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1 Antonio Elton de Sousa Almeida¹, Dalva Maria Cavalcante¹, Leonilda Alves Lima¹ e Lívia Mara Ramos da Rocha¹. 2 Solimar Gonçalves Souza² Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Biomedicina (FLC15015BBI) – Prática do Módulo III - 20/04/2023 Antonio Elton de Sousa Almeida(4249964)¹ Dalva Maria Cavalcante(4330576)¹ Leonilda Alves Lima(4449470)¹ Livia Mara Ramos da Rocha(4402104)¹ Solimar Gonçalves de Souza² 1. INTRODUÇÃO O laboratório de análises clínicas tem um papel fundamental, pois, auxilia nas decisões diagnósticas e terapêuticas, por meio da emissão do laudo, que é um documento que contém os resultados das análises laboratoriais, validados e autorizados pelo responsável técnico (BRASIL, 2005, p.2). O manuseio de amostras biológicas nos laboratórios clínicos é considerado um processo delicado, pois, envolve uma série de cuidados necessários, ou seja, o profissional responsável deve priorizar a preservação das amostras para não prejudicar o resultado do exame solicitado. Sob essa perspectiva, foi realizada uma ampla pesquisa bibliográfica com o objetivo de compreender a importância de uma eficiente manipulação de materiais biológicos nos laboratórios de hematologia, com intuito de ocorrer uma liberação de resultados seguros para o paciente e consequentemente elucidar os diagnósticos das patologias hematológicas. Como também foi intensificado o estudo em relação as técnicas de biossegurança necessárias para uma boa conservação desses materiais. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA De acordo com Santos (2019), a hematologia é uma área da análise clínica que se dedica ao estudo das células sanguíneas e suas patologias. A coagulação sanguínea, por exemplo, é avaliada por meio de exames como Protrombina (TPA) e Tempo de Tromboplastina Parcial Ativada (TTPa), a pesquisa de células anormais pode ser realizada por meio de esfregaço sanguíneo e imunofenotipagem. Com isso, a função das células sanguíneas é avaliada por meio de testes como o teste de resistência osmótica e o teste de fagocitose. O mesmo autor afirma ainda que a hematologia é uma área em constante evolução, e é importante que os profissionais estejam atualizados e capacitados para utilizar novas tecnologias e técnicas. MANIPULAÇÃO DE AMOSTRAS BIOLÓGICAS NA HEMATOLOGIA CLÍNICA 2 Ademais, com base em Andrade (2015), enriquece a tese de que a coleta de sangue é uma das formas mais comum de obter amostras biológicas em hematologia e que a técnica mais comum envolve a inserção de uma agulha em uma veia para coletar o material biológico (sangue), enquanto a punção é por meio da perfusão da pele. A avaliação do sangue inclui diversas variáveis como número e a morfologia das células sanguíneas que é feita por meio do exame denominado de hemograma para se certificar da concentração de hemoglobinas e enzimas. Dessa forma, vale destacar as principais condutas necessárias para o manuseio laboratorial, citadas a seguir: As equipes do laboratório clínico e de apoio devem receber treinamentos constantes e apropriados sobre os riscos potenciais associados aos trabalhos desenvolvidos, inclusive os profissionais de condutas inadequadas para que se conscientizem. A biossegurança em laboratórios de análises clínicas é uma responsabilidade individual, sendo que seus gestores devem garantir um local seguro para o exercício de todas as atividades. (ZOCHIO, 2009, p.2) “No momento do armazenamento, as amostras devem ser preservadas em um local fresco e seco, com um sistema de segurança capaz de garantir a integridade física da amostra durante o seu transporte[...]”(UNODC, 2010, p.10). Amostras biológicas devem ser armazenadas separadamente sendo que todos os compartimentos devem ser descartáveis, esterilizados e lacrados, para que não haja nenhum meio de contaminação. Os potes de plástico devem conter tampas seguras, principalmente para líquidos e fluidos, para evitar vazamentos no momento do transporte, e que sejam resistentes ao armazenamento durante o congelamento. Tubos de plástico podem provocar interferências na análise e algumas amostras são preferencialmente armazenadas em potes de vidro ou plásticos, isso depende do que o responsável pela coleta achar cabível para a amostra. Os tubos devem ser preenchidos com amostras suficientes para as análises, com o máximo da quantidade que for necessária, evitando-se processos de oxidação ou evaporação (LISBOA, 2016, p.8). De acordo com Zochio (2009) é necessário ter cuidados em ambientes laboratoriais, para não haver contaminação dos materiais, profissionais envolvidos e a equipe de limpeza por meio de aerossóis. Esses cuidados mais o descarte dos materiais biológicos utilizados na rotina laboratorial, fazem parte das boas práticas em laboratório clínico, seguindo as regras de biossegurança. 3 Fonte: Adaptado de Menezes, apud Bonini et al. https://www.rbac.org.br/artigos/fase-pre-analitica-na- gestao-da-qualidade-em-medicina-laboratorial-uma-breve-revisao/. Acesso em: 22 de maio de 2023 Com base na tabela apresentada, pode se verificar a importância de cada fase no processo de preparo de amostras laboratoriais e sua definição. De acordo com o exposto, é notável a possibilidade de ocorrer erros, em cada etapa mencionada, consequentemente afetando diretamente na qualidade e no resultado dos laudos dos exames solicitados. Por isso, é perceptível a necessidade de seguir todos os protocolos de biossegurança fornecidos nos laboratórios. 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES Este trabalho evidenciou que o laboratório de análises clínicas é essencial no que se refere às decisões diagnósticas e terapêuticas, através do laudo emitido pelo responsável técnico contendo os resultados das análises por ele validados. Trazendo essas informações especificamente para a hematologia clínica, é notório que a maneira mais comum e amplamente utilizada para a obtenção de material biológico é a coleta de sangue diretamente da veia. A avaliação desse material varia de acordo com o número e a morfologia das células sanguíneas, feitas através do hemograma. Assim sendo, as equipes que realizam as análises devem receber treinamentos apropriados sobre os riscos só trabalho que eles desenvolvem, no qual a responsabilidade da biossegurança é individual, embora a obrigação de um local seguro para o exercício de todas as atividades seja dos gestores. Em suma, a pesquisa enfatizou a importância da coleta de sangue e da biossegurança em laboratórios de análises clínicas. Foi verificado que é essencial que os profissionais que trabalham com coleta de sangue e análise de amostras biológicas estejam cientes dos riscos envolvidos em todo o processo manipulação e a adoção de condutas legalmente adequadas para garantir a segurança de todos os envolvidos nesse meio. https://www.rbac.org.br/artigos/fase-pre-analitica-na-gestao-da-qualidade-em-medicina-laboratorial-uma-breve-revisao/ https://www.rbac.org.br/artigos/fase-pre-analitica-na-gestao-da-qualidade-em-medicina-laboratorial-uma-breve-revisao/ 4 4. REFERÊNCIAS ANDRADE, R. Hemograma: como interpretar. Revista Brasileira de Hematologia e Hemoterapia, São Paulo, v. 37, n. 3, p. 164-165, 2015. BONINI P et al. Errors in laboratory medicine. Clinical Chemistry, v. 48, n. 5, p. 691-698, 2002. BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução RDC no 302, de 13 de outubro de 2005. Dispõe sobre regulamento técnico para funcionamento de laboratórios clínicos. Diário Oficial da União, Brasília, 2005. LISBOA, M.P; Matrizes Biológicas de Interesse Forense, Trabalho de conclusão de mestrado apresentado à Faculdade de Farmácias da Universidade de Coimbra, Coimbra, set. 2016. MENEZES P. Erros pré-analíticos em medicina laboratorial: uma revisão sistemática. Rio de Janeiro. Dissertação [Mestrado em Saúde, Medicina Laboratoriale Tecnologia Forense] – Instituto de Biologia Roberto Alcântara Gomes da UERJ, 98p.; 2013. SANTOS, John Lennon Cirino Dos. Trabalho de conclusão de curso, relatando o observado no estágio supervisionado de análises clínica. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 04, Ed. 05, Vol. 09, pp. 149-160. Maio de 2019. ISSN: 2448-0959 UNODC, Escritório das nações unidas sobre drogas e crimes, Conscientização sobre o local de crime e as evidências materiais em especial para pessoal não forense, Nações Unidas, Nova York, 2010. Disponível em: https://www.unodc.org/documents/scientific/Crime_Scene_Awareness_Portuguese_Ebook.pdf . Acesso em: 11 de abril de 2023. ZOCHIO, Larissa Barbosa. Biossegurança em Laboratórios de Análises Clínicas. AC&T Científica, São José do Rio Preto, ano 2009, v. 1, n. 1, ed. 1, p. 1-23, 2009.
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