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FISIOLOGIA VETERINÁRIA MEMBRANA PLASMÁTICA o Estrutura extremamente fina que separa uma célula da outra e de seu meio externo o Regula a passagem de substâncias para dentro e para fora da células o Diferenciam-se na espessura, nas funções e na composição química. São 3 os tipos: o Protéica: 76% proteína, 24% lipídios (alta funcionalidade). Ex: membranas mitocondrial interna, dos tilacóides e procariontes. o Plasmática: 50% lipídeos, 50% proteínas. Ex: membrana mitocondrial externa e membranas eucariontes em geral e dos eritrócitos. o Mielínica: 79% lipídeos, 17% proteína e 3% carboidratos (isolante). Ex: bainha de mielina dos neurônios. FUNÇÕES DA MEMBRANA PLASMÁTICA o Comunicação: comunicação através de seus receptores o Gradiente eletroquímico: produz um gradiente elétrico e químico entre o lado de dentro/fora o Forma e proteção o Permeabilidade seletiva: permite a passagem de certas substâncias e restringe outras. - solubilidade a lipídios - tamanho - carga - presença de canais e transportadores COMPOSIÇÃO QUÍMICA Dupla camada de fosfolipídios e proteínas. Outras substâncias como colesterol, glicolipídios e glicoproteínas. LIPÍDIOS DE MEMBRANA Existem em 3 tipos: o FOSFOLIPÍDEOS : são moléculas anfipáticas (polar/apolar) o GLICOLIPÍDEOS: (carboidrato+lipídeo) componente de receptores celular o COLESTEROL: que se encaixa entre os fosfolipídeos e confere rigidez à MP, diminuindo a funcionalidade. As células vegetais apresentam outros esteróis (não o colesterol) PROTEÍNAS DE MEMBRANA Existem em 2 tipos: o INTEGRAIS OU INTRÍNSECAS, são fortemente associadas aos lipídeos (difícil remoção); penetram através da dupla camada. o Funções : transportadoras (carreadoras) receptores (hormônios, nutrientes, anticorpos, drogas) o PERIFÉRICAS OU EXTRÍNSECAS, estão fracamente associadas aos lipídeos, não atravessam a bicamada. GLICOCÁLISE: GLICOPROTEÍNAS E GLICOLIPÍDIOS o São marcadores de identidade celular o Permite o reconhecimento de outras células semelhantes de um determinado tecido, limitando o seu crescimento por inibição de contato. o Marcadores responsáveis pelos grupos sanguíneos (MN e ABO) o Ação imunogênica, proteção, adesiva, inibição por contato, reconhecimento celular TRANSPORTE ATRAVÉS DAS MEMBRANAS FUNÇÕES: o Incorporação de novas substâncias para o metabolismo celular (nutrição); o Eliminação de restos metabólicos (excreção); o Eliminação de substâncias especiais para o metabolismo extracelular (secreção). o E também funções especiais como: polarização de membrana (pela bomba de sódio e potássio) o Defesa celular (pela fagocitose em leucócitos). o Equilíbrio hídrico o Controle da turgescência celular também estão presentes (pela difusão ou osmose) PROCESSOS PASSIVOS: As substâncias movem- se através de um gradiente de concentração de uma área de alta concentração, para uma de baixa concentração ( a favor do gradiente); não há gasto de energia (ATP) pela célula. Podem ocorrer por: 1. DIFUSÃO SIMPLES: através da bicamada Movimento das moléculas ou íons, devido a sua energia cinética, de uma área de alta concentração para uma de baixa concentração até que seja alcançado um equilíbrio. 2. DIFUSÃO FACILITADA: Difusão de moléculas maiores e insolúveis em lipídios através da MP com a ajuda de proteínas de membrana como carreadoras. Ex.: glicose , galactose e alguns a.a. o A velocidade da difusão facilitada depende da diferença de concentração de substâncias nos dois lados da membrana, da quantidade de carreadores disponíveis e da velocidade com que as reações se processam. o No caso da glicose, a velocidade de sua difusão é grandemente aumentada com a presença de maior quantidade de insulina, hormônio secretado pelo pâncreas. Não se sabe, ainda, se o efeito da insulina está no aumento dos carreadores ou no aumento da velocidade de processamento das reações químicas entre a glicose e o carreador. OSMOSE: É um fenômeno de difusão em presença de uma membrana semipermeável. Nele, duas soluções de concentrações diferentes estão separadas por uma membrana que é permeável ao solvente e praticamente insolúvel ao soluto. Há, então, passagem do solvente de onde está em maior quantidade (solução hipotônica) para onde está em menor quantidade (solução hipertônica). Exemplo de hemácia: PROCESSOS ATIVOS: As substâncias movem-se contra um gradiente de concentração de uma área de baixa concentração para uma de alta concentração; a célula gasta energia (ATP). A- TRANSPORTE ATIVO: - Há hidrólise de ATP para produção de energia. - Emprego de transportadores: BOMBAS IÔNICAS: Mecanismos que transportam íons: Na e K ATPase: mantém o potencial negativo no interior celular, como fora explicado anteriormente. Ex.: neurônios H ATPase : mantém o pH em mitocôndrias e lisossomos. Ca ATPase: membranas do retículo sarcoplasmático e eritrócitos. H e K ATPase: membranas parietais do estômago COTRANSPORTE: É o transporte conjunto de duas moléculas ou íons ou íon e molécula através da membrana. Se ambos são transportados no mesmo sentido é chamado SIMPORTE. Ex: glicose e insulina. Se os dois vão em sentido oposto é chamado de ANTIPORTE. Ex. Bomba de Sódio e Potássio. TRANSPORTE EM QUANTIDADE Os processos citados anteriormente só transportam moléculas pequenas ou quantidade pequenas de substâncias. Macromoléculas ou células inteiras são transportadas através da membrana pelos processos de ENDOCITOSE (entrada) E EXOCITOSE (saída). Na prática são os processos de FAGOCITOSE, PINOCITOSE E EXOCITOSE. ENDOCITOSES: -Fagocitose: englobamento de partículas sólidas (pseudópodes). -Pinocitose: englobamento de líquidos (canal de pinocitose). EXOCITOSE: as substâncias são exportadas da célula por um processo de endocitose reversa. ESPECIALIZAÇÕES DA MEMBRANA INTERDIGITAÇÕES - São especializações cuja função é aumentar a superfície de aderência entra as células. DESMOSSOMOS - São máculas de aderência celular, formadas por queratina ou outra proteína estrutural, para aumentar a adesão. Ex.: epitélio das mãos e dos pés MICROVILOSSIDADES – especialização que aumenta a superfície de contato da célula . Ex. epitélio do intestino delgado JUNÇÕES COMUNICANTES - Junções tipo fenda, são formadas por moléculas de conexina, que permitem a passagem de íons e moléculas pequenas . Em vegetais são chamados de plasmodesmos. JUNÇÕES ADERENTES - Também chamadas de ancoradores, formam a zônula de aderência. São faixas contínuas, eletrondensas, que possuem MF de actina e cadeirinas. JUNÇÃO OCLUSIVA - Também chamadas de bloqueadoras, formam a zônula de oclusão. São faixas contínuas para vedação, que impedem a ampla difusão e a volta de substâncias após uma passagem através da MP. Forma-se pela interação entre duas membranas. BIOELETROGÊNESE: EXCITABILIDADE Capacidade de gerar e alterar a diferença de potencial elétrico através da membrana. Propriedade exclusiva de algumas células: Neurônios, células musculares esqueléticas, lisas e cardíacas. Essas células possuem diferença de potencial de 60 mV, sendo que a face interna da membrana citoplasmática é negativa em relação à externa. Se o neurônio for estimulado com corrente elétrica, o voltímetro registrará respostas de alteração transitória do potencial da membrana, ou seja, em forma de ondas de despolarização de baixa amplitude ou na forma de um potencial de ação conforme a intensidade do estimulo. A excitabilidade é causada por movimentos de íons através da membrana citoplasmática. Potencial de ação: alteração transitória na diferença de potencial elétrico da membrana de neurônios ( e decélulas musculares) cuja duração e amplitude são fixas. As células excitáveis em REPOUSO ou em ATIVIDADE geram e propagam impulsos elétricos denominados de potenciais de ação. Mecanismos iônicos do potencial de repouso: Potencial de repouso: diferença no potencial de membrana das células excitáveis na ausência de estímulo. A face interna é negativa em relação à externa. O gradiente de concentração criado é mantido através da pressão osmótica. Se ela for bloqueada por uma droga o gradiente se dissipará. O gradiente favorece fluxos passivos de íons através da membrana. No repouso a permeabilidade da membrana aos íons é diferente. K+: altamente permeável Na+: praticamente impermeável mas não 100% Cl-: altamente permeável Ca++: praticamente impermeável Proteínas eletricamente carregadas: impermeantes. O potecial de equilíbrio do íon K é o principal responsável pela geração do potencial de repouso das células nervosas (e demais células). A distribuição diferencial de cargas ocorre somente entre as faces interna e externa da membrana. O fluxo de íons K é ínfima em relação a sua concentração (não há mudanças na concentração de K). A permeabilidade ao Na é baixa mas ele tende a entrar; o K tende a sair para fora e cria dipolo; responsável pela determinação e manutenção do gradiente químico de Na e K. Mecanismos iônicos do potencial de ação Estimulando o neurônio (e1, e2 e e3) ocorrerá alterações transitórias no potencial de membrana. O potencial de ação é um evento elétrico transitório no qual ocorre a completa inversão da polaridade elétrica da membrana. Etapas do Potencial de ação: Despolarização Ápice (ação) Repolarização Hiperpolarização Ao longo do axônio há canais iônicos de Na e K com comportamento sensíveis a mudança de voltagem. Repouso: fechados, mas a alteração de voltagem na membrana causa a sua abertura temporária (abre-fecha). A abertura causa fluxo resultante passivo de determinados íons e, como conseqüência, mudanças no potencial elétrico. Tipos de canais: canais de Na na voltagem dependente Rápidos (abrem-se primeiro) Canais de K voltagem dependentes Lentos (abrem-se depois) Canais de sódio voltagem dependentes: dois tempos Canais de potássio voltagem-dependentes FISIOLOGIA DO TECIDO NERVOSO Neurônio = corpo celular + prolongamentos Direção do impulso nervoso dos dendritos para o axônio. Possuem bainha de mielina (células de schwann a forma) EXTRA INTRA Na + K + Na + K + (Ativo) Bomba Na + K + K + K + Na + Na + ++++++++ - - - - - - - - ++++++++ - - - - - - - - A troca de impulsos nervosos ocorre de modo saltatório. Os neurônios geram e propagam impulsos elétricos. Eles decodificam o aumento ou redução da intensidade do estímulo em função da freqüência dos impulsos elétricos. A amplitude do potencial de ação de cada célula excitável é variável. Excitação e Inibição Sináptica PPSE – Potencial Pós-Sináptico Excitatório Ocorre quando houver aumento de –65mV para –45mV por exemplo. Quando houver esta mudança para um valor menos negativo, dizemos que houve um potencial pós-sináptico excitatório, o PPSE. Neste caso o PPSE = + 20mV. Para que esta diferença de potencial ocorra, deve haver somação (descargas simultâneas de muitas terminações). PPSI – Potencial Pós-Sináptico Inibitório Ocorre abertura dos canais de cloreto – Estes íons fluem para o interior e os canais de potássio abrem-se fluindo para o exterior. Aumentará o grau de negatividade, a este evento chamamos de hiperpolarização. Haverá assim uma inibição neuronal (de –65mV para –70mV). O PPSI tem valor de –5mV POTENCIAL DE AÇÃO NAS FIBRAS SEM MIELINA O PA é gerado na zona de gatilho do neurônio e sempre se propaga no sentido da despolarização. A propagação bidirecional é evitada devido ao período refratário do PA. O PA se propaga ao longo do axônio sem decremento de sinal, i.e., o sinal é fiel do início até o final da fibra. POTENCIAL DE AÇÃO NAS FIBRAS MIELINIZADAS O PA só se desenvolve nos nódulos de Ranvier. Sob a bainha não há canais iônicos. Propriedade: aumento na velocidade de condução do impulso nervoso. Quanto maior o calibre maior a velocidade de condução. Doenças que causam a perda de mielina afetam a velocidade de condução do impulso nervoso. Redução na velocidade da condução nervosa. CÉLULAS DA GLIA • São células lábeis capazes de exercer uma importância vital aos neurônios, sendo a principal função a Nutrição. • Não produzem potencial de ação. • Encontram-se em numero maior que os neurônios no tec. nervoso QUANTO A POSIÇÃO: NEURÔNIO AFERENTE Conduz o impulso nervoso do receptor para o SNC. Responsável por levar informações da superfície do corpo para o interior. Relaciona o meio interno com o meio externo. NEURÔNIO EFERENTE Conduz o impulso nervoso do SNC ao efetuador (músculo ou glândula). NEURÔNIO INTERNUNCIAL OU DE ASSOCIAÇÃO INTERNEURÔNIO Faz a união entre os dois tipos anteriores. O corpo celular deste está sempre dentro do SNC. SINAPSES São pontos de união entre as células nervosas e entre estas e as células efetoras (músculo ou glândula). QUANTO A LOCALIZAÇÃO: CENTRAIS => Localizadas no cérebro e medula espinhal PERIFÉRICAS => Gânglios e placas motoras QUANTO A FUNÇÃO: EXCITATÓRIAS INIBITÓRIAS QUANTO AS ESTRUTURAS ENVOLVIDAS AXO-SOMÁTICA AXO-DENDRÍTICA AXO-AXÔNICA DENDRO-DENDRÍTICAS AXO-SOMÁTICA-DENDRÍTICA EFEITO DA ALCALOSE E ACIDOSE SOBRE AS SINAPSES ACIDOSE → anestésicos em geral, deprimem; Assim como ficar respirando CO2 para se acalmar, isso gera acidose respiratória. ALCALOSE → estimula, deixa mais ativo; podem gerar convulsões. EFEITO DA TEMPERATURA SOBRE AS SINAPSES ALTAS TEMPERATURAS → estimula as sinapses, o que pode levar a convulsões (ex: convulsão febril) BAIXAS TEMPERATURAS → deprimem as sinapses o que pode levar ao coma. *VASODILATAÇÃO: sonolência; menos sangue para o coração. VASOCONSTRIÇÃO: aumento do fluxo sanguíneo por conta do frio → pisar do gelado após acordar estimula o enchimento rápido da bexiga, resultando na vontade de urinar. NEUROTRANSMISSORES São substâncias encontradas em vesículas próximas as sinapses, de natureza química variada, que ao serem liberadas pela fibra pré- sináptica na fenda sináptica estimulam ou inibem a fibra pós-sináptica. CLASSE I Acetil colina CLASSE II Noradrenalina (neurônios pós- ganglionares; fazem só essa sinapse específica); Adrenalina (medula da adrenal; hormônio derivado de um neurotransmissor; passa para a corrente sanguíneo e afeta todo o organismo e não só uma sinapse); Dopamina e Serotonina (TIROSINA →DOPA→ DOPAMINA →NORADRENALINA→ ADRENALINA) CLASSE III Aminoácidos: GABA (gamma- aminoButyric Acid), Glicina, Glutamato. CLASSE IV: Peptídeos (hormônios derivados de proteínas): Hipotalâmicos hipofisários, de ação intestinal (inibitórios) e cerebral e outros. SISTEMA NERVOSO PERIFÉRICO Constituído por nervos cranianos e espinhais com seus gânglios associados e as terminações nervosas. NERVOS ESPINHAIS São aqueles que fazem conexão com a medula espinhal e são responsáveis pela inervação do tronco, membros e parte da cabeça. Saem aos pares da medula, a cada espaço intervertebral Homem = 8C, 12T, 5L, 5S, (2 Coc) Bovinos = C7, T13, L6, S5, Co 18-20 Equino = C7, T18, L6, S5, Co 15-21 Cães = C7, T13, L7, S3, Co 20-23 NERVOS ESPINHAIS (Relacionados ao sistema simpático – que estimula) São formados pela união das raízes dorsal e ventral, formam o tronco, saem pelo forame intervertebral e logo em seguida formamos ramos anteriores e posteriores. Entram nervos sensitivos na medula pela raiz dorsal e saem nervos motores pela raiz ventral. NERVOS CRANIANOS (relacionados com o parassimpático, que deprime) São os que fazem conexão com o encéfalo (cérebro, cerebelo e tronco encefálico). Estes nervos sensoriais ou motores servem à pele, músculos da cabeça e órgãos especiais dos sentidos. São 12 pares. Nervo olfatório Nervo óptico Nervo oculomotor = motor ocular comum Nervo patético Nervo trigêmeo Nervo abducente = motor ocular externo Nervo facial Nervo vestibular = auditivo Nervo glossofaríngeo Nervo vago = pneumogástrico Nervo acessório = espinhal Nervo hipoglosso *O vago é o único dos craniais que vai para todo corpo. A maioria faz conexão com o tronco encefálico (Exceções: Olfatório com telencéfalo e o Óptico com o diencéfalo) SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO Controle e manutenção de um ambiente interno estável (homeostase), em resposta a flutuações nas condições internas e variações induzidas por estímulos externos. Componente eferente do SN visceral, ou seja, é o sistema motor periférico destinado ao suprimento nervoso dos músculos cardíaco e liso e glândulas, estando sujeito a controle reflexo e cerebral. O sistema nervoso autônomo regula funções subconscientes tais como: pressão arterial, frequência cardíaca, motilidade intestinal e o diâmetro pupilar. Pode ser dividido em SIMPÁTICO e PARASSIMPÁTICO com base na origem anatômica de seus neurônios pré-ganglionares e nos neurotransmissores liberados no órgão alvo. Sistema nervoso autônomo auxilia no estado neurovegetativo; faz com que o organismo volte às condições basais como aumento ou diminuição da respiração ou freqüência cardíaca. SNA opera por reflexos viscerais; Sinais sensitivos de partes do corpo enviam impulsos ao centro medular, tronco encefálico, ou hipotálamo que transmitem respostas reflexas as víceras para controlar sua atividade; O SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO É DIVIDIDO EM: SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO Relacionado com a resposta sistêmica como luta ou fuga; fluxo sanguíneo para os tecidos. SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO Responsável pelo repouso e digestão. Ele e o simpático funcionam como uma gangorra, quando um está ativo, o outro é inativado. É um controle antagonista (sistema excitatório + sistema inibitório; ocorre na maioria dos órgãos internos; exemplo a freqüência cardíaca). SISTEMA NERVOSO ENTÉRICO O entérico inerva o trato digestório; plexos intramurais como o mioentérico; possui quimioreceptores e coordena a motilidade, absorção e digestão. O sistema nervoso simpático e parassimpático podem atuar no sistema nervoso entérico. Entre as camadas musculares do trato gastrointestinal está o plexo entérico. São 2 plexos situados no TGI que somam 80 a 100 milhões de neurônios. Plexo mioentérico ou de auerbach: situado entre as camadas musculares circular e longitudinal. Plexo submucoso ou de Meissner: entre a mucosa e camada circular. Apenas simpático: controle tônico; ou aumenta ou diminui. Glândula sudorípara e músculo liso de vasos sanguineos. Apenas parassimpático: glândulas lacrimais. A resposta do tecido alvo pode depender, além do tipo de inervação, do tipo de receptor de membrana: REGULAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO: CENTROS DE CONTROLE AUTÔNOMO HIPOTÁLAMO: Balanço hídrico, temperatura e fome PONTE: respiração, FC e PA. BULBO: respiração. CÓRTEX CEREBRAL SISTEMA LÍMBICO = VIAS DESCENDENTES = RUBORIZAR, DESMAIAR (ao ver uma agulha), FRIO NO ESTÔMAGO. REFLEXOS MEDULARES – PODEM OCORRER SEM ESTÍMULO ENCEFÁLICO = MICÇÃO, DEFECAÇÃO, EREÇÃO PENIANA (funções corporais normalmente influenciadas pelas vias do encéfalo). ESTRUTURA COMPARAÇÃO DAS VIAS SIMPÁTICAS E PARASSIMPÁTICAS -Neurotransmissores e receptores. ACETILCOLINA = FIBRAS COLINÉRGICAS NORADRENALINA = FIBRAS ADRENÉRGICAS CATECOLAMINAS (ADRENALINA E NORADRENALINA) MEDULA DA SUPRARENAL SÍNTESE DE NOREPINEFRINA, SUA REMOÇÃO E DURAÇÃO DA AÇÃO: A síntese começa no axoplasma da terminação nervosa adrenérgica, mas só é completada no interior das vesículas: Na medula supra-renal, essa seqüência continua por mais uma etapa, para transformar cerca de 80% da norepinefrina em epinefrina, da seguinte maneira: MEDULA DA GLÂNDULA SUPRA-RENAL Células cromafins = neurônios pós-ganglionares simpáticos modificados. METABOLIZAÇÃO E RECICLAGEM DA NOREPINEFRINA JUNÇÃO NEUROEFETORA – NEUROTRANSMISSOR É LIBERADO NO FLUIDO INTERSTICIAL (não existe placa motora; na junção mio-meural) – DIFUSÃO PARA OS RECEPTORES PRÓXIMOS OU DISTANTES – LIBERAÇÃO DIFUSA (1 neurônio pós-ganglionar afeta grande área do tecido alvo). MECANISMO DE AÇÃO DOS NEUROTRANSMISSORES: ATIVAÇÃO DO SEGUNDO MENSAGEIRO: conforme a célula alvo os neurotransmissores agem sobre receptores que regulam as concentrações intracelulares de: Ca, AMPc e GTP. Substâncias parecidas podem inativar umas às outras, portanto não dê medicamentos com a mesma ação. Os efeitos relativos da norepinefrina e da epinefrina sobre os diferentes órgãos efetores são determinados pelos tipos de receptores existentes nesses órgãos. ÓRGÃO EFETOR RESPOSTA PARASSIMPÁTI CA RESP. SIMPÁTICA PUPILA CONSTRIÇÃO DILATAÇÃO (alfa) GL. SALIVARES SECREÇÃO H20 MUCO, ENZIMAS (alfa e B2) CORAÇÃO DIMINUI FC AUMENTA A TAXA E FORÇA DE CONTRAÇÃO (beta1) ARTERIOLA S E VEIAS CONSTRIÇÃO E DILATAÇÃO (alfa e B2) PULMÃO CONTRIÇÃO DE BRONQUIOLO S DILATAÇÃO DE BRONQUIOLO S (B2) TRATO DIGEST. AUMENTA A MOTILIDADE E SECREÇÃO DIMINUI // (A1 E B2) PÂNCREAS EXÓCRINO AUMENTA SECREÇÃO ENZIMAS DIMINUI (A) PÂNCREAS ENDÓCRIN O ESTIMULA SECREÇÃO INSULINA INIBE // (A) MEDULA ADRENAL SECRETA CATECOLAMI NAS RINS AUMENTA A SECREÇÃO DE RENINA (B1) BEXIGA LIBERA URINA RETÉM (A1 E B2) TECIDO ADIPOSO DEGRADAÇÃO GORDURAS (B) GL. SUDORÍPAR AS TRANSPIRAÇÃ O GENERALIZAD A TRANSP. LOCALIZADA (A) TERMINAÇÕES NERVOSAS SENSITIVAS Estruturas morfologicamente mais simples e localizadas em todo o corpo podendo ser classificadas como livres ou encapsuladas. LIVRES – percepção e sensação da dor ENCAPSULADAS 1 Corpúsculo de Meissner: tato e pressão. Pele das mãos e pés. 2 Corpúsculo de Vater Paccini: sensibilidade vibratória. Tecido celular subcutâneo das mãos e pés, peritônio, cápsulas viscerais, etc. 3 Corpúsculo de Krause: frio. Derme, conjuntiva, mucosa da língua e genitais externos. 4 Corpúsculo de Ruffini: calor. Derme, conjuntiva, mucosa da língua e genitais externos. ESPECIAIS Estruturas de morfologia mais complexa e que fazem parte dos órgãos especiais dos sentidos localizados na cabeça. Exemplo: botões gustativos (gustação), órgão de Cori (audição), mácula estática e crista ampular (equilíbrio), cones e bastonetes (visão), receptores olfativos (olfação). TERMINAÇÕES NERVOSAS MOTORAS SOMÁTICAS: terminam em músculo estriado esquelético (movimento voluntário). VISCERAIS: terminam em músculo liso, cardíaco, glândulas (SNA). RECEPTORES SENSORIAIS CONCEITO DE RECEPTORES: Pequenas estruturas localizadas em todo o organismo com a finalidade de captar estímulos e transforma-los em potencial de ação MECANORRECEPTORES → sensações de TATO e posição pelo deslocamento do corpo, sensações mecânicas. TERMORRECEPTORES → estímulos térmicos por toda pele, mais concentrados na região face, pés e mãos. ALGIRRECEPTORES OU NOCICEPTORES → detectam lesões nos tecidos, químicas e físicas (dor). PROPRIORRECEPTORES OU CINESTÉSICOS→ nas cápsulas articulares transmitem noção do ângulo formando nas articulações noções de movimento. EXTERORRECEPTORES → na superfície do corpo capta estímulos provenientes do ambiente como a LUZ, CALOR, SONS. Ex: órgãos do olfato, visão, audição, paladar. INTERORRECEPTORES → captam condições internas do corpo. Ex: PH, pressão osmótica, temperatura, composição química do sangue. VISCERORRECEPTORES → captam as sensações viscerais. TIPOS DE RECEPTORES BULBO PILOSO → detecta movimento de objetos sobre a superfície do corpo, o mínimo movimento qualquer pelo do corpo. TATO LEVE CÉLULAS EM CONE E BASTONETE → para as sensações visuais TERMINAÇÕES NERVOSAS LIVRES → encontrados em toda pele e outros tecidos, detectam TATO, PRESSÃO VERTICAL E DOR. SEIOS CAROTÍDEOS E SEIOS AÓRTICOS → pressão sanguínea e taxa de oxigênio. CORPÚSCULO DE PACCINI → abaixo da pele e profundamente nos tecidos. Detectam vibração e pressão em alta freqüência. TATO PROFUNDO E PRESSÃO. CORPÚSCULO DE RUFFINI → sensação de calor CORPÚSCULO DE KRAUSE → sensação de frio CORPÚSCULO DE MERCKEL → sinais contínuo TATO GROSSEIRO parcialmente adaptável. CORPÚSCULO DE MEISSNER → abundantes em papilas dérmicas, pele (dedos), na mucosa da língua e outras. Adaptam-se em fração de segundos TATO LEVE E VIBRAÇÕES DE BAIXA FREQUÊNCIA. BOTÕES GUSTATVOS → distribuídas na superfície da língua. 5 sensações gustativas básicas: doce, salgado, azedo, unami e amargo. FUSO MUSCULAR → variação no comprimento do músculo APARELHO TENDINOSO DE GOLGI → reflexos musculares: alfinetada e calor ajudam a manter equilíbrio e postura. CÉLULAS CORTE → determinações auditivas CÉLULAS OLFATÓRIAS → sensações do olfato (odor) permite: percepção de substâncias dissolvidas no ar para animais terrestres e na água para animais aquáticos. CAMPO RECEPTOR: ÁREA DE ATUAÇÃO DO RECEPTOR NÚMERO DE RECEPTORES X TAMANHO DE ÁREA Quanto mais receptores, menor é a área de alcance individual. Quando menos receptores, maior a área de alcance. ADAPTAÇÃO DOS RECEPTORES RECEPTORES DE ADAPTAÇÃO RÁPIDA OU TÔNICOS → estímulo prolongado e constante o receptor se adapta parcialmente ou completamente. Exemplo: receptores auditivos, corpúsculo de Paccini, bulbo piloso. RECEPTORES DE ADAPTAÇÃO LENTA → se adaptam lentamente ou nunca se adaptam. Exemplo: tônus muscular dos membros inferiores. INFORMAÇÃO SENSORIAL MODALIDADE: define a qualidade da sensação, isto é, se é TATO, PRESSÃO, DOR. INTENSIDADE: relacionada com o número de receptores atingidos. LOCALIZAÇÃO DO ESTÍMULO: feita por interneurônios específicos existentes no córtex cerebral, na pele, dedos, lábios. Sensações de um lado do corpo entram na medula sobem, passam pelo tronco, cruzam o lado oposto para serem analisadas. DIFERENTES SENSAÇÕES CAPTADAS NA PERIFERIA → chegam na medula espinal sobem e constituem linhas → as linhas se agrupam e constituem sistemas de transmissão → passam pelo tronco indo ao tálamo até o córtex cerebral. Com exceção da via ótica e olfativa todas as demais fazem sinapse no tálamo antes de chegar ao córtex. SISTEMAS DE TRANSMISSÃO SISTEMA COLUNAR DORSAL: Sensações precisas como o tato, conduzido por fibras mielinizados, conduz informações em alta velocidade. As duas fibras cruzam-se no bulbo. SISTEMA ESPINO TALÂMICO: Sensações não confiáveis, tato violento, sensações térmicas e dor. Ex: cócegas, conduzido por fibras sem mielina, conduz informações em baixa velocidade. O cruzamento das fibras dá-se na medula. ARCO REFLEXO É uma resposta do Sistema Nervoso a um estímulo, qualitativamente invariável, involuntária, de importância fundamental para a postura e locomoção do animal e para examinar clinicamente o Sistema Nervoso. É A UNIDADE FISIOLÓGICA DO SISTEMA NERVOSO. COMPONENTES BASICOS - Todos os arcos reflexos contem 5 componentes básicos necessários para sua função normal. 1 - RECEPTOR - captam alguma energia ambiental e a transformam em Potencial de Ação (EX: luz na retina, calor, frio e pressão na pele; estiramento pelos receptores do fuso muscular) 2 - NERVO SENSORIAL - Conduz o P.A. do receptor até a sinápse no SNC entrando na medula pela raiz dorsal. 3 - SINAPSE - podendo ser monossinaptica ou polissinaptica 4 - NERVO MOTOR - conduz o P.A. do SNC para o órgão efetuador saindo da medula pela raiz ventral. Transforma um impulso elétrico em ação mecânica. 5 - ORGAO ALVO OU EFETUADOR - normalmente é um músculo Os reflexos podem ser usados para avaliar clinicamente o Sistema Nervoso, pois quando se testa um reflexo, em verdade se está testando seus componentes básicos. CLASSIFICAÇÃO DOS REFLEXOS REFLEXO SEGMENTAR, MONOSINÁPTICO OU SIMPLES Percorre um único segmento do SNC. 1 REFLEXO PATELAR 2 REFLEXO MIOTÁTICO REFLEXO INTERSEGMENTAR OU POLISINÁPTICO Percorre múltiplos segmentos do SNC. 1 PROPRIOCEPÇÃO CONSCIENTE 2 REFLEXO DA RETIRADA 3 REFLEXO DE COÇAR DO CÃO. REFLEXOS BULBARES Reflexos VITAIS, centros nervosos. 1 - Reflexos Respiratórios 2 - Reflexos Vasomotores 3 - Reflexos Cardiomotores 4 – Reflexo da Deglutição 5 – Reflexo do Vômito 6 – Reflexo Osmorregulatório REFLEXOS MEDULARES Proprioceptivos - originam de receptores nos músculos e tendões Exteroceptivos - originam de receptores cutâneos geralmente derivados da pressão e dor EXEMPLOS DE REFLEXOS MEDULARES PROPRIOCEPTIVOS 1 - R.PATELAR - percussão do tendão medial reto da patela leva a contração do quadríceps femoral 2 - R. SUPRACARPIANO - percussão do tendão do músculo extensor carpo-radial leva a extensão da articulação carpiana 3 - REFLEXO SUPRA TARSAL - percussão do tendão do músculo tibial cranial leva a flexão da articulação tarsal Estes reflexos são mais visíveis em pequenos animais EXEMPLOS DE REFLEXOS MEDULARES EXTEROCEPTIVOS 1 - R. DA CRUZ - Contrações da musculatura cutânea muito evidente nos eqüinos e menos em bovinos 2 - R. ·COSTAL - Flexão da coluna torácica ao beliscar o lombo dos eqüinos e bovinos 3 - R. DE COÇAR - quando se estimula regiões do tórax e abdome do cão 4 - R. DA CAUDA - a cauda curva-se ventralmente quando a parte ventral desta é estimulada 5 - R. ESCROTAL - contração da bolsa escrotal por frio ou toque 6 – R. PUPILAR – contração quando incide luz SISTEMA NERVOSO CENTRAL PODE SER DIVIDIDO EM 6 REGIÕES: 1- MEDULA ESPINHAL Conduz estímulos motores do encéfalo para as porções distais e estímulos sensitivos das partes distais para o encéfalo 2 - BULBO ou MEDULA OBLONGA Contém vários núcleos motores de nervos cranianos e centros autônomos que controlam o coração, a respiração, pressão sanguínea, reflexo da tosse, da deglutição e do vômito. Centros vitais: Centro Vasomotor, Centro Respiratório, Centro da Tosse, Centro da deglutição, Centro do Vômito 3 – PONTE Contém grande quantidade de neurônios que retransmite informações dos hemisférios cerebrais para o cerebelo garantindo a coordenação dos movimentos pretendidos e reais. Participa da regulação da respiração 4 – MESENCÉFALO Importante para o movimento ocular e o controle postural subconsciente e contem a FORMAÇÃO RETICULAR que regula a consciência. Dispõe de um sistema de conexão dos sistemas auditivos e visual 5 – DIENCÉFALO Tálamo - estação de relé que processa os estímulos sensoriais que se projetam para o córtex cerebral e estímulos motores provenientes do córtex cerebral para o tronco encefálico e a medula espinhal. Hipotálamo - Regula o S.N.A., hipófise, a temperatura corporal, a ingestão de alimentos e o equilíbrio hídrico. (centro termorregulador, centro da fome e da sede) centro osmorregulador) 6 - HEMISFÉRIOS CEREBRAIS Formados pelo Córtex cerebral, Substância branca subjacente e Gângliosda base. Contém estruturas associadas as funções sensoriais e motoras superiores e à consciência NEURÔNIO MOTOR SUPERIOR São todos aqueles neurônios do SNC que influenciam no funcionamento do neurônio motor inferior. O neurônio motor superior começa no cérebro mas emite axônio longo que percorre a medula espinhal para fazer sinapse com o neurônio motor inferior. Eles se dividem em 3 subgrupos: PIRAMIDAL: Desencadeamento do movimento voluntário, hábil, aprendido EXTRAPIRAMIDAL: Sua maior importância é Iniciar o tônus muscular extensor postural, antigravitacional subconsciente. CEREBELO: Também importante na coordenação dos movimentos da cabeça e olhos na observação do movimento de um objeto. Coordena os movimentos iniciados pelos dois subgrupos anteriores. Ele compara o movimento pretendido com o movimento real e os ajusta. Permite o planejamento e a execução dos movimentos É responsável pela manutenção da postura, coordenação dos movimentos da cabeça e dos olhos NEURÔNIO MOTOR INFERIOR É o neurônio cujo corpo celular e dendritos estão localizados no SNC e cujo axônio se estende através dos nervos periféricos para fazer sinapse com as fibras musculares esqueléticas. SISTEMA PIRAMIDAL TRATO CORTICO-ESPINHAL - As fibras partem do córtex e vão até a medula espinhal contralateral influenciando os neurônios motores inferiores espinhais. TRATO CORTICO-BULBAR - As fibras partem do córtex e vão até o bulbo influenciando os neurônios motores inferiores do tronco cerebral para os músculos da cabeça. TRATO CORTICOPONTINOCEREBELAR - As fibras partem do córtex cerebral e fazem sinapse na ponte com um segundo neurônio que vai ao córtex cerebelar informar o cerebelo do movimento pretendido pelo córtex cerebral para que este faça os ajustes necessários. * lesão do sistema piramidal causa fraqueza muscular contralateral a área lesada (Hemiparesia)
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