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Avaliação de fatores relacionados com a atividade de cárie: - Anamnese: local de moradia, profissão, situação socioeconômica, histórico de saúde, motivo da consulta, ultima visita ao dentista, hábitos de HB, exposição a fluoretos - Exame clínico: mucosa, IPV, ISG, lesões de cárie. - Exames complementares: radiográfico, ECM, FOTI, QLF, DIAGNOdent. - Exames complementares da atividade de cárie: análise da dieta, exames salivares e exames microbiológicos. Quando o paciente chega à consulta, você faz a anamnese, em seguida verifica IPV e ISG e então, segue para o exame das superfícies dentárias. Faz-se a deplacagem primeiramente (pode ser com escova dental, taça de borracha e escova de Robinson, fio dental) e verifica-se se foi eficiente com a sonda exploradora. Neste momento não é feita orientação para o paciente. Faz-se então isolamento com rolos de algodão e utiliza-se o sugador para proceder ao exame das superfícies dentárias. Após realiza- se o CPOS. Exames salivares podem ser necessários quando há queixa do paciente de que tem boca seca, quando o paciente apresenta muita atividade cariogênica, ou quando faz uso de remédios, etc. Os exames salivares nos permitem investigar o fluxo salivar e a capacidade tampão da saliva. ~ Medição do fluxo salivar: Mastigar 1g de parafina durante 1 minuto. Desprezar esta saliva por deglutição ou expectoração. Coleta de saliva os 5minutos subseqüentes em proveta graduada. (A secreção é expressa em ml/min). Será considerado baixo quando for menor que 0,7ml/min. ~ Medição da capacidade tampão (capacidade que a saliva possui de neutralizar o ácido formado): é feita utilizando kits disponíveis no comércio. Adicionar 3ml de ác. clorídrico a 0,005 a 1ml da saliva estimulada. Após 2 min, medir o pH com fita indicadora. Ainda em pacientes com alta atividade cariogênica, que possuem uma dieta cariogênica ou que não apresentam um fator que indique a prevalência das cáries, pode ser feito um exame bacteriológico. Estreptococos mutans: >106 UFC/ml de saliva Lactobacilos: > 105 UFC/ml de saliva O plano de tratamento é feito com base no diagnóstico: PACIENTE CÁRIE INATIVO: ( ~ Controle do biofilme: - Métodos mecânicos; -Métodos químicos. ) ~Controle da saúde bucal: - Informação teórica; - Informação sobre auto cuidado bucal; - Dentifrício fluoretado; - Orientação dietética; - Controle profissional. *CONTROLE MECÂNICO DA PLACA DENTÁRIA Instrução de HB: - Devemos orientar o paciente para escovar, no mínimo, 3X ao dia e usar fio dental 1X ao dia; -Devemos verificar se o paciente sabe realmente remover a placa bacteriana; - Devemos saber se o paciente sabe diferenciar uma gengiva sadia de uma inflamada; - Devemos instruir o paciente de que a inflamação e o conseqüente sangramento podem ser facilmente resolvidos com o controle adequado da placa; - Devemos verificar se a escova dental do paciente se encaixa para o tamanho da sua boca; - Devemos verificar a necessidade de modificar a posição da escova para escovas alguns dentes; - Devemos instruir e motivar o paciente para a limpeza interdental (fio ou fita dental); - Devemos verificar a necessidade de indicar o uso de escovas elétricas, escovas interdentais, etc. · Remoção profissional da placa: Indicado para pacientes cárie ativos que por algum motivo não dominam o controle da placa; Pacientes com baixo fluxo salivar (menos que 0,3ml/min). O intervalo das consultas deve ser entre 2 a 3 semanas (início do tto) OBS: O flúor possui propriedades tixotrópicas , portanto com uma carga ou pressão este material torna-se mais fluido, permitindo um melhor alcance em todas as superfícies. Em pacientes cárie ativos é indicado 4 aplicações de flúor 1x por semana durante 1 minuto (acidulado) e 4 minutos (convencional). Dentição permanente: 2-2,5ml/moldeira Dentição decídua (maior que 3 anos de idade): 1,5-2ml/moldeira *CONTROLE QUÍMICO DA PLACA BACTERIANA: ~ Clorexidina: -bochecho 0,2% - 10ml (2x ao dia) 0,12% - 15ml (2x ao dia) Efeitos colaterais: - manchas nos dentes, restaurações, língua (não são permanentes); - sabor amargo; - descamação da mucosa. Sempre 30min após a escovação pois o dentifrício inibe a ação da clorexidina. Usar em casos específicos e por pequeno período de tempo. Gel 1% Verniz 1% CONTROLE DA DIETA: O recomendável é 3 refeições ao dia e 2 lanches. ACONSELHAMENTO DIETÉTICO: - voltado à necessidade do paciente; - dentro de um diagnóstico e plano de tto adequados; - recomendações realistas a serem discutidas com o paciente. TRATAMENTO SALIVAR: - Hipossalivação: baixa no fluxo salivar - Xerostomia: sensação de boca seca. (os pacientes costumam ingerir balar/chicletes para melhorar a situação) Hipossalivação: - prevalência: 30% da população adulta - associada ao: uso de drogas, irradiação, cirurgia das glândulas salivares, doenças sistêmicas (diabete melito e síndrome de sjögren). *Tratamento salivar: - Alimentação consistente, rica em proteínas e a própria mastigação ajudam na estimulação da secreção salivar; - Substituição da droga; - Pequenas quantidades de água durante o dia; - Umedecimento dos lábios; - Uso de goma de mascar sem açúcar; -Saliva artificial. ( Plano de tratamento: Controle e manutenção da saúde bucal Intervalo das consultas de retorno: Agendado segundo as necessidades individuais atuais Pac . Cárie Ativos = cada 2 a 3 semanas Pac . Cárie Inativos = 1-2 anos? Situação excepcional: erupção dos 1ºs e 2ºmolares (2-3x no ano) ) Xerostomia: - profilaxia profissional periódica - controle da dieta - higiene bucal - tratamento intensivo com flúor. CRITÉRIOS PARA RESTAURAR: * Cavidades retentivas de placa; * Relação complexo dentino-pulpar; * Estrutura dentária remanescente (fratura; função); * Comprometimento da estética, segundo o paciente. PERIODONTIA: · Doenças periodontais: - Entidades patológicas distintas e complexas (etiologia, história natural, progressão, rta do hospedeiro ao tto) - Gengivite e Periodontite - Conceito atual para Etiologia da periodontite: * Susceptibilidade do hospedeiro * Presença de bactérias patogênicas * Ausência de bactérias benéficas. - Infecções periodontais – Saúde Geral *diabete melito *endocardite bacteriana · O diagnóstico correto é essencial para um tratamento inteligente · O tratamento não planejado consome muito tempo e freqüentemente é ineficaz. PLANO DE TRATAMENTO: É o documento do planejamento que retrata as decisões que permitirão uma intervenção coordenada. O plano é o guia para a manipulação do caso 1º - urgência 2º - periodontia 3º - exodontias 4º - endodontia 5º - dentística 6º - ortodontia 7º - prótese TRATAMENTO PERIODONTAL COMPLETO: Fases: 1- Terapia associada à causa: (INICIAL) - motivação do paciente - instrução de HB - RAR 2- Reavaliação do tratamento inicial: - depois de, no mínimo, 4 semanas - avaliar se o paciente está cooperando - decidir se o paciente pode ir para a parte cirúrgica - decidir qual técnica cirúrgica utilizar 3- Fase corretiva: (FUNÇÃO E ESTÉTICA) - cirurgia propriamente dita 4- Terapia periodontal de suporte: - Avaliações periódicas durante todas as fases *Deve-se alertar o paciente das possíveis seqüelas decorrentes do tratamento periodontal, como por exemplo a retração tecidual. · Doenças gengivais: Doenças gengivais induzidas por placa dental - Recessão gengival -> abaixamento da gengiva (margem gengival apical em relação à (JCE) junção cemento- esmalte) - Retração -> deslocamento da gengiva em relação ao dente TERAPIA PERIODONTAL BÁSICA: ~ Etiologia: biofilme bacteriano induz inflamação ~Objetivo da terapia periodontal básica associada à causa: Eliminar e prevenir a recorrência dos depósitos bacterianos sub e supragengivais. Terapia periodontal não-cirúrgica: -criterioso debridamento radicular; - controle de placa - HB * Objetivo imediato: prevenir, deter, controlar ou eliminar a DP COMO REALIZAR A TERAPIA PERIODONTAL BÁSICA? -Motivação do paciente (informação); -Instrução sobre técnicas de higiene bucal; -Raspagem e alisamento radicular; -Remoção dosfatores adicionais de retenção da placa; - Informar o paciente sobre sua saúde bucal; - Localização de placa e cálculo; - Escovação dentária -> diferentes técnicas OBS: depois de uma RAR pode-se prescrever para o paciente bochecho com clorexidina 0,12% (48h pós cirurgia). Mec. de ação da clorexidina: substantividade intra-oral (duração de 12h – 2x ao dia). ANTIMICROBIANOS COADJUVANTES À RASPAGEM E ALISAMENTO RADICULAR: * Indicações dos Agentes Químicos - Adjunto do agente mecânico,especialmente durante a terapia periodontal; -Casos de ausência de coordenação motora; -Presençadealteraçõessistêmicasquemodificamocursodadoençaperiodontal; -Pacientes que apresentam fatores retentivos de placa; -Doenças periodontais agudas; - Prévio a procedimentos odontológicos -diminuir a dispersão de microrganismos durante procedimentos que produzem aerossóis; - Após cirurgia da cavidade bucal (48 horas após); - Prevenção secundária da terapia periodontal após cirurgia. Mecanismos de Ação da Clorexidina 1-Substantividade intra-oral; 2-Amplo espectro de ação; 3-Ação bactericida imediata; 4-Ação bacteriostática duradoura. Indicações do uso de clorexidina: 1- Após cirurgias periodontais 4- Terapia não-cirúrgica 2- 2- Após cirurgias em geral 5- Estomatite 3- 3- Gengivite aguda 6- Herpes simples Viabilidade da utilização de clorexidina na prática Odontológica: Clorexidina 0,12% - 2x ao dia – Efeitos colaterais: pode produzir manchamento, alteração no paladar. “A Clorexidina quando utilizada em conjunto com a raspagem e alisamento radicular produz resultados mais efetivos em relação aos outros quimioterápios.” Irrigação Subgengival • Reduzir os efeitos colaterais observados pelo uso dos bochechos a longo prazo; • Ultrapassar os efeitos da irrigação supragengival, que possui efeito máximo até a profundidade de 3mm. • Minimizar os efeitos adversos causados com o uso de antibioticoterapia sistêmica. Agentes para Irrigação Subgengival: -Água -Clorexidina -Listerine -Metronidazol -Tetraciclina -Solução salina · Raspagem + irrigação de cloridrato de tetraciclina dissolvidos em 10ml de soro fisiológico. · A tese de doutorado do professor Thiago estudou a influência da irrigação subgengival com hidrocloreto de tetraciclina no tto de periodontite induzida. Estudo histológico e histométrico em ratos: - Observou-se resultados distintos frente a metodologias distintas. - Percebeu que o cloridrato de tetraciclina é fortemente adsorvido à estrutura dentária e que a liberação é lenta na sua forma ativa. - Irrigação subgengival: Atividade antimicrobiana por mais de 15 dias; - Pode evitar a necessidade de terapia periodontal cirúrgica. · Efeitos biológicos do cloridrato de tetraciclina: º Atividade antimicrobiana; º Inibe a colagenase; º Inibe a reabsorsão óssea in vitro; º Inibe a função de osteoclastos; º Estimula a formação óssea osteoblástica; º Regula a angiogênese; º Aumenta a inserção de fibroblastos sobre a superfície radicular. @ Problemas causados pela escovação: ‣Traumas agudos nos tecidos moles (gengiva avermelhada, cruenta ou ulcerada) ‣Traumas crônicos nos tecidos moles (recessão gengival, fissura gengival) ‣Alterações na superfície dental (presença de sulcos, abrasão cervical, hipersensibilidade) · MÉTODOS DE CONTROLE DE PLACA APLICADOS PELO PROFISSIONAL RASPASGEM E ALISAMENTO RADICULAR RASPAGEM: Instrumentação de coroas e superfícies radiculares dos dentes com objetivo de remoção da placa, cálculos e manchas dessas superfícies. ALISAMENTO RADICULAR: Procedimento designado para remover cemento ou superfície de dentina que apresentam rugosidade, impregnada com cálculo, toxinas e microorganismos . INSTRUMENTAÇÃO: Instrumentos manuais, sônicos e ultra-sônicos, rotatórios. § Sondas periodontais, Exploradores e Instrumentos para limpeza e polimentos. INSTRUMENTOS MANUAIS: Foices, curetas (universais e específicas), enxadas, cinzéis e limas. GRACEY UNIVERSAL Áreas e superfícies específicas Todas as áreas e superfícies Apenas 1 ângulo de corte é usado Os 2 ângulos de corte são usados Curvada em 2 planos Curvada um 1 plano Lâmina compensatória Lâmina não compensatória INSTRUMENTOS ROTATÓRIOS: Usados em áreas específicas; São utilizadas pontas diamantadas de granulação fina. AFIAÇÃO: § Curetas universais: Face da cureta paralela ao chão (100º a 110º A de afiação / 70º a 80º A de corte). Princípios de Instrumentação Periodontal •Acessibilidade •Visibilidade, Iluminação e Afastamento –Visão e iluminação diretas –Visão e iluminação indiretas com espelho •Condição dos Instrumentos •Manutenção do Campo Limpo TÉCNICA DE RASPAGEM E ALISAMENTO RADICULAR: 1. Estabilização do intrumento: Empunhamento e ponto de apoio. 2. Determinação da correta extremidade ativa: ponta ativa abraçando o dente 3. Posicionamento subgengival: até o fundo da bolsa 4. Ângulo de trabalho 5. Pressão lateral: tipos de empunhadura (firme, moderada e leve) 6. Ativação: tipos de movimento (exploração, raspagem e alisamento) – impulsão ou tração · Movimento de raspagem: mão, punho, ante-braço, flexão de dedos. * Melhores resultados: combinação de ultra-som + raspagem manual. Limitações dos procedimentos periodontais básicos: Profundidade de bolsa Terapia não-cirúrgica Terapia cirúrgica 4 –6 mm 43% 76% > 6 mm 32% 50% - profundidade da bolsa - posicionamento dentário - abertura bucal - bifurcações e trifurcações - sulco palato-gengival - pérolas de esmalte · Efeitos secundários da TPB: recessão gengival e hipersensibilidade dentinária. INTERRELAÇÃO ENTRE PERIODONTIA E ODONTOLOGIA RESTAURADORA · “O sucesso de um procedimento restaurador depende da resposta dos tecidos periodontais”. · “O principal fator dessa resposta é o posicionamento subgengival das margens das restaurações”. Tecidos periodontais relacionados à odontologia restauradora: Restaurações posicionadas abaixo do fundo do sulco gengival => importante nicho de retenção de placa => início e progreção da doença periodontal. Área de “Col” Interproximal-Importância *Epitélio permeável às toxinas bacterianas; *Determinado pela superfície de contato; *Saudável na presença de restauração; *Controle efetivo de placa; Queratinização do epitélio Escova interdental pode atingir até 2,5mm Região anterior – papila gengival piramidal Região posteior – papilas gengivais no sentido vestíbulo-lingual ETAPAS DO TRABALHO RESTAURADOR: * Preparo cavitário; * Procedimentos de moldagem; * Restauração final ( localização do término cervical, adaptação marginal, contorno, material restaurador e textura superficial, superfície oclusal). · PREPARO CAVITÁRIO: * Preparo a níveis subgengivais: - perda de inserção clínica; - migração apical do epitélio juncional; - reabsorção óssea; - formação de bolsa periodontal. Preparos Restauradores/Protéticos –Extensão intra-sulcular §Parâmetros estéticos, §Aumento de retenção da prótese. PROFUNDIDADE: 0,5mm §Dentro do limite médio do sulco gengival histológico; §Alcançado pelos procedimentos de higiene bucal dos pacientes. PROCEDIMENTOS DE MOLDAGEM -Retração Mecânica e/ou Química * Efeitos nocivos dependem: - Agente químico utilizado; - Tempo de permanência no sulco gengival. - Fios retratores inseridos com força controlada; - Remoção de resquícios de material. RESTAURAÇÃO FINAL #Localização do término cervical; # Adaptação marginal; # Contorno; # Material restaurador; #Textura superficial; #Efeito das forças oclusais sobre o periodonto Localização do término cervical em relação à margem gengival - coronal (supra-gengival); - ao nível; - subgengival ou intra-sulcular Localização coronal à margem gengival - VANTAGENS = no preparo e acabamento do término cervical; = facilidade nos procedimentos de moldagens; = na adaptação, acabamento e remoção do excesso de material restaurador; = facilidade de verificação da integridade marginal da restauração; = fácil acesso à procedimentos de higienepor parte do paciente; = manutenção do contorno gengival; = facilidade na remoção da placa bacteriana, sem alterar a adaptação marginal e sem promover rugosidade no material restaurador. Localização intra-sulcular do término cervical -INDICAÇÕES >por requerimento estético; >para substituir ou recobrir extensão intra-sulcular de restauração preexistente; >na presença de lesões de cárie, abrasões ou erosões que degradem o terço cervical da coroa clínica; >na ocorrência de fraturas ou perfurações no sulco gengival; >para promover contorno mais favorável em dentes com exposição de furca; >para ganhar retenção; >na existência de sensibilidade radicular. Pesquisas em animais e humanos indicaram: ~maior inflamação marginal associada à restaurações intra-sulculares; ~adaptação e acabamento das restaurações possuem efeito favorável sobre a saúde gengival; ~há relação definitiva entre o acúmulo de placa bacteriana promovido pelas restaurações deficientes e as doenças periodontais; ~términos cervicais intra-sulculares registraram maiores índices Fatores associados ao grau e à extensão da inflamação periodontal nos términos intra-sulculares Perfil de emergência; Adaptação e acabamento marginal; Quantidade e qualidade de mucosa ceratinizada; Material Restaurador e textura superficial. PERFIL DE EMERGÊNCIA: · Perfil de emergência plano: favorece melhor remoção da placa no interior do sulco; · Perfil de emergência convexo: impede remoção de grande parte da placa. PERFIL DE EMERGÊNCIA IATROGÊNICO: Consequências: = Fibras circunferenciais da gengiva marginal são lesionadas; = Migração apical dos tecidos gengivais; = Inflamação gengival; = Placa acumulada –instalação da doença periodontal. ADAPTAÇÃO E ACABAMENTO MARGINAL: Fatores locais favoráveis ao acúmulo de placa bacteriana: * excesso de material restaurador * desadaptações de peças protéticas; difícil higiene * rugosidades superficiais impossíveis de serem totalmente eliminadas ADAPTAÇÃO MARGINAL: -Adaptação clinicamente aceitável - Acúmulo de placa de difícil remoção ADAPTAÇÃO E ACABAMENTO MARGINAL: *Espessura da linha de cimentação *Desadaptaptação cervical da prótese *Dissolução da linha de cimentação · Procedimentos de higiene limitados · Neoformação e migração apical da placa bacteriana · Avaliação pela sondagem é limitada · Linha de cimentação subgengival Como reduzir desadaptações e excessos marginais? * Cuidados nos procedimentos de moldagem; * Uso apropriado de cunhas e matrizes; * Acabamento criterioso das restaurações. · A impactação alimentar e perda óssea: falha na restauração e manutenção do contato interproximal. QUANTIDADE E QUALIDADE DA MUCOSA CERATINIZADA: Características: Epitélio pavimentoso estratificado orto ou paraqueratinizado; Impermeabilidade e imobilidade; Rica em fibras colágenas; Mucosa inserida ao dente, à crista óssea e ao periósteo. Mucosa alveolar: Características Permeável aos produtos bacterianos; Epitélio estratificado não-ceratinizado; Rica em fibras eláticas; Altamente vascularizada. Quantidade mínima de mucosa ceratinizada = 2mm SAÚDE PERIODONTAL ESPAÇO BIOLÓGICO: distância compreendida entre o topo da crista óssea e porção mais coronária do epitélio juncional. / Distância entre a margem gengival e a crista óssea. VALOR MÉDIO = 2mm ESPAÇO BIOLÓGICO = Epitélio juncional + Inserção conjuntiva RESPOSTA A INVASÃO IATROGÊNICA DO ESPAÇO BIOLÓGICO Violação do espaço biológico: FACES LIVRES: a reabsorção óssea é inevitável -> recessão tecidual marginal (sugere tentativa do organismo em recuperar o espaço biológico) CAUSAS DE VIOLAÇÃO DO ESPAÇO BIOLÓGICO: - Fraturas e fissuras --- frequente - Cáries --- geralmente proximais - Reabsorções --- pouco freqüentes / área cervical - Fatores iatrogênicos --- freqüentes •Perfurações – área cervical •Preparos subgengivais - Recidiva de cárie na interface dento-protética CONSEQUENCIAS DA INVASÃO DO ESPAÇO BIOLÓGICO: Inflamação permanente no local; Dor; Sangramento gengival; Área mais suscetível a periodontite; Dificuldade de higiene bucal; Risco de cáries primárias ou secundárias. Ferramentas para Diagnóstico de Invasão do Espaço Biológico Anamnese Exame Clínico – (sondagem transulcular) Exame Radiográfico (radiografia interproximal / periapical) Material Restaurador –Inflamação dos tecidos moles · Restaurações subgengivais: - Irritaçãodo próprio material; - Habilidade de retençãode placa do material; - Imperfeições morfológicasentre a restauração e o dente. · Materiais diferentes, tem diferentes capacidades de retenção de placa. (porcelana, ouro, RC) “ Mais importante que a escolha do material, é a sua capacidade de acabamento, associada a um ótimo controle de placa.” Efeito das forças oclusais sobre o periodonto. -Força axial -estresses internos estão nos ápices radiculares; -Força de inclinação mesial –estresses estão ao longo superfície e ápice da raiz mesial. SINAIS RADIOGRÁFICOS DO TRAUMA OCLUSAL 1)Aumento no espaço periodontal; 2)Espessamento da lâmina dura ao longo da raiz(apical e furca); 3)Destruição “vertical”do septo interdental predomina; 4)Radioluscência e condensação do osso alveolar; 5)Reabsorção radicular. Características de um pôntico ideal *Os contornos e espaços de conveniência devem permitir o controle mecânico da placa pelo paciente; *O contato com o rebordo deve ser evitado; *Região cervical –lisa , polida e convexa; *Superfície oclusal –dimensão vestíbulo-lingual do dente substituído. FORMA DE CELA FORMA DE CHANFRO FÁCIL LIMPEZA: CONEXÃO E CERVICAL Indicações para o Aumento de Coroa Clínica > Cáries, fraturas e perfurações subgengivais; > Preparos dentais preexistentes; > Coroas clínicas curtas –dificultam retenção de preparos protéticos; > Reabsorções radiculares; > Coroa anatômica diminuída. Contra-indicação -Aumento de Coroa Clínica = Dentes que não podem ser restaurados = Dentes que comprometem funcional ou esteticamente o dente adjacente = Procedimentos muito extensos = Extensão da cárie ou fratura: área de furca/ crista óssea = Relação coroa/ raiz insatisfatória O que observar no Exame Radiográfico? *Comprimento e forma da raiz *Dentes adjacentes *Quantidade de osso que deve ser removido *Possibilidade de salvar o dente ou não *Extensão da lesão de cárie Procedimentos Pré-Cirúrgicos = Remoção do tecido cariado e resíduos de restauração; = Tratamento endodôntico:controle da inflamação periodontal; = Obtenção de saúde periodontal:maior previsibilidade da posição da margem gengival após cirurgia; = Escolha da técnica cirúrgica; = Verificar quantidade de gengiva queratinizada; = Decidir que quantidade de estrutura dentária deverá ser exposta. Procedimentos Cirúrgicos e Não-Cirúrgicos para Aumento de Coroa Clínica ¬ Gengivectomia/ gengivoplastia; ¬ Cunha interproximal; ¬ Cunha distal e mesial; ¬ Posicionamento apical do retalho; ¬ Osteotomia/ osteoplastia com cirurgia a retalho; ¬ Tracionamento dental. HIPERSENSIBILIDADE DENTINÁRIA SINONÍMIA: Hipersensibilidade dentinária, Hiperestesia dentinária, Odontalgia, Sensibilidade dental, Sensibilidade dental. CONCEITO: exposição da dentina a estímulos químicos, táteis, térmicos ou osmóticos provenientes do meio bucal, os quais, normalmente, não causariam resposta em dente saudável. · Frequentemente associado a abfração, erosão ou abrasão - Lesões Cervicais não-cariosas PREVALÊNCIA: - 10 A 20% das pessoas; - Maior prevalência observada em canino e pré-molar e face vestibular; - Não tendodiferença entre o sexo. FATORES ETIOLÓGICOS: Fatores que causam desnudamento da superfície radicular expondo os túbulos dentinários. - ABRASÃO - EROSÃO - ABFRAÇÃO - RECESSÃO GENGIVAL ABRASÃO: Desgaste mecânico da estrutura dental pela constante fricção de um corpo estranho. EROSÃO: Dissolução por ácidos não bacterianos provenientes de alimentos, bebidas, medicamentos, e ainda por ácidos provenientes do próprio organismo. ABFRAÇÃO: Forças oclusais excêntricas ou exageradas que resultam em microfraturas do esmalte por tensões de flexão. RECESSÃO GENGIVAL: Pós-tratamento periodontal (cirurgias), idade, escovação incorreta, má posicionamento dentário, má higiene oral. RELAÇÃO COM A CLÍNICA: A hipersensibilidade severa pode resultar em mudanças emocionais que alteram o estilo de vida diário do paciente. MECANISMOS DA HIPERSENSIBILIDADE: * Sensibilidade dentinária é diretamente influênciada por características histo-fisiológicas do complexo dentina-polpa. * Suprimento Nervoso - Os nervos a partir da zona rica em células começam a se ramificar; - Na camada pobre em célula existe o plexo de Raschkow, o qual possui terminações nervosas do tipo Aδ (nociceptoras). TEORIA HIDRODINÂMICA: Os estímulos são transferidos via fluxo dentinário causando a sensibilização nervosa pulpar. DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: - Trincas (Síndrome do dente trincado); - Sensibilidade pós-operatória; - Sobrecontorno de restaurações (rest. mal adaptadas); - Abertura congênita da junção amelocementária; - Fraturas das restaurações; - Atrição; - Fraturas dentárias - Cáries - Clareamento · EXAME COMPLETO, CONHECIMENTOS MULTIDISCIPLINARES - Palpação - Percussão - Teste com borracha -Sondagem - Testes térmicos - exame radiográfico LESÃO CERVICAL NÃO-CARIOSA COM OU SEM HIPERSENSIBILIDADE DENTINÁRIA PROFUNDIDADE HIPERSENSIBILIDADE TRATAMENTO Menos de 1mm presente 1.Remoção do fator etiológico 2.Dessensibilização 3.Proservação Menos de 1mm ausente 1.Remoção do fator etiológico 2.Proservação Mais de 1mm presente 1.Remoção do fator etiológico 2.Dessensibilização 3.Restauração adesiva 4.Proservação Mais de1mm ausente 1.Remoção do fator etiológico 2.Restauração adesiva 3.Proservação CARACTERÍSTICAS DE UM AGENTE DESSENSIBILIZANTE: = não deve ser irritante à polpa; = ser de fácil aplicação; = ter ação rápida; = promover efeito duradouro; = não manchar o dente; = ter efetividade comprovada; = ser de baixo custo. TRATAMENTO PARA HIPERSENSIBILIDADE: FORMAS DE TRATAMENTO: Quanto ao mecanismo de ação: 1- bloqueio da transmissão neural pelos nervos pulpares através da alteração da excitabilidade dos nervos sensoriais 2- bloqueio hidrodinâmico, através da oclusão dos túbulos dentinários. COMPOSIÇÃO QUÍMICA OS ANTI-HIPERESTÉSICOS: 1. Aqueles que despolarizam as fibras nervosas -sais de potássio: K+nitratos, citratos e oxalatos) 85% 2. Aqueles que obliteram os túbulos -precipitação de sais (nitrato de prata, cloreto de zinco) -deposição de cristais (oxalatos de potássio, CaOH, Fluoretos, Cloreto de Estrôncio) -aplicação de película obliteradora (vernizes e adesivos) -aplicação de laser -técnicas restauradoras convencionais FORMAS DE TRATAMENTO Quanto ao método de aplicação dos produtos 1- Profissional: no consultório 2- Delivery Systems: uso diário pelo paciente · USO PROFISSIONAL: Desensibilize (FGM) Cloreto de Estrôncio (10%) + Nitrato de Potássio (5%) Oxa-gel (Art Dent) oxalato de potássio 3% Dessensiv (SS White) – Fluoreto de Potássio (4%) + Nitrato de Potássio (4%) + Oxalato de Potássio (0,5%) Desensibilize KF2% (FGM) Fluoreto de Sódio 2% + Nitrato de Potássio (5%) Flúor Fosfato acidulado 1,23% Deposição de precipitados solúveis de fluoreto de cálcio (quando em concentrações acima de 100ppm) A aplicação de flúor forma precipitados, obliterando os túbulos dentinários. Mousse F 1,23% Deposição de precipitados solúveis de fluoreto de cálcio Vernizes fluoretados Duofluorid Fluorniz Duraphat Hibridização -Utilização de sistemas adesivos para promover selamento dos túbulos dentinários; - Necessitará de reaplicações. Reação química *Utilização do material para promover selamento dos túbulos dentinários; *Necessitará de reaplicações. Aplicação de Lasers Baixa potência – Biomodulação Alta Potência – Ablação da Dentina USO SUPERVISIONADO Dentifrícios ¬Nitrato de Potássio a 5%. ¬Necessita de 2 semanas para efeitos significativos ¬Uso permanente * Soluções para bochecho para uso domiciliar 0,05% e 0,2%F Tratamento de lesões cervicais não cariosas maiores de 1mm,as quais apresentam hipersensibilidade -Anestesia -Profilaxia dentária -Isolamento Qual o grampo de eleição para dentes anteriores ou Posteriores? W8A, 212, 212 R/L ou adaptado -Restauração adesiva -Acabamento e Polimento => Dica: flúor tópico local após a sessão sempre que possível associar uso profissional e supervisionado
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