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Prévia do material em texto

Planos de aula / Língua Portuguesa / 9º ano / Análise linguística/Semiótica
O tempo e o espaço no gênero conto
Por: Daiane Eloisa Dos Santos / 29 de Novembro de 2018
Código: LPO9_01SQA06
Sobre o Plano
Este plano de aula foi produzido pelo Time de Autores NOVA ESCOLA
Professor-autor: Daiane Eloisa dos Santos
Mentor: Débora Aparecida Ianusz de Souza
Especialista: Isabel Fernandes
Título da aula: O tempo e o espaço no gênero conto
Finalidade da aula: Identificar marcadores temporais e espaciais para compreender como eles contribuem para a progressão temática nos contos A cartomanteA cartomante , de Machado de Assis, e Entre a espada e a rosa,Entre a espada e a rosa, de Marina
Colasanti.
Ano: 9º ano do Ensino Fundamental
Gênero: Contos clássicos e contemporâneos
Objeto(s) do conhecimento: Reconstrução da textualidade e compreensão dos efeitos de sentidos provocados pelos usos de recursos linguísticos e multissemióticos.
Prática de linguagem: Análise linguística e semiótica
Habilidade(s) da BNCC: EF69LP47
Esta é a sexta aula de uma sequência de 15 planos de aula. Recomendamos o uso deste plano em sequência. 
Materiais complementares
Documento
Material para impressão - Trechos dos textos
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/6sVjQqr3RK3j4C5KnBJVChbmTGByDsmCtHBnaF7uupMZaJqkMg2bfGUQXrJN/material-para-impressao-trechos-dos-textos-lpo9-01sqa06.pdf
Documento
Resolução da atividade - Textos
https://nova-escola-producao.s3.amazonaws.com/d6hSaGDZDfvXHCTSK4R33UuwEcyDXKXUBFyahkNEBuTrpyF5kcJ5rrfQVCjX/resolucao-da-atividade-textos-lpo9-01sqa06.pdf
Endereço da página:
https://novaescola.org.br/plano-de-aula/3291/o-tempo-e-o-espaco-no-genero-conto
Associação Nova Escola © - Todos os direitos reservados.
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Slide 1 Sobre este plano
Plano de aula
O tempo e o espaço no gênero conto
Associação Nova Escola © - Todos os direitos reservados.
Este slide não deve ser apresentado para os alunos,
ele apenas resume o conteúdo da aula para que
você, professor, possa se planejar.
Sobre esta aula: Esta é sexta aula de uma sequência
de 15 planos de aula com foco no gênero contos
clássicos e contemporâneos e no campo de atuação
artístico-literário. A aula faz parte do módulo
Análise Linguística e Semiótica.
Materiais necessários: Cópias dos textos, quadro e
giz/caneta; projetor multimídia e computador. 
Informações sobre o gênero: O que caracteriza o
conto (tradicional ou moderno), conforme aponta
Gotlib (2006), é o seu movimento enquanto uma
narrativa através dos tempos. “O que era verdade
para todos passa ou tende a ser verdade para um só.
Neste sentido, evolui-se do enredo que dispõe um
acontecimento em ordem linear, para um Outro,
diluído nos feelings, sensações, percepções,
revelações ou sugestões íntimas. . .” (GOTLIB,
2006, pg. 30).
Dificuldades antecipadas : Identificar os
marcadores temporais e espaciais e compreender
os efeitos de sentido que contribuem para a
construção da narrativa. Para auxiliar o aluno a
superar estas dificuldades, sempre que necessário,
recupere conceitos já estudados. Permita, também,
que eles troquem ideias e esteja sempre fornecendo
o apoio necessário para as formulações e
conclusões.
Referências sobre o assunto:
GANCHO, Cândida. Como analisar narrativas. São
Paulo: Ática, 2000.
GOMES, Clara Monica Marinho. A cartomante:
traduções intersemióticas do conto de Machado de
Assis. Dissertação de Mestrado. Universidade
Federal Fluminense: Instituto de Letras, 2015.
GOTLIB, Nádia. Teoria do conto. São Paulo: Ática,
2006.
KOCH, Ingedore Grunfeld Villaça. Introdução à
linguística textual. São Paulo: Martins Fontes,
2004.
LEITE, Ligia Chiappini. O foco narrativo. São
Paulo: Ática, 1989.
TERRA, E.; PACHECO, J.. O conto na sala de aula.
Curitiba: Intersaberes, 2017.
TERRA, E. Da leitura literária à produção de textos.
São Paulo: Contexto, 2018. Capítulo “O conto” p.
65-82.
TODOROV, Tzvetan. As estruturas narrativas. São
Paulo: Perspectiva, 2003.
Plano de aula
O tempo e o espaço no gênero conto
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Slide 2 Tema da aula
Tempo sugerido : 10 minutos.
Orientações:
Comece a aula expondo o tema aos alunos, projete-
o ou escreva-o no quadro.
Pergunte a eles se já viram as palavras espaço e
tempo unidas por hífen, numa só expressão.
Depois, questione: “O que essa expressão sugere ?”.
Orientação: espera-se que os alunos percebam que
espaço e tempo são indissociáveis na expressão,
dois elementos que devem ser analisados juntos.
Exiba o vídeo espaço-tempo, explique que será
apresentada uma explicação sobre o termo. Para
acessar o vídeo, clique aqui.
Depois de exibir o vídeo, pergunte: “ Numa
narrativa, como o conto, por exemplo, o que é mais
importante, a descrição do espaço ou do tempo?”.
Explique aos alunos que os dois elementos são
primordiais para criação do ambiente onde a
história ocorre.
Para você, professor: de acordo com Gancho
(2000), o ambiente na narrativa é construído com
base na confluência do espaço e do tempo,
acrescido do clima, que são determinantes que
cercam as personagens (psicológica, moral,
socioeconômica, religiosa).
Você pode pedir para os alunos descreverem
oralmente o ambiente do início do conto A
cartomante.
Plano de aula
O tempo e o espaço no gênero conto
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https://www.youtube.com/watch?v=3uqztef7US4
Slide 3 Introdução
Tempo sugerido : 5 minutos
Orientações:
Apresente as imagens aos alunos, projetando o
slide.
Peça a eles que observem e descrevam as imagens.
Depois, peça que imaginem que histórias poderiam
acontecer na cidade nos três momentos diferentes.
Peça a dois ou três alunos que exponham o que
imaginaram oralmente.
Pergunte aos alunos: “ Como o tempo influencia ou
modifica o espaço? Como isso contribui para o
enredo da narrativa?” Espera-se que os alunos
percebam que o clima é diferente entre as imagens:
o anoitecer deixa o espaço escuro, colaborando
para um clima de suspense, mistério ou romance.
Já a imagem mais clara contribui para um clima
mais aconchegante, em que o desenrolar da
história acontece de forma mais clara, ou então
traz a ideia de recomeço ou esclarecimento dos
fatos.
Plano de aula
O tempo e o espaço no gênero conto
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Slide 4 Desenvolvimento
Tempo sugerido : 25 minutos
Orientações:
Comece perguntando aos alunos se eles sabem o
que é flashback. Acolha as respostas dadas. Então,
reitere o conceito sintetizando as ideias
apresentadas. Sugestão: O recurso flashback é
utilizado na literatura ou no cinema e consiste na
interrupção do tempo em que se conta a história,
para a volta no tempo da narrativa. Se preferir, leia
o significado presente no dicionário para os
alunos.
flashback'flæ?bæk/
substantivo masculino
1.CINEMA•LITERATURA
interrupção de sequência cronológica pela
interpolação de eventos ocorridos anteriormente.
2.POR METONÍMIA
esse evento anterior.
3.ato ou efeito de trazer à memória pensamento,
imagem, sensação do passado; lembrança,
recordação.
Distribua cópias de dois excertos retirados do
conto A cartomante.
Leia os dois excertos para os alunos.
Peça que os alunos destaquem as expressões que
marcam a passagem de tempo presentes nos
excertos. A atividade pode ser feita
individualmente, uma vez que ela exige apenas a
identificação de elementos na superfície do texto e
já foi analisada oralmente.
Pergunte oralmente a eles: Quais recursos o
narrador utilizou para demarcar a passagem do
tempo? Resposta esperada: “Numa sexta-feira de
novembro de 1869”, “Um dia”, “começou a rarear
as visitas”, “Foi por esse tempo”, “Correram ainda
algumas semanas”.
Pergunte a eles: Quandoocorrem os fatos
presentes nesses excertos? Quanto tempo duram
as ações das personagens? Resposta esperada: No
fim de 1869 (novembro). O primeiro excerto tem a
duração de algumas horas (encontro de Rita e
Camilo), o segundo excerto mostra que foram
algumas semanas ou meses, desde o recebimento
da carta até o momento presente da narrativa.
Distribua, agora, cópias do outro trecho, que narra
os acontecimentos anteriores a novembro de 1869.
Peça aos alunos que leiam o texto silenciosa e
individualmente e destaquem os recursos que
indicam o tempo. Resposta esperada: “infância”,
Plano de aula
O tempo e o espaço no gênero conto
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indicam o tempo. Resposta esperada: “infância”,
“até”, “No princípio de 1869”, “Depois”, “Pouco
depois”, “passar as horas”, “Agora”, “Um dia”, foi
então”, pela primeira vez”, “a batalha foi curta”,
“Não tardou”, “quando estavam ausentes”.
Depois de conferir quais marcadores temporais os
alunos destacaram no excerto, pergunte: Como
esses recursos contribuem para a progressão da
narrativa? Resposta esperada: Eles organizam o
enredo, situando o leitor no tempo, auxiliando-o a
compreender a sequência dos fatos. As expressões
destacadas auxiliam os leitores a perceber que os
personagens Rita e Camilo tornaram-se muito
próximos, daí surgiu o romance, a pouca
resistência de Camilo também contribuiu:
passavam horas juntos, a batalha foi curta.
Pergunte a eles: Quando ocorrem os fatos narrados
nesse trecho? Quanto tempo parece durar essa
etapa do enredo? Resposta esperada: Esta etapa da
narrativa começa no início de 1869, e parece durar
meses, um período mais longo, suficiente para que
a convivência entre as três personagens se
transformasse em triângulo amoroso.
Pergunte aos alunos que efeitos de sentido a volta
no tempo da narrativa causa no texto e qual seria a
intenção do narrador em fazer este regresso.
Questione ainda: Por que ele teria começado a
história pelo romance de Rita e Camilo e não do
momento que eles se conheceram? Resposta
esperada: A volta no tempo nos traz um
conhecimento maior sobre o enredo, são os fatos
passados que nos levarão a entender o momento
presente da trama. O narrador, ao iniciar o conto
pelo encontro amoroso de Rita e Camilo, faz com
que o leitor se identifique mais com essas
personagens e com seus dilemas. É como se o
narrador quisesse induzir a opinião do leitor sobre
o triângulo amoroso, compreendendo o lado de
quem comete a traição.
Materiais complementares: Os excertos estão
disponíveis para impressão nesse link.
Se for necessário, acesse as sugestões de resolução
das questões aqui.
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Slide 5 Desenvolvimento
Orientações:
Apresente o excerto de A cartomante aos alunos,
em que Camilo se consulta com a cartomante.
Distribua cópias.
Peça que leiam o trecho silenciosamente e em
duplas. As análises serão realizadas por escrito, é
importante que os alunos troquem ideias.
Depois que todas as duplas finalizarem a leitura,
peça que destaquem no texto todas as expressões
que dizem respeito ao lugar e que o caracterizam.
Faça uma socialização oral, solicite aos alunos que
leiam os trechos destacados. Respostas esperadas:
“Deu por si na calçada”, “ao pé da porta”, “subiu a
escada. A luz era pouca, os degraus comidos dos
pés, o corrimão pegajoso”, “Dali subiram ao sótão,
por uma escada ainda pior que a primeira e mais
escura. Em cima, havia uma salinha, mal alumiada
por uma janela, que dava para o telhado dos
fundos. Velhos trastes, paredes sombrias, um ar de
pobreza, que antes aumentava do que destruía o
prestígio.”fê-lo sentar diante da mesa, e sentou-
se do lado oposto, com as costas para a janela, de
maneira que a pouca luz de fora batia em cheio no
rosto de Camilo. Abriu uma gaveta e tirou um
baralho de cartas compridas e
enxovalhadas.”Voltou três cartas sobre a
mesa[...]”
Após conferir os termos destacados por eles,
apresente a seguinte questão e peça para que
respondam no caderno: Como essas expressões
contribuem para a progressão da narrativa?
Análise sugerida: A descrição do espaço se funde
com as ações da cartomante e com suas
características (físicas/socioeconômicas/morais),
criando todo o ambiente de suspense necessário
para essa etapa do enredo. Ao dar os detalhes do
espaço, o narrador também aumenta a expectativa
do leitor em relação ao que dirá a personagem
sobre o futuro de Camilo. Além disso, é uma forma
do narrador colocar o leitor como observador da
“cena”, para que, posteriormente, ele possa julgar
a atitude das personagens Rita e Camilo.
Apresente também os seguintes questionamentos,
pedindo que façam as análises por escrito no
caderno: Como a descrição minuciosa deste espaço
contribuiu para a o enredo da narrativa? Por que o
ambiente de atendimento da cartomante teria sido
apresentado ao leitor somente na consulta de
Camilo e não em outros momentos, como quando
Plano de aula
O tempo e o espaço no gênero conto
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Camilo e não em outros momentos, como quando
Rita vai à cartomante? Algum elemento do espaço-
tempo teria contribuído para que Camilo
acreditasse na vidente? Que aspectos do espaço
revelam ao leitor que a cartomante pode ser uma
farsante e que o desfecho não está relacionado com
a sua previsão? Análise sugerida: 
O narrador reservou a apresentação do ambiente e
da personagem para a consulta de Camilo,
provavelmente, porque tanto a personagem quanto
ele eram céticos. Então, cabe a nós, leitores,
acreditarmos ou não na cartomante. O espaço,
como a escada sombria, pode relacionar-se com a
escada que Camilo seguiu para a morte, na casa de
Vilela. A cegueira de Camilo, em confiar que o
amigo não lhe faria mal, pode estar representada
na luz que batia em seu rosto e o impedia de ver
com clareza a leitura das cartas da cartomante. A
falta de luz no ambiente relaciona-se com a falta
de sensatez nos pensamentos e ações de Camilo.
Todo o ambiente criado pelo narrador nos indica
que a cartomante é uma farsante, toda sua técnica
de analisar o semblante das pessoas, os olhos
penetrantes e dissimulados, ela finge ler as cartas,
a verdadeira leitura está na expressão dos clientes
e como o próprio narrador mesmo mencionou
“Camilo não viu nem sentiu nada”, toda a
descrição do ambiente é dada pelo narrador, não
são observações que Camilo percebeu ou sentiu.
Depois que todos responderem, promova a
socialização das análises realizadas nos cadernos,
solicitando que leiam em voz alta as respostas.
Comente as respostas dos alunos, confirmando as
análises ou complementando o que for necessário.
Materiais complementares: Os excertos estão
disponíveis para impressão nesse link.
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Slide 6 Fechamento
Tempo sugerido : 10 minutos
Orientações:
Para finalizar, distribua cópias de dois excertos do
conto Entre a espada e a rosa .
Peça que, nos excertos distribuídos, eles
destaquem com uma cor todas as palavras que
indicam tempo e, com outra cor, o espaço na
narrativa. Sugestão de respostas: Expressões que
indicam tempo: De volta, Afinal, na noite, de
manhã, se passava. Expressões que indicam
espaço: ao quarto, na cama, no escuro,o salão, seu
quarto, sobre si mesma.
Oriente-os que depois de destacarem os
marcadores espaciais e temporais, eles escrevam
uma pequena síntese no caderno, comparando os
dois excertos, produzindo uma reflexão sobre o
seguinte questionamento: O que o espaço-tempo
da narrativa indicam sobre o desfecho? Qual a
importância da repetição dos marcadores
espaciais-temporais para a compreensão do leitor?
Sugestão de análise: É durante a noite, em seu
quarto, que a princesa pede uma solução para seus
problemas e a mágica acontece. É ao amanhecer
que a Princesa percebe sua transformação ou tem
as resposta para seu problema. Quando o narrador
repete a mesma cena, o lugar, as ações, o tempo, o
leitor já pode prever que alguma transformação
acontecerá com a personagem. No segundo
excerto, o leitor imagina que a barba desaparecerá.
A importância da repetição é a ênfase do momento
mágico da história.
Se desejar, você pode recolher as atividades, para
analisar a pertinência das respostas.
Faça a devolutiva por escrito, nas atividades.
Materiais complementares: Os excertos estão
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Flashback​: a volta no tempo 
HAMLET observa a Horácio 
que há mais cousas no céu e 
na terra do que sonha a 
nossa filosofia. Era a mesma 
explicação que dava a bela 
Rita ao moço Camilo, numa 
sexta-feira de novembro de 
1869, quando este ria dela, 
por ter ido na véspera 
consultar uma cartomante; 
a diferença é que o fazia por 
outras palavras. 
Um dia, porém, recebeu Camilo uma carta anônima, 
que lhe chamava imoral e pérfido, e dizia que a 
aventura era sabida de todos. Camilo teve medo, e, 
para desviar as suspeitas, começou a rarear as visitas à 
casa de Vilela. Este notou-lhe as ausências. Camilo 
respondeu que o motivo era uma paixão frívola de 
rapaz. Candura gerou astúcia. As ausências 
prolongaram-se, e as visitas cessaram inteiramente. 
Pode ser que entrasse também nisso um pouco de 
amor-próprio, uma intenção de diminuir os obséquios 
do marido, para tornar menos dura a aleivosia do ato. 
Foi por esse tempo que Rita, desconfiada e medrosa, 
correu à cartomante para consultá-la sobre a 
verdadeira causa do procedimento de Camilo. Vimos 
que a cartomante restituiu-lhe a confiança, e que o 
rapaz repreendeu-a por ter feito o que fez. Correram 
ainda algumas semanas. 
 
 
Vilela, Camilo e Rita, três nomes, uma aventura e nenhuma explicação 
das origens. Vamos a ela. Os dois primeiros eram amigos de infância. Vilela 
seguiu a carreira de magistrado. Camilo entrou no funcionalismo, contra a 
vontade do pai, que queria vê-lo médico; mas o pai morreu, e Camilo 
preferiu não ser nada, até que a mãe lhe arranjou um emprego público. No 
princípio de 1869, voltou Vilela da província, onde casara com uma dama 
formosa e tonta; abandonou a magistratura e veio abrir banca de advogado. 
Camilo arranjou-lhe casa para os lados de Botafogo, e foi a bordo recebê-lo. 
— É o senhor? exclamou Rita, estendendo-lhe a mão. Não imagina como 
meu marido é seu amigo, falava sempre do senhor. 
Camilo e Vilela olharam-se com ternura. Eram amigos deveras. 
Depois, Camilo confessou de si para si que a mulher do Vilela não desmentia 
as cartas do marido. Realmente, era graciosa e viva nos gestos, olhos cálidos, 
boca fina e interrogativa. Era um pouco mais velha que ambos: contava trinta 
anos, Vilela vinte e nove e Camilo vinte e seis. Entretanto, o porte grave de 
Vilela fazia-o parecer mais velho que a mulher, enquanto Camilo era um 
ingênuo na vida moral e prática. Faltava-lhe tanto a ação do tempo, como os 
óculos de cristal, que a natureza põe no berço de alguns para adiantar os 
anos. Nem experiência, nem intuição. 
Uniram-se os três. Convivência trouxe intimidade. Pouco depois morreu a 
mãe de Camilo, e nesse desastre, que o foi, os dois mostraram-se grandes 
amigos dele. Vilela cuidou do enterro, dos sufrágios e do inventário; Rita 
tratou especialmente do coração, e ninguém o faria melhor. 
Como daí chegaram ao amor, não o soube ele nunca. A verdade é que 
 
gostava de passar as horas ao lado dela, era a sua enfermeira moral, quase 
uma irmã, mas principalmente era mulher e bonita. Odor di femmina: eis o 
que ele aspirava nela, e em volta dela, para incorporá-lo em si próprio. Liam 
os mesmos livros, iam juntos a teatros e passeios. Camilo ensinou-lhe as 
damas e o xadrez e jogavam às noites; — ela mal, — ele, para lhe ser 
agradável, pouco menos mal. Até aí as cousas. Agora a ação da pessoa, os 
olhos teimosos de Rita, que procuravam muita vez os dele, que os 
consultavam antes de o fazer ao marido, as mãos frias, as atitudes insólitas. 
Um dia, fazendo ele anos, recebeu de Vilela uma rica bengala de presente e 
de Rita apenas um cartão com um vulgar cumprimento a lápis, e foi então 
que ele pôde ler no próprio coração, não conseguia arrancar os olhos do 
bilhetinho. Palavras vulgares; mas há vulgaridades sublimes, ou, pelo menos, 
deleitosas. A velha caleça de praça, em que pela primeira vez passeaste com a 
mulher amada, fechadinhos ambos, vale o carro de Apolo. Assim é o homem, 
assim são as cousas que o cercam. 
Camilo quis sinceramente fugir, mas já não pôde. Rita, como uma serpente, 
foi-se acercando dele, envolveu-o todo, fez-lhe estalar os ossos num espasmo, 
e pingou-lhe o veneno na boca. Ele ficou atordoado e subjugado. Vexame, 
sustos, remorsos, desejos, tudo sentiu de mistura, mas a batalha foi curta e a 
vitória delirante. Adeus, escrúpulos! Não tardou que o sapato se acomodasse 
ao pé, e aí foram ambos, estrada fora, braços dados, pisando folgadamente 
por cima de ervas e pedregulhos, sem padecer nada mais que algumas 
saudades, quando estavam ausentes um do outro. A confiança e estima de 
Vilela continuavam a ser as mesmas. 
 
A previsão do futuro e o desfecho do conto 
 
Deu por si na calçada, ao pé da porta: disse ao cocheiro que esperasse, e 
rápido enfiou pelo corredor, e subiu a escada. A luz era pouca, os degraus 
comidos dos pés, o corrimão pegajoso; mas ele não viu nem sentiu nada. 
Trepou e bateu. Não aparecendo ninguém, teve idéia de descer; mas era 
tarde, a curiosidade fustigava-lhe o sangue, as fontes latejavam-lhe; ele tornou 
a bater uma, duas, três pancadas. Veio uma mulher; era a cartomante. Camilo 
disse que ia consultá-la, ela fê-lo entrar. Dali subiram ao sótão, por uma 
escada ainda pior que a primeira e mais escura. Em cima, havia uma salinha, 
mal alumiada por uma janela, que dava para o telhado dos fundos. Velhos 
trastes, paredes sombrias, um ar de pobreza, que antes aumentava do que 
destruía o prestígio. 
A cartomante fê-lo sentar diante da mesa, e sentou-se do lado oposto, com as 
costas para a janela, de maneira que a pouca luz de fora batia em cheio no 
rosto de Camilo.Abriu uma gaveta e tirou um baralho de cartas compridas e 
enxovalhadas. Enquanto as baralhava, rapidamente, olhava para ele, não de 
rosto, mas por baixo dos olhos. Era uma mulher de quarenta anos, italiana, 
 
morena e magra, com grandes olhos sonsos e agudos. Voltou três cartas 
sobre a mesa[...] 
 
Fechamento 
 
 
De volta ao quarto, a Princesa chorou mais 
lágrimas do que acreditava ter para chorar. 
Embotada na cama, aos soluços, implorou 
ao seu corpo, a sua mente, que lhe fizesse 
achar uma solução para escapar da decisão 
do pai. Afinal, esgotada, adormeceu. 
E na noite sua mente ordenou, e no escuro 
seu corpo ficou. E ao acordar de manhã, os 
olhos ainda ardendo de tanto chorar, a 
Princesa percebeu que algo estranho se 
passava. 
Sem resposta, ou gesto, a Princesa 
deixouo salão, refugiando-se no seu 
quarto. Nunca o Rei poderia 
amá-la, com sua barba ruiva. Nem mais 
a quereria como guerreiro, com seu 
corpo de mulher. Chorou todas as 
lágrimas que ainda tinha para chorar. 
Dobrada sobre si mesma, aos soluços, 
implorou ao 
seu corpo que lhe desse uma solução. 
Afinal, esgotada, adormeceu. 
E na noite seu mente ordenou, e no 
escuro seu corpo brotou. E ao acordar 
de manhã, com os olhos inchados de 
tanto chorar, a Princesa percebeu que 
algo estranho se passava. 
 
 
Flashback​: a volta no tempo 
5. Professor, destacamos os recursos de passagem do tempo, se desejar você 
pode projetar esse excerto. 
HAMLET observa a Horácio 
que há mais cousas no céu e 
na terra do que sonha a 
nossa filosofia. Era a mesma 
explicação que dava a bela 
Rita ao moço Camilo, ​numa 
sexta-feira de novembro de 
1869​, quando este ria dela, 
por ter ido na véspera 
consultar uma cartomante; 
a diferença é que o fazia por 
outras palavras. 
Um dia​, porém, recebeu Camilo uma carta 
anônima, que lhe chamava imoral e pérfido, e 
dizia que a aventura era sabida de todos. Camilo 
teve medo, e, para desviar as suspeitas, ​começou 
a rarear as visitas​ à casa de Vilela. Este notou-lhe 
as ausências. Camilo respondeu que o motivo era 
uma paixão frívola de rapaz. Candura gerou 
astúcia. As ausências prolongaram-se, e as visitas 
cessaram inteiramente. Pode ser que entrasse 
também nisso um pouco de amor-próprio, uma 
intenção de diminuir os obséquios do marido, 
para tornar menos dura a aleivosia do ato. 
Foi por esse tempo ​que Rita, desconfiada e 
medrosa, correu à cartomante para consultá-la 
sobre a verdadeira causa do procedimento de 
Camilo. Vimos que a cartomante restituiu-lhe a 
confiança, e que o rapaz repreendeu-a por ter 
feito o que fez. ​Correram ainda algumas semanas. 
 
8.Professor, destacamos os recursos de passagem do tempo, se desejar você 
pode projetar esse excerto. 
Vilela, Camilo e Rita, três nomes, uma aventura e nenhuma explicação 
das origens. Vamos a ela. Os dois primeiros eram amigos de ​infância​. Vilela 
seguiu a carreira de magistrado. Camilo entrou no funcionalismo, contra a 
vontade do pai, que queria vê-lo médico; mas o pai morreu, e Camilo 
preferiu não ser nada, ​até​ que a mãe lhe arranjou um emprego público. ​No 
princípio de 1869​, voltou Vilela da província, onde casara com uma dama 
formosa e tonta; abandonou a magistratura e veio abrir banca de advogado. 
Camilo arranjou-lhe casa para os lados de Botafogo, e foi a bordo recebê-lo. 
— É o senhor? exclamou Rita, estendendo-lhe a mão. Não imagina como 
meu marido é seu amigo, falava sempre do senhor. 
Camilo e Vilela olharam-se com ternura. Eram amigos deveras. 
Depois​, Camilo confessou de si para si que a mulher do Vilela não desmentia 
as cartas do marido. Realmente, era graciosa e viva nos gestos, olhos cálidos, 
boca fina e interrogativa. Era um pouco mais velha que ambos: contava trinta 
anos, Vilela vinte e nove e Camilo vinte e seis. Entretanto, o porte grave de 
Vilela fazia-o parecer mais velho que a mulher, enquanto Camilo era um 
ingênuo na vida moral e prática. Faltava-lhe tanto a ação do tempo, como os 
óculos de cristal, que a natureza põe no berço de alguns para adiantar os 
anos. Nem experiência, nem intuição. 
Uniram-se os três. Convivência trouxe intimidade. ​Pouco depois​ morreu a 
mãe de Camilo, e nesse desastre, que o foi, os dois mostraram-se grandes 
 
amigos dele. Vilela cuidou do enterro, dos sufrágios e do inventário; Rita 
tratou especialmente do coração, e ninguém o faria melhor. 
Como daí chegaram ao amor, não o soube ele nunca. A verdade é que 
gostava de ​passar as horas​ ​ao lado dela, era a sua enfermeira moral, quase 
uma irmã, mas principalmente era mulher e bonita. Odor di femmina: eis o 
que ele aspirava nela, e em volta dela, para incorporá-lo em si próprio. Liam 
os mesmos livros, iam juntos a teatros e passeios. Camilo ensinou-lhe as 
damas e o xadrez e jogavam às noites; — ela mal, — ele, para lhe ser 
agradável, pouco menos mal. Até aí as cousas. ​Agora​ a ação da pessoa, os 
olhos teimosos de Rita, que procuravam muita vez os dele, que os 
consultavam antes de o fazer ao marido, as mãos frias, as atitudes insólitas. 
Um dia​, fazendo ele anos, recebeu de Vilela uma rica bengala de presente e 
de Rita apenas um cartão com um vulgar cumprimento a lápis, e ​foi então 
que ele pôde ler no próprio coração, não conseguia arrancar os olhos do 
bilhetinho. Palavras vulgares; mas há vulgaridades sublimes, ou, pelo menos, 
deleitosas. A velha caleça de praça, em que ​pela primeira vez​ passeaste com a 
mulher amada, fechadinhos ambos, vale o carro de Apolo. Assim é o homem, 
assim são as cousas que o cercam. 
Camilo quis sinceramente fugir, mas já não pôde. Rita, como uma serpente, 
foi-se acercando dele, envolveu-o todo, fez-lhe estalar os ossos num espasmo, 
e pingou-lhe o veneno na boca. Ele ficou atordoado e subjugado. Vexame, 
sustos, remorsos, desejos, tudo sentiu de mistura, mas a ​batalha foi curta​ e a 
vitória delirante. Adeus, escrúpulos! ​Não tardou​ que o sapato se acomodasse 
ao pé, e aí foram ambos, estrada fora, braços dados, pisando folgadamente 
por cima de ervas e pedregulhos, sem padecer nada mais que algumas 
saudades, ​quando​ estavam ausentes um do outro. A confiança e estima de 
Vilela continuavam a ser as mesmas. 
 
A previsão do futuro e o desfecho do conto 
3.​ ​Professor, destacamos os recursos que descrevem o espaço, se desejar você 
pode projetar esse excerto. 
Deu por si na calçada, ao pé da porta​: disse ao cocheiro que esperasse, e 
rápido enfiou pelo corredor, e ​subiu a escada​. ​A luz era pouca, os degraus 
comidos dos pés, o corrimão pegajoso​; mas ele não viu nem sentiu nada. 
Trepou e bateu. Não aparecendo ninguém, teve idéia de descer; mas era 
tarde, a curiosidade fustigava-lhe o sangue, as fontes latejavam-lhe; ele tornou 
a bater uma, duas, três pancadas. Veio uma mulher; era a cartomante. Camilo 
disse que ia consultá-la, ela fê-lo entrar. Dali ​subiram ao sótão, por uma 
escada ainda pior que a primeira e mais escura.​ ​Em cima, havia uma salinha, 
mal alumiada por uma janela, que dava para o telhado dos fundos. Velhos 
trastes, paredes sombrias, um ar de pobreza, que antes aumentava do que 
destruía o prestígio. 
A cartomante ​fê-lo sentar diante da mesa​, e ​sentou-se do lado oposto​, ​com as 
costas para a janela, de maneira que a pouca luz de fora batia em cheio no 
rosto de Camilo​.​Abriu uma gaveta e tirou um baralho de cartas compridas e 
enxovalhadas.​ Enquanto as baralhava, rapidamente, olhava para ele, não de 
 
rosto, mas por baixo dos olhos. Era uma mulher de quarenta anos, italiana, 
morena e magra, com grandes olhos sonsos e agudos. ​Voltou três cartas 
sobre a mesa​[...] 
 
Fechamento 
Professor, abaixo foram destacados em azul as expressões referentes ao tempo 
e em vermelho as expressões referentes ao lugar. Se desejar, você pode projetar 
esse excerto.  
 
De volta​ ​ao quarto​, a Princesa chorou mais 
lágrimas do que acreditava ter para chorar. 
Embotada ​na cama​, aos soluços, implorou 
ao seu corpo, a sua mente, que lhe fizesse 
achar uma solução para escapar da decisão 
do pai. ​Afinal​, esgotada, adormeceu. 
E ​na noite​ sua mente ordenou, e ​no escuro 
seu corpo ficou. E ao acordar ​de manhã​, os 
olhos ainda ardendo de tanto chorar, a 
Princesa percebeu que algo estranho ​se 
passava​. 
Sem resposta, ou gesto, a Princesa 
deixou ​o salão​, refugiando-se no ​seu 
quarto​. Nunca o Rei poderia 
amá-la, com sua barba ruiva. Nem mais 
a quereria como guerreiro, com seu 
corpo de mulher. Chorou todas as 
lágrimas que ainda tinha para chorar. 
Dobrada ​sobre si mesma​, aos soluços, 
implorou ao seu corpo que lhe desse 
uma solução. Afinal, esgotada, 
adormeceu. 
E ​na noite​ seu mente ordenou, e ​no 
escuro​ seu corpo brotou. E ao acordar 
de manhã​, com os olhos inchados de 
tanto chorar, a Princesa percebeu que 
algo estranho ​se passava​. 
 
 
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