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Direito Constitucional - Classificação da Constituição

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Aula 1 – Regime Especial de Direito Constitucional I
Critérios de classificação das constituições:
· Forma: escritas ou costumeiras (consuetudinárias);
· Conteúdo: materiais ou formais;
· Origem: promulgadas (democráticas) ou outorgadas (não democráticas);
· Modo de elaboração: dogmáticas ou históricas;
· Estabilidade: imutáveis, rígidas, flexíveis e semirrígidas;
· Extensão: sintéticas (breves) ou analíticas (extensas);
· Dogmática: ortodoxa ou eclética.
Não há um conceito exato de constituição, porém há conteúdos que necessitam ser abrangidos para que haja uma constituição. Ela deve definir a forma de estado, sua estrutura e seus direitos (Norma Materialmente Constitucional).
As normas formais não dizem respeito ao conteúdo da constituição, mas sim à sua forma (Aprovada como uma constituição pela Assembleia Constituinte).
Qualquer regra contida na Constituição será constitucional.
Conceito misto: EC nº 45/04 – só confere o status formal de constitucional para tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos (matéria), observadas as formalidades de aprovação (forma).
Supralegalidade: Tratados e normas que, em ordem de importância, estão acima das leis, porém abaixo da constituição.
Constituição Promulgada (democrática ou popular): resultam de um processo democrático de elaboração e aprovação, sendo resultado da expressão da vontade popular legítima, exercida por meio da formação de uma assembleia constituinte livremente eleita e autônoma.
Constituições brasileiras de 1891 (a primeira), de 1934 (democracia social), de 1946 (pós-Estado Novo) e a atual, de 1988.
Constituição Outorgada (não democrática): é a constituição imposta unilateralmente pelo agente revolucionário, que não recebeu legitimidade do povo para sua atuação, sem participação popular.
Carta Imperial Brasileira de 1934, Constituição do Estado Novo de 1937, Constituição de 1967/EC de 1969.
Constituição Cesarista: misto de outorgada e promulgada, quando o detentor despótico do poder submete a constituição por ele elaborada à aprovação popular, manipulando e induzindo a opinião pública.
Constituição francesa de 1852.
Constituição Dogmática: é elaborada por uma Assembleia Constituinte, em um único processo de formulação, como resultado intencionalmente cogitado.
Constituição Brasileira de 1988
Constituição histórica: constitui-se através de um lento e contínuo processo de formação, aproximando-se da consuetudinária.
Constituições Rígidas: exigem, para alteração, processo legislativo mais árduo e específico que aquele de normas não constitucionais.
Todas as Constituições brasileiras, menos a de 1824 Rigidez constitucional da CF/88: art. 60.
Constituições Flexíveis: o processo de alteração da Constituição é o mesmo de normas infraconstitucionais, inexistindo hierarquia entre a Constituição flexível e o restante do ordenamento jurídico.
Constituições Semirrígidas: é a Constituição tanto rígida quanto flexível, que determina que algumas matérias sejam alteradas conforme um processo mais dificultoso e específico, ao passo em que outras podem ser alteradas pelo processo de alteração legislativa comum.
Constituição Imperial de 1824 – art. 178: “É só constitucional o que diz respeito aos limites, e atribuições respectivas dos Poderes Políticos, e aos Direitos Políticos, e individuais dos cidadãos. Tudo, o que não é Constitucional, pode ser alterado, sem as formalidades referidas, pelas legislaturas ordinárias”.
Constituição Imutável: são aquelas que não permitem qualquer tipo de alteração.
Constituição Ortodoxa: é a formada por uma só ideologia.
Constituição soviética de 1877, Constituições chinesas
Constituição Eclética: é a composta de ideologia conciliatórias. Também pode ser entendida como compromissória, uma vez que pressupõe pactos/acordos entre variados entes sociais e políticos.
Constituição Brasileira de 1988.
Sintética (breve): veicula apenas os princípios fundamentais e estruturais do Estado – por não tratar de minúcias, é mais duradoura e mais estável – pretende-se principalmente a limitação do poder – forte perfil principiológico.
Constituição Estadunidense de 1787, com 7 artigos e 27 emendas.
Analítica (extensa): formada por textos longos, minuciosos, dotados de muitas regras para além dos princípios nela constantes. São mais constantemente reformadas, pois tiram do legislador ordinário um conjunto maior de matérias. Traduzem desconfiança em relação aos poderes constituídos, bem como a preocupação com a segurança de proteção a direitos e garantias.
Constituição Brasileira de 1988.
Classificações da Constituição Brasileira de 1988:
· Quanto à forma: Escrita
· Quanto ao conteúdo: Formal ou material, com tendência para um critério misto
· Quanto à origem: Promulgada
· Quanto ao modo de elaboração: Dogmática
· Quanto à estabilidade: Rígida
· Quanto à extensão: Analítica
· Quanto à dogmática: Eclética.