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PAGE 
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO....................................................................................................... 03
2 DESENVOLVIMENTO............................................................................................04
2.1Processo histórico do código de menores.....................................................04 2.2 Estatutos da Criança e do Adolescente: Medidas Protetivas e Medidas Socioeducativas..........................................................................................................06
2.3 Do direito á Educação á Cultura, ao Esporte e ao Lazer......................................07 
2.4 O Sistema Nacional de Socioeducação (SINASE): definição e reflexão sobre....08
2.5 Política de Assistência Social: Suas funções e os níveis de proteção.....................................................................................................................12
2.5.1 Os Serviços de proteção Social Especial de Média..........................................13
2.5.2 Os Serviços de Proteção Social a Adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto................................................................................13
2.5.3 Atuação do Assistente Social no CREAS medidas Socioeducativas................14
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................................16
REFERENCIAS..........................................................................................................17
1 INTRODUÇÃO
O presente artigo tem por objetivo refletir sobre a criança e o adolescente na sua relação com o fenômeno da violência e o cometimento de atos infracionais, apontando a política pública de socioeducação como uma alternativa de educação de adolescentes e jovens para a vida em liberdade. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, com base em autores da área de ciências sociais aplicadas.
A socioeducação é vista como uma política pública que tem por objetivo construir, junto dos adolescentes e jovens, novos e apropriados conceitos de vida, buscando o fortalecimento dos princípios éticos da vida social. Por tanto, no presente artigo parte-se do pressuposto que a socioeducação é uma política que tem como proposta a educação para a vida em liberdade, verificando-se com a discussão teórica realizada que, para a referida política se efetivar como tal, faz-se necessária a construção de meios para a efetivação de ações que se configurem para além do sentido da responsabilização do adolescente pelo ato infracional, pois sua natureza pedagógica e social deve ser o pressuposto básico de todas as práticas socioeducativas. 
Enquanto política pública deve se efetivar em conjunto com a família, com a comunidade e com a sociedade em geral, mas sem desresponsabilizar o Estado brasileiro pela condução e direção da referida política no âmbito da sociedade contemporânea, uma vez que as condições materiais e concretas para a construção das possibilidades de liberdade devem ser providas ao adolescente, como condição para seu desenvolvimento pessoal e social enquanto sujeito de direitos.
As políticas públicas voltadas às crianças e os adolescentes frente aos seus direitos sociais tiveram um grande ganho após a criação da Constituição Federal de 1988 onde assumiu a responsabilidade de gerir de forma igualitária os programa e projetos as nossas crianças brasileiras. Em seguida tivemos outra política que muito contribuiu e vem contribuindo para melhoria dessa classe que é o Estatuto da Criança e do Adolescente aonde veio definir os direitos da criança e do adolescente estabelecendo métodos e instrumentos de exequibilidade aos novos princípios constitucionais de gestão e para garantia das efetivações dos novos conteúdos.
2 DESENVOLVIMENTO
Podemos afirmar que são vários os caminhos possíveis de responsabilização do adolescente em conflito com a lei e atuação do serviço social frente a esta realidade. Caminhos estes pautados em uma doutrina de proteção integral de forma crítica, perceptível na contemporaneidade, superando a visão da opinião pública cujas críticas são pautadas em uma visão de impunidade e superproteção tardia.
Os pressupostos de uma ação que considere tanto o aspecto jurídico quanto o educativo na medida socioeducativa de internação exigem dos atores sociais deste sistema uma sintonia permanente com a realidade. Desta forma, torna-se necessária a reflexão sobre a prática socioeducativa no sentido de dimensionar com o adolescente o impacto do ato praticado, tanto na vida da vítima como em sua própria vida. Se o objetivo é afastar o jovem do crime, seria preciso oferecer oportunidades para a mudança, estimular o jovem a se desenvolver, como pessoa, fortalecer a sua autoestima, e separar o futuro do passado, ao invés de amarrá-los um no outro.
É preciso compreender que o adolescente recebe o impacto do mundo global de diferentes formas e por diferentes meios. Desta forma, destaca-se a condição que este indivíduo ora comparece como agente violador, ora como sujeito vítima de violência, ou então, como na maioria das vezes acumulando ambos os papéis. É necessário imprimir no cotidiano do atendimento socioeducativo o resgate da cidadania, o reforço da autoestima e as perspectivas de valorização, mudança, recomeço e futuro.
2.1 Processo histórico do código de menores 
O Código de menores, uma das primeiras estruturas de proteção aos menores, em nosso sistema pátrio, foi produto de uma época culturalmente autoritária e patriarcal, portanto, não havia preocupação com o problema do menor em compreendê-lo e atendê-lo, mas sim com soluções paliativas, o principal objetivo do legislador era tirar de circulação aquilo que atrapalhava a ordem social.
Dentro desse panorama surge o Código de menores de 1970, Lei n. 6. 697 de 10 de outubro de 1979, no Ano Internacional da Criança. Com tal Código se da o estabelecimento de um novo termo: menor em situação irregular, que dizia respeito ao menor de 18 anos de idade que se encontrava abandonado materialmente, vítima de maus-tratos, em perigo moral, desassistido juridicamente, com desvio de conduta e ainda o autor da infração penal. 
A maior crítica referente à chamada ideologia da situação irregular esteve em não diferenciar o menor infrator daquele que era, de fato, vítima da pobreza, do abandono, dos maus-tratos e diversos outros fatores que se justificavam medida distinta. Isto é, pela legislação vigente, o Código de Menores todos envolvidos nesse cenário estaria em situação irregular, seriam tratados da mesma maneira: afastados da sociedade, segregados.
É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda.
Alves (2010, p.17) destaca que:
A vigência o Código de Menores de 1927, já se tornara ultrapassado, sendo necessário rejeitar as designações “menor delinquente e menor abandonado”, e propunha novas fórmulas gerais dentro das quais o menor deveria ser assistido. 
Pela legislação que vigorou no Brasil de 1927 a 1990, o Código de Menores, particularmente em sua segunda versão, todas as crianças e adolescentes tidos como em perigo ou perigosos exemplo: abandonado, carente, infrator, apresentando conduta dita antissocial, deficiência ou doente, ocioso, perambulante eram passíveis, em um momento ou outro, de serem enviados às instituições de recolhimento.
Com relação ao órgão responsável pelos direitos da criança e do adolescente o conselho tutelar tem o poder de requisitar que os serviços públicos atendam a essas necessidades. Requisitar, aqui, não é mera solicitação, mas é a determinação para que o serviço público execute o atendimento. Caso de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão que tenham como vítimas crianças ou adolescentesbuscam ajuda ao órgão responsável conselho tutelar.
O Serviço de Assistência ao Menor (1942 a 1964) foi marcado por um modelo opressivo para atender crianças e adolescentes autores de atos infracionais, sendo um período critico que o país viveu gerando grande criminalidade executado pela juventude onde faziam pequeno delito e até mesmo monstruosidade.
2.2 ESTATUTOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE: MEDIDAS PROTETIVAS E MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS
O Estatuto da Criança e do adolescente foi instituído pela lei 8.069 e promulgado no dia 13 de julho de 1990. Para o ECA é uma faixa de direitos e deveres da instituição e do estado uma doutrina de proteção integral e tutelar regida pela as organizações das nações unidas, que trouxe um novo patamar uma preocupação de reeducar e ressoçializar esses usuário a sociedade, considera-se criança a pessoa de até doze anos de idade incompletos, e adolescentes aquela entre doze e dezoito anos de idade. 
As crianças e os adolescentes são sujeitos de direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem distinção de raça, sexo, etnia, religião, crença, condição econômica, ou qualquer outra condição que diferencie as pessoas, as famílias ou a comunidade onde vivem. Para o Estatuto, nenhuma criança ou adolescente será objeto de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. Havendo qualquer lesão aos direitos fundamentais desses indivíduos, por ação ou omissão, de quem quer que seja, tentará em punição na forma da lei.
A Criminalidade Infantil é uma realidade no Brasil, isso faz com que a sociedade viva a cada dia mais ameaçada. Mesmo havendo uma enorme proteção do Estatuto para esse determinado grupo de pessoas sabe que a cada dia se torna maior número de crimes cometidos por menores. Alguns fatores contribuem para a entrada dos jovens no mundo do crime, como por exemplo. A falta de estrutura familiar, a vida nas ruas, ligação com drogas e também a falta de educação e de oportunidades para que esses jovens tenham melhores condições de vida a desigualdade social gera graves consequências em nosso País, pois favorece pobreza, a miséria e, consequentemente, a marginalização e a violência. Mas não punir as condutas criminosas praticadas por menores, seria negligenciar uma realidade social.
 As medidas sócias educativas são aplicadas apenas pelo Juiz e apenas aos adolescentes, uma vez que, crianças apenas recebem medidas projetivas.
 1 Advertência. 
2 Obrigação de reparar o dano: medida aplicada quando à dano ao patrimônio, só é aplicada quando o adolescente, tem condição de reparar o dano causado.
 3 trabalhos Comunitários: tem tempo máximo de seis meses, sendo 8 horas semanais, sem atrapalhar estudos ou trabalhos, ficando seu cumprimento possível para feriados e finais de semana.
4 Liberdade Assistida tem prazo mínimo de seis meses, sendo que o adolescente é avaliado a cada seis meses.
5 Semi liberdade: já é uma medida sócia educativa mais a gravosa também tem prazo mínimo de seis meses.
6 Internação: é regida por dois princípios: da brevidade e da excepcionalidade.
Brevidade, não é decretado o tempo na sua sentença, embora tenha prazo mínimo de seis meses e máximo de três anos,e porque é aplicada apenas em três casos a) quando a infração for estupro, furto seguido de agressão, roubo, homicídio; b) quando o menor é reincidente; c) quando do não cumprimento de medida sócia educativa sentenciada anteriormente, neste caso excepcionalmente o prazo máximo é de três meses.
2.3 DO DIREITO À EDUCAÇÃO, À CULTURA, AO ESPORTE E AO LAZER
Desde que foi sancionada a Lei Federal 8.069 de julho de 1990, conhecida como Estatuto da Criança e do Adolescente os direitos e deveres da criança e adolescente, as responsabilidades do Estado, da sociedade e da família com o futuro das novas gerações, passam a serem considerados dentro de um novo paradigma e concepção que reconhece a criança e adolescente como sujeitos de direitos, pessoas em condição peculiar de desenvolvimento e prioridade absolutista no que se refere ás políticas públicas, incluindo ai a destinação e liberação de recursos financeiros.
Podemos observar, então, que o Direito á Educação, a Cultura, ao Esporte e ao Lazer tem como eixo central o desenvolvimento pessoal e social, da criança e do adolescente. A esse respeito o Ministro de Estado da Educação e do desporto em portaria 1.656, de 28 de Novembro de 1994, considerada que toda educação, por definição deve ser preventiva para o exercício da cidadania e para a melhoria da qualidade de vida, bem como educação preventiva integral nos conteúdos e atividades curriculares da educação infantil, fundamental e ensino médio. 
Por outro lado é muito recente a experiência de acesso e interação da família na escola. A família ainda mantém uma atitude passiva frente o processo de ensino e aprendizagem e a escola reforçam essa distância da família na medida em que não dialoga e, muitas vezes, a discrimina e a recrimina.
No artigo 53. A Criança e o adolescente têm direito á educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, se assegurado lhes: 
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola. 
II – direito de ser respeitado por seus educadores.
III – direito de contestar critérios avaliativos podendo recorrer ás instâncias escolares superiores. 
IV – direito de organização e participação em entidades estudantis.
 V- acesso á escola pública e gratuita próxima de sua residência.
 Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais. 
 Tratar se dos direito à educação, com objetivos da ação educativa, colocando em primeiro lugar o pleno desenvolvimento educando como pessoa, em segundo lugar o preparo para o exercício da cidadania e em terceiro lugar a qualificação para o trabalho. Este é um ordenamento que não pode o não deve ser, em momento algum, ignorado na interpretação deste atinge esta hierarquia estabelece o primado da pessoa sobre as exigências relativas à vida cívica e ao mundo do trabalho, reafirmando o princípio de que a lei foi feita para o homem e não o contrário. Isto significa que a pessoa é finalidade maior, devendo as esferas da política e da produção levar em conta este fato na estruturação e no funcionamento de suas organizações.
2.4 O SISTEMA NACIONAL DE SOCIOEDUCAÇÃO (SINASE): DEFINIÇÃO E REFLEXÃO SOBRE OS AVANÇOS PARA SOCIEDUCAÇÃO 
O Sistema Nacional de Socioeducação foi elaborado para incentivar e possibilitar à mudança de paradigma instaurada pelo ECA, abordando questões relacionadas aos atos infracionais frente a reinserção social do adolescente com a lei, superando a visão do mesmo como simples objeto de intervenção.
Estatuto da Criança e do Adolescente, a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República e o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente apresentam o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo–SINASE, fruto de uma construção coletiva que envolveu nos últimos anos diversas áreas de governo, representantes de entidades e especialistas na área, além de uma série de debates protagonizados por operadores do Sistema de Garantia de Direitos em encontros regionais que cobriram todo o País. 
O processo democrático e estratégico de construção do SINASE concentrou-se especialmente num tema que tem mobilizado a opinião pública, a mídia e diversos segmentos da sociedade brasileira: o que deve ser feito no enfrentamento de situações de violência que envolvem adolescentes enquanto autores de ato infracional ou vítimas de violação de direitos no cumprimento de medidas socioeducativas. 
O SINASE foi implantado com o objetivo de articular com todo o território nacional os Governos Estaduais e Municipais, o Sistema de Justiça, as políticas setoriais básicas (Assistência Social, Saúde, Educação, Cultura, etc.) para assegurar efetividade e eficácia na execução das Medidas Socioeducativas de Meio Aberto, de Privaçãoe Restrição de Liberdade, aplicadas ao adolescente que infracionou.
As linhas gerais do SINASE possibilita a construção justa pelo fim da descriminação existente em nossa sociedade brasileira, tendo como premissa a diretriz do Estatuto sobre a natureza pedagógica da medida socioeducativa. 
Essa compreensão respaldasse em diversos dispositivos da nossa Magna Carta que preceituam a soberania popular pelo voto e a participação da população na formulação das políticas e no controle das ações em todos os níveis. 
A política pública de implementação do SINASE atende as medidas socioeducativas previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA para as situações em que crianças ou adolescentes se envolvam com atos infracionais, acompanhando de forma presencial aos direitos das crianças e dos adolescentes no Brasil . 
Rotondano, (2011, p.163) destaca que:
O SINASE vem a normatizar o que já está disposto no ECA, que é um atendimento baseado nos direitos humanos para os adolescentes autores de ato infracional. Ele preconiza a necessidade de se priorizar as medidas em meio aberto (Prestação de Serviços à Comunidade e Liberdade Assistida), obviamente, respeitando a gravidade do ato cometido pelo adolescente. Com o SINASE, foram lançadas as diretrizes para o reordenamento arquitetônico e pedagógico, necessários para a adequada ressocialização dos adolescentes em cumprimento de medida.
O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente - Conanda, responsável por deliberar sobre a política de atenção à infância e à adolescência, pautado sempre no princípio da democracia participativa, tem buscado cumprir seu papel normatizado e articulador, ampliando os debates e sua agenda para envolver efetiva e diretamente os demais atores do Sistema de Garantia dos Direitos. Tendo como premissa básica a necessidade de se constituir parâmetros mais objetivos e procedimentos mais justos que evitem ou limitem a discricionariedade, o SINASE reafirma a diretriz do Estatuto sobre a natureza pedagógica da medida socioeducativa.
O Plano Nacional do SINASE é referenciado pelos princípios e diretrizes a seguir, previstos no Estatuto da Criança e Adolescente, na Resolução
119/2006 do Conanda e na LF 12.594/2012:
Princípios
1. Os adolescentes são sujeitos de direitos, entre os quais a presunção da inocência.
2. Ao adolescente que cumpre medida socioeducativa deve ser dada proteção integral de seus direitos.
3. Em consonância com o marcos legal para o setor, o atendimento socioeducativo deve ser territorializado, regionalizado, com participação social e gestão democrática, intersetorialidade e responsabilização, por meio da integração operacional dos órgãos que compõem esse sistema.
Diretrizes
a) Garantia da qualidade do atendimento socioeducativo de acordo com os parâmetros do SINASE.
b) Focar a socioeducação por meio da construção de novos projetos pactuados com os adolescentes e famílias, consubstanciados em Planos Individuais de Atendimento.
c) Incentivar o protagonismo, participação e autonomia de adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa e de suas famílias.
d) Primazia das medidas socioeducativas em meio aberto.
e) Humanizar as Unidades de Internação, garantindo a incolumidade, integridade física e mental e segurança do/a adolescente e dos profissionais que trabalham no interior das unidades socioeducativas.
f) Criar mecanismos que previnam e medeiem situações de conflitos e estabelecer práticas restaurativas.
g) Garantir o acesso do adolescente à Justiça (Poder Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública) e o direito de ser ouvido sempre que requerer.
h) Garantir as visitas familiares e íntimas, com ênfase na convivência com os parceiros/as, filhos/as e genitores, além da participação da família na condução da política socioeducativa.
i) Garantir o direito à sexualidade e saúde reprodutiva, respeitando a identidade de gênero e a orientação sexual.
j) Garantir a oferta e acesso à educação de qualidade, à profissionalização, às atividades esportivas, de lazer e de cultura no centro de internação e na articulação da rede, em meio aberto e semiliberdade.
k) Garantir o direito à educação para os adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas e egressos, considerando sua condição singular como estudantes e reconhecendo a escolarização como elemento estruturante do sistema socioeducativo.
l) Garantir o acesso à programas de saúde integral .
m) Garantir ao adolescente o direito de reavaliação e progressão da medida socioeducativa.
n) Garantia da unidade na gestão do SINASE, por meio da gestão compartilhada entre as três esferas de governo, através do mecanismo de cofinanciamento.
o) Integração operacional dos órgãos que compõem o sistema (art. 8º, da LF nº 12.594/2012).
p) Valorizar os profissionais da socioeducação e promover formação continuada.
q) Garantir a autonomia dos Conselhos dos Direitos nas deliberações, controle social e fiscalização do Plano e do SINASE.
r) Ter regras claras de convivência institucional definidas em regimentos internos apropriados por toda a comunidade socioeducativa.
s) Garantir ao adolescente de reavaliação e progressão da medida socioeducativa.
2.5 POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL: SUAS FUNÇÕES E OS NÍVEIS DE PROTEÇÃO
A Política de Assistência Social, é uma política que junto com as políticas setoriais, considera as desigualdades sócias- territoriais, visando seu enfrentamento, à garantia dos mínimos sociais, ao provimento de condições para atender à sociedade e à universalização dos direitos sociais. O público dessa política são os cidadãos e grupos que se encontram em situações de risco. Ela significa garantir a todos, que dela necessitam, e sem contribuição prévia a provisão dessa proteção. A Política de Assistência Social vai permitir a padronização, melhoria e ampliação dos serviços de assistência no país, respeitando as diferenças locais. 
A Proteção Social Especial (PSE) destina-se a famílias e indivíduos em situação de risco pessoal ou social, cujos direitos tenham sido violados ou ameaçados. Para integrar as ações da Proteção Especial, é necessário que o cidadão esteja enfrentando situações de violações de direitos por ocorrência de violência física ou psicológica, abuso ou exploração sexual; abandono, rompimento ou fragilização de vínculos ou afastamento do convívio familiar devido à aplicação de medidas. Diferentemente da Proteção Social Básica que tem um caráter preventivo, a PSE atua com natureza protetiva. São ações que requerem o acompanhamento familiar e individual e maior flexibilidade nas soluções. Comportam encaminhamentos efetivos e monitorados, apoios e processos que assegurem qualidade na atenção.
2.5.1 Os Serviços de proteção Social Especial de Média
Os Serviços de proteção Social Especial de Média Complexidade são aqueles que oferecem atendimentos às famílias e indivíduos com seus direitos violados, mas cujos vínculos familiares e comunitários não foram rompidos. Neste sentido, os serviços requerem maior estruturação técnica operacional e atenção especializada e mais individualizada ou de acompanhamento sistemático e monitorado.
Compreende atenções e orientações direcionadas para a promoção de direitos, a preservação e o fortalecimento de vínculos familiares, comunitários e sociais e para o fortalecimento da função protetiva das famílias diante do conjunto de condições que as vulnerabilizam ou as submetem a situações de risco pessoal e social.
2.5.2 Os Serviços de Proteção Social a Adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto.
A temática dos adolescentes em conflito com a Lei é uma questão que merece uma atenção especial, pois é significativa ao longo da trajetória pela conquista da mudança de paradigma na legislação em relação ao enfrentamento desta expressão da questão social, e porque mesmo diante desta mudança, as medidas em meio aberto são as que têm sido menos aplicadas. 
 Deste modo, esta pesquisa permitiu conhecer e problematizara atuação do profissional de Serviço Social dentro da política de atendimento aos adolescentes em conflito com a Lei e em destaque a medida socioeducativa no programa de Liberdade Assistida, devido a sua característica educativa que preserva o convívio social, familiar e comunitária. 
 Portanto, adolescência está no meio do caminho, na passagem entre o mundo da infância e o desconhecido e temível do mundo adulto, mas se constitui em uma etapa da vida com características próprias, prazerosas e positivas, ou mais difíceis de serem vividas, dependendo do contexto pessoal ou social em que estão inseridos. 
As pessoas nesta fase vivem o luto da perda da identidade construída na infância e, por outro lado, buscam a afirmação de sua identidade em transformação, sob pressão para que apresentem comportamentos típicos dos adultos. Trata-se de uma importante, ou típica, etapa da vida na construção da identidade, a partir da redefinição da imagem corporal, estabelecimento de escala de valores éticos próprios.
O Serviço referenciado ao Centro de Referência Especializado da Assistência Social – CREAS e tem por finalidade prover atenção socioassistencial e o acompanhamento aos adolescentes e jovens de ambos os sexos em cumprimento de medidas socioeducativas em meio aberto, de Liberdade Assistida ou Prestação de Serviços à Comunidade, determinadas judicialmente. O serviço deve contribuir para o acesso a direitos e a ressignificação de valores na vida pessoal e social dos adolescentes e jovens. 
2.5.3 Atuação do Assistente Social no CREAS medidas Socioeducativas
A temática dos adolescentes em conflito com a Lei é uma questão que merece uma atenção especial, pois é significativa ao longo da trajetória pela conquista da mudança de paradigma na legislação em relação ao enfrentamento desta expressão da questão social, e porque mesmo diante desta mudança, as medidas em meio aberto são as que têm sido menos aplicadas. 
Deste modo, esta pesquisa permitiu conhecer e problematizar a atuação do profissional de Serviço Social dentro da política de atendimento aos adolescentes em conflito com a Lei e em destaque a medida socioeducativa no programa de Liberdade Assistida, devido a sua característica educativa que preserva o convívio social, familiar e comunitária. 
 O processo de preparação desta pesquisa consistiu em entrevistas semiestruturadas, estudos bibliográficos, documentais, e acervos digitais. Foi analisado o potencial da atuação profissional em consonância com as diretrizes previstas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei que garante aos mesmos um atendimento especial, e reconhece que são sujeitos em processo de formação.
O profissional de Serviço Social executa medidas socioeducativas seguindo as leis, por isso o assistente social deve conhecer as leis orientando os jovens a perceberem seu papel na sociedade, auxiliando a descobrir suas potencialidades, elaborando pra si um projeto de vida com propósitos definidos tentando superar suas dificuldades; possibilitando condições para que reforce seus vínculos familiares e comunitários; incentivando a frequência escolar, bem com as possibilidades de engajamento no mercado de trabalho; desenvolvendo no adolescente a capacidade de reflexão, sobre suas vivências, dificuldades; criando condições para que o adolescente estabeleça um padrão de conduta.
A atuação do profissional de Serviço Social é construída a partir dos processos teórico-metodológicos, ético-político, técnico-operacional, apreendidos no contexto histórico e político da produção e da reprodução em relação capital-trabalho o Assistente Social que trabalha em um centro sócio educativo faz parte de uma equipe de trabalho multidisciplinar e desenvolvem ações interdisciplinares junto aos demais profissionais das áreas de conhecimento da Psicologia, da Terapia Ocupacional, da Pedagogia, do Direito e da Enfermagem a atuação interdisciplinar com estes profissionais ainda é necessária uma articulação cotidiana Serviço Social é a referência da equipe técnica de organização e planejamento das atividades com as famílias. 
É um trabalho essencial o cumprimento da medida não só por garantir um direito do adolescente, mas também por possibilitar um espaço de escuta e intervenção qualificada da equipe técnica em prol da superação das vulnerabilidades vividas pelo grupo familiar o trabalho com famílias não é exclusivo do Assistente Social é em equipe no sentido que Assistente Social desenvolve sua atuação juntamente com outros profissionais, buscando compreender a família ou sujeito na sua dimensão de totalidade e, assim, contribuir para o enfrentamento das múltiplas expressões da questão social, organizar a recepção e acolhida dos adolescentes na unidade, elaborar os estudos de caso e relatórios técnicos dos adolescentes, realizar atendimentos individuais e de grupo com os adolescentes, prestar atendimento às famílias dos adolescentes, colhendo informações, orientando. 
E propondo formas para maneja a situações sociais, providenciar a documentação civil dos adolescentes, realizar pesquisas e levantamentos referentes aos autos judiciais e históricos infracional dos adolescentes, manter contatos com entidades, órgãos governamentais e não governamentais para obter informações sobre a vida pregressa dos adolescentes, realizar a inclusão dos adolescentes em programas da comunidade, escola trabalho profissionalização, programas sociais, atividades esportivas e recreativas manter registro de dados e informações para levantamentos estatísticos.
3 CONSIDERACÕES FINAIS 
Finalmente é evidente considerar que a socioeducação esta vinculada no cotidiano dos assistentes sociais ao seu projeto ético-politico, a compreendemos como práxis pedagógica que objetiva a preparação destes adolescentes para o convívio social na comunidade. Assim, e possível compreender este jovem como agente transformador do mundo, autor e construtor da sua própria historia, protagonista das suas ações que pode perceber-se como sujeito de direitos, deveres e possibilidades.
Neste sentido, buscou-se o estabelecimento de contatos com os gestores municipais objetivando estabelecer ações que permitam ao adolescente o desenvolvimento do protagonismo juvenil, sua instrumentalização e a reinserção ao convívio social e comunitário sob o prisma da cidadania.
Entendemos que o sistema sócio-jurídico deve observar o cumprimento apropriado da medida socioeducativa, todavia, isto não resulta em um processo de inclusão do adolescente na sociedade. É necessário que o jovem tenha oportunidade de dar continuidade ao ciclo que estava vivenciando, bem como as suas perspectivas, metas e objetivos.
Com certeza o papel do serviço social diante da realidade destes adolescentes extrapola a confecção de instrumentos técnicos operativos para subsidiar magistrados. Nosso trabalho depende de superação e reflexão constante sobre a relação com o judiciário, bem como, na busca pela reinserção social e comunitária de forma articulada com a rede objetivando a transformação da realidade social e concreta deste sujeito.
REFERÊNCIAS 
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil (1998). Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constitui%C3%A7ao.htm>. Acesso em: 22 setembro. 2016. 
BRASIL. Código de Menores. Decreto n° 17.943 A, de 12 de outubro de 1927.
BRASIL. Lei n° 8069, de 13 de julho de 1990. Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente. Casa Civil. Subchefia para Assuntos Jurídicos. Brasília, 13 jul. 1990.
Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm>. Acesso em: 02 Setembro. 2016.
BRASIL. Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo. Lei n 12.594, de 18
de janeiro de 2012.
IAMAMOTO, O. Questão Social e Políticas Públicas: revendo o compromisso da Psicologia. In. A. M. B. Bock (Org.) Psicologia e compromisso social. São Paulo: Cortez. 2003. p. 37-54.
Resolução nº 109, de 11 de novembro de 2009, do Conselho Nacional de Assistência Social (Tipificação Nacional de Serviços Socioassistenciais.
ROTONDANO,Ricardo Oliveira. Breves considerações sobre o SINASE: sistema nacional de atendimento socioeducativo, 2011.
YASBEK, M. C. Entrevista com a professora Maria Carmelita Yasbek, sobre Sistema Único de Assistência Social e a Política de Assistência Social no governo Lula. Caderno Especial nº 5 /dezembro/janeiro de 2005.
Sistema de Ensino Presencial Conectado
serviço social
MARIA GERDA RODRIGUES DE SOUZA
FRANCISCA ANGIRLENE CARLOS ARCELINO
ROSANGELA BANDEIRA DE ALMEIDA CIRINO
MARIA SORAIA FIGUEREDO SÁ
NAGELA NOGUEIRA DE SOUZA
ROSIMERY DA SILVA VALE
ROSALBA MARIA DA SILVA
SERVIÇO SOCIAL E SOCIOEDUCAÇÃO 
Quixeramobim
2016
Maria gerda rodrigues DE SOUZA
FRANCISCA ANGIRLENE CARLOS ARCELINO
ROSANGELA BANDEIRA DE ALMEIDA CIRINO
MARIA SORAIA FIGUEREDO SÁ
NAGELA NOGUEIRA DE SOUZA
ROSIMERY DA SILVA VALE
ROSALBA MARIA DA SILVA
SERVIÇO SOCIAL E SOCIOEDUCAÇÃO
Trabalho de Grupo apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Serviço social na Área da Saúde, Previdência Social, e Assistência social. Serviço Social e Processos de trabalho. Direito e Legislação e Estágio em Serviço Social II.
Professores: Maria Lucimar Pereira. Amanda Boza G. Carvalho. João Henrique de Almeida Scaff e Neuma dos Santos Assunção Galli.
Quixeramobim
2016

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