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Roteiro, modelo e caso - Embargos de declaração

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EMBARGOS DE DECLARAÇÃO
- Arts. 1.022 ao 1.026, NCPC –
1 - Cabimento do recurso: nos termos do art. 1022, cabem embargos de declaração contra QUALQUER decisão judicial (sentença, acórdão ou decisão interlocutória) para:
- esclarecer obscuridade;
- eliminar contradição;
- suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento.
Ou seja, os casos de omissão, agora, não se resumem 
àqueles em que foi pedido e não decidido, mas também aqueles que o juiz deveria ter se pronunciado de oficio e não o fez). 
ATENÇÃO: também se considera omissa a decisão nos casos do parágrafo único do art. 1.022, quais sejam: decisão que não acolhe tese firmada em recurso repetitivo ou em incidente de assunção de competência; e decisão que incorra em qualquer das hipóteses do art. 489, §1o – higidez da motivação da sentença.
- corrigir erro material.
2 – Procedimento: petição escrita, em 5 dias úteis, contados da intimação da decisão, dirigida ao juiz (leia-se: juízo), com a indicação do erro, obscuridade, contradição ou omissão, não estando sujeito a preparo – art. 1.023. 
3 – Efeitos: 
- não devolutivo ou iterativo (apreciados pelo próprio juízo recorrido); 
- não suspensivo (art. 1.026, caput e §1º - suspensivo só ope judicis);
- interruptivo (art. 1.026, caput - interrompe o prazo para a interposição de outros recursos, por qualquer das partes, inclusive nos JEC’s – nova redação dada pelo art. 1.065 do NCPC ao art. 50 da Lei n. 9.099/95). 
4 – Resposta: não há oportunidade para oferecimento de contrarrazões pelo embargado, exceto se os embargos produzirem efeito modificativo (ou infringente), quando então ele disporá, para tanto, do mesmo prazo da oposição, qual seja, 5 dias (art. 1.023, §2º).
5 – Embargos declaratórios protelatórios: quando os embargos forem manifestamente protelatórios, o juiz ou o tribunal, declarando que o são, condenará o embargante a pagar ao embargado, multa não excedente de 2% sobre o valor atualizado da causa. No caso de reiteração de embargos protelatórios, a multa pode ser elevada a até 10%, ficando condicionada a interposição de qualquer outro recurso ao depósito do valor respectivo, exceto no caso da Fazenda Pública e do beneficiário da assistência gratuita, que, no caso, poderão recolhê-la no final (art. 1.026, §§ 2º e 3º). O §4º do art. 1.026 limita o número de embargos protelatórios em até 2, impedindo a interposição de terceiro recurso. Embargos declaratórios para fins de prequestionamento não são considerados protelatórios (Sum. 98, STJ).
MODELO (embargos de declaração)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___VARA CÍVEL DA COMARCA DE _____ 
(ou) 
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR ______________, RELATOR DA APELAÇÃO CÍVEL Nº _____________, EM TRÂMITE PELA ____ª CÂMARA CÍVEL DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE GOIÁS.
Processo nº. ______
Fulano de Tal, já qualificado nos Autos da Ação XXX, em que contende com Sicrano de Tal, também já qualificado nos autos, à vista da r. sentença (ou decisão interlocutória, ou acórdão) de fls. XX, vem, por seu advogado que esta subscreve, com todo o respeito e acatamento, com fundamento nos arts. 1.022 a 1.026 do NCPC, opor EMBARGOS DE DECLARAÇÃO (COM EFEITOS INFRINGENTES, se for o caso) conforme segue:
1. PRELIMINARMENTE – DA CONCESSÃO DE EFEITO SUSPENSIVO (se for o caso, demonstrar os requisitos do §1º do art. 1.026, NCPC)
2. DA OMISSÃO (ou DA OBSCURIDADE, CONTRADIÇÃO, OMISSÃO ou ERRO MATERIAL)
Conforme se depreende da r. decisão de fls.__, notadamente na parte dispositiva, ao julgar a causa, entendeu Vossa Excelência que ____ (Os fatos são a decisão viciada; narrá-la e colocar a conclusão).
Porém, ocorre na r. decisão (sentença, decisão interlocutória ou acórdão) de V. Excelência manifesta omissão (ou obscuridade, ou contradição, ou erro material) no julgamento quanto ao tópico relativo a ____ (indica-se o ponto omisso, ou, se for o caso, o erro, a obscuridade ou a contradição porventura existentes na decisão)____.
Com efeito, a mencionada (indica-se: omissão, contradição, obscuridade ou) é tanto real e verdadeira que necessário se faz proferir sentença (ou decisão interlocutória, ou acórdão) que esclareça a anterior, de forma a ser declarada convenientemente a r. sentença (ou decisão interlocutória, ou acórdão) _____.
3. DO REQUERIMENTO
Em razão do exposto, requer a Vossa Excelência se digne de dar provimento a estes Embargos Declaratórios para o fim de que esclareça a r. decisão, desfazendo a (contradição, obscuridade, omissão ou erro).
(ou, se os embargos forem modificativos):
Em razão do exposto, requer a Vossa Excelência se digne sanar a (contradição, obscuridade, omissão ou erro) acima apontada, para, atribuindo efeitos infringentes aos presentes embargos, reforme a sentença (ou decisão interlocutória, ou acórdão) de fls.. no sentido de...... Requer, ainda, que o embargado seja intimado para, no prazo de 5 dias úteis, possa oferecer as devidas contrarrazões.
Termos em que,
Pede e espera deferimento.
Local e data.
Assinatura do advogado/ OAB
CASO SIMULADO
“Do exposto, julgo totalmente procedente o pedido de cobrança formulado por COMPANHIA ESTADUAL DE DISTRIBUIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA – CEEE-D em face de TAKATOSHI SUZUKI, condenando o requerido ao pagamento de R$ 122.151,05, corrigido monetariamente pelo IGP-M, devendo ser ainda acrescido de juros moratórios de 1% ao mês desde a citação.
Reconhecida a prescrição da pretensão da cobrança, havendo, assim, sucumbência recíproca, condeno ambas as partes ao pagamento das custas processuais, 50% para cada, e honorários advocatícios ao patrono do ex adverso, que fixo em R$ 12.000,00 a cada qual, nos termos do art. 20, § 3º, do CPC, autorizada a compensação, eis que indefiro a gratuidade judiciária ao réu ante a ausência de comprovação da necessidade de litigar sob amparo desse benefício.”
A decisão (fls. 128-130) foi proferida em 11/04/2016, de cujo teor as partes foram intimadas pelo órgão oficial na mesma data. Diante deste fato, na condição de advogado do réu, interponha (ou oponha) o recurso cabível no último dia do prazo (sg. o NCPC).
Já a Constituição Federal de 1988, em seu art. 1º, inciso III, consagra a dignidade humana como um dos pilares fundamentais do Estado Democrático de Direito, considerando invioláveis o direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança, à propriedade, além da intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, cujo art. 5º, incisos V e X, também revela a proteção desses direitos assegurando-lhes “o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação”.
“RECURSO INOMINADO. AÇÃO INDENIZATÓRIA POR DANOS MORAIS. LIGAÇÕES E MENSAGENS REALIZANDO COBRANÇA DE DÍVIDA DE TERCEIRO. PERTURBAÇÃO DO SOSSEGO. DANOS MORAIS CONFIGURADOS. QUANTUM INDENIZATÓRIO MANTIDO. O demandado, ora recorrente, não impugnou a alegação da parte adversa de que diversas ligações foram realizadas e mensagens de texto enviadas do setor de cobranças para a autora, cobrando dívida de terceiro desconhecido. Logo, resta inequívoca a responsabilidade do banco réu pela perturbação do sossego da autora. Ademais, as fotografias do aparelho celular da ora recorrida, fls. 19, 20 e 21, demonstram a aleatoriedade de dias e horários em que foram realizadas as cobranças, apesar dos esforços da requerente em informar que desconhecia o remetente "Pedro". Com isso, verifica-se o descaso da ré ante a solicitação da autora de não mais receber os incômodos contatos. Assim sendo, percebe-se que a situação concreta, que perdurou por pelo menos três anos, ultrapassou o mero dissabor, pois teve o condão de afligir a demandante, mormente pela frequência das ligações e envio de mensagens e pelo período pelo qual se estendeu tal conduta. Destarte, configurado o ato ilícito, os danos morais e o nexo de causalidade, inequívoco o dever de indenizar. Em relação ao quantum indenizatório fixado em sentença em R$ 2.500,00, deve ser mantido porquanto adequado à reparação dos danos sofridos pela requerente, configurandoadequada punição a seu causador. SENTENÇA MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. RECURSO DESPROVIDO.”(Recurso Cível Nº 71005099932, Segunda Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Roberto Behrensdorf Gomes da Silva, Julgado em 24/09/2014)
“RECURSO INOMINADO. AÇÃO DE REPARAÇÃO POR DANOS MORAIS. REITERADAS LIGAÇÕES PARA A RESIDÊNCIA DA AUTORA. COBRANÇA DE DÍVIDA DE TERCEIRO. PERTURBAÇÃO DO SOSSEGO E DA TRANQUILIDADE DO LAR. ABUSIVIDADE DA CONDUTA. DANOS MORAIS CONFIGURADOS. SENTENÇA MANTIDA POR SEUS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. RECURSO IMPROVIDO.(...) As reiteradas ligações a fim de cobrança de dívida contraída por terceiro, o que ocorreu por período superior a um ano, ultrapassaram o mero dissabor cotidiano, ensejando a indenização por danos morais de valor bem fixado em R$2.500,00.”(Recurso Cível Nº 71003932084, Primeira Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Lucas Maltez Kachny, Julgado em 14/05/2013)
“RECURSO DE APELAÇÃO - OBRIGAÇÃO DE FAZER CUMULADA COM COMPENSAÇÃO POR DANOS MORAIS - ILEGITIMIDADE PASSIVA - COBRANÇA DE DÍVIDA DE TERCEIRO - LIGAÇÕES E MENSAGENS DE TEXTO EXCESSIVAS - HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS. 01. A ausência de relação de pertinência subjetiva entre o conflito trazido a juízo e a qualidade para litigar a respeito dele enseja a manutenção do capítulo da sentença de acolhimento de preliminar de ilegitimidade passiva. 02. A cobrança de dívida de terceiro, agravada pela quantidade excessiva de ligações e mensagens de texto, configura dano moral in re ipsa. 03. Fixação de honorários advocatícios de acordo com o disposto nos incisos do § 2º do artigo 85 do CPC. Recurso conhecido e parcialmente provido.”(TJ-MS - APL: 08003925220188120005 MS 0800392-52.2018.8.12.0005, Relator: Des. Vilson Bertelli, Data de Julgamento: 30/01/2019, 2ª Câmara Cível, Data de Publicação: 03/02/2019)
EMENTARECURSO INOMINADO. INSTITUIÇÃO FINANCEIRA. COBRANÇA ATRAVÉS DE LIGAÇÕES TELEFÔNICAS E MENSAGENS. EXCESSIVAS INCLUSIVE PARA TERCEIROS. ATO ILÍCITO DOS REQUERIDOS. DANO MORAL CONFIGURADO. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO. A cobrança de dívida através de ligações e mensagens não é ilegal, entretanto quando a empresa passa a cobrar desproporcionalmente o consumidor, enviando mensagens inclusive para terceiros, incorre em falha na prestação do serviço e no dever de indenizar.
(TJ-MT - RI: 10160409320198110001 MT, Relator: VALMIR ALAERCIO DOS SANTOS, Data de Julgamento: 23/06/2020, Turma Recursal Única, Data de Publicação: 25/06/2020)
JUIZADOS ESPECIAIS CÍVEIS. CONSUMIDOR. COBRANÇA A TERCEIRO DESCONHECIDO POR MEIO DE LIGAÇÕES E MENSAGENS TELEFÔNICAS EXCESSIVAS. DANO MORAL CONFIGURADO. RECURSO CONHECIDO E PROVIDO. 1. Cuida-se de recurso inominado interposto pela parte autora contra a sentença que, ao julgar parcialmente procedente o pedido da exordial, declarou a inexistência de relação jurídica entre as partes e condenou a ré a se abster de realizar cobranças ou enviar mensagens relativas a terceiros no número (61) 99925-2802, sob pena de multa de R$ 50,00 (cinquenta reais) por cada uma delas. 2. Sustenta o recorrente, em síntese, que a cobrança da suposta dívida lhe acarretou aborrecimentos de toda ordem, porquanto houve excesso de ligações e envio de mensagens de texto, inclusive em suas horas de lazer com a família, ou seja, em final de semana. Pugna pela reforma da sentença para que o réu seja condenado ao pagamento de indenização por dano extrapatrimonial. 3. Pelas provas coligidas aos autos, tem-se que o réu enviou ao autor mensagem de texto, nos dias 05, 06, 09, 10, 11, 12, 13, 14 em 16/09/2019 e 15/01/2020; e fez 4 (quatro) ligações telefônicas entre os dias 10, 16 e 17/09/2019 (Ids 14974299 - Pág. 1 a 14974412 - Pág. 1). 4. As cobranças realizadas por ligações telefônicas e mensagem de texto não configuram, por si só, dano moral indenizável. 5. No entanto, os danos morais estão presentes em razão de o autor/recorrente ter recebido excessivas e inoportunas ligações e mensagens telefônicas concernentes a cobrança de débitos existentes em nome de terceiro, que sequer lhe dizem respeito, havendo, na hipótese, violação à dignidade do demandante, o que enseja dano moral indenizável, pois extrapola o mero dissabor. Destaca-se que mesmo após o autor ter informado que desconhecia o devedor as mensagens de cobrança persistiram. 6. Na seara da fixação do valor da reparação devida, mister levar em consideração a gravidade do dano, a peculiaridade do lesado, além do porte econômico da lesante. Também não se pode deixar de lado a função pedagógico-reparadora do dano moral consubstanciada em impingir à parte ré uma sanção bastante a fim de que não retorne a praticar os mesmos atos. Sopesados todos estes elementos, razoável e proporcional arbitrar o valor da indenização no montante correspondente a R$ 1.500,00. 7. Desse modo, considerados os parâmetros acima explicitados, a reforma da sentença para condenar a ré/recorrida ao pagamento de indenização pelo dano moral é medida que se impõe. 8. Pelas razões expostas, merece a reforma a sentença vergastada para condenar a ré/recorrida ao pagamento de indenização pelos danos morais, no valor de R$ 1.500,00. 9. Recurso conhecido e provido para condenar a ré ao pagamento do valor de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais), a título de indenização por dano moral, que deverá ser acrescido de juros de 1% ao mês, a partir da citação (art. 405 do CC), e correção monetária a contar desta decisão (Súmula 362 do STJ). Mantida a sentença nos demais termos. 10. Vencedor o recorrente, não há condenação ao pagamento de custas e honorários de sucumbência.
(TJ-DF 07516731020198070016 DF 0751673-10.2019.8.07.0016, Relator: CARLOS ALBERTO MARTINS FILHO, Data de Julgamento: 25/05/2020, Terceira Turma Recursal, Data de Publicação: Publicado no DJE : 09/06/2020 . Pág.: Sem Página Cadastrada.)

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