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Casos Clínicos de Geriatria

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DISCUSSÃO DE 
CASOS CLÍNICOS
Quartas da Geriatria
DIRETORIA DA LAGEP
CASO Nº 1
Quartas da Geriatria
AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA
CASO Nº 1 - AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA
Atendimento realizado no dia 29/07/20
A.L.D.S, feminina, 76 anos, branca, viúva, católica, natural de
Guarapari, residindo atualmente em Vitória. Estudou da 1ª à 6ª
série. Trabalhou durante toda sua vida como costureira mas
atualmente está aposentada.
A filha é quem mais ajuda a paciente nas tarefas do cotidiano, e
quem mais acompanha nas consultas, sendo uma boa
informante.
CASO Nº 1 - AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA
Hipertensão arterial sistêmica há 25 anos, atualmente estágio 2
Doença de Alzheimer diagnosticada em 2017, quando começou a
apresentar dificuldade para usar o telefone, e manusear o
dinheiro
Contexto social: desde o falecimento do marido, em 2015, reside
com a filha mais velha, o genro e a neta de 4 anos, tendo uma
boa convivência com todos
Medicações em uso:
● Clortalidona 25mg – 1 comprimido por dia (há 25 anos)
● Enalapril 20 mg – 1 comprimido por dia (há 10 anos)
● Donepezila 10mg – 1 comprimido por dia (há 3 anos)
CASO Nº 1 - AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA
Na consulta atual a filha relata que tem notado a mãe mais
esquecida, algumas vezes chamando a neta pelo nome da filha.
Também relata alguns episódios de alteração de comportamento
e maior dificuldade para realizar algumas atividades básicas,
como escolher sua roupa sozinha
Nega outras intercorrências desde a última consulta
CASO Nº 1 - AVALIAÇÃO GERIÁTRICA AMPLA
Quais instrumentos da AGA poderiam ser utilizados para avaliar a
evolução cognitiva em relação a progressão do quadro demencial
da paciente?
PERGUNTA Nº 1 
● Considerar a observação do comportamento e da cognição do 
paciente pelo cuidador
● Avaliação da cognição
○ Minimental
○ Teste do relógio
○ Fluência verbal
RESPOSTA
● Avaliação das atividades da vida diária
○ Atividades básicas
■ Escala de Katz
■ Índice de Barthel
○ Atividades instrumentais
■ Escala de Lawton e Brody
■ Questionário de pfeffer
RESPOSTA
CASO Nº 1 
CASO Nº 1 
CASO Nº 1 
SEGUIMENTO TEMPORAL PARA O MMSE
TESTE DO
RELÓGIO
Consulta do dia 
10/07/19
Consulta do dia 
29/07/19
TESTE DE FLUÊNCIA VERBAL
No teste de fluência verbal os animais citados pela paciente
foram:
Cachorro, gato, galinha, galo, gata, boi, vaca, pato, pata
No último atendimento os animais citados pela paciente foram:
Cachorro, gato, pato, pata, galinha, galo, porco, boi, vaca, leão, girafa, 
urubu, gaivota
Escolaridade Número de animais
> 8 anos de escolaridade 13 animais
< 8 anos de escolaridade 9 animais
ÍNDICE DE 
BARTHEL
ÍNDICE DE 
BARTHEL
ÍNDICE DE 
BARTHEL
ÍNDICE DE 
BARTHEL
SEGUIMENTO TEMPORAL PARA O ÍNDICE DE BARTHEL
ESCALA DE 
LAWTON E BRODY
ESCALA DE 
LAWTON E BRODY
ESCALA DE 
LAWTON E BRODY
ESCALA DE 
LAWTON E BRODY
SEGUIMENTO TEMPORAL PARA ESCALA DE LAWTON E BRODY
Como essa paciente poderia ser avaliada quanto a mobilidade, 
equilíbrio e risco de quedas? 
PERGUNTA Nº 2 
Get up and go
•Timed get up and go
•Escala de equilíbrio e marcha de Tinetti
•Circunferência de panturrilha
•Velocidade de marcha
•Força de preensão palmar
RESPOSTA
O tempo gasto pela paciente foi 
de 17,69 segundos
Na última medição o tempo 
obtido havia sido de 15,92
Risco de queda mínimo ou 
sem quedas
Inferior a 10 seg
Risco de queda baixo Entre 11 e 20 seg
Risco de queda alto Igual ou superior a 20 seg
TIMED GET UP AND GO
A medida da panturrilha da paciente foi 
de 34cm
São considerados normais valores ≥ 31cm
CIRCUNFERÊNCIA DA PANTURRILHA
VELOCIDADE 
DE MARCHA 
Os tempos obtidos pela paciente foram:
• 6,42 segundos
• 6,07 segundos
• 6,15 segundos
Dividindo a distância de 4,6m pela média dos 3 tempos (6,21 seg) a 
velocidade foi de 0,74m/s. O valor de normalidade é > 0,8 m/s
SEGUIMENTO TEMPORAL PARA VELOCIDADE DE MARCHA
Os valores obtidos pela paciente 
foram:
• 18 kgf
• 17 kgf 
• 18 kgf 
São considerados reduzidos valores 
<20kgf (para mulheres) segundo o 
Consenso Europeu de Sarcopenia
FORÇA DE PREENSÃO PALMAR
● Declínio na função cognitiva
● Impacto nas atividades da vida diária
● Associação com a diminuição da velocidade de marcha
● Associação da diminuição na velocidade de marcha com desfechos 
negativos
● Progressão do quadro demencial mesmo com a medicação ajustada 
para a dose máxima
CONCLUSÃO
CASO Nº 2
Quartas da Geriatria
QUEDAS DO IDOSO
CASO Nº 2 – QUEDAS DO IDOSO
Dona Maria, 69 anos, gênero feminino, viúva há 9 meses, natural de Venda
Nova do Imigrante. Atualmente reside em Vitória com a filha de 25 anos, sua
cuidadora, e com a neta de 7 anos. Antes de se aposentar trabalhava como
faxineira. Há pouco menos de 6 meses sofreu uma queda após subir em um
pequeno banco para alcançar uma panela no armário, e foi quando veio ao
serviço pela primeira vez. Essa queda não teve complicações físicas. Hoje
dona Maria retornou ao serviço e foi avaliada após sofrer outra queda em
casa ao se levantar rápido do sanitário e escorregar no piso do banheiro. Ela
relata tonturas constantes na semana anterior. Desde a primeira queda, sua
filha diz ter percebido que a mãe tem deixado de ir à igreja, fazer as
compras perto de casa e tem apresentado alteração do equilíbrio e medo de
cair, além de sinais de desânimo e tristeza, o que é muito atípico, já que ela
era uma pessoa muito ativa, ia à igreja diariamente, ajudava na limpeza da
casa e fazia pequenas compras semanais.
CASO Nº 2 – QUEDAS DO IDOSO
Na avaliação geral sua pressão arterial sentada era de 130/80 mmHg e em
pé era 105/70 mmHg.
A AGA demonstrou que a paciente estava com o estado nutricional
preservado. Não possuía demência. Na EDG ela obteve uma pontuação
de 5/15. O teste Timed Up and Go foi de 22 seg.
Dona Maria é hipertensa há 20 anos e está em uso de Verapamil e
Clortalidona.
CASO Nº 2 – QUEDAS DO IDOSO
CASO Nº 2 – QUEDAS DO IDOSO
Nos últimos meses a filha tem percebido que a mãe está
diferente...
Tem 
deixado 
De ir à 
igreja
De fazer as 
compras 
perto de 
casa 
Tem 
apresentado
Alteração 
do 
equilíbrio
Medo de 
cair
Sinais de 
desânimo 
Sinais de 
tristeza
CASO Nº 2
CASO Nº 2
CASO Nº 2
CASO Nº 2 – QUEDAS DO IDOSO
1) Lendo o caso clínico, a quais fatores de risco intrínsecos e
extrínsecos Dona Maria está exposta? Como é possível
diminuir esses fatores?
CASO Nº 2 – QUEDAS DO IDOSO
1) Lendo o caso clínico, a quais fatores de risco intrínsecos e
extrínsecos Dona Maria está exposta? Como é possível
diminuir esses fatores?
Fatores intrínsecos: Dona Maria é idosa, do sexo feminino e possui
história prévia de quedas. Além disso, seu estado psicológico está
abalado, a filha relata que ela está desanimada e triste e, como deixou
de fazer muitas atividades devido ao medo, está um pouco sedentária.
De acordo com sua avaliação geral, ela também possui uma condição
clínica que aumenta o risco de quedas, a hipotensão ortostática. Ela
também faz uso de dois medicamentos anti-hipertensivos. Por fim,
pouco antes da primeira queda ela teve um grande evento estressor
em sua vida, que foi a morte do marido.
CASO Nº 2 – QUEDAS DO IDOSO
1) Lendo o caso clínico, a quais fatores de risco intrínsecos e
extrínsecos Dona Maria está exposta? Como é possível
diminuir esses fatores?
Fatores extrínsecos: A casa de dona Maria parece não ser adaptada,
os armários são muito altos, dificultando o acesso, e o piso do banheiro
é escorregadio.
CASO Nº 2 – QUEDAS DO IDOSO
1) Lendo o caso clínico, a quais fatores de risco intrínsecos e
extrínsecos Dona Maria está exposta? Como é possível
diminuir esses fatores?
Intervenções: No caso da dona Maria, deve-se incluir exercícios
físicos, correção dos riscos ambientais: aumentar a altura do vaso
sanitário e instalar barras de apoio, além de diminuir a altura dos
armários para que facilite o acesso. Ela também deve utilizar sapatos
antiderrapantes e fechados posteriormente. Também é necessário o
tratamento da hipotensão ortostática, arevisão dos medicamentos e o
aconselhamento sobre prevenção de quedas. Além disso, um
acompanhamento psicológico é importante nessa situação.
CASO Nº 2
Manual de prevenção de quedas da pessoa idosa – Iamspe
CASO Nº 2
Manual de prevenção de quedas da pessoa idosa – Iamspe
Fatores intrínsecos
• Idade;
• História prévia de quedas:
• Se o idoso já sofreu uma queda, a chance de sofrer uma nova
queda é 50% maior.
• Sexo feminino;
• Medicamentos;
• Distúrbio de marcha e equilíbrios;
• Sedentarismo;
• Piora do estado funcional;
Fatores intrínsecos
• Estado psicológico:
• Pacientes deprimidos;
• Pacientes ansiosos.
• Condições clínicas:
• Deficiência nutricional;
• Deficiência visual;
• Doenças ortopédicas;
• Déficit cognitivo.
• Eventos estressantes na vida.
Fatores extrínsecos
• Calçadas irregulares;
• Pisos escorregadios;
• Ambientes pouco iluminados;
• Desníveis contínuos;
• Obstáculos no caminho;
• Móveis que dificultam acesso.
Intervenções
• Programas de intervenção multifatorial e interdisciplinar:
○ Fisioterapeuta;
○ Nutricionista;
○ Geriatra;
○ Terapeuta ocupacional.
• Exercícios físicos e pelo menos uma das outras estratégias a
seguir:
○ Correção da visão e dos riscos ambientais;
○ Tratamento da hipotensão ortostática;
○ Revisão de medicamentos;
○ Aconselhamento sobre prevenção de quedas.
CASO Nº 2 – QUEDAS DO IDOSO
2) Do que se trata o conjunto de sintomas apresentados por
dona Maria desde a primeira queda que foram relatados por
sua filha?
CASO Nº 2 – QUEDAS DO IDOSO
2) Do que se trata o conjunto de sintomas apresentados por
dona Maria desde a primeira queda que foram relatados por
sua filha?
As consequências psicológicas das quedas são englobadas sob a
denominação “Síndrome pós queda”, que se caracteriza por: medo de
cair, perda de autonomia pessoal e de autoestima, alteração nos
hábitos de vida anteriores, atitude superprotetora de familiares e
cuidadores, depressão e ansiedade.
CASO Nº 2
CASO Nº 2 – QUEDAS DO IDOSO
3) a - Nesse caso, a queda é um evento sentinela?
CASO Nº 2 – QUEDAS DO IDOSO
3) a - Nesse caso, a queda é um evento sentinela?
Sim, a queda como um evento sentinela é um sinalizador do início do
declínio da capacidade funcional ou sintoma de uma nova condição
clínica adversa que afete de modo secundário os mecanismos de
equilíbrio e estabilidade. A dona Maria já vinha apresentando tonturas
há algum tempo e descobriu uma nova condição clínica adversa: a
hipotensão ortostática.
CASO Nº 2 – QUEDAS DO IDOSO
3) b - Qual é a provável causa da hipotensão ortostática?
CASO Nº 2 – QUEDAS DO IDOSO
3) b - Qual é a provável causa da hipotensão ortostática?
A hipotensão ortostática pode ser causada por várias doenças de base
e comportamentos de risco, como cardiopatias, diabetes mellitus,
tabagismo e etilismo, mas o maior fator de risco é o uso de
medicamentos e o segundo maior é a hipertensão arterial. Os
principais medicamentos considerados fator de risco são os anti-
hipertensivos, principalmente se esses estiverem sendo usados sem
seguimento clínico adequado e se o paciente usar mais de um
fármaco para o controle da hipertensão arterial. Dona Maria é
hipertensa e usa dois medicamentos anti-hipertensivos, o que
provavelmente é a causa de sua hipotensão arterial.
CASO Nº 3
Quartas da Geriatria
PROMOÇÃO À SAÚDE DO IDOSO
CASO Nº 3 – PROMOÇÃO À SAÚDE DO IDOSO
Antonio, 67a e Marisa, 66a são um casal e vêm ao ambulatório
de Saúde da Família em busca de exames para rastreamento
de doenças. Ambos tabagistas e hipertensos, referem ter
relação sexual apenas entre si há cerca de 10 anos.
Marisa tem exames de Papanicolaou anuais normais nesse
período e ambos têm colonoscopia normal há 1 ano.
CASO Nº 3 – PROMOÇÃO À SAÚDE DO IDOSO
1) Qual das alternativas abaixo traz o exame que deve ser
solicitado neste momento com a finalidade de rastreamento?
A. Pesquisa de Sangue Oculto nas Fezes (PSOF) para Antonio
B. Ultrassonografia da Aorta Abdominal para Marisa
C. TC tórax com contraste para Antonio
D. Ultrassonografia transvaginal para Marisa
E. Densitometria Óssea para Marisa
CASO Nº 3 – PROMOÇÃO À SAÚDE DO IDOSO
Aneurisma de aorta abdominal:
USG abdome: HOMEM, 65-75ª, ex-fumante ou atuais
PSOF:
1 em 1 ano.
Cuidados para não falsear por conta de hemorroidas
E se positivo, partir pra colono
CASO Nº 3 – PROMOÇÃO À SAÚDE DO IDOSO
Colo uterino:
Papanicolau 20-60 anos, de 3 em 3 anos.
Pode cessar após 3 últimos negativos, realizados nos últimos 10 
anos. Último com menos de 5 anos e com o mesmo parceiro.
CA pulmão:
TC tórax baixa radiação entre 55-80 anos, CT > ou = 30 maços 
ano, atual tabagista ou parado a 15 anos ou menos
CA próstata:
PSA 2 em 2 anos, 50 a 69 anos.

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