Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
GESTÃO EM FOCO UNIASSELVI 2015 Organização Daniele de Lourdes Curto da Costa Martins Autoria Adelano Passold Adrian Dambrowski Amarildo Furtado de Pinho Ana Maria Stolfi Anderson da Silva Andressa Gonçalves Arlete Regina Floriani Bianca Aparecida Grubert Gonçalves Eliza Damiani Woloszyn Batista Emerson Strutz Erhard Gumz Isabele Domingues Schlossmacher Jerusa Betina Schroeder Joel Ricardo Raiter José Afredo Pareja Gomez de La Torre Julia Ropelato Floriani Keitty Aline Wille Becker Maike Bauler Theis Marcos Renato Müller Marina Cardoso Marly Roepke Kienen Nei Marcos José Pacher Sandra Helena Dallabona Tiago Pedro Nicchellatti Tulio Kleber Vicenzi Valdecir Knuth Reitor da Uniasselvi Prof. Hermínio Kloch Pró-Reitora de Ensino de Graduação a Distância Prof.ª Francieli Stano Torres Pró-Reitor Operacional de Graduação a Distância Prof. Hermínio Kloch Editor-Chefe Prof. Evandro André de Souza Diagramação e Capa Djenifer Luana Kloehn Revisão Final Harry Wiese Andressa Ehlert CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI Rodovia BR 470, Km 71, nº 1.040, Bairro Benedito 89130-000 - INDAIAL/SC www.uniasselvi.com.br Ficha catalográfica Elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri – UNIASSELVI – Indaial. 658 G393g Martins, Daniele de Lourdes da Costa Gestão em foco / Daniele de Lourdes Curto da Costa Martins (Org.) Indaial : UNIASSELVI, 2015. 546 p. : il. ISBN 978-85-7830-905-3 1. Administração. I. Centro Universitário Leonardo Da Vinci. Propriedade do Centro Universitário Leonardo da Vinci SUMÁRIO UNIDADE 1 ................................................................................................ 21 TÓPICO 1 - TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO E CONCEITOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO ......................................................................................... 21 1 TEORIAS ADMINISTRATIVAS ................................................................ 21 2 CONCEITO E IMPORTÂNCIA DA ADMINISTRAÇÃO ............................ 24 2.1 MODELOS DE GESTÃO ................................................................. 25 2.2 FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS ....................................................... 26 2.2.1 Planejamento .......................................................................... 27 2.2.2 Organização ............................................................................ 27 2.2.3 Liderança ................................................................................ 27 2.2.4 Execução ................................................................................. 27 2.2.5 Controle ................................................................................... 28 3 TRABALHO HUMANO ............................................................................ 29 3.1 FATORES TÉCNICOS ..................................................................... 29 3.1.1 Divisão de tarefas .................................................................... 29 3.1.2 Identificação com a tarefa ....................................................... 29 3.1.3 Significância da tarefa ............................................................. 30 3.1.4 Autonomia ............................................................................... 30 3.2 ASPECTO HUMANO DO TRABALHO ............................................. 30 3.2.1 Personalidade e satisfação das necessidades ....................... 30 3.2.2 Motivação, realização e crescimento profissional ................... 31 4 TEORIAS SOBRE MOTIVAÇÃO ............................................................. 31 4.1 MASLOW: TEORIA DE HIERARQUIA DAS NECESSIDADES ....... 31 4.2 HERTZBERG: TEORIA DE HIGIENE .............................................. 32 4.3 MCGREGOR: TEORIA DA PARTICIPAÇÃO .................................... 32 5 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO .................................................. 33 6 ADMINISTRAÇÃO PARTICIPATIVA ........................................................ 33 AUTOATIVIDADE ....................................................................................... 34 REFERÊNCIAS .......................................................................................... 35 TÓPICO 2 – ESTRATÉGIA ............................................................................ 37 2 OS 5 P PARA ESTRATÉGIA .................................................................... 37 3 ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA ......................................................... 38 4 OS TIPOS E NÍVEIS DA ESTRATÉGIA EMPRESARIAL ........................ 39 5 AS ETAPAS DOS PROCESSOS DA ADMINISTAÇÃO ESTRATÉGICA . 44 6 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ......................................................... 45 7 METODOLOGIA DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ....................... 46 7.1 FASE I – DIAGNÓSTICO ESTRATÉGICO ...................................... 47 7.2 FASE II – MISSÃO DA EMPRESA ................................................... 47 7.2 FASE III – INSTRUMENTOS PRESCRITIVOS E QUANTITATIVOS 48 7.3 FASE IV – CONTROLE E AVALIAÇÃO ............................................ 49 AUTOATIVIDADE ....................................................................................... 50 REFERÊNCIAS .......................................................................................... 52 TÓPICO 3 – EMPREENDEDORISMO ........................................................... 53 1 SURGIMENTO DO EMPREENDEDORISMO ......................................... 53 2 EMPREENDEDORISMO ........................................................................ 54 3 PLANO DE NEGÓCIOS .......................................................................... 56 4 DESENVOLVIMENTO DE PEQUENOS NEGÓCIOS ............................. 58 5 EMPREENDEDORISMO E GRANDES EMPRESAS ............................. 60 6 CARACTERÍSTICAS E PERFIS EMPREENDEDORES ......................... 60 7 EMPREENDEDORISMO E EMPREENDEDOR ..................................... 62 AUTOATIVIDADES .................................................................................... 64 REFERÊNCIAS .......................................................................................... 67 TÓPICO 4 – ECONOMIA ............................................................................... 68 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 68 2 O PREÇO DE EQUILÍBRIO E A INTERAÇÃO DA PROCURA E DA OFERTA: O PREÇO DE EQUILÍBRIO ....................................................................... 69 3 ECONOMIA DE ESCALA ........................................................................ 76 3.1 CUSTOS GRADATIVOS E CUSTO MARGINAL .............................. 78 4 EMPREGO VERSUS INFLAÇÃO ........................................................... 80 5 GLOBALIZAÇÃO ..................................................................................... 83 AUTOATIVIDADES .................................................................................... 85 REFERÊNCIAS .......................................................................................... 89 TÓPICO 5 – MERCADO DE CAPITAIS ......................................................... 90 AUTOATIVIDADE ........................................................................................ 101 REFERÊNCIAS .......................................................................................... 103 TÓPICO 6 – COMÉRCIO EXTERIOR ............................................................ 104 1 INTRODUÇÃO ......................................................................................... 104 2 PRINCIPAIS ORGANISMOS INTERNACIONAIS – GATT À OMC ......... 104 3 GLOBALIZAÇÃO E INTEGRAÇÃO ........................................................105 4 BLOCOS ECONÔMICOS ....................................................................... 106 4.1 ZONA DE LIVRE COMÉRCIO ......................................................... 106 4.2 UNIÃO ADUANEIRA ........................................................................ 106 4.3 MERCADO COMUM ........................................................................ 106 4.4 UNIÃO ECONÔMICA ....................................................................... 106 4.5 UNIÃO MONETÁRIA OU INTEGRAÇÃO TOTAL ............................. 107 5 ORGÃOS DO COMÉRCIO EXTERIOR .................................................. 107 5.1 CÂMARA DO COMÉRCIO EXTERIOR – CAMEX ........................... 107 5.2 MINISTÉRIO DE DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR – MDIC ................................................................................ 108 5.3 MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES – MRE ................... 108 6 ORGÃOS GESTORES COM ATUAÇÃO NO COMÉRCIO EXTERIOR .. 109 6.1.1 Departamento de Operações de Comércio Exterior – DECEX ...... 109 7 SISTEMA INTEGRADO DE COMÉRCIO EXTERIOR – SISCOMEX ..... 110 7.1 ORGÃOS ANUENTES ..................................................................... 110 7.1.1 Secretaria da Receita Federal – SRF ..................................... 111 7.1.2 Banco Central do Brasil – BACEN .......................................... 111 7.1.3 Ministério da Saúde ................................................................ 111 7.1.4 Ministério da Agricultura .......................................................... 111 8 NOMENCLATURA COMUM DO MERCOSUL – NCM ............................ 112 9 TARIFA EXTERNA COMUM – TEC ........................................................ 112 10 INCOTERMS ......................................................................................... 113 11 FINANCIAMENTO ÀS EXPORTAÇÕES ............................................... 114 11.1 MODALIDADES DE FINANCIAMENTO ......................................... 114 11.1.1 Adiantamento sobre Contrato de Câmbio (ACC) .................. 114 11.1.2 Adiantamento sobre Cambiais Entregues (ACE) .................. 115 11.1.3 Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES) .................... 115 11.1.3.1 BNDES – EXIM ........................................................ 115 AUTOATIVIDADE ....................................................................................... 116 REFERÊNCIAS .......................................................................................... 119 CONTEÚDO COMPLEMENTAR DE GESTÃO PÚBLICA .......................... 121 UNIDADE 2 ................................................................................................ 130 TÓPICO 1: TIPOS DE MARKETING ............................................................ 130 1 MARKETING ........................................................................................... 130 1.1 MARKETING DE VENDAS .............................................................. 131 1.2 MARKETING DE SERVIÇOS .......................................................... 135 1.3 MARKETING DE RELACIONAMENTO ........................................... 138 AUTOATIVIDADE ....................................................................................... 143 REFERÊNCIAS .......................................................................................... 144 TÓPICO 2: O MIX DE MARKETING: OS 4 PS ............................................. 145 1 PUBLICIDADE E PROPAGANDA ........................................................... 149 2 RELAÇÕES PÚBLICAS .......................................................................... 160 3 PROMOÇÃO DE VENDAS ..................................................................... 162 4 MERchandiSing .................................................................................. 170 QUESTÕES ENADE .................................................................................. 171 REFERÊNCIAS .......................................................................................... 173 TÓPICO 3: ESTRATÉGIAS DE MARKETING .............................................. 174 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 174 2 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ......................................................... 174 3 PLANEJAMENTO DE MARKETING ....................................................... 185 ATIVIDADES .............................................................................................. 188 REFERÊNCIAS .......................................................................................... 193 CONTEÚDO COMPLEMENTAR DE GESTÃO PÚBLICA .......................... 196 REFERÊNCIAS .......................................................................................... 204 UNIDADE 3 ................................................................................................ 205 TÓPICO 1 – SUBSISTEMAS DE RECURSOS HUMANOS COM FOCO EM RECRUTAMENTO E SELEÇÃO, TREINAMENTO, AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO, SALÁRIOS E BENEFÍCIOS ............................................... 205 1 INTRODUÇÃO ....................................................................................... 205 2 RECRUTAMENTO E SELEÇÃO ............................................................. 206 2.1 RECRUTAMENTO INTERNO .......................................................... 207 2.2 RECRUTAMENTO EXTERNO ......................................................... 207 3 TREINAMENTO ...................................................................................... 208 4 AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO ............................................................ 211 5 SALÁRIOS E BENEFÍCIOS .................................................................... 213 RESUMO DO TÓPICO 1 ............................................................................. 215 AUTOATIVIDADE ....................................................................................... 216 REFERÊNCIAS .......................................................................................... 218 TÓPICO 2 – CLIMA E CULTURA .................................................................. 219 1 CULTURA ORGANIZACIONAL ............................................................... 219 1.1 ELEMENTOS E CARACTERÍSTICAS DA CULTURA ORGANIZACIONAL ............................................................................... 219 1.2 CARACTERÍSTICAS DA CULTURA ORGANIZACIONAL ............... 220 2 CLIMA ORGANIZACIONAL ..................................................................... 221 2.1 MODELOS DE CLIMA ORGANIZACIONAL ..................................... 222 2.2 OS INDICADORES DO CLIMA ORGANIZACIONAL ....................... 222 3 PESQUISA DE CLIMA ORGANIZACIONAL ........................................... 223 4 FEEDBACK ............................................................................................. 226 AUTOATIVIDADE ....................................................................................... 227 REFERÊNCIAS .......................................................................................... 229 TÓPICO 3 – MOTIVAÇÃO E LIDERANÇA ................................................... 230 1 MOTIVAÇÃO ........................................................................................... 230 2 TEORIA DA HIERARQUIA DAS NECESSIDADES (A. MASLOW) ......... 231 3 TEORIA DOS DOIS FATORES (F. HERZBERG) .................................... 235 4 LIDERANÇA ............................................................................................ 238 AUTOATIVIDADE ....................................................................................... 242 REFERÊNCIAS ..........................................................................................244 CONTEÚDO COMPLEMENTAR DE GESTÃO PÚBLICA .......................... 246 1 AGENTES PÚBLICOS ............................................................................. 246 2 ORGANIZAÇÃO FUNCIONAL ................................................................ 251 REFERÊNCIAS ........................................................................................... 257 UNIDADE 4 ................................................................................................ 258 TÓPICO 1 – ADMINISTRAÇÃO DA PRODUÇÃO ......................................... 258 1 PROCESSOS DE PRODUÇÃO .............................................................. 258 2 CAPACIDADE PRODUTIVA .................................................................... 260 3 MRP – MATERIAL RESOURCES PROGRAMMING ............................. 262 4 PCP – PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO .................... 264 5 ERP – ENTERPRISE RESOURCE PLANNING (PLANEJAMENTO DOS RECURSOS DA EMPRESA) ...................................................................... 265 6 JUST IN TIME ......................................................................................... 268 7 SISTEMA KANBAN ................................................................................. 269 AUTOATIVIDADE ....................................................................................... 272 REFERÊNCIAS .......................................................................................... 274 TÓPICO 2 – LOGÍSTICA ............................................................................... 275 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 275 2 GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS E DISTRIBUIÇÃO .............. 275 3 DISTRIBUIÇÃO FÍSICA .......................................................................... 282 4 MENSURAÇÃO E RELATÓRIO DE DESEMPENHO ............................. 285 5 ARMAZENAGEM E MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS ......................... 287 5.1 PICKING ........................................................................................... 288 5.2 MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS .................................................. 291 6 LOGÍSTICA REVERSA ........................................................................... 294 LEITURA COMPLEMENTAR ..................................................................... 295 AUTOATIVIDADE ....................................................................................... 298 REFERÊNCIAS .......................................................................................... 302 TÓPICO 3 – GESTÃO DE MATERIAIS E COMPRAS .................................. 303 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 303 2 GESTÃO DE MATERIAIS ....................................................................... 304 2.1 GESTÃO DE COMPRAS ................................................................. 304 2.1.1 – O ciclo da gestão de compras .............................................. 306 2.2 GESTÃO DE ESTOQUES ............................................................... 307 2.2.1 Identificação dos materiais ...................................................... 308 2.2.2 Custos ligados a estoques ...................................................... 309 2.2.3 – Controle dos estoques ......................................................... 309 2.3 GESTÃO DA DEMANDA .................................................................. 310 RESUMO DO TÓPICO 3 ............................................................................ 313 AUTOATIVIDADE ....................................................................................... 314 REFERÊNCIAS .......................................................................................... 316 CONTEÚDO COMPLEMENTAR DE GESTÃO PÚBLICA ........................... 318 LICITAÇÕES PÚBLICAS E CONCESSÕES .............................................. 325 2 – FASES DAS LICITAÇÃO PÚBLICA ...................................................... 326 3 – LEGISLAÇÃO APLICADA AS LICITAÇÕES PÚBLICAS ...................... 327 4 – MODALIDADES DE LICITAÇÕES PÚBLICAS .................................... 328 4.1 – CONCORRÊNCIA ......................................................................... 329 4.2 – TOMADA DE PREÇOS ................................................................. 330 4.3 – CONCURSO ................................................................................. 330 4.4 – CONVITE ...................................................................................... 331 4.5 – LEILÃO .......................................................................................... 331 4.6 – PREGÃO ....................................................................................... 332 5 – CONCESSÕES PÚBLICAS ................................................................. 333 6 – CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................. 334 REFERÊNCIAS .......................................................................................... 335 QUESTÕES ............................................................................................... 336 REFERÊNCIAS ........................................................................................... 338 UNIDADE 5 ................................................................................................. 339 TÓPICO 1 – MATEMÁTICA FINANCEIRA .................................................... 339 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 339 2 JUROS SIMPLES .................................................................................... 340 AUTOATIVIDADE ....................................................................................... 341 3 OPERAÇÕES DE DESCONTO .............................................................. 344 AUTOATIVIDADE ....................................................................................... 348 4 JUROS COMPOSTOS ............................................................................. 348 AUTOATIVIDADE ........................................................................................ 350 5 TAXAS PROPORCIONAIS ...................................................................... 350 6 TAXAS EQUIVALENTES ......................................................................... 351 7 AMORTIZAÇÃO ...................................................................................... 352 AUTOATIVIDADE ....................................................................................... 356 TÓPICO 2 – GESTÃO FINANCEIRA ............................................................ 356 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 356 2 ESTRUTURA DE CAPITAL ..................................................................... 358 2.1 INTRODUÇÃO ................................................................................. 358 2.2 CUSTO DE CAPITAL ....................................................................... 359 2.3 CUSTO DE CAPITAL PRÓPRIO ...................................................... 360 2.4 CUSTO DE CAPITAL DE TERCEIROS ........................................... 360 2.5 CUSTO DE OPORTUNIDADE ......................................................... 361 2.6 CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL – CMPC ..................... 362 2.7 CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL BRUTO ..................... 362 2.8 CUSTO MÉDIO PONDERADO DE CAPITAL LÍQUIDO .................. 363 AUTOATIVIDADE ....................................................................................... 364 3 MÉTODOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS ....................................366 3.1 INTRODUÇÃO ................................................................................. 366 3.2 TIPOS DE MÉTODOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS ............ 366 3.3 MÉTODO PAYBACK SIMPLES (PBS) .............................................. 366 3.4 MÉTODO PAYBACK DESCONTADO (PBD) ................................... 367 3.4.1 Cálculo do PBD ....................................................................... 368 3.5 MÉTODO DO VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL) ........................ 369 3.6 MÉTODO DA TAXA INTERNA DE RETORNO ................................ 371 3.6.1 Cálculo da TIR ......................................................................... 372 AUTOATIVIDADE ....................................................................................... 374 REFERÊNCIAS .......................................................................................... 377 TÓPICO 3 – ORÇAMENTO ........................................................................... 378 1 APRESENTAÇÃO ................................................................................... 378 2 ASPECTOS CONCEITUAIS .................................................................... 378 3 OBJETIVOS DOS ORÇAMENTOS ......................................................... 380 4 TIPOS DE ORÇAMENTOS ..................................................................... 383 5 ORÇAMENTO E PROCESSO DE GESTÃO .......................................... 386 6 IMPORTÂNCIA E VANTAGENS DO CONTROLE ORÇAMENTÁRIO .... 388 7 OS LIMITES PARA A ELABORAÇÃO DOS ORÇAMENTOS .................. 389 AUTOATIVIDADE ........................................................................................ 391 REFERÊNCIAS .......................................................................................... 393 TÓPICO 4 – GESTÃO DE CUSTOS .............................................................. 394 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 394 2 CUSTOS .................................................................................................. 394 AUTOATIVIDADE ....................................................................................... 396 3 CRITÉRIOS DE RATEIO ......................................................................... 397 4 MÉTODOS DE CUSTEIO ....................................................................... 399 4.1 CUSTEIO POR ABSORÇÃO ........................................................... 399 4.2 CUSTEIO VARIÁVEL ....................................................................... 401 4.3 CUSTEIO POR ABSORÇÃO X CUSTEIO VARIÁVEL ..................... 402 AUTOATIVIDADE ....................................................................................... 405 4.4 CUSTO PADRÃO ............................................................................. 405 4.5 CUSTO REAL ................................................................................... 406 4.6 CUSTO PADRÃO X CUSTO REAL .................................................. 406 4.7 CUSTO DE CAPITAL ....................................................................... 406 AUTOATIVIDADE ....................................................................................... 407 REFERÊNCIAS .......................................................................................... 409 TÓPICO 5 – CONTABILIDADE BÁSICA ...................................................... 411 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 411 2 DEFINIÇÃO DE PATRIMÔNIO ................................................................. 412 2.1 BENS ................................................................................................. 412 2.2 DIREITOS ........................................................................................ 412 2.3 OBRIGAÇÕES ................................................................................. 412 2.4 PATRIMÔNIO LÍQUIDO ................................................................... 413 3 A INFLUÊNCIA DO RESULTADO SOBRE O PATRIMÔNIO ................... 414 3.1 ELEMENTOS DE RESULTADO ....................................................... 414 3.1.1 Receitas .................................................................................. 414 3.1.2 Despesas ................................................................................ 414 3.1.3 Resultado do Exercício ........................................................... 414 4 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ...................................................... 415 4.1 BALANÇO PATRIMONIAL (BP) ....................................................... 416 4.2 GRUPO DE CONTAS ...................................................................... 416 4.3 CONCEITO DE ORIGEM E APLICAÇÃO DE RECURSOS ............. 418 4.3.1 Origem de Recursos ............................................................... 418 4.3.2 Aplicação de Recursos ............................................................ 419 5 CONTAS DO ATIVO (BENS E DIREITOS) ............................................. 419 5.1 CLASSIFICAÇÃO DAS CONTAS DO ATIVO ................................... 419 5.1.1 Ativo Circulante ....................................................................... 419 5.1.2 Ativo Não Circulante ................................................................ 420 6 CONTAS DO PASSIVO (OBRIGAÇÕES + PATRIMÔNIO LÍQUIDO) ..... 422 6.1 CLASSIFICAÇÃO DAS CONTAS DO PASSIVO .............................. 422 6.1.1 Passivo Circulante .................................................................. 422 6.1.2 Passivo Não Circulante ........................................................... 422 6.1.3 Patrimônio Líquido .................................................................. 422 7 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) ............... 423 8 PLANO DE CONTAS ............................................................................... 424 9 REGRAS PARA O DÉBITO E CRÉDITO ................................................ 424 9.1 RAZONETE ...................................................................................... 425 10 REGISTO CONTÁBIL ........................................................................... 426 10.1 LANÇAMENTO CONTÁBIL ............................................................ 426 10.1.1 Lançamento pelo Método de Partida simples ....................... 426 10.1.2 Lançamento pelo Método de Partidas Dobradas .................. 426 10.1.3 Escrituração .......................................................................... 427 10.1.3.1 Livro Diário ............................................................... 427 10.1.3.2 Livro Razão .............................................................. 427 11 ATOS E FATOS ADMINISTRATIVOS .................................................... 428 11.1 ATOS ADMINISTRATIVOS ............................................................. 428 11.2 FATOS ADMINISTRATIVOS ........................................................... 428 11.2.1 Fatos administrativos permutativos ....................................... 428 11.2.2 Fatos administrativos modificativos ....................................... 429 REFERÊNCIAS .......................................................................................... 430 TÓPICO 6 – CONTROLADORIA ................................................................... 432 1 CONTROLADORIA ................................................................................. 432 1.1 A CONTABILIDADE NO AUXÍLIO DOS CONTROLES .................... 435 1.1.1 Ativo ........................................................................................ 436 1.1.2 Passivo ....................................................................................436 1.1.3 Receita .................................................................................... 436 1.1.4 Despesa .................................................................................. 436 1.2 A CONTROLADORIA NAS ATIVIDADES FINANCEIRAS ................ 437 1.2.1 Contas a receber ..................................................................... 438 1.2.1.1 Contas a receber – crédito ......................................... 438 1.2.1.2 – Contas a receber – cobrança .................................. 438 1.2.2 Contas a pagar ........................................................................ 439 1.2.3 Demais atividades da área financeira ..................................... 440 1.3 CUSTOS ......................................................................................... 441 1.3.1 Método de custeio por absorção ............................................. 441 1.3.2 Método de custeio variável ..................................................... 442 1.3.3 Método de custeio padrão ....................................................... 442 1.3.4 Custeio meta ........................................................................... 443 1.4 SISTEMAS DE CONTROLE ............................................................ 443 AUTOATIVIDADE ................................................................................... 445 REFERÊNCIAS .......................................................................................... 447 UNIDADE 6 ................................................................................................ 448 TÓPICO 1 – NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE ..................... 448 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 448 2 ATIVO IMOBILIZADO – CPC 27 ............................................................. 448 3 AJUSTE A VALOR PRESENTE – CPC 12 .............................................. 453 4 PROVISÕES, ATIVOS CONTINGENTES E PASSIVOS CONTINGENTES – CPC 25 ....................................................................................................... 454 5 RECEITAS – CPC 30 .............................................................................. 460 AUTOATIVIDADE ....................................................................................... 463 REFERÊNCIAS .......................................................................................... 465 TÓPICO 2 – AUDITORIA ............................................................................... 466 1 APRESENTAÇÃO ................................................................................... 466 2 CONCEITUAÇÃO ................................................................................... 466 3 ÉTICA PROFISSIONAL NA AUDITORIA ................................................. 467 4 NORMAS DE AUDITORIA GERALMENTE ACEITAS ............................. 468 5 FORMAS DE AUDITORIA ....................................................................... 472 5.1 DE ACORDO COM AS RELAÇÕES DO AUDITOR COM A ENTIDADE AUDITADA .............................................................................................. 479 AUTOATIVIDADE ....................................................................................... 483 REFERÊNCIAS .......................................................................................... 485 TÓPICO 3 – PERÍCIA CONTÁBIL ................................................................. 486 1 ASPECTOS INTRODUTÓRIOS .............................................................. 486 2 ORIGEM DA PERÍCIA CONTÁBIL .......................................................... 487 3 DADOS HISTÓRICOS ............................................................................. 487 4 SURGIMENTO DA PERÍCIA CONTÁBIL NO BRASIL ............................ 490 5 OBJETIVO DA PERÍCIA .......................................................................... 491 6 OBJETO DA PERÍCIA ............................................................................. 492 7 CONCEITOS ........................................................................................... 493 8 ATOS LEGALMENTE POSSÍVEIS PARA FAZER PROVA PERICIAL .... 496 9 ÔNUS DA PROVA ................................................................................... 499 10 MEIOS DE PROVA ................................................................................ 499 11 AÇÃO JUDICIAL .................................................................................... 503 12 HABILITAÇÃO PROFISSIONAL ........................................................... 507 13 NOMEAÇÃO, CONTRATAÇÃO E ESCOLHA DO PERITO-CONTADOR OU INDICAÇÃO DO PERITO-CONTADOR ASSISTENTE .............................. 507 14 NORMAS DE PERÍCIA ......................................................................... 508 15 IMPEDIMENTO E SUSPEIÇÃO ............................................................ 509 16 SUSPEIÇÃO E IMPEDIMENTO LEGAL ............................................... 510 17 RESPONSABILIDADE .......................................................................... 511 18 ZELO PROFISSIONAL .......................................................................... 511 19 HONORÁRIOS ....................................................................................... 512 AUTOATIVIDADE ........................................................................................ 512 REFERÊNCIAS .......................................................................................... 516 TÓPICO 4 – CONTABILIDADE PÚBLICA E TRIBUNAL DE CONTAS ........ 518 1 INTRODUÇÃO À CONTABILIDADE PÚBLICA ....................................... 518 2 CONTABILIDADE APLICADA AO SETOR PÚBLICO ............................. 520 2.1 NORMAS DE CONTABILIDADE APLICADAS AO SETOR PÚBLICO ..521 2.1.1 – NBC T 16.1 – conceituação, objeto e campo de aplicação .. 522 2.1.2 – NBC T 16.2 – Patrimônio e Sistemas Contábeis ................. 523 2.1.3 NBC T 16.3 – Planejamento e seus instrumentos sob o enfoque contábil ............................................................................................. 524 2.1.4 NBC T 16.4 – Transações no setor público ............................. 524 2.1.5 NBC T 16.5 – Registro contábil ............................................... 525 2.1.6 NBC T 16.6 – Demonstrações contábeis ................................ 526 2.1.7 NBC T 16.7 – Consolidação das demonstrações contábeis ... 527 2.1.8 NBC T 16.8 – Controle Interno ................................................ 528 2.1.9 NBC T 16.9 – Depreciação, amortização e exaustão ............. 528 2.1.10 NBC T 16.10 – Avaliação e mensuração de ativos e passivos em entidades do setor público ............................................................... 529 3 O PAPEL DO TRIBUNAL DE CONTAS ................................................... 530 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................... 531 AUTOATIVIDADE ....................................................................................... 532 REFERÊNCIAS .......................................................................................... 534 CONTEÚDO COMPLEMENTAR DE GESTÃO PÚBLICA .......................... 535 1 INTRODUÇÃO ........................................................................................ 535 2 PLANO PLURIANUAL – PPA .................................................................. 536 3 LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS – LDO ................................... 538 4 LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL – LOA ...................................................... 540 4.1 ORÇAMENTO FISCAL E DA SEGURIDADE ................................... 540 4.2 O ORÇAMENTO DA SEGURIDADE SOCIAL .................................. 540 4.3 ORÇAMENTO DEINVESTIMENTO DAS EMPRESAS ................... 541 5 CICLO ORÇAMENTÁRIO ....................................................................... 541 6 APRECIAÇÃO ORÇAMENTÁRIA PELO PODER LEGISLATIVO ........... 542 7 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................... 543 AUTOATIVIDADE ....................................................................................... 543 REFERÊNCIAS .......................................................................................... 546 ------------------------- [ ApReSentAçãO GeStãO eM fOcO ] ------------------------- Olá, acadêmico(a)! Você está recebendo o caderno intitulado Gestão em Foco, que tem como objetivo levar os principais conteúdos trabalhados ao longo do seu curso. Neste sentido, vamos trabalhá-los em seis unidades. Cada uma abarca um conjunto específico de conteúdos. Na Unidade 1, vamos levar a você a Gestão Organizacional. O foco será trabalhar as teorias da administração a partir de temas atuais. Tratamos também da estratégia e do planejamento estratégico, tendo como base a tomada de decisão empresarial. Outro ponto será o empreendedorismo, levando a visão do empreendedor e do plano de negócios. Temas como economia, comércio exterior e mercado de capitais também são abordados. Na Unidade 2, o foco será a área de marketing e tem como principais assuntos os tipos de marketing, as estratégias de marketing, a análise de SWOT e a comunicação de marketing incluindo a promoção e propaganda. Na Unidade 3, vamos explanar sobre a área de Recursos Humanos, explicando os subsistemas de RH, bem como as teorias de motivação e liderança, além do foco em temas como clima e cultura. Na Unidade 4, o tema é gestão de operações e tem como principais assuntos abordados a produção no que tange aos processos de produção, capacidade produtiva, MRP, PC, Kanban, entre outros. Logística é outro ponto, abordando a gestão da cadeia de suprimentos, armazenagem e movimentação de materiais, logística reversa e gestão de materiais. Na Unidade 5, o tema é gestão financeira e aborda os conteúdos de matemática financeira, com foco nos juros simples e compostos, gestão financeira, orçamento, custos, contabilidade básica e controladoria. Na Unidade 6 é abordado o tema de contabilidade avançada e são trabalhadas a perícia, contabilidade pública, normas brasileiras de contabilidade e auditoria. Ao final de cada tópico, em cada unidade, trazemos as autoatividades para reforçar o conteúdo e praticar o que você aprendeu. Temos ainda, conteúdos específicos de administração pública ao final das unidades, de modo a complementar a leitura para os estudantes deste curso. Espero que você tenha uma ótima leitura e, que este material contribua para seu processo de aprendizagem, bem como para sua trajetória acadêmica e profissional. Forte Abraço! Profª. MSc Daniele de Lourdes C. Costa Martins Equipe Pedagógica – UNIASSELVI/NEAD Gestão em foco 21 UnIDADe 1 GESTÃO ORGANIZACIONAL Esta unidade tratará de assuntos relacionados à Gestão Organizacional. Assim, perpassaremos pelos conteúdos relacionados das teorias da administração, estratégia, empreendedorismo, economia, mercado de capitais, comércio exterior e gestão pública. Aproveitem para relembrar os principais aspectos tratados em cada tema. Trazemos também autoatividades para fixação do conteúdo estudado. ------ [ tÓpIcO 1 - teORIAS DA ADMInIStRAçãO e cOnceItOS BÁSIcOS DA ADMInIStRAçãO ] ------ 1 TEORIAS ADMINISTRATIVAS Você já parou para refletir sobre a pertinência das teorias administrativas para a gestão das organizações contemporâneas? É sobre isto que conversaremos a partir de agora. A ênfase e sistematização das ideias sobre as atividades laborais se deram no início do século XX a partir dos apontamentos de Taylor e Fayol. A partir de suas observações em empresas do setor industrial Taylor e Fayol elaboraram conceitos que deram origem à Administração Científica de Taylor e à Teoria Clássica de Fayol. O objeto destas teorias é explicar como se dá a relação entre os colaboradores e os processos organizacionais. Gestão em foco 22 Por isso Taylor enfatizou as tarefas como objeto de estudo para identificar métodos de racionalização do trabalho em nível operacional. Já Fayol estudou a estrutura organizacional com foco para a organização formal, os princípios gerais da administração e funções do administrador. Dessa forma, a Administração Científica “considera a administração uma ciência aplicada na racionalização e no planejamento das atividades operacionais, já a Teoria Clássica trata a administração como ciência na formatação e na estruturação das organizações”. (OLIVEIRA; MORAES; DOURADO, 2015, p. 1). Perceba que tanto uma quanto outra teoria apresenta métodos para aumentar a produtividade dos trabalhadores, seja pelo ponto de vista da hierarquização do trabalho, do estudo dos tempos e movimentos ou pelo ponto de vista das funções do administrador, ou seja, organizar, planejar, coordenar, comandar e controlar. Atualmente as organizações são geridas com princípios nas teorias discutidas até então, porque estão inclinadas para alcançar resultados e estes estão atrelados à produtividade. Max Weber contribuiu com esta ideia por meio da Teoria Burocrática que vem ao encontro das características da Administração Científica e Teoria Clássica e afirma a pertinência da divisão do trabalho, do sistema de regras e regulamentos, do sistema de procedimentos e rotinas e da impessoalidade nas relações interpessoais. Você pode pensar, toda organização, empresa surge para gerar resultados. Você está certo, pois nós mesmos experimentamos em nossas vidas situações para gerar resultados. No entanto, o que se discute a partir destas teorias é a maneira dos resultados serem alcançados. Eu posso dizer a você: “leia todo este conteúdo se não reprovará na prova do ENADE” ou dizer: “caro acadêmico estude este conteúdo para você mandar bem na prova do ENADE”. Percebeu a diferença de características das falas acima? A primeira mais Gestão em foco 23 áspera e objetiva e a segunda mais pedagógica e convidativa para o estudo. A busca pela compreensão das relações humanas no trabalho gerou outras teorias administrativas. Vamos refletir sobre as teorias que apresentam ênfase nas pessoas? Estas teorias foram originadas a partir da preocupação do bem-estar social nas organizações. A partir deste movimento a organização passou a ser vista como um espaço de resultados provenientes da dedicação das pessoas e que elas são as responsáveis pelo bom desempenho organizacional. Tal desempenho se dá a partir da satisfação e bem-estar das pessoas, ou seja, dos colaboradores. Para isso, a Teoria das Relações Humanas defende o relacionamento interpessoal como meio de integração das pessoas e caracterização dos grupos sociais com foco na satisfação das necessidades individuais. Já a Teoria do Comportamento Organizacional preocupa-se mais com a dinâmica organizacional do que com a estrutura, como para soluções participativas e flexíveis. Quanto às teorias focadas no ambiente organizacional, destacam-se a Teoria Estruturalista e a Teoria da Contingência. A Teoria Estruturalista é percebida como um avanço da Teoria das Relações Humanas porque reconhece que além da valorização do colaborador a de se considerar os conflitos nas organizações e as estratégias para administrá- los. A Teoria da Contingência considera que as organizações são compostas por cenários de constantes mudanças provenientes das influências internas e externas. Matos e Pires (2006, p. 510) contribuem com a reflexão acerca da Teoria Contingencial ao apontarem que este modelo, dotado de grande flexibilidade, descentralização e desburocratização, é colocado como opção para ambientes em constante mutação e condições instáveis, contrapondo-se, de certa forma, Gestão em foco 24 ao modelo mecanicista que prevalece em situações eambientes relativamente estáveis. Perceba que esta corrente da teoria administrativa busca explicar a caracterização das organizações atuais por meio de uma proposta que combine flexibilidade, comunicação, descentralização e desburocratização para fomentar as iniciativas de valorização do colaborador e as estratégias organizacionais. Sendo assim, ainda está colocado o desafio de equilibrar as iniciativas de promoção e reconhecimento dos colaboradores em detrimento dos resultados organizacionais que ao passar do tempo reconfiguram a relação entre os níveis hierárquicos das organizações. 2 CONCEITO E IMPORTÂNCIA DA ADMINISTRAÇÃO Administrar é, para Kwasnicka (2010), um processo integrativo da atividade organizacional que permeia nossa vida diariamente. É o processo pelo qual o administrador, em conjunto com as pessoas, cria, dirige, mantém, e controla uma organização. Uma organização, segundo Maximiano (2011), é um sistema de recursos que visa à consecução de algum objetivo e compõe-se de processos de transformação e divisão do trabalho. O autor menciona que é por meio da administração que as organizações têm a possibilidade de uso correto dos recursos de modo a atingir os objetivos propostos. O mais importante recurso das organizações são as pessoas, que em troca do seu trabalho recebem o salário e benefícios sociais e possibilitam a aquisição dos bens e serviços para satisfação das suas necessidades. Além das pessoas, as organizações utilizam recursos que podem ser: informações, conhecimento, espaço, tempo, dinheiro, instalações, redes de relacionamentos entre outros (MAXIMIANO, 2011). Gestão em foco 25 De acordo com Maximiano (2011), a resolução de problemas pelas organizações e a eficiência no uso de recursos faz com que clientes, usuários, funcionários, acionistas (também chamados de stakeholders) e a sociedade de forma geral, se sintam satisfeitos com a organização. O autor menciona ainda duas palavras para indicar que uma organização tem desempenho de acordo com as expectativas: eficiência e eficácia. Eficácia é a palavra usada para indicar a realização dos objetivos. Eficiência é usada para indicar utilização produtiva, ou de maneira econômica dos seus recursos. Pode ser também o uso de menor quantidade de recursos para produzir mais. O papel das organizações, segundo Maximiano (2011), é assegurar a eficiência e eficácia das organizações. 2.1 MODELOS DE GESTÃO Os modelos de gestão, conforme Hashimoto e Almeida (2012) indicam um conjunto de doutrinas e técnicas do processo administrativo que estão ligados a uma base ou orientação cultural. Os modelos de gestão podem ser classificados conforme proposto por Santos e França (2005) apud Hashimoto e Almeida (2012) e apresentado a seguir: QUADRO 1 – A EVOLUÇÃO DOS MODELOS DE ADMINISTRAÇÃO Contextualização Modelo Foco Ênfase Clássico Científico Tarefas Padronização Clássico Humanístico Grupo Relações Clássico Comportamental Decisões Compor tamento decisório Clássico Burocrático Processo Normas e regulamentos Clássico Sistêmico Sistema Interdependência e interação Gestão em foco 26 Contemporâneo Admin i s t ração contingencial Situação A d a p t a ç ã o situacional Contemporâneo Admin i s t ração por objetivos Objetivos Resultados Contemporâneo Estratégico Estratégica Ambiente Contemporâneo Japonês Consenso e cooperação Integração Contemporâneo Empreendedor Inovação e risco Iniciativa e realização Emergente Virtual Produtos virtuais S a t i s f a ç ã o instantânea e personalizada do cliente Emergente Do conhecimento Capital humano Acumula estoque de conhecimento Emergente Redes de valor Alinhada com o cliente Operação conjunta integrada, ágil e digital FONTE: Adaptado de: Hashimoto e Almeida (2012) O quadro acima apresenta informações sobre modelos de gestão. Descreva em uma folha de papel a sua percepção para as seguintes perguntas: 1) Qual(is) o(s) modelo(s) de gestão mais evidente(s) na empresa em que você trabalha? 2) Se você fosse consultor desta empresa, qual(is) modelo(s) de gestão seria(m) sugerido(s) por você? 3) Qual(is) o(s) melhor(es) modelo(s) de gestão em sua opinião? Por quê? 4) Qual(is) o(s) modelo(s) mais inadequado(s)? Por quê? 5) Dentre os modelos considerados inadequados, algum deles é encontrado nas organizações atualmente? Por que as organizações ainda o utilizam? 2.2 FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS O processo administrativo abrange, segundo Maximiano (2011) cinco tipos Gestão em foco 27 principais de decisões, também nominadas processos ou funções administrativas: planejamento, organização, liderança, execução e controle. 2.2.1 Planejamento O planejamento é, para Chiavenato (2011), a função administrativa que irá determinar previamente os objetivos que serão alcançados e desdobra o mesmo respondendo ao questionamento de como se deve fazer para alcançá-los. O planejamento deve ainda definir o que fazer, quando, como, e a sequência de realização das atividades. Os objetivos são resultados que se pretende atingir em tempo futuro pré-determinado. 2.2.2 Organização Chiavenato (2011) esclarece que organização pode ter diversos significados e pode ser considerada a segunda função administrativa e que consiste em: a) determinar as atividades específicas necessárias ao alcance dos objetivos planejados; b) agrupar as atividades em uma estrutura lógica; c) designar as atividades às pessoas, bem como seus cargos e tarefas. 2.2.3 Liderança No centro do processo administrativo estão as pessoas, assim, Maximiano (2011) menciona que a administração é uma competência intelectual e também interpessoal. O trabalho com pessoas pressupõe a existência de processos, dentre estes, a liderança. A liderança é um processo que compreende: coordenação, direção, motivação, comunicação e participação. Todos os demais processos dependem do funcionamento e sincronia da liderança. 2.2.4 Execução De acordo com Maximiano (2011), o processo de execução consiste na realização de atividades planejadas, decorrentes de um plano explícito ou implícito e têm como dados de entrada os processos de planejamento e de organização e geram como resultados produtos e/ou serviços. Gestão em foco 28 2.2.5 Controle Para a realização de objetivos, existe a necessidade de realização de controle. O processo de controle produz e usa informações para tomar decisões que possibilitem a manutenção dos sistemas orientados aos objetivos. Para Maximiano (2011) os elementos do processo de controle e dos sistemas de controle são: definição de padrões de controle, busca de informações, comparação e ação corretiva e recomeço do ciclo do planejamento. Revimos de forma bastante breve as principais funções administrativas. Verifica-se que além de embasar a teoria administrativa, as funções administrativas podem ser aplicadas a atividades rotineiras ou não, como por exemplo uma viagem, ou a programação de uma festa para amigos e convidados. Para melhor fixação dos conceitos, sugere-se que você os aplique por meio de resposta às perguntas abaixo. a) Visto que você está na reta final do seu curso de graduação, o que você acha de comemorar sua formatura com uma viagem? Que tal iniciar o planejamento agora mesmo? Defina para onde quer ir? Quanto tempo irá ficar? Vai convidar mais alguém? Organize-se e responda quem será o responsável por cada uma das etapas de sua viagem? Orce os custos de cada uma das paradas? Lidere as reuniões para definições da viagem. Por ocasião da viagem verifique o planejado e corrija o rumo da viagem ou do planejamento para que a execução da viagem seja perfeita. Controle os custos e confronte com os custos orçados e boa viagem! Você já leu o livro Mundo por Terra de Roy Rudnick e Michelle E. Weiss? Caso queira se inspirar, acesse o site <www.mundoporterra.com.br>, consulte as curiosidades e leia o livro. Tente identificar os aspectos de planejamento, organização, liderança, execução e controle abordados pelos autores.Gestão em foco 29 3 TRABALHO HUMANO A definição de trabalho sob o enfoque econômico e social é descrita por Kwasnicka (2010) como o emprego das forças físicas e mentais que o homem aplica para a produção de riquezas. O trabalho evoluiu de forma considerável em decorrência do desenvolvimento tecnológico e das pressões sociais e possibilitaram a humanização dos ambientes de trabalho e a diminuição do esforço do homem na tarefa (KWASNICKA, 2010). São apresentados por Kwasnicka (2010) os fatores que influenciam o trabalho humano, divididos em fatores técnicos e fatores humanos. 3.1 FATORES TÉCNICOS Os fatores técnicos são apresentados por Kwasnicka (2010): divisão de tarefas, identificação com a tarefa, significância da tarefa, autonomia na execução. 3.1.1 Divisão de tarefas Os princípios básicos, a curto prazo, da divisão de tarefas são: maior produtividade, melhor rendimento e maior eficiência organizacional. A longo prazo aparecem a padronização e a especialização, em razão do detalhamento e simplificação das tarefas. Não existe possibilidade de que todas as tarefas sejam realizadas por apenas uma pessoa, seja pela complexidade ou pela necessidade de aquisição de todas as habilidades requeridas. Assim, é necessário dividir em partes e entre muitas pessoas. Além disso, a disponibilidade de uma variedade de trabalhos possibilita às pessoas a escolha para cargos que elas apreciam e que estejam preparadas. 3.1.2 Identificação com a tarefa A racionalização do trabalho está fundamentada no conceito das relações humanas e deve ser participativa de forma a aperfeiçoar o método do trabalho, dentro da habilidade de cada um dos participantes. A simplificação do trabalho deve ser feita em clima de trabalho em grupo, de forma que sejam oportunizados liberdade e treinamento para reconhecimento das oportunidades de melhoria do trabalho. Gestão em foco 30 3.1.3 Significância da tarefa Para que uma tarefa seja definida como significativa deve ser representativa no processo produtivo, senão seria incorporada em outra tarefa ou na simplificação do processo produtivo refletivo nos custos de produção. 3.1.4 Autonomia Está relacionado ao grau de liberdade que o trabalhador possui para executar a tarefa, adaptando a sua capacidade, competência e o seu ritmo de trabalho, sem interferir nos pontos de congestionamento dos processos produtivos. Considera-se importante a capacidade de tomada de decisão dependendo da dinâmica do trabalho de cada indivíduo. 3.2 ASPECTO HUMANO DO TRABALHO A contribuição total e efetiva dos membros da organização é obtida por meio do entendimento do comportamento humano, de forma a gerar benefícios para a organização e para o indivíduo. Entre os aspectos estudados no comportamento humano no trabalho Kwasnicka (2010) destaca: personalidade e satisfação das necessidades, motivação, realização e crescimento pessoal. 3.2.1 Personalidade e satisfação das necessidades A satisfação das necessidades humanas é um dos grandes impulsionadores do comportamento humano. As necessidades podem ser primárias quando servem para sobrevivência (comer, respirar, satisfação da sede e reprodução). Logo, após a satisfação das necessidades primárias, surgem as necessidades secundárias, divididas por Kwasnicka (2010) em afiliativas e egoísticas. As necessidades afiliativas referem-se a ser aceito no meio, ter afiliação e amor. Já as egoísticas referem-se às necessidades de ter uma posição em relação às pessoas (poder, status, prestígio ou estima). O comportamento humano é conduzido pelas necessidades não satisfeitas, e a maneira com que as pessoas se comportam é determinada pela personalidade. Importante destacar que as diferenças de personalidades entre indivíduos são bastante grandes e precisarão ser levadas em conta pelo administrador. Gestão em foco 31 4 TEORIAS SOBRE MOTIVAÇÃO As teorias sobre motivação são importantes para evidenciar as melhores formas de motivar as pessoas. São apresentadas as seguintes teorias motivacionais por Kwasnicka (2010): - Teoria da hierarquia das necessidades. - Teoria de higiene. - Teoria de participação. - Teoria da interação. - Teoria das restrições motivacionais. 4.1 MASLOW: TEORIA DE HIERARQUIA DAS NECESSIDADES Maslow propôs que as pessoas estão sempre em um estado motivacional permanente e que a natureza da motivação tende a ser diferente em relação às situações, de pessoa para pessoa e de grupo para grupo. As pessoas dificilmente atingem estado de satisfação plena, a não ser por período de tempo. A satisfação de um desejo gera outro, e assim sucessivamente ao que Maslow chamou de teoria motivacional de Maslow. Considera uma ordenação das necessidades segundo sua força relativa na motivação humana. A classificação se inicia com as necessidades fisiológicas, que são básicas a sobrevivência, como respirar, saciar a fome e a sede. Seguindo-se das necessidades de segurança e abrigo. Após suprir a sensação de segurança e ordem, inicia o desenvolvimento do relacionamento interpessoal identificado como necessidades sociais. Assim que providas, as próximas são as necessidades 3.2.2 Motivação, realização e crescimento profissional Motivação refere-se, segundo Kwasnicka (2010), a desejos, aspirações e necessidades que geram influências na escolha de alternativas e por consequência no comportamento do indivíduo. Motivação é o processo de mobilização de energia. Gestão em foco 32 de estima que se referem à satisfação do status e prestígio. O estágio final enfoca a continuidade do autodesenvolvimento, que são as necessidades de autorrealização. 4.2 HERTZBERG: TEORIA DE HIGIENE Para Hertzberg apesar da motivação humana ser caracterizada por necessidades básicas, há a orientação para a realização de determinados objetivos ou incentivos desejáveis, positivos, ou, para evitar consequências indesejáveis, negativas. Para Herzberg somente os níveis mais altos da pirâmide de Maslow são realmente motivadores, os demais são classificados como sistemas de insatisfação potencial. A satisfação de necessidades básicas não motiva, mas sua ausência gera insatisfação. 4.3 MCGREGOR: TEORIA DA PARTICIPAÇÃO De acordo com McGregor, as tentativas para influir no comportamento de indivíduos baseiam-se em suposições, generalizações e hipóteses relativas à natureza humana, ou seja, a maioria das pessoas age acreditando que suas crenças são corretas e não requerem exame ou verificação. McGregor divide a teoria em X e Y. QUADRO 2 – TEORIA X E Y DE MCGREGOR Teoria X Teoria Y As pessoas são preguiçosas e indolentes. As pessoas são esforçadas e gostam de ter o que fazer. As pessoas evitam o trabalho. O trabalho é uma atividade tão natural como brincar ou descansar. As pessoas evitam a responsabilidade, a fim de se sentirem mais seguras. As pessoas procuram e aceitam responsabilidades e desafios. As pessoas precisam ser controladas e dirigidas. As pessoas podem ser automotivadas e autodirigidas. As pessoas são ingênuas e sem iniciativa. As pessoas são criativas e competentes. FONTE: Kwasnicka (2010) Gestão em foco 33 5 QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO O conceito de qualidade de vida no trabalho (QVT) é tido como mais amplo do que as teorias tradicionais de motivação. De acordo com este enfoque, segundo Maximiano (2011), a saúde não é apenas ausência de doenças e sim o completo bem-estar biológico, psicológico e social. Direciona-se a atenção ao stress. O stress depende da capacidade de adaptação, que envolve o equilíbrio entre a exigência que a tarefa faz a quem a realiza e a capacidade da pessoa que a realiza. Busca-se o equilíbrio, porém o desequilíbrio pode ser produzido pela tarefa ou por uma conjuntura. Além do enfoque biopsicossocial, a QVT se preocupa com uma visão ética da condição humana. Procura-se por meio da ética a identificação, eliminação ou minimização de todos os riscos ocupacionais. A QVT pretende a satisfação dos funcionários e as práticas da empresa.Mesmo aspectos vivenciados fora do ambiente de trabalho, tais como a vida familiar e a oportunidade de desfrutar de atividades culturais e sociais influenciam na produtividade dos funcionários e por isso recebem atenção da QVT. 6 ADMINISTRAÇÃO PARTICIPATIVA A administração participativa, segundo Maximiano (2011), é uma filosofia que valoriza a participação das pessoas no processo de tomar decisões sobre a administração das organizações. A participação aproveita o potencial intelectual das pessoas e contribui para aumentar a qualidade das decisões e da administração, a satisfação e a motivação das pessoas. Como o aprimoramento da decisão e o As teorias têm um objetivo comum de definir as condições que influenciam a produtividade e eficácia humana. Gestão em foco 34 clima organizacional, a administração participativa aprimora a competitividade das organizações. No modelo participativo, segundo Maximiano (2011), predominam a liderança, a disciplina e a autonomia. As pessoas são responsáveis por seu próprio comportamento e desempenho. A disciplina é interior e quanto maior a autonomia das pessoas e quando as decisões das pessoas afetam seu próprio trabalho, o modelo de administração se torna mais participativo. As organizações que seguem este modelo são chamadas orgânicas. Empresas que adotam modelo de gestão mais participativo têm de acordo com Maximiano (2011) melhor desempenho, medido por meio da satisfação dos funcionários e resultados econômico- financeiros. A administração participativa é, segundo Maximiano (2011), a substituição de estilos tradicionais de administração de pessoas (autoritário, impositivo, indiferente, paternalista) por cooperação mútua, liderança, autonomia e responsabilidade. Informar, envolver, delegar, consultar e perguntar, ao invés de mandar tornam-se palavras-chave na administração participativa, que perpassa pelo desenho das estruturas organizacionais e visão sistêmica, pois a administração é compartilhada em todos os sentidos. AUTOATIVIDADE 1 O Sr. Carlos Alberto assumiu a gerência geral da empresa Ecomobile, do setor de fabricação de móveis, com 185 funcionários. Sua missão era aumentar as vendas em 30% no primeiro ano e a primeira medida que tomou foi reestruturar a linha de produção. Com isso, pretendia aumentar a produtividade da empresa, a qualidade dos produtos e ampliar os serviços de entrega e a distribuição de mercadorias. Após um ano, a produtividade subiu 50% e a qualidade estava muito melhor. No entanto, a empresa não aumentou suas vendas e estava com estoques altos, devido ao aumento da produtividade. Decidiu-se, então, pela demissão de Carlos Alberto por não ter cumprido o objetivo para o qual foi contratado. Gestão em foco 35 O gerente geral falhou por não ter cumprido as seguintes funções administrativas: a) ( ) Direção e Controle. b) ( ) Organização e Controle. c) ( ) Organização e Direção. d) ( ) Planejamento e Controle. e) ( ) Planejamento e Organização. Fonte: INEP 2009. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/web/guest/enade/provas-e-gabaritos-2009>. Acesso em: 4 maio 2015. 2 Pela proposta motivacional de Maslow, a empresa que pretende prever o comportamento de seus funcionários e torná-los mais comprometidos e motivados em relação às metas organizacionais deve atender às suas necessidades. A respeito da hierarquia de necessidades de Maslow, considere as afirmativas a seguir: I. As necessidades fisiológicas são também denominadas de necessidades biológicas ou básicas. II. As necessidades de segurança relacionam-se a proteção contra perigos ou ameaças à sobrevivência. III. As necessidades sociais são consideradas as mais elevadas e maximizam as aptidões e potenciais do ser humano. IV. As necessidades de estima tratam da maneira como a pessoa se vê e se autoavalia em relação a si própria e ao grupo. V. As necessidades de autorrealização são as necessidades de amizade, participação, filiação a grupos, amor e afeto. Estão CORRETAS somente as afirmativas: a) ( ) I, II e IV. b) ( ) II, IV e V. c) ( ) III, IV e V. d) ( ) I, II e III. e) ( ) II, III e V. Fonte: INEP 2009. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/web/guest/enade/provas-e-gabaritos-2009>. Acesso em: 4 maio 2015. Gestão em foco 36 REFERÊNCIAS CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à teoria geral da administração. 8. ed. Rio de Janeiro: Editora Elsevier, 2011. HASHIMOTO, Fábio Ogawa; ALMEIDA, Martinho Isnard Ribeiro de. In: SANTOS, Silvio Aparecido dos. et al. Teorias da administração: abordagens clássicas e contemporâneas. Maringá: Editora Unicorpore, 2012. INEP. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. ENADE: Provas e Gabaritos 2009. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/web/ guest/enade/provas-e-gabaritos-2009>. Acesso em: 4 maio 2015. KWASNICKA, Eunice Lacava. Introdução à administração. 6. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2010. MATOS, Eliane; PIRES, Denise. Teorias administrativas e organização do trabalho: de Taylor aos dias atuais, influências no setor saúde e na enfermagem. In: Texto Contexto Enferm. Florianópolis, 2006. MAXIMIANO, Antônio Cesar Amaru. Teoria geral da administração: da revolução urbana à revolução digital. 6. ed. São Paulo: Editora Atlas, 2011. OLIVEIRA, João Ferreira de; MORAES, Karine Nunes de; DOURADO, Luiz Fernandes. Principais teorias administrativas, suas características e enfoques. Disponível em: <http://escoladegestores.mec.gov.br/site/4-sala_politica_gestao_ escolar/pdf/saibamais_5.pdf>. Acesso em: 3 maio 2015. Gestão em foco 37 ------------------------- [ tÓpIcO 2 – eStRAtÉGIA ] ------------------------- A estratégia não é algo novo na vida do homem, segundo Chiavenato e Sapiro (2003), o conceito de estratégia não é recente, pois para os autores, desde quando o homem das cavernas se pôs a caçar, pescar ou lutar para obter sua sobrevivência, a estratégia sempre se fez presente como um plano antecipado do que fazer para ser vitorioso. Estratégia é uma palavra de origem grega. Strategus, para os gregos antigos, significava o general superior ou generalíssimo; e strategia significava a arte deste general. Carl von Valusewicz, que é considerado o pai da estratégia militar moderna, onde ele definia três alvos para que seu inimigo fosse vencido. Segundo Fernandes e Berton (2005, p. 5), “o primeiro relacionava-se à avaliação das forças do inimigo; o segundo, a avaliar os recursos do inimigo; e o terceiro alvo dizia respeito à sua disposição para a luta”. No contexto organizacional, tanto para Drucker (1961) quanto Ansoff (1993) apud Fernandes e Berton (2005, p. 15), a estratégia se constitui na “ideia de mapear as direções futuras da organização a partir dos recursos que possuem”. 2 OS 5 P PARA ESTRATÉGIA Segundo Mintzberg et al. (2006), a estratégia não é um conceito único e pode ser utilizado de diversas maneiras. Assim, ele apresenta cinco definições formais de estratégia: os 5Ps da Estratégia. Estratégia como Plano: Nesta definição a estratégia é entendida como um curso de ações planejadas para se alcançar algo que é desejado. É um conjunto de diretrizes para lidar com uma situação. Mintzberg descreve ainda que as estratégias como plano possuem duas características principais: são preparadas previamente as ações para as quais se aplicam e são desenvolvidas conscientemente e deliberadamente. Gestão em foco 38 Estratégia como Pretexto: A estratégia pode ser usada como a finalidade de confundir, iludir o concorrente, onde ela age como uma “manobra” particular para eliminar ou enfraquecer o concorrente, sendo utilizada como um instrumento para lidar com a competição que a empresa enfrenta na sua atuação no mercado. Estratégia como Padrão: A partir do momento em que um plano estratégico está estabelecido em uma organização e ele traz resultados positivos, ele torna- se um padrão e é incorporado pela organização. Como padrão as estratégias são emergentes, surgindo muitas vezes, sem intenção.Estratégia como Posição: Trata-se de uma forma de localizar a empresa no seu meio ambiente. A organização busca um nicho ou uma área de atuação que lhe permita sustentar-se e defender sua posição. Refere-se a como a organização é vista pelo mercado. Estratégia como Perspectiva: Nesta definição a estratégia acontece dentro da organização. De acordo com Mintzberg, todas as estratégias são abstrações que existem apenas na cabeça das partes interessadas, onde através do compartilhamento de ações e intenções pelos membros da organização através de ideias vindas da sua imaginação, a estratégia se difunde pelo padrão de pensamentos, ideologias, valores, culturas e percepção interna da organização. 3 ADMINISTRAÇÃO ESTRATÉGICA A Administração Estratégica (AE) passou a ter maior destaque somente a partir da década de 50, pois antes dessa época a preocupação dos empresários voltava-se apenas a fatores internos como por exemplo melhoria nos mecanismos de produção. De acordo com Ferreira e Garcia (2010, p. 11) “a partir dos anos 50, a complexidade do mundo empresarial aumentou, passando a exigir um perfil gerencial mais empreendedor, respostas mais rápidas e corretas à ação de concorrentes, uma redefinição do papel social e econômico das empresas e uma melhor adequação à nova postura assumida pelos consumidores” Gestão em foco 39 Foi diante desse cenário que a Administração Estratégica (AE) consolidou- se, sendo que seu objetivo principal é a adaptação frequente da organização ao ambiente em que ela está inserida, garantindo para os acionistas a geração de riquezas e a satisfação de seus stakeholders (reclamantes da empresa: acionistas, empregados, clientes e fornecedores). De acordo com Certo (apud FERNADES; BERTON, 2005, p. 9), a administração estratégica é definida como um processo contínuo e interativo com o seu ambiente. Já Oliveira (1991 apud FERNADES; BERTON, 2005, p. 9), define a administração estratégica como o estabelecimento de providências a serem tomadas pelo administrador para que a situação futura seja diferente da situação passada. Uma compreensão mais abrangente da administração estratégica, juntando os processos administrativos e as áreas da administração, é definida por Fernandes e Berton (2005, p. 9), onde descrevem que a “administração estratégica é o processo de planejar, executar e controlar, conduzindo a organização por meio de uma estratégia ampla, abrangendo as áreas de marketing, de operações, de pessoal e de finanças”. 4 OS TIPOS E NÍVEIS DA ESTRATÉGIA EMPRESARIAL Autores como Wright, Kroll e Parenll (2000) distinguem as estratégias em níveis de estratégias corporativa, de unidade de negócios e funcional ou operacional. Estratégia Corporativa: é formulada pela cúpula da organização, onde pretende-se supervisionar as operações e os interesses da organização composta por mais de uma linha de negócios. De acordo com Fernandes e Berton (2005, p. 12), a estratégia corporativa responderá questões como: em que negócio estamos e em que negócios deveríamos estar? Porter (1999) destaca quatro tipos de estratégias corporativas, conforme o quadro a seguir: Gestão em foco 40 QUADRO 3 – TIPOS DE ESTRATÉGIAS CORPORATIVAS Estratégia Corporativa Definição/Execução Gestão de Portfólio É a mais utilizada, exige uma grande quantidade de informações, disposição para se desfazer rapidamente de unidades de negócio com baixo desempenho. Consiste na diversificação por meio de aquisições de empresas que estejam subavaliadas e na autonomia das unidades de negócio. Reestruturação A empresa se transforma em uma reformadora ativa das unidades de negócio ou de setores subdesenvolvidos, enfermos ou ameaçados. Exige uma capacidade gerencial para reverter o quadro de desempenho da nova unidade de negócio, uma grande quantidade de informações, uma ampla semelhança entre as UN, as quais permanecem autônomas. Transferência de Atividades Pressupõe a existência de sinergias, uma alta dependência e a necessidade de captação dos benefícios dos relacionamentos entre as Uns, além de alta capacidade de execução de transferência de habilidades entre elas. As Uns permanecem autônomas, mas em estreita colaboração com a alta administração, desempenhando um papel integrador. Compartilhamento de Atividades Os benefícios do compartilhamento superam os custos, a utilização de novas empresas e de aquisições como meio de entrar em novos mercados, além da resistência organizacional, e promovem a integração da UN. As Uns estratégicas são motivadas a compartilhar atividades, e a alta administração tem um papel integrador nesse processo. FONTE: Porter (1999) Para os autores Wright, Kroll e Parnell (2000) a empresa pode optar por estratégia corporativa de: crescimento, estabilidade ou redução. Vamos compreender a visão desses autores analisando o quadro a seguir: Gestão em foco 41 QUADRO 4 – TIPO DE ESTRATÉGIAS CORPORATIVAS (WRIGHT; KROLL; PARNELL) E s t r a t é g i a Corporativa Tipos Definição/Execução Crescimento Interno Aumento das vendas e da capacidade de produção da força de trabalho. I n t e g r a ç ã o Horizontal Expansão de empresa por meio da aquisição de outras que atuam na mesma unidade de negócios. D i v e r s i f i c a ç ã o H o r i z o n t a l Relacionada Aquisição de outra empresa de um setor externo a seu campo de atuação atual, mas relacionada a suas competências essenciais para aproveitar sinergias e criar valor. D i v e r s i f i c a ç ã o Horizontal não Relacionada Aquisição de outra empresa de um setor não relacionado, geralmente por motivo de investimento financeiro, para aproveitar oportunidades de investimentos. Integração Vertical de Empresas Relacionadas Aquisição de outra empresa por meio da transferência ou partilha de competências essenciais semelhantes ou complementares no canal de distribuição vertical. Integração Vertical de empresas não relacionadas Aquisição de empresas com diferentes competências essenciais, o que limita a sua transferência ou partilha. Fusões União de duas ou mais empresas por meio de uma permuta de ações, com o objetivo de partilha ou transferência de recursos e ganho em força competitiva. Alianças Estratégicas Parcerias em que duas ou mais empresas realizam um projeto específico ou cooperam em determinada área de negócio. Gestão em foco 42 Estabilidade Para empresas que atuam em mais de um setor, manutenção do conjunto atual de empresas. Para uma empresa que atua em um único setor: manutenção das mesmas operações sem buscas de um crescimento significativo nas receitas ou no tamanho da empresa. Redução R e v i r a v o l t a (turnround) Visa tornar a empresa mais enxuta e eficaz, ao eliminar resultados não lucrativos, diminuir ativos, reduzir o tamanho da força de trabalho, cortar custos de distribuição e reconsiderar as linhas de produtos e os grupos de clientes da empresa. Desinvestimento Ocorre quando uma empresa vende ou faz um spin - off (segregação parcial) de uma de suas unidades de negócio, se esta apresentar um desempenho ruim ou deixar de se adequar ao perfil estratégico da empresa. Liquidação ou Fechamento Venda de ativos indicada somente quando nem a reviravolta nem o desinvestimento forem viáveis, em virtude de suas perdas e impactos negativos. FONTE: Wright, Kroll e Parnell (2000) Estratégia de uma unidade de negócio: nesse tipo de estratégia, foca-se em unidades específicas. Busca-se determinar um conjunto de estratégias para orientar a organização para competir em um setor específico e obter sucesso. Organizações que possuem interesse em ramos de negócios diferentes criam unidades de estratégias de negócio, onde reúnem todas as atividades que produzem um tipo específico de produto ou de serviço, tratando-as como única unidade de negócio, facilitando assim as ações dos diretores. Gestão em foco 43 Cinco elementos são destacados por Gupta (1999 apud FERREIRA, 2010) como
Compartilhar