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MEMORIAL JUSTIFICATIVO - PROJETO ARQUITETÔNICO - HOSPITAL SANTA MARIA

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PARTE 02.02: MEMORIAL JUSTIFICATIVO 
HOSPITAL GERAL 
MEMORIAL SANTA MARIA 
CENTRO UNIVERSITÁRIO DE JOÃO PESSOA - UNIPÊ
ARQUITETURA E URBANISMO - P9 TARDE
DISCIPLINA: PROJETO ARQUITETÔNICO VII
DOCENTE: BRUNO MOREIRA ; SEBASTIÃO CEZAR 
DISCENTES: 
ANNA LAYSE OLIVEIRA DA SILVA
ARÍCIA LAYS ALVES MARTINS 
BRUNA CAROLLINA DE C. E. DE BARROS
EMANUELLA VASCONCELOS RANGEL
APRESENTAÇÃO
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................. 04
LOCALIZAÇÃO ............................................................................................................................................ 05
LEGISLAÇÃO............................................................................................................................................... 07
CONCEITO................................................................................................................................................... 09
PARTIDO ARQUITETÔNICO........................................................................................................................ .10
DESENVOLVIMENTO DA PROPOSTA......................................................................................................... 11
APRESENTAÇÃO GERAL DA PROPOSTA ................................................................................................... 12
VOLUMETRIA............................................................................................................................................... 29
ESTRUTURA E MODULAÇÃO.......................................................................................................................33
CONCLUSÃO............................................................................................................................. ................... 36
REFERÊNCIA BIBLIOGRAFICA..................................................................................................................... 38
No Brasil, o âmbito da saúde se encontra abaixo dos padrões aceitáveis de qualidade de serviços e
segurança assistencial, tal situação aflige os profissionais da área e amedronta os familiares e pacientes como um
todo.
O Sistema Único de Saúde (SUS), instituído pela Constituição Federal de 1988, oferece o direito da saúde
pública a população, mas como citado anteriormente muitas vezes as desvantagens se sobressaem no panorama
nacional, com a falta de investimentos pelos municípios na saúde acarretam-se problemas sérios como os que
envolvem a falta de medicamentos, superlotações de leitos e principalmente na falta de humanização hospitalar,
cada vez mais presentes na arquitetura hospitalar, onde os espaços são projetados apenas para seu
funcionamento, todavia, a falta de ambientes que estimulem os pacientes acaba debilitando-os mais, por isso a
necessidade de criação de novos hospitais que levem além da cura física, mas também e importante a cura
emocional.
Segundo os dados do Instituto Brasileiro de Estatística (IBGE), em João Pessoa existem em 2019
aproximadamente 809,015 pessoas em uma área territorial de 211,286m². Com esses dados analisados do IBGE
observa-se o crescimento da cidade, sendo verdadeiro afirmar que a quantidade de pessoas que precisarão
utilizar dos sistemas básicos de saúde crescerá a cada ano, possuindo a necessidade de novos equipamentos que
supram tal demanda.
Portanto, o presente trabalho proposto a disciplina de Projeto VI, refere-se a ao memorial justificativo do
Anteprojeto do Hospital Santa Maria, que será inserido no bairro do Miramar na cidade de João Pessoa – PB.
Visando a elaboração de um edifício hospitalar que atenda às necessidades físicas e espirituais dos usuários,
tomando como embasamento os estudos sobre o terreno, das legislações vigentes, relações de fluxos internos e
externos para pôr fim, proporcionar espaços acolhedores e humanizados, que promovam melhorias na qualidade
dos serviços, na produtividade dos colaboradores, segurança do paciente, agilidade nos procedimentos e
conforto dos usuários, estabelecendo uma relação simbiótica entre hospital e os mesmos.
INTRODUÇÃO 04
Imagem 01: Avenida Epitácio Pessoa para 
acesso a Rua do Capim 
Fonte: Acervo do Grupo.
Imagem 02: Rua das Acácias e Rua do Sol
Fonte: Acervo do Grupo.
A área do projeto está localizada no bairro do Miramar na
cidade de João Pessoa – PB. Tal bairro se originou lentamente na
década de 1950, devido a expansão da cidade para leste com a
criação da Avenida Epitácio Pessoa. Atualmente é conhecido
principalmente pelo bloco carnavalesco “as Muriçocas de Miramar”,
no qual se tornou patrimônio Cultural e Imaterial da Paraíba,
reunindo aproximadamente 400 mil foliões durante esse período,
além disso é considerada um local privilegiado pela proximidade do
mar devido a sua altitude, no qual favorece a bela vista da extensão
litorânea da cidade.
O entorno da área de estudo possui a maior parte dos seus
lotes de uso residencial, seu crescimento se originou
horizontalmente e após um tempo verticalmente, vistos em
condomínios residenciais de alto padrão. O bairro é qualificado como
prioritariamente residencial, com ótimas localizações e uma boa
infraestrutura urbana, propiciando áreas de comércios, como
escolas, restaurantes, faculdades, tv master, entre outros, que
tornam a área mais valorizada.
Atualmente, o bairro não possui programas de saúde que
atendam a demanda dos moradores e a população da região, sendo
uma área estratégica para o equipamento urbano como um hospital.
LOCALIZAÇÃO 05
Paraíba – João Pessoa
Brasil - Paraíba
BAIRRO MIRAMAR - João pessoa
N
N
N
LOCALIZAÇÃO 06
Com área total de 15,689 m², tendo ele cinco ruas de
acesso, a Avenida Presidente Epitácio Pessoa como a principal via
arterial da área, esta apresenta um fluxo intenso de veículos e
interligam vários bairros da cidade, a rua coletora Giuseppe Duarte de
Queiroz possui um fluxo menos intenso assim como a Rua do Sol, pôr
fim às vias locais, caracterizadas pela Rua da Aurora e das Acácias, são
destinadas apenas ao acesso local ou a áreas restritas, como a rua
Aurora que não possui saída.
É de grande importância citar os atributos ambientais
existentes na área, o Rio Jaguaribe e a mata ciliar, que funciona como
parque ecológico, a fim de proteger os recursos naturais e culturais
que trazem benefícios a área, como diminuição da sensação térmica,
além de ter uma paisagem com fauna e flora a ser contemplada com
lazer, estudos ambientais, pesquisas e visitas, favorecendo o contato
dos cidadãos com a natureza.
A seguir, podemos ver a área de implantação do
terreno de acordo com as suas dimensões, áreas, direções dos ventos,
orientação solar e vegetações existentes. Também é possível notar os
desníveis do terreno, na Av. Epitácio Pessoa encontra-se pouca
inclinação, em contrapartida na Rua do Sol, a diferença de altura pode
chegar a 8 metros.
LEGENDA
VIAS ARTERIAIS –
FLUXO INTENSO
VIAS COLETORAS –
FLUXO MODERADO 
VIAS LOCAIS –
FLUXO BAIXO
SENTIDO DAS VIAS 
LEGISLAÇÃO 07
É de grande importância para a segurança de
pacientes que haja regulamentos técnicos devidamente
protegidos pelas leis vigentes, e que sejam postos em prática
as normas e portarias vigentes, segundo os critérios
estabelecidos de boas práticas para o funcionamento de
serviços de saúde, fundamentados pela qualificação,
humanização da gestão e atenção, além da redução e controle
de riscos aos usuários e meio ambiente. Existem legislações
Municipais e Estaduais que ajudam no processo de concepção
projetual a fim de planejar espaços que atendam aos critérios
mínimos de acordo com acessibilidade, conforto térmico,
entre outros. As legislações que nortearam o trabalho são:
O Plano Diretor de João Pessoa, que é um essencial
instrumento político das cidades brasileiras para orientar a
ocupação do solo urbano, de acordo com interesses coletivos
e privados. Tem comoobjetivo principal promover a
ordenação dos espaços urbanos para uma melhor qualidade
de vida dos moradores locais, propiciando o desenvolvimento
das funções sociais da cidade junto das propriedades privadas.
Essa lei impõe a condição de obrigações aos proprietários de
terra, cujo solo não esteja edificado ou utilizado, de acordo
com o estabelecido pela Constituição Federal.
o ZA1 = Zona Axial Epitácio Pessoa 
o IR= Instituto Regional
o CP= Comércio Principal
o Área construída = 5.076,28 m²
o Área permeável = 20 %
o Recuo frontal = 6,00 m²
o SP = Serviço Principal
o Área do terreno = 15,689 m² 
o Taxa de ocupação = 32,35 % 
Imagem 03: Mapa de Uso e Ocupação. 
Fonte: Plano Diretor de Mobilidade de João Pessoa.
Imagem 04: Zona Axial Epitácio Pessoa. 
Fonte: Código de Urbano João Pessoa.
LEGISLAÇÃO 08
SOMA SUS
O SOMA SUS (Sistema de Apoio a Elaboração de Projetos de
Investimentos a Saúde) é uma ferramenta informatizada, de livre acesso,
desenvolvido pela área técnica da Secretária Executiva do Ministério da
Saúde, com o objetivo de auxiliar estados, municípios e instituições do Sistema
Único de Saúde na a elaboração de projetos de investimentos em
infraestrutura mais qualificada. O desenvolvimento do SOMASUS está
baseado na premissa de que o estabelecimento de normas é fundamental
para o planejamento dos investimentos em saúde. Portanto, o conteúdo
disponibilizado está fundamentado nos parâmetros de cobertura assistencial
do SUS, portarias ministeriais, normas técnicas, assim como, resoluções
diretivas colegiadas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
NBR 9050
Criada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), é uma
norma que regulamenta e define os parâmetros técnicos de acessibilidade
que devem ser propostos em construções urbanas, mobiliários, espaços e
equipamentos urbanos, além das instalações e adaptações de edificações, nos
quais instruem arquitetos, construtores, engenheiros e outros profissionais da
área. Embora tenha contribuído bastante para a qualidade de vida de pessoas
com diversos tipos de deficiências, as três versões anteriores eram pouco
detalhadas, sem consenso geral ou inexistentes. Portanto, apenas em 2005
com a atualização da norma NBR 9050, um texto mais amplo foi redigido,
evoluído para os tempos atuais e centrado no conceito de desenho universal.
RDC 50
A RDC 50 (Resolução de Diretoria Colegiada da Agência Nacional de
Vigilância Sanitária) n° 50, criada em 21 de fevereiro de 2002, a fim de
atualizar as normas existentes quanto a infraestrutura física de
estabelecimentos assistências a saúde (EAS), portanto, esta norma busca
definir as etapas de elaborações de projetos, organizar funções,
dimensionamentos de ambientes, critérios de circulações internas e
externas, analisar as condições de conforto, controlar as infecções,
estabelecer as instalações prediais e de segurança contra incêndios. Essas
medidas tornam-se norteadoras essenciais para o desenvolvimento de
projetos hospitalares, que precisam oferecer os serviços com boas
condições de conforto para seus pacientes, acompanhantes e prestadores
de serviços.
DECRETO 5900/2007
É um decreto que estabelece as normas de aprimoramento da legislação
urbanística vigente nos quais atualizam e estabelecem os índices
urbanísticos dos quadros de zoneamento do solo, de acordo com os seus
recuos, taxa de ocupação e coeficiente máximo definido pela macrozona.
Institucional Regional, Institucional de Bairros, Equipamentos urbanos cuja
localização depende de estudo específico para cada caso: Casa de saúde e
hospital, Cemitérios, circos e parques de diversão.
CONCEITO 09
Um dos aspectos mais notáveis da natureza é o seu constante movimento. A perene dança de seus elementos é o que desperta a curiosidade,
proporciona estímulos sensoriais, e previne a monotonia. São diversos benefícios que a natureza proporciona de acordo com os estudos, seja através do calor
ou apenas a simples sensação de liberdade que o contato nos traz, é importante a grande quantidade de benefícios da natureza para a saúde. Levando isso
em consideração, é fácil entender que o contato com o verde das árvores, com o canto de um pássaro e com um belo pôr-do-sol, consiga aliviar o estresse,
elevar o humor, melhorar o desempenho, amenizar e diminuir chance no desenvolvimento de doenças. Os jardins sempre foram locais de remédio para a
alma. É impossível não se acalmar diante do aroma das flores, do balançar das árvores.
Ter acesso visual ao exterior é também importante para diminuir a sensação de enclausuramento, resultante da permanência de longo tempo no
mesmo local. Embora sendo apenas uma janela, esta atua como uma moldura que apresenta variações na cor da luz e suas diversas tonalidades, se misturam
e transformam a cena e o espaço de um ambiente inúmeras vezes por dia. No ano de 1984 em um hospital da Pensilvânia nos Estados Unidos, o médico
Robert Ulrich relatou que os pacientes internados em quartos com vista para árvores apresentavam uma melhora mais rápida. Agora, essas características
estão sendo usadas a favor das pessoas doentes.
Segundo VASCONCELOS (2004, pg. 79) a integração interior/exterior é vista também como um benefício para a economia hospitalar. Dado que os
pacientes que possuem contato com o meio externo necessitam de doses menores de medicamentos, consequentemente uma estadia mais curta, o que
ocasiona a diminuição de custos, além de diminuir o degaste da equipe médica e de enfermagem, aumentando a produção e por consequência, melhorando
o atendimento nas unidades hospitalares.
Imagem 05: Imagem Ilustrativa Projeto Hospital Nordsjælland, Dinamarca. 
Fonte: Archdaily.
Imagem 06: Imagem Ilustrativa Projeto Hospital Nordsjælland, Dinamarca. 
Fonte: Archdaily.
PARTIDO ARQUITETÔNICO 10
Com o estudo do terreno e do entorno da área, pôde-se
notar a presença de dois atributos ambientais essenciais que
corroborarão para a concepção do conceito do projeto, o rio e a
mata ciliar (Mata Atlântica).
Visto isso, para integrar a natureza no projeto e
propiciar aos usuários uma vista de contemplação é proposto a
locação das internações e outros blocos principais de frente a
esses ambientes naturais, estimulando o contato direto ou
indireto, ativo ou passivo com a criação de jardins terapêuticos
no meio das unidades, que contará com plantas medicinais
como a camomila e equinácea, e as que exalam perfumes
relaxantes, como lavanda e erva cidreira.
Portanto, a criação dessas áreas surgiu da observação
de que a saúde física e mental é influenciada por aspectos do
ambiente físico, como luz natural, espaço ou som. Quando
olhamos para uma cena agradável, nossos sentidos são
envolvidos positivamente.
Por isso, a necessidade de criar espaços que sejam
estimulantes e despertem o melhor tanto nos pacientes, quanto
nos profissionais que estimulados podem trabalhar dando mais
do seu melhor.
Projeto Hospital Nordsjælland - Dinamarca 
DESENVOLVIMENTO DA PROPOSTA 11
Para começar o projeto iniciamos com um levantamento básicos das atividades a serem realizadas no edifício dadas pelos docentes da disciplina. O
principal intuito é a criação de espaços especializados para atender as principais necessidades dos pacientes assim como seu diagnóstico.
Tendo o conhecimento adquirido como base é possível conhecer as principais áreas e agrupamentos de setores indispensáveis para a construção do
hospital, são elas: Atendimento imediato, atendimento em regime de internação geral, apoio a diagnóstico e terapia, apoio técnico, administrativo e
logístico.
PROGRAMA DE NECESSIDADES
RECONHECIMENTO DE FLUXOS 
O projeto hospitalar é extremamente complexo, não somente pelo seu amplo programa de necessidades, mas também pelas reflexões e estudos
para os fluxos em distintas escalas.
Os fluxos são entendidos pela movimentação de pessoas e materiais. A divisão humana dos fluxos é dividida em funcionários, pacientes e
acompanhantes, nos quais é de extrema importânciaevitar o intenso cruzamento desses fluxos para evitar infecções e encontros desconfortáveis. É
necessário pensar os fluxos nas distintas escalas.
AMBIENTES ÁREAS
RECEPÇÂO\GERAL 316,49m²
URGÊNCIA E EMERGÊNCIA 980,00m²
INTERNAÇÃO GERAL 7422,60m²
INTERNAÇÃO INTENSIVA 587,21m²
PATOLOGIA CLÍNICA 199,65m²
IMAGEOLOGIA 530,93m²
BLOCO CIRÚRGICO 429,54m²
NUTRIÇÃO E DIETÉTICA 605,01m²
CME 211,90m²
AMBIENTES ÁREAS
FARMÁCIA 233,44m²
ADMINISTRAÇÃO 404,67m²
PROCESSAMENTO DE ROUPAS 316,77m²
CAME 162,79m²
MANUTENÇÃO 206,38m²
NECROTÉRIO 185,12
CONFORTO E HIGIENE 358,24m²
LANCHONETE 180,93m²
SEGURANÇA E VIGILÂNCIA 42,82m²
INFRAESTRUTURA PREDIAL 1483,41m²
APRESENTAÇÃO GERAL DA PROPOSTA 12
O projeto foi desenvolvido visando melhor aproveitamento dos
espaços de acordo com o programa de necessidades, prezando por
conforto, funcionalidade e respeito as normas técnicas citadas acima.
Os blocos foram dispostos no terreno respeitando o recuo frontal de
6,0 m² e vale enfatizar que devido a taxa de ocupação ser de 50%, se fez
necessário a verticalização, de acordo com a instrução do Decreto
5900/2007-Anexos-Ir. A área total do projeto chegou a 17.568,62m².
Distribuídos em 9 pavimentos, nos quais são distintos entre si do
subsolo ao segundo pavimento, a partir do terceiro se encontra o
pavimento tipo.
Pensando em uma melhor funcionalidade do edifício, utilizou-se
o princípio da setorização, no qual se faz necessário o estudo da forma
para englobar os setores afins, que tenham a necessidade de
aproximação. Esse método é extremamente fundamental para o bom
andamento do Hospital, visto que quando os setores são distribuídos de
forma clara, nos quais as unidades ficam próximas dos principais
espaços que lhe são associados, garantirá no projeto uma grande
agilidade e eficácia aos setores. Portanto, essa proximidade permite o
rápido deslocamento nas unidades, evitando cruzar os distintos fluxos,
tornando seguro tal procedimento.
IMAGENS TRIDIMENSIONAIS 13
Perspectiva Hospital Memorial Santa Maria 
IMAGENS TRIDIMENSIONAIS 13
Recepção Geral – Acesso Paciente Externos e Visitantes.
APRESENTAÇÃO GERAL DA PROPOSTA 14
Como apontado no partido, as principais unidades de atendimento imediato, de internação e de apoio técnico foram dispostas para a Rua Giuseppe
Duarte de Queiroz, como partido do projeto para oferecer uma visão humanizada aos usuários, aproveitar a ventilação natural proveniente do Sudeste e
também pela orientação solar, visto que essas áreas estão localizadas para o Leste, recebendo a incidência solar apenas no período da manhã, minimizando
a extrema exposição , consequentemente propiciando um melhor conforto térmico.
Segundamente, foi adicionado aos blocos as circulações horizontais e verticais para os usuários de serviço, corpo clínico e acompanhantes/visitantes,
distribuídos nas laterais e no centro dessas unidades, essas torres vão do subsolo ao último pavimento para propiciar acessos mais rápidos e eficientes, essa
distinção e distância é necessário para um bom funcionamento dos fluxos entre as unidades.
Mais distante, ainda na Rua Giuseppe foram dispostos o necrotério, a estrutura predial e alguns blocos como manutenção e CAME devido a atenção
de proximidade que esses blocos precisam ter com as docas, para recebimento de materiais, alimentos, e também pela saída do lixo, facilitando a circulação
ampla nesses locais.
Na Avenida Epitácio Pessoa foi proposta a parte do apoio ao diagnóstico e terapia, que conta com uma área de bastante visibilidade, oferecendo aos
pacientes um uma comunicação com o exterior, essas áreas não precisam de tanta atenção em relação aos ruídos como as unidades mais complexas, como
o bloco cirúrgico e internações.
Na face Oeste, localizado na Rua da Aurora foram adicionadas as unidades de serviço, tais unidades são consideradas secundárias em relação ao
posicionamento delas no terreno, podendo estar recebendo a incidência solar durante o período da tarde.
O projeto conta com uma passarela que faz a ligação de visitantes e acompanhantes das unidades de internação a uma capela localizada no fim do
terreno, contando com um espaço de contemplação as áreas verdes e um espelho d’água, que juntos propiciam um ambiente que ofereça tranquilidade e
relaxamento.
IMAGENS TRIDIMENSIONAIS 15
Vista das Fachadas Sul e Leste – Recepção Geral e Urgência e Emergência 
IMAGENS TRIDIMENSIONAIS 16
Urgência e Emergência / Docas – Acesso Paciente Internos e Funcionários.
APRESENTAÇÃO GERAL DA PROPOSTA 17
SETORIZAÇÃO
PAVIMENTO SUBSOLO
O subsolo está encaixado no nível
da área sem inclinação, localizado da Rua
Giuseppe de Queiroz, é nesse pavimento
que são encontradas as unidades de
atendimento imediato, como urgência e
emergência, CAME, manutenção,
necrotério e infraestrutura predial. Também
conta com o embarque e desembarque de
ambulâncias, estacionamento para
pacientes/acompanhantes, além da
entrada e saída de veículos para as docas e
necrotério que estão separadas do
estacionamento social.
IMAGENS TRIDIMENSIONAIS 18
Vista da Fachada Leste – Acesso Urgência e Emergência.
APRESENTAÇÃO GERAL DA PROPOSTA 19
PAVIMENTO TÉRREO
No pavimento térreo é onde se
encontra áreas mais complexas como o
Centro Cirúrgico e a Unidade de Internação
Intensiva, tais unidades precisam uma
atenção rigorosa, devido às restrições
maiores visando a diminuição de infecções
hospitalares, e a necessidade de
afastamento de unidades que possuam
ruídos e de proximidades com as que
precisem dar suporte, como a Unidade de
Internação. Conta também com as áreas de
apoio ao diagnóstico e terapia, como a
Patologia Clínica e a Imagenologia, que
apresentam uma recepção para chegada
de pacientes, ambas situadas próximas das
unidades complexas. Próximas do core de
serviço estão a farmácia e a UPR.
IMAGENS TRIDIMENSIONAIS 20
Recepção Geral e Estacionamento – Acesso Paciente Externos e Visitantes.
APRESENTAÇÃO GERAL DA PROPOSTA 21
1° PAVIMENTO
Neste pavimento está presente as
principais áreas de serviço, apoio técnico e
administrativo, como áreas técnicas do
Centro Cirúrgico e da Internação Intensiva, o
Apoio Administrativo, CME, 1° pavimento da
Nutrição e Dietética, lanchonete e Conforto
e Higiene, situados em uma circulação
restrita a funcionários.
IMAGENS TRIDIMENSIONAIS 22
Recepção Geral e Estacionamento – Acesso Paciente Externos e Visitantes.
APRESENTAÇÃO GERAL DA PROPOSTA 23
2° PAVIMENTO
No segundo pavimento encontra-se
o inicio da Unidade de Internação,
juntamente com o segundo andar da
Nutrição e Dietética, que foram dispostas
próximas visto que há a necessidade de
abastecer os quartos diariamente com
alimentação para os pacientes, além disso o
andar conta também com uma passarela
que oferece aos acompanhantes/visitantes
um percurso sob as árvores até chegar no
destino final, que é a capela, um lugar de
meditação, contemplação e convivência
entre as pessoas, a fim de renovar as
energias de quem está saturado com o
ambiente hospitalar.
IMAGENS TRIDIMENSIONAIS 24
Vista para Capela - Acesso Paciente Externos e Visitantes.
APRESENTAÇÃO GERAL DA PROPOSTA 25
PAVIMENTO TIPO 3° - 7°
A configuração do segundo
pavimento se repete até o nono pavimento,
ou seja, o último. São andares destinados à
internação, com dormitórios duplos e
simples (especiais para casos de
isolamentos). Os quartos de uma torre
possuem varandas especiais com jardins
internos para que os pacientes possam
caminhar, tomar banho de sol, receber
acompanhantes e se distrair da rotina
hospitalar, ou até mesmo com apenas
esquadrias que funcionam como um quadro
em constante mutação, apreciando dos
belos espaços verdes da mata existente. A
ideia é trazer ambientes mais alegres, mais
natural, menos frio e com mais vida,
desenhando ambientes que sejam capazes
de despertar boas sensações.
IMAGENS TRIDIMENSIONAIS 26
Recepção Geral e Estacionamento – Acesso Paciente Externos e Visitantes.
IMAGENS TRIDIMENSIONAIS27
Vista para Capela - Acesso Paciente Externos e Visitantes.
IMAGENS TRIDIMENSIONAIS 28
Vista da Fachada Leste – Acesso Urgência e Emergência e Docas.
VOLUMETRIA 29
O estudo da volumetria foi concebido antes da divisão interna dos espaços, isso gerou em diversos estudos para adequar os blocos de acordo com
seus fluxos e proximidades, de maneira a adequar da melhor maneira possível, sem alterar completamente o volume e a estética elaborada para o edifício.
Os traços iniciais do projeto partiram da forma de dois retângulos principais tocados nas bordas, após isso foi adicionado no centro dos dois um quadrado
vertical que uniria as duas partes. Para dar um jogo na fachada, foi realizado as subtrações verticais de volumes retangulares desses principais blocos, de tal
forma chegou-se a pequenos retângulos sacando da fachada principal. Ao longo desses blocos existentes foram encaixando novos retângulos horizontais e
que formaram a maior parte dos blocos de serviço.
CORES E MATERIAIS 
o VIDRO TEMPERADOR o MADEIRA o CONCRETO o AÇO INOXÍDAVEL
No projeto optamos pelo uso do vidro, madeira, concreto e aço. Esses materiais foram pensados a fim de garantir um visual estético tanto para as
fachadas, quanto aos ambientes internos, de acordo com as funções de cada espaço, oferecendo qualidade no desenvolvimento da proposta.
O concreto possui elevada qualidade, que reduz os custos de manutenção da edificação ao longo de sua vida útil; assegura velocidade de obra, reduzindo o
tempo de obra.
O aço inoxidável é um material ecologicamente correto, prático e funcional, além de transmitir a sensação de resistência e durabilidade, é resistente à
corrosão atmosférica e com baixa necessidade de manutenção.
Já os vidros laminados temperados são os mais indicados para o uso em fachadas por causa de sua grande durabilidade e resistência. O vidro laminado
utilizado será o PVB, que oferece grande conforto acústico porque a sua camada interna amortece o som vindo do exterior, e visual, bloqueando 99% dos
raios UV, além de integrar o exterior com o interior da edificação, cria uma sensação visual de amplitude, ajudando a aumentar espaços pequenos e
permitindo a incidência de luz natural para o interior.
Adotamos o uso do Brise-Soleil para proteger as fachadas da edificação contra a radiação solar. Dessa forma, serve como um protetor térmico,
bloqueando o aumento da temperatura na área interna. No inverno a função é oposta, trazendo mais calor e luz para dentro de edificação, aumentando o
conforto. Estabeleceu-se que o brise terá lâminas verticais para cumprir com sua função de forma eficiente.
IMAGENS TRIDIMENSIONAIS 30
Recepção Geral e Estacionamento – Acesso Paciente Externos e Visitantes.
IMAGENS TRIDIMENSIONAIS 31
Vista da Fachada Leste – Acesso Urgência e Emergência.
IMAGENS TRIDIMENSIONAIS 32
Vista para Capela - Acesso Paciente Externos e Visitantes.
VOLUMETRIA 33
É comprovado cientificamente que as cores
podem afetar diretamente aos nossos componentes
físicos, mentais e emocionais. Desta forma, o uso de
cores pode gerar estímulos sensoriais nas pessoas, e
como resultado, propiciar distrações positivas. A
aplicação pode ser com uma intenção de criar
ambientes mais aconchegantes, ou criar uma atmosfera
de descontração, ótimo para afastar sensações
monótonas de espaços de medo e desconforto. Devido
a isso, as principais cores do projeto são:
COR PROPRIEDADES
VERDE
• É a cor do equilíbrio e da calma; Benefício ao sistema
nervoso e ótimo útil para a cura em geral, recuperando e
equilibrado as células; Gera efeito direto nas funções
cardíacas e pulmonar; ajuda no tratamento da hipertensão e
é cicatrizante.
BRANCO • Passa a sensação de paz, pureza, limpeza e calma
CINZA 
• Significa neutralidade, elegância, sofisticação e ausência de
emoção, identificada como uma cor dotada de compostura,
solidez e estabilidade.
ESTRUTURA E MODULAÇÃO
Iniciou-se o estudo da modulação estrutural do projeto desde o inicio da sua concepção, foi definido uma padronização de 7,5 x 7,5 entre os pilares
para a adequação dos espaços internos na unidade hospitalar, cada vão foi pensando estrategicamente para propiciar melhores desenvolvimentos dos
layouts internos. O concreto armado, material utilizado na estrutura é uma solução mais durável e econômica, pois conta com matéria-prima com o custo
não muito alto e possui rapidez de construção, resistente ao fogo e as influencias atmosféricas, ao desgaste mecânico, ao choque e vibrações.
IMAGENS TRIDIMENSIONAIS 34
Recepção Geral – Acesso Paciente Externos e Visitantes.
IMAGENS TRIDIMENSIONAIS 35
Vista da Passarela - Acesso para Pacientes Internos e Visitantes para Capela. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 36
Atualmente, a maioria dos hospitais ao redor do mundo estão
enfrentando dificuldades para atender pacientes infectados pela COVID-19, essa
pandemia nos mostra a importância dos investimentos em oferta de serviços de
saúde e a relação com a arquitetura, de acordo com os estudos para propor
soluções funcionais de acordo com estratégias de fluxos interligadas com as
propostas estéticas e principalmente com a humanização dos ambientes.
Para Corbella (2003), uma pessoa está confortável em um ambiente
quando se sente em neutralidade em relação a ele. No caso dos edifícios
hospitalares, a arquitetura pode ser um instrumento terapêutico se contribuir
para o bem-estar físico do paciente com a criação de espaços que, além de
acompanharem os avanços da tecnologia, desenvolvam condições de convívio
mais humanas.
Portanto, o Hospital Memorial Dom Esperança, busca como o nome já diz,
trazer esperanças aos pacientes, constatando que a arquitetura humanizada não
é apenas uma questão estética e sim de saúde pública. Dar ao ser humano sua
devida importância dentro do contexto e proporcionar um ambiente que estimule
sua recuperação sempre será seu principal objetivo.
“Eu acredito que boa arquitetura não é apenas 
forma, porque isso é escultura. Boa 
arquitetura é a interação entre forma e vida.”
Jan Gehl
IMAGENS TRIDIMENSIONAIS 37
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA 38
Vasconcelos, Renata Thaís Bomm. 2004. Humanização de ambientes hospitalares: características arquitetônicas responsáveis pela integração
interior/exterior. < Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/87380 > Acessado em: 11 de junho de 2020.
Projeto de Hospitais pedem máxima integração entre Arquitetura e Saúde. Disponível em:< https://www.aecweb.com.br/revista/materias/projetos-de-
hospitais-pedem-maxima-integracao-entre-arquitetura-e-saude/16115> Acessado em:11 de junho de 2020.
ARCHTRENDPORTOBELLO. Arquitetura Hospitalar e a influência na saúde e bem-estar do paciente. Disponível em
https://archtrends.com/blog/arquitetura-hospitalar-e-influencia-na-saude-e-bem-estar-do-paciente/ Acessado em: 11 de junho de 2020.
IBSP. Instituto Brasileiro para Segurança de Pacientes . Conheça normas e portarias que hospitais não cumprem adequadamente. Disponível em <
https://www.segurancadopaciente.com.br/central_conteudo/conheca-normas-e-portarias-que-hospitais-nao-cumprem-adequadamente/ > Acessado
em> 12 de junho de 2020.

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