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INTERROGATÓRIO POR VIDEOCONFERÊNCIA

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Faça uma dissertação em 1,5 a 3 folhas, com indicação de fontes (referências bibliográficas) sobre INTERROGATÓRIO POR VIDEOCONFERÊNCIA.
O meio digital da videoconferência sempre despertou indagações contrárias em relação a sua efetivação no meio jurídico brasileiro. A prática consiste em uma relação comunicativa por meio virtual entre indivíduos ou grupos que estejam em locais diferentes. O recurso tecnológico eliminaria eventuais limitações que poderiam vir a surgir e facilitaria na decorrência do julgamento daquele que cometesse alguma infração, seja ela penal ou cível. 
O primeiro ato para utilizar a instrumentalidade desse recurso informativo e virtual foi consolidado por meio da edição da lei 11.819/2005, que verificou a aplicação permissiva do meio de aparelhagem de videoconferência nos procedimentos judiciais destinados ao interrogatório e á audiência de presos. Porém essa alternativa foi questionada pela Suprema Corte posteriormente por aferir na invasão da competência privativa da União para legislar sobre direito processual. 
Os princípios constitucionais do devido processo legal e da ampla defesa foram utilizados como motivos que levariam a sua violação, diante da utilização da videoconferência. É importante ressaltar que o acusado será disposto da presença do seu mediador, e não seria garantido o impedimento de alguma forma de coação ou tortura física caso sua presença não estivesse presente perante o tribunal. A relação do juiz e do acusado se tornaria de tal forma mecânica, e poderia ainda violar o principio da publicidade dos atos processuais. 
Posteriormente, personalidades do meio jurídico, buscaram meios em que a aplicação da videoconferência, meio utilizado por outros países, fosse utilizada em acordo com as normas constitucionais brasileira. Um projeto de lei (PSL/07) foi então proposto, não como forma obrigatória, mas em casos excepcionais, devendo o juiz fundamentar na sua decisão a necessidade da utilização do mecanismo. 
Assim sendo, depois de muita discussão, a lei 11.900 que normatiza essa especificidade, entrou em vigor em 09/01/2009, alterando os artigos 185 e 222 do código de processo penal, e acrescentando o art.222-a. A medida por videoconferência, eventualmente utilizada pelo juiz, possui as seguintes finalidades; de prevenir o risco a segurança pública e viabilizar a participação do réu no referido ato processual, quando houver alguma dificuldade de comparecimento ao juízo. 
O réu solto então é enquadrado na situação esporádica na sede do juízo, e o réu preso seria interrogado no estabelecimento que se encontra recolhido. O legislador se preocupa com a ordem pública e a possível fuga eminente do acusado, no caminho em que ele se designaria ao fórum. O magistrado deverá se atentar também a descrição concreta da situação em que o réu se encontra, para que seja aplicada a medida e não venham a surgir possíveis danos ao processo judicial em curso.
Desse modo, se for decidido a utilização da videoconferência, as partes deverão ser informadas da decisão com 10 dias de antecedência (art. 185, inciso 3) e deverá ser assegurado a comunicação com o seu defensor que esteja no presídio e o advogado presente na sala do fórum. Não sendo possível a videoconferência, mesmo com a decisão do magistrado de utilizá-lo, o réu deverá comparecer em juízo. 
A Lei que normatiza o uso desse meio digital, também abriu espaço para que testemunhas que residissem fora da comarca do juízo, fossem ouvidas por meio de videoconferência, podendo a prática ser exercida durante a audiência de instrução do julgamento (art.222, inciso 3). 
A celeridade de instrução do processo, juntamente com o direito do réu estar presente fisicamente perante o juiz é discutida até hoje por aqueles que buscam o aperfeiçoamento do curso do processo judicial e a garantia dos direitos essenciais a um julgamento justo. Porém, com a demonstração da expecionalidade da situação ser posta em prática, deixa claro a importância da presença do acusado para formação da sua convicção dos fatos. 
Porém, a adoção evidentemente da videoconferência, se intensifica no seu manejo fácil e proporcionalmente fático em um ordenamento jurídico que precisa se atualizar as realidades políticas, econômicas e sociais do seu país. O magistrado então deverá estar focado nas provas e caso o prejuízo do não comparecimento do réu em juízo, ou seja, o dano a defesa, seja evidente, a audiência pessoal deverá ser adotada. 
REFERÊNCIAS 
INTERROGATÓRIO por videoconferência. In: CARDOSO, Flávio. Interrogatório por videoconferência. 10.11.6. São Paulo: Jusbrasil, 2013. Disponível em: https://flaviocardosooab.jusbrasil.com.br/artigos/112232345/interrogatorio-por-videoconferencia. Acesso em: 30 jun. 2020.
A VIDEO CONFERÊNCIA no Processo Penal (Lei n° 11.900/09). In: LOURENCETTE , Lucas. A vídeo conferência no Processo Penal (Lei n° 11.900/09). 10.11.6. Rio Grande do Sul: DireitoNet, 2009. Disponível em:https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/6587/Avideoconferencia-no-Processo-Penal-Lei-n-11900-09. Acesso em: 30 jun. 2020.
INTERROGATÓRIO por videoconferência. In: PAIVA, Mário. Interrogatório por vídeo conferência. 10.11.6. Belém: Âmbito Jurídico, 2009. Disponível em: https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-65/interrogatorio-por-videoconferencia/. Acesso em: 30 jun. 2020.
INTERROGATÓRIO por videoconferência pode ferir o direito de defesa?. In: SOUZA, Luciano. Interrogatório por videoconferência pode ferir o direito de defesa?. 10.11.6. [S. l.]: OAB, 2018. Disponível em: http://www.oabsp.org.br/noticias/2018/09/interrogatorio-por-videoconferencia-pode-ferir-o-direito-de-defesa. Acesso em: 30 jun. 2020.

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