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ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE ESTEIO SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE TERMO DE REFERÊNCIA PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL (PGRCC) 1. DADOS GERAIS 1.1. Identificação do Empreendimento 1.1.1. Razão Social: Moura e Thomsen Empreendimentos Imobiliários LTDA. 1.1.2. Nome Fantasia: Residencial Moura e Thomsen. 1.1.3. CNPJ: 01.123.123/0001/00 1.1.4. Endereço Completo: Rua Cristi, Nº 22 - Esteio. 1.1.5. Telefone de Contato: 51 3712 1314 1.1.6. Correio Eletrônico (E-mail): residencialmouraethomsen@gmail.com 1.2. Responsável técnico pela obra 1.2.1. Nome: Ana Paula Klein 1.2.2. Endereço; Rua Germano Hallmann nº 76 - Lajeado 1.2.3. Telefone; (51) 99976-7353 1.2.4. E-mail; apklein2@universo.univates.br 1.2.5. Número de registro no CREA e da ART correspondente; xxxx 1.3. Responsável técnico pela elaboração/projeto do PGRCC 1.3.1. Nome; Adriano Fleck 1.3.2. Endereço; Rua Washington Luiz n° 434- São Cristóvão - Lajeado 1.3.3. Telefone; (51) 99714-3899 1.3.4. E-mail; adriano.fleck@universo.univates.br 1.3.5. Número de registro profissional; 556812 1.3.6. Número da ART vinculada; xxxx 1.3.7. Nome: Rafael Natan Duarte de Vargas 1.3.8. Endereço: Rua Nova Geração - 533, Pinheiros - Estrela. 1.3.9. Telefone: (51) 99448-1193 VERSÃO SETEMBRO 2017 ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE ESTEIO SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE 1.3.10. E-mail: rafael.vargas@universo.univates.br 1.3.11. Número de registro profissional: 558531 1.3.12. Número da ART vinculada: XXXXXX 1.4. Responsável técnico pela implementação/execução do PGRCC 1.4.1. Nome; Petra Schmidt 1.4.2. Endereço; Rua Conego Pedro Hilleshein, nº 125 - Estrela 1.4.3. Telefone; (51) 98326 2888 1.4.4. E-mail; petra.schmidt@universo.univates.br 1.4.5. Número de registro profissional; RS XXXXX 1.4.6. Número da ART vinculada; XXXXXXX 2. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO 2.1. Localização: O empreendimento está localizado em um terreno urbano com a superfície de 820,05m², situado no quarteirão 79, Rua José Bonifácio, s/n, Bairro Cristi, Esteio/RS. O quarteirão é formado pelas ruas Rio Grande, Dom Pedro, David Canabarro e José Bonifácio. O terreno está registrado sob a matrícula nº16.812, do Registro de Imóveis da Comarca de Esteio/RS. 2.2. Croquis de localização: VERSÃO SETEMBRO 2017 ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE ESTEIO SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE Figura 1 - Planta de localização. 2.3. Caracterização do sistema construtivo: O empreendimento a ser realizado o plano de gerenciamento de resíduos sólidos de construção civil trata-se de um edifício residencial multifamiliar, sendo executado em alvenaria e concreto armado. O edifício contém 5 pavimentos com 9 apartamentos, sendo que o térreo possui 1 apartamento, salão de festas, playground e 16 vagas de garagem, 4 pavimentos tipos com 2 apartamentos e a cobertura onde se localiza a área dos reservatórios de água. 2.4. Apresentação de planta arquitetônica de implantação da obra, incluindo o canteiro de obras, área total do terreno, área de projeção da construção e área total construída: VERSÃO SETEMBRO 2017 ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE ESTEIO SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE Figura 2 - Planta baixa do empreendimento. Fonte: Autores (2020). 2.5. Número de trabalhadores, incluindo terceirizados O total de trabalhadores para o andamento da obra é fornecido a seguir: ● 20 pessoas para supraestrutura; ● 4 pessoas para fechamento vertical; ● 2 pessoas para instalações Elétricas; ● 2 pessoas para instalações Hidro; ● 4 pessoas para contrapiso; VERSÃO SETEMBRO 2017 ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE ESTEIO SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE ● 5 pessoas para revestimento interno; ● 4 pessoas para serviços de apoio (2 encarregados, 1 almoxarife, 1 serventes para transporte e outras atividades) e 5 pessoas para setor gerencial (1 engenheiro, 1 guarda, 1 técnico de segurança, 1 técnico administrativo, 1 estagiário). 2.6. Cronograma de execução da obra; O cronograma para execução da obra (FIGURA 3) foi planejado levando em consideração, o número de trabalhadores e o tempo médio de execução para cada tipo de serviço. Figura 3 - Cronograma. 3. DIAGNÓSTICO DA GERAÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 3.1. Caracterização e quantificação dos resíduos sólidos: Os resíduos gerados no empreendimento foram identificados conforme as fases da obra conforme o Quadro 1, o que facilita no processo de separação dos resíduos conforme a sua destinação final. VERSÃO SETEMBRO 2017 ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE ESTEIO SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE Quadro 1 – Geração de resíduos por etapa da obra. FASES DA OBRA TIPOS DE RESÍDUOS POSSIVELMENTE GERADOS Preparo do Terreno Solo Canteiro de Obra Madeira Fundação Solo, concreto, madeira Estrutura Concreto, armação, madeira Vedação Tijolos e argamassa Instalação Elétrica/Hidrossanitário Fios de cobre, canos Reboco Interno/Externo Argamassa Revestimento Piso Forro de Gesso Gesso acartonado Pintura Selador, textura, tintas e esmalte Cobertura Telha metálica Fonte: Adaptado de UESPI. 3.1.1. Classificação dos resíduos sólidos A classificação dos resíduos sólidos é realizada conforme a Resolução do CONAMA nº. 307/2002 e a NBR 10.004:2004. VERSÃO SETEMBRO 2017 ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE ESTEIO SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE Quadro 2 - Classificação dos resíduos sólidos. Resíduo Gerado Quantidade Unidade Classificação Destino final Conama 307/2002 NBR 10.004/04 Solo 80 m³ A IIA Reaterro Madeiras 1000 kg B IIB Reaproveitamento Metais 2000 kg B IIB Reciclagem Concreto 165 m³ A IIB Reciclagem Aço 8000 kg B IIB Reciclagem Tijolos 5000 und. A IIB Reciclagem Argamassa 200 m³ A IIB Reciclagem Telhas 500 kg A IIB Reciclagem Fios de cobre 1000 m B IIB Reciclagem Plástico 800 kg B IIB Reciclagem Canalização 1500 m B IIB Reciclagem Cerâmica 845 m² A IIB Reciclagem Azulejo 80 m² A IIB Reciclagem Gesso 700 m² C IIB Caçamba descarte Pintura 100 und. D I Aterro inerte Selante 100 und. D I Aterro inerte Tinta 100 und. D I Aterro inerte Fonte: Autores (2020). VERSÃO SETEMBRO 2017 ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE ESTEIO SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE 4. GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 4.1. Estrutura Organizacional Para organização dos resíduos sólidos gerados na execução do empreendimento, cada setor será responsável pela gestão dos resíduos, buscando uma maior utilização e reaproveitamento dos resíduos gerados. A destinação final será realizada pela administração da obra, organizando também o controle dos resíduos e a contratação de empresas terceirizadas para coleta e a correta destinação. Será adotado inspeções diárias no canteiro de obra para fiscalizar o cumprimento das normas exigidas para o correto descarte dos resíduos, onde será gerado relatórios mensais cujo objetivo são análises críticas de não conformidades para elaboração de planos corretivos e de prevenção. 4.2 Minimização dos resíduos Principal objetivo para minimização de resíduos é analisar a fonte de geração, buscando reduzir os fatores que causem o uso desenfreado dessa matéria. Caso não sendo possível a extinção da fonte geradora, a disposição final deve ser realizada após de todas possíveis tentativas dereutilização, reciclagem, comercialização ou doação. Algumas medidas de redução de recursos que podem ser adotadas no canteiro de obra: ● Virtualização do projeto em plantas ao invés da impressão dos mesmos; ● Caso necessidade de impressão, utilizar os dois lados; ● Compra de materiais usinados prontos (concreto e argamassa), não necessitando a compra de material básico (areia, brita, cimento) gerando excessos; ● Compra de produtos em quantidades evitando o uso excessivo de embalagens; 4.3 Triagem/segregação dos resíduos A separação dos resíduos com destino específico será feito no próprio canteiro de obra, logo após sua geração, conforme a Resolução do Conama 275/01. VERSÃO SETEMBRO 2017 ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE ESTEIO SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE No final de um dia de trabalho ou ao término de um serviço específico, a triagem deverá ser executada, preferencialmente por quem realizou o serviço, com o propósito de assegurar a qualidade do resíduo, potencializando sua reutilização. O processo de triagem tem como objetivo a separação dos resíduos de acordo com sua classe. Essa prática contribuirá para a manutenção da limpeza da obra, evitando materiais e ferramentas espalhadas pelo canteiro, o que gera desorganização, aumento de possibilidades de acidentes do trabalho, além de acréscimo de desperdício de materiais e ferramentas. A utilização de sinalização informativa nos locais de armazenamento, também é um método importante para ser aderido, pois é um meio de alertar e orientar os trabalhadores quanto a separação adequada. A Figura 4 indica o código de cores que a Resolução do Conama 275/01 estabelece para cada tipo de material. Figura 4 - Definição de cores para cada tipo de resíduo. 4.4. Acondicionamento/armazenamento O acondicionamento dos resíduos pode ser feito utilizando caçambas de tele-entulho, bags e bombonas. As caçambas serão utilizadas para armazenamento de resíduos classe A, como tijolos, argamassa e concreto, e também para os resíduos do gesso. Para o gesso a caçamba mais indicada é VERSÃO SETEMBRO 2017 ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE ESTEIO SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE similar ao da Figura 5, com a possibilidade de ser fechada evitando a contaminação do material e a entrada de água. Figura 5 - Exemplo de caçamba de tele-entulho. Se as caçambas forem instaladas na rua é indicado escolher um modelo similar ao da Figura 5, para evitar o descarte incorreto de outros materiais provenientes das pessoas que circulam na rua ou de moradores próximos ao local do empreendimento. Para os materiais classe B, C e D, o indicado é separá-los de acordo com o tipo de material em bags ou em bombonas, conforme as Figuras 6 e 7, facilitando o descarte correto. Dependendo a quantidade de material gerada e o cronograma de recolhimento destes, pode ser feito baias de madeira, previamente sinalizadas, para armazenar um maior volume de resíduos (FIGURA 8). Figura 6 - Exemplo de bombonas para armazenamento de resíduos. VERSÃO SETEMBRO 2017 ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE ESTEIO SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE Figura 7 - Exemplo de bags para armazenamento de resíduos. Figura 8 - Exemplo de execução de baias para separação e armazenamento dos resíduos. 4.5. Transporte interno A coleta interna do resíduos deve ser feita com material e equipamentos adequados para cada tipo de resíduos, recomenda-se que antes da coleta seja verificado qual o melhor percurso a ser seguido do ponto de geração até o local de acondicionamento. ● Menor distância entre o ponto de geração e o de acondicionamento; ● Existência de obstáculos que possam dificultar a passagem, em caso positivo, antes do transporte deve-se observar a melhor forma de ultrapassar o obstáculo; VERSÃO SETEMBRO 2017 ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE ESTEIO SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE ● Em caso de dúvidas em relação à forma de coleta e transporte dos resíduos, procurar chefia imediata para mais recomendações. 4.6. Reutilização e reciclagem A separação dos resíduos será feita no canteiro de obras, no momento de sua geração ou ao final do expediente. Dessa maneira se evita o acúmulo de materiais espalhados pelo local da obra, diminui os riscos de contaminação entre os materiais e garante que o resíduo mantenha sua integridade propiciando sua reciclagem, de acordo com a sua classificação. Dessa forma também é possível identificar quais os materiais que podem ser reutilizados novamente na obra, quais podem ser destinados para reciclagem, quais podem passar pelo processo de beneficiamento e quais ainda não possuem maneiras de serem recolocados no mercado. As baias e locais de armazenagem devem ser sinalizadas de acordo com os resíduos a que são destinados. Esse procedimento reduz o número de acidentes de trabalho e o desperdício de materiais gerados pela desorganização de ferramentas e dos insumos. Nesse aspecto é importante a organização do canteiro de obras ocorra desde o início da obra. 4.7. Transporte externo Os resíduos de solo serão doados para uma área licenciada para recebimento de aterro, sendo o recolhimento e transporte pelos encarregados da parte interessada. Os demais materiais classe A serão armazenados em caçambas fornecidas e recolhidas pela empresa Braserv Engenharia e Serviços Técnicos, localizada em Porto Alegre. Os materiais recicláveis da classe B, como plásticos, papelão, madeira, metais e vidros, serão armazenados individualmente em bags ou bombonas identificadas, e também serão recolhidas pela empresa Braserv Engenharia e Serviços Técnicos. Os resíduos remanescentes do gesso acartonado serão armazenado em caçambas cobertas e recolhidas pela ATT Sebanella Reciclagem de Gesso, localizada em Canoas. Os outros materiais classe C, como estopas, isopor, lixas e sacos de cimento, serão armazenados em baias, separados em bags identificadas, e encaminhadas para um aterro de materiais inertes. VERSÃO SETEMBRO 2017 ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE ESTEIO SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE Já as tintas que estiverem em condições de uso serão doadas a instituições públicas, como creches, o restante armazenado em bombonas e será recolhido pela empresa Tintas Nobre, localizada em Arroio do Meio. O solventes serão destinados juntamente aos materiais inertes. O lixo orgânico será armazenado em bombonas e seu descarte será feito nos dias de coleta seletiva municipal. 4.8 Manifesto de Transporte de Resíduos da Construção Civil (MTRCC) 4.8.1. O MTRCC é um documento emitido com a finalidade de controle da geração, transporte e destinação final dos Resíduos da Construção Civil (RCC) no município de Esteio. Os resíduos da construção civil das classes A, B e C serão controlados na sua geração, transporte e destinação final através do MTRCC. Já os resíduos perigosos, classe D, serão controlados pelo MTR da FEPAM. O MTRCC será preenchido conforme o formulário em Anexo A, sendo detalhado no documento sua caracterização, quantidade, classe do resíduo, etapa da obra, com endereço de suadestinação. 4.9 Destinação dos resíduos A destinação adequada dos resíduos recomendadas pela resolução nº 307/2002 do CONAMA é apresentada no Quadro 3. Quadro 3 - Classificação dos resíduos segundo n° 307/2002 do Conama. VERSÃO SETEMBRO 2017 ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE ESTEIO SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE Na Figura 9 são mostradas de forma sintética as etapas do manejo de resíduos de construção civil propostos neste plano de gerenciamento através de um fluxograma. Figura 9 - Fluxograma do manejo de resíduos de construção civil. O transporte dos materiais acondicionados acontecerá de acordo com o volume gerado e mediante agendamento com a empresa responsável pelo recolhimento. A empresa deve estar em conformidade com o órgão ambiental fiscalizador. 5. COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO SOCIOAMBIENTAL O processo de interação entre todos os setores de uma organização é de fundamental importância para que qualquer forma de planejamento tenha êxito e funcione de forma gradual e progressiva. Partindo deste princípio, este plano tem como um de seus objetivos, direcionar alguns procedimentos no que se refere à questão ambiental. Os conceitos de Reciclar, Reutilizar e Reduzir ou Minimizar devem ser inseridos no cotidiano de execução das atividades em todas as etapas da construção, os colaboradores de todos os níveis devem não apenas conhecer esses conceitos, mas também, serem incentivados a colocá-los em prática. A reciclagem insere novamente no ciclo de produção, materiais como papéis, plásticos, vidros e alumínios, que podem ser reaproveitados, em vez de serem despejados em lixões, aterros sanitários, etc., dando início a um processo longo de decomposição. Enquanto que a reutilização da continuidade a utilização de um produto que poderia virar resíduo. VERSÃO SETEMBRO 2017 ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE ESTEIO SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE A minimização da geração de resíduos deve ser uma resposta dos técnicos à crescente escassez de áreas de descarte que operem adequadamente. Deve responder, também, ao natural incremento nos custos decorrentes da adequação dessas áreas às novas exigências de manejo necessárias para a eliminação dos impactos ambientais, superando a situação ainda presente na maioria dos municípios brasileiros. Ações voltadas à minimização do consumo desnecessário de materiais devem ser adotadas em todas as fases da obra. Tais ações devem buscar a redução de perdas, devidas à incorporação excessiva de materiais (perda incorporada), à geração de resíduos (perda por entulho) e aos extravios de material. A adoção de um gerenciamento de obra voltado para a minimização dos resíduos e para um tratamento racionalizado quando eles são gerados deve preocupar-se com três aspectos centrais: a) limpeza do canteiro de obra; b) segregação dos resíduos gerados; c) garantia do controle sobre o destino tomado pelos resíduos. Os funcionários da empresa deverão receber orientações específicas sobre gestão de resíduos sólidos, baseado em: a) Cursos de capacitação: visam a abordagem teórica do tema, focando na identificação das diferentes classes de resíduos sólidos da construção civil, o manejo adequado para cada uma delas, a legislação pertinente e os problemas ambientais e de saúde pública decorrentes da má gestão de resíduos sólidos da construção civil; b) Treinamento: fundamentado nos conceitos abordados nos cursos de capacitação, porém focados às atividades práticas. Através do treinamento é possível identificar dúvidas relativas aos procedimentos e processos a serem executados durante as obras, por meio de simulações práticas da realidade do canteiro de obras como também, os cuidados a serem tomados na limpeza de equipamentos e a forma correta de armazenamentos dos resíduos. No ponto de vista à segurança do trabalho, relacionado ao manejo de resíduos sólidos no canteiro de obras, deverão ser expostos em todas abordagens relacionadas à educação ambiental dos trabalhadores incluindo a abordagem teórica e a aplicação prática. VERSÃO SETEMBRO 2017 ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE ESTEIO SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE O plano de gerenciamento de resíduos deverá ser implementado no início das obras. Inicia-se com o treinamento de todos os operários do canteiro, dando ênfase ao manejo adequado e a seleção dos resíduos além de outros elementos como: a) os responsáveis pelo controle de documentos e pelos registros da destinação dos resíduos devem receber treinamento específico; b) serão observados e aperfeiçoados os procedimentos para o recebimento, armazenamento e transporte dos materiais do canteiro de obras até as frentes de trabalho, permitindo à empresa estabelecer indicadores de processo de produção para minimizar a geração de resíduos; c) estabelecer mecanismo de acondicionamento inicial, junto ao local de geração, em função do tipo de resíduo, para facilitar o transporte posterior dos resíduos para as caçambas ou baias; d) sinalizar adequadamente os recipientes de acondicionamento. 6. CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO DO PROJETO DE GERENCIAMENTO DE RCC O plano de gerenciamento dos resíduos inicia pelo processo de implantação, conforme o Quadro 4, no qual as medidas adotadas para o acondicionamento dos resíduos são realizadas já no momento da execução do gabarito do edifício, seguindo as orientações do item 4.4. A etapa seguinte, que está relacionada ao treinamento dos colaboradores, é realizado no mês seguinte a implantação. Nesse período entre a implantação e o treinamento será possível analisar como os colaboradores se adaptam ao PGRCC, permitindo que no momento do treinamento as dúvidas sejam sanadas. O treinamento será realizado anualmente ou, conforme houver a necessidade, semestralmente. O intuito do treinamento é instruir os colaboradores da importância da separação dos resíduos, demonstrando os locais de destinação final dos principais resíduos, bem como ensinar os procedimentos corretos para sua realização. VERSÃO SETEMBRO 2017 ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE ESTEIO SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE Quadro 4 - Cronograma de ações do PGRCC. Etapas/meses mai/ 20 jun /20 jul/ 20 ago /20 set/ 20 out /20 nov /20 dez /20 jan /21 fev/ 21 mar /21 abr/ 21 Implantação X Treinamento X X Acompanha mento X X X X X X X X X X X X Etapas/meses mai/ 21 jun /21 jul/ 21 ago /21 set/ 21 out /21 nov /21 dez /21 jan /22 Implantação Treinamento X Acompanha mento X X X X X X X X X Fonte: Autores (2020). O acompanhamento do PGRCC será feito mensalmente utilizando planilhas de controle dos resíduos gerados. Assim é possível monitorar se as medidas adotadas no PGRCC estão sendo realizadas e também se estão sendo eficazes. De acordo com os resultados obtidos as medidas de correções podem ser executadas. O profissional responsável deverá vistoriar a obra a cada 15 dias, a fim de garantir que as medidas adotadas sejam cumpridas. 7. RESPONSABILIDADE TÉCNICA 7.1. Apresentar a Anotação de ResponsabilidadeTécnica (ART) do profissional responsável pela elaboração/projeto e execução/implementação do PGRCC. O mesmo profissional pode responder pelas duas atividades. As previsões de início e término das atividades na ART deverão ser condizentes com o tempo utilizado para exercê-las. VERSÃO SETEMBRO 2017 ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE ESTEIO SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE 7.2. Caso houver substituição do profissional informado, o fato deverá ser comunicado à SEMA, sendo apresentada a ART atualizada do profissional responsável pelas atividades especificadas anteriormente. 8. NORMAS TÉCNICAS REFERENTES AOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL A Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT publicou em 2004, uma série de normas relativas aos resíduos da construção civil. O conteúdo referente a estas normas vêm de encontro às diretrizes propostas pela Resolução CONAMA Nº. 307/2002. De modo geral estas normas tratam de áreas de transbordo e triagem, áreas de reciclagem, aterros de resíduos da construção civil e o uso como agregados reciclados na execução de camadas de pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural. • NBR15112/2004 – Resíduos da construção civil e resíduos volumosos – Área de transbordo e triagem – Diretrizes para projeto, implantação e operação; • NBR15113/2004 – Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes – Aterros – Diretrizes para projeto, implantação e operação; • NBR15114 /2004 – Resíduos sólidos da construção civil – Áreas de reciclagem – Diretrizes para projeto, implantação e operação; • NBR15115/2004 – Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil – Execução de camadas de pavimentação – Procedimentos; • NBR15116/2004 – Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil – Utilização em pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural – Requisitos. VERSÃO SETEMBRO 2017 ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL PREFEITURA MUNICIPAL DE ESTEIO SECRETARIA DO MEIO AMBIENTE ANEXO A - Formulário de preenchimento do MTRCC VERSÃO SETEMBRO 2017
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