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PAPER REGIME TRIBUTÁRIO

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Prévia do material em texto

1 Ailton das Neves Fonseca. Graduando em Ciências Contábeis. 
2 Sheila Jeane Schulz. Mestre em Ciências Contábeis. 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Curso (CTB1014/3) – Seminário Interdisciplinar – 03/06/2020 
 
ANÁLISE DE ESCOLHA DE REGIME TRIBUTÁRIO 
 
Ailton das Neves Fonseca1 
Sheila Jeane Schulz2 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
No Brasil, conforme o estudo Demografia das Empresas e Empreendedorismo realizado e 
divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE (2017), metade das empresas 
fecha suas portas antes de completarem quatro anos de atividade. Muito disso deve-se à alta carga 
tributária do país e a falta de planejamento tributário. O Sistema Tributário Brasileiro representa um 
custo elevado para as empresas tendo estas várias obrigações para com o fisco através de 
contribuições, impostos e obrigações acessórias, entre outras. Estas contribuições e impostos são 
acrescentados ao valor final do produto sejam eles bens ou serviços e este valor final poderá não ser 
suficientemente competitivo para que a empresa mantenha-se no mercado por muito tempo. 
Dentro deste contexto, um bom planejamento tributário será uma ferramenta de auxílio na 
redução de custos com a diminuição da carga de impostos e contribuições, refletindo assim, em 
maior competitividade e lucratividade. 
Entende-se então que o planejamento tributário consiste em um estudo elaborado, através de 
técnicas que avaliam os dados do mercado, o faturamento e os custos da empresa permitindo 
escolher o regime de tributação menos oneroso, que irá impactar em menor grau na saúde financeira 
dos negócios. 
Vale ressaltar que esta escolha do regime de tributação precisa seguir adequadamente a 
legislação que, no Brasil, sofre inúmeras e constantes alterações, por isso o contador surge como a 
figura mais indicada para elaborar este estudo, sendo ele habilitado para isso. Os quatro regimes de 
tributação no Brasil são: Simples Nacional, Lucro Presumido, Lucro Real e Lucro Arbitrado. 
O objetivo deste trabalho é mostrar a importância de um bom planejamento tributário para 
definição do regime que a empresa escolherá considerando a melhor opção para diminuição de 
custos. Neste estudo mostra-se a diferença apurada em uma empresa que optou pelo Lucro 
Presumido e como ficaria optando pelo Lucro Real no ano de 2019. A empresa objeto deste estudo 
é uma empresa de transportes EIRELI e concordou com a utilização dos seus dados financeiros 
reais, porém, solicitou a não divulgação da razão social, portanto, quando mencionada, será 
utilizada a denominação XYZ TRANPORTES EIRELI. 
 
2. PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO 
2 
 
 
 
Este é um tema de vários estudos e muitos autores comentam e conceituam suas 
características, dentre eles destaca-se Borges (2008, p. 38) que assim descreve: 
Uma atividade técnica – realizada no universo da gestão empresarial da 
tributação – que visa projetar atividades econômicas da empresa, para 
conhecer as válidas e legítimas alternativas estruturais e formais, assim 
como as suas respectivas obrigações e encargos fiscais, para daí, então 
mediante meios e instrumentos adequados, avalia-las com vistas à adoção 
daquela (alternativa) que possibilita a anulação, maior redução ou o mais 
extenso adiamento do ônus tributário pertinente, e por outro lado, que se 
integra harmonicamente à planificação global dos negócios. 
 
O planejamento tributário é a ferramenta utilizada para reduzir tributos e diminuição da 
carga tributária visando maior economia, sendo necessário um estudo realizado com prevenção e 
pesquisa sobre os efeitos econômicos e jurídicos antes da realização dos fatos administrativos 
buscando sempre alternativas dentro da lei (SANTOS; BRITO, 2016). 
Segundo Latorraca (2000), “o planejamento tributário é a atividade empresarial que, 
desenvolvendo-se de forma estritamente preventiva, projeta os atos e fatos administrativos com 
objetivo de informar quais os ônus tributários em cada uma das opções legais disponíveis”. 
É direito de o contribuinte estruturar seu empreendimento de maneira que tenha a melhor 
redução de custos e impostos sendo que a escolha do regime tributário será lícita e respeitada pelo 
fisco dentro das normas jurídicas. (PEREIRA e GIRÃO, 2019) 
 
2.1 ELISÃO E EVASÃO FISCAL 
 
São formas distintas de evitar o pagamento de tributos cujos conceitos são confundidos e 
entendidos como sinônimos. Fabretti, (2015, p. 33) conceitua elisão fiscal como “o planejamento 
tributário antes da ocorrência do fato gerador do tributo produz a elisão fiscal, que é a redução da 
carga tributária dentro da legalidade”. Já em relação à evasão fiscal, o mesmo autor diz que: 
“evasão fiscal é a redução da carga tributária descumprindo determinações legais, classificadas 
como crime de sonegação fiscal (LEI nº 8.137/90)”. 
Considera-se então que, evasão fiscal é uma forma de retardar, evitar ou reduzir tributos de 
forma não prevista em lei, ou seja, ilegal. Entre os métodos mais utilizados para evasão estão a 
omissão de fatos ocorridos e não declarados ao fisco e declarações de informações falsas. 
Com base nas informações acima, devemos considerar que a elisão fiscal é a forma mais 
correta e eficaz para empresa adotar na escolha do regime tributário que será utilizado no ano a ser 
apurado sendo que desta forma terá a carga tributária reduzida dentro das formas da lei. 
 
3 
 
 
2.2 SISTEMA TRIBUTÁRIO BRASILEIRO 
 
Sistematizado em 1966 através da Lei 5.172/66, o sistema tributário nacional brasileiro tem 
por finalidade regulamentar as normas da área tributária, expondo limitações e estabelecendo 
parâmetros ao poder de tributar. Adotou-se no Brasil o principio da estruturalidade orgânica do 
tributo, pelo qual a espécie é determinada pelo fato gerador. O sistema tributário brasileiro possui 
cinco espécies tributárias que são: taxas, impostos, contribuições de melhoria, contribuições 
especiais e empréstimos compulsórios. (RIBEIRO, 2006). 
Regime tributário é o meio de definição da forma de cálculo dos tributos da empresa em 
relação ao faturamento por ela obtido. Na atual legislação brasileira existem quatro regimes 
tributários a serem considerados e escolhidos pelo contribuinte, que são: Simples Nacional, Lucro 
Presumido, Lucro Real e Lucro Arbitrado. A escolha do regime terá grande influência na tomada de 
decisões, por isso deverá ser feita da forma mais adequada à realidade da empresa. Conforme 
Crepaldi (2012) os administradores das empresas devem fazer anualmente esta importante escolha 
do regime tributário conforme as opções que se apresentam. 
 Para a empresa objeto deste estudo, foram analisadas as opções do Lucro Presumido e Lucro 
Real, dos quais veremos a seguir as definições. Ainda, nestes dois regimes tributários o principal 
fator de diferenciação está nos impostos federais, portanto, não serão analisados os tributos 
estaduais e municipais. 
 
2.2.1 Lucro Presumido 
 
É o regime tributário com menos restrições de opção, muito comumente utilizado pelas 
empresas e tem uma forma simplificada de definição de base de cálculo da Contribuição Social 
sobre o Lucro (CSLL) e do Imposto de Renda de Pessoa Jurídica (IRPJ) (Brasil,1998). 
O IRPJ e a CSLL são calculados sobre uma base de presunção de lucro fixado a partir de 
percentuais padrões aplicados sobre a receita bruta. Define-se como PRESUMIDO por não ser um 
lucro contábil efetivo, apenas uma aproximação. (Brasil/1998). 
Para poder optar pelo Lucro Presumido, é requisito que a receita bruta do ano anterior seja 
igual ou inferior a R$ 78.000.000,00 ou ao limite proporcional de R$ 6.500.000,00 multiplicados 
pelo número de meses em atividade durante o ano para empresas que iniciaram no ano calendário 
(Brasil/1998). 
Ainda, incidirão sobre a receita bruta PIS (0,65%) e COFINS (3,00%) que têm característica 
cumulativa, pois incidem em todas as fases do processo produtivo ou comercialização sem direito acompensação da parte paga anteriormente e deverão ser apurados mensalmente enquanto a apuração 
da CSLL e do IRPJ ocorre trimestralmente. (Brasil/1998). 
4 
 
 
 
2.2.2 Lucro Real 
 
É um regime tributário direcionado as pessoas jurídicas que por lei estejam obrigadas a optar 
por este regime ou por livre opção. Considera-se este o mais justo e completo para tributação, pois o 
IRPJ e a CSLL são calculados com base no lucro fiscal caso tenha lucro e, se houver prejuízo, não 
haverá cálculo destes tributos. (Brasil/1998) 
Existe neste regime a opção de apuração do IRPJ e da CSLL em períodos trimestrais ou 
anuais, sendo que no Real Trimestral deverá ocorrer o encerramento de balaços em 31/03, 30/06, 
30/09 e 31/12 de cada exercício. A legislação determina acréscimo de 10% sobre o valor do IRPJ 
quando o resultado positivo for maios que R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) para apuração 
trimestral e R$ 240.000,00 (duzentos e quarenta mil reais) para apuração anual. Esse adicional deve 
ser recolhido junto com o imposto de renda devido. (Brasil/1998). 
A apuração de PIS e COFINS neste regime é na forma não cumulativa com vantagem de 
crédito da parte paga nas operações anteriores sendo apurada a diferença entre os créditos e os 
débitos. As alíquotas, no entanto, são mais elevadas: 1,65% para PIS e 7,60% para COFINS. 
(Brasil/1998). 
 
3. METODOLOGIA 
 
Como este estudo tem intenção e objetivo de apresentar as opções tributárias para uma 
empresa, podemos classifica-lo como descritivo. Vergara (1998) considera que a pesquisa descritiva 
expõe características, tanto de determinada população quanto de determinado fenômeno, e pode 
estabelecer correlações entre variáveis e definir sua natureza. 
Quanto aos procedimentos, a pesquisa é caracterizada como pesquisa documental, pois são 
utilizados dados contábeis e tributários de uma empresa para suas análises. Para Gil (1999), 
pesquisas documentais são as que se utilizam de materiais que ainda não receberam nenhum 
tratamento analítico. 
No que tange à abordagem, a pesquisa classifica-se como quantitativa, de acordo com Raupp 
e Beuren (2009), pois serão utilizados valores monetários tributários. 
 
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA EMPRESA 
 
A empresa XYZ Transportes Eireli atua no ramo de transporte de cargas para todo território 
nacional, tendo sido fundada em 2007 e situada na região do Médio Vale do Itajaí. Atualmente com 
cinco colaboradores além do proprietário, e é considerada uma Empresa de Pequeno Porte (EPP). 
5 
 
 
De 2007 a 2017 esteve enquadrada no regime do Simples Nacional, mudando em 2018 para o Lucro 
Presumido, regime no qual permaneceu durante o ano de 2019. 
Neste trabalho, são apresentadas informações da empresa XYZ Transportes Eireli como 
valores de faturamento, lucros e prejuízos acumulados e impostos pagos. Estes dados foram 
extraídos de documentos contábeis dos anos 2018 e 2019, com autorização do responsável legal da 
empresa. O objetivo principal é fazer a análise comparativa entre a carga tributária dos impostos 
federais nos regimes Lucro Presumido e Lucro Real referente ao ano 2019 de forma que evidencie 
qual a forma de tributação mais adequada para empresa analisada. 
Por meio da análise de dados do ano calendário 2019, em 2020 a empresa passou a optar 
pelo Regime de Lucro Real. 
 
4 ANÁLISE DOS RESULTADOS E DISCUSSÕES 
 
 Neste tópico, serão apresentados os valores de 2019 utilizados como comparativo entre os 
regimes de tributação já mencionados. Ressalta-se que, no ano de 2018 a empresa teve um 
faturamento bruto de R$ 908.892,70 (novecentos e oito mil, oitocentos e noventa e dois reais e 
setenta centavos), apurando no final do exercício um lucro líquido de R$ 162.689,68 (cento e 
sessenta e dois mil, seiscentos e oitenta e nove reais e sessenta e oito centavos). Logo, mostrou-se 
acertada a escolha pelo regime de Lucro Presumido e, portanto, permaneceu nesta escolha para o 
ano de 2019. 
 No ano de 2019, porém, a empresa enfrentou muitas adversidades e, apesar de obter um 
faturamento bruto de R$ 905.713,21 (novecentos e cinco mil, setecentos e treze reais e vinte e um 
centavos), muito semelhante a 2018, as despesas superaram as receitas e com isso a empresa 
amargou um prejuízo acumulado de R$ 221.715,01 (duzentos e vinte e um mil, setecentos e quinze 
reais e um centavo). 
 
4.1 Cálculo do Lucro Presumido 
 
Como já mencionado anteriormente, os impostos federais calculados para empresas optantes 
do Lucro Presumido, tem base de cálculo e alíquotas fixas. Para empresa de estudo, são definidas 
como segue: 
 PIS – alíquota 0,65% sobre o faturamento bruto. 
 COFINS – alíquota 3,00% sobre o faturamento bruto. 
 IRPJ – base de cálculo: presunção de 8% do faturamento bruto, aplicando no resultado a 
alíquota de 15% 
 CSLL – base de cálculo: presunção de 12% do faturamento bruto, aplicando no resultado 
a alíquota de 9%. 
6 
 
 
Na tabela 1 demonstra-se o faturamento mensal e o total de impostos federais pagos em 
2019 pela empresa XYZ Transportes Eireli. 
 
Tabela 1 – Resultados ‘Lucro Presumido’, exercício 2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Dados da pesquisa (2020). 
 
A coluna total de impostos traz a soma dos valores pagos de PIS, COFINS, CSLL E IRPJ 
apurados em cada competência de janeiro a dezembro de 2019. Ao final, a coluna traz a soma total 
destes impostos apurados durante o ano de 2019. 
Como se pode observar, durante o ano 2019, a empresa XYZ Transportes Eireli apurou o 
valor de R$ 53.096,11 (cinquenta e três mil, noventa e seis reais e onze centavos) de impostos 
federais a pagar. 
 
4.2 Cálculo Lucro Real 
 
No cálculo com base no Lucro Real a empresa pode optar pela apuração de IRPJ E CSLL de 
forma trimestral ou anual. Como serão analisados os dados já expostos, e considerando o prejuízo 
informado na apresentação de dados, será analisado de forma anual uma vez que já sabe-se que não 
haverá IRPJ e nem CSLL a recolher. Também é válido lembrar que os dados são verídicos e os 
valores informados foram apurados no sistema Único Contábil, desenvolvido pela SCI informática. 
Ressalta-se, ainda, que a apuração de PIS e COFINS no Lucro Real é obtida através da apuração de 
débito e crédito. 
Para que o trabalho não se estenda demais com a demonstração mensal destas apurações, 
será trazido apenas o resultado final de valores de impostos a recolher. 
Tem-se na tabela 2, os resultados de impostos apurados para o regime de Lucro Real. 
 
COMP FAT(R$) PIS (R$) COFINS 
(R$) 
CSLL 
(R$) 
IRPJ (R$) TOTAL DE 
IMPOSTOS
01/2019 
02/2019 
03/2019 
04/2019 
05/2019 
06/2019 
07/2019 
08/2019 
09/2019 
10/2019 
11/2019 
12/2019 
88.071,85 
44.117,00 
105.132,00 
65.134,36 
64.432,00 
72.253,00 
70.772,00 
112.666,00 
73.444,00 
87.305,00 
58.291,00 
64.095,00 
572,47 
253,61 
683,36 
401,27 
418,81 
469,64 
460,02 
699,18 
477,39 
567,48 
378,89 
416,62 
2.642,16 
1.170,51 
3.153,96 
1.852,03 
1.932,96 
2.167,59 
2.123,16 
3.226,98 
2.203,32 
2.619,15 
1.748,73 
1.922,85 
951,18 
476,46 
1.135,43 
703,45 
695,87 
780,33 
764,34 
1.161,71 
793,20 
942,89 
629,54 
692,23 
1.056,86 
529,40 
1.261,58 
781,61 
773,18 
867,04 
849,26 
1.290,79 
881,33 
1.047,66 
699,49 
769,14 
5.222,67 
2.429,98 
6.234,33 
3.738,36 
3.820,82 
4.284,60 
4.196,78 
6.378,66 
4.355,24 
5.177,18 
3.456,65 
3.800,84 
TOTAL 905.713,21 5.798,74 26.763,40 9.726,63 10.807,34 53.096,11 
7 
 
 
 
 
 
 
Tabela 2 – Resultados ‘Lucro Real’, exercício 2019 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Dados da pesquisa (2020). 
 
A Tabela 2 traz na última coluna o total de impostos federais que teriam sido apurados caso 
a empresa tivesse optado pela tributação no Lucro Real em 2019 da competência janeiro a 
dezembro de 2019 e no final o valor total de impostos que seriam devidos, no caso R$ 13.685,44 
(treze mil, seiscentos e oitenta e cinco reais e quarenta e quatro centavos). 
 
4.3 Comparação dos Valores Apurados 
 
Combase nas tabelas dos valores apresentados o Grafico 1 traz a comparação dos valores 
pagos pelo regime do Lucro Presumido com os valors que seriam pagos pelo regime Lucro Real. 
 
Gráfico 1 – Comparativo de impostos apurados ‘Lucro Presumido x Lucro Real’, exercício 2019 
 
Fonte: Dados da pesquisa (2020). 
 
COMP FAT (R$) PIS (R$) COFINS 
(R$) 
CSLL 
(R$) 
IRPJ 
(R$) 
TOTAL 
(R$) 
01/2019 
02/2019 
03/2019 
04/2019 
05/2019 
06/2019 
07/2019 
08/2019 
09/2019 
10/2019 
11/2019 
12/2019 
88.071,85 
44.117,00 
105.132,00 
65.134,36 
64.432,00 
72.253,00 
70.772,00 
112.666,00 
73.444,00 
87.305,00 
58.291,00 
64.095,00 
873,85 
0,00 
324,68 
190,24 
170,66 
115,83 
0,00 
478,01 
0,00 
287,93 
0,00 
0,00 
4.025,00 
0,00 
1.495,47 
876,23 
786,04 
533,54 
0,00 
2.201,75 
0,00 
1.326,21 
0,00 
0,00 
0,00 
0,00 
0,00 
0,00 
0,00 
0,00 
0,00 
0,00 
0,00 
0,00 
0,00 
0,00 
0,00 
0,00 
0,00 
0,00 
0,00 
0,00 
0,00 
0,00 
0,00 
0,00 
0,00 
0,00 
4.898,85 
0,00 
1.820,15 
1.066,47 
956,70 
649,37 
0,00 
2.679,76 
0,00 
1.614,14 
0,00 
0,00 
TOTAL 905.713,21 2.151,20 11.244,24 0,00 0,00 13.685,44 
8 
 
 
Conforme já verificado através das tabelas 1 e 2, os valores de impostos federais pagos 
através do regime de Lucro Presumido (R$ 53.096,11) foram bem superiores ao valor total que teria 
sido pago se a opção fosse Lucro Real (R$ 13.685,44). A diferença é de R$ 39.410,67 (trinta e nove 
mil, quatrocentos e dez reais e sessenta e sete centavos). 
Isso demostra que, com uma boa analise técnica de um profissional de contabilidade bem 
capacitado, as empresas podem ter economia de ordem tributária, sendo que, desta forma, podem 
oferecer preços mais competitivos e terem mais longevidade no mercado. 
 
5. CONCLUSÃO 
 
O objetivo deste estudo foi realizar uma comparação real de escolha de regime tributário 
entre Lucro Presumido e Lucro Real para a empresa XYZ Transportes Eireli utilizando como base 
os valores apurados através das escriturações fiscal e contábil registradas pela contabilidade. 
Para realização deste trabalho houve a permissão da empresa do uso de documentos 
contábeis oficiais, como livros fiscais de registro de entradas e saídas, Balanço Patrimonial, 
Balancetes de Verificação e Demonstração de Resultado do Exercício dos anos 2018 e 2019 
apurados através do Lucro Presumido. Ainda, foram refeitos todos os lançamentos e apurações com 
base no Lucro Real. 
O estudo realizado permitiu, de forma prática, utilizar os resultados para a escolha mais 
adequada do regime tributário a ser utilizado para o ano 2020 de forma que, através desta escolha, a 
empresa terá redução da carga tributária e consequentemente vantagens competitivas já que, poderá 
reavaliar o valor dos seus serviços e assim oferecer um valor mais adequado. 
O desenvolvimento deste trabalho demonstra que, para a tomada de decisão da escolha do 
regime tributário a utilizar, visando buscar o menos oneroso, é necessário planejamento e 
conhecimento da legislação. Sendo que a escolha correta fará a empresa ser mais competitiva e 
contribuirá para sobrevivência da mesma. 
Por fim, conclui-se que o planejamento tributário deve ser considerado e estudado a cada 
ano fiscal, pois é de suma importância para as empresas e o profissional contábil será seu principal 
aliado na busca da melhor opção. 
 
 
5 REFERÊNCIAS 
 
BORGES, Humberto Bonavides. Gerência de Impostos. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2011. 
 
BRASIL. Lei 9.718 de 27 DE Novembro de 1998. Institui Alteração na Legislação Tributária. 
Diário Oficial da União, seção 1, Brasília, DF, edição extra, p. 1 – 28, 22 nov.1998. 
 
 
9 
 
 
CREPALDI, Silvio Aparecido. Planejamento Tributário Teoria e Prática, 1ª edição, São Paulo, 
SP, Saraiva 2012. 
 
e-BOOKS SEBRAE, Conhecendo o Planejamento Tributário, SEBRAE-BA. 
 
FABRETTI, Láudio Carmargo. Contabilidade Trbutária, 9ª edição, São Paulo, SP, Atlas, 2005. 
 
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e-BOOKS SEBRAE, Conhecendo o Planejamento Tributário, SEBRAE-BA.

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