Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
5a SÉRIE 6oANO ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS Volume 2 EDUCAÇÃO FÍSICA Linguagens CADERNO DO PROFESSOR MATERIAL DE APOIO AO CURRÍCULO DO ESTADO DE SÃO PAULO CADERNO DO PROFESSOR EDUCAÇÃO FÍSICA ENSINO FUNDAMENTAL – ANOS FINAIS 5a SÉRIE/6o ANO VOLUME 2 Nova edição 2014-2017 GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DA EDUCAÇÃO São Paulo Governo do Estado de São Paulo Governador Geraldo Alckmin Vice-Governador Guilherme Afif Domingos Secretário da Educação Herman Voorwald Secretária-Adjunta Cleide Bauab Eid Bochixio Chefe de Gabinete Fernando Padula Novaes Subsecretária de Articulação Regional Rosania Morales Morroni Coordenadora da Escola de Formação e Aperfeiçoamento dos Professores – EFAP Silvia Andrade da Cunha Galletta Coordenadora de Gestão da Educação Básica Maria Elizabete da Costa Coordenadora de Gestão de Recursos Humanos Cleide Bauab Eid Bochixio Coordenadora de Informação, Monitoramento e Avaliação Educacional Ione Cristina Ribeiro de Assunção Coordenadora de Infraestrutura e Serviços Escolares Dione Whitehurst Di Pietro Coordenadora de Orçamento e Finanças Claudia Chiaroni Afuso Presidente da Fundação para o Desenvolvimento da Educação – FDE Barjas Negri Senhoras e senhores docentes, A Secretaria da Educação do Estado de São Paulo sente-se honrada em tê-los como colabo- radores nesta nova edição do Caderno do Professor, realizada a partir dos estudos e análises que permitiram consolidar a articulação do currículo proposto com aquele em ação nas salas de aula de todo o Estado de São Paulo. Para isso, o trabalho realizado em parceria com os PCNP e com os professores da rede de ensino tem sido basal para o aprofundamento analítico e crítico da abor- dagem dos materiais de apoio ao currículo. Essa ação, efetivada por meio do programa Educação — Compromisso de São Paulo, é de fundamental importância para a Pasta, que despende, neste programa, seus maiores esforços ao intensificar ações de avaliação e monitoramento da utilização dos diferentes materiais de apoio à implementação do currículo e ao empregar o Caderno nas ações de formação de professores e gestores da rede de ensino. Além disso, firma seu dever com a busca por uma educação paulista de qualidade ao promover estudos sobre os impactos gerados pelo uso do material do São Paulo Faz Escola nos resultados da rede, por meio do Saresp e do Ideb. Enfim, o Caderno do Professor, criado pelo programa São Paulo Faz Escola, apresenta orien- tações didático-pedagógicas e traz como base o conteúdo do Currículo Oficial do Estado de São Paulo, que pode ser utilizado como complemento à Matriz Curricular. Observem que as atividades ora propostas podem ser complementadas por outras que julgarem pertinentes ou necessárias, dependendo do seu planejamento e da adequação da proposta de ensino deste material à realidade da sua escola e de seus alunos. O Caderno tem a proposição de apoiá-los no planejamento de suas aulas para que explorem em seus alunos as competências e habilidades necessárias que comportam a construção do saber e a apropriação dos conteúdos das disciplinas, além de permitir uma avalia- ção constante, por parte dos docentes, das práticas metodológicas em sala de aula, objetivando a diversificação do ensino e a melhoria da qualidade do fazer pedagógico. Revigoram-se assim os esforços desta Secretaria no sentido de apoiá-los e mobilizá-los em seu trabalho e esperamos que o Caderno, ora apresentado, contribua para valorizar o ofício de ensinar e elevar nossos discentes à categoria de protagonistas de sua história. Contamos com nosso Magistério para a efetiva, contínua e renovada implementação do currículo. Bom trabalho! Herman Voorwald Secretário da Educação do Estado de São Paulo Os materiais de apoio à implementação do Currículo do Estado de São Paulo são oferecidos a gestores, professores e alunos da rede estadual de ensino desde 2008, quando foram originalmente editados os Cadernos do Professor. Desde então, novos materiais foram publicados, entre os quais os Cadernos do Aluno, elaborados pela primeira vez em 2009. Na nova edição 2014-2017, os Cadernos do Professor e do Aluno foram reestruturados para atender às sugestões e demandas dos professo- res da rede estadual de ensino paulista, de modo a ampliar as conexões entre as orientações ofe- recidas aos docentes e o conjunto de atividades propostas aos estudantes. Agora organizados em dois volumes semestrais para cada série/ ano do Ensino Fundamental – Anos Finais e série do Ensino Médio, esses materiais foram re- vistos de modo a ampliar a autonomia docente no planejamento do trabalho com os conteúdos e habilidades propostos no Currículo Oficial de São Paulo e contribuir ainda mais com as ações em sala de aula, oferecendo novas orien- tações para o desenvolvimento das Situações de Aprendizagem. Para tanto, as diversas equipes curricula- res da Coordenadoria de Gestão da Educação Básica (CGEB) da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo reorganizaram os Cader- nos do Professor, tendo em vista as seguintes finalidades: f incorporar todas as atividades presentes nos Cadernos do Aluno, considerando também os textos e imagens, sempre que possível na mesma ordem; f orientar possibilidades de extrapolação dos conteúdos oferecidos nos Cadernos do Aluno, inclusive com sugestão de novas ati- vidades; f apresentar as respostas ou expectativas de aprendizagem para cada atividade pre- sente nos Cadernos do Aluno – gabarito que, nas demais edições, esteve disponível somente na internet. Esse processo de compatibilização buscou respeitar as características e especificidades de cada disciplina, a fim de preservar a identidade de cada área do saber e o movimento metodo- lógico proposto. Assim, além de reproduzir as atividades conforme aparecem nos Cadernos do Aluno, algumas disciplinas optaram por des- crever a atividade e apresentar orientações mais detalhadas para sua aplicação, como também in- cluir o ícone ou o nome da seção no Caderno do Professor (uma estratégia editorial para facilitar a identificação da orientação de cada atividade). A incorporação das respostas também res- peitou a natureza de cada disciplina. Por isso, elas podem tanto ser apresentadas diretamente após as atividades reproduzidas nos Cadernos do Professor quanto ao final dos Cadernos, no Gabarito. Quando incluídas junto das ativida- des, elas aparecem destacadas. A NOVA EDIÇÃO Leitura e análise Lição de casa Pesquisa em grupo Pesquisa de campo Aprendendo a aprender Roteiro de experimentação Pesquisa individual Apreciação Você aprendeu? O que penso sobre arte? Ação expressiva ! ? Situated learning Homework Learn to learn Além dessas alterações, os Cadernos do Professor e do Aluno também foram anali- sados pelas equipes curriculares da CGEB com o objetivo de atualizar dados, exemplos, situações e imagens em todas as disciplinas, possibilitando que os conteúdos do Currículo continuem a ser abordados de maneira próxi- ma ao cotidiano dos alunos e às necessidades de aprendizagem colocadas pelo mundo con- temporâneo. Para saber mais Para começo de conversa Seções e ícones SUMÁRIO Orientação sobre os conteúdos do volume 7 Tema 1 – Esporte – Modalidade individual: ginástica artística (GA) 9 Situação de Aprendizagem 1 – Conhecimento declarativo sobre a ginástica 13 Situação de Aprendizagem 2 – O mundo em diferentes posições 20 Atividade Avaliadora 26 Proposta de Situações de Recuperação 27 Recursospara ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema 27 Tema 2 – Organismo humano, movimento e saúde – Aparelho locomotor 28 Situação de Aprendizagem 3 – (Re)conhecendo meu corpo em movimento 31 Situação de Aprendizagem 4 – Identificação das estruturas na GA 37 Atividade Avaliadora 40 Proposta de Situações de Recuperação 40 Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema 43 Tema 3 – Esporte – Modalidade coletiva: handebol 44 Situação de Aprendizagem 5 – Familiarização com o handebol 47 Situação de Aprendizagem 6 – Qualificando o jogo de handebol 51 Atividade Avaliadora 56 Proposta de Situações de Recuperação 56 Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema 57 Tema 4 – Atividade rítmica – Noções gerais sobre ritmo e jogos rítmicos 58 Situação de Aprendizagem 7 – Apresentação ritmada 59 Situação de Aprendizagem 8 – No passo do compasso 66 Atividade Avaliadora 71 Proposta de Situações de Recuperação 71 Recursos para ampliar a perspectiva do professor e do aluno para a compreensão do tema 74 Quadro de conteúdos do Ensino Fundamental – Anos Finais 75 7 Educação Física – 5a série/6o ano – Volume 2 ORIENTAÇÃO SOBRE OS CONTEÚDOS DO VOLUME Professor, este Caderno foi elaborado para servir de apoio ao seu trabalho pedagógico cotidiano com a 5a série/6o ano do Ensino Fundamental. Os temas deste volume são enfocados com base na concepção teórica da disciplina, já explicitada anteriormente, fun- damentada nos conceitos de Cultura de Movi- mento e Se-Movimentar. Assim, pretende-se que as Situações de Aprendizagem aqui sugeridas para os temas Esporte, Atividade rítmica e Organismo hu- mano, movimento e saúde possibilitem que os alunos diversifiquem, sistematizem e apro- fundem suas experiências do Se-Movimentar no âmbito das culturas gímnica, lúdica e es- portiva, assim como proporcionar novas ex- periências de Se-Movimentar, permitindo a eles ressignificar experiências já vivenciadas. Espera-se que o enfoque adotado para o de- senvolvimento dos conteúdos deste volume seja compatível com as intencionalidades do projeto político-pedagógico de cada escola. O tema Esporte – Modalidade individual abordará a ginástica artística (GA) com base em seu processo histórico e em seus principais gestos e regras. A intenção é que os alunos consigam relacionar diferentes movimentos do cotidiano com a GA, além de identificar e nomear seus gestos e movimentos, associando-os aos exercí- cios e aparelhos obrigatórios da modalidade. Em relação ao tema Organismo humano, movimento e saúde, a ênfase será dada na com- preensão inicial sobre o aparelho locomotor, ne- cessária para a prática de várias manifestações da Cultura de Movimento. Espera-se também nesse tema que os alunos possam identificar e nomear as estruturas do aparelho locomotor com a GA, desenvolvida neste volume, e com o futsal, desenvolvido no semestre anterior. No tema Esporte – Modalidade coleti- va serão discutidos os aspectos técnico-tá- ticos do handebol, privilegiando situações centradas nos princípios operacionais dos jogos esportivos coletivos, para permitir que os alunos identifiquem e caracterizem sua dinâmica de jogo, em termos de regras, funções dos jogadores e ações de ataque e defesa, aplicando os princípios técnico-tá- ticos aprendidos em situações de jogo – e também conheçam o processo histórico dessa modalidade. O tema Atividade rítmica estará cen- trado nas noções gerais sobre ritmo e sua presença no Se-Movimentar, por meio de elementos, como a acentuação, a frequên- cia, o espaço, a forma, o movimento e o repouso, a tensão e o relaxamento. Preten- de-se que os alunos percebam o ritmo do próprio corpo e dos movimentos, associan- do-os, especialmente, a diferentes estilos de músicas e danças brasileiras. As estratégias escolhidas – que incluem pesquisas sobre os temas, vivência de exer- cícios e movimentos específicos, elaboração de pequenas descrições escritas, a projeção de vídeos, elaboração de desenhos etc. – pos- sibilitam aos alunos a reflexão com base no confronto de suas próprias experiências de Se-Movimentar com a sistematização e o aprofundamento dos conhecimentos no âm- bito da Cultura de Movimento. As Situações de Aprendizagem sugeridas privilegiam os jogos rítmicos, aqui entendidos como proces- sos que despertam combinações de esforços acompanhadas/estruturadas por determina- das regras (como a organização dos com- passos, um tipo de movimento), além de possuírem o caráter lúdico e o potencial de criação e/ou realização coletiva. 8 Os procedimentos propostos para a ava- liação caminham na direção de uma avaliação integrada ao processo de ensino e aprendi- zagem, sem estabelecer procedimentos iso- lados e formais. As Atividades Avaliadoras devem favorecer a geração, por parte dos alunos, de informações ou indícios, qualita- tivos e quantitativos, verbais e não verbais, que serão interpretados pelo professor, nos termos das competências e habilidades que se pretende desenvolver em cada tema/conte- údo. Privilegia-se a proposição de Situações de Aprendizagem que favoreçam a aplicação dos conhecimentos em situações reais e a ela- boração de textos-síntese relacionados aos temas abordados. São também priorizados os questionamentos dirigidos aos alunos ao longo das aulas, para que se verifique a com- preensão dos conteúdos e a aquisição das competências e habilidades propostas. A quadra é o tradicional espaço de aula de Educação Física, mas algumas Situações de Aprendizagem aqui sugeridas poderão ser desenvolvidas no espaço convencional da sala de aula, no pátio externo, na biblioteca, na sala de informática ou de vídeo, bem como em espaços da comunidade local, desde que compatíveis com as atividades programadas. Algumas etapas podem ser também realizadas pelos alunos como atividade extra-aula (pes- quisas, produção de textos etc.). As orientações e sugestões a seguir têm por objetivo oferecer-lhe subsídios para o desenvolvimento dos temas apresentados. Não pretendem apresentar as Situações de Aprendizagem como as únicas a serem reali- zadas, nem restringir sua criatividade, como professor, para outras atividades ou varia- ções de abordagem dos mesmos temas. Nesse mesmo sentido, o Caderno do Aluno é mais um instrumento para servir de apoio ao seu trabalho e ao aprendizado dos alunos. Elaborado com base no Caderno do Profes- sor, esse material adicional não tem a preten- são de restringir ou limitar as possibilidades do seu fazer pedagógico. De acordo com o projeto político-pe- dagógico da escola e do planejamento do componente curricular, é possível que os temas nele elencados, selecionados entre os propostos no Caderno do Professor, não coincidam com as atividades que vêm sen- do desenvolvidas na escola. Neste caso, a expectativa é subsidiar o seu trabalho para que as competências e habilidades propos- tas, tanto no Caderno do Professor quanto no Caderno do Aluno, sejam alcançadas. Para otimizar o tempo pedagogicamente necessário para a aula, o Caderno do Aluno apresenta as Situações de Aprendizagem de caráter teórico, também propostas no Cader- no do Professor, como sugestões de pesquisa e atividades de lição de casa. Além disso, traz, em todos os volumes, dicas sobre nutrição e postura, a fim de contribuir para a construção da autonomia dos alunos, um dos princípios do Currículo da disciplina. Isto posto, professor, bom trabalho! 9 Educação Física – 5a série/6o ano – Volume 2 TEMA 1 – ESPORTE – MODALIDADE INDIVIDUAL: GINÁSTICA ARTÍSTICA (GA) relhos localizados em uma floresta voltada para a formação de ginastas com interessespatrióticos. O “cavalo” para o treinamento foi construído em madeira para que os ginastas se tornassem hábeis na hora em que precisas- sem ficar em pé ou girar sobre a coluna do verdadeiro cavalo enquanto este seguisse em grande velocidade contra o inimigo. © B et tm an n/ C or bi s/ L at in st oc k Figura 1 – Salto sobre o cavalo. Durante os Jogos Olímpicos de Atenas de 1896, os movimentos que caracterizavam a gi- nástica – conhecida por ginástica olímpica – consistiam, entre outras provas, em exercícios nas barras paralelas (individual e por equipe), na barra fixa (individual e por equipe), no ca- valo com alças, em salto sobre o cavalo e em subida em cordas verticais. As provas eram exclusivamente masculinas. Em 1900, quando os Jogos Olímpicos ocor- reram em Paris, a competição combinou pro- vas realizadas nos jogos de Atenas com os exercícios de salto em altura, salto com vara, salto em distância e o histórico cabo de guerra. A ginástica, como manifestação do ser humano, vem ao longo da história se consti- tuindo de diferentes maneiras. A preocupação com o exercício físico acompanha o ser hu- mano desde a pré-história, período no qual a sobrevivência era a sua maior preocupação: defender-se e atacar sempre que necessário. Na Grécia, a ginástica foi marcada por contradições apontadas por Platão na busca do homem harmonioso, de alma purificada e corpo sadio. Na Idade Média, as festividades e os jogos marcavam os primeiros indícios para o que mais tarde se tornariam os métodos gi- násticos clássicos. Hoje, a ginástica artística (GA), modalidade esportiva individual cuja essência percorreu a história da humanidade, configura-se como um dos mais belos espetá- culos do ponto de vista estético e da supera- ção de limites, marcada por gestos corporais fortes – graciosamente alinhados e tensiona- dos, suspensos, invertidos e equilibrados no solo, apoiados ou não em aparelhos, sempre testando os limites da gravidade. No mundo contemporâneo, o corpo e a arte de se exercitar livremente assumem as mais diversas características, cujos símbolos e códigos estão presentes no jogo, no esporte, na dança, na luta, na capoeira e na ginástica. Como modalidade esportiva individual, a GA surgiu no século XIX, em um contexto marcado por exercícios preparatórios para a guerra. Seu idealizador foi o alemão Johann Friedrich Ludwig Jahn, também conhecido como “o pai da ginástica”. A GA teve sua origem em uma espécie de “grande playground” com diferentes apa- 10 Em 1904, em Saint Louis (Estados Unidos da América), foram incluídos os exercícios de suspensão nas argolas. Já em Estocolmo (Suécia), em 1912, os exercícios no solo ca- racterizavam-se por deixar as mãos livres e marcar a criatividade nas apresentações. O ano de 1928, em Amsterdã (Holanda), foi um marco para as mulheres, que até en- tão disputavam oficialmente as competições esportivas apenas em demonstrações. Os exer- cícios femininos em conjunto eram realizados nas barras paralelas masculinas baixas. Na cidade de Berlim (Alemanha), em 1936, as competições masculinas nos seis aparelhos (solo, cavalo, argolas, barras paralelas, salto e barra fixa) e os exercícios femininos (paralelas assimétricas, solo e trave de equilíbrio) impri- miram a imagem da ginástica: técnica, força e habilidades complexas. Diferentes provas, aliadas à diversidade de estilos e aparelhos, motivaram também a necessidade de defini- ção quanto às suas regras. Foi em 1952, em Helsinque (Finlândia), que a GA iniciou seu período como esporte (no conceito atual de fenômeno social), quan- do as regras para julgamento dos exercícios foram uniformizadas e definidas por meio de um código de pontuação. Foi nessa edi- ção dos Jogos Olímpicos que, pela primeira vez, as provas deixaram de ser realizadas em local aberto. As quatro provas tradicionais femininas (individual geral e por equipe) – salto, barras paralelas assimétricas, trave de equilíbrio e solo – foram incluídas nos Jogos Olímpicos de Roma (Itália), em 1960. O programa femini- no, a exemplo do masculino, não sofreu alte- rações significativas desde então. © B ob T ho m as /P op pe rf ot o/ G et ty I m ag es Figura 2 – Ginástica: demonstração de exercício em barras paralelas. 11 Educação Física – 5a série/6o ano – Volume 2 © B ob T ho m as /G et ty I m ag es Figura 4 – Exercício de equilíbrio na trave. Informações básicas sobre a GA f Posições básicas do corpo: estendida, grupada, carpada, afastada, afastada-carpada, em situa- ções de equilíbrio, suspensão e apoio. f Competições: por equipe, individual geral e individual por aparelho. f Provas ou aparelhos de competição: – Femininas: salto sobre a mesa, paralelas assimétricas, trave de equilíbrio e solo. – Masculinas: solo, cavalo com alças, argolas, salto sobre a mesa, barras paralelas e barra fixa. f Os movimentos característicos da GA envolvem: giros sobre si mesmo, aberturas e fechamen- tos, passar por apoios invertidos, saltos e aterrissagens, equilíbrios com diferentes apoios, des- locamentos com diferentes apoios (bipedia, quadrupedia), suspensões, balanceios e volteios. © I O C O ly m pi c M us eu m /H ul to n A rc hi ve /G et ty I m ag es Figura 3 – Estocolmo, julho de 1912, 5a edição dos Jogos Olímpicos modernos. 12 © M ik e Po w el l/A lls po rt C on ce pt s/ G et ty I m ag es © D av id W oo lf al l/ T he I m ag e B an k/ G et ty I m ag es © M at th ia s T un ge r/ T he I m ag e B an k/ G et ty I m ag es © W ill ia m S al la z/ D uo m o/ C or bi s/ L at in st oc k © M oj ga n B . A zi m i/ T he I m ag e B an k/ G et ty I m ag es © W ill ia m S al la z/ B ri dg e/ C or bi s/ L at in st oc k © J oh n L am b/ T he I m ag e B an k/ G et ty I m ag es Figura 7 – Giros (barra fixa). Figura 9 – Carpado (barras paralelas). Figura 10 – Grupado (trave). Figura 8 – Suspensões (barras assimétricas). Figura 12 – Estendido (solo). Figura 11 – Afastado (barra fixa). © P au lo M an zi Alguns movimentos e aparelhos da GA: Figura 5 – Barras assimétricas. Figura 6 – Salto sobre a mesa. 13 Educação Física – 5a série/6o ano – Volume 2 O universo da ginástica, especificamen- te da GA, está presente em diferentes si- tuações do cotidiano dos alunos. As brin- cadeiras e os jogos realizados na rua ou na escola apresentam possibilidades de iden- tificar, perceber e reconhecer determina- dos gestos e movimentos que caracterizam a GA. Conteúdo e temas: a GA no cotidiano dos alunos: exploração de movimentos; os gestos e os movimen- tos da GA presentes nos jogos e nas brincadeiras de rua. Competências e habilidades: identificar e relacionar diferentes movimentos do cotidiano com a GA. Sugestão de recursos: banco sueco, cordas, trave, arcos, colchonete ou colchões de ginástica, placas de EVA, bastões de madeira, aparelho de som, giz branco e colorido, folha de papel kraft. SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 1 CONHECIMENTO DECLARATIVO SOBRE A GINÁSTICA Desenvolvimento da Situação de Aprendizagem 1 Etapa 1 – Letra a... altura! Letra b... beleza! Letra c... colchão! Letra d... Daiane dos Santos! Inicialmente, solicite aos alunos que es- crevam em uma folha tudo o que conhecem sobre a GA, como se fosse o jogo/a brinca-deira stop. O professor menciona uma letra e os alunos escrevem algo sobre o referido as- sunto; depois de um tempo, o professor fala stop e todos param de escrever, aguardando a próxima letra. Ao final, todos compartilham com a turma o que escreveram, podendo, se quiserem, pontuar seus acertos. Esse jogo auxiliará na compreensão dos conceitos que serão vivenciados nas próximas etapas. Na sequência, faça algumas perguntas solici- tando aos alunos que realizem movimentos ou gestos como forma de resposta. Por exemplo: f É possível andar e correr usando as mãos? f O que é ou como se realiza uma cambalhota? f A cambalhota pode ser feita só para a frente? f Quais as diferentes maneiras de realizar um salto? f É possível realizar um salto sobre um ob- jeto ou sobre uma pessoa? Como fazer isso? f Quem sabe ou conhece a brincadeira “plan- tar bananeira”? E a “estrelinha”? f Como fazer para suspender (elevar/levan- tar) o próprio corpo? E o corpo do colega, pode ser suspendido (elevado/levantado)? f É possível transportar (carregar) o colega nos braços? Como? f É possível equilibrar-se em uma perna só? f É possível equilibrar-se e flexionar o tronco sem cair? f É possível equilibrar-se em uma perna só e andar ou saltar? f É possível deitar no chão, unir as duas per- nas e elevá-las? Como? f E com as pernas afastadas? É mais fácil elevá-las? Etapa 2 – Reconhecendo os movimentos e os gestos no cotidiano Para esta etapa, é necessário providen- ciar imagens ou vídeos com alguns movi- mentos realizados na etapa anterior ou soli- citar aos alunos que façam uma pesquisa de imagens associando os movimentos e gestos realizados. 14 Os alunos podem utilizar o laboratório de informática, pois a internet pode ser um meio de visualizar esses gestos e movimentos. Dê prioridade para os que são realizados no chão, para caracterizar os exercícios de solo da GA. Depois, peça aos alunos que realizem diferentes saltos, giros, corridas e rolamentos, nos planos alto, médio e baixo. No decorrer da criação desses movimen- tos, conceitue os saltos grupados, carpados, estendidos e afastados, de modo a facilitar a compreensão deles em outras situações. Nes- se momento, será possível descobrir o nível de conhecimento dos alunos para um futuro agrupamento em pares avançados, mesclando os que conhecem ou sabem realizar determi- nados movimentos com aqueles que estão ain- da em processo de aprendizagem. Para a realização dos rolamentos, solicite aos alunos que os realizem da maneira como sabem. Durante a vivência, lance ideias e dicas para orientar os movimentos, como: impulsionar o corpo para a frente, flexionar os dois cotovelos, encostar o queixo no peito, encostar a nuca no chão etc., para que percebam e identifiquem como se realiza o rolamento para a frente. Em outro momento da vivência do ro- lamento, apresente as finalizações do movi- mento, sugerindo a sua realização grupada, carpada e afastada. Professor, faça uma reflexão com os alunos sobre as considerações apresentadas nas questões da seção “Para começo de conversa”, no Ca- derno do Aluno. © T yl er E dw ar ds /D ig it al V is io n/ G et ty I m ag es Quem nunca brincou de “plantar bananei- ra” ou de “virar estrela”? Pois é, os dois são movimentos de ginásti- ca. Mas não uma ginástica qualquer. São mo- vimentos da ginástica artística (GA), que há bem pouco tempo era chamada de ginástica olímpica. Trata-se de uma modalidade esporti- va individual, isto é, o desempenho durante a competição depende apenas do próprio ginasta. O desempenho do Brasil nessa modalidade tem melhorado nas competições internacio- nais, e hoje há alguns ginastas que já consegui- ram colocar o nome do país na história dessas competições. Vamos ver se você está ligado no mundo do esporte e da GA. 1. Em 2003, uma brasileira conseguiu um fato inédito para a história da GA do país. Ela conquistou uma medalha de ouro no 15 Educação Física – 5a série/6o ano – Volume 2 campeonato mundial da modalidade, no aparelho solo. Nessa competição, ela rea- lizou um movimento denominado “duplo twist carpado”, que passou a se chamar “Dos Santos” em sua homenagem. Você sabe quem é essa ginasta? Coloque o nome dela a seguir. Daiane dos Santos. 2. Há outro movimento que também rece- beu o nome de um ginasta brasileiro, por ele ter sido o primeiro a realizar o “duplo twist carpado com mortal na segunda pi- rueta”. O movimento passou a ser conhe- cido como “Hypolito”. Esse esportista tem uma irmã, que também é ginasta e integra a equipe nacional de GA feminina. Você sabe o nome dele? Diego Hypolito. 3. E a irmã desse ginasta, você sabe quem é? Caso você se lembre, escreva o nome dela a seguir. Daniele Hypolito. A GA é uma modalidade olímpica desde que os Jogos Olímpicos foram restabelecidos pelo Barão de Coubertin, em 1896, e a partir de então sempre esteve nos programas olímpi- cos. Costuma ser muito aguardada por todos, pois é um show de beleza, habilidade e destreza. Vejamos se você conhece alguns aspec- tos importantes das competições de gi- nástica artística. Tente se lembrar do que assistiu pela TV ou internet da Olimpíada mais recente que você acompanhou. Nas competições de GA, os ginastas têm de se apresentar em diferentes aparelhos, que compõem o conjunto de provas da competição. 4. Assinale com um X os aparelhos da GA. ( X ) Solo. ( X ) Argolas. ( X ) Cavalo com alças. ( X ) Paralelas assimétricas. ( ) Arcos. ( X ) Barra fixa. ( X ) Barras paralelas. ( X ) Salto sobre a mesa. ( ) Bola. ( X ) Trave de equilíbrio. ( ) Peteca. 5. Desses aparelhos, seis fazem parte das competições masculinas. Quais são eles? Relacione-os a seguir. a) Solo. b) Barra fixa. c) Barras paralelas. d) Argolas. e) Cavalo com alças. f) Salto sobre a mesa. 6. Quatro deles fazem parte das competições femininas. Quais são? a) Solo. b) Paralelas assimétricas. c) Trave de equilíbrio. d) Salto sobre a mesa. Professor, solicite que os alunos observem as posições corporais nas imagens e completem as questões apresentadas na seção “Pesquisa individual”, no Caderno do Aluno. O corpo humano pode assumir diferentes posições, parado ou em deslocamento. Por exemplo, estar em pé é uma posição corpo- ral. Se um ginasta fica em pé, com os braços elevados, como aparece na primeira imagem, dizemos que essa é uma posição estendida. O corpo também fica estendido durante muitos movimentos da GA. Veja na segunda imagem uma passagem em apoio sobre uma das mãos em uma sequência de movimentos sobre o ca- valo com alças. 16 Observe as posições corporais nas imagens a seguir: © E ri k Is ak so n/ R ub be rb al l P ro du ct io ns /G et ty I m ag es Carpado-afastado. © D or lin g K in de rs le y/ G et ty I m ag es Grupado. © D or lin g K in de rs le y/ G et ty I m ag es Estendido. Algumas outras posições corporais mui- to comuns na GA são as posições carpadas, afastadas e grupadas. Há variações das po- sições das pernas, do tronco em relação às pernas e também uma combinação entre elas. © M ik e Po w el l/A lls po rt C on ce pt s/ G et ty I m ag es © P at ri k G ia rd in o/ C or bi s/ L at in st oc k 17 Educação Física – 5a série/6o ano – Volume 2 1. Há posições corporais do dia a dia que também são executadas na GA. Identi- fique as posições corporais (estendido, grupado etc.) nas imagens a seguir, regis- trando-as no espaço correspondente: a) Estendido. b)Carpado. © D or lin g K in de rs le y/ G et ty I m ag es Carpado. © D av id M ad is on /A lls po rt C on ce pt s/ G et ty I m ag es © K an e Sk en na r/ D ig it al V is io n/ G et ty I m ag es c) Grupado. © C hr is G ar re tt /P ho to ni ca /G et ty I m ag es d) Carpado-afastado. 2. Faça uma lista de outros movimentos que você observa no dia a dia e que envolvem as posições estudadas. Nesta atividade, espera-se que o aluno consiga listar outros movimentos, como por exemplo: saltar para alcançar um objeto (estendido), manobras de skate (grupado), saltar para dentro de uma piscina (estendido, grupado, afastado, carpado) etc. © G hi sl ai n & M ar ie D av id d e L os sy / T he I m ag e B an k/ G et ty I m ag es 18 Etapa 3 – Eu e meus colegas... desafios para saltar Uma sugestão relacionada ao aparelho solo e ao salto sobre a mesa é a brincadei- ra de “pular sela” ou, de acordo com algu- mas obras do pintor Cândido Portinari, o “pular carniça”. A altura e a distância da sela poderão ser definidas pelos alunos; é interessante propor à turma uma sequência de selas (formada por trios, quartetos, quintetos etc.). Figura 13 – PORTINARI, C. Meninos pulando carniça, 1939, pintura a óleo sobre tela, 59,5 cm x 72,5 cm. Outra brincadeira, bastante conhecida, que poderá ser sugerida é o “duro-mole com pula sela”, na qual quando alguém é pego deve ficar parado com a coluna curvada (tronco flexiona- do) e abaixado até ser salvo, com um ou dois saltos sobre a sela, por quem estiver livre. O “pular sapo” é outra possibilidade. Ao colocar os membros superiores no solo e im- pulsionar os membros inferiores para a frente, procurando distâncias e direções variadas, os alunos podem comparar o movimento com o salto grupado. Se sentir necessidade, apresente a eles a po- sição de cada salto: grupado (os dois joelhos flexionados), afastado (pernas afastadas) e © J oã o C ân di do P or ti na ri /A ce rv o do P ro je to P or ti na ri carpado (joelhos estendidos e pernas unidas com o quadril flexionado). Etapa 4 – Eu e meus colegas... desafios de equilíbrio! A brincadeira “amarelinha” é muito conhe- cida pelos alunos e apresenta uma infinidade de combinações gestuais, sendo muito motiva- dora quando acompanhada de desafios, como saltar duas casas ou modificar o formato carac- terizado como tradicional. Solicite aos alunos que desenhem a ama- relinha que conhecem, com giz branco ou co- lorido, no chão da quadra. Se preferir, utilize arcos e/ou cordas para fazer outro traçado desejado. Os saltos podem ser feitos com o apoio de ambas as pernas ou com as pernas alternadas, ora à direita, ora à esquerda. É im- portante que os alunos procurem não perder o equilíbrio durante a vivência. Proponha também o jogo “mãe da rua”, que estimula atividades de equilíbrio, mui- to evidenciado em outros aparelhos da GA, como a trave. A trave é um aparelho que pode ser adaptado na escola com um banco sueco invertido ou até mesmo com cordas ou tiras de papel, papelão ou tecidos, com largura aproximada da trave. Outra possibilidade é providenciar suportes e apoiar toras de madeira em locais como o playground – se a escola ou a comunidade possuir um – a fim de simular o andar sobre uma trave. Partindo de músicas com diferentes ritmos, os alunos poderão realizar movimentos bási- cos (corridas, saltos, giros, rolamentos). Ao pa- rar a música, a turma, individualmente ou em grupos, realizará uma situação de equilíbrio estático, com variados apoios solicitados pelo professor. Essa proposta permitirá um diálogo com outras possibilidades da GA, como a pre- sença da música e da dança. 19 Educação Física – 5a série/6o ano – Volume 2 Figura 14 – Amarelinha: equilíbrio e salto. Professor, solicite aos alunos que observem as imagens e res- pondam às questões da seção “Você aprendeu?”, no Cader- no do Aluno. Observe as imagens a seguir e troque ideias com seus colegas para responder às questões. 1. Qual é a posição corporal em que o exe- cutante se encontra: estendida, grupada, carpada, afastada ou combinada (carpada- -afastada, por exemplo)? a) Estendida. © C ar ol W ha le y A dd as si /T he I m ag e B an k/ G et ty I m ag es © M ik e Po w el l/A lls po rt C on ce pt s/ G et ty I m ag es b) Grupada. c) © I nt er na ti on al R es cu e/ St on e/ G et ty I m ag es Carpada. d) © I nt er na ti on al R es cu e/ St on e/ G et ty I m ag es Afastada. 2. Como o executante se encontra em cada uma das situações apresentadas (equilibra- do, apoiado ou suspenso)? Discuta com seus colegas. a) © S co tt M cD er m ot t/ C or bi s/ L at in st oc k Suspenso. © D or lin g K in de rs le y/ G et ty I m ag es 20 b) © R ya n M cV ay /A lls po rt C on ce pt s/ G et ty I m ag es Apoiado. c) © M ik e Po w el l/A lls po rt C on ce pt s/ G et ty I m ag es Equilibrado. SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 2 O MUNDO EM DIFERENTES POSIÇÕES As posições invertidas e as suspensões também compõem o universo cotidiano dos alunos. Alguns jogos e brincadeiras apresen- tam possibilidades de perceber, identificar e nomear determinados gestos e movimentos característicos da GA. É importante que os alunos relacionem as vivências com os ges- tos e os movimentos dessa modalidade es- portiva e colaborem entre si no processo de realização deles. Conteúdo e temas: os exercícios de solo e suspensão na GA; associação dos movimentos com regras da GA. Competências e habilidades: identificar e nomear os gestos e os movimentos da GA associando-os aos exercícios e aparelhos obrigatórios; reconhecer a importância de condutas colaborativas na execução dos movimentos da GA. Sugestão de recursos: colchões ou colchonetes, bastões de madeira, playground. Desenvolvimento da Situação de Aprendizagem 2 Etapa 1 – Percebendo o mundo de cabeça para baixo... com dois apoios! Na primeira Situação de Aprendizagem foram identificados os alunos que conseguem realizar movimentos em posições invertidas. Sugira que retomem o movimento da “estre- linha”. Organize-os em grupos e preocupe-se em garantir que em cada grupo tenha pelo menos um aluno que saiba fazer o movimen- to. Lembre esse aluno que ele deve auxiliar os outros integrantes do grupo. Considere os momentos de diálogo com os alunos, valori- zando o que eles conhecem, sabem e percebem sobre o conteúdo. 21 Educação Física – 5a série/6o ano – Volume 2 Etapa 2 – O mundo de cabeça para baixo... com três apoios... com dois apoios! Solicite aos alunos que se organizem em duplas. Cada dupla utilizará um giz para ris- car um triângulo no chão ou no colchão. Um dos alunos colocará a cabeça (apoio sobre a testa) em uma das pontas do triângulo e as mãos nas outras pontas, levando o corpo à frente até o seu peso ficar distribuído sobre os três apoios. Ele deve elevar uma perna por vez, procurando alcançar a posição inverti- da, com pernas estendidas e unidas. O outro aluno apoiará/auxiliará o movimento ficando na frente do colega, apoiando lateralmente sua perna (no momento em que este assumea posição invertida), segurando-o pelas pernas para que ele não caia (parada com três apoios – parada de cabeça). Como sugestão de expe- rimentação, proponha a realização da parada de cabeça próxima a uma parede. É importante que as outras etapas tenham propiciado aos alunos situações nas quais possam confiar no colega para realizar dife- rentes movimentos, motivo pelo qual as con- dutas colaborativas devem ser enfatizadas. Para a exploração do movimento da pa- rada de mãos, pode-se solicitar inicialmen- te aos alunos que realizem o movimento da “estrela”. Na sequência, eles poderão execu- tar o movimento, utilizando somente os dois apoios (mão-mão), realizando um movimen- to com as pernas chamado “tesourinha”, ou seja, impulsiona-se uma perna no ar, trocam- -se as pernas no ar, retornando-as para o solo, sucessivamente. Nesta vivência, talvez nem todos os alunos consigam realizar a parada de mãos propriamente dita (dois apoios). Posteriormente, remeta à brincadeira de “plantar bananeira” e proponha aos alunos a realização do movimento, ficando com os dois apoios (mãos) sobre um colchão ou colchone- te, elevando e apoiando as pernas na parede. © J oã o C ân di do P or ti na ri /A ce rv o do P ro je to P or ti na ri Figura 15 – PORTINARI, C., Meninos brincando, 1955, pintura a óleo sobre tela, 60 cm x 72,5 cm. Com o enfoque ainda no aparelho solo, motive a turma a se reunir em grupos de cinco ou seis alunos para que organizem uma com- binação dos movimentos vivenciados, orga- nizando uma sequência de exercícios de solo, como as que existem nas competições de GA. Etapa 3 – Carregando meus colegas... ou melhor, suspendendo meus amigos! Após o aparelho solo, já é possível trazer al- guns elementos que serão identificados em ou- tros aparelhos. Para iniciar, há a possibilidade de utilizar cabos de vassoura ou bastões de madeira (certifique-se das condições e da quantidade ne- cessária dos materiais), para que os alunos ana- lisem e percebam o que é estar em apoio e em suspensão. Os apoios e as suspensões são movi- mentos característicos das barras e das argolas. A situação de carregar o outro em cadeirinha torna perceptível, para aquele que carrega, os diferentes pesos, o que permite classificar estes pesos e buscar certa compensação, conforme a autopercepção corporal. Em seguida, agrupe os alunos em trios ou em quartetos e, com os bas- tões de madeira ou cabos de vassoura, proponha situações de apoio (movimentos com predomi- nância nos membros inferiores) e de suspensão (movimentos com predominância nos membros superiores). Por exemplo: dois alunos seguram 22 nas extremidades dos bastões e um terceiro fica- rá em suspensão, rea lizando balanceios. Outra maneira é ir alternando as empunhaduras. Os alunos que já se sentirem confiantes poderão tentar ficar em pé nos bastões. Nesse momento, faça relação com as barras assimétricas, simétri- cas ou paralelas e a fixa. Caso as traves do gol estejam em perfeitas condições e sem ganchos, bem fixadas ao chão, utilize-as para que os alunos experimentem os movimentos. Lembre-se de preservar a segurança dos alunos. Organize-os em quartetos. É impor- tante colocar colchões embaixo da trave e uma cadeira nas suas laterais como auxílio para que os alunos possam subir e descer. No início da atividade, um colega acompanha e observa late- ralmente como o companheiro se desloca ou se movimenta. Este deve se deslocar em suspensão de frente, ou seja, pendurado, o que coloca a força predominante nos membros superiores. Outras maneiras de se deslocar na trave são de costas e lateralmente ou em posição estendida, trocando a empunhadura (segurar com as mãos, ora com a direita, ora com a esquerda). Outra sugestão que pode ser explorada para simular os movimentos realizados nas barras é utilizar um playground (relacionar com o histó- rico da GA), se a escola ou comunidade pos- suir algum. © G eo rg e M ar ks /R et ro fi le /G et ty I m ag es Figura 16 – Posição invertida e suspensão. Por exemplo, o trepa-trepa poderá servir de barras, conforme algumas das sequências: f deslocar-se na posição grupada, ou seja, com os membros inferiores flexionados em direção ao tronco; f balanço nas barras, segurando em ambas: na posição estendida, com a predominân- cia dos membros inferiores; evidenciando o movimento articular de retroversão e anteversão, semelhante a um pêndulo; f andar em pé sobre as barras; f andar engatinhando sobre as barras; f pendurar-se nas barras e ir se deslocando, trocando a empunhadura; f esquadro: sentado, membros inferiores na posição afastada, segurando nas barras e realizando um movimento de apoio, ou seja, mantendo todo o peso do corpo nos membros superiores enquanto os mem- bros inferiores permanecem em isometria; f carpado: em apoio na posição carpada (pernas unidas estendidas com flexão de quadril), ou seja, membros inferiores à frente na altura da barra paralelamente. Num primeiro momento parado e, poste- riormente, em movimento. Todos os mo- vimentos descritos neste parágrafo devem acontecer com os cotovelos estendidos, por segurança. Etapa 4 – Reconhecendo os gestos e os movimentos característicos da GA Organize os alunos em grupos mistos de cinco ou seis componentes e escolha ou sor- teie dois movimentos característicos da GA para que eles realizem. Peça a todos que apreciem a execução e apontem se os gestos e os movimentos exe- cutados correspondem aos nomes aprendi- dos nas etapas anteriores. Professor, solicite aos alunos que analisem as imagens da área assina- lada e respondam as atividades da 23 Educação Física – 5a série/6o ano – Volume 2 seção “Lição de casa” e, depois, que escrevam no diagrama os nomes destacados em verme- lho na seção “Desafio!”, no Caderno do Aluno. As imagens a seguir são da arena em que foram realizadas as competições de GA dos Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro, F ot os : © C la ud io L ar a A B C A D em 2007. Na primeira imagem, a área assina- lada com a letra (A) destina-se às provas de solo; a área assinalada com a letra (B) é a das argolas; e o salto sobre a mesa é realizado na área (C). Na segunda imagem, vê-se a área das paralelas assimétricas (D) e, ao fundo, a área das provas de solo (A). 24 1. Analise com cuidado as duas imagens. Ne- las, há duas ginastas executando os movi- mentos na paralela assimétrica e na mesa para saltos. Sobre que parte do corpo elas estão apoiadas? Sobre as duas mãos. 2. As duas ginastas estão, literalmente, vendo o mundo de ponta-cabeça, não estão? Mas será que só os ginastas ficam de ponta-cabe- ça? Será que existem outras situações, além da GA, em que também ficamos de cabeça para baixo? Cite outros exemplos. Pense em situações do cotidiano em que olhamos o mundo de “cabeça para baixo”. Espera-se que o aluno indique situações realizadas em um playground, em que é possível alguém ficar suspenso; os mo- vimentos de parada de cabeça, parada de mãos e a estrela, que são feitos na capoeira e no street dance, entre outras. Nos exercícios realizados em diferentes apa- relhos de GA, há situações em que o ginasta está em apoio (no aparelho ou fora dele), outras em que está suspenso (pendurado) e outras ainda em que se encontra em equilíbrio. Observe a primeira imagem: o atleta está apoiado no solo, sobre as mãos. Ele precisa de muito equilíbrio e força para manter-se nesse apoio, caso contrário não conseguiria ficar nessa posição. É a sua vez de fazer essa análise. 3. Para cada imagem anote se a pessoa está prioritariamente apoiada, suspensa ou equilibrada. a) Equilibrada.© M ik e Po w el l/A lls po rt C on ce pt s/ G et ty I m ag es b) Suspensa. c) Apoiada. © D eb ra M cC lin to n/ T he Im ag e B an k/ G et ty I m ag es d) Equilibrada. e) Suspensa. © D om in iq ue D ou ie b/ P ho to A lt o A ge nc y C ol le ct io ns /G et ty I m ag es © V in ce nt B es na ul t/ P ho to di sc /G et ty I m ag es © S co tt M cD er m ot t/ C or bi s/ L at in st oc k 25 Educação Física – 5a série/6o ano – Volume 2 4. Agora, analise duas cenas do cotidiano: a) Suspensa. © J an ea nn e G ilc hr is t/ D or lin g K in de rs le y/ G et ty I m ag es b) Equilibrada. © T yl er E dw ar ds /D ig it al V is io n/ G et ty I m ag es Desafio! Ginastas que fizeram história na GA No quadro a seguir, você encontra alguns ginastas que fizeram história na GA. Os nomes destacados em vermelho devem ser usados no desafio. Veja o exemplo. Os números ao lado dos nomes indicam a quantidade de letras da palavra. © I B G E – J ap ão , B ra si l, E U A , R om ên ia , R ús si a, C hi na , B ie lo rú ss ia , U ni ão S ov ié tic a/ R ep ro du çã o Japão Masao Takemoto (8) Mitsuo Tsukahara (9) Yukio Endo (5) Brasil Arthur Zanetti (6) Daiane dos Santos (6) Daniele Hypolito (7) Diego Hypolito (5) Jade Barbosa (4) Lais Souza (4) Luísa Parente (5) Estados Unidos da América Nastia Liukin (6) Shannon Miller (7) Shawn Johnson (5) Romênia Cătălina Ponor (8) Nadia Comăneci (8) Rússia Anna Pavlova (7) Alexei Nemov (6) Svetlana Khorkina (8) União Soviética (até 1991) Alexander Nikolaievich Dityatin (8) Dimitri Bilozertchev (7) Nikolai Andrianov (9) China Cheng Fei (3) He Kexin (5) Zou Kai (3) Bielorrússia Olga Korbut (6) Vitaly Scherbo (6) Escreva no diagrama os nomes em destaque, respeitando os cruzamentos. 26 A J L A K E D D A N I E L E X C O M Ă N E C I X E Ă E I D I M I T R I G N A Ă O I L A I L N N S U E P A V L O V A I E S T S U K A H A R A L A A I S H A W N D A N D R I A N O V T N Y U K I O A V I T A L Y A S A T A K E M O T O F E I I O I S H A N N O N R A B U A R T H U R ATIVIDADE AVALIADORA Os alunos poderão preencher fichas, es- crever ou desenhar os movimentos apren- didos. Imagens ou trechos de vídeos com movimentos característicos da GA poderão ser utilizados. Solicite aos alunos que identi- fiquem os movimentos e os associem com jo- gos e brincadeiras do cotidiano. A intenção desta Atividade Avaliadora é proporcionar ao professor elementos que permitam ana- lisar se os alunos conseguem identificar alguns elementos da ginástica artística vi- venciados nas etapas realizadas. Além de identificar e nomear os movimentos, espera- -se que os alunos sejam capazes de realizar alguns desses movimentos, ainda que não se exija perfeição. 27 Educação Física – 5a série/6o ano – Volume 2 Durante o percurso pelas várias etapas das Situações de Aprendizagem, alguns alunos pode- rão não apreender os conteúdos da forma espera- da. É necessário, então, elaborar outras Situações de Aprendizagem em que os elementos que com- põem a GA possam ser problematizados e per- cebidos. Essas situações devem ser diferentes, de preferência, daquelas que geraram dificuldade para os alunos. Tais estratégias podem ser desen- volvidas durante as aulas ou em outros momen- tos e envolver todos os alunos ou apenas aqueles que apresentaram dificuldades. Por exemplo: f roteiro de estudos com perguntas nortea- doras referentes à GA. O Caderno do Alu- no contém perguntas desse tipo; f apreciação de gestos realizados pelos colegas durante as diferentes etapas das Situações de Aprendizagem e posterior execução; f pesquisas em sites ou em outras fontes (como revistas ou jornais) para posterior apresentação sobre temas como histórico, aparelhos (dimensões) e espaços oficiais da GA. PROPOSTA DE SITUAÇÕES DE RECUPERAÇÃO RECURSOS PARA AMPLIAR A PERSPECTIVA DO PROFESSOR E DO ALUNO PARA A COMPREENSÃO DO TEMA Livros BROCHADO, Fernando Augusto; BRO- CHADO, Mônica Maria Viviani. Fundamen- tos de ginástica artística e de trampolins. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. Os autores apresentam histórico, aparelhos, des- crição de gestos e movimentos característicos da ginástica artística. SCHIAVON, Laurita Marconi; NISTA- -PI CCOLO, Vilma Leni. Aspectos pedagó- gicos no ensino da ginástica artística e da gi- nástica rítmica no cenário escolar. In: PAES, Roberto Rodrigues; BALBINO, Hermes Fer- reira. Pedagogia do esporte: contextos e pers- pectivas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. Esse capítulo apresenta informações so- bre a ginástica artística, sugerindo adaptações de materiais e de espaços para a sua prática. Artigos ARAÚJO, Aline Winnie Galvão; FARO, Car- men L. Cunha. Possibilidades do ensino da ginástica artística nas aulas de educação física escolar a partir da pedagogia crítico-emancipa- tória. Universidade Estadual do Pará, 2012. Disponível em: <http://paginas.uepa.br/ccbs/ edfisica/files/2012.2/ALINE_WINNIE.pdf>. Acesso em: 11 mar. 2014. As autoras apresen- tam possibilidades para o ensino do GA nas aulas, com exemplos detalhados. VIGARELLO, Georges. A invenção da ginás- tica no século XIX: movimentos novos, corpos novos. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, Campinas, set. 2003. v. 25, n. 1, p. 9-20. Dispo- nível em: <http://www.rbceonline.org.br/revista/ index.php/RBCE/article/view/170>. Acesso em: 11 nov. 2013. Esse artigo apresenta o histórico da ginástica no contexto do século XIX. Sites Confederação Brasileira de Ginástica. Dispo- nível em: <http://www.cbginastica.com.br>. Acesso em: 11 nov. 2013. Informações sobre o calendário esportivo da ginástica rítmica e demais modalidades gímnicas. Federação Internacional de Ginástica. Dispo- nível em: <http://www.fig-gymnastics.com>. Acesso em: 11 nov. 2013. Informações sobre o calendário esportivo da ginástica e das dife- rentes modalidades gímnicas mundiais. 28 TEMA 2 – ORGANISMO HUMANO, MOVIMENTO E SAÚDE – APARELHO LOCOMOTOR © P at ri k G ia rd in o/ C or bi s/ L at in st oc k Ao observar uma turma de 5a série/6o ano do Ensino Fundamental, é comum verificar uma diversidade na estatura das crianças, pois algumas já iniciaram o processo de estirão de crescimento (entre 9 e 10 anos nas meninas e de 10 a 12 anos nos meninos), que prossegue em velocidades variadas. Nessa fase de iní- cio da adolescência, o aparelho locomotor se modifica significativamente, apresentando al- terações no tamanho, na proporção e na com- posição corporal. O aparelho locomotor é composto pelos sistemas muscular e esquelético (osteoarticu- lar). Nele, estão presentes aproximadamen- te 656 músculos e 206 ossos, que atuam em conjunto para que as pessoas possam realizar diversos movimentos. Os movimentos são co- mandados por uma complexa estrutura com- posta do cérebro, da medula espinhal e dos neurônios. Observe, no quadro a seguir, algu- mas informações sobre o sistema muscular e o esquelético. Figura 17 – Diferenças físicas. 29 Educação Física – 5a série/6o ano – Volume 2 Figuras 18 e 19 – Principais músculos do sistema locomotor (visão dorsal e frontal). Figuras 20 e 21– Principais ossos do sistema locomotor (visão frontal e dorsal). © R og er H ar ri s/ SPL /L at in st oc k Sistema esquelético Frontal Mandíbula Metacarpo Falanges Fêmur Costelas Ulna Rádio Carpo Metatarso Tarso Fíbula Tíbia Patela Ísquio Sacro Ílio Úmero Esterno Clavícula Nasal Temporal Fêmur Ísquio Rádio Ulna Costela Vértebras Clavícula Escápula Úmero Cóccix Ílio Áxis Occiptal Atlas Parietal Temporal © N uc le us M ed ic al A rt , I nc ./P H O T O T A K E /A la m y/ G lo w I m ag es Sistema muscular Temporal Temporal Frontal Deltoide Serrátil anterior Reto do abdome Oblíquo extremo Tensor da fáscia lata Tibial anterior Reto femoral Vasto lateral Flexor do antebraço Gastrocnêmio Grácil Adutor longo Sartório Orbicular dos olhos Esternocleidomastóideo Esternocleidomastóideo Infraespinhal Peitoral maior Bíceps Tríceps Grande dorsal Flexores das mãos Grácil Grande adutor Trapézio Trapézio Deltoide Glúteo Bíceps femoral Gastrocnêmio Sóleo 30 Com as alterações hormonais, ocorre um aumento de massa muscular nos meninos e de gordura nas meninas, o que pode repercutir na percepção do próprio corpo pelos alunos e no desenvolvimento diferencial da capacidade de força. Nessa fase, o melhor desempenho nos testes motores está atrelado à maturação física, sen- do difícil, portanto, separar as consequências desta dos efeitos do treinamento, pois crianças precoces são mais altas, pesadas e fortes. Em- bora a prática sistemática de atividade física ocasione adaptações no peso corporal, aumen- tando a massa muscular e reduzindo a gordu- ra, não há relação com a estatura (apesar de melhorar a mineralização e a densidade óssea). A estatura e a constituição física interfe- rem no desempenho esportivo, como pode ser evidenciado nas características dos atletas de basquetebol, que são mais altos, e dos ginastas, mais baixos. Mas, na Educação Física escolar, o professor pode ressaltar que as técnicas re- quisitadas por diferentes modalidades podem ser aperfeiçoadas por todos os alunos, indepen- dentemente das características individuais. O conhecimento das modificações do pró- prio corpo contribuirá para que os alunos re- conheçam suas potencialidades e os ajudará a adaptar-se e compreender as demandas pro- venientes do ambiente. Além disso, o conheci- mento das estruturas do aparelho locomotor será um recurso que o professor terá para que os alunos executem os movimentos propostos com mais consciência, precisão e satisfação. A seguir, serão sugeridas Situações de Apren- dizagem que associam os conhecimentos sobre o aparelho locomotor aos conteúdos e temas apresentados no volume anterior, relacionados às capacidades físicas e ao esporte (futsal), a fim de torná-los mais significativos para os alunos. Figuras 22 e 23 – A estatura e a composição corporal interferem no desempenho. Possibilidades interdisciplinares Professor, o tema aparelho locomotor poderá ser desenvolvido de modo integrado com a disciplina de Ciências, pois envolve conteúdos relacionados às estruturas corporais. Converse com os professores respon- sáveis por essa disciplina em sua escola. Com essa iniciativa, os alunos compreenderão mais facilmente os conteúdos de forma mais global e integrada. © P at ri k G ia rd in o/ C or bi s/ L at in st oc k © P at ri k G ia rd in o/ C or bi s/ L at in st oc k 31 Educação Física – 5a série/6o ano – Volume 2 Inicialmente, verifique quais as estrutu- ras do corpo os alunos associam às técnicas mais comuns do futsal. A seguir, mostre a eles os ossos, os músculos e as articulações envolvidos nos movimentos mais frequentes que apontaram e os oriente a, em grupos, estimular a flexibilidade articular e a força SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 3 (RE)CONHECENDO MEU CORPO EM MOVIMENTO muscular das principais estruturas envol- vidas na habilidade. Finalmente, propo- nha um jogo de chute a gol e ressalte as diferenças individuais, que interferem na performance, e sugira adaptações na forma- ção dos grupos de acordo com as variadas estaturas dos alunos. Conteúdo e temas: aparelho locomotor envolvido nas habilidades do futsal; exercícios que ativam as estruturas do corpo (flexibilidade articular e força muscular); maturação das estruturas do aparelho locomotor (estatura). Competências e habilidades: identificar as próprias estruturas corporais nas habilidades do futsal; asso- ciar exercícios de flexibilidade e força às articulações e aos músculos; associar as diferenças do aparelho locomotor à performance em habilidades esportivas. Sugestão de recursos: folha de papel kraft; giz; cabos de vassoura; mangueira; fios de lã; canos de PVC; fita- -crepe adesiva ou semelhante; imagens e fotos das estruturas corporais; filmes sobre o sistema locomotor. Desenvolvimento da Situação de Aprendizagem 3 Etapa 1 – O que conheço do meu corpo? Esta etapa inclui uma avaliação diagnóstica em que os alunos identificam em uma figura do corpo humano – os ossos, os músculos e as ar- ticulações que conhecem. Oriente-os a escolher uma situação específica do futsal (chute, passe, cabeceio, defesa do goleiro etc.) para que seja por eles representada numa folha de papel kraft ou então desenhada, contornando o próprio corpo, com giz, no solo da quadra. A utilização do papel kraft facilitará o registro e a análise posterior. A seguir, os alunos identificarão os princi- pais ossos, músculos e articulações envolvidos no movimento, desenhando-os ou assinalan- do-os na figura após a experimentação/vivên- cia do movimento. Quando todos os alunos realizarem a ta- refa proposta, registre (anote ou fotografe) os movimentos e as estruturas identificadas por eles para posterior análise. Solicite que ob- servem a figura de um colega que se destaque por conter estruturas do corpo que serão tra- balhadas na próxima etapa (ossos, músculos, articulações), para que pesquisem a nomen- clatura correspondente. Professor, faça uma reflexão com os alunos sobre as considerações apresentadas nas questões da se- ção “Para começo de conversa”, no Caderno do Aluno. Se você tem um irmão ou irmã mais velho/ velha ou observa os alunos e as alunas das ou- tras séries/anos, já deve ter notado que alguns crescem muito rápido, quase do dia para a noite! Ou mesmo na sua própria turma: aque- la amiga ou menina que chamava tanto sua atenção volta das férias mais alta do que você. Isso é chamado de estirão de crescimen- to. Nas meninas, o estirão costuma acontecer 32 a) Órgão locomotor (perna esquerda) e músculos (perna direita). Os alunos podem se referir também aos ossos do pé direito e a uma pequena porção visível do fêmur. b) Ossos. Os alunos podem se referir também às falanges. c) Órgãos. Os alunos podem mencionar coração ou pulmão. © N uc le us M ed ic al A rt , I nc ./G et ty I m ag es © I m ag e So ur ce /I S2 /L at in st oc k © S to ck by te /G et ty I m ag es entre os 9 e os 12 anos, e, nos meninos, en- tre os 10 e os 12 anos. Além de mais altos, os meninos ficam também mais fortes em função da ação hormonal. Será que, ao fi- car mais altos e mais fortes, podem melho- rar a performance (rendimento) esportiva? É isso mesmo! Por isso, serão estudadas as alterações que ocorrem no aparelho loco- motor, em função do crescimento, e como elas interferem na execução dos gestos. Para começo de conversa, responda às questões a seguir. 1. Escolha a opção que corresponde aos sis- temas que formam o aparelholocomotor. a) Sistemas digestório e esquelético. b) Sistemas muscular e respiratório. c) Sistemas muscular e esquelético. d) Sistemas digestório e respiratório. 2. A função que melhor representa o sistema esquelético é: a) sustentação. b) circulação. c) trocas gasosas. d) digestão. 3. Nas imagens a seguir, você verá algumas partes do corpo humano. Analise e indi- que se são ossos, órgãos ou músculos. 33 Educação Física – 5a série/6o ano – Volume 2 4. Joelhos, cotovelos e tornozelos são exem- plos de articulações. Observe esta imagem da articulação do joelho: Uma articulação é a união entre: a) dois ou mais ossos. b) dois ou mais músculos. c) dois ou mais órgãos. d) dois ou mais sistemas. Professor, solicite aos alunos que completem a tabela e res- pondam a questão da seção “Pesquisa em grupo”, no Ca- derno do Aluno. 1. Com os colegas, pesquise o nome e a função dos músculos coloridos. Depois complete a tabela conforme o exemplo a seguir: © P et er D az el ey /P ho to gr ap he r’s C ho ic e/ G et ty I m ag es Articulação 1. Ombro 2.Cotovelo 3. Joelho Músculo Deltoide Bíceps Quadríceps Função Flexão, extensão e abdução do ombro. Flexão do cotovelo. Extensão do joelho. 2. Quais são os mús- culos representados pelas cores azul e vermelha na figura ao lado? Peitoral e abdominais, res- pectivamente. © H ud so n C al as an s © H ud so n C al as an s 34 Etapa 2 – Exercitando meu aparelho locomotor Selecione os gestos e os movimentos dese- nhados com maior frequência pelos alunos na etapa anterior para que sejam analisados quanto às estruturas do corpo envolvidas. É interessan- te providenciar ou selecionar antecipadamente material de apoio com imagens (fotos, figuras, filmes) dos sistemas que compõem o aparelho locomotor (esquelético, muscular, nervoso) para explicar as funções e associá-las aos movimentos. O conteúdo desse material de apoio sobre o apa- relho locomotor poderá ser trabalhado conjun- tamente com as disciplinas de Ciências e Arte. É interessante usar a criatividade para ela- borar materiais alternativos (podem ser feitos em conjunto pelos alunos em classe ou indivi- dualmente, por eles, em casa), como, quebra- -cabeças confeccionados com papel-cartão dos ossos, representações das articulações ou do mecanismo muscular com materiais reci- cláveis (cabo de vassoura, mangueira, fios de lã, tampinhas de garrafa). A seguir, solicite aos alunos que se divi- dam em grupos (de cinco a seis integrantes) para criar exercícios que estimulem a flexi- bilidade das articulações e a força muscular de um dos movimentos analisados. Espalhe pelo chão da quadra, ou fixe na parede da sala, imagens de pessoas em situações cujas capacidades de flexibilidade e força possam ser percebidas. Podem ser feitas as seguintes perguntas: f Vocês sabem o que é flexibilidade? f Quais movimentos ou gestos requerem flexibilidade nas articulações? f Como identificar se um colega é forte? Depois, sugira que cada grupo ensine/de- monstre os exercícios criados aos demais co- legas de classe. Construa uma tabela, como a que se se- gue, com as análises e os exercícios elabora- dos pelos alunos para posterior exposição em sala de aula. Movimentos Articulações Flexibilidade Músculos Força Figura 24 – Movimento de locomoção. © A lf re d P as ie ka /S P L /L at in st oc k Figura 25 – Movimento de saltar. © C ar ol & M ik e W er ne r/ A la m y/ G lo w Im ag es 35 Educação Física – 5a série/6o ano – Volume 2 Movimentos Articulações Flexibilidade Músculos Força Figura 26 – Movimento de cabeceio. © J im C um m in s/ C or bi s/ L at in st oc k Figura 27 – Movimento do chute. © L yn ne S ile r P ho to gr ap hy / A la m y/ G lo w I m ag es Figura 28 – Movimento do goleiro. © J oh n T er en ce T ur ne r/ A la m y/ G lo w I m ag es Etapa 3 – Somos todos iguais? Ou duas alturas, duas medidas...? Providencie ou adapte quatro traves. Um diferencial do jogo será as dimensões das traves, que poderão ser assim variadas: 1,5 m x 1,5 m; 2 m x 2 m; 2,5 m x 2,5 m; 3 m x 3 m. Outra possibilidade é delimitar os gols desenhando-os com giz nas paredes da quadra (ou em outro espaço da escola) ou con- tornando-os com fita-crepe no alambrado. Há também a possibilidade de adaptar as traves com canos de PVC. Defina um ponto de aproximadamente 3 m de distância do gol para posicionar a bola. Cada dois grupos jogarão em um dos gols, defenden- do e atacando. Estabeleça um rodízio para que todos os grupos possam atacar e defender em todas as traves. 36 Proponha um jogo de chute ao gol a ser rea- lizado entre oito grupos (com quatro ou cinco integrantes cada um). Sorteie um grupo para a defesa e outro para o ataque em cada um dos quatro gols e determine um tempo para que todos os integrantes possam vivenciar as duas situações pelo menos uma vez com a mesma equipe adversária (no mesmo gol o time A ataca e o B defende, a seguir B ataca e A defende). É importante que todos os grupos joguem entre si, defendendo e atacando em todas as traves, para que tenham condições de perceber os fatores que interferem no desempenho. Os grupos que estiverem nos gols meno- res provavelmente defenderão mais em relação aos maiores. Discuta com os alunos as dife- rentes condições dos jogos. Procure questionar quais as diferenças individuais que interferem no desempenho do goleiro. Um dos fatores que interferirão no desempenho é a estatura, pois isso propiciará um menor ou maior alcance da bola. Outros fatores que também interferem na performance poderão ser questionados pelos alunos, como agilidade, velocidade etc. É impor- tante ressaltar que a intenção, neste caso, é perce- ber o quanto a estatura interfere no desempenho. A seguir, proponha aos alunos que refor- mulem os grupos com base no critério da es- tatura para que a disputa entre os times seja mais equilibrada. O saldo de gols poderá ser registrado pelos próprios alunos para posterior análise. Professor, solicite aos alunos que ob- servem as imagens e completem cada item das atividades na seção “Lição de casa”, no Caderno do Aluno. 1. Observe estas imagens e analise as articula- ções e as capacidades físicas acionadas em cada situação. Depois complete cada item seguindo o exemplo. a) Defesa do goleiro. Articulações: tornozelo, joelho, quadril, ombro, cotovelo e punho. Capacidades: força e flexibilidade. b) Chute (considere apenas a perna direita). Articulações: Tornozelo, joelho e quadril. Capacidades: Força. c) Grand jeté (considere apenas as pernas). Articulações: Quadril. Capacidades: Flexibilidade. © A da m P re tt y/ A lls po rt C on ce pt s/ G et ty I m ag es © a nd re w lin sc ot t. co .u k/ A la m y/ G lo w I m ag es © L ou ng ep ar k/ St on e/ G et ty I m ag es 37 Educação Física – 5a série/6o ano – Volume 2 Somos todos iguais? Ou duas alturas, duas medidas...? Agora que você já sabe um pouco sobre o aparelho locomotor, vamos voltar à questão ini- cial: analisar se as diferenças físicas individuais, como estatura, força, flexibilidade etc., interfe- rem na performance. Você já notou que atletas de determinadas modalidades têm característi- cas físicas semelhantes? Por exemplo, os jogado- res de basquetecostumam ser altos, e os ginastas são mais baixos. Em uma mesma modalidade esportiva, dependendo da posição, é comum o jogador apresentar uma característica física se- melhante. Veja o futebol: em geral, os goleiros e os zagueiros são mais altos. No basquetebol, os pivôs são mais altos do que os alas e os armado- res. No voleibol, o levantador costuma ser mais baixo que os atacantes, e assim por diante. Você provavelmente vivenciará nas aulas de Educação Física uma atividade de chute a gol com variações no tamanho das traves, variações de ataque e defesa etc. Após a vivên- cia, responda: 2. A dimensão da trave, a estatura do goleiro ou a técnica do atacante interferiram no desempenho dos participantes? Como? Espera-se que o aluno comente que essas variáveis interfe- rem no desempenho. 3. O desempenho das equipes que defende- ram gols em traves maiores foi o mesmo das equipes que defenderam gols em traves menores? Explique. Espera-se que o aluno perceba que as diferenças indivi- duais, além das variáveis materiais (trave), interferem no desempenho. SITUAÇÃO DE APRENDIZAGEM 4 IDENTIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS NA GA Durante o aprendizado dos movimentos da GA, os alunos identificaram as articulações envolvidas nos movimentos da modalidade, descrevendo-os com o auxílio do professor. A seguir, eles analisarão a execução dos movimen- tos nos colegas da própria turma. Conteúdo e temas: articulações utilizadas na GA; nomenclatura dos movimentos das articulações usa- das na GA. Competências e habilidades: descrever os movimentos na GA (flexão de quadril, rotação de ombro, extensão da coluna); perceber articulações e musculatura envolvidas em sequên cias de movimen- tos da GA em si e no outro. Sugestão de recursos: bancos suecos, cordas, colchonetes ou colchão de ginástica. Desenvolvimento da Situação de Aprendizagem 4 Etapa 1 – Explicando as habilidades da GA Durante as aulas do tema GA, peça aos alunos que percebam as articulações envol- vidas nos movimentos praticados para que, após a vivência dos movimentos específicos da modalidade, identifiquem as articulações envolvidas e as descrevam (flexão, extensão, rotação, adução, abdução, elevação) com a sua ajuda. Sugere-se a utilização de material de apoio com imagens dos movimentos pra- ticados (fotos, desenhos, recortes de jornal), como exemplificado na tabela a seguir. 38 Movimentos da ginástica artística Descrição do movimento Figura 29 – Exercícios sobre a trave. © J er ry W ac ht er /P ho to re se ar ch er s/ L at in st oc k Figura 30 – Salto sobre a mesa. © G jo n M ili /T im e & L if e P ic tu re s/ G et ty I m ag es f Essas diferenças interferem na execução do movimento? f A força e a flexibilidade são iguais entre meninas e meninos? f Como essas capacidades físicas interferem na execução do movimento? f Quem vivencia movimentos similares fora das aulas? f Quais são os movimentos realizados no co- tidiano em que se identificam que a força e a flexibilidade são necessárias? Oriente cada grupo a construir um painel com tais informações, a ser exposto aos de- mais colegas, deixando-o afixado na escola. Segue uma tabela com sugestões de imagens e informações para auxiliar na elaboração do painel, caso seja necessário. Etapa 2 – Somos todos iguais? Peça aos alunos que se organizem em gru- pos (de cinco a seis integrantes) para que rea- lizem e analisem os elementos que facilitam e dificultam a execução correta dos movimentos da GA. Proponha que cada grupo selecione um dos movimentos e perceba sua estrutura física e suas capacidades físicas. Pode-se questioná-los com as seguintes perguntas: f Há diferença entre a estrutura física de me- ninos e meninas? f O que muda nas dimensões da estrutura fí- sica de meninos e meninas? 39 Educação Física – 5a série/6o ano – Volume 2 Professor, solicite aos alunos que respondam as questões da seção “Você aprendeu?”, no Ca- derno do Aluno. 1. Observe a articulação envolvida em cada movimento nas imagens a seguir e iden- tifique a capacidade utilizada em cada caso. Movimentos da ginástica artística Análise do movimento Fatores que facilitam e dificultam Vela Figura 31 – Flexão de quadril. Força na musculatura abdominal e dorsal. Esquadro Figura 32 – Flexão de cotovelos, tronco e quadril. Força na musculatura dos membros superiores e abdominal. Avião Figura 33 – Abdução de membros inferiores e superiores. Flexibilidade do quadril. © P au lo M an zi © P au lo M an zi © P au lo M an zi a) Articulação: ombro. Capacidade: Força. © J oh n Po w el l P ho to gr ap he r/ A la m y/ G lo w I m ag es 40 b) Articulação: quadril. Capacidade: Flexibilidade. 2. Depois do estirão de crescimento, quem costuma se tornar mais forte: os meninos ou as meninas? Por quê? Os meninos. Devido à ação hormonal. © P au lo M an zi 3. As diferenças nas dimensões corporais in- terferem na execução dos movimentos? In- dique uma modalidade esportiva em que a estatura tem influência na performance. Sim. Professor, as respostas podem ser variadas, observe a coerência nos argumentos dos alunos. As modalidades podem ser o basquete (geralmente a estatura é alta, para estar mais próximo do alvo e favorecer nos rebotes, por exemplo), a GA (usualmente a estatura é baixa, pois isso facilita a execução dos movimentos nos aparelhos) ou ou- tras destacadas pelos alunos. 4. Pensando nas situações do dia a dia, cite dois movimentos de força e dois de flexibilidade. Há várias possibilidades de resposta. Professor, verifique os conceitos e analise as respostas sobre as atividades do cotidiano, bem como a coerência dos movimentos sele- cionados pelos alunos. Será interessante avaliar os alunos durante o próprio processo de ensino e aprendiza gem. Os registros das Situações de Aprendizagem podem ser realizados com base na análise do conteúdo e do envolvimento de cada grupo. Pode-se complementar tais informações com a avaliação individual, como atividades escritas, em que os alunos: f associem os ossos, as articulações e os músculos nos movimentos do futsal e/ou da GA (assinalar estruturas em desenho, fotos ou figuras); f elaborem exercícios de flexibilidade e for- ça que ativem/mobilizem as estruturas do corpo estudadas (articulações e mús- culos); f descrevam os movimentos da GA por meio de imagens (fotos, figuras ou filmes/ vídeos). ATIVIDADE AVALIADORA PROPOSTA DE SITUAÇÕES DE RECUPERAÇÃO Durante o percurso pelas várias etapas das Situações de Aprendizagem, alguns alunos poderão não apreender os conteúdos e desen- volver as habilidades da forma esperada. É necessário, então, propor outras Situações de Aprendizagem que permitam a esses alunos “revisitar” o processo de outra maneira. Essas situações devem ser diferentes, de preferência, daquela que gerou dificuldade para eles. Tais estratégias podem ser desenvolvidas durante as aulas ou em outros momentos, individual- mente ou em pequenos grupos, envolver todos os alunos ou apenas aqueles que apresenta- ram dificuldades. Por exemplo: f roteiro de estudos com perguntas norte- adoras com referência às estruturas do corpo que atuam em determinados movi- mentos. O Caderno do Aluno contém per- guntas desse tipo; f atividade-síntese de determinado conteú- do, em que as várias atividades serão re- 41 Educação Física – 5a série/6o ano – Volume 2 Além das vivências realizadas nas aulas, o Cader- no do Aluno apresenta dicas de alimentação
Compartilhar