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Terremoto no Mexico-Física2

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Faculdades Unidas Do Norte De Minas – Funorte 
Montes Claros – MG, 07/07/2020. 
 
 
 
 
 
Física II 
 
 
Terremoto No México 
24 / 06 / 2020. 
 
 
 
 
 
 
Professor: Geraldo Correia Machado 
 
Equipe: 
Diego Meira da Silva; 
Fernanda Náthaly Silva Cruz; 
Gabriela Rocha Fonseca; 
João Victor Gonçalves Rodrigues. 
 
Faculdades Unidas Do Norte De Minas – Funorte 
Montes Claros – MG, 07/07/2020. 
 
Sumário 
 
 
Conteúdo Página. 
1- Ondas Sísmicas ........................................................................................................................ 01 
2- Origem dos Sismos .................................................................................................................. 01 
3- Terremoto no México .............................................................................................................. 02 
4- Como ocorre a criação destas ondas – Tectonismo ................................................................ 02 
5- Como é a ação das ondas nas estruturas: casas, prédios e pontes ......................................... 04 
6- Possíveis danos que podem ocorrer a medida que a magnitude do terremoto cresce .......... 05 
7- Prevenção ou migração do colapso das estruturas ................................................................. 06 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Faculdades Unidas Do Norte De Minas – Funorte 
Montes Claros – MG, 07/07/2020. 
 
1- ONDAS SÍSMICAS 
 
 
Os terremotos ou abalos sísmicos são classificados 
como eventos geológicos. Eles são definidos como 
fenômenos de vibração brusca da superfície da 
Terra que podem durar segundos ou minutos. 
 
 
 
2- ORIGEM DOS SISMOS 
 
 
 
 
 
 
A teoria com maior fundamento 
desenvolvida na busca da explicação dos 
movimentos sísmicos foi formulada em 
1912 pelo cientista alemão Alfred 
Wegener, conhecida como a Teoria da 
Deriva dos Continentes. Esta supõe que 
há 200 milhões de anos todos os 
continentes estavam unidos, formando 
uma só massa continental, denominada 
Pangea. No início da era geológica do 
Mesozoico, por algum motivo, esta 
massa universal começou a fraturar e 
dividir-se, formando as massas 
continentais que hoje existem. Os 
conhecimentos adquiridos pelos 
pesquisadores durante as últimas 
décadas tendem a confirmar esta teoria 
da formação dos continentes. De acordo 
com a teoria tectônica das placas, a 
crosta terrestre está dividida em 17 
placas principais que se movimentam 
lateralmente umas em relação às 
outras, impulsionadas por correntes de 
convecção térmica que se originam no 
manto terrestre. Estes movimentos 
estão associados com a atividade 
sísmica do planeta. 
 
 
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Montes Claros – MG, 07/07/2020. 
 
3- TERREMOTO NO MÉXICO 
 
 
Terremoto de magnitude 7,5 atinge sul e centro do México e deixa mortos... - 
 
Uma série de terremotos atingiu as regiões sul e central do 
México no início da tarde de hoje. O Sistema Sismológico do 
México apontou que um dos terremotos registrados em 
sequência foi de magnitude 7,5 na escala Richter. O presidente 
do México, Andrés Manuel López Obrador, afirmou em vídeo 
publicado no Twitter que o epicentro ocorreu no estado de 
Oaxaca, 23 km ao sul da região de La Crucecita. Mais tarde, o 
governo mexicano confirmou a morte de quatro pessoas em 
Oaxaca. Segundo o Sistema Sismológico do México, cerca de 150 
tremores secundários foram registrados após o terremoto de 
magnitude 7,5 ocorrido em Oaxaca.... 
 
 
 
 https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2020/06/23/terremoto-atinge-regioes-sul-e-central-do-
mexico.htm?cmpid=copiaecola 
 
 
 
4- COMO OCORRE A CRIAÇÃO DESTAS ONDAS - TECTONISMO 
 
O tectonismo pode ser considerado o principal “vilão” responsável pelos terremotos. Como sabemos, a crosta terrestre 
não é uma camada única, mas constituída por inúmeros blocos, chamados de placas tectônicas. Muitas dessas placas estão 
em constante colisão, assumindo direções opostas. É nessa zona de contato que ocorre a maior parte dos terremotos do 
mundo. 
Além disso, quando a força do contato entre essas placas é mais forte do que a resistência das rochas, elas rompem-se, 
formando as chamadas falhas geológicas, que também são mais comuns nas zonas de contato entre duas placas, mas 
também podem se manifestar, com menor frequência, em áreas mais estáveis. Quando essas falhas provocam a 
reacomodação dos blocos rochosos, ocorrem os terremotos. A maior falha do mundo encontra-se nos Estados Unidos: a 
falha de San Andreas. 
 
Falha de San Andreas. 
 
Placas Tectônicas. 
https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2020/06/23/terremoto-atinge-regioes-sul-e-central-do-mexico.htm?cmpid=copiaecola
https://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/2020/06/23/terremoto-atinge-regioes-sul-e-central-do-mexico.htm?cmpid=copiaecola
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Montes Claros – MG, 07/07/2020. 
 
 
Tipos de Placas Tectônicas: 
Há três principais tipos de movimentos das placas tectônicas, considerando a direção do deslocamento de uma placa em 
relação à outra: o convergente, o divergente e o subsidente/convergente ou transformante. 
Movimento convergente: 
As placas com movimento 
convergente são aquelas que se 
chocam diretamente entre si, indo 
uma contra a outra. 
 
 
Movimento divergente: 
Ocorre quando as placas afastam-
se uma da outra. Esse afastamento 
pode provocar a emergência do 
magma que se solidifica e forma 
algumas ilhas vulcânicas em áreas 
oceânicas. 
 
Movimento transformante: 
É quando as placas se deslocam 
unilateralmente, havendo, ainda 
sim, o atrito entre elas, com a 
ocorrência de terremotos e a 
formação de alguns falhamentos. 
 
Para compreender o que provoca um terremoto é preciso saber 
que a superfície da Terra é feita de uma 'colcha de retalhos' de 
enormes placas rígidas (conhecidas como placas tectônicas), com 
espessura de 80 km, que flutuam devagar por cima do âmago 
quente e líquido do planeta. 
As placas mudam de tamanho e posição ao longo do tempo, 
movendo-se entre um e dez centímetros por ano - velocidade 
equivalente ao crescimento das unhas humanas, de acordo com 
a BBC. 
O fundo do oceano está sendo constantemente modificado, com 
a criação de novas crostas feitas da lava expelida do centro da 
Terra e que se solidifica no contato com a água fria. Assim, as 
placas tectônicas se movem, gerando intensa atividade geológica 
em suas extremidades. 
O atrito entre essas placas provoca diariamente em território 
mexicano cerca de 40 tremores de baixa intensidade e, por isso, 
a maioria deles é praticamente imperceptível. 
A maior parte do México está sobre o extremo sudoeste da placa 
norte-americana. Aqui, ela se encontra com a placa de Cocos, 
sobre a qual descansa o Oceano Pacífico que banhas as costas 
ocidentais da América Central. Essa placa entra por baixo da 
norte-americana e é esse processo (chamado tecnicamente de 
convergente) que gera a tensão que, a cada determinado 
período de tempo, é liberada no formato de terremotos. Esse 
choque entre placas também é a causa da grande concentração 
de vulcões na região conhecida como o Arco 
Vulcânico Centro-americano. 
A placa convergente, ao entrar por baixo, fica obstruída 
acumulando tensão, explica o professor José J. Martínez 
Díaz, especialista em geodinâmica planetária da 
Faculdade de Ciências Geológicas da Universidade 
Complutense de Madri. "Ao sair da obstrução, ocorre o 
terremoto, acrescenta. 
 
 
 
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5- COMO É A AÇÃO DAS ONDAS NAS ESTRUTURAS: CASAS, PRÉDIOS E PONTES 
 
 Entre os efeitos de um terremoto de grande magnitude em áreas povoadas estão a destruição da 
infraestrutura (ruas, estradas, pontes, casas, etc.), alémde mortes. Os sismos nos oceanos provocam a formação de 
ondas gigantes (tsunamis). Essas ondas podem atingir as áreas continentais, gerando grande destruição. Se as 
estruturas dos edifícios fossem construídas com base em técnicas antiterremoto, por exemplo, muitas vidas seriam 
preservadas. O segmento da engenharia civil dispõe de tecnologias que permitem amenizar danos em locais atingidos 
por catástrofes naturais, mas enfrenta o desafio de oferecer essas possibilidades com custo acessível às nações mais 
pobres. 
 É de conhecimento geral que os sismos podem originar danos e muitas vezes destruição parcial ou total 
das estruturas e consequentemente perdas humanas de menor ou maior escala. 
 
 
 
No caso específico do tremor de terra, as construções são desenvolvidas com bases equipadas com borrachas ou molas 
reforçadas com chapas de aço que ajudam a diminuir a transmissão da vibração do solo para o edifício. Os sismos 
atuam sobre as fundações do patrimônio edificado, fazendo com que toda a estrutura entre em vibração. As fundações, ao 
serem movimentadas pelas ondas sísmicas, transmitem vibrações à superestrutura de acordo com as leis da mecânica dos 
meios deformáveis. Cada construção 
tem a sua vibração "natural" própria, a qual se situa numa gama de frequências semelhante à de algumas ondas sísmicas. 
Como as frequências são muito próximas, podem entrar em fase e conduzir a fenômenos de ressonância que, com 
frequência, têm consequências desastrosas. É por isso que, logo na fase de concepção de qualquer infraestrutura (edifício, 
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ponte, etc.) se devem tomar precauções para evitar tais efeitos de ressonância. 
 Para evitar a devastação causada pelos sismos, os países mais avançados tecnologicamente têm vindo a desenvolver 
técnicas de construção antissísmica, isto é, novas regras e métodos de construção dos edifícios que os tornam mais 
resistentes aos abalos sísmicos. Países como o Japão e os Estados Unidos da América têm desenvolvido fortemente esforços 
no melhoramento da resistência dos edifícios às vibrações da crosta provocadas pela brusca libertação de energia, que 
ocorre quando há um sismo de elevada magnitude. 
 O conceito de reforço sísmico consiste 
 essencialmente na incorporação de mecanismos nas estruturas que tem como objetivo atenuar e controlar os efeitos das 
acções sísmicas. 
 
 
 
Após a ação sísmica a ponte deve manter a sua integridade estrutural e resistência residual adequada; Podem 
formar-se rótulas plásticas a nível dos pilares; O tabuleiro da ponte deve manter-se sem danos; Quando a acção 
sísmica de dimensionamento tem uma grande probabilidade de ser excedida durante a vida útil da ponte, certos 
danos são toleráveis em partes da estrutura desde que esta seja capaz de suportar tráfego deemergência e seja 
facilmente reparável; Quando a acção sísmica de dimensionamento tem uma pequena probabilidadede ser excedida 
durante a vida útil da ponte, pode ser considerada como uma 
acção acidental. 
 A estrutura deve ser concebida e construída para resistir às ações sísmicas e para minimizar danos estruturais. Uma 
ação sísmica com grande probabilidade de ocorrência deve só causar danos menores nas componentes secundárias e 
nas partes da ponte supostas contribuir para a dissipação de energia. As outras partes devem manter-se intactas. 
 
 
 
6- POSSÍVEIS DANOS QUE PODEM OCORRER A MEDIDA QUE A MAGNITUDE DO TERREMOTO CRESCE 
A Escala Richter é um sistema de medição elaborado por Charles Richter e Beno Gutenberg utilizado para 
quantificar a intensidade dos terremotos conforme a sua manifestação na superfície terrestre. Seu limite, 
teoricamente, não existe, mas é comum a convenção de que não haja terremotos que ultrapassem o grau 10. De 
modo geral, podemos considerar que os abalos sísmicos acima de 6 podem ser considerados graves. 
• Magnitude menor que 2: tremores captados apenas por sismógrafos; 
• Magnitude entre 2 e 4: impacto semelhante à passagem de um veículo grande e pesado; 
• Magnitude entre 4 e 6: quebra vidros, provoca rachaduras nas paredes e desloca móveis; 
• Magnitude entre 6 e 7: danos em edifícios e destruição de construções frágeis; 
• Magnitude entre 7 e 8: danos graves em edifícios e grandes rachaduras no solo; 
• Magnitude entre 8 e 9: destruição de pontes, viadutos e quase todas as construções; 
• Magnitude maior que 9: destruição total com ondulações visíveis. 
 
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O maior terremoto já registrado ocorreu no Chile em 1960, com uma magnitude de 9,5 graus na Escala Richter, 
provocando inúmeros feridos e cerca de dois mil mortos. Nessa ocasião, houve um ponto de ruptura nas placas tectônicas de 
cerca de 1000 km de extensão, com uma quantidade de energia liberada tão grande que a Usina de Itaipu levaria quatro anos 
para produzir um valor correspondente. 
 
 
Efeitos do terremoto do Chile na cidade de Valdívia, em 1960 
7- COMO É POSSÍVEL PREVENIR OU MITIGAR O COLAPSO DAS ESTRUTURAS, SE POSSÍVEL? 
 
Terremotos são fenômenos naturais que não podem ser evitados - tampouco previstos. Para aqueles que vivem em 
regiões de atividade sísmica, um dos maiores medos em caso de terremoto é o colapso das edificações - uma das principais 
causas de fatalidade em situações desse tipo. 
 Pouco se fala disso no Brasil, afinal, estamos localizados no meio da placa tectônica Sul-Americana e em quase nada 
sofremos com abalos sísmicos, entretanto, com a internacionalização cada vez maior da arquitetura, é necessário ter em 
mente esta preocupação ao projetar ou renovar edifícios. 
 
Sistemas de prevenção de sismos 
 
“Os terremotos são pequenas liberações da enorme quantidade de energia acumulada pela colisão das placas, que 
são massas gigantescas que envolvem continentes inteiros. As macroplacas que formam a crosta terrestre não estão 
paradas, mas boiam numa espécie de oceano de magma muito viscoso, onde os movimentos são muito lentos. Quando 
colidem, fazem pressão uma contra a outra e este fenômeno cria os terremotos” – geofísico Antonio Piersanti, em 
reportagem de BBC Brasil. 
 Desenvolver tecnologias capazes de prever e auxiliar na superação de terremotos é extremamente necessário. O 
Japão, por exemplo, tem um dos sistemas mais avançados de defesa civil. Sua população é mais bem preparada sobre como 
proceder diante de catástrofes naturais. Esse é o resultado de anos e anos de muito estudo e investimentos em campanhas 
educativas, códigos de construção e infraestruturas contra abalos e tsunamis. E em outros países ricos, como os da Europa, 
também existem boas normas, como a Eurocódigo 8, considerada muito completa. 
 
A ação dos sismos sobre os edifícios 
 
A maioria dos edifícios que entram em colapso por conta de abalos sísmicos, de fato, não havia sido bem construída. 
O uso de materiais de baixa qualidade, de mão-de-obra pouco qualificada, a ausência de engenharia antissísmica adequada, 
fundações que não suportam bem cargas superiores, e mais, os fazem suscetíveis a caírem durante e após um terremoto. 
Alguns países, como o Brasil, são tão negligentes com suas leis que, infelizmente, permitem que construtores façam 
http://www.archdaily.com.br/br/880019/terremoto-atinge-o-mexico-deixando-mortos-feridos-e-desabrigados
https://www.archdaily.com.br/br/tag/terremoto
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gambiarras. Erguer casas em locais inadequados, como margens de rios e encostas de morros, também aumenta os riscos.
 Edifícios simples, de engenharia convencional, são preparados para resistir ao seu próprio peso, aquele produzido 
pela gravidade. Esse modelo,em tese, não suportaria deformações plásticas causadas por movimentos horizontais. Para 
evitar seu desmoronamento, ainda na fase de projeto, todos os elementos – estruturais ou não estruturais – precisam ser 
estudados. É necessário encontrar a combinação perfeita entre resistência e ductilidade do conjunto para que o mesmo 
possa resistir a terremotos. Do contrário, uma só rachadura pode fazer com que tudo venha abaixo. 
 
A contribuição de arquitetos e engenheiros 
 
É dever dos arquitetos e engenheiros desenvolver e aperfeiçoar os diferentes modos de construir. Para que um edifício 
complete sua durabilidade planejada, uma série de detalhes precisa ser pensada e calculada. Tudo tem que ser pressuposto 
antecipadamente, inclusive a ocorrência de fenômenos da natureza, como os terremotos – principalmente nas áreas 
urbanas. Em casos assim, são algumas das medidas preventivas que podem minimizar os prejuízos materiais e as mortes: 
 
• Implantação de toda e qualquer tecnologia antissísmica disponível; 
 
• Busca pela compreensão sobre a geografia local; 
 
• A não construção em locais suscetíveis a deslizamentos; 
 
• A adequação de antigas construções, como escolas e hospitais; 
 
• Projetos, construções e manutenção de edifícios com boa resistência; 
 
• Projetos, construções e manutenção de edifícios em conformidade com os códigos municipais; etc. 
 
 
 
 
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Materiais construtivos antiterremoto 
 
No 5° Fórum Urbano Mundial, ocorrido no Rio de Janeiro, em 2010, foi apresentado um modelo de casa popular, 
titulada como Home4Haiti. Ela foi desenvolvida por uma parceria entre arquitetos brasileiros e italianos. A ideia deles era 
mostrar como materiais alternativos, como pneus velhos, são capazes de proteger residências mais simples de terremotos. 
Claro que, em cada região do planeta, conforme o que se tem disponível, será desenvolvida uma tecnologia diferente. 
Madeira e bambu, por exemplo, por serem muito leves, é uma boa alternativa. Eles movem-se com o terremoto e voltam à 
posição original muito rapidamente, dissipando a energia – além disso, possuem baixo custo. 
 Por incrível que pareça, a arquitetura vernacular, com soluções mais populares da antiguidade, é muito menos 
perigosa diante aos abalos sísmicos. O cimento não costuma ser o material mais indicado para uma engenharia 
antiterremoto. Porém, uma equipe da University of British Columbia desenvolveu um concreto especial. Chamado de EDCC, 
ele é composto de polímero e cinzas volantes – um material proveniente das poeiras geradas na queima de carvão em 
termoelétricas. Teoricamente, em comparação ao concreto tradicional, ele teria bem menos tendência em quebrar durante 
um evento do gênero. 
Novas estruturas resistentes a terremotos 
 
Um bom planejamento estrutural faz toda a diferença em um país com abalos sísmicos constantes. Para evitar o 
surgimento de rachaduras ou o colapso total do conjunto, primeiro, deve-se saber amortecer as junções entre todos os 
elementos – colunas, vigas, lajes e fundações – em cada andar. É importante que eles possam dissipar a energia do 
movimento causado pelo tremor e também não se separarem. Como alternativa final, podem-se introduzir elementos 
metálicos aos nós ou fazer paredes super-resistentes – as shear walls seriam indicadas apenas para construções de poucos 
andares. 
 
Em edifícios mais altos as medidas de prevenção devem se estender até à fundação, suspendendo o edifício sobre 
apoios de borrachas ou amortecedores. Ambas as alternativas serviriam para absorver grande parte do impacto provocado 
pelos tremores, fazendo com que as vibrações não sejam transmitidas ao restante do edifício. Assim, a probabilidade dele 
sofrer rachaduras ou outros abalos estruturais diminui consideravelmente. 
 Nos últimos anos, o mundo presenciou uma série terremotos. Abalos mais fortes atingindo a magnitude de mais de 
7 na escala Richter acontecem aproximadamente 20 vezes por ano em todo o mundo, com maiores registros nos países: 
Japão, Indonésia, Índia, Filipinas, Papua Nova Guiné, Turquia, Estados Unidos, Haiti e Chile.Assim, diante dessa realidade, o 
Japão maior vítima desses abalos tem investido fortemente em tecnologias construtivas capazes de minimizar os prejuízos 
causados pelos recorrentes terremotos. 
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 Conheça agora algumas das tecnologias já desenvolvidas e como elas agem tornando estruturas rígidas 
corpos dinâmicos altamente resistentes. 
 
Ao se projetar uma edificação resistente a abalos de alta magnitude, a preocupação se inicia na fundação do edifício. Nos 
alicerces destes prédios são instalados amortecedores eletrônicos, esses podem ser controlados à distância. Em prédios mais 
simples utiliza-se amortecedores de molas similares à suspensão de veículos. 
 Além disso, faz-se uso de materiais especiais capazes de amortecer os impactos nas junções de lajes, vigas, pilares de 
concreto e estruturas de aço. Esses materiais ajudam a distribuir energia quando a estrutura se movimenta em direções opostas, 
fazendo com que a estrutura não entre em colapso. 
 Vale ressaltar, que uma das partes mais importantes dos prédios resistentes a fortes abalos é um pêndulo enorme 
instalado na parte mais alta da edificação. O pêndulo funciona como um sistema de contrapeso inercial: uma bola suspensa 
pesada o bastante para movimentar o prédio no sentido contrário às vibrações ocasionadas pelo terremoto atenua o movimento 
e deixa a estrutura relativamente estável. 
 O maior sistema de contrapeso inercial do mundo é o da torre Taipei 101. Nela foi instalada, uma enorme bola de 5,5 
metros de diâmetro é suspensa por 16 cabos. Essa estrutura reduz em 40% as movimentações do edifício, resiste a ventos de até 
450 km/h e a terremotos de até 7 graus Richter 
 
Ademais, os vidros das janelas, parte mais sensível das edificações, são revestidos por um material flexível, como 
borrachas, e não ficam diretamente em contato com a esquadria. Assim, em caso de tremores na estrutura, os componentes de 
vidro movem-se controladamente e não se quebram. 
 Embora a tecnologia já desenvolvida aplicada a prédios em regiões com alto índice de tremores de terra seja capaz de 
resistir a abalos de alta magnitude, estudos continuam sendo desenvolvidos em algumas universidades do mundo, como por 
exemplo à Universidade de Nagoya (Japão) e a Universidade de Washington (EUA), para que a técnica seja aprimorada e se 
consiga estruturas ainda mais resistentes. Assim, estudos mostram que, em breve, podermos controlar o sistema de contenção 
das construções pelo computador, antes mesmo de o terremoto começar. Dispositivos serão instalados em toda a estrutura e, por 
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Montes Claros – MG, 07/07/2020. 
meio da internet, será enviado para um computador controlador informações como início, intensidade e variações do terremoto. 
Desse modo, o controlador poderá, por exemplo, definir diferentes frequências de oscilação para o pêndulo, dada a magnitude do 
tremor.

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