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REDAÇÃO - REPERTÓRIO E ESTRUTURA

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Prévia do material em texto

Redação
Prof.ª Bruna Rebelo
Lima Barreto
Curiosidades
• No dia 13 de maio de 1888, a Princesa Isabel ia assinar em
praça pública a Lei Áurea. Entre as pessoas que comemoravam a 
abolição estava o menino mulato, Lima Barreto, que 
aniversariava naquele dia. Guiado pela mão do pai, via uma
multidão de escravos que aguardavam a liberdade. Muitos anos
mais tarde, essas recordações marcaram sua obra.
• Ao se matricular na Escola Politécnica, Lima Barreto é 
interpelado por um veterano: “Onde já se viu um mulato com 
nome de rei de Portugal?”
Afonso Henriques de Lima Barreto, mais conhecido como
Lima Barreto foi um jornalista e escritor brasileiro, que
publicou romances, sátiras, contos, crônicas e uma vasta
obra em periódicos, principalmente em revistas
populares ilustradas e periódicos anarquistas do início do
século XX. Lima Barreto (1881-1922) foi um escritor
brasileiro, “o romancista da primeira república.” Foi um
importante escritor do Pré-Modernismo - período
histórico que precedeu a Semana de Arte Moderna.
O conto “O pecado” – do escritor brasileiro Lima Barreto – narra de forma
cômica a chegada de uma alma ao céu, considerada perfeita ao ponto de
poder assentar-se ao lado do Pai, entretanto sua entrada é negada e tal alma
é enviada ao purgatório, porque cometeu um único pecado: é a alma de um
negro. A literatura de Barreto, sempre atual, escancara o racismo existente na
sociedade, um dos mais graves problemas enfrentados no Brasil e no mundo.
Tendo em vista o crescente número de casos, que levam inclusive à morte de
pessoas, motivadas pela discriminação racial, é necessário que se busque
caminhos para a resolução de tal problema, como maior rigorosidade nas leis,
além do combate à cultura racista.
Lei 
Em janeiro de 1989, foi sancionada a lei nº 7716, que tipifica
como crime qualquer manifestação, direta ou indireta, de
segregação, exclusão e preconceito com motivação racial.
Essa lei representa um importante passo na luta contra
o preconceito racial e prevê penas de um a cinco anos de
reclusão aos que cometerem crimes de ódio ou intolerância
racial, como negar emprego a pessoas por sua raça ou
acesso a instituições de ensino e a estabelecimentos
públicos ou privados abertos ao público. Quando o crime de
incitação ocorrer em veículos de comunicação, a pena pode
chegar a cinco anos. Essa lei também torna crime a
fabricação, divulgação e comercialização da suástica nazista
para fins de preconceito racial.
Desde 2015, tramita no Congresso Nacional um projeto de
lei do então Senador da República Paulo Paim (PT – RS) que
modifica o Código Penal brasileiro, tornando o racismo um
agravante para outros crimes. Se implantado, o projeto de
lei resultará em penas mais severas para os crimes de lesão
corporal e homicídio, quando estes resultarem de ódio e
preconceito racial.
Primeiramente, há necessidade de revisão nas leis que garantem o direito
maior, expresso pela Constituição Federal no art. 5º, que se configura na
igualdade de todos os cidadãos perante a lei, além de maior punição a
quem comete crimes relacionados a descriminação racial. É evidente que
o brasileiro sofre com a morosidade do julgamento dos crimes
relacionados ao preconceito racial, que podem chegar a cinco anos de
prisão, porém em sua maioria são convertidos a prestação de serviços. A
esse respeito, destaca-se também que é também a população preta que
mais morre no país, conforme pesquisas recentes do IBGE – realizada no
ano de 2019 – os maiores números de desempregados no Brasil, são
pretos e são eles também que recebem os menores salários. Desse
modo, fica nítida a necessidade do Brasil avançar e derrubar essa barreira
do racismo estrutural que se instalou na sociedade.
Conceição Evaristo
Conceição Evaristo é um grande expoente
da literatura contemporânea, romancista, poeta e contista,
homenageada como Personalidade Literária do Ano pelo
Prêmio Jabuti 2019 e vencedora do Prêmio Jabuti 2015. Além
disso, Conceição Evaristo também é pesquisadora na área de
literatura comparada e trabalhou como professora na rede
pública fluminense.
Suas obras, cuja matéria-prima literária é a vivência das
mulheres negras – suas principais protagonistas – são repletas
de reflexões acerca das profundas desigualdades raciais
brasileiras. Misturando realidade e ficção, seus textos são
valorosos retratos do cotidiano, instrumentos de denúncia das
opressões raciais e de gênero, mas também se voltam para
a recuperação da ancestralidade da negritude brasileira,
propositalmente apagada pelos portugueses durante os séculos
em que perdurou o tráfico escravista.
• Maria da Conceição Evaristo de Brito é uma escritora brasileira. Ela
nasceu em uma família pobre e é a segunda de 9 irmãos, sendo a primeira
de sua casa a conseguir um diploma universitário. Ajudava sua mãe e sua
tia com lavagem de roupas e as entregas, enquanto estudava.
https://brasilescola.uol.com.br/literatura/
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/trafico-negreiro.htm
Outrossim, é imprescindível que se atente para as origens do racismo e a persistência
dessa cultura na sociedade atual. No Brasil, as causas desse preconceito podem ser
associadas, principalmente, à longa escravização de povos de origem africana e a tardia
abolição da escravidão, que foi feita de maneira irresponsável, pois não se preocupou
em inserir os escravos libertos na educação e no mercado de trabalho, resultando em
um sistema cultural de marginalização que perdura até hoje. A esse respeito, a escritora
Conceição Evaristo busca combater a cultura racista através de textos que expõem as
profundas desigualdades sofridas pela população preta, no Brasil. A exemplo disso, em
seu conto “Maria”, Evaristo expõe o linchamento de uma mãe, preta, periférica pela
associação estereotipada com o envolvimento na criminalidade, situação rotineira na
vida de inúmeros brasileiros. Dessa forma, evidencia-se a urgência no combate a tal
pensamento criminoso e retrógrado.
É evidente, portanto, a necessidade de se modificar a leis que protegem a
população preta, no Brasil, além da desconstrução da cultura racista que
segrega e mata a cada dia. Dessa forma é essencial a expansão de
programas que, de fato, modifiquem a não aceitação negra na sociedade,
para isso é dever do Ministério da Educação, em parceria com grandes
editoras, dar mais foco a assuntos que demonstrem os grandes notáveis
da cultura negra, por meio da inserção de livros de autores negros e que
abordem questões raciais, afim de combater a cultura racista por meio da
inclusão. Além disso, é necessário que o Poder Legislativo revise as penas
aplicadas a quem comete crimes intolerância racial, para que a população
negra tenha garantido seu direito à segurança e à vida, expresso pela
Constituição. Com tais medidas histórias como a de Maria, narradas pro
Conceição Evaristo, ficarão apenas na ficção.
Proposta de redação: Tema de Redação: Racismo no Brasil - Como combater
esse mal no século XXI?
A partir da leitura dos textos motivadores e com base nos conhecimentos
construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo-argumentativo
em norma padrão da língua portuguesa sobre o tema Racismo no Brasil: como
combater esse mal no século XXI?, apresentando proposta de intervenção, que
respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma
coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista.
TEXTO I
Vítima de ofensas racistas, a jornalista Maria Julia Coutinho ganhou o direito de
falar, ao vivo, no “Jornal Nacional”, sobre a agressão que sofreu. Por 70
segundos, nesta sexta-feira (03), a “moça do tempo” do principal telejornal do
país fez um discurso, a meu ver, histórico. Firme, mas sem levantar a voz,
indignada, mas altamente didática, ela representou milhões de pessoas que
enfrentam dramas semelhantes no cotidiano, mas não dispõem de um palco
com este alcance. Reproduzo a íntegra do que disse.
“Estava todo mundo preocupado. Muita gente imaginou que eu estaria
chorando pelos corredores. Mas a verdadeé o seguinte, gente. Eu já lido com
essa questão do preconceito desde que eu me entendo por gente. Claro que eu
fico muito indignada, triste com isso, mas eu não esmoreço, não perco o ânimo,
que é o mais importante. Eu cresci em uma família muito consciente, de pais
militantes, que sempre me orientaram. Eu sei dos meus direitos. Acho
importante essas medidas legais serem tomadas, até para evitar novos ataques
a mim e a outras pessoas. Isso é muito importante. E quero manifestar a
felicidade que fiquei, porque é uma minoria que fez isso. Eu fiquei muito feliz
com a manifestação de carinho, Recebi milhares de emails, de mensagens. Isso
é o mais importante. A militância que faço é com o meu trabalho, sempre bem
feito, com muito carinho, com muita dedicação, com muita competência, que é
o mais importante. Os preconceituosos ladram, mas a caravana passa.”
Disponível em: http://mauriciostycer.blogosfera.uol.com.br/2015/07/04/maria-
julia-coutinhofaz-um-discurso-historico-contra-o-racismo/
TEXTO II
Ao me relacionar com as outras pessoas, não faço isso só, mas me acompanham séculos de
acomodação cultural, de preconceitos e medos dos que vieram antes de mim. Não só a genealogia
pesa sobre os ombros, mas também a história e as condições sociais do país. De certa forma, na fala
do “agora” está presente toda a história humana.
Se uma criança nasce com a pele mais escura que sua família sofre preconceito da sociedade mesmo
que seus pais não tenham sofrido. Se for pobre, pior ainda. Tomando como referência a média
salarial, os valores pagos para uma mesma função na sociedade coloca, em ordem decrescente:
homem branco rico de um lado e mulher negra pobre do outro. Para muita gente, basta saber que a
outra é negra.
A Justiça que se pretende ao tentar reconstruir a sociedade por um novo viés não é apenas a de
saldar a dívida de uma escravidão mal abolida, mas sim a tentativa de mudar o pensamento e a ação
de uma sociedade que trata as pessoas de forma desigual por conta da cor de pele.
Ir contra a programação que tivemos a vida inteira, através da família, de amigos, da escola, da mídia
e até de algumas igrejas em que pastores pregam que “africanos são amaldiçoados por Deus” é um
processo longo pelo qual todos nós temos que passar. Mas necessário.
Todos nós, nascidos neste caldo social somos potencialmente idiotas a menos que tenhamos sido
devidamente educados para o contrário. Pois os que ofendem uma jornalista de forma tão aberta,
como foi o caso da apresentadora Maria Júlia Coutinho, da TV Globo, só fazem isso por estarem à
vontade com o anonimato (Hanna Arendt explica) e se sentirem respaldados por parte da sociedade.
Toda a vez que trato da questão da desigualdade social e do preconceito que os negros e negras
sofrem no Brasil (herança cotidianamente reafirmada de um 13 de maio de 1888 que significou mais
uma mudança na metodologia de exploração da força de trabalho, pois não garantiu as bases para a
autonomia real dos ex-escravos e seus descendentes), sou linchado.
Pois, como todos sabemos, não há racismo no Brasil. “Isso é coisa de negro recalcado.” Ou
exploração sexual de crianças e adolescentes. “As meninas é que pedem e depois a culpa é dos
homens?”. O machismo? Uma mentira “criada por feminazis para roubar nossos direitos”. E a
homofobia, uma invenção “daquela bicha do Jean Wyllys”. Não há genocídio de jovens pobres e
negros das periferias. “Eles é que estão no lugar errado e na hora errada, pois os ‘homens de bem’
seguem a lei e nada acontece com eles.”
Disponível em: http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2015/07/04/como-todossabemos-nao-
ha-racismo-no-brasil/
http://mauriciostycer.blogosfera.uol.com.br/2015/07/04/maria-julia-coutinhofaz-um-discurso-historico-contra-o-racismo
http://blogdosakamoto.blogosfera.uol.com.br/2015/07/04/como-todossabemos-nao-ha-racismo-no-brasil

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