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Traumatologia Forense Perita Judicial ad doc Michelle Moura. Necropsista Tanatopraxista Esp.Seguranca Publica/Antropologia Mestranda em Criminologia Forense Agentes de Ordem Química e seus efeitos Externos Internos Cáusticos Efeitos: Coagulantes (nitrato de prata, acetato de cobre, cloridrato de zinco) Liquefacientes (soda, potassa e amônia) Fatores de gravidade Complicações Efeitos similares em vida e no cadáver Identificação com reagentes específicos Vitriolagem VENENO É toda substância que lesa a integridade corporal ou a saúde do indivíduo ou lhe produz a morte, mesmo em quantidades relativamente pequenas. Uma substância pode ser concomitantemente medicamento e veneno, dependendo da quantidade que é administrada O CONCEITO DE VENENO ESTÁ INTIMAMENTE VINCULADO À DOSE, porém depende também de outros fatores. Classificação: Quanto ao estado físico Quanto à origem Quanto às funções químicas Quanto ao uso VENENO Os Venenos podem ser: Medicamentos: depressores e estimulantes do SNC Sistema Nervoso Central; Produtos Químicos Diversos: raticidas e formicidas a base de arsênico cianetos fósforo Plantas Tóxicas: mandioca brava espada de São Jorge e mamona Animais: serpentes, aranhas, vespas, abelhas Ciclo toxicológico seguido pelo veneno 1º - Absorção ou Via de Administração - Depende da substância, oral, pele, mucosa, hipodérmica, endovenosa assim, o veneno de cobra, via oral, é inócuo (não é nocivo) 2º - Distribuição - O veneno é circulado pelo sangue e passa aos tecidos 3º - Fixação - O veneno, especificamente, fixa-se no órgão onde vai agir (tropismo). Ex: Os metálicos no fígado, os estupefacientes no sistema nervoso etc 4º - Transformação - O organismo defende-se dos venenos transformando-os em derivados menos tóxicos e substâncias mais solúveis e, 5º - Eliminação - As substâncias são eliminadas pela urina, fezes, saliva etc Características Gerais dos Venenos Cada veneno tem a sua dose tóxica e mortal; A pureza e a frescura da substância influi na toxidez; A via de penetração é importante, v,g., injeção ao invés de ingestão; A tolerância é fundamental na dose mortal, pode ocorrer que uma grande dose seja inócua; Idiossincrasia: (inverso da tolerância - sensibilidade anormal ao veneno Para que se caracterize, com certeza uma morte por envenenamento, além da identificação de uma substância química tóxica no corpo da vítima, é necessário que se verifique a concentração da referida substância. Características Gerais dos Venenos O cadáver exala odor de amêndoas amargas, quando houve ingestão de Cianureto de Potássio ou Ácido Cianídrico O cadáver daquele que ingeriu Cianureto de Potássio, além dos sinais gerais da asfixia e do odor de amêndoas, apresenta-se com livores violáceos na pele e rigidez precoce e intensa Outras intoxicações: chumbo, mercúrio É fundamental para tipificação da morte por envenenamento que seja detectada não só a presença de uma substância química potencialmente venenosa, como também os níveis de concentração no órgão atingido Mitridatização Diagnóstico de envenenamento critério clínico: sintomas característicos de cada substância critério anatomopatológico: exames laboratoriais exame macroscópico: análise do corpo observando lesões na boca, odores característicos, coloração da pele etc. exame necroscópico: coleta de vísceras para exames laboratoriais Coleta de vísceras para exame Conteúdo estomacal Sangue Urina Fígado Bile Cérebro Pulmão Rins Outros locais Energias de Ordem Físico-Química Asfixias Asfixia = “sem pulso” (pneuma) Fisiopatologia Anoxia de ventilação Anoxia anêmica Anoxia de circulação e estase Anoxia tissular ou histotóxica Acapneia / Hipercapneia Fases: Cerebral Excitação cortical e medular Respiratória Cardíaca Asfixias Mecânicas Sinais externos Manchas de hipóstase Congestão da face Equimoses da pele e das mucosas Cogumelo de espuma Projeção da língua e exoftalmia Asfixias Mecânicas Sinais internos Equimoses viscerais (manchas de Tardieu) Congestão polivisceral Distensão e edema dos pulmões Aspectos do sangue Cor Fluidez Viscosidade pH Outros Asfixias Mecânicas Classificação Asfixias puras (sufocação, afogamento, soterramento, etc.) Asfixias complexas (enforcamento e estrangulamento) Asfixias mistas (esganadura) Asfixias Mecânicas Específicas Confinamento Teoria química Teoria física Inalação de CO Sangue claro Órgãos de cor carmim Hipóstases claras Tonalidade rósea da face Putrefação e rigidez tardia Reações especiais Absorção post-mortem Asfixias Mecânicas Específicas Sufocação Direta Indireta Posicional Soterramento Afogamento Fase de defesa Fase de resistência Fase de exaustão Afogamento branco Asfixias Mecânicas Específicas Sinais externos de afogamento T Pele anserina Retração do mamilo, saco escrotal e pênis Maceração da epiderme Hipóstases claras Cogumelo de espuma Erosão dos dedos e corpos estranhos sob as unhas Equimoses das conjuntivas Mancha verde da putrafação Lesões post-mortem por animais Embebição cadavérica Dentes róseos Asfixias Mecânicas Específicas Asfixias Mecânicas Específicas Sinais internos de afogamento Liquidos nas vias respiratórias Corpos estranhos nos líquidos dos afogados Pulmões dos afogados Manchas de Pantauf Plâncton Líquidos no sistema digestivo Hemorragia temporal (sinal de Niles) Hemorragia etmoidal (sinal de Vargas-Alvarado) Putrefação e flutuação no afogamento Asfixias Mecânicas Específicas Enforcamento Suspensão típica ou completa Suspensão atípica ou incompleta Morte por asfixia Morte por inibição Morte por TRM Características do enforcamento Cabeça fletida, com mento tocando o tórax Face cianótica Protrusão de olhos e língua Hipóstases nos membros inferiores / púrpuras hipostáticas Rigidez tardia Asfixias Mecânicas Específicas Sinais externos de enforcamento Sulco característico Sinais encontrados nos sulcos Outros sulcos que confundem (obesos, com gravatas, crianças) Sinais internos de enforcamento Lesões profundas no pescoço (sinal de Martin) Lesões dos vasos (sinais de Amussat, Étienne-Martin e Friedberg) Lesões do aparelho laríngeo Lesões da coluna vertebral Outros sinais de asfixia Asfixias Mecânicas Específicas Asfixias Mecânicas Específicas Asfixias Mecânicas Específicas Estrangulamento Sulco característico Aspecto da face e do pescoço Rastros ou estrias ungueais Outros sinais presentes no enforcamento Estrangulamento antebraquial Esganadura Lesões de defesa Estigmas ou marcas ungueais do agressor Outros sinais presentes no enforcamento e estrangulamento Lesões do vasos do pescoço (raras) Asfixias Mecânicas Específicas Asfixias Mecânicas Específicas
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