais dos nervos cranianos quanto especial quanto geral. Intereoceptores É sensível a variação do meio interno e estão localizados nas vísceras e vasos sanguíneos. Responsável pela sensação de fome, sede, prazer sexual, dor visceral pressão o2 e co2, osmolaridade do plasma e pressão arterial. São considerados intereoceptores os sensores do ouvido interno para a sensação especial do equilíbrio. Proprioceptores Estão localizados profundamente nos músculos esqueléticos, tendões, fáscias, ligamento e capsulo articulares. Dá origem a impulsos a proprioceptiva consciente ou inconsciente. · Consciente: atingem o córtex cerebral permitindo perceber a posição do corpo e suas partes – cistesia · Inconsciente não desperta nenhuma sensação sendo utilizado para regulação reflexa da atividade muscular através do reflexo miotatico. Terminações nervosas motoras Somaticas: terminam em musculo estriado esquelético (movimento voluntaria) Visceral: terminam em musculo liso, cardíaco e glândula: sistema nervoso autônomo. Arcos reflexos É uma resposta do sistema nervoso a um estimulo qualitativamente invariável, involuntário de importância fundamental para postura e locomoção do animal e para exame clinico do SN. 5 componentes: · Receptor: captam a energia ambiental e transformam em potencial de ação. · Nervo sensorial: conduz o potencial de ação do receptor até a sinapse do SNc entrando pela medula na raiz dorsal. · Sinapse: mossinpatica ou polissinaptica. · Nervo motor: conduz o potencial de ação do SN até o órgão efetuador, saindo da medula pela raiz ventral, transformando em impulso elétrico em ação mecânica. · Órgão efetuador: normalmente um musculo ou glândula. Sistema nervoso central Encéfalo, cerebelo, cérebro, tronco encefálico, medula espinal, bulbo, ponte, mesencéfalo, diencéfalo, telecenfalo: hemisfério cerebral. Medula espinal Conduz os potenciais de ação dos estímulos motores do encéfalo para as porções distais. Conduz estímulos sensitivos das partes distais para o encéfalo. Recebe potenciais de ação oriundas de receptores de pele, musculo, tendões, articulações e órgãos viscerais. Emite axônios dos nervos motores inferiores para que saem pela raiz ventral e atingem o musculo esquelético Bulbo Contém vários núcleos motores de nervos cranianos e centros autônomos que controlam o coração, respiração e pressão sanguínea, reflexo de tosse, deglutição e vomito. Ponte Serve de elo entre as informações do córtex e vão para o cérebro para que coordene os movimentos. Participa da regulação da respiração Mesencéfalo Movimento ocular e controla a postura subconsciente além de conter a informação reticular, que regula a consciência. Dispõe de um sistema de conexão dos sistemas auditivos e visuais. Diencéfalo · Talamo: processa os estímulos sensoriais. · Hipotálamo: regula SNA, hipófise, temperatura corporal, ingestãode alimentos e o equilíbrio hídrico. Telencefalo hemisférios Córtex cerebral substancia branca suj e gânglios da base Contem estruturas associadas às funções sensoriais e motoras superiores e a consciência.
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