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FARMACOLOGIA - ANTI-HIPERTENSIVO, BRONCODILATADORES E DIURÉTICOS

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VICTORIA BEATRIZ CHAGAS FAGUNDES 
FARMACOLOGIA 
FARMACOCINÉTICA 
 O que o corpo faz com o medicamento desde a ingestão até a excreção. 
 
❖ ABSORÇÃO 
 
 O processo de passagem do fármaco até o plasma. 
 Há a droga livre e a droga ligada (A droga ligada é absorvida mais rapidamente) 
 Os fármacos devem passar pelas membranas celulares. O peso molecular, disposição 
estrutural, grau de ionização e lipossolubilidade são fatores que influenciam 
 Os fármacos podem atravessar a membrana celular das seguintes formas: 
 
• Difusão passiva através dos lipídios: 
- Forma mais comum de transporte, que ocorre a 
favor do gradiente de concentração. 
- Se o fármaco não for um eletrólito ou não tiver 
carga, pode atingir o equilíbrio. 
- A maioria dos fármacos são ácidos ou bases 
fracas, na forma ionizada ou não. 
- Depende do pH do meio e do PKa da droga (o 
PKa é o pH no qual metade da droga está 
ionizada). 
- Os compostos sem carga (não ionizados) passam 
pela membrana mais facilmente, ou seja, são mais 
lipossolúveis. 
- Para ser eliminado do corpo, é melhor que o 
fármaco seja mais hidrossolúvel. Pelo contrário, para 
ser absorvido, é melhor que seja lipossolúvel. 
• Transporte mediado por transportadores 
- Pode ser transporte ativo ou passivo. 
- Os transportadores são proteínas transmembranas. 
- PASSIVO: glicose, vitaminas, aminoácidos. 
- ATIVO: secreção de HCl no estômago. 
 
• Difusão pelos poros aquosos (aquaporinas): 
Somente fármacos muito pequenos. 
 
• Pinocitose: 
- Ocorre com macromoléculas. 
- Ex: insulina, através da barreira hematoencefálica. 
 
 BIODISPONIBILIDADE: É a porcentagem do fármaco que chegou ao seu local de ação, ou 
seja, que realmente foi absorvido. A biodisponibilidade depende de várias coisas 
(propriedades dos fármacos, pH, PKa da droga). 
- É possível que ocorra o metabolismo da droga pelo fígado e a excreção biliar antes 
mesmo de o fármaco atingir a corrente sanguínea. Também pode ocorrer uma ativação 
do fármaco pelo meio ácido do estômago ou por enzimas intestinais. 
- O que sobra e realmente atinge a corrente sanguínea é a biodisponibilidade. 
 
VICTORIA BEATRIZ CHAGAS FAGUNDES 
 
 BIOEQUIVALÊNCIA: Dois medicamentos são equivalentes quando possuem os mesmos 
princípios ativos e possuem idênticas potência, concentração, posologia e via de 
administração. 
- Quando passa pelo teste de equivalência, é um medicamento genérico. 
- O similar não passou pela bioequivalência. 
- O medicamento de referência pode ser trocado pelo similar intercambiado ou pelo 
genérico. Mas o similar intercambiado não pode ser trocado pelo genérico, nem o 
contrário. 
 
❖ VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DOS FÁRMACOS: 
 
• Via oral: deve haver a deglutição. 
- Ocorre a absorção. 
- Fatores que alteram a absorção gastrointestinal: motilidade GI, fluxo sanguíneo, tamanho, 
vômito, presença de alimentos. Porém, alguns são melhor absorvidos com a presença de 
alimentos (ex. Anita) 
 
• Via sublingual: cai diretamente na circulação sistêmica – drenagem para veia cava 
superior. 
- Absorção muito rápida. 
- Muito usados com fármacos instáveis em PH ácido (pois não passa pelo estômago). 
- Não passa pelo fígado/TGI. 
 
• Via retal: 
- Em pacientes inconscientes, crianças em estado convulsivo, cirurgias n TGI. 
- É muito vascularizado, mas a absorção é irregular e incompleta. 
 
• Injeções parenterais: Via intravenosa, subcutânea, intramuscular e intratecal. 
- Intravenosa: precisa ter exatidão na dose. Pode ser usada para grandes volumes. 
Inadequado para soluções oleosas ou insolúveis. 
Não ocorre absorção. 
- Subcutânea: usada para pequenos volumes. É 
injetado no tecido celular subcutâneo. 
- Intramuscular: os músculos tem muita 
vascularização. O musculo deltóide tem uma 
absorção mais rápida. 
- Intratecal ou epidural: evita a barreira 
hematocefálica. 
 
• Via pulmonar: geralmente usada para doenças pulmonares, para ter um efeito local. 
Usada com fármacos gasosos ou aerossóis. 
 
• Nas superfícies: 
- Poucos medicamentos penetram na pele, apenas os bem lipossolúveis. 
- Usado principalmente com hormônios esteroides (lipossolúveis). 
- Veículos oleosos são melhores e mais rapidamente absorvidos. (veículos = creme, pomada, 
gel, etc.) 
 
 
 
VICTORIA BEATRIZ CHAGAS FAGUNDES 
 
❖ DISTRIBUIÇÃO 
 
 É a passagem do fármaco da corrente 
sanguínea para os locais-alvo. 
 Quanto mais vascularizado e maior o 
fluxo sanguíneo da região-alvo, mais 
rapidamente ocorre essa distribuição. 
 Os fármacos podem estar na forma 
ligada ou não ligada a proteínas. 
 FÁRMACOS LIGADOS: são ligados a 
proteínas plasmáticas, geralmente 
albumina e β-globulina. 
 Para passar pelo endotélio capilar, os 
fármacos ficam desligados. 
 As moléculas de fármaco ligadas a proteínas 
ficam retidas para que ocorra o desligamento e a 
passagem. 
 A fração livre de fármaco aumenta em idosos e 
gestantes. Em gestantes isso ocorre pela 
hemodistribuição. 
 A quantidade de fármaco distribuída 
depende: 
• Do fluxo sanguíneo do local 
• Do débito cardíaco 
• Lipossolubilidade 
• Gradiente de PH entre os líquidos intra e 
extracelular 
• Diferença na estrutura do endotélio capilar 
• Ligação as proteínas plasmáticas. 
 
 LIGAÇÃO TECIDUAL: alguns fármacos ficam retidos em certos tecidos, o que pode servir de 
reservatório, podendo prolongar a ação do fármaco naquele tecido. Ocorre muito no 
tecido ósseo e adiposo. 
 
 REDISTRIBUIÇÃO: é a passagem da droga de seu local de ação para outros locais e 
tecidos. O término do efeito de um fármaco geralmente ocorre com seu metabolismo e 
excreção, mas pode ocorrer a redistribuição. Esse processo geralmente ocorre com 
fármacos muito hidrossolúveis. 
DESAFIO: Nilson, 56 anos, diabético, faz uso contínuo de hipoglicemiante oral, mas quando 
sente dores costuma fazer uso do ácido acetilsalicílico (AAS). Sabendo que o AAS se liga 
extensamente a proteínas plasmáticas (taxa de ligação >95%) e que o hipoglicemiante oral 
possui uma taxa de ligação de 90%, qual o principal risco dessa interação? 
R: o risco é a hipoglicemia, pois como os dois fármacos tem alta ligação, eles vão competir 
pela ligação com as proteínas. Assim, vai ficar muito fármaco livre, e o efeito vai ser muito 
grande, podendo causar hipoglicemia. 
 MEIA-VIDA: tempo necessário para que a concentração do fármaco se reduza à 
metade. Muito usado para definir posologia. 
 
VICTORIA BEATRIZ CHAGAS FAGUNDES 
 
❖ METABOLISMO OU BIOTRANSFORMAÇÃO 
 
 Em geral, ocorre a transformação do fármaco em compostos menores, inativos e mais 
polares, mais facilmente excretados. 
 No entanto, o corpo pode transformar o fármaco em substâncias com propriedades 
tóxicas ou metabólicos ativos de componentes endógenos, como ocorre com a 
biossíntese do colesterol. 
 A farmacogenética estuda essas enzimas responsáveis por essas conversões. 
 A maioria dos fármacos são eliminados pela urina, inalterados ou na forma de metabólitos 
polares. Alguns são secretados pela bile, mas a maioria é reabsorvida no intestino. Em 
algumas ocasiões, são excretados pelas fezes. A excreção pelos pulmões ocorre com 
fármacos voláteis ou gasosos. Alguns fármacos são também eliminados pelo suor ou leite 
materno. 
 Os fármacos são, no geral, metabolizados no fígado, no retículo liso e 
no citosol. → sistema enzimático do citocromo P450 – CYP. 
 As enzimas do P450 são heme-proteicas (Fe+3). O nome P450 vem de 
pink e 450nm de comprimento de onda. Os diferentes membros da 
família apresentam especificidade com o substrato, mas que 
geralmente se sobrepõe (algumas enzimas atuam no mesmo 
substrato em velocidades diferentes). 
 O metabolismo de fármacos é classificado em dois tipos: 
 
• Reações de funcionalização da fase I 
 Ocorre principalmente no retículo endoplasmático liso. 
 Tornam a droga mais ativa 
 Envolveos processos de oxidação, redução, hidrólise, que introduzem ou expõem na 
molécula de fármaco um grupo reativo. 
 Introdução ou retirada de grupos funcionais do composto original, causando, geralmente, 
perda da atividade farmacológica. 
 Alguns fármacos podem perder sua atividade e outros ganharem. 
 Muitas enzimas hepáticas que fazem o metabolismo da fase I (incluindo as do 
cromossomo P450) são associadas a membranas do REL. → enzimas microssômicas 
(fragmentos muito pequenos de REL após centrifugação. 
 Os pró-fármacos são metabolicamente inativos e são ativados quando vão circulando. 
Isso ocorre pois a pró-droga é mais facilmente absorvida. Esses compostos passam por 
reações químicas, geralmente hidrólise de uma ligação éster ou amida, para serem 
ativados. 
 Ex: inibidores da enzima conversora de 
angiotensina (ECA), usado para 
hipertensão, ácido acetilsalicílico, 
captopril (converte angiotensina I em II 
– para pressão), carbidopa. 
 
• Reações de biossíntese da fase II 
(conjugação): 
 Ocorre principalmente no citosol. 
 Realizam uma ligação covalente entre o grupo funcional do composto original ou do 
composto resultante da fase I com o ácido glicurônico, sulfato, glutationa, aminoácidos 
ou acetatos formados pelos processos endógenos. 
 Esses conjugados são altamente polares, inativos e facilmente excretados. 
VICTORIA BEATRIZ CHAGAS FAGUNDES 
 
 Fatores que alteram o metabolismo: 
• Inibição enzimática: competitiva ou 
não competitiva. 
• Indução enzimática: aumento da 
síntese ou redução da destruição 
enzimática. 
• Variação biológica: redução, 
aumento ou perda da atividade 
catalítica. 
• Idade e sexo: o recém-nascido e os idosos tem diminuição dos processos enzimáticos. 
• Doenças: principalmente doenças que afetam o fígado, insuficiência cardíaca, que reduz 
a perfusão hepática. 
• Dietas e fatores ambientais 
 
 ESTEREOSELETIVIDADE (ISÔMEROS) 
- Quando um fármaco existir na forma de isômero, 
o receptor pode ter afinidade por apenas um dos 
dois ou pode haver competição pela absorção e 
metabolismo. Além disso, os isômeros podem seguir 
vias de metabolismos diferentes entre si, e alguns 
casos de toxicidade são relacionados a apenas 
um dos isômeros (ex talidomida). 
- Há fármacos que produzem metabólitos ativos 
(ex diazepam) e fármacos que produzem 
metabólitos tóxicos (ex paracetamol). 
 
❖ EXCREÇÃO OU ELIMINAÇÃO 
 
 DEPURAÇÃO: É a medida da eficiência do 
organismo para eliminar um fármaco da 
circulação sistêmica. 
 DISTRIBUIÇÃO: O volume de distribuição (V) relaciona a quantidade de fármaco no 
organismo com sua concentração (C) no sangue ou no plasma. V = Q/C 
 Os fármacos podem ser eliminados pelos sistemas: 
• Renal Biliar/fecal 
• Pulmonar 
• Salivar 
• Mamária, sudorípara, lacrimal 
 
 EXCREÇÃO RENAL: envolve os seguintes processos: 
• Filtração glomerular: os fármacos atravessam a barreira glomerular livremente. 
• Secreção tubular ativa: mais eficiente que a filtração glomerular para a eliminação do 
fármaco. Transporte ativo. 
• Difusão passiva pelo túbulo renal (reabsorção): drogas muito polares tem baixa 
permeabilidade tubular, permanecem no túbulo e são excretadas mais rapidamente. 
Há fármacos que são ácidos ou bases fracas. Para aumentar a excreção de uma 
droga ácida, você poderia basidificar a urina. 
 
 
VICTORIA BEATRIZ CHAGAS FAGUNDES 
 
FARMACODINÂMICA 
 
 É o estudo dos efeitos bioquímicos e fisiológicos dos fármacos e dos seus mecanismos de 
ação – o que o fármaco faz com o corpo. 
 FARMACOCINÉTICA: Estudo dos processos de absorção, distribuição, metabolismo e 
excreção de um fármaco pelo organismo. 
 A maioria dos alvos farmacológicos são representados por moléculas proteicas, sendo as 
principais os receptores, enzimas, canais iônicos e moléculas transportadoras. 
 Os fármacos não vão produzir reações celulares ou fisiológicas novas, não há produção 
de alguma via de sinalização, eles só vão estimular ou diminuir a ação 
 A administração de um mesmo medicamento, na mesma dose, via e intervalo de 
administração não produzem efeitos fisiológicos iguais em diferentes pessoas, pois varia 
muito de sexo, idade, metabolismo, etnia, hábitos de vida entre outros. 
 O antagonista e agonista inverso possuem efeitos fisiológicos semelhantes, pois ambos 
vão reduzir a resposta biológica, ou inibir que esta aconteça. 
 AFINIDADE: tendência a ligar-se aos receptores 
 SELETIVIDADE: especificidade de sítio de ligação e de ligante (nenhuma substância atua 
com total especificidade, o que é responsável pelos efeitos colaterais) 
 EFICÁCIA: capacidade de promover efeito na cascata de sinalização 
 DROGA: qualquer substância química de estrutura conhecida, que não seja um nutriente 
ou um ingrediente essencial da dieta, que quando administrada a um organismo vivo, 
produz um efeito biológico 
 MEDICAMENTO: preparação química, que pode conter uma ou mais drogas, administrado 
com a intenção de produzir um efeito terapêutico. 
 FÁRMACO: substância química conhecida e de estrutura química definida dotada de 
propriedade farmacológica. Sinônimo de princípio ativo. 
 REMÉDIO: tudo aquilo que cura, alivia ou evita uma enfermidade. Abrange não só os 
agentes químicos (medicamentos), como os agentes físicos (duchas, massagens, etc) 
 
❖ ANTAGONISTA 
 É um fármaco capaz de se ligar a um tipo de receptor, mas não é capaz de produzir uma 
resposta bioquímica intracelular 
 Produz seu efeito fisiológico por bloquear a ligação de seu agonista fisiológico 
 TOTAL: atua em vários subtipos de receptores, tendo efeitos mais amplos (efeito máximo) 
- Em casos de intoxicação que atue em grande número de receptores, o antagonista 
total protegeria mais o organismo. 
 PARCIAL: atua apenas em receptores específicos e limitados, deixando outras opções 
para os agonistas. 
- Independente da quantidade, o parcial não vai anular completamente os efeitos de um 
agonista. Em farmacologia, quando mais específico, menos efeitos colaterais (atua 
apenas na fonte do problema), por isso são os mais usados. 
 COMPETITVO: o fármaco se liga ao receptor sem ativá-lo e impede ligação do agonista 
 NÃO COMPETITIVO: não compete com o agonista pelo receptor, pois liga-se em um sítio 
diferente do receptor. Bloqueia a cascata de reações em algum ponto 
 REVERSÍVEL: o agonista consegue deslocar o antagonista. 
- Gráfico sigmoide. A curva é deslocada para a direita, mas não muda a inclinação. 
VICTORIA BEATRIZ CHAGAS FAGUNDES 
 IRREVERSÍVEL: o agonista não consegue deslocar o antagonista. 
 ANTAGONISMO QUÍMICO: o antagonista liga-se ao agonista inativando-o. 
 ANTAGONISMO FISIOLÓGICO: parecido com o não competitivo, mas ocorre 
fisiologicamente. Há um receptor que faz certa ação e um receptor que causa o efeito 
contrário. 
 ANTAGONISTA FARMACOCINÉTICO: o antagonista altera alguma característica 
farmacocinética do agonista (absorção, distribuição, eliminação), diminuindo sua 
concentração no local de ação. 
 
❖ AGONISTA 
 É um fármaco capaz de se ligar a um tipo de receptor. 
 Pode potencializar/intensificar uma cascata de sinalização intracelular 
 Pode ser total ou parcial dependendo da sua eficácia 
 Certos fármacos não geram resposta máxima por mais que se eleve sua concentração 
 Para que um fármaco agonista exerça seu efeito máximo em um tecido ou órgão não é 
necessário que todos os receptores sejam ocupados pelas moléculas do fármaco, 
depende muito do receptor e do neurotransmissor. 
 
❖ AGONISTA INVERSO 
 Seu efeito vai além do antagonista neutro (que bloqueia sem gerar efeito), ele vai fazer o 
efeito contrário ao agonista. 
 
 
❖ ATIVIDADE CONSTITUTIVA OU INTRÍNSECA 
 Capacidade de um receptor se ativar ou inativar automaticamente mesmo sem um 
ligante. 
 Quando há um ligante agonista, ele tem afinidade com o receptor ativo, assim vai 
potencializaruma cascata de sinalização. 
 Se houver um agonista inverso, ele terá afinidade com o receptor inativo e vai diminuir a 
cascata de sinalização. 
- Se um agonista inverso atuar em um receptor que não tem atividade constitutiva, ele vai 
agir que nem um antagonista, inibindo uma ação, pois vai se ligar ao receptor e impedir 
que um agonista se ligue. 
 O antagonista vai agir em ambos os receptores, inibindo qualquer resposta. 
 
❖ ALVOS PARA AÇÃO DE FÁRMACOS 
• ENZIMAS 
 O substrato liga-se no sítio ativo. 
 O medicamento pode ser um falso substrato → a molécula do medicamento liga-se no 
sítio ativo, mas o substrato é convertido em outro fármaco. 
 Exemplos: ácido acetilsalicílico, captopril (converte angiotensina I em II – para pressão), 
 
 
• MOLÉCULAS TRANSPORTADORAS 
 São proteínas. 
 Pode ser ativo ou passivo (com ou sem gasto energético). 
 Transporte, cotransporte, simporte e antiporte. 
 Exemplos: antidepressivos (alguns que aumentam a quantidade de neurotransmissores, 
inibindo sua recaptação), omeoprazol. 
 
VICTORIA BEATRIZ CHAGAS FAGUNDES 
• CANAIS IÔNICOS 
 Compostos por proteínas transmembranas. 
 Podem ser de cátions ou ânions, seletivos ou não seletivos. 
 
• PROTEÍNAS RECEPTORAS 
 Podem ser dos seguintes tipos: 
1. Acoplados a canais iônicos (ionotrópicos): é o mais rápido. 
- Excitatórios: glutamato 
- Inibitórios: GABA 
 
2. Acoplados a proteína G: é mais demorado que canais iônicos. 
- A proteína G atravessa 7 vezes a membrana celular, formando um feixe de 7 α-hélices. 
- A proteína G é transdutora de sinais, ou seja, transmite a informação de que o agonista está 
ligado ao receptor de uma proteína efetora. 
- A proteína G possui uma subunidade α para a ligação do nucleotídeo guanina. 
 
 Principais alvos para a proteína G: 
- Adenilato ciclase: enzima responsável pela formação do AMPc. Converte ATP em AMPc. 
O AMPc ativa várias proteínas quinases, que fosforilam diferentes proteínas alvo 
- Fosfolipase A: quando ativada com a proteína G, atua sobre os fosfolipídios de 
membrana, convertendo-os em ácido araquidônico COX/LOX (ciclo-oxigenase e lipo-
oxigenase). Os Anti-inflamatórios inibem a ação dessas fosfolipases. 
 
 Principais alvos para o AMPc: 
- PKA (holoenzima): em baixas concentrações de AMPc, as subunidades da PKA não 
conseguem se ligar e ela fica inativa. Quando a PKA é ativada, ela se difunde pelo 
citoplasma e fosforila proteínas. 
- PKG (proteinocinase dependente do GMP cíclico). 
 
3. Ligados a enzimas intracelulares quinase 
4. Receptores nucleares 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VICTORIA BEATRIZ CHAGAS FAGUNDES 
NEUROFARMACOLOGIA 
 
 NANC → neurotransmissores não adrenérgicos e 
não colinérgicos. 
Ex: ATP, NO, GABA, 5-HT, dopamina. 
 CRITÉRIOS PARA SER NEUROTRANSMISSOR: 
• Presença de enzimas de síntese e degradação 
(terminações nervosas). 
• Armazenamento em vesículas. 
• Liberados de forma Ca++ dependente. 
• Atuar em receptores. 
• Similar exógeno apresenta efeitos análogos ao 
neurotransmissor. 
 
❖ ACETILCOLINA 
 
• SÍNTESE: São sintetizadas nas terminações nervosas e 
nas varicosidades da fibra nervosa colinérgica 
 
• ENZIMAS: 
 Colina acetiltransferase → SÍNTESE 
 Ache (acetilcolinesterase) → DEGRADAÇÃO 
 
• ARMAZENAMENTO: Em vesículas sinápticas perto 
da membrana pré-sináptica, acumulam 
ativamente por meio de um transportador 
específico. 
 
• LIBERAÇÃO: por exocitose, desencadeada pela 
despolarização dos terminais, e consequente 
entrada de Ca2+ pelos canais de Ca2+, 
promovendo a fusão da membrana vesicular com 
a membrana plasmática, permitindo o processo. 
 
• HIDRÓLISE: Após a sua liberação, a ACh difunde-
se através da fenda sináptica e se combina com 
os receptores pós-sinápticos. 
 Parte da ACh é hidrolisada/degradada pela enzima acetilcolinesterase 
 No fígado e no plasma tem a butirilcolinesterase, que também degrada a acetilcolina. 
 
• RECEPTORES: 
 
 NICOTÍNICOS → ligados à canais iônicos regulados por ligante. São mais rápidos, já que 
não desencadeiam transcrição e tradução. A ativação desses canais causa um aumento 
da permeabilidade de Na++ e Ca++. 
Ações: 
-Estimulação de todos os gânglios autônomos 
-Estimulação da musculatura voluntária 
-Secreção de adrenalina pela medula das suprarrenais. 
 
VICTORIA BEATRIZ CHAGAS FAGUNDES 
 
 MUSCARÍNICOS → ligados à proteína G. A resposta ocorre de forma mais lenta, já que 
desencadeia os processos de transcrição e tradução. São de 3 tipos principais: 
- M1 (neurona1s): produz excitação lenta dos gânglios. 
- M2 (cardíaco2): diminuição da frequência cardíaca e força de contração. 
- M3 (glandular3s): secreção, contração dos músculos lisos das vísceras e relaxamento 
vascular. 
❖ NORADRENALINA E ADRENALINA 
 
 CATECOLAMINAS: adrenalina/epinefrina, 
noraepinefrina (NE)/noradrenalina e 
dopamina (DA) 
 
• LIBERAÇÃO 
 Ocorre mediante despolarização da 
varicosidade, o que permite a entrada de 
Ca2+ através dos canais de Ca2+ sensíveis 
a voltagem. 
 O aumento desse íon promove a fusão da 
membrana vesicular com a membrana da 
varicosidade, promovendo a exocitose dos 
transmissores. 
 Uma vez na sinapse, a noradrenalina pode 
interagir com os receptores adrenérgicos α 
e β para produzir a resposta característica 
do efetor. 
 
• DEGRADAÇÃO 
 Uma vez transportada para dentro do citosol, a 
NE pode ser recaptada e rearmazenada nas 
vesículas pelo transportador de captação 
neuronal (TNE). Vai ser recaptada para ser 
degradado ou para o neurônio pré-sináptico 
(principalmente a MAO – superfície externa da mitocôndria) ou para os tecidos (COMT – 
citoplasmática - catecol-O-metiltransferase – particularmente no fígado) 
 
• RECEPTORES ADRENÉRGICOS – proteína G 
 
 Receptores αlfa 
o α1 adrenérgico 
- Ativa a fosfolipase C, 
- Vasoconstrição, relaxamento da musculatura lisa gastrinstestinal, secreção salivar e 
glicogenólise hepática. 
o α2 adrenérgico 
- Inibem a adenilil cilase, diminuindo a formação de AMPc 
- Inibição da liberação de transmissores (inclusive NE, ACh pelos nervos autônomos), 
agregação plaquetária, contração do músculo liso vascular, inibição da liberação de 
insulina 
- Autorreceptores: estão no próprio neurônio pré-sináptico com receptores α2, que serve 
como inibição da liberação do próprio receptor, regulação para não liberar mais. 
 
VICTORIA BEATRIZ CHAGAS FAGUNDES 
 
 Receptores β (Todos estimulam a adenilil-ciclase) 
 
o β1 adrenérgico: Aumento da frequência e da força de contração cardíacas, hipertrofia 
cardíaca tardia 
o β2 adrenérgico: Broncodillatação, vasodilatação, relaxamento da musculatura lisa 
visceral, glicogenólise hepática e tremores musculares. 
o β3 adrenérgico (lipólise) 
 
VICTORIA BEATRIZ CHAGAS FAGUNDES 
 
BRONCODILATADORES 
 Os broncodilatadores: 
- Causam relaxamento da musculatura lisa das vias respiratórias. 
- Previnem a broncoconstrição. 
 
 Classes dos broncodilatadores: 
- Agonistas β-adrenérgicos (simpaticomiméticos) 
- Teofilina (matilxantina) 
- Agentes anticolinérgicos (antagonistas dos receptores muscarínicos) 
 
❖ AGONISTAS Β-ADRENÉRGICOS 
 
 São os mais eficazes para asma, por conta da baixa quantidade de efeitos adversos. 
 São produzidos a partir de substituições na estrutura de catecolaminas 
 O salbutamol é usado de 4 em 4 horas para asma. 
Curta duração (4-6h): salbutamol (albuterol), terbutalina, levossalbutamol, metaproterenol, 
longa duração (LABA – long ation beta agonist 12h): salmeterol, formoterol. 
Ultra LABA (24h): indacaterol (no Brasil só para DPOC). 
 
• MODO DE AÇÃO: 
 A ocupação de receptores β2 por agonistas ativa a via Gs-adenililciclase-AMPc-PKA, 
resultando em eventos fosforilativos que relaxam a musculatura lisa, revertendo com 
eficácia os eventos estimulados por Ca++ que iniciam acontração. 
(O agonista vai se conectar no receptor β ligado à proteína G, que ativa a Adenilato 
ciclase, que irá fosforilar o ATP em AMPc, e atua no PKA que fosforila vários substratos) 
 Um aumento na concentração de Ca++ ativa a cinase de cadeia leve de miosina – 
CCLM-, aumentando a interação contrátil entre a actina e miosina e iniciando a 
contração. A estimulação agonista dos β receptores ativa a via do AMP cíclico e reduz a 
concentração de Ca++, reduzindo a ativação da CCLM, promovendo a desfosforilização 
de cadeias e impedindo a contração. (OU JOGA CÁLCIO PARA FORA OU PARA DENTRO 
DO RETÍCULO) 
 Os de longa duração geralmente são usados para DPOC e os de curta duração para a 
asma. 
 Pode causar tolerância. 
 O efeito de broncodilatação inclui: 
• Diminuição da concentração de Ca++ por meio da remoção do cálcio do citosol em 
estoques intracelulares e fora das células. 
• Inibição da via PLC-IP3. 
• Inibição da miosina cinase de cadeia leve. 
• Ativação da miosina fosfatase de cadeia leve. 
• Abertura de um canal de K+ ativado por Ca++, que repolariza a célula do músculo liso e 
pode estimular o sequestro de Ca++ em estoques intracelulares. 
 
• EFEITOS ADVERSOS: 
 Tremor muscular: devido a estimulação de receptores β2 no músculo esquelético. 
 Taquicardia e palpitações: estimulação cardíaca e vasodilatação periférica. 
 Hipopotassemia: devido à estimulação dos receptores β2 
 Desequilíbrio ventilação/perfusão: devido a vasodilatação. 
 Aumenta glicemia – pela gliconeogênese - e ácidos graxos livres – ativa lipase 
VICTORIA BEATRIZ CHAGAS FAGUNDES 
 
❖ METILXANTINAS 
 
 Mais efeitos colaterais e menor eficácia, mas ainda é usada para asma. 
 Apenas via oral e intravenosa. 
 Se for usado em via oral, melhor que seja de duração lenta, pela toxicidade, 
 Nomes genéricos: teofilina, aminofilina. 
 
• MECANISMO DE AÇÃO: 
 
 Inibição das fosfodiesterases: ocorre de forma não seletiva. A inibição do PDE e a 
elevação do AMPc celular e GMPc são responsáveis pela ação broncodilatador da 
teofilina. A fosfodiesterases metaboliza o AMPcíclico e GMPcíclico. Quando ocorre sua 
inibição, aumenta a concentração desses compostos. 
 Antagonismo do receptor de adenosina: a adenosina causa a broncoconstrição nas vias 
respiratórias por meio de histamina e leucotrienos. 
 Liberação de interleucina-10. 
 Efeitos sobre a transcrição de genes: impede a translocação do fator de transcrição pró-
inflamatório NF-KB no núcleo, reduzindo a expressão de genes inflamatórios 
 Anti-inflamatório. 
 
• EFEITOS COLATERAIS 
 Janela terapêutica estreita: a concentração ideal é muito próxima da concentração 
tóxica, por isso apresenta muitos efeitos colaterais. 
 Náuseas e vômitos 
 Cefaleia 
 Diurese 
 Desconforto gástrico 
 Crises epilépticas 
 
❖ ANTAGONISTAS COLINÉRGICOS ANTIMUSCARÍNICOS 
 
 Bloqueiam os efeitos da acetilcolina em receptores muscarínicos – broncoconstrição, 
aumento da secreção traquiobronquia e estimulação de quimiorreceptores da carótida e 
de corpos aórticos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VICTORIA BEATRIZ CHAGAS FAGUNDES 
ANTI-HIPERTENSIVOS 
 Os Anti-hipertensivos podem ser: 
• Betabloqueadores 
• inibidores da enzima conversora de angiotensina 
• antagonistas dos canais de cálcio 
• antagonistas dos receptores de angiotensina II 
• inibidor direto de renina, antagonistas α1 
• vasodilatadores centrais e vasodilatadores diretos
❖ β-BLOQUEADORES (...lol) 
 
 PRIMEIRA GERAÇÃO são não seletivos (inibem B1 e B2 – propanolol, nadolol) 
 SEGUNDA GERAÇÃO são seletivos B1 (metropolol, atenolol) 
 TERCEIRA GERAÇÃO são não seletivos, como os de primeira, mas possuem uma ação 
vasodilatadora que não envolve receptores – antagonizando α1. Também tem atividade 
anti-inflamatória, antioxidante. (carvediol). 
 QUARTA GERAÇÃO são seletivos B1, como os de segunda, mas possuem ação 
vasodilatadora que não envolve receptores (ex óxido nítrico). (nebivolol). 
 
 Os que mais causam broncoconstrição são os de 1ª e 3ª geração pois não são seletivos. 
 Os que causam bradicardia são todos pois todos tem receptores B1 
 Mascara sintomas da hipoglicemia: o de primeira e terceira causam mais pois vão 
bloquear o tremor característico da hipoglicemia (ant. B1, B2). O de 2ª e 4ª menos. 
 Recuperação da hipoglicemia: quem ajuda mais é o B2 (faz glicogenólise), o de 1ª e 3ª 
diminui mais a hipoglicemia e o 2ª e 4ª menos. 
 Perfil lipídico: os antagonistas β de terceira e quarta geração (como nebivolol, caverdilol) 
melhoram o perfil dos lipídeos séricos de pacientes com dislipidemia. Os antagonistas dos 
receptores β de primeira e segunda geração (atenolol) reduzem o colesterol HDL e 
aumentam o LDL e os triglicerídeos – pioram. 
 A de 1ª e 2ª geração não tem o efeito vasodilatação que tem o de 3ª e 4ª geração 
 O de primeira e segunda geração diminuem PA pela diminuição do débito cardíaco, ser 
vasodilatador ajuda nos efeitos (no caso adicional da terceira e da quarta geração) 
 TERMINOU EM OSINA É ALFABLOQUEADOR 
 TERMINOU EM LOL É BETABLOQUEADOR 
 DIURÉTICO é a primeira escolha para a hipertensão: diminui volume sanguíneo e DC 
VICTORIA BEATRIZ CHAGAS FAGUNDES 
 
❖ ALFA-BLOQUEADORES (...sina) 
 Fármacos: Terazosina, Doxazosina, Alfuzosina, Tansulosina, Silodosina, Prazosina 
 
 Mecanismo de ação: 
- Antagonismo dos receptores alfa-1, inibindo a vasoconstrição e provocando a 
vasodilatação → reduz RVP → reduz PA 
 
 Efeitos adversos: 
● Taquicardia 
● Insuficiência cardíaca 
● Impotência sexual 
● Hipotensão postural 
● Congestão nasal 
 
 Geralmente, terazosina é associada a um diurético ou um beta-bloqueador 
 Pode ser benéfico para hiperplasia prostática (há receptores alfa1 na uretra prostática, e 
o antagonista causa dilatação, além de induzir apoptose nas células hiperplásicas) 
 Pode ser benéfico para expulsão de cálculos renais, pelo relaxamento da uretra 
 
❖ AGONISTA ALFA-2-CENTRAIS 
 
➔ METILDOPA: pró-fármaco indicado para grávidas 
 Mecanismo de ação: Agonista do receptor alfa-2 pré-sináptico, reduzindo liberação de 
noradrenalina 
 Reações adversas: depressão, sedação, secura na boca, hepatotoxicidade, redução da 
libido. 
 
➔ CLONIDINA, GUANABENZENO E GUANFACINA 
 Mecanismo de ação: Agonistas alfa-2 no tronco cerebral, suprimindo a corrente simpática 
 Reações adversas: secura na boca, sedação, mucosa nasal e olhos secos, hipotensão 
postural, depressão 
 
➔ RESERPINA 
 Mecanismo de ação: Inibição do transportador de catecolaminas vesicular (VMAT2) 
 Reações adversas: sedação, depressão psicótica, atrapalha concentração 
 
❖ INIBIDORES DA ECA – IECAS (...PRIL) 
 
 CAPTOPRIL, ENALAPRIL, FOSINOPRIL 
 São tratamento de 1ª escolha para hipertensão arterial 
 Aumentam a liberação de renina, por feedback negativo. Acúmulo de angiotensina I, 
que é desviada para outras vias e participa da formação de alguns peptídeos 
 ECA: análoga a enzima que degrada bradicinina. 
 Os IECAs causam aumento da concentração de bradicinina, que estimula a biossíntese 
de prostaglandinas → vasodilatação e efeitos irritativos, além de broncoconstrição → 
TOSSE SECA 
 Enalapril = pró-fármaco (o fármaco ativo é o ENALAPRILATO) 
 Reações adversas: 
● Tosse seca (bradicinina) ● Hipotensão ● Hiperpotassemia (aldosterona) ● Angiodemas 
na face, laringe e TGI ● Insuficiência renal aguda ● Glicosúria 
 Contraindicações: Gestantes e pessoas com Insuficiência renal 
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❖ BLOQUEADORES DOS RECEPTORES DA ANGIOTENSINA – BRAs (...ANO) 
 
 LOSARTANO, VALSARTANO 
 2ª escolha 
 Administrar longe das refeições (a presença de alimentos reduz a absorção) 
 Mecanismo de ação: Bloqueiam os receptores AT1 da angiotensina II. 
 Mais eficientes que IECA em reduzir os efeitos da angiotensina II, pois: 
- Permite produçãode angiotensina II 
- Como há produção de angiotensina II por outras vias que não envolvem a ECA, os BRAs 
conseguem antagonizar 
- Permitem ligação de angiotensina II nos receptores AT2, que desencadeiam 
vasodilatação 
 Reações adversas: 
● Hipotensão ● Hiperpotassemia ● Tosse (menos que IECA) ● Angiodema 
 Contraindicações: 
 ● Grávidas 
 
❖ INIBIDORES DIRETOS DA RENINA 
 
 ALISQUIRENO 
 Pouco usados 
 Mecanismo de ação: Inibição competitiva da renina 
 Reações adversas: 
 ● Reações no TGI (diarreia, dor, refluxo) ● Cefaleia ● Fadiga ● Tontura ● Tosse ● 
Hiperpotassemia 
 
❖ BLOQUEADORES DE CANAIS DE CÁLCIO 
 
 VERAPAMIL, NIFEDIPINO, DILTIAZEM 
 Mecanismo de ação: Bloqueia canais de cálcio controlados por voltagem do tipo L 
(longa duração) ● Ligam-se a subunidade alfa-1 do canal ● A redução no influxo de 
cálcio impede a vasoconstrição, estimulando a vasodilatação. 
 
 NIFEDIPINO: Atua mais nos VASOS sanguíneos 
- Efeitos adversos: edema periférico, taquicardia reflexa, cefaleia 
 VERAPAMIL: Atuam mais no CORAÇÃO (cardiomiócitos), reduzindo automaticidade e 
contratilidade cardíaca 
- Contraindicação: 
Pacientes com 
insuficiência 
cardíaca 
- Efeitos adversos: 
Constipação. 
 
 
 
 
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DIURÉTICOS 
 
 Usado para ↓PA, reduzir edemas, para glaucoma e diurese forçada. 
 Alta eficácia (>15%) (de alça) 
 -Ac. Etacrínico 
 - Sulfamídicos (furosemida, bumetanida, piretanida). 
 Eficácia média (5-10%) 
- Tiazídicos (clorotiazida, hidroclorotiazida, clortalidona). 
 Fracos ou adjuntivos (<5%) 
-Agentes osmóticos = manitol 
Poupadores de potássio = (final t.distal de Na - K/H) 
 -Antagonista da aldosterona = espironolactona 
- Triantereno e amilorida 
 
❖ DE ALÇA 
 
 Inibe simporte Na+-K+-2Cl- Ramo Ascendente Espesso da Alça de Henle. 
 Furosemida (também faz vasodilatação venosa), bumetanida, ácido etacrínico, 
piretanida, torasemida. 
 Os diuréticos mais potentes – ação mesmo com comprometimento da função renal. 
 Eliminação de 15-25% do NaCl filtrado. 
 Efeitos adversos: • Hipovolemia, hipotensão • Hipopotassemia (perda de K+) • Perda de 
H+ (alcalose metabólica), Ca+2, Mg+2 • Hiperuricemia – gota (↓ da eliminação de ácido 
úrico - uso crônico). • Ototoxicidade – (+ácido etacrínico) • Hiperglicemia, ↑ LDL, ↓HDL, ↑ 
Triglicerídeos • Hipersensibilidade as sulfonamidas • Perda de K+ e Mg+2– arritmias 
 
❖ TIAZÍDICOS 
 
 Inibidores do simporte Na+-Cl- no túbulo DISTAL 
• Hidroclortiazida, clortalidona, bendrofluazida, indopamida, xapamida, metolazona. 
 São derivados sulfonamínicos. 
 Ação moderada – não usar em casos de insuficiência renal. 
 Efeitos colaterais: • Perda de Cl-, K+,Mg+2 (perda leve), H+ (alcalose metabólica 
hipoclorêmica) • ↓ eliminação de Ca+2 uso crônico – reduz perda óssea pós-menopausa 
• Hiperuricemia – gota (↓ da eliminação de ácido úrico) • Impotência sexual masculina • 
↑ LDL, ↓HDL, ↑ Triglicerídeos • Hiperglicemia • Perda de K+ – arritmias 
 
❖ POUPADORES DE POTÁSSIO 
 
 ESPIRONOLACTONA 
• Ação diurética fraca • Antagonista da aldosterona – atua no Túbulo Coletor. 
• Ginecomastia, distúrbios menstruais, atrofia testicular, hiperpotassemia, úlceras e 
desconforto abdominal. 
 
 TRIANTERENO E AMILORIDA 
• Ação diurética fraca • Atuação sobre os canais de Na+ túbulo e ductos coletores. 
• Distúrbios GI 
VICTORIA BEATRIZ CHAGAS FAGUNDES 
 
❖ AGENTES OSMÓTICOS 
 
 MANITOL, GLICEROL, ISOSSORBIDA. 
 Substâncias farmacologicamente inertes que são filtradas no glomérulo e sofrem 
reabsorção incompleta ou não são reabsorvidos. 
 Alteração da osmolaridade plasmática e tubular renal – retarda reabsorção da água – 
alça de Henle descendente, túbulos coletores. 
 Não são úteis em condições associadas à retenção de sódio. 
 Usos: • Aumento da pressão intracraniana; • Aumento da pressão intra-ocular; • 
Prevenção de insuficiência renal aguda. 
 
❖ INIBIDORES DA ANIDRASE CARBÔNICA 
 
 Acetazolamida, Dorzolamida (gotas oftálmicas), Brinzolamida (gotas oftálmicas) 
 Uso limitado como diurético – acidose metabólica. 
 Uso para reduzir a pressão intra-ocular no glaucoma e na alcalose metabólica. Inibição 
da ACII nos processos ciliares – reduz a produção de humor aquoso. 
 
❖ APLICAÇÕES TERAPÊUTICAS 
 
 INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGÊNITA (ICC) 
 HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS) 
 INSUFICIÊNCIA RENAL

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