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ALUNA: Clara Gomes Barbosa Mattos Turma: 70A Microrganismo Doenças (infecções) associadas Epidemiologia, particularidades morfológicas, etc Diagnóstico Tratamento Pontos-chave Neisseria gonorrhoeae Em homens, geralmente ocorre uretrite, com pus espesso e amarelado, além de micção dolorosa. O processo pode estender-se ao epidídimo, porem pode ser assintomática. Em mulheres, a infecção primária é ob- servada no endocérvice e estende-se à uretra e à vagina, resultando em corrimento mucopurulento. Em seguida, pode progredir para as tubas uterinas, causando salpingite, fibrose e obliteração das tubas. Ocorre infertilidade em 20% das mulheres com salpingite gonocócica. A cervicite ou proctite gonocócica crônica é frequentemente assintomática. A endocardite gonocócica é uma infecção incomum, porém grave. Às vezes, os gonococos causam meningite e infecções oculares em adultos. Esses casos apresentam manifestações semelhantes às causadas por meningococos. A o almia neonatal gonocócica, uma infecção No Brasil o estudo epidemiologico dessa IST é dificultado pelos poucos estudos disponíveis, bem como seus resultados, que variam entre 0,7% e 18% de infecções por N. gonorrhoeae em homens e mulheres em diversos estudos realizados no país. A escassez de informação acerca da epidemiologia das infecções por Neisseria gonorrhoeae se deve ao fato de tais infecções não serem compreendidas na lista nacional de doenças e agravos de notificação compulsória. Porém a prevalência mundial das infecções por N. gonorrhoeae é a segunda mais alta dentre as IST bacterianas. Durante 2005 a 2008, o número mundial de casos reportados de infecções gonocócicas aumentou em 21%em adultos entre 15 e 49anos. Além disso, estimou-se que ocorreram Coleta de amostras para hemocultura, esfregacos e testes de amplificação dos ácidos nucleicos, que são os testes preferidos. Em geral, esses testes têm excelentes sensibilidade e especificidade em populações sintomáticas de alta prevalência. Entre as vantagens estão melhor detecção, resultados mais rápidos e a possibilidade de usar a urina como fonte de amostra. Devido aos problemas relacionados com a resistência da N. gonorrhoeae aos antimicrobianos, os Centers for Disease Control and Prevention (CDC) recomendam que pacientes com infecções genitais ou retais sem complicações sejam tratados com dose única de ceftriaxona (250 mg) intramuscular, ou 400 mg de cefixima oral em dose única. Recomenda-se uma terapia adicional com 1g de azitromicina por via oral em dose única, ou 100 mg de doxiciclina 2 vezes ao dia por 7 dias para a possível presença de infecção concomitante por Chlamydia. A azitromicina mostrou-se segura e eficaz em mulheres grávidas, mas a doxiciclina é contraindicada nesses casos A Neisseria gonorrhoeae é uma bactéria gram- negativa, aeróbia, na forma de diplococos "riniformes" ou "grãos de café", característica do gênero de Neisser. Esses diplococos medem 0,6nm por 1,0nm e apresentam- se aos pares, com faces côncavas adjacentes, ou seja, voltadas entre si.N. gonorrhoeae é antigenicamente heterogênea e tem a capa- cidade de modificar suas estruturas de superfície para evitar as defesas do hospedeiro. Possuem pili, que são constituídos de proteínas em forma de estaca chamadas pilinas, e ajudam na fixação do organismo nas células do hospedeiro. As pilinas de quase todas as cepas da N. gonorrhoeae são antigenicamente diferentes, e uma única cepa pode produzir muitas formas antigenicamente distintas de pilinas. ALUNA: Clara Gomes Barbosa Mattos Turma: 70A dos olhos do lactente, é contraída durante a passagem pelo canal do parto infectado. 106,1milhões de casos novos deinfecção por N. gonorrhoeaeem 2008 no mundo. Também possuem a proteína Por, que forma poros na superfície, através dos quais alguns nutrientes penetram o microorganismo, também podendo ser responsáveis por sua morte intracelular. Algumas outras proteínas presentes nesse gonococco são a Opa, a Rmp e a LOS. A toxicidade observada nas infecções gonocócicas deve-se, em grande parte, aos efeitos endotóxicos do LOS.Os gonococos exibem vários tipos morfológicos de colônias, mas apenas as bactérias dotadas de pili parecem virulentas. Neisseria meningitidis Podem fazer parte da microbiota transitória da nasofaringe sem causar sintomas. A partir da naso- faringe, os microrganismos podem alcançar a corrente sanguínea, causando bacteriemia; os sintomas podem assemelhar-se aos de infecção das vias respiratórias superiores. A meningococcemia fulminante é mais grave, com febre alta Os surtos e casos esporádicos no Hemisfério Ocidental, na última década do século , foram causados principalmente pelos grupos B, C, W-135 e Y. Os surtos no sul da Finlândia e em São Paulo, no Brasil, foram causados pelos grupos A e C; surtos na Nova Zelândiaforam causados por cepa Devem ser obtidas amostras de sangue para hemocultura, bem como de líquido cerebrospinal para esfregaço, cultura e determinações químicas. As culturas de material obtido com swab nasofaríngeo são apropriadas para detecção de portadores. O material obtido de petéquias por punção pode ser utilizado para esfregaço e cultura. Os anticorpos contra A penicilina G constitui o fármaco de escolha para o tratamento de indivíduos com doença meningocócica. Em indivíduos alérgicos às penicilinas, utilizam-se cloranfenicol ou uma cefalosporina de terceira geração, como cefotaxima ou ceftriaxona. Bactéria Gram-negativa diplococo, aeróbio, imóvel,13 sorogrupos de meningococos com base na especificidade imunológica dos polissacarídeos capsulares. Os sorogrupos mais importantes, associados a doença em seres humanos, são os A, B, C, X, Y e W-135.Os seres humanos constituem ALUNA: Clara Gomes Barbosa Mattos Turma: 70A e exantema hemorrágico; o paciente também pode apresentar coagulação intravascular disseminada e colapso circulatório (síndrome de Waterhouse- Friderichsen). A meningite constitui a complicação mais comum da meningococemia.Podem ocorrer miocardite intersticial, artrite e lesões cutâneas. Na meningite, as meninges apresentam inflamação aguda com trombose dos vasos sanguíneos e exsudação de leucócitos polimorfonu- cleares, de modo que a superfície do cérebro é recoberta por um espesso exsudato. particular do grupo B; os da África foram devidos principalmente ao grupo A. O grupo C e, em particular, o grupo A estão associados a doença epidêmica. polissacarídeos meningocócicos podem ser determinados por testes de aglutinação em látex ou hemaglutinação, ou pela sua atividade bactericida. os únicos hospedeiros naturais em que os meningococos são patogênicos Chlamydia trachomatis. C. trachomatis é responsável por infecções sexualmente transmissíveis, tais como cervicite, doença inflamatória pélvica, uretrite, epididimite, LGV (linfogranuloma venéreo) e proctite. Quando transmitida para neonatos a partir de parturientes infecta- das, pode provocar conjuntivite e pneumonia O controle dessa e de todas as doenças sexualmente trans- missíveis depende de práticas sexuais seguras e de diagnóstico e tratamento precoces dos indivíduos infectados. Assim, os Centers for Disease Control and Prevention (CDCs) O diagnóstico é é realizado por NAATs. Cultura ou AFD são utilizados para as síndromes pediátricas. O tratamento requer a administração de doxiciclina ou azitromicina. É essencial que as infecções por clamídias sejam tratadas simultaneamente em ambos os parceiros sexuais e na progênie para evitar a ocorrência de reinfecção. As tetraciclinas (p. ex., doxi- ciclina) são comumente utilizadas na uretrite não gonocócica e em mulheres infectadas nãográvidas. A As clamídias são microrganismos pequenos que se multiplicam no citoplasma das células hospedeiras, usando um ciclo de desenvolvimento bifásico.As partículas contêm antígenos de grupo termoestáveis fixadores do complemento, ALUNA: Clara Gomes Barbosa Mattos Turma: 70A eosinofílica. recomendam o rastreamento anual de todas as mulheres sexualmente ativas, com idades entre 25 anos ou mais jovens azitromicina mostra-se e eficaz, podendo ser administrada em mulheres grávidas. compartilhados com todas as outras clamídias. Além disso, contêm um dos três antígenos sorovariantes (Ll a L3), que podem ser identificados por imunofluorescência. Leptospira interrogans leptospiroses As principais fontes de infecção humana incluem ratos, camundongos, roedores silvestres, cães, porcos e gado bovino, animais que eliminam leptospiras na urina durante a doença ativa, bem como no estado de portador assintomático. As leptospiras permanecem viáveis na água estagnada por várias semanas, de modo que beber, nadar, tomar banho ou ingerir alimentos contaminados pode resultar em infecção humana. Os indivíduos com maior probabilidade de entrar em contato com água contaminada por ratos (p. ex., mineiros, pessoas que trabalham na limpeza de esgotos, fazendeiros e pescadores) Amostras podem ser colhidas para cultura, sorologia e exames microscópicos. Elas consistem em sangue coletado por técnica asséptica em tubo contendo heparina, LCS ou amostras de tecido para exame microscópico e cultura. A urina deve ser obtida com muito cuidado para evitar que se contamine. O soro é coletado para testes deaglutinação. O tratamento da leptospirose leve consiste em doxiciclina, ampicilina ou amoxicilina VO. A doença moderada ou grave deve ser tratada com penicilina ou ampicilina intravenosa. As espécies são, subclassificadas em mais de 200 sorotipos de L. interrogans. As leptospiras são espiroquetas flexíveis, delgados e altamente espiralados, de 5 a 15 micrômetros de comprimento. Elas obtêm energia a partir da oxidação dos ácidos gra- xos de cadeia longa e não podem utilizar os aminoácidos ou car- boidratos como principais fontes de energia. O envelope externo contém grandes quantidades de lipopolissacarídeo, cuja estrutura antigênica varia de uma cepa para outra. Tal variação forma a base da classificação sorológica das espécies de Leptospira, além de ALUNA: Clara Gomes Barbosa Mattos Turma: 70A correm maior risco de infecção. determinar a especificidade da resposta imunológica dos seres humanos às leptospiras. Helicobacter pylori gastrite antral, úlcera duodenal (péptica), úlceras gástricas, adenocarcinoma gástrico e linfomas do tecido linfoide associado à mucosa H. pylori é encontrado na mucosa gástrica de menos de 20% dos indivíduos com menos de 30 anos, mas sua prevalência au- menta para 40 a 60% dos indivíduos de 60 anos de idade, inclusive pessoas assintomáticas. Nos países em desenvolvimento, a prevalência da infecção pode atingir 80% ou mais em adultos. O diagnóstico de gastrite e infecção por H. pylori pode ser feito histologicamente. É necessário proceder a gastroscopia com biópsia. As colorações de rotina revelam a presença de gastrite, enquanto o método de Giemsa ou os corantes especiais de prata podem mostrar os microrganismos curvos ou espiralados. teste respiratório com ureia marcada, em que 13C ou 14C é ingerida pelo paciente. Na presença de H. pylori, a atividade da urease produz CO2 marcado, que pode ser detectado no ar exalado pelo paciente A terapia tríplice com metronidazol e subsalicilato de bismuto ou subcitrato de bismuto mais amoxicilina ou tetraciclina durante 14 dias erradica a infecção por H. pylori em 70 a 95% dos pacientes. A administração de um agente supressor de ácido durante 4 a 6 semanas acelera a cicatrização da úlcera. Os inibidores da bomba de prótons inibem diretamente o H. pylori e parecem constituir inibidores potentes da urease. O tratamento inicial preconizado é de 7 a 10 dias pela administração de um IBP, ou um tratamento quádruplo com IBP, metronidazol, tetraciclina e sais de bismuto por 10 dias. é um bacilo gram- negativo espiralado, oxidase e catalase- positivo, produtor de urease, As colônias são translúcidas, com 1 a 2 mm de diâmetro. Mycobacterium tuberculosis Tuberculose O risco de contrair a tuberculose é influenciado pela idade (alto risco no lactente e no idoso), desnutrição, estado imunológico do O teste cutâneo tuberculínico e o IGRAs podem ser empre- gados para o rastreamento de indivíduos infectados.O diagnóstico da turberculose requer baciloscopia e o isola- O pilar da terapia é o esquema inicial com quatro fármacos, isoniazida, rifampicina, pirazinamida e etambutol (INH, RMP, PZA e EMB) seguido por quatro Nos tecidos, os bacilos da tuberculose consistem em bastonetes retos e finos, medindo cerca de 0,4 x 3 μm. Em meios artificiais, são observadas formas ALUNA: Clara Gomes Barbosa Mattos Turma: 70A indivíduo, doenças coexistentes (p. ex., silicose, diabetes) e outros fatores de resistência do hospedeiro. A infecção ocorre em uma faixa etária menor nas popu- lações urbanas em comparação do que nas rurais. A incidência de tuberculose é particularmente elevada em uma minoria de indivíduos com infecção pelo HIV. A doença é de notificação compulsória no Brasil, eem 2019 foram notificados aproximadamente 4200 casos no estado de Minas Gerais. mento pela cultura do microrganismo. Testes de amplificação de ácidos nucleicos, como o PCR com baciloscopia positiva, são geralmente muito úteis. meses de INH e RMP. Casos de tuberculose multirresistente e XDR têm se tornado um grande problema de saúde pública mundial. cocoides e filamentosas, com morfologia variável de uma espécie para outra. As micobactérias não podem ser classificadas como microrganismos gram- positivos ou gram- negativos.A característica principal da infecção por M. tuberculosis é o granuloma, uma estrutura concêntrica que apresenta uma região central necrótica (necrose caseosa), envolvida por uma zona de células gigantes multinucleadas, monócitos, histiócitos e um anel externo de fibroblastos.O tempo de duplicação dos bacilos da tuberculose é de cerca de 1 8 horas. As formas saprofíticas tendem a crescer mais rápido, proliferam bem a 22 a 33oC, produzem mais pigmento e são menos acidorresistentes do que as formas patogênicas. Mycobacterium leprae Hanseniase O período de incubação é, provavelmente, de 2 a 10 anos. Sem profilaxia, cerca de 10% das crianças Os raspados de pele ou de mucosa nasal com bisturi ou uma amostra de biópsia da pele do lobo da orelha são As sulfonas, tais como a dapsona constituem a terapia de primeira linha para a hanseníase tanto tuberculoide ainda não foi cultivado em meios bacteriológicos artificiais. Os bacilos são frequentemente ALUNA: Clara Gomes Barbosa Mattos Turma: 70A expostas podem adquirir a doença. corados em lâmina pela técnica de Ziehl-Neelsen. Ademais o PCR também é útilizado para o diagnostico da doença quanto lepromatosa. A RMP ou a clofazimina é geralmente incluída no esquema inicial de tratamento. Outros fármacos ativos contra o M. leprae são a minociclina, claritromicina e algumas fluoroquinolonas. Os esquemas recomendados pela OMS são práticos. Podem ser necessários vários anos de terapia para se tratar adequadamente a hanseníase. encontrados no interior das células endoteliais dos vasos sanguíneos ou em células mononucleares. Quando bacilosda hanseníase humana (raspados de tecido nasal) são inoculados no coxim plantar de camundongos, desenvolvem-se lesões granulomatosas locais, com a multiplicação limitada dos bacilos. Mycoplasma pneumoniae Pneumonia M. pneumoniae se comporta como um patógeno respiratório, e é capaz de causar infecções endêmicas e epidêmicas. Os micoplasmas e ureaplasmas sãotransmitidos pelo contato genital ou oral- genital e podem ser igualmente transmitidos em associação com outros patógenos sexualmente ad- quiridos. Práticas sexuais seguras reduzem sua disseminação. Não existem vacinas para proteger contra qualquer um desses microorganismos O diagnóstico é clínico e confirmado por sorologia (títulos elevados de IgG or IgM), por NAATs ou ambos. Infecções por Mycoplasma não respondem a antibióticos B-lactâmicos. Tetraciclinas, macrolídeos e quinolonas são os antimicrobianos de escolha terapêutica. São da classe Mollicutes (bactérias sem parede celular), são relatadas mais de 200 especies dessa classe, porém apenas 16 estão associadas a infecções humanas. ALUNA: Clara Gomes Barbosa Mattos Turma: 70A ALUNA: Clara Gomes Barbosa Mattos Turma: 70A ALUNA: Clara Gomes Barbosa Mattos Turma: 70A ALUNA: Clara Gomes Barbosa Mattos Turma: 70A ALUNA: Clara Gomes Barbosa Mattos Turma: 70A ALUNA: Clara Gomes Barbosa Mattos Turma: 70A ALUNA: Clara Gomes Barbosa Mattos Turma: 70A
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