Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Sistema Endócrino - Resumo ● Endocrinologia é o estudo das glândulas endócrinas e de seus hormônios. Os hormônios são substâncias químicas que fazem o papel de “mensageiros”; ou seja, eles enviam “sinais, recados ou ordens” para outras células, inclusive bem distantes das glândulas produtoras. ● ►Chamamos de hormônios endócrinos aqueles que são jogados na corrente sanguínea e atingem os seus alvos em locais distantes do corpo. Os hormônios parácrinos desempenham suas ações em alvos localizados ao lado da glândula endócrina. Hormônios autócrinos agem diretamente na própria glândula que os produziu. ● ►De acordo com a sua composição química, os hormônios podem ser classificados em hormônios solúveis em lipídios (lipossolúveis) e hormônios solúveis em água (hidrossolúveis). ● ►O mecanismo que controla toda a produção hormonal é o feedback negativo. ● ►A relação entre o hipotálamo e a glândula hipófise é conhecida como eixo hipotálamo-hipófise. A hipófise é dividida em duas partes: adeno-hipófise (lobo anterior da hipófise) e neuro-hipófise (lobo posterior da hipófise). ● ►Para a adeno-hipófise, o hipotálamo produzirá os hormônios ou fatores de liberação ou de inibição que chegarão à região de adeno-hipófise por meio de vasos sanguíneos chamados de sistema porta-hipofisário. Já na parte da neuro-hipófise, corpos de neurônios situados no hipotálamo enviam os seus axônios até essa região, na qual ocorrerá a liberação de dois tipos hormonais. ● ►A adeno-hipófise é responsável pela produção de sete tipos de hormônios: hGH ou somatotropina ou hormônio do crescimento; TSH ou tireotropina ou hormônio tireoestimulante; FSH; LH; prolactina (PRL); ACTH ou corticotropina e hormônio estimulante de melanócitos (MSH). ● ►A neuro-hipófise armazena dois tipos de hormônios produzidos no hipotálamo: ADH (hormônio conhecido como antidiurético ou vasopressina) e ocitocina. ● ►ADH tem sua ação nos rins, fazendo com que haja retenção de líquido no corpo e, desse modo, diminui a produção de urina. Além disso, causa constrição das arteríolas sistêmicas, o que se reflete em elevação da pressão arterial e diminuição da sudorese. ● ►A ocitocina atua em dois tecidos-alvo: mamas e útero. No útero, há contração da musculatura no momento do parto e, nas mamas, ejeção para a saída do leite. ● ►O hGH e os IGF (fatores de crescimento semelhantes à insulina) atuam nos processos, crescimento e reparo tecidual, como as regenerações e cicatrizações. ● ►As células foliculares da tireoide produzem os hormônios tireoidianos: T3 ou tri-iodotironina e T4 ou tetraiodotironina ou tiroxina. Além de T3 e T4, outro tipo celular desta glândula produz um hormônio chamado calcitonina. ● ►O hipotálamo produzirá o TRH (hormônio liberador de tireotropina), o qual é excretado para o sistema porta-hipofisário e chegará à região de adeno-hipófise, na qual irá estimular a produção do TSH (hormônio tireoestimulante). Este será lançado na corrente sanguínea e alcançará o seu alvo: a glândula tireoide. Como visto anteriormente, a tireoide produzirá os hormônios T3 e T4. ● ►Para que haja a formação de T3 e T4, a tireoide precisa de duas substâncias químicas fundamentais: iodo e aminoácido tirosina. ● ►As principais ações dos hormônios da tireoide são: aumentar o metabolismo celular; estimular a produção de proteína; aumentar o consumo de glicose e lipídios para produção de ATP (energia); acelerar o crescimento corporal e o desenvolvimento do sistema nervoso. ● ►O aumento exagerado na produção de T3 e T4 resulta em hipertireoidismo. O hipotireoidismo é a baixa produção de T3 e T4, causando diminuição do metabolismo celular. ● ►Calcitonina: este hormônio tireoidiano é produzido pelas células parafoliculares e a sua principal função é fazer o controle do metabolismo do cálcio e do fosfato no corpo. ● ►Enquanto a tireoide produz a calcitonina para fazer a fixação do cálcio e fosfato nos ossos, as paratireoides produzem o PTH, que faz o contrário: a retirada do cálcio e do fosfato dos ossos e sua liberação no sangue, provocando a reabsorção óssea. ● ►Para que possamos obter o cálcio dos alimentos, necessitamos de vitamina D. Depois de ser fabricada na pele, a vitamina D vai para o fígado, no qual será transformada em 25-hidroxicolecalciferol. Em seguida, ocorrerá outra conversão, agora nos rins: 25-hidroxicolecalciferol transforma-se em 1,25-di-hidroxicolecalciferol ou calcitriol, a forma ativa da vitamina D. Assim, esta vitamina segue para o intestino delgado para absorver os íons cálcio. ● ►As glândulas suprarrenais apresentam uma parte central, a medula suprarrenal ou adrenal. A parte ao redor da medula recebe o nome de córtex suprarrenal ou adrenal. A medula é responsável pela produção de norepinefrina e, principalmente, epinefrina. Com relação ao córtex adrenal, essa região fabrica os hormônios esteroides corticais ou corticoides, divididos em três classes: mineralocorticoides, glicocorticoides e androgênios. O principal hormônio mineralocorticoide é a aldosterona e o principal glicocorticoide é o cortisol. ● ►O hipotálamo produz o hormônio liberador de corticotropina (CRH) e o libera no sistema porta-hipofisário. O CRH chega até a região de adeno-hipófise e estimula as células chamadas corticotrofos a produzir o ACTH (hormônio adrenocorticotrófico ou estimulante das glândulas suprarrenais). O ACTH é liberado na corrente sanguínea e atinge o córtex adrenal para que haja a fabricação dos seus hormônios. ● ►Os hormônios mineralocorticoides são chamados de hormônios “salva-vidas”, pois controlam a homeostase dos principais eletrólitos dos líquidos corporais: o sódio e o potássio. O principal hormônio mineralocorticoide é a aldosterona. Os efeitos da aldosterona consistem em: reabsorção ou retorno do sódio para o sangue, impedindo de ser eliminado na urina; reabsorção de cloreto e bicarbonato; secreção ou eliminação do potássio na urina; eliminação de ácido na urina, evitando a acidose sanguínea. ● ►O principal controle para produção e liberação da aldosterona é o sistema renina-angiotensina-aldosterona para o controle da pressão arterial. ● ►Os hormônios glicocorticoides afetam a homeostase da glicose. São considerados hormônios “anti-inflamatórios” por participarem do metabolismo e da resistência ao estresse. O principal hormônio glicocorticoide produzido pelas glândulas suprarrenais é o cortisol. Suas principais ações são: efeitos anti-inflamatórios e resistência ao estresse. ● ►Os androgênios são hormônios esteroides com efeitos masculinizantes. A desidroepiandrosterona (DHEA) é o principal androgênio produzido pelas glândulas suprarrenais. ● ►A função específica do hormônio estimulante de melanócitos (MSH) no organismo ainda não está elucidada totalmente. Sabe-se que o MSH produz escurecimento da pele, agindo nos melanócitos. ● ►No pâncreas, existem células que formam agrupamentos em que são produzidos os hormônios. Esses grupos de células são chamados de ilhotas pancreáticas ou ilhotas de Langerhans. Vários tipos celulares compõem essas ilhotas, e as principais são: células alfa, que produzem o hormônio glucagon, e células beta, que produzem o hormônio insulina. ● ►A homeostase da glicose é função dos hormônios pancreáticos, a insulina e o glucagon. ● ►No estado de jejum, quando a glicemia está baixa (hipoglicemia), o glucagon entra em ação e aumenta a glicemia. Após a elevação da glicemia, o mecanismo de feedback negativo inibe a produção do glucagon e estimula a produção e a liberação da insulina. No estado alimentado, quando a glicemia está alta (hiperglicemia), a insulina entra em ação, fazendo com que a glicose do sangue vá para dentro das células corporais para a produção de energia. ● ►O processo de transformação do glicogênio hepático (induzido pelo glucagon) em glicose é chamado de glicogenólise.Além da glicogenólise, o glucagon induz a produção de glicose no fígado, usando alguns componentes como o ácido láctico vindo dos músculos e alguns aminoácidos. Esse processo de produção de glicose no fígado é chamado de gliconeogênese. A transformação do excesso de glicose em glicogênio no fígado é chamada de glicogênese. A insulina é capaz de induzir o fígado a transformar o excesso de glicose do sangue em ácido graxo (gordura), processo denominado lipogênese. ● ►A insulina “sai” do vaso sanguíneo e se encaixa nos receptores de insulina localizados na membrana plasmática da célula. Com isso, ocorrem dentro da célula várias reações químicas que irão “estourar” a vesícula e liberar a GLUT. Assim, a GLUT sai do citoplasma e se implanta na membrana plasmática. Por ser uma proteína de canal, irá viabilizar a passagem da glicose do sangue (alta concentração) para o citosol (baixa concentração). Este transporte é chamado de difusão facilitada. ● ►Diabetes melito é uma síndrome que compromete as biomoléculas, afetando o metabolismo corporal. É caracterizado por glicemia alta constante, causada por falta de produção de insulina, células-alvo que não respondem aos hormônios ou ambas as situações. As principais complicações desta doença, se não tratada adequadamente, são: problemas de cicatrização, danos aos vasos sanguíneos e coração, olhos, rins e sistema nervoso. Os três principais sintomas do diabetes melito são: polifagia, polidipsia e poliúria. ● ►Existem dois tipos de diabetes: diabetes melito do tipo 1 (ou insulinodependente) e diabetes melito do tipo 2 (ou diabetes resistente à insulina). ● ►No diabetes melito do tipo 1, as células beta do pâncreas deixam de produzir o hormônio insulina, causando hiperglicemia constante. O tratamento é por meio de injeções de insulina. ● ►No diabetes melito do tipo 2, o paciente continua produzindo insulina normalmente. No entanto, quando a insulina se encaixa nos receptores das células-alvo, não ocorre resposta; ou seja, aquelas reações químicas intracelulares que liberam a GLUT não ocorrerão e, assim, a glicose não conseguirá entrar nas células. O tratamento deve incluir um rigoroso cuidado com a alimentação, por meio de reeducação alimentar e inclusão de atividade física diária. Existem alguns remédios usados no tratamento, tais como hipogliceminantes (sulfonilureias) e inibidores da α-glicosidase, que bloqueiam a digestão de carboidratos no intestino.
Compartilhar