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ADAPTANDO ATIVIDADES: A INCLUSÃO DE ALUNOS COM TEA (TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA) DE FORMA VIRTUAL Camila Tereza da Silva Thalita Maciel Goulart SUMÁRIO INTRODUÇÃO ...................................................................................................................................................... 3 OBJETIVO ............................................................................................................................................................ 4 PRINCIPAIS DESCOBERTAS ................................................................................................................................... 4 Principais Descobertas #1 ........................................................................................................................... 4 Principais Descobertas #2 ........................................................................................................................... 4 Principais Descobertas #3 ........................................................................................................................... 4 METODOLOGIA .................................................................................................................................................... 4 CONCLUSÃO ........................................................................................................................................................ 4 REFERÊNCIAS ....................................................................................................................................................... 4 INTRODUÇÃO Elaboramos esse E-book para complementar nossa pesquisa acadêmica sobre a preparação do professor para receber e incluir crianças especiais em sala de aula do ensino regular, pois, acreditamos que esse é um dos grandes desafios da docência nos dias atuais. E com o distanciamento social, surge um novo desafio: o de fazer inclusão a distância É objetivo desse e-book, ajudar professores dos anos iniciais, que necessitem adaptar atividades de forma virtual para alunos com transtorno do espectro autista (TEA). Visando a compreensão e aprendizado do mesmo. Diante do cenário que estamos vivendo, em tempos de distanciamento social, escolas fechadas, e professores tendo que se reinventar, queremos com esse e-book dar ideias de como é possível sim, mesmo que de forma remota, alcançar seu aluno com TEA. Sabemos da importância de continuidade no desenvolvimento das crianças, em especial das que sofrem de alguma síndrome, transtorno ou deficiência. Vamos falar um pouco do transtorno do espectro autista e suas principais características e como podemos mesmo a distância, dar suporte para as famílias e as crianças. Para que não fiquem desamparadas nesse momento tão delicado e tão pouco, deixem de buscar o desenvolvimento escolar e social. OBJETIVO Auxiliar professores do ensino fundamental dos anos iniciais a adaptar atividades para crianças com Transtorno do Espectro Autista. Desenvolver o aprendizado e interação social a partir das atividades adaptadas de forma remota. Analisar melhores formas de adaptar atividades para que as famílias possam aplicar com as crianças. Buscar integração entre professor, aluno e família. Diminuir possíveis danos causados pelo distanciamento social na vida educacional e social dos alunos com TEA. O Desafio da Inclusão de Crianças com Transtorno do Espectro Autista em Tempos de Distanciamento Social Estamos vivendo um momento atípico na história, um momento de distanciamento social, escolas fechadas, aulas de forma remota, crianças dependendo das famílias para estudarem, sem contato com colegas ou professores. Com tudo isso acontecendo, surgiram alguns desafios para os professores. Que são o de como elaborar aulas de forma remota e atividades para que as famílias possam aplicar com as crianças. Além da falta de interação entre professor, aluno e colegas. Se a inclusão já era desafiadora, com o distanciamento, ela é ainda mais. Pais estão perdidos em como fazer a adaptação da “escola em casa,” isso é, quando podem estar presentes para auxiliar seus filhos nas atividades escolares. Pais de crianças autistas precisam de ainda mais atenção. Para professores preocupados com a inclusão e aprendizado de seus alunos com TEA, adaptar atividades de forma virtual ou a distância, não é tarefa fácil e requer além de muita dedicação, um forte vinculo com a família. Nesse momento, o apoio entre ambas as partes é essencial. Se não houver esse vinculo e parceria bem firmado, é muito difícil que essa criança se desenvolva de forma adequada. O professor vai entrar no ambiente da família para fazer o seu trabalho de desenvolver o aluno, e a família precisa estar disposta a colaborar com esse momento. Para participar e proporcionar o ambiente ideal para a aula ou atividade. O QUE DEFINE O AUTISMO? “O autismo é um transtorno neurológico caracterizado por comprometimento da interação social, comunicação verbal e não verbal e pelo comportamento restrito e repetitivo (grupo autismo, 2018, p.2). Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND Um dos símbolos do autismo é o quebra-cabeça, justamente por se tratar de uma síndrome complexa e ainda com poucas respostas da ciência, apesar dos estudos. Essas são caraterísticas comportamentais do Transtorno do Espectro Autista, mas, não quer dizer que todas as pessoas no Espectro apresentam todas essas características. Cada individuo dentro do TEA é diferente. Tem comportamentos e interesses restritivos e repetitivos diferentes. CARACTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS DO TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA ALGUNS PONTOS PRECISAM SER REFLETIDOS ANTES DE PENSAR COMO ADAPTAR ATIVIDADES PARA CRIANÇAS COM TEA Vamos falar de três principais pontos que devemos refletir, para só depois pensar em adaptar atividades. Crianças com Transtorno do Espectro Autista são diferentes umas das outras. O que define se uma pessoa tem TEA é a falta de interação e comunicação, e comportamento repetitivo e restritivo, ou seja, característica comportamental e social. Mas dentro do espectro, eles tem características e comportamentos diferentes. Portanto não temos uma receita pronta de como adaptar uma atividade. Esse processo deve ser avaliado de acordo com a individualidade de cada criança. Infelizmente existem muitos mitos em relação aos autistas. Alguns deles é que autistas não falam, não se comunicam, não gostam de contato físico e não são capazes de aprender ou socializar. A verdade é que existem autistas verbais e não verbais e apesar da dificuldade na comunicação, a comunicação, assim como a aprendizagem e socialização é perfeitamente possível. Com as intervenções feitas geralmente por uma equipe multidisciplinar de profissionais que trabalham em conjunto a fim de desenvolver essas habilidades. O pedagogo é um desses profissionais, outros são psicólogo, fonoaudiólogo, fisioterapeuta e terapeuta ocupacional. Em muitos casos onde a família não tem acesso a esses profissionais, o pedagogo vai ser o único profissional capaz que a criança terá contato. Primeiro ponto Segundo ponto Terceiro ponto COMUNICAÇÃO CONHECER INTERESSE PARCERIA FAMÍLIA E ESCOLA Primeiro ponto: Como é a comunicação entre você e seu aluno com TEA? O Transtorno do Espectro Autista é uma síndrome muito intrigante e muito complexa. As principais características que definem o autismo são a falta de interação social e comunicação, e o comportamento repetitivo e restritivo. Ou seja pessoas dentro do Espectro Autista tem grande dificuldade de interagir socialmente, fazer amigos, ou expressar suas emoções. Também de entender a emoção dos outros a sua volta e entender o que querem lhe dizer, ou que querem que faça. Por isso é muito trabalhado no autismo a questão da comunicação. É um mito dizer que toda pessoa no Espectro não fala ou não se comunica. Muitas vezes eles não sabem como fazer. Geralmente se faz uso de comunicação alternativa. As vezes com imagens que demonstram o comando paraque eles compreendam. Cartões para comunicação alternativa Fonte: file:///C:/Users/Win10/Desktop/download.html Pessoas dentro do Espectro Autista apresentam comportamentos repetitivos e restritivos. E muitos podem ser esses interesses ou comportamentos. Conhecer o seu aluno é fundamental, pois, o professor pode usar esse interesse para elaborar suas atividades. Por exemplo: se o seu aluno gosta de carros, sabe tudo de carros, e quer tudo de carros, você pode usar esse interesse e adaptar uma atividade. Onde vai gerar um interesse na criança e vai atrair sua atenção para a atividade proposta. Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND Segundo ponto: conhecer os interesses do seu aluno. Terceiro ponto: parceria entre família e escola. Em tempo de escolas tendo que se reinventar, professores com o desafio de aprender a dar aulas online, e crianças em casa sem o auxilio direto do professor, as famílias por sua vez ficam com a responsabilidade de proporcionar o momento adequado para que aconteça a aula virtual, ou desempenho das atividades enviadas pela escola. No caso de crianças autistas essa responsabilidade é ainda maior. Devido a dificuldade de interação e adaptação a novas rotinas que pessoas com autismo tem, é necessário um forte elo entre o professor, o aluno e a família. Pode ser feita uma rotina, se possível ou necessário com reforço visual, para que a criança possa se adaptar a nova realidade. Para que a aula virtual aconteça é preciso um ambiente propicio, com pouco ou sem outros estímulos, onde a criança possa de fato se envolver. Em casos de crianças autistas e com TDAH o que é bastante comum é ainda mais desafiador. Por isso o comprometimento não só do professor mas, daquele responsável pela criança no momento da aula é fundamental. Esta Foto de Autor Desconhecido está licenciado em CC BY-NC-ND Adaptando Atividades Inclusivas para Crianças com TEA(transtorno do Espectro autista) Agora que sabemos que não existe uma receita pronta na hora de adaptar atividades para crianças do espectro autista. E tendo refletido sobre os três pontos importantes que devemos considerar antes de propor atividades em casa. Vamos oferecer nesse e-book sugestões de adaptação de atividades que podem ser aplicadas com crianças autistas ou não. Atividades simples mas que podem trabalhar varias habilidades nas crianças. Esperamos que essas atividades inspirem os professores a criarem atividades para seus alunos. Na hora de adaptar uma atividade não olhe para a deficiência, mas, para o aluno. ATIVIDADE 1: (EF01LP04) Distinguir as letras do alfabeto de outros sinais gráficos. Essa atividade pode ser mediada pelo professor através de aula virtual ou pelos pais e cuidadores da criança. O material é simples de ser elaborado, em 20 minutos esta pronto. E nessa atividade trabalha-se pareamento, percepção visual, atenção e concentração. No decorrer da atividade deve-se enfatizar sempre o som da letra, para que a criança faça associação do som com o símbolo. Essa atividade pode ter algumas variações. Depois que a criança fizer o pareamento pode-se perguntar a ela: se ela consegue encontra a letra inicial do seu nome ou as vogais. O mediador pode falar uma letra aleatória e pedir que a criança encontre. Importante que o mediador enfatize o som da letra ao mostrar o símbolo . Atividade 2: (EF02LP10) Identificar sinônimos de palavras de texto lido, determinando a diferença de sentido entre eles, e formar antônimos de palavras encontradas em texto lido pelo acréscimo do prefixo de negação in-/im-. Nessa atividade o objetivo é apresentar a criança sinônimos de palavras já conhecidas por ela. Ampliando o vocabulário da criança. Primeiro apresenta-se as palavras e depois coloca elas em contexto por meio de frases ou contação de histórias. Essa atividade pode ser mediada através de aula virtual ou com o cuidador da criança em casa. Como recurso será utilizado cartões com as palavras e a historia ou frases para contextualizar a palavra. Fonte:https://i.pinimg.com/236x/65/dd/ea/65ddea02c823ca921f94fd60dc7cbf26.jpg Depois de apresentar as palavras para a criança o mediador vai contextualizar. Dando sentido a palavra. Ex.: a tarefa estava difícil, estava complicada. Crianças autistas tem dificuldade em assimilar muita informação ao mesmo tempo, então a explicação deve ser breve e objetiva. Atividade 3: (EF01MA06) Construir fatos básicos da adição e utilizá-los em procedimentos de cálculo para resolver problemas. Essa atividade também é simples e constrói o conceito de adição, pode ser adaptado para a subtração também. Aqui a criança pode utilizar um material para auxiliar na contagem. Pode ser palitos, peças de lego, ou outro material. Fonte:https://www.teacherspayteachers.com/Product/Addition-Clip-Cards-Addition-Activity-for-Adding-1-10-3372859 Seguindo a ideia da atividade anterior, aqui a contagem acontece com pequenos dinossauros, ou pequenos animais. E anteriormente falamos sobre usar o interesse da criança. Nesse exemplo o interesse é dinossauros, mas pode ser carros, animais, ou outro. O professor conhece seu aluno e seu interesse e usa dele para ensinar. Fonte: https://i.pinimg.com/564x/b4/67/57/b4675789889d58a430d1858bc15e9f4b.jpg Atividade 4:(EF01MA02) Contar de maneira exata ou aproximada, utilizando diferentes estratégias como o pareamento e outros agrupamentos. https://i.pinimg.com/564x/b4/67/57/b4675789889d58a430d1858bc15e9f4b.jpg Essa é uma atividade de estimulação auditiva e visual. Além de relacionar a quantidade ao símbolo do numeral. A criança joga um dado e o número que cai o dado é o numero do ovo que a criança deve quebrar. A atividade pode ser feita com mediação do professor por aula virtual ou com a família, se a criança tiver um irmão pode fazer junto é uma atividade simples e quando feita com outra criança trabalha o processo de espera. Ela quebra um e passa a vez para o outro. Muitas vezes crianças com TEA tem dificuldade em esperar em suas rotinas diárias. E esse exercício auxilia esse processo. Caderno de atividade adaptado de acordo com interesse da criança METODOLOGIA Como adaptar atividades para crianças com transtorno do espectro autista é uma questão muito especifica. O professor precisa conhecer seu aluno e seus interesses, usar esse interesse para auxiliar nas atividades. Elaborar atividades que envolvam esses interesses. Cada criança independente do ano escolar passa por um estagio de desenvolvimento diferente. Então não existe adaptar atividade sem pensar no aluno. Nas características e especificidades de cada um. As atividades propostas como exemplo nesse e-book são elaboradas com materiais simples, que as famílias devem ter em casa, a fim de tornar acessível a todos. Também o tempo empregado para construir material e executar a atividade não é muito extenso. Assim o responsável pela criança em casa pode elaborar o material de forma rápida, sem tomar muito tempo da sua rotina. E a criança não ficar entediada ou contrariada por estar cansada . Tudo será executado na casa do aluno, pode ser através de aula virtual ou não. Vai depender da escola e disponibilidade, condições de acesso a aula virtual da família. Caso não aconteça de forma virtual o responsável pela criança é que será o mediador da atividade. Mas independente da aula virtual o contato da família com o professor deve existir. Ate mesmo para tirar duvidas. Se possível além da aula coma turma toda, seria interessante um aula somente com o aluno. Esse processo de adaptação para atividades em casa vai acontecer enquanto durar a pandemia do corona vírus. CONCLUSÃO O autismo é um transtorno do desenvolvimento e cada individuo dentro do espectro possui caraterísticas diferente. Existem muitos mitos a cerca do autismo. Mas algo que temos que ter em mente é que todo aluno é capaz. Existem muitas habilidades para serem trabalhadas com essas crianças. Assim como em qualquer síndrome ou transtorno a criança tem direito ao desenvolvimento e socialização por meio da escola.E devido a pandemia do corona vírus para muitas crianças esse direito não esta sendo garantido. Para professores o desafio esta sendo enorme. Professores estão se reinventando. E para as famílias também é uma grande adaptação. Muitas soa as dificuldades enfrentadas. Por isso é importante que nãos e perca a confiança entra a escola e a família. Somente com o comprometimento da família o professor poderá desempenha o seu papel de desenvolver a criança. Devido as especificidades de cada criança que não podemos dizer de forma exata uma atividade para ser adaptada a criança autista. Isso não existe. O professor precisa conhecer a criança para saber o que precisa desenvolver. Talvez essa criança acompanhe a turma, talvez tenha um atraso no desenvolvimento, talvez seja não verbal. É impossível mostrar uma atividade que sirva para todas. Dicas para famílias: como envolver as crianças com as vídeo aulas e ati Vidades enviadas pela escola. REFERÊNCIAS CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; SILVA, Roberto da. Metodologia científica. São Paulo: Ed. Pearson, 2006. FERREIRA, Gonzaga. Redação científica: como entender e escrever com facilidade. São Paulo: Atlas, v. 5, 2011. MÜLLER, Antônio José (Org.). et al. Metodologia científica. Indaial: Uniasselvi, 2013. PEROVANO, Dalton Gean. Manual de metodologia da pesquisa científica. Curitiba: Ed. Intersaberes, 2016.
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