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INTRODUÇÃO AO AGRONEGÓCIO ESTRUTURA • 1 Da Agropecuária ao Agronegócio • 2 Conceito de Agronegócio • 3 Dimensões de Análise do Agronegócio REFERÊNCIA : Fundamentos de Agronegócio, Cap 01 ARAÚJO (2007) 1. Da Agropecuária (Setor Primário) ao Agronegócio Antes dos anos 50 - Agricultura e Pecuária • Técnicas de produção simples (preparo do solo, adubação, colheita, etc.) • Concentração da população no campo (80%) • Lenta evolução tecnológica (conservação de produtos, comunicação) e (logística-estradas precárias, armazéns insuficientes e meio de transporte), etc. 1. Da Agropecuária (Setor Primário) ao Agronegócio Antes dos anos 50 - Agricultura e Pecuária • Trabalhadores “versáteis” (múltiplas tarefas, aprendiam empiricamente com os erros) • Propriedades rurais pequenas, diversificadas (em termos de produtos) e auto-suficientes (responsável por todas as etapas da produção) • Produtores comercializavam para próprio sustento 1. Da Agropecuária (Setor Primário) ao Agronegócio Antes dos anos 50 - Agricultura e Pecuária • “Conceito de agricultura“ todo o conjunto de atividades desenvolvidas no meio rural, das mais simples às mais complexas, quase todas dentro das próprias fazendas 1. DA AGROPECUÁRIA (SETOR PRIMÁRIO) AO AGRONEGÓCIO A partir dos anos de 1950 - Agronegócio • Aumento da população urbana (de 20% para 70%) e redução da população rural (de 80% para 30%) • Problema: poucos para produzir para muitos • Consequência 01 ou imediata: Necessidade de desenvolver melhores técnicas – avanços tecnológicos: Produtividade Transporte Conservação • Consequência 02 - As propriedades rurais cada dia mais: • Perdem sua auto-suficiência - Setor agrícola e pecuário passa a depender de insumos e serviços fornecidos por segmentos externos; • A produção agropecuária se torna mais complexa - passa a depender de tecnologias, colheita cuidadosa, classificação e tratamento dos produtos, etc.; • Especializam-se somente em determinadas atividades; • Geram excedentes de consumo e abastecem mercados, cada vez mais distantes; • Consequência 02 - As propriedades rurais cada dia mais: • Necessitam de estradas, armazéns, portos, aeroportos, softwares, bolsas de mercadorias, pesquisas, fertilizantes, novas técnicas, tudo de fora da propriedade rural; • Enfrentam a globalização e a internacionalização da economia; • O termo ou conceito de “agricultura” ou “setor primário” perde sentido; • SURGE O CONCEITO DE AGRONEGÓCIO (AGRIBUSINESS, COMPLEXO AGROINDUSTRIAL, SISTEMA AGROINDUSTRIAL) 2 CONCEITO 2.1. Agribuseness (várias definições) É o conjunto de todas as operações e transações envolvidas desde a fabricação dos insumos agropecuários, das operações de produção nas unidades agropecuárias, até o processamento e distribuição e consumo dos produtos agropecuários 'in natura' ou industrializados" 2 CONCEITO 2.2. Agronegócio (várias definições) É o sistema composto por todas as operações que envolvem o processo de produção, processamento, armazenamento, distribuição e comercialização de insumos e produtos agropecuários e agroflorestais (CASTRO, 2000). •Conceito engloba todos os “agentes envolvidos” na geração e no fluxo dos produtos agropecuários e agroflorestais até o consumidor final. •Agentes ou Setores Envolvidos (a montante e a jusante): i) Os fornecedores de bens e serviços; vii) Consumidores ii) Os produtores; viii) Serviços complementares (public.) iii) Transformadores; iv) Acondicionamento; v) Armazenamento; vi) Distribuição. •Alguns autores (Araújo, Wedekin e Pinazza, 1990) complementam que também participam do Agronegócio outros agentes como o governo (via políticas púbicas), as entidades financeiras ( bolsas de mercadorias), etc. 3. DIMENSÕES DE ANÁLISE QUESTÃO 01 • POR QUE ESTUDAR AGRONEGÓCIO? • Evolução da economia levou a produção em grandes volumes + Especificidades da produção Agropecuária = Sistema Complexo de produção agropecuária • Quais especificidades? Especificidades da produção agropecuária. 1 Sazonalidade da produção - implicações: variações de preços (mais elevados na entre safra e mais baixos nos períodos de safra); necessidade de infraestrutura de estocagem e conservação; períodos de maior utilização de insumos e fatores de produção. 2 Influência de fatores biológicos: doenças e pragas - implicações: Diminuem a quantidade produzida e a qualidade dos produtos; pragas ou doenças podem ser levadas para outros locais 3 Perecibilidade rápida • Devido a essas especificidades , a produção agropecuária em grande volume passou a exigir o envolvimento de MUITOS segmentos da economia, tornando- se muito mais complexo que a produção agropecuária propriamente dita; • Passou a ser necessário um conhecimento maior do processo de produção em fatores e etapas de produção específicos como a tecnologia (utilização e desenvolvimento), de como fazer uma colheita cuidadosa, da classificação e tratamento dos produtos, etc. • PENSAR A PRODUÇÃO AGRÍCOLA, PECUÁRIA E FLORESTAL COMO UM SISTEMA OU “AGRONEGÓCIO” TORNOU-SE FERRAMENTA INDISPENSÁVEL PARA OS AGENTES PÚBLICOS OU PRIVADOS ENTEDEREM E DESENVOLVEREM AS MELHORES POLÍTICAS E FORMAS DE GERIR OU ADMINSTRAR ESTAS ATIVIDADES 3. DIMENSÕES DE ANÁLISE QUESTÃO 02 • COMO ESTUDAR ESTE “SISTEMA” OU COM QUAL MÉTODO? O MÉTODO USADO PARA O ESTUDO DO AGRONEGÓCIO SE RESUME EM DOIS PRINCIPAIS ENFOQUES TEÓRICOS QUE DIVIDEM A ANÁLISE EM DUAS DIMENSÕES: 3.1 Visão Sistêmica do Agronegócio ou Enfoque de Sistema de Commodities - CSA (Agribusiness Commodity System) – EUA, 1957. 3.2 Visão ou Enfoque de Cadeias de Valor (Ou Cadeia Agroalimentar) - França, 1968. 3.1 A Visão Sistêmica do Agronegócio ou CSA • Desenvolvido inicialmente por Davis e Goldberg, (1957-1968) a partir da compreensão do agronegócio como um “Sistema Agroindustrial” que engloba todas as atividades ou segmentos denominados “antes da porteira” (a montante da produção), “dentro da porteira”, e “após a porteira” (a jusante da produção), ONDE: 3.1 A Visão Sistêmica do Agronegócio ou CSA • Compreende o agronegócio como um “Sistema Agroindustrial” que engloba todas as atividades ou segmentos que atuam “antes da porteira” (a montante da produção), “dentro da porteira”, e “após a porteira” (a jusante da produção), ONDE: SISTEMA AGROINDUSTRIAL ANTES DA PORTEIRA 1 Produção e disponibilização de insumos 2 Prestação de serviços ao agronegócio DENTRO DA PORTEIRA 1 Atividades Agrícolas 2 Atividade Pecuárias 3 Transformação 4 Serviços APÓS A PORTEIRA 1 Agroindústrias 2 Comercialização: agentes e canais 3 Logística A) SEGMENTOS ANTES DA PORTEIRA i) Produção e disponibilização de insumos • Inclui as atividades voltadas para produção de máquinas, equipamentos, fertilizantes, melhoramento genético, medicamentos veterinários, etc. ii) Prestação de serviços voltados ao agronegócio • Inclui as atividades desenvolvidas por instituições que atuam no mercado buscando conhecer o ambiente econômico e institucional do agronegócio, bem como desenvolver novas tecnologias (serviços) que permitam um funcionamento eficiente do setor. • Exemplo: instituições que, em geral, atuam antes da porteira: EMBRAPA, MAPA, UNIVERSIDADES; BANCOS, ETC. • Serviços prestados: análises laboratoriais de sementes; concessão de créditos e financiamentos para o meio rural, capacitação de recursos humanos, etc. B) SEGMENTOS DENTRO DA PORTEIRA – envolve atividades produtivas “propriamente ditas”. Está dividido em 4 subsetores principais: i) Atividades agrícolas • Inclui o preparo e manejo do solo, podas e colheita e atividades pós-colheita dentro da propriedade (transporte interno, armazenamento, classificação, etc.) ii) Atividades pecuárias • Inclui diversos tipos de rebanhos, cada um com suas particularidades de acordo com a espécie (bovinocultura, avicultura, suinocultura, etc.) • Podem ser desenvolvidas de 3 formas: a) Sistemas intensivos – Ex. Confinamento de gado Envolve mais tecnologia, maior volume decapital imobilizado, alimentação preparada, acompanhamento contínuo de especialistas, etc. b) Sistemas extensivos – Envolve grandes áreas nas quais os rebanhos são mantidos soltos. Necessidade de menos recursos em relação ao anterior mas tem produtividade menor. c) Sistemas semi-intensivo – configurações híbridas iii) Atividades de transformação • Incluem o processamento e modificação das matérias primas dentro das propriedades produtoras (Fruta - polpa de frutas), bem como o transporte, o armazenamento, etc. Também envolve a necessidade de tecnologia, recursos financeiros, etc. iv) Serviços (produtos intangíveis) • As principais atividades de serviço desenvolvidas “dentro da porteira” no agronegócio são: a) Turismo rural (visitas a vinícolas, sítios históricos, festivais, rodeios) b) Consultoria/assessoria (tudo que auxilia na otimização dos uso dos recursos, abertura de novos mercados, treinamento de pessoal, etc.) c) Suporte técnico/laboratorial (assistência técnica de máquinas e equipamentos; exames de análise da composição dos solos, etc.) C) SEGMENTOS “DEPOIS DA PORTEIRA” • Neste segmento estão todas as atividades relacionadas ao processamento, distribuição e comercialização dos produtos agroindustriais até que eles cheguem aos consumidores finais. Por isso, envolve diferentes tipos de agentes econômicos, como comércio, agroindústrias, prestadores de serviços, governo e outros. • Está dividido em 3 subsetores i) Agroindústria ii) Comercialização iii) Logística i) As Agroindústrias • Unidades empresariais que são responsáveis pelas etapas de beneficiamento, processamento e transformação de produtos agropecuários in natura até a embalagem (prontos para comercialização). Podem ser: Agroindústrias não alimentares: como fibras, couros, calçados, óleos vegetais não comestíveis e outras; Agroindústrias alimentares: voltadas para a produção de alimentos (líquidos e sólidos), como sucos, polpas, extratos, lácteos, carnes e outros. Muitos mais complexas. Na etapa de beneficiamento – o produto recebe um tratamento que não altera suas características, ou seja, NÃO HÁ TRANSFORMAÇÃO, HÁ APENAS UMA MELHORIA NA FORMA DE APRESENTAÇÃO. EXEMPLO: seleção, classificação, lavagem, polimento, embalagem de frutas e hortaliças. O processamento - são cuidados especiais efetuados nos produtos, que os tornam prontamente disponíveis aos consumidores e garantem melhor qualidade. EXEMPLO: hortaliças picadas, polpas de fruta, água de coco natural envasada, etc. A etapa de transformação – leva a obtenção de produtos diferentes, com base em produtos in natura EXEMPLO: fabricação de cachaça, obtida pela destilação diretamente do caldo de cana-de-açúcar fermentado; confecção de calçados a partir de couros devidamente curtidos, etc.. ii) A Comercialização • Os Canais de Comercialização - os "caminhos" percorridos pelos produtos Variam de acordo com cada produto e região Envolvem diferentes agentes comerciais (ou intermediários); e demandam diferentes infraestruturas de apoio (logística). • Araújo identifica *8 (7) níveis em que ocorrem a comercialização 1 Produtores rurais 2 Intermediários (primários, secundário...) 3 Agroindústrias 4 Representantes, distribuidores e vendedores 5 Outras Formas de Comercialização ( Atacadistas, centrais de abastecimento, bolsas de mercadoria, internet, etc.) 6 Supermercado, feira livres 7 Importação Consumidor final NÍVEL 1: Os produtores rurais • Podem ofertar seus produtos em todos os níveis da comercialização, inclusive diretamente aos consumidores. • Na prática não é bem assim que acontece. O mais freqüente é cada produtor fixar-se a um dos níveis, dependendo do produto, da localização, do tamanho do produtor, da época do ano, etc. • A predominância é a venda direta aos intermediários primários. NÍVEL 2: Os intermediários • Pessoas ou empresas que compram os produtos dos agropecuaristas e os repassam para outros níveis da comercialização, ou mesmo para outros intermediários maiores. • São mais capitalizados do que cada produtor individualmente e mais bem informado sobre a situação do mercado (ou pelo menos passa essa imagem). • Em geral, estabelecem os preços dos produtos e suas operações são de pouco risco (sabem quanto, onde e quando comprar, para quem e quanto vender e preço de venda), embora não haja contratos formais na compra e na venda**. NÍVEL 3: Agroindústrias, Mercado do Produtores e Concentradores • Agroindústrias - beneficiam, processam ou transformam produtos, adquiridos diretamente dos produtores ou de intermediários. • Mercado dos Produtores – local próximo à produção, dotado de infraestrutura (construções, equipamentos e serviços diversos) cujo objetivo é concentrar os produtores, informá-los sobre a situação de mercado e oferecer-lhes outros serviços (como seleção, classificação, beneficiamento e embalagem de produtos) NÍVEL 3: Agroindústrias, Mercado do Produtores e Concentradores • Os concentradores - são intermediários de maior porte, que geralmente atuam mais no atacado, comprando produtos diretamente dos Agropecuaristas. operam com compradores e/ou vendedores em mercados dos produtores ou com agroindústrias e repassam os produtos para os níveis seguintes da comercialização. NÍVEL 4: Representantes Comerciais, Distribuidores e Vendedores • Todos têm objetivos similares: repassar produtos (dos quais geralmente não são proprietários) ofertados em maiores quantidades e a serem comercializados em diversos pontos comerciais. NÍVEL 5: Outras Formas de Comercialização • Atacadistas - grandes empresas, que compram produtos em todos os níveis anteriores e os repassam para os níveis seguintes, assumindo todos os ônus de compra, venda e distribuição dos bens, e podem atingir diretamente o consumidor. • Centrais de abastecimento regionais - idealizadas dentro do mesmo modelo que os mercados do produtor, com a função de encurtar as distâncias entre produtores e consumidores, para beneficiar a ambos em preços e qualidade dos produtos. NÍVEL 5: Outras Formas de Comercialização • Bolsas de mercadorias e Futuros • Governo - feita sobretudo pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que atua com vários instrumentos. Os mais conhecidos são: a fixação e a garantia de preços mínimos para alguns produtos, os Empréstimos do Governo Federal, aquisições, leilões, etc. • Internet - modalidade comercial nova que ganha espaços e tende a crescer. Muitas empresas já utilizam. NÍVEL 6: • Segmentos para o Comércio Internacional (Exportação). • Segmento de Comercialização Direta com o Consumidor: supermercados, feiras livres e pontos-de-venda (armazéns, lojas de conveniências, mercadinhos, açougues e outros). NÍVEL 7: Segmentos Importador • Interfere diretamente em toda a comercialização interna, visto que, os produtos importados percorrem caminhos bastante similares aos produtos nacionais a partir do nível 3 (algumas agroindústrias e concentradores), porém, interferem mais a partir do níveis em que estão os atacadistas e supermercados. iii) A Logística** • É um modo de gestão que cuida especialmente da movimentação dos produtos, nos diversos segmentos dentro de toda a cadeia produtiva de qualquer produto. • Envolve o fluxo do conjunto de produtos em todas as atividades a montante (antes da porteira), durante o processo produtivo (dentro da porteira) e a jusante (após a porteira). • Trata de todas as etapas de movimentação e armazenagem que facilitam o fluxo de produtos. • Identifica as características dos produtos para definir a melhor forma de manejo, embalagem, estocagem e transporte da origem até o destino final. • É parte importante do agronegócio, visto que ele está cada vez mais globalizado, o que exige serviços de transportes cada vez mais eficientes principalmente para produtos perecíveis. • **Será analisado mais detalhadamente no ponto 2.1 Gestão Empresarial • A partir de 1990 esta visão do agronegóciocomo um sistema evolui e em 1993, a Associação Brasileira da Indústria da Alimentação (ABIA) concebe dois diferentes sistemas: • Sistema Agroalimentar (SAA) Conjunto das atividades que concorrem à formação e à distribuição dos produtos alimentares e, em consequência, cumprem a função de alimentação; • Sistema Agroindustrial Não Alimentar atividades que concorrem à obtenção de produtos oriundos da agropecuária, florestas e pesca, não destinadas à alimentação mas aos sistemas energético, madeireiro, couro e calçados, papel, papelão e têxtil. Visão Sistêmica do Agronegócio (CSA) Vantagens: Permite entender que existe uma interdependência entre os segmentos do Sistema Agroindustrial. Desafio: é necessários conhecer as inter-relações entre os segmentos para que sejam indicados os requisitos certos para melhorar sua competitividade e sustentabilidade. Desvantagem: é difícil delimitar as atividades características de cada segmento Problema: Como fazer isso olhando para todo o sistema (complexo)? 3.2 A Visão de Cadeias de Valor (Ou Cadeia Agroalimentar). • O reconhecimento da necessidade de se conhecer as inter-relações que se estabelecem entre os segmentos do agronegócio levou a aplicação do conceito de “Cadeias Produtivas” . • Este conceito surgiu na França, mais precisamente na Escola Francesa de Organização Industrial na década de 1960. PARA CONHECIMENTO: • O CONCEITO DE CADEIA PRODUTIVA AGROINDUSTRIAL Delimitado em 1968 por Louis Malassis (um dos principais representantes da escola francesa) Cadeia Produtiva Agroindustrial (Agroalimentar) é a reunião das indústrias voltadas para a agricultura, e das indústrias alimentares, com o setor agrícola (para produzir um produto final). i) O CONCEITO DE CADEIA PRODUTIVA É a sequência de operações articuladas que levam à produção de bens. Esta articulação é amplamente influenciada pelas possibilidades tecnológicas e é definida pelas estratégias dos agentes. Estes possuem relações interdependentes e complementares, determinados por forças hierárquicas (relações verticais) (MORVAN, 1985). É a sucessão de atividades, ligadas verticalmente, necessárias à produção de um ou mais produtos correlacionados (MONTIGAUD, 1991). Deve-se entender uma cadeia de produção como a sequencia de atividades necessárias para a transformação de UM INSUMO básico em UM PRODUTO FINAL destinado ao consumo. ii) CADEIA PRODUTIVA X CADEIA DE VALOR A visão ou conceito de cadeia produtiva, como concebida, leva à possibilidade de não incluir, segmentos econômicos, após a produção. Então, foi introduzido o CONCEITO MAIS AMPLO DE CADEIA DE VALOR, que engloba todos os segmentos até o produto chegar ao consumidor e que inclua as agregações de valores em cada segmento, as fases de comercialização, a distribuição etc. OBSERVAÇÃO: A IMPORTÂNCIA DO CONCEITO DE CADEIA DE VALOR NO AGRONEGÓCIO Ao construirmos uma cadeia produtiva de um produto final, identificamos os inúmeros encadeamentos existentes entre os agentes econômicos responsáveis pelas operações técnicas, comerciais e logísticas. Isto permite organizar estes agentes de forma hierárquica dentro da cadeia. Como é definida a hierarquia? Atividades mais importantes Capacidade de agregação de valor ao produto final CADEIA DE PRODUTIVA DO MEL • O DESENVOLVIMENTO DO CONCEITO DE CADEIA DE VALOR OU CADEIA PRODUTIVA AGROINDUSTRIAL INTRODUZ AO ESTUDO DO AGRONEGÓCIO NOVOS CONCEITOS: iii) COMPLEXO AGROINDUSTRIAL Conceito associado a uma matéria prima, por exemplo, o leite = complexo agroindustrial do leite. Complexo Agroindustrial é o conjunto de cadeias de produção agroindustriais, com cada uma delas estando associada a um produto final ou família/linha de produtos finais (BATALHA; SILVA apud BATALHA, 2001). Assim, no COMPLEXO AGROINDUSTRIAL DO LEITE, podem ser identificadas a cadeia de produção do leite UHT, do requeijão, do iogurte, da margarina entre outros. Observação: a cadeia produtiva de um produto em uma região não precisa ser igual (ter os mesmos elos) a cadeia de outra localidade. NÍVEL DE ANÁLISE PONTO DE PARTIDA PARA PESQUISA/ESTUDO CADEIA PRODUTIVA (OU CADEIA DE VALOR) UM PRODUTO FINAL OU UMA FAMÍLIA DE PRODUTOS FINAIS COMPLEXO AGROINDUSTRIAL UMA MATERIA PRIMA DE BASE AGRONEGÓCIO i) DELIMITAÇÃO DE ESPAÇO OU GEOGRÁFICA ii) UMA MATÉRIA PRIMA DE BASE E /OU iii) PRODUTO FINAL (OU FAMÍLIA DE PRODUTOS) FONTE: BATALHA (2001) OUTROS CONCEITOS ASSOCIADOS AO ESTUDO DO AGRONEGÓCIO • Os conceitos de CLUSTER e APL • São conceitos associados a questões de interações econômicas para competitividade (Cluster) e interações econômicas para desenvolvimento econômico/social (APL). CLUSTER • É um grupo econômico constituído por empresas instaladas em determinada região, líderes em seus ramos, apoiado por outras que fornecem produto e serviços, ambas sustentadas por organizações que oferecem profissionais qualificados, tecnologias de ponta, recursos financeiros, ambiente propício para negócios e infra-estrutura física. Todas estas organizações interagindo. • Se preocupa em mostrar as integrações e inter-relações entre cadeias produtivas (de produtos iguais ou diferentes), em um espaço delimitado (região). APL • São aglomerações territoriais de AGENTES ECONÔMICOS, POLÍTICOS E SOCIAIS, com foco em um conjunto específico de atividades econômicas que apresentam vínculos mesmo que incipientes. • Envolve a participação e a interação de empresas e suas variadas formas de representação e associação. Estas empresas podem ser desde produtoras de bens e serviços finais até fornecedoras de insumos e equipamentos, prestadoras de consultoria e serviços, comercializadoras, entre outras • Inclui também diversas outras instituições públicas e privadas voltadas para formação e capacitação de recursos humanos (como escolas técnicas e universidades); pesquisa, desenvolvimento e engenharia; política, promoção e financiamento. • O FOCO DO ESTUDO DO APL É: entender melhor determinada localidade e buscar promover desenvolvimento local (é um aprofundamento da visão de cluster) NÍVEL DE ANÁLISE PONTO DE PARTIDA PARA PESQUISA/ESTUDO CADEIA PRODUTIVA (OU CADEIA DE VALOR) UM PRODUTO FINAL OU UMA FAMÍLIA DE PRODUTOS FINAIS COMPLEXO AGROINDUSTRIAL UMA MATERIA PRIMA DE BASE AGRONEGÓCIO i) DELIMITAÇÃO DE ESPAÇO OU GEOGRÁFICA ii) UMA MATÉRIA PRIMA DE BASE E /OU iii) PRODUTO FINAL (OU FAMÍLIA DE PRODUTOS) CLUSTER EMPRESAS INSTALADAS EM DETERMINADA REGIÃO QUE SÃO LÍDERES EM SUAS ATIVIDADES APL (ASPL) DELIMITAÇÃO ESPACIAL, ATIVIDADE ECONÔMICA ESPECÍFICA FONTE: BATALHA (2001); ARAÚJO (2007) FIM
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