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Analise do Filme O Poço

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A análise em tela refere-se ao filme chamado “ O Poço” que é uma estrutura verticalizada chamada de centro vertical de autogestão com vários andares em cada um com duas pessoas. Faz-se necessário analisar que o filme traz uma alegoria muito curiosa sobre como funciona a nossa organização social, inclusive divido em patamares, ou seja, em classes sociais, porém diferentemente do mundo que nós vivemos hoje em que a mobilidade a ascensão é um pouco mais difícil, é evidente que na prisão a mobilidade entre os patamares é mais flexibilizada, pois a cada mês as pessoas do presidio mudam de andares. Dessa forma, podemos perceber que isso é uma crítica a questão da meritocracia que pressupõe que sua conquista vem do seu próprio esforço. Nesse passo no centro Vertical de autogestão do Poço a meritocracia não se encaixa, pois, a ascensão lá não segue essa regra do esforço, é sim segue mais uma questão espontânea, ou seja, aleatória. 
 Nesse raciocínio, além disso o filme também traz um conteúdo muito curioso em relação ao capitalismo, a crítica feita é bem visível, pois no primeiro andar do presidio a refeição que desce no elevador serve para todos as pessoas dos andares desse poço para se alimentar, porém o que acontece que as pessoas comem demasiadamente e à medida que esse elevador vai descendo o patamar, e assim os indivíduos que não estão nos andares inferiores vão ficando com os restos até não sobrar mais nada lá em baixo. A demais, faça-se constar que a gente pode pensar que seja uma crítica a distribuição de alimentos que o capitalismo proporciona, trazendo para o contexto brasileiro, o Brasil é uns dos grandes países produtores de alimentos, mesmo assim existem pessoas que comem as sobras ou pouco comem no contexto que estamos, dessa forma o filme possui uma crítica muito implícita ao sistema capitalista. 
 Assinalo, ainda que o filme possui também uma critica ao sistema socialista, em determinado momento do filme o Goreng (personagem principal) é uma pessoa muito idealista, pode ser perceber que na obra há um conflito muito grande entre idealismo e realismo. Demais disso o personagem mencionado anteriormente tem a seguinte ideia de convencer as outras pessoas mais abaixo, com esse propósito de conscientizar as pessoas de uma melhor distribuição de alimentos. Saliente-se que os alimentos no presidio serve para todas pessoas dos andares. 
Todavia quando Goreng vai para os andares inferiores para poder conscientizar as pessoas, acaba ocorrendo muitas mortes, ou seja, é uma crítica ao socialismo que nessa tentativa de distribuir melhor a situação muitas pessoas elas acabam morrendo, é uma crítica muito velada ao sistema. Assim sendo o filme vem revelar uma degradação do ser humano, podemos pensar nos filósofos humanistas valorizando a dignidade do ser humano e essa reflexão sobre a valorização da humidade se encaixa muito bem nos dias de hoje. Necessário lembrar que quando foi declarado a quarentena devido ao Covid-19 as pessoas começaram a correr para ir aos supermercados e estocando alimentos em grandes quantidades e enquanto outras pessoas não possuíam dinheiro naquele dia para ir ao supermercado, e assim acabarão ficando sem e bem verdade que essa questão de valorização da humanidade fica muito evidente e faz muito sentido nos dias atuais. 
Mister se faz ressaltar em relação as interpretações filosóficas, primeira coisa que ocorre no terceiro mês em que o Goreng tem como colega de andar uma ex-funcionária da administração que gerencia esse poço e ela tenta implantar algo que eles vão chamar de solidariedade espontânea com intuito de convencer outras pessoas sobre essa questão de ajudar o próximo ou seja buscar uma consciência coletiva e ficando clara a dificuldade que se tem para poder implantar uma consciência coletiva na sociedade em que vivemos. Porém, a colega de andar do personagem Goreng começa se desencantar com a ideia dela, o que foi que autor Jean-Paul Sart falou “ O inferno são os outros”, ou seja quando começa a perceber o outro, você se reconhece no outro, ela percebendo que não conseguiria convencer todo mundo ela se implica. 
Outrossim, podemos analisar que essa questão da consciência individual é muito forte, a partir disso levanta-se outro ponto filosófico, que o estado de natureza para Thomas hobbies, onde as pessoas estavam lá no contexto em que todas lutavam pela sua sobrevivência, a busca pela autopreservação que é muito grande que levava uma espécie de guerra civil e é isso que o filme trata, as pessoas lutando pela própria sobrevivência no Estado muito primitivo, nos faz refletir se o estado é necessário nessas horas? Tem hora que o Estado é importante para poder colocar ordem, fornecer segurança para as pessoas. É sobremodo importante assinalar que autor Thomas hobbes diz: “ O Homem é o lobo do Homem”, observar-se que o personagem Goreng chegou todo idealista, no segundo mês começa a matar outras pessoas, pois a sobrevivência fala mais alto. Então em virtude dessas considerações nesse ponto, a teoria contratualista de Hobbes faz muito sentido, pois em um Estado de Natureza em que ausência de uma Estado-Maior tanto que chama de autogestão em que as pessoas regulam a si mesmo.
 Entretanto, antes do encerramento desse análise, devemos observar o desfecho do filme em que os personagens principais encontram uma criança, de acordo com o filosofo Nietzsche que nessa busca de evolução do espirito nós temos que nos tornarmos como crianças, porque as crianças elas estão além do bem e do mal, sendo capazes de criar novos valores e isso fica muito visível no filme que a criança é a portadora de uma mensagem de salvação naquela sociedade degradada.
 
Esse filme ‘’Poço’’ do ano de 2019, temos uma obra que tem uma metáfora da estratificação social. 
Vamos observar uma breve analise, existe uma prisão com diversos andares e as pessoas ficam um mês em cada andar. Então, existem dois eixos de comparação para analisar, a comparação do eixo vertical e do eixo horizontal, existe uma análise antropológica muito poderosa. A metáfora é que no eixo horizontal que você precisa a conviver ou seja a regra do convívio, de dividir o espaço com outrem que está no mesmo nível em que você, como percebemos dentro da obra que sempre o mês passa o Goreng ou alguém diferente. Temos a segunda estratificação que é a Vertical a mais importante pois ela cria a metáfora da cerca da distribuição das pessoas em relação ao poder aquisitivo. Então temos duas estratificação social daquelas que possui um maior poder aquisitivo e a outra são as pessoas que teriam um menor poder aquisitivo. Essa estratificação Social tem esse poder de mostrar diferenças entre as pessoas, justamente isso que acaba sendo mote da frase do Filme.

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