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As Bacantes - Trabalho

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Centro de capacitação profissional em Artes cênicas
História do teatro I
Marcos donato moreira costa
 GABRIEL RODRIGUES 
AS BACANTES
 Estudo da obra 
Contagem
2019
marcos donato moreira costa
 GABRIEL RODRIGUES 
AS BACANTES
Dissertação apresentada ao Centro de Capacitação Profissional em Artes Cênicas como critério parcial para obtenção de pontos na disciplina de História do Teatro I.
Professor: 
Fernando Penido
Contagem
2019
SUMÁRIO
	1
	INTRODUÇÃO......................................................................................
	4
	
	
	
	2
	DESENVOLVIMENTO.....................................................................…
	5
	2.1
	Resumo da peça........................................……....................................…
	5
	2.2
	O Autor.....................................................................…………………….
	7
	
	
	
	3
	CONCLUSÃO.........................................................................................
	9
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
1 INTRODUÇÃO
As Bacantes, ou As Mênades, é uma tragédia grega de autoria do dramaturgo Eurípedes, de Salamina, mas que passou a maior parte de sua vida em Atenas. Estreou postumamente no Teatro de Dionísio em 405 a.C., como parte de uma tetralogia que também incluía a peça Ifigênia em Áulis, e que provavelmente foi dirigida pelo filho ou sobrinho do próprio Eurípedes. A obra obteve o primeiro lugar na competição teatral realizada durante o festival da Grande Dionísia.
A tragédia é baseada na história mitológica do rei Penteu, de Tebas, e de sua mãe, Agave, e da punição dos dois pelo deus Dioniso, primo de Penteu, por sua recusa em venerá-lo e pelo injusto descrédito em que pairava o nome de sua mãe, Sêmele.
Desde o fim da Antiguidade até o fim do século XIX os temas das Mênades eram considerados muito repugnantes para serem estudados e apreciados. Foi O Nascimento da Tragédia, do filósofo alemão Friedrich Nietzsche, que trouxe de volta a questão da relação de Dioniso com o teatro, e elevou o interesse nas Mênades. Durante o século XX performances da peça tornaram-se bem populares, especialmente na forma de ópera, devido aos coros dramáticos encontrados por toda a trama. Análises mais técnicas ressaltam como Eurípides consegue dominar igualmente as belezas poéticas e dramáticas de sua obra e o tratamento de temas mais complexos.
No Brasil, a montagem mais conhecida de As Bacantes é a montagem do Grupo oficina, de José Celso Martinez Corrêa, em duas versões, uma que teve estréia em 1996 e outra, mais recente, em 2016. O tema da peça, portanto, sendo adaptado, incorporado e associado a novos discursos e temas contemporâneos continua, até hoje, relevante. Cientes disso, damos início ao nosso estudo.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1 Resumo da peça
Escrita há mais de dois mil anos, tem como palco a cidade de Tebas, na Grécia, com algumas partes perdidas no tempo, reconhecemos aqui o culto prestado a Dioniso, conhecido também como Baco ou Deus do Vinho.
Dioniso a Tebas e fez com que todas as mulheres da cidade, em especial as descendentes de Cadmo, lhe prestassem as devidas homenagens, uma vez que as suas próprias tias, irmãs de Sémele, que era filha de Cadmo, não acreditavam que ele era filho de Zeus, considerando-o com um bastardo, sendo portanto o início da sua vingança, para mostrar a todos os tebanos que ele nasceu Deus. 
Sémele, seduzida por Zeus, o rei dos Deuses, ficou grávida deste e tendo a sua esposa Hera descoberto, não hesitou em matá-la com um raio, cabendo a Zeus criar o seu filho, nas suas coxas, de forma dissimulada para que Hera não o descobrisse. 
Em festa, dançam e trajam vestes comemorativas, carregando instrumentos musicais e de heras engrinaldadas, partem as mulheres cadmenianas para o alto do Monte Citéron, para festejar o culto dionísico, implementado por toda a Grécia, como um culto filosófico, apresentando-se mais com uma religião exuberante, apelando, ainda que indiretamente, à fecundidade fálica, através dos efeitos extasiantes do vinho, já que é precisamente nestas comemorações que surgiram as orgias noturnas. Neste escrito encontramos o culto vedado apenas às mulheres, sacerdotisas de Baco, Bacantes ou Ménades e apercebemo-nos de que o Deus Baco, através das danças frenéticas, as arrasta sob o aguilhão do delírio, para um castigo, por terem feito troça da sua origem divina. Assim, Dioniso, não é simplesmente o divertido Baco ou o deus do vinho, mas representa uma força destruidora (tal como Nietzche bem descreve na Origem da Tragédia) em que o vinho consegue perverter, com os seus efeitos delirantes, colocando em causa a ordem, o equilíbrio e mesmo a virtude de uma comunidade inteira.
Logo que Dioniso fez todas as mulheres sairem da cidade, surge Penteu, que se recusa a venerar aquele que se diz filho de Zeus. Triste fim seria de antever, em punição da renegação deste seu primo divino, filho de sua tia.
Penteu não quis ouvir seu avô que o chamava à razão e pedia-lhe para que cultivasse os cultos de Baco, para não sofrer a sua ira. Penteu negou-se a fazê-lo e depois de avisado por um mensageiro, de que um estrangeiro estava em terras de Tebas e do que se passava no Monte, pediu para que lho trouxessem. Dioniso não ofereceu resistência e a ele se apresentou, sem dizer quem era na realidade. 
Mediante a suposta insolência do estrangeiro, para com Penteu, relativamente aos festins celebrados, este mandou cortar-lhe os lindos caracóis loiros e prendê-lo nos cárceres. Sémele chama a trovoada e com o raio que a matou faz incendiar o Palácio de Penteu. 
Dioniso no meio dessa confusão liberta-se dos cárceres e apresenta-se novamente a Penteu, convencendo-o a espiar os “bacanais”, a que as mulheres da cidade se entregaram, fazendo-o vestir-se de bacante, por forma a que ele possa acabar com essas comemorações imorais. 
Penteu ofuscado pela doentia curiosidade, aceitou e dá o passo decisivo para a tragédia que o assolará. O seu hino seria Vamos combater contra as Bacantes!. 
Ao chegar ao monte, Dioniso que lhe serviu de guia, apresentado como aquele que castiga dentre os mortais, aqueles que prestam culto à iniquidade e aos deuses não veneram, chama a atenção das Bacantes fazendo reconhecer a sua voz, como o Deus cujos cultos eram celebrados, anunciando: ”Ó jovens trago aquele que de vós, de mim e de minhas orgias escarnece. Castigá-lo podeis, pois!” 
Foi Agave, sua mãe, a primeira a lançar-se sobre Penteu, tomando-o como um leão inimigo, começando as despedaçar-lhe a carne, não ouvindo as suas suplícas que a chamavam à razão ”Mãe, sou eu, o teu filho Penteu, que na mansão de Equíon deste à luz; apieda-te de mim, ó mãe, e, não obstante meus erros, um filho teu não queiras imolar!”. Em vão foram os seus apelos e às suas mãos morreu. 
Após a sua morte Agave, resolveu descer à cidade e exibir a cabeça de Penteu como um troféu de caça, caindo em si e reconhecendo-o como filho, apenas quando o efeito báquico a libertou, por palavras sensatas de seu pai, que tentava fazê-la reconhecer a sua desgraça. 
A desgraça atingiu toda a família, levando à partida para o exílio, de todos os membros. 
A análise que podemos retirar daqui é que o Deus do Vinho, tanto pode servir de antídoto para o sofrimento do Homem, pois a ingestão de tal substância leva os homens ao doce esquecimento dos males de cada dia, afastando os desgostos através da delícia do vinho, mas ao mesmo tempo, Dioniso poderá ser também o mais terrível, fazendo “saltar” os instintos mais aterradores de cada um de nós. 
Outra coisa que aqui parece estar presente é a força da multidão. A desgraça só se deu porque de tão cega que estava Agave, pela ira despoletada pelo vinho, agiu em conjunto com suas irmãs e demais seguidoras dos cultos, não “viu” a atrocidade que cometia ao próprio filho. Ora, este tema é ainda hoje debatido em estudos psico-sociais, onde atualmente se encontram os comportamentos de por exemplo, dos Hooligans, que quando agem em conjunto não sabem o que fazem e reconhecem que se agissem individualmentenunca cometeriam atos impensados dos quais são geralmente acusados.
2.2 O Autor
Eurípedes foi um importante poeta da Grécia Antiga. Eurípedes nasceu em 485 a.C. na ilha grega de Salamina e morreu em 406 a.C. na cidade de Pela (Macedônia).
Ao lado de Sófocles e Ésquilo, Eurípedes é considerado um dos grandes poetas trágicos gregos. De acordo com estudiosos do período, estima-se que escreveu cerca de 95 peças trágicas. Porém, somente dezoito chegaram até nossa época.
Em suas peças, Eurípedes abordou questões psicológicas, mitos e a tragédia dos vencidos.
- Sabemos pouco sobre sua vida. Porém, estudiosos dizem que ele foi uma pessoa pouco sociável. Ele gostava de debater ideias e refletir sobre questões sociais. Teve influência dos filósofos sofistas e de Anaxágoras, filósofo grego da Escola Filosófica de Mileto.
Obras de Eurípedes:
Medéia
Hipólito
Hécuba
Andrômaca
Alceste
As Bacantes
Héracles
A Heracléade
As Suplicantes
As Mulheres de Tróia
Electra
Ifigênia em Áulida
Helena
Íon
Orestes
Ifigênia em Táurida
As Fenícias
O Ciclope
Frases:
- "Quando o amor excede, não traz aos homens nem honra nem virtude".
- "Doce é a lembrança dos problemas quando você se encontra seguro".
3 CONCLUSÃO
As Bacantes, de Eurípedes se passa em Tebas, em 405 a.C. numa época em que as festas em homenagem a Dioniso (o deus do vinho) eram consideradas importantíssimas para estreitar o relacionamento do povo com os deuses. A obra foi escrita e apresentada de forma poética, em estrofes e antiestrofes, com coro bem atuante, episódios e estásimo (parte do coral que canta e dança depois do párodo, entre dois episódios), e cenas epirremática. Caracterizando a peça como tragédia dançante, regada com muito erotismo, orgias e libertinagem sexual e apologia às bebidas alcoólicas, configuradas no culto ao personagem de Dioniso. Para melhor entendimento segue esquema da peça segundo a divisão proposta por Aristóteles na sua “Poética”:
Prólogo / Exposição
(anúncio do tema da peça)
Dioniso: filho de Zeus/ Júpiter, que é pai de todos os deuses e a princesa Sêmele - filha de Cadmo e Harmonia.
Párodo
(Atuação do coro que apresentam cantando com movimentos coreográficos em duas estrofes e duas antiestrofes).
Epodo
(terceira parte do canto, arremate da apresentação).
1º Episódio: Diálogo entre os personagens, e atuação de parte do coro.
Tirésias (advinho), Cadmo (fundador de Tebas), Penteu (outro neto de Cadmo, filho de Equion e Agave). Aqui começa a evidenciar-se o conflito: Tirésias e Cadmo acham prudente prestar honras a Dioniso, enquanto Cadmo repudia os bacanais e o comportamento das mulheres da cidade que se associaram ao deus.
1º Estásimo: (estrofe 1ª, antiestrofe 1ª, estrofe 2ª e antiestrofe 2ª-):
O coro das Bacantes canta e dança.
2º Episódio: Um servo, Penteu e Dioniso.
2º Estásimo: Uma estrofe e uma antiestrofe. O coro das Bacantes canta e dança.
3º Episódio: Dioniso, coro, as Mênades (mulheres enfurecidas), Penteu e um mensageiro.
3º Estásimo: Uma estrofe e uma antiestrofe. O coro das Bacantes canta e dança.
4º Episódio: Dioniso e Penteu. - Aqui acontece a peripécia (reviravolta): Penteu, inimigo das Bacantes, é convencido por Dioniso a presenciar os bacanais.
4º Estásimo: Uma estrofe, uma antiestrofe e o epodo. O coro das Bacantes canta e dança.
5º Episódio: Cena epirremática entre o 2º mensageiro e o coro. Neste episódio, o 2º mensageiro narra o acontecimento da catástrofe: Penteu foi levado por Dioniso até os rituais e lá foi morto por sua própria mãe, Agave, junto das outras Bacantes.
5º Estásimo: Em apenas uma estrofe, o coro das Bacantes canta e dança.
Êxodo: Conclusão da trama.
	 Cena epirremática entre o coro e Agave; - Aqui acontece a Catarse, ou purificação. Agave entra em cena segurando a cabeça do filho pensando ser a cabeça de um leão, provocando na plateia sentimentos de terror e piedade e purgando assim, as emoções humanas. 
	 Diálogo entre Cadmo, Agave e Dioniso; - Aqui acontece a revelação ou desvelamento, em que Agave percebe que segura a cabeça do próprio filho, e não a de um leão, e que ela própria o matou. Acontece também a conclusão da trama com o exílio de Cadmo e Agave. 
	 Coro ao final. 
REFERÊNCIAS
EURÍPEDES. As Bacantes. Tradução Trajano Vieira. Editora Perspectiva. São Paulo, SP. 2010.
NETSABER RESUMOS. As Bacantes (Eurípedes). Disponível em: http://resumos.netsaber.com.br/resumo-72075/as-bacantes 
APRENDENDO A ARTE DE APRENDER - EM BUSCA DO CONHECIMENTO. As Bacantes, de Eurípides. Disponível em: http://aureniuab-3.blogspot.com/2011/10/as-bacantes-de-euripides.html 
SUA PESQUISA. Eurípedes. https://www.suapesquisa.com/biografias/euripedes.htm.
Redação do Aplauso Brasil. Teat(r)o Oficina celebra 20 anos de “as Bacantes” com nova temporada. In: Aplauso Brasil. Disponível em: https://aplausobrasil.com.br/teatro-oficina-celebra-os-20-anos-de-as-bacantes-com-nova-temporada/ 
Wikipédia, A enciclopédia livre. As Bacantes. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/As_Bacantes

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