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Processo de Elaboração de Tratados

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PROCESSO DE ELABORAÇÃO DOS TRATADOS
1 – Negociação – é a fase inicial do processo de elaboração dos tratados, dentro a qual as partes discutem e estabelecem os termos do ato internacional.
Obs.: não existe um prazo determinado para iniciar e terminar. Ex. As negociações da ALCA que se iniciaram em 1994.
As reuniões podem ser chamadas de “rodadas de negociação” ou “rodadas”
Competência – Autoridades competentes. Ou autorizados por eles, chamados plenipotenciários.
União – art 21, I 
Participação do MRE – art. 1º Decreto 4.759 de 2003.
ESTRUTURA REGIMENTAL DO MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES
CAPÍTULO I
DA NATUREZA E COMPETÊNCIA
Art. 1º  O Ministério das Relações Exteriores, órgão da administração direta, tem como área de competência os seguintes assuntos:
I - política internacional;
II - relações diplomáticas e serviços consulares;
III - participação nas negociações comerciais, econômicas, técnicas e culturais com governos e entidades estrangeiras;
IV - programas de cooperação internacional e de promoção comercial; e
V - apoio a delegações, comitivas e representações brasileiras em agências e organismos internacionais e multilaterais.
Parágrafo único.  Cabe ao Ministério auxiliar o Presidente da República na formulação da política exterior do Brasil, assegurar sua execução e manter relações com Estados estrangeiros, organismos e organizações internacionais.
2 - Assinatura – é o ato pelo qual os negociadores, ao chegar a um acordo sobre os termos do tratado, encerram as negociações, expressam sua concordância com o teor do tratado internacional, adotam e autenticam seu texto e, finalmente, encaminham o acordo para etapas posteriores da formação do ato internacional.
Obs.: a assinatura não gera efeitos jurídicos, ela constitui o encerramento das negociações, a expressão da concordância com os negociadores com o teor do acordo, a adoção e autenticação do texto e o encaminhamento para ratificação.
Obs.: 2 - assinatura é uma anuência preliminar, que não vincula as partes a observar os termos do ato.
3 – Ratificação – é o ato pelo qual o Estado, após reexaminar um tratado assinado, confirma seu interesse em concluí-lo e estabelece, no âmbito internacional, o seu consentimento em obrigar-se por suas normas. É a aceitação definitiva do acordo.
No Brasil é ato privativo do Presidente da República – art. 84 VII e VIII CF. É ato discricionário. 
Com autorização do Congresso Nacional art 49, I CF
Obs.: O tratado não pode ferir os interesses nacionais e o Presidente é o responsável por isso. Art. 78 CF.
→ Se o Congresso não autoriza a ratificação – o Presidente pode ratificar
→ Se o Congresso autoriza a ratificação – Presidente pode ou não ratificar
4 – Entrada em vigor no âmbito internacional
Nos tratados bilaterais a entrada em vigor vai depender de que ambas as partes ratifiquem o ato e troquem informações a respeito entre si. Essa troca pode ser feita por um dos dois procedimentos seguintes: a notificação da ratificação e a troca dos instrumentos de ratificação.
→ Notificação da ratificação – é o ato pelo qual a parte informa a outra que ratificou o tratado.
→ Troca dos instrumentos da ratificação – é o ato solene dentro do qual representantes dos dois signatários intercambiam os documentos que comprovam as ratificações, chamados “instrumentos de ratificação”
DEPOSITÁRIO → é um Estado ou organização internacional que receberá e guardará os instrumentos de ratificação e que informará as partes que assinaram o tratado a respeito. O depositário não precisa ser parte do tratado.
5 – Registro e Publicidade – A Carta da ONU art. 102 determina que todo tratado concluído por qualquer um de seus estados-membros deverá ser registrado e publicado pelo Secretariado-Geral da Organização, para que possa ser invocado perante órgãos das Nações Unidas. 
→ O principal objetivo do registro é contribuir para a consolidação das normas de Direito Internacional e dar publicidade ao ato para a sociedade internacional.
Obs.: na prática, os atos entram no universo do Direito Internacional independentemente de registro.
Por outro lado a convenção Viena art. 80 dispõe “....” com isto, o texto da Convenção evidencia que o registro é ato posterior à entrada em vigor do ato internacional e, portanto, a vigência do acordo independe, claramente do registro na ONU
Obs.: os tratados não requerem aprovação da ONU para entrarem em vigor.

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