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os aspectos da cidadania e respeito ao proximo

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OS ASPECTOS DA CIDADANIA NO RESPEITO AO PRÓXIMO: VERTENTE PARA A MANUTENÇÃO DA DEMOCRACIA
Cleisson Oliveira da Silva
Emerson Francisco Trindade
Emerson Miranda de Souza
Reginaldo Soares Martins
Valéria Roberta Silva Borges
RESUMO: O presente trabalho apresentou a grande problemática da atualidade que é a falta de respeito ao próximo. Falou da necessidade de aplicar o respeito para uma boa convivência em sociedade. Fundamentados pelo artigo 1°, incisos, III e V da Constituição Federal de 1988 os fundamentos da Dignidade da pessoa e o Pluralismo Político são os percussores jurídicos do respeito ao próximo. A problemática salientada advém, principalmente, do individualismo humano. O homem, apesar de viver em sociedade, não age como um ser social, pois está constantemente em conflito com o próximo, infringindo regras morais, formais, éticas e comportamentais. Justificou-se então pela necessidade de observar o respeito ao próximo como um princípio basilar, a fim de concatenar na mente dos cidadãos a importância desse para uma sociedade, livre, justa e solidária. Objetivou-se disseminar o conceito de direitos e deveres, enfatizando que todos possuem ora mais direitos, ora mais deveres e que, numa sociedade, jamais um cidadão terá somente um ou outro. Também se fez necessário difundir os limites de cada um desses, observando que quando finaliza um direito inicia-se um dever e vice versa. O método utilizado foi o explicativo, pois se preocupou em identificar e apresentar uma situação que contribui para a falência de uma sociedade de fato, como também a pesquisa bibliográfica, tendo em vista a necessidade de aplicar conhecimentos de autores renomados sobre conceitos de Pluralismo Político e Dignidade da Pessoa Humana, por último, o método qualitativo que surgiu dos resultados das pesquisas em que foi necessário descrever os problemas citados com uma interpretação mais subjetiva. Quanto a possível solução foi proposto que se deve trabalhar a empatia das pessoas para que antes de exigir seus direitos, verificarem se estão cumprindo com seus deveres, pois esse é o caminho para aquele. Também disseminar políticas públicas relacionadas aos deveres, não somente relacionadas aos direitos como são nos dias atuais. Não obstante, divulgando os direitos e deveres que cada cidadão possui, os reeducando socialmente sobre a importância do respeito ao próximo para efetividade de todo e qualquer direito, e assim poder viver dias em que ser membro de uma sociedade que transparece respeito fará toda diferença.
Palavras-chave: Dignidade da Pessoa Humana; Pluralismo Político; Respeito ao Próximo.
THE ASPECTS OF CITIZENSHIP WITH RESPECT TO THE NEAR: STRAND FOR THE MAINTENANCE OF DEMOCRACY
ABSTRACT: The present work presented the great problem of today, which is the lack of respect for others. He spoke of the need to apply respect for good coexistence in society. Based on Article 1, items, III and V of the Federal Constitution of 1988, the fundamentals of the Dignity of the person and Political Pluralism are the legal precursors of respect for others. The highlighted problem comes mainly from human individualism. Man, despite living in society, does not act as a social being, as he is constantly in conflict with his neighbor, violating moral, formal, ethical and behavioral rules. It was justified then by the need to observe respect for others as a basic principle, in order to concatenate in the minds of citizens the importance of that for a society, free, just and solidary. The objective was to disseminate the concept of rights and duties, emphasizing that everyone has now more rights, now more duties and that, in a society, a citizen will never have only one or the other. It was also necessary to spread the limits of each of these, noting that when a right ends a duty starts and vice versa. The method used was explanatory, as it was concerned with identifying and presenting a situation that contributes to the failure of a de facto society, as well as bibliographic research, in view of the need to apply knowledge from renowned authors on concepts of Political Pluralism and Human dignity, lastly, the qualitative method that emerged from the results of research in which it was necessary to describe the problems mentioned with a more subjective interpretation. As for the possible solution, it was proposed that people should be empathized so that, before demanding their rights, they check if they are fulfilling their duties, as this is the way for that one. Also disseminate public policies related to duties, not only related to rights as they are today. Notwithstanding, disclosing the rights and duties that each citizen has, socially re-educating them about the importance of respecting others for the effectiveness of each and every right, and thus being able to live days when being a member of a society that shows respect will make all the difference.
Key-words: Dignity of human person; Political pluralism; Respect for Others.
INTRODUÇÃO
 Esse trabalho justificará a necessidade da estrita observância do respeito ao próximo. O tema apresentará alto grau de importância para uma boa convivência em sociedade, tendo em vista o homem possuir características inteiramente sociais. Entretanto, vem tomando rumos ignorados, pois está aplicando um conceito muito amplo de meios de convivência em sociedade. E isso implica em grande desordem, haja vista a vida social não ser simplesmente morar numa mesma cidade e utilizar ruas e praças de forma incomum. A vida em sociedade está fundamentada em um bem maior: O Respeito ao Próximo. Esse tem garantia de dois fundamentos da República Federativa do Brasil, quais sejam: A Dignidade da Pessoa Humana e o Pluralismo Político. Essas duas vertentes da cidadania são os elementos principais que visam garantir que pessoas se respeitem e vivam em uma sociedade livre, justa e solidária.
Os cidadãos que vivem em sociedade estão envolvidos numa grande problemática a qual é a dificuldade de reconhecer seus deveres. Ouvem-se afirmações como: Eu tenho direito a isso, eu tenho direito àquilo, eu sou um cidadão de direitos. As pessoas não possuem empatia, tendo grande dificuldade de entender que direitos e deveres são tensões opostas as quais produzem sinergia quando alcançam o ponto de equilíbrio, gerando assim, harmonia numa sociedade.
O objetivo aqui será disseminar o conceito de direitos e deveres, enfatizando que todos os possuem, ora mais direitos, ora mais deveres, entretanto, numa sociedade, jamais um cidadão terá somente direitos, ou somente deveres. Também será necessário difundir os limites de cada um desses, tendo em vista que o direito de uma pessoa acaba, quando o da outra inicia, ou seja, se o direito acabou, entrou na seara do dever. Propagar-se-á a importância do Respeito ao próximo quanto ao seu direito para evolução da vida em sociedade. Para tanto será utilizado, além de apresentação ao público de forma presencial, vários post na internet com a finalidade de alcançar o máximo possível do público em geral.
Os métodos utilizados serão: O explicativo, porque se preocupará em identificar e apresentar uma situação que contribui para a falência de fato duma sociedade, como também a pesquisa bibliográfica, tendo em vista a necessidade de se aplicar conhecimentos de autores renomados sobre conceitos de Pluralismo Político e Dignidade da Pessoa Humana, por último, o método qualitativo que surgiu dos resultados das pesquisas em que foi necessário descrever os problemas com uma interpretação mais subjetiva.
A solução possível está na consciência de cada cidadão. Deverá trabalhar a empatia das pessoas para que antes de exigir seus direitos, verificarem se estão cumprindo com suas obrigações, pois um é a chave para o outro. Disseminar-se-á políticas públicas relacionadas também aos deveres, não somente aos direitos como são nos dias atuais, ou seja, enraizando uma cultura que, provavelmente acabará com o respeito ao próximo e falindo de vez a principal arma de sobrevivência humana que é o convíviosocial. Não obstante, divulgar os direitos e deveres que cada cidadão possui, os reeducando socialmente sobre a importância do respeito ao próximo para efetividade de todo e qualquer direito, assim, podendo viver dias em que ser membro de uma sociedade respeitosa fará toda diferença.
1 A DIGNIDADE DA PESSOA HUMANA E O PLURALISMO POLÍTICO
A Dignidade da Pessoa Humana e o Pluralismo Político são fundamentos que estão expressos no artigo 1º da Constituição Federal do Brasil de 1988, precisamente nos incisos III e V, respectivamente. Ambos são amplamente discutidos pela doutrina sobre seus alcances, principalmente, a Dignidade da Pessoa Humana que tem a incógnita de como resolver o caso da legalização do aborto, por exemplo. Ora, alguns utilizam a Dignidade da Pessoa Humana em favor da mãe, outros em favor do feto. (MARTINS, 2019, p. 1584)
Isso ocorre exatamente pela amplitude que esse fundamento alcançou na atualidade, pois, no caso do aborto, está colocando na balança o direito de dois humanos, a vida da mãe e a da criança intrauterina.
Esse fundamento iniciou-se como um princípio, aparecendo na Constituição Finlandesa e Weimar, ambas em 1919. Na década de 30, outras Constituições colocaram em seu texto citações sobre a Dignidade da Pessoa Humana, porém era mais uma apelação da igreja católica às questões sociais da época. Mais tarde, as Constituições Europeias também contemplaram esse importantíssimo fundamento da atualidade, como: Portugal, Alemanha entre outras potências da época. (MARTINS, 2019, p. 1585)
Em relação à parte histórica da Dignidade da Pessoa Humana, pode-se observar que a dissipação foi ocorrendo de forma sucinta, necessitando de, portanto, acontecimentos terríveis à humanidade como a escravidão, crimes de tortura, genocídios, a primeira e segunda guerra mundial. 
A questão do genocídio, principalmente, o cometido pelos alemães foi uma “badalada de sino” para que os países buscassem preservar o direito da pessoa humana. No fim da segunda guerra mundial, os políticos vitoriosos criaram discursos estarrecedores embasados na Dignidade da Pessoa Humana, a fim de restaurar a paz mundial. No fim do século XX é outorgada uma nova Constituição para o Brasil. (MARTINS, 2019, p. 1586)
Percebe-se a parti da década de 50, pós-guerra, um amadurecimento dos Governantes a respeito da pessoa humana, não obstante o fato principal ser a restauração da paz mundial em primeiro lugar. O Brasil andou a “passos largos” no que tange à Dignidade Humana, tendo em vista na atual Constituição Brasileira, esse direito ostenta o status de fundamento abrindo o leque para diversos direitos fundamentais existentes no Brasil e nos vários tratados internacionais sobre direitos humanos. 
A Dignidade da Pessoa Humana é um direito dado aqueles seres que possuem a característica humana. Sendo assim, até antes mesmo do nascimento já são detentores dele. Esse fundamento é aplicado pelo direito brasileiro em diversas questões, tanto que doutrinadores como Flávio Martins chega a considerá-lo como sendo absoluto. (MARTINS, 2019, p. 1588)
 Esse relevante constitucionalista chega a esse coeficiente explicando que, ainda que uma pessoa seja privada do seu direito à vida (como nos casos previstos de pena de morte) deve ter um fim de vida digno. 
Quanto ao Pluralismo Político, faz-se necessário, primeiro, diferenciá-lo do Pluripartidarismo. Esse tem a ver com as diversidades de partidos políticos existentes, num determinado território, enquanto que aquele trata das diversidades de ideias de uma sociedade ou grupo, relacionado à religião, política, costumes, rituais, sexo, pensamentos e raça. (LACOMBE e LUCON, 2012, n.p)
Esse fundamento está intimamente ligado ao respeito ao próximo, tendo em vista que, necessariamente deve existir a tolerância pela liberdade de expressão e opinião, o respeito pela religião, entre outros. Percebe-se então que não se trata de simplesmente ter que aceitar as ideias e/ou pensamentos dos outros, mas respeitá-los como opiniões paralelas ou até mesmo aditivas. Pode-se concluir que atualmente há um amadurecimento sobre o fundamento da Dignidade da Pessoa Humana, entretanto, o Pluralismo Político viaja na contramão, ou seja, quanto mais a sociedade se desenvolve, menos respeito se tem pela outra parte. 
Não obstante, esses dois fundamentos são muito importantes nos dias de hoje, pois houve tempos em que seres humanos eram tratados de forma tão cruel e humilhante que diversos animais possuíam mais valores. Nessa ocasião, basta citar a época da escravidão. (TURCI, 2017, n.p)
Pelos dados históricos, é possível vislumbrar os sofrimentos dos escravos antes do século XX. Esses eram expostos a longas jornadas de trabalho por troca de uma comida bastante ruim, além de dormir em locais horríveis e insalubres, quando não castigados ou até mortos por seus senhores. Não tinham direito a exigir a dignidade humana na época, simplesmente porque não eram considerados humanos e sim animais que trabalhavam e falavam. E muitas das vezes, essa classificação social ocorria apenas pela cor da pele. 
Atualmente, apesar de a condição humana ser amplamente conhecida, ainda existem muitas barbáries pelo mundo. Verifica-se trabalho escravo, tráfico de pessoas e órgãos, crimes fúteis, desrespeito à religião, à liberdade de expressão, à opção sexual, a pensamentos, entre outros. (NOGUEIRA, 2018, n.p)
Diante de tudo, compreende-se, que houve muito progresso do Estado em relação ao direito da Dignidade Humana, entretanto, o mundo encontra-se aquém do Pluralismo Político, isso porque para a efetividade deste dependente, fundamentalmente, de respeito às diversidades. Assim, vislumbra-se, de fato, é a falta de respeito ao próximo. A empatia teria que envolver as pessoas de uma forma que todos entendessem a importância desse gesto para o gigantismo da Dignidade Humana e uma boa convivência na sociedade.
2 DO RESPEITO AO PRÓXIMO
A palavra respeito provém do latim respectus e significa atenção ou consideração. Respeitar ao próximo nada mais é do que reconhecer os limites de seu direito, tendo consideração pelas pessoas (muitas das vezes, se colocando no lugar delas) entendendo que, chegado o fim do direito, inicia-se o dever. (CIBERDUVIDAS, 2008, n.p.)
O respeito ao próximo deveria ser um princípio expresso da Constituição Federal do Brasil, devido à dificuldade de subentendê-lo e praticá-lo. Se colocado em pauta, talvez seja o respeito a “coluna vertebral” dos direitos e deveres contidos na Carta Magna e nos Tratados Internacionais de Direitos Humanos. 
Segundo a teoria de Kant, “[...] a Dignidade da Pessoa Humana é um princípio absoluto, tendo em vista que se deve utilizar as pessoas como fins e nunca como meios [...] ainda que opte pelo valor coletivo. Não se pode sacrificar ou ferir o valor da pessoa humana.” ((KANT apud) MARTINS, 2019, p.1589)
Percebe-se nas entrelinhas a soberania do respeito ao próximo para a eficácia do valor à pessoa Humana. Ora, se houvesse respeito, a Dignidade estaria completamente resguardada, ou seja, com base no respeito e/ou empatia, não feriria, mataria, espancaria o próximo ou negligenciaria qualquer ato subumano que desrespeitasse o convívio em sociedade.
O fundamento do Pluralismo Político também estaria no ápice de sua efetividade, porque esse consagra o respeito ao próximo e sua liberdade de escolha, enaltecendo uma sociedade pluralista. (LENZA, 2018, p.1572)
Concernente ao conceito de Pluralismo político, fica claro a dependência deste com o respeito ao próximo. Como seria possível a diversidade de opção religiosa se não haver a tolerância de várias entre si? Ou como haver harmonia se tratar os homossexuais como classes inferiores de seres humanos? Pensando nessas perguntas, clarifica a importância de potencializar o respeito ao próximo a fim de expandir cada vez mais o Estado Democrático de Direito.
A Ética, por sua vez, é um desses caminhos, pois é a expressão das necessidades humanas. Ela serve para que os homens tomem consciência do que são e das suas reais necessidades, porém,por ser um complexo valorativo que expressa as relações sociais, nem sempre é possível alcançá-la de forma unânime. (LESSA, 2016, p.18)
Verifica-se também a necessidade de levar em consideração o ponto de vista moral e ético. Na verdade, há vários caminhos que se entrelaçam, passando sempre por um incomum, que é o respeito ao próximo, mas que no fim, percorridos de forma correta, todos alcançam a harmonia em sociedade. A moral tem um laço muito forte com o respeito. 
Quanto a essa, Durkheim afirma que ela é o fruto da consciência de uma coletividade para uma boa convivência social, ou seja, é o senso comum que as pessoas adotam como ponto de equilíbrio, a fim de gerar harmonia na sociedade. É o respeito ao próximo por excelência. ((DURKHEIM apud)RIBEIRO, 2020, n.p)
Os membros da sociedade constituem convenções para se decidir o que é moral, ou não naquela cultura local. Percebe-se então que é plenamente possível uma cultura bater de frente com os costumes de outra, mas devido tal convenção, ambas serem morais, ou seja, o que realmente importa é o respeito de cada indivíduo com seu próximo. Isso que faz a grande diferença.
Por outro lado, chega-se à fronteira de outra sociedade onde acontece o choque desse costume. Nesta, seus membros também possuem costumes e crenças, não obstante contrárias àquelas. (QUEIROZ, 2018, p. 38)
Assim, imagina uma determinada sociedade com sua cultura e seus costumes, em que é plenamente convencionada a moralidade de não comer carne de porco, seja por questões religiosas, seja por questões higiênicas, seja por questões unicamente relacionadas à saúde, não importa a explicação de adotarem esses hábitos, o que realmente interessa é o respeito que se deve ter com os membros dessa sociedade.
Há ainda aqueles que julgam acreditar no mesmo intercessor, que leem a mesma escritura sagrada, entretanto, não acreditam que esse ato irá aborrecer um Deus tão misericordioso. (FONSECA e PESTANA, 2013, p. 7)
Deve-se levar em consideração, em ambos os casos, é o devido respeito que um grupo dará ao outro. O caos poderia se instaurar entre as pessoas do grupo que fosse desrespeitado. Emergido nesse exemplo têm-se os grupos religiosos, os quais acreditam consumir carne suína ser uma ofensa à sua divindade, que se assim o fizer serão punidos pelas mãos do próprio Deus. 
Acontece que, nesse caso, nem sempre são sociedades diferentes. Trata-se de diversos grupos religiosos que se encontram quase todos os dias, dividem o mesmo ônibus, trabalham juntas, estudam na mesma escola e/ou universidade, ou seja, é praticamente impossível uma boa convivência se uma não respeitar os interesses da outra. (FONSECA e PESTANA, 2013, p. 7)
Importante observar, que nesse caso, quem desrespeita liberdade de religião, liberdade de opinião, escolhas de gêneros, entre outras, infringe a moral, leis, inclusive, fundamentos constitucionais que são: A Dignidade da Pessoa Humana e o Pluralismo Político. 
O desrespeito ao próximo sempre foi globalizado. Não precisam ir longe para vivenciar tais atos, eles são domésticos. No Brasil, existem diversos registros sobre intolerância religiosa, mas o Rio de Janeiro é disparado o líder de tais ações. Isso ocorre por causa dos diversos terreiros de umbanda e candomblé existentes ali, inclusive, suas piores ameaças são “evangélicas” e traficantes. Esses controlam as atividades dos terreiros, ditando regras que não podem ser descumpridas, sob pena de invasão e destruição em massa. (ESTADÃO, 2019, n.p) 
Visualiza-se, apesar da liberdade formal, a dificuldade que as pessoas encontram em exercer seus direitos, simplesmente pela intolerância de certos grupos. É medíocre o comportamento de algumas religiões com pensamentos de superioridade, como também de facções criminosas que estão afogadas em crimes, inclusive contra à vida, querer colocar ordem naquilo que o Estado formalmente instituiu. 
A intolerância, além de está em todos os lugares, cessam diversos direitos constitucionais apenas pela falta de respeito às diversidades. Quiçá, o grupo dos homossexuais seja o mais desrespeitado entre todos. (AMIM e PROFICE, 2018, n.p)
Nessa perspectiva a população faz um juízo de valor bastante genérico e condena todos a se privar de seus direitos, sendo eles o de ir e vir, conviver em meio à sociedade sem ser destacado de forma negativa. Não raro os casos serem violentados pela sociedade, inclusive por seus familiares. 
Pela falta de respeito ao próximo, o direito de uma aprendizagem efetiva nas escolas também é cerceado pelo bullying. Muitas crianças e adolescentes não conseguem se desenvolver, pois é constantemente atacada por outras e, consequentemente, desenvolvem problemas psicológicos. (PACIEVITCH, 2018, n.p)
Não é difícil interpretar que nesses casos há uma hereditariedade de problemas sendo repassados de geração em geração, pois tende a ser visto como normal para os cometem o crime, como também para os que assistem. Muitas crianças que praticam o bullying nas escolas já foram ou ainda são vítimas do mesmo, pensando então ser normal esse tipo de atitude segue disseminando tudo o que já sofreu ficando cada vez mais difícil destruir essa “teia” de injustiça humana.
É lastimável a visão de pessoas morrendo por falta de leitos. Culpa do vírus? Não só. Governantes não investiram o suficiente em pesquisas tecnológicas de microbiologia, deixaram de fazer os devidos repasses a OMS (Organização Mundial de Saúde), não deram ouvidos a vários cientistas que alertaram sobre o vírus ainda no ano de 2019. (LEC, 2018, n.p)
É sabido que pessoas imorais e antiéticas existem desde o início da humanidade. Infelizmente, com o passar do tempo, tende ser cada vez pior. A globalização do capitalismo, a velocidade das informações para alguns e a falta delas para outros, possibilitam várias oportunidades de florescer a imoralidade e a falta de ética. 
Isso é comprovado no cenário atual, pelo qual o mundo luta contra um o vírus do COVID-19 que gerou uma grande pandemia. Nesse caso, trata-se do aproveitamento do estado de calamidade para superfaturar as compras, devido ser dispensadas as licitações, ora, somente o desvio de verbas públicas já é ilegal, imoral e antiético, imagina tal ação em época de pandemia quando o mundo está em colapso. 
Representante do povo dá prioridade à economia em vez de salvar vidas. Isso também é desrespeito ao próximo, pois ofende diversos direitos fundamentais como a saúde, a vida e, consequentemente a Dignidade da Pessoa Humana. (SOUZA, 2020, n.p)
Observa-se aí uma inversão de prioridades de direito. A economia certamente é importante para uma vida digna. Entretanto, primeiro deve-se está vivo para usufruir dela. Na verdade, verifica-se uma preocupação individualizada dos Governantes, pensando nesse caso, primeiramente na política deixando em falência o bem tutelado maior que a vida.
Para se fazer essas críticas, é interessante concatenar a diferença do que é amoral e imoral. Apesar de muitas pessoas não fazerem distinção dos termos na prática, a teoria traz uma grande diferença. A imoralidade é tudo aquilo que vai de encontro o que é moral, ou seja, contrário à moral, é ter o entendimento do que é errado e ainda sim o pratica. Já o termo amoral é o desconhecimento do que é moral, ou não consentimento de que aquilo é imoral. Exemplo: Os índios (silvícolas) que fazem rituais com sacrifícios humanos são amorais, tendo em vista não ter o entendimento que esse ato em sociedades desenvolvidas é imoral, além de ilegal. (VILARINHO, 2019, n.p) 
É verdade que em alguns lugares, em certas ocasiões, a vida é sacrificada em detrimento de outros “ativos”, costumes ou crenças. Entretanto isso é amoral e não imoral do ponto de vista da sociedade, tendo em vista que essa hipótese somente poderá ser aceitável em caso de desconhecimento do que é moral.
A perspectiva do mundo seria bem diferente se todos se respeitassem, fossem extremamente éticos e morais. Viver-se-ia uma verdadeira utopia onde tudo funcionaria exatamente como um sistema complexo de máquinas. (BERRIEL, 2004,n.p) 
Com esse pensamento, imagina você precisar sacar dinheiro no banco e quando chegar ao caixa eletrônico perceber que perdeu sua carteira, contendo todos seus documentos, dinheiro e cartão do banco. Nessa utopia não precisa se preocupar, porque você simplesmente precisará entrar no cofre do banco, que é aberto aos usuários, e pegar a quantia que desejara, dando baixar manualmente em seu extrato num formulário que também fica no cofre. Detalhe: Nesse banco existiriam dois funcionários: O repositor de dinheiro no cofre e a faxineira. Pra quê guardas e alarmes? 
Imagina ainda, que chegando a casa, você se depara com um jovem de 17 (dezessete) anos o qual está com uma carteira na mão dizendo que é a sua carteira, pois havia ali dentro um comprovante de endereço daquela casa. A sua reação não seria de surpresa porque o rapaz devolveu a carteira e sim porquanto a perdeu num dia de chuva e que pensara, provavelmente, foi para algum esgoto. Muito entusiasmado você vai entregar uma gratificação para o rapaz, quando percebe que pegaras uma nota de cem a mais no banco, devido estarem grudadas uma na outra. Como já está cansado das “correrias” do dia, pede para aquele mesmo rapaz ir até o cofre do banco para devolver a nota de cem que assim o faz.
Com o respeito ao próximo uma pessoa homossexual teria o respeito de sua família e da sociedade pela sua escolha, teria sua liberdade plena de frequentar qualquer lugar sem sofrer preconceitos e, muitas das vezes, agressões, tanto físicas, quanto psíquicas. Os membros teriam liberdade de discutir políticas e religiões de uma forma a engordar o conceito de ambas. Se houvesse críticas, seriam meramente construtivas em que as duas partes uniriam forças para resolver o problema. 
Parece difícil de acreditar que exista um lugar assim, né? Mas existe. Essa sociedade fica onde a moral, a ética e o respeito ao próximo são colocados sobre tudo, inclusive sobre a razão e emoção. Quando aqueles são respeitados, o restante advém naturalmente. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Verifica-se que o tema pesquisado evidencia grande necessidade de mudança comportamental das pessoas, principalmente, quando relacionado ao respeito e à empatia. Fica evidente que a problemática diz respeito a todos, não podendo ninguém eximir-se de suas responsabilidades, muito menos culpar os Governantes desta vez. 
As políticas sobre o respeito ao próximo a serem trabalhadas devem emergir, além da consciência de cada cidadão, de todos aqueles que trabalham com o público, sejam através das mídias sociais, seja por meio de propagandas, seja por intermédio de uma organização social, seja por qualquer meio lícito e respeitoso, o importante é que todos tenham conscientização dessa importante arma para o convívio social.
Destacam-se as grandes mídias e canais de disseminação de propagandas pela capacidade de alcance. Essas duas ferramentas devem utilizar o lado “oposto da moeda” também. Ao invés de somente disseminar os direitos, também façam assim com os deveres: Cidadão você tem direito de ser respeitado, mas também o dever de respeitar, tem o direito de ter religião, mas dever de respeitar religião alheia, tem direito de opinião sexual, entretanto o dever de não interferir em sexualidade de outros, tem direito a benefícios do governo, porém dever de contribuir para o Estado. Assim deveriam ser divulgados os direitos e deveres, pois onde está um certamente estará o outro.
Também é imprescindível a educação familiar. Poderás colher morangos na amoreira? Certamente não. Isso comprova que a raiz está ligada ao caule que está ligado aos galhos. Dessa forma, a família que ama e cria seus filhos ensinando-os o conceito e prática de respeito ao próximo, certamente corrobora, não só com a solução desse atual problema, mas emendando elo a elo desta corrente que garantirá a sustentabilidade da paz e harmonia em sociedade por gerações e gerações. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABIBLIA.ORG. Comer carne de porco é pecado? Disponível em: https://www.abiblia.org/ver.php?id=2822. Acesso em 18 de maio de 2020.
AMIM. V; PROFICE, C. C. Violência e Homossexualismo. Disponível em: http://www.uesc.br/viverbrincando/violencia_e_homossexualismo.html. Acesso em 21 de maio de 2020. 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm. Acesso em 17 de maio de 2020.
CIBERDUVIDAS. A etimologia da palavra respeito. Disponível em: https://ciberduvidas.iscte-iul.pt/consultorio/perguntas/a-etimologia-da-palavra-respeito/23418 Acesso em 12 de maio de 2020.
ESTADÃO CONTEÚDO. A nova face da intolerância religiosa. Disponível em: https://www.diariodaamazonia.com.br/a-nova-face-da-intolerancia-religiosa/. Acesso em 21 de maio de 2020.
FONSECA, D.F; PESTANA, M. Tolerância Religiosa. Disponível em: https://www.google.com/search?rlz=1C1CHBD_pt-PTBR8 MqWW0AaWja6QBA&q=Livro+-+Intoler%C3%A2ncia+e+toler%C3%A2ncia+religiosa+gratis&oq=Livro+Intoler%C3%A2ncia+e+toler%C3%A2ncia+religiosa. Acesso em 21 de maio de 2020.
LACOMBE, A. M; LUCON, P. H. S. O Pluralismo na nossa Constituição. Disponível em: https://opiniao.estadao.com.br/noticias/geral,o-pluralismo-na-nossa-constituicao-imp,977731. Acesso em 23 de maio de 2020.
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