Buscar

TRAÇOS E TRANFORMAÇOES

Prévia do material em texto

TRAÇO E TRANSFORMAÇÕES DE MASSA 
PARA VOLUME 
Engo Adailton de Oliveira Gomes 
Prof. Adjunto IV do DCTM da Escola Politécnica 
Salvador UFBA 
Novembro / 2008 
Prof. Adailton de Oliveira Gomes Dosagem de argamassa 
Comunidade da Construção – Sistema à base de cimento Salvador - Bahia 
2
 
INTRODUÇÃO 
Geralmente produzidas no próprio canteiro, tomando como base o conhecimento 
prático dos operários sobre as matérias-primas locais, as argamassas para 
revestimento não contam com fundamentos técnicos e parâmetros de controle 
consonantes com a concepção dos padrões de qualidade e produtividade 
implantados recentemente para garantir o desempenho das edificações. 
De modo geral, a proporção dos materiais (traço) é realizada pelo mestre de obra, 
não contando em geral com a interação e acompanhamento do engenheiro da obra. 
As dosagens vêm sendo estabelecidas em volume, conforme recomendação de 
diversas normas e procedimentos, o que tem levado à obtenção de argamassas com 
comportamentos variados, face à variação das característica físicas, químicas e 
mineralógicas dos materiais: 
Num século onde a intensa industrialização impõe às mais variadas técnicas, processos 
de execução os mais racionais, não é compreensível, que a construção civil, sendo uma 
indústria das mais importantes para o bem estar humano, continue adotando processos 
artesanais onde a tradição está tão arraigada, que obscurece as possibilidades de 
pesquisa técnicas e econômicas de cada um dos serviços que integram a construção de 
um edifício (Oliveira, 1959). 
O empirismo adotado no estabelecimento dos traços das argamassas, aliado à falta 
de programas específicos de inspeção, controle e manutenção dos revestimentos, 
tem gerado nos últimos anos um número expressivo de patologias, principalmente 
nas fachadas, relacionadas à pintura, cerâmica e outros tipos de acabamentos. 
Os problemas que têm ocorrido nos revestimentos das edificações, principalmente 
nas fachadas, em Salvador, são inúmeros, gerando desconforto ao usuário e criando 
um relacionamento desgastante entre construtora e cliente (Gomes e Valois, 1995). 
É fundamental, portanto, que estudos sejam desenvolvidos para ampliar o 
conhecimento da influência das adições contendo argilominerais na melhoria da 
qualidade da construção e redução das patologias dos revestimentos. Diversos são 
os fatores que afetam o desempenho dos revestimentos, sendo que 
a causa principal é a não uniformidade dos materiais básicos e, a probabilidade 
aumenta muito quando não existe controle de qualidade destes materiais (como no 
Brasil) (Sabbatini,1989). 
Prof. Adailton de Oliveira Gomes Dosagem de argamassa 
Comunidade da Construção – Sistema à base de cimento Salvador - Bahia 
3
 
o emprego do saibro é indiscriminado, sem maiores critérios técnicos, sem controle 
tecnológico de suas características e propriedades e predominando basicamente o 
empirismo. O resultado disso tem sido uma incidência muito alta de fenômenos 
patológicos nos revestimentos produzidos com tais argamassas (Carasek, 1995). 
Vários têm sido os materiais incorporados à argamassa na tentativa de conferir 
propriedades satisfatórias a sua trabalhabilidade, mas “o material inerte 
universalmente usado para a confecção das argamassas é a areia. Casos há em 
que a argila aparece como um material integrante da mistura, seja como elemento 
adicionado à argamassa, seja como uma impureza da areia” (Oliveira, 1959). 
A introdução de argilominerais na composição das argamassas no Brasil foi feita 
quando da colonização do País pelos portugueses. 
Tem-se tido a oportunidade de examinar e analisar no NTPR (Núcleo de Tecnologia da 
Preservação e da Restauração) centenas de amostras de antigas argamassas, 
podendo-se afirmar que, no Brasil, desde as construções do século XVI até o início do 
século XX, oitenta por cento das argamassas eram bastardas (Oliveira, 1995). 
A cal, que era o aglomerante usado para esse fim, tem hoje em Salvador uma 
utilização muito restrita, uma vez que passou a ser substituída pelo cimento e pelas 
adições. Em nossa região, a cal é um material escasso e, conseqüentemente, de 
preço elevado — atualmente a cal tipo CH I chegou a custar até 120% mais que o 
cimento, e a CH III, cerca de 70% mas, atualmente, entretanto, o cimento e de 
aproximadamente 25% mais caro do que a cal. Por outro lado, as inúmeras 
vantagens oferecidas pelo cimento em relação à cal — como pega e endurecimento 
mais rápidos, resistências maiores e capacidade de permanecer estável quando em 
contato com água — fizeram com que ele passasse a ser adotado como 
aglomerante principal nas diversas obras, ficando, a cal em segundo plano. Em 
argamassa de revestimento, a cal ficou com a função principal de conferir à 
argamassa a trabalhabilidade desejada, muito embora se saiba que ela possui 
inúmeras outras propriedades de grande valor para a qualidade das argamassas de 
revestimento. Os construtores baianos, que já utilizavam os argilominerais para 
melhorar a trabalhabilidade das argamassas, abandonaram quase por completo a 
cal e passaram a fazer uso freqüente de cimento, areia, caulim ou arenoso nas 
argamassas para revestimento de alvenaria. Esses argilominerais, portanto, além de 
Prof. Adailton de Oliveira Gomes Dosagem de argamassa 
Comunidade da Construção – Sistema à base de cimento Salvador - Bahia 
4
 
empregados com a finalidade de conferir à argamassa a trabalhabilidade necessária, 
permitem a diminuição de custo do produto final. 
A substituição da cal nas argamassas na Região Metropolitana de Salvador por 
materiais que contém argilominerais pode ser vantajosa financeiramente, sem 
comprometer a qualidade, tornando-se importante na construção de moradia, 
principalmente para a classe social menos favorecida. 
DOSAGEM 
Diferentemente do concreto, que possui diversos métodos racionais de dosagem, a 
argamassa ainda não dispõe de um método que tenha sido reconhecido no meio 
técnico nacional, muito embora inúmeras contribuições tenham sido dadas neste 
sentido por diversos estudiosos como Selmo (1989), Lara et al. (1995), Campiteli 
(1995) e Cavalheiros (1995), Gomes (2002). Para superar esta deficiência, têm-se 
adotado recomendações de proporcionamento em volume, baseadas, 
principalmente, na ASTM e BS. Mas as interpretações destas recomendações 
estrangeiras vêm gerando diversos problemas, em decorrência de equívocos na 
adoção do proporcionamento mais adequando. Ao considerar a proporção da cal, 
uns adotam o volume do pó, enquanto outros, o da pasta, ocorrendo o mesmo com a 
areia, já que em dado momento, alguns estudiosos adotam o volume seco e outros, 
o úmido. O fato de as normas de alguns países estabelecerem critérios diferentes 
para a proporcão dos materiais constituintes da argamassa tem contribuído também 
para aumentar ainda mais as dúvidas a respeito da questão. Como ilustração, 
podemos citar a ABNT / NBR 7200 (1982), que recomendava adotar o volume da 
areia úmida “para teor de umidade de 2 a 5 % sem correção devida a inchamento”. 
Já Sabbatini (1984), ao referir à Norma Inglesa, afirma que nas proporções deve-se 
considerar areia seca; enquanto que na Norma Alemã (DIN) “o volume de areia 
refere-se ao estado de umidade natural (em depósito)”; por outro lado, a Norma 
Americana considera a areia como sendo úmida e solta. Do III Simpósio Brasileiro 
de Tecnologia das Argamassas, realizado em Vitória no Espírito Santo, em 1999, 
extraímos os seguintes exemplos em que os traços apresentados aparecem em 
massa, volume, massa e volume, enquanto que a areia é usada na condição seca e 
úmida, o que torna difícil para o leitor o entendimento da questão: 
Prof. Adailton de Oliveira Gomes Dosagem de argamassa 
Comunidade da Construção – Sistema à base de cimento Salvador - Bahia 
5
 
(...) foram elaborados os traços 1:6, 1:7, 1:8e 1:9, de cimento em massa e areia média 
úmida (Arrobas e Djanikian, 1999). 
O traço adotado inicialmente, para confecção da argamassa foi de 1:1:6 em volume, de 
cimento, cal e areia (Santos, Gonçalves Jr. e Cavaco, 1999). 
Esses painéis foram assentados com blocos de concreto e argamassa mista de traço 
1:1:6 (cimento : cal : areia em volume) (Bolorino, 1999). 
Foram utilizados os traços em volume 1:0,5:9 e 1:2:9, cimento; cal; areia seca, com 
relações agregado/aglomerante de 3 e 6 respectivamente (Calhau e Tristão, 1999). 
Foram utilizados dois traços de argamassas, um rico em cimento (1:3) e o outro pobre 
(1:6), com porcentagens de copolímero de 2,4,6,8,10 e 14%, (...) (Cestari e Paulon, 
1999). 
Para corrigir tais distorções, com base na experiência acumulada no CETA – Centro 
Tecnológico da Argamassa, temos sugerido a mudança no estabelecimento dos 
traços, adotando-se a massa seca dos materiais no proporcionamento, podendo, no 
entanto, os agregados e adições serem medidos em massa ou volume, após sua 
caracterização. Aparentemente não há alteração, mas esta postura muda 
significativamente o entendimento e tratamento do tema entre os diversos 
profissionais. Assim, quando na composição de um traço, especificamos 130 kg de 
areia (massa seca), esta quantidade é a mesma em qualquer parte do país, mas 
quando especificamos 130 litros de areia, esta quantidade é variável, pois depende 
das características físicas do material, sobretudo de sua granulometria e teor de 
umidade. 
Hoje, os diversos tipos e classes de cimento, agregados miúdos com módulo de 
finura variáveis, além de diversas adições empregadas na confecção das 
argamassas, apresentam massas unitárias diversificadas, tornando as misturas 
bastante heterogêneas, mesmo se considerarmos um campo de utilização definido, 
como um canteiro de obra. 
Quando se adota o proporcionamento (traço) em volume, surge a primeira 
dificuldade com o cimento. Na maioria das obras, adota-se uma massa unitária de 
1,39 kg/dm3, que resulta em um volume de 36 litros por saco de cimento. Em 
laboratório, este valor tem ficado em torno de 1,20 kg/dm3, dependendo do tipo, 
classe ou marca do cimento. O volume, neste caso, é de 42 litros. Esta divergência 
Prof. Adailton de Oliveira Gomes Dosagem de argamassa 
Comunidade da Construção – Sistema à base de cimento Salvador - Bahia 
6
 
leva à produção de argamassas com consumo de cimento com 30 kg de diferença, 
sem que os construtores percebam o que realmente acontece. Para uma melhor 
percepção, construímos a Tabela 1, a partir de uma proporção em volume, que 
estava sendo adotada em uma obra residencial em Salvador, porém considerando 
as características físicas dos materiais que empregamos neste estudo. 
Mesmo considerando o traço em massa, haverá variação no consumo dos materiais 
da argamassa fabricada. Embora as quantidades sejam as mesmas, as 
características físicas, mineralógicas e químicas influenciam no teor de água 
utilizada e de ar incorporado, o que modifica relativamente a quantidade do 
aglomerante na mistura. Este fato fica melhor esclarecido ao se observar a Tabela 1, 
onde apresentamos os traços adotados em nossa pesquisa e, embora as 
proporções dos materiais sólidos e do aditivo sejam as mesmas, o teor de água é 
modificado em função da adição adotada — caulim ou arenoso — o que resulta em 
consumos de cimentos diferentes. 
Tabela 1 – Alteração no consumo de cimento pela adoção de massas unitárias distintas 
MATERIAIS PROPORÇÃO 
EM VOLUME 
PORPORÇÃO. 
EM MASSA * 
PROPORÇÃO. 
EM MASSA ** 
Cimento 1,00 1,00 1,00 
Areia 4,00 3,42 3,97 
Caulim 4,00 2,76 3,20 
Água - 1,27 1,45 
Consumo de Cimento 242 212 
 
Nota. * Considerada uma massa unitária de 1,39 kg/dm3 para o cimento na transformação 
do traço. 
** Considerada uma massa unitária para o cimento de 1,20 kg/dm3 na transformação do 
traço. 
Consideramos um teor de 5% de ar incorporado na argamassa e a relação Ms/Vu = 
1,19 kg/dm3 para a areia e 0,96 kg/dm3 para o caulim nos dois casos. 
Há um outro aspecto de grande relevância que reflete no custo final da edificação: o 
estabelecimento dos traços em volume, com proporções inteiras, como 1: 5, 1:6, 1:7, 
que são de uso freqüente na prática da construção civil. E como, muitas vezes, as 
Prof. Adailton de Oliveira Gomes Dosagem de argamassa 
Comunidade da Construção – Sistema à base de cimento Salvador - Bahia 
7
 
proporções estabelecidas não são seguidas pelos encarregados da produção da 
argamassa, que têm o “poder” de modificar o traço quando acham ele “está fraco”, 
ou com “pouca liga”, estas decisões geralmente resultam em consumos de cimento 
mais elevados, o que pode ser melhor observado na Tabela 2, que preparamos para 
explicação desse aspecto. Note-se que ao passar de um traço com teor de agregado 
para outro inteiro maior, o consumo de cimento por metro cúbico varia de 25 a 45 kg, 
na faixa adotada, a depender da proporção considerada. Se, no entanto, os traços 
forem dosados em laboratório, com as caixas para medição em volume na obra 
definidas de forma adequada, isto não ocorre, pela possibilidade de se terem traços 
com proporções fracionárias. 
Tabela 2 – Consumos de cimento em função de modificação na proporção em volume 
utilizando-se das características dos materiais estudados 
PROPORÇÃO EM VOLUME MATERIAIS 
1:5 1:6 1:7 1:8 
Cimento 1,00 1,00 1,00 1,00 
Areia 3,31 3,97 4,59 5,28 
Arenoso 1,40 1,68 1,92 2,24 
Água 0,99 1,15 1,30 1,47 
Consumo de Cimento 308 267 235 207 
 
Para uma melhor racionalização técnica e econômica das argamassas com adições 
usadas na RMS, a Tabela 3, constante da próxima página, sugere valores de 
consumo de cimento por m3 de argamassa como ponto de partida para a elaboração 
dos traços dos diversos tipos de argamassas de revestimento empregadas em 
obras. 
No CETA – Centro Tecnológico da Argamassa, adotamos os seguintes parâmetro 
básicos, quando formulamos traços de argamassa contendo argilominerais: 
 
teor máximo de finos (<0,075 mm) do agregado e adições de 7%; 
 
relação da adição — arenoso ou caulim — em relação ao total de inerte 
(agregado e adição) máxima de 35%; 
Prof. Adailton de Oliveira Gomes Dosagem de argamassa 
Comunidade da Construção – Sistema à base de cimento Salvador - Bahia 
8
 
consumo de cimento por m3 de argamassa conforme a Tabela 3; 
 
índice de consistência de 260 ± 10 mm; 
 
teor de ar incorporado entre 8 e 17%; 
 
teor de retenção de água superior a 75%, determinado pelo método ABNT / NBR 
13277 (1995); 
 
introdução de aditivo incorporador de ar para conferir à argamassa um teor de ar 
entre 8 e 17%, conforme recomendado anteriormente. 
Tabela 3 – Faixas de consumos de cimento em kg por m3 de argamassa 
USO OU APLICAÇÃO 
TIPO DE ARGAMASSA 
Interna Externa 
Assentamento de blocos 150 – 180 160 – 190 
Chapisco (sem adição) 380 – 430 410 – 470 
Emboço 160 – 180 180 – 210 
Reboco 160 – 170 170 – 190 
Camada única 160 – 180 180 – 210 
Base para cerâmica 180 – 210 190 – 220 
Base para laminado 210 – 240 - 
Contrapiso 235 – 320 270 – 450 
Assentamento 250 – 350 250 – 350 
 
MEDIDA DAS ADIÇÕES EM VOLUME 
Por ser o inchamento uma propriedade inerente às areias e às adições e 
considerando que estes materiais são normalmente medidos em volume nos 
canteiros de obra, é importante relacionar adequadamente a massa seca, que é 
definida nos traços, com o volume úmido desses materiais, que é medido no canteiro 
de obra, para que as transformações de massa para volume sejam feitas de maneira 
correta, de modo a não prejudicar a qualidade da argamassa produzida. 
Para a realização do ensaio de inchamento, adota-se o método de ensaio proposto 
pela ABNT / NBR 6467 (1987). Neste trabalho, no entanto, utilizamos uma caixa com 
formato trapezoidal (Figura 1), um pouco diferente do recomendado pela norma, por 
Prof. Adailton de Oliveira Gomes Dosagem de argamassa 
Comunidade daConstrução – Sistema à base de cimento Salvador - Bahia 
9
 
ser este o tipo de caixa que melhor se adapta às condições de obra e que e já vem 
sendo utilizado em diversas obras da RMS para medição de agregados e adições. 
Planta Corte longitudinal 
Figura 1 – Caixa trapezoidal para medição de agregados e adições em obra 
Deve-se ressaltar que o processo gráfico recomendado pela ABNT / NBR 6467 
(1987) para determinar o coeficiente de inchamento médio da areia não serve para 
as adições, em virtude da presença do silte e da argila modificarem o mecanismo 
das forças de atração atuantes entre as partículas, quando varia a umidade, 
alterando o desenvolvimento da curva de inchamento. Por outro lado, o processo de 
umedecimento, após secagem das amostras das adições, altera a organização das 
partículas, e durante o ensaio não se consegue restabelecer o arranjo natural dos 
grãos. Desta forma, a massa unitária úmida das adições determinada no canteiro 
difere, ligeiramente, da encontrada em laboratório, quando da realização do ensaio 
de inchamento para a mesma relação. 
Como na grande maioria das obras medem-se a areia e as adições em volume e, 
sendo o traço apresentado em massa, faz-se necessário estabelecer um critério 
para se realizarem as transformações. Para tanto, devem-se conhecer a massa 
unitária e o coeficiente de inchamento médio. No caso das adições, havendo 
maiores dificuldades para determinar o coeficiente de inchamento médio, de modo 
análogo ao da areia, temos sugerido a utilização da massa unitária relativa à 
umidade natural em que normalmente se encontra a adição. Nas adições – arenoso 
e caulim — utilizadas nas argamassas de revestimento da RMS, o valor mais 
representativo para a umidade destas adições estocadas em obra situa-se na faixa 
D
 
C 
B A 
C 
D = C + 15 
15 
Prof. Adailton de Oliveira Gomes Dosagem de argamassa 
Comunidade da Construção – Sistema à base de cimento Salvador - Bahia 
10
 
de 6,5 a 8,8 %, e uma massa unitária úmida entre 0,98 a 1,09 kg/dm3. Estes valores 
foram obtidos em ensaios realizados para o trabalho de Neves et al. (1997), 
Arenosos da Região Metropolitana de Salvador — características para seu emprego 
em argamassa, e nos ensaios feitos para este trabalho. 
Desta forma, para obter o volume das adições a ser medido na obra, basta dividir a 
massa seca, definida no traço pelo valor médio experimental (0,96kg/dm3) obtido da 
relação massa seca / volume úmido, ou de forma mais direta, mediante a relação 
massa unitária úmida / coeficiente de umidade ( h/ Ch), sendo: 
h = Massa unitária úmida; 
Ch = Coeficiente de unidade = (
100
1
h
); 
h = teor de umidade (%). 
Considerando a relação h/ Ch e tomando os valores extremos de umidade e de 
massa unitária encontrados — ou seja, h = 0,98 kg /dm3 (mínimo) e h = 1,09 
kg/dm3 (máximo); Ch = 1,065 (mínimo) e Ch = 1,085 (máximo) — a aplicando a 
relação para estes valores máximos e mínimos, teremos: 
h/ Ch = 0,92 (mínimo) e ( h/ Ch) = 1,00 (máximo), cujo resultado médio é 0,96 
kg/dm3. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Revestimento de 
paredes e tetos com argamassas: materiais, preparo, aplicação e manutenção: 
procedimento: NBR 7200/1982. Rio de Janeiro, 1982. 16p. 
ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Agregados: 
determinação do inchamento de agregado miúdo: método de ensaio: NBR 
6467/1987. Rio de Janeiro, 1987. 6p. 
ARROBAS, Antônio Augusto M. Neto, DJANIKIAN, João Gaspar. Argamassa dosada 
em central o desempenho da plasticidade após 12 horas. In SIMPÓSIO 
BRASILEIRO DE TECNOLOGIA DAS ARGAMASSAS, 3., 1999, Vitória. Anais ... 
Vitória: PPGEC/ANTAC, 1999. p. 73 – 83. 
BOLORINO, Heloísa, CINCOTTO, Maria Alba. Adequação de traços de argamassa 
mista conforme o tipo de cimento. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE 
TECNOLOGIA DAS ARGAMASSAS, 3., 1999, Vitória. Anais ... Vitória: 
PPGEC/ANTAC, 1999. p. 183 – 191. 
Prof. Adailton de Oliveira Gomes Dosagem de argamassa 
Comunidade da Construção – Sistema à base de cimento Salvador - Bahia 
11
 
CALHAU, Eduardo Loureiro, TRISTÃO, Fernando Avancini. Influência do teor de ar 
incorporado nas propriedades das argamassas mistas de revestimento. In: 
SIMPÓSIO BRASILEIRO DE TECNOLOGIA DAS ARGAMASSAS, 3., 1999, 
Vitória. Anais ... Vitória: PPGEC/ANTAC, 1999 p. 219 – 230. 
CAMPITELI, Vicente C., MASSARETO, Renato, RODRIGUES, Paulo T. Dosagem 
experimental de argamassas mistas a partir de cal virgem moída. In: SIMPÓSIO 
BRASILEIRO DE TECNOLOGIA DAS ARGAMASSAS, 1., 1995, Goiânia. Anais 
... Goiânia: UFG/ANTAC, 1995. p. 73 – 82. 
CARASEK, Helena, CASCUDO, Oswaldo, SANTOS, Patrícia de Freitas dos. Estudo 
do comportamento das argamassas de assentamento contendo saibro. In: 
SIMPÓSIO BRASILEIRO DE TECNOLOGIA DAS ARGAMASSAS, 1., 1995, 
Goiânia. Anais ... Goiânia: UFG/ANTAC, 1995. p.153 – 164. 
CAVALHEIRO, Odilon Pâncaro. Argamassa de assentamento: receita, dosagem ou 
adequação de traço? In SIMPÓSIO BRASILEIRO DE TECNOLOGIA DAS 
ARGAMASSAS, 1., 1995, Goiânia. Anais ... Goiânia: UFG/ANTAC, 1995. p. 134 
– 142. 
CESTARI, Danniel J., PAULON, Vladimir A Adições do copolímero acetato-versatato 
em argamassas de revestimentos. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE 
TECNOLOGIA DAS ARGAMASSAS, 3., 1999, Vitória. Anais ... Vitória: 
PPGEC/ANTAC, 1999 p. 231 – 247. 
GOMES, Adailton de Oliveira, VALOIS, João Guilherme Cerqueira. Reparo em 
Revestimento de Argamassa - Técnica e Parâmetros. In: SIMPÓSIO 
BRASILEIRO DE TECNOLOGIA DAS ARGAMASSAS, 1., 1995, Goiânia. Anais 
... Goiânia: UFG/ANTAC, 1995. p. 420 – 428. 
GOMES, Adailton de Oliveira, NEVES, Célia Maria Martins. Proposta de método de 
dosagem racional de argamassas contendo argilominerais. Revista da 
Associação Nacional do Ambiente Construído, Porto Alegre, v.2, n.2, p.19-30, 
abr./jun. 2002. 
LARA, Domingos, NASCIMENTO, Otávio, MACEDO, Antônio, GALLO, Guilherme, 
PERREIRA, Laurênio, POTY, Esdra. Dosagem das argamassas. In SIMPÓSIO 
BRASILEIRO DE TECNOLOGIA DAS ARGAMASSAS, 1., 1995, Goiânia. Anais 
... Goiânia: UFG/ANTAC, 1995. p. 63 – 72. 
NEVES, Célia, GOMES, Adailton Oliveira, et al. Arenosos da região metropolitana de 
Salvador - características para seu emprego em argamassas. In: SIMPÓSIO 
BRASILEIRO DE TECNOLOGIA DAS ARGAMASSAS, 2., 1997, Salvador. Anais 
... Salvador: CETA – Centro Tecnológico da Argamassa, UFBA/ANTAC, 1997. p. 
38 – 49. 
OLIVEIRA, Hildérico Pinheiro. Uma introdução para o emprego racional das 
argamassas nos edifícios. Salvador, 1959: 54 p. Tese (Concurso à Cátedra de 
Construções Civis e Arquitetura) - Escola Politécnica da Universidade da Bahia, 
Bahia, 1959. 
OLIVEIRA, Mário Mendonça, SANTIAGO, Cybèle C., OLIVEIRA, Tereza C., et al. 
Argamassas bastardas – origens e propriedades. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO 
Prof. Adailton de Oliveira Gomes Dosagem de argamassa 
Comunidade da Construção – Sistema à base de cimento Salvador - Bahia 
12
 
DE TECNOLOGIA DAS ARGAMASSAS, 1, 1995, Goiânia. Anais...Goiânia: 
UFG/ANTAC, 1995. 472 p. p. 43 – 52. 
SABBATINI, Fernando Henrique. O processo construtivo de edifícios de alvenaria 
estrutural sílico-calcário. São Paulo, 1984. 298p. Dissertação (Mestrado em 
Engenharia Civil) – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, 1984. 
SABBATINI, Fernando Henrique. Argamassas de assentamento para paredes de 
alvenaria resistente. São Paulo: Associação Brasileira de Cimento Portland – 
ABCP. 1989. 
SANTOS, Luciana M., GONÇALVES JR, Armando A., CAVACO, Marco A. Martins. 
Medição da deformação à tração de argamassa com sensores de fibra óptica. In 
SIMPÓSIO BRASILEIRO DE TECNOLOGIA DAS ARGAMASSAS, 3., 1999, 
Vitória. Anais ... Vitória: PPGEC/ANTAC, 1999 p. 147 – 158. 
SELMO, Silvia M. S. Dosagem de argamassas de cimento Portland e cal para 
revestimento externo de fachada de edifício. São Paulo, 1989, 187p. Dissertação 
(Mestrado em Engenharia Civil) – Escola Politécnica da Universidade de São 
Paulo, 1989. 
This document was created with Win2PDFavailable at http://www.win2pdf.com.
The unregistered version of Win2PDF is for evaluation or non-commercial use only.
This page will not be added after purchasing Win2PDF.
http://www.win2pdf.com

Continue navegando