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AULA 1 ESPORTES DE COMBATE OU LUTAS: ENSINO – APRENDIZAGEM – TREINAMENTO Profª Katiuscia Mello Figuerôa 2 PLANEJANDO O ENSINO DAS LUTAS INTRODUÇÃO Sabemos que as lutas – que compreendem a organização e sistematização de técnicas voltadas à autodefesa, com ou sem uso de objetos ou fazendo do próprio corpo uma arma de combate – por conta de seus movimentos ricos, trazem muitos benefícios físicos. Entretanto, estes não ficam apenas nesse plano, já que a sua prática ainda colabora para o desenvolvimento motor, socioafetivo e cognitivo de seus praticantes. E o que e como devemos ensinar quando tratamos do conteúdo lutas? Essa é uma pergunta muito pertinente, pois as lutas englobam diversas modalidades, e cada uma tem técnicas específicas, regras, aspectos históricos e filosóficos. É um conteúdo muito amplo. Por essa razão, é preciso realizar um planejamento do que será abordado, indicando os objetivos propostos, os conteúdos a serem trabalhados, sua progressão pedagógica e as estratégias metodológicas que serão utilizadas durante as atividades. Nesta aula abordaremos o planejamento do ensino, iniciando com aspectos gerais, seguido da abordagem da elaboração do conteúdo (o que será ensinado), das etapas do processo de ensino-aprendizagem (quando será ensinado), da metodologia e estratégias de ensino (como será ensinado) e da avaliação (alcance dos objetivos pretendidos). TEMA 1 – PLANEJAMENTO O planejamento do ensino pode ser considerado uma tradução, por parte do professor ou profissional, do processo que possibilitará o aprendizado aos alunos. Ele deve incluir a seleção dos conteúdos, a sua divisão no decorrer do tempo, a antecipação da metodologia durante as aulas, estratégias que serão utilizadas e de que forma a avaliação irá acontecer. Assim, se torna possível que os conteúdos sejam pensados para o propósito do programa de ensino ou treinamento, permitindo o alcance dos objetivos estabelecidos. O planejamento deve ser construído com base na duração do programa de ensino ou treinamento. Nesse sentido, ele pode ser anual, semestral, bimestral/trimestral, mensal, semanal e diário. 3 Para cada grupo, deve-se desenvolver o planejamento considerando esses períodos. Isso permitirá que todos os conteúdos sejam contemplados, sem repetição, de forma adequada ao progresso dos alunos. Além disso, o planejamento deve estar condizente com o que se propõe no programa de ensino ou treinamento quanto aos objetivos a serem atingidos. Assim, conforme a modalidade, é preciso selecionar o conteúdo e destacar a forma pela qual será implementado. É necessário também realizar a escolha da modalidade a ser trabalhada e delimitar os objetivos, que devem ser claros quanto ao que se deseja ensinar. Devemos, ainda, colocar os(as) alunos(as) no centro do processo de ensino- aprendizagem, considerando suas realidades e o que já sabem sobre o conteúdo, assim como ter conhecimento do contexto em que trabalhamos – infraestrutura e materiais disponíveis, por exemplo – para, então, decidir sobre o restante do planejamento. 1.1 Escolha da modalidade A construção das bases do programa de ensino ou de treinamento acontece a partir de uma intenção prévia de trabalhar com uma ou mais modalidades de lutas já conhecidas. De forma geral na Educação Física, existe a relação entre a experiência individual do professor / profissional com a modalidade ou prática corporal em que ele pretende atuar (Costa; Nascimento, 2009), o que também se aplica às lutas. Embora essa seja a situação mais comum, não precisa ser a única. Há uma variedade de modalidades de esportes de combate que são praticadas no mundo, o que permite inúmeras opções de atividades a serem oferecidas nos programas de ensino ou de treinamento e que demonstram a diversidade do que pode ser compreendido no universo das lutas, artes marciais e modalidades esportivas de combate (Correia; Franchini, 2010). Um primeiro grupo de modalidades de luta são as olímpicas. Elas possuem relativa visibilidade, considerando sua exibição a cada quatro anos nos jogos olímpicos. São elas: judô, boxe, esgrima, taekwondo, wrestling (greco-romana e livre) e caratê. Embora não sejam tão populares como outras modalidades não olímpicas no Brasil, a visibilidade gerada pelos jogos olímpicos permite um mínimo de conhecimento prévio por muitas pessoas. 4 Um segundo grupo a ser considerado é o de modalidades de luta de criação nacional, em que se destaca a capoeira, mas também são relevantes a huka-huka e a luta marajoara, que são enfatizadas na Base Nacional Comum Curricular para o Ensino Fundamental. Essas modalidades, por serem consideradas de criação nacional, estão relacionadas com a área da cultura, o que amplia a possibilidade de multidisciplinaridade vinculada à realidade local. Um terceiro grupo pode ser destacado com base nas modalidades de outros países, como as de origem oriental, que incluem o judô, o taekwondo e o caratê (componentes do primeiro grupo, de modalidades olímpicas), assim como kung fu, aikidô, kendô, muay thai, boxe chinês e jiu-jitsu, por exemplo. Acrescentam-se as de origem africana, que também passam a ter destaque na Base Nacional Comum Curricular para o Ensino Fundamental, como laamb e kush, além das técnicas de defesa pessoal israelense krav magá. Adicionalmente, é preciso reconhecer a visibilidade conquistada pelas Mixed Martial Arts (MMA) – ou Artes Marciais Mistas, por meio Ultimate Fighting Championship (UFC) nos últimos anos no Brasil. Assim, não apenas uma, mas a valorização de um conjunto de modalidades de combate acontece. Cria-se, então, uma demanda social a partir do espetáculo esportivo. TEMA 2 – CONTEÚDO Uma perspectiva muito trabalhada na Educação Física quando se propõe uma compreensão ampla do processo de ensino-aprendizagem, que não se limita ao “saber fazer” um movimento, e que também se aplica ao ambiente educativo não escolar (Rufino; Darido, 2012) é a de trabalhar os conteúdos em suas três dimensões: conceitual, procedimental e atitudinal. Zabala (2001) explica as três dimensões da seguinte forma: 1. Conceitual (o que se deve saber?) – Requer estratégias que promovam a atividade cognoscitiva dos alunos, promovendo situações que potencializem essa dimensão; refere-se à aprendizagem de conceitos e princípios, por exemplo, regras, histórico, relação com conteúdos transversais etc.; 2. Procedimental (o que se deve fazer?) – Ações coordenadas para que se alcance um objetivo, para que se aprendam procedimentos e ações; é o “saber fazer”, realizar as atividades práticas, aplicar técnicas, realizar 5 treinamento físico e tático, entre outras possibilidades; geralmente é a dimensão mais evidenciada nas aulas de Educação Física; 3. Atitudinal (como se deve ser?) – Refere-se às atitudes, normas e valores e abrange os campos cognitivos, emocionais e comportamentais; sofre influência do que está socialmente estabelecido, mas também das relações entre as pessoas; como exemplo, podemos citar ética, respeito e disciplina em cada manifestação, questões que devem ser conhecidas e discutidas. Quanto aos conteúdos das lutas, há uma infinidade de possibilidades para relacioná-los às três dimensões comentadas durante os processos de ensino- aprendizagem, como sugerem Rufino e Darido (2015): Dimensão conceitual – aprendizagem para além das técnicas e golpes, ampliando a visão dos estudantes acerca do conteúdo, para que compreendam conceitos mecânicos e fisiológicos, aspectos socio- histórico-culturais, informações sobre rituais, regras, análises referentes às lutas etc. Dessa forma, se possibilita uma leitura mais abrangente das lutas. Dimensão procedimental – aprendizagem das ações, fazeres práticos, como a execução da técnicae da tática, sempre de forma significativa para os(as) alunos(as). Dimensão atitudinal – geralmente é a mais complexa de se trabalhar/visualizar. Breda et al. (2010) comentam que as lutas envolvem valores e modos de comportamento relacionados à responsabilidade, dedicação, confiança, autoestima, o que visa à formação integral do ser humano. No âmbito delas, é possível trabalhar com condutas éticas, valores e princípios orientadores da prática, como respeito mútuo, solidariedade, controle da violência, levantar discussões sobre a diferenciação entre luta e briga, sobre termos como porrada, sobre a hierarquia imposta em algumas lutas, questões referentes aos limites do próprio corpo no que diz respeito a alguns golpes e posições, ética para não utilizar conhecimentos das lutas em outros ambientes etc. Essas sugestões evidenciam a possibilidade de uma apropriação ampla por parte dos alunos, a qual somente é possível a partir do planejamento do professor ou profissional responsável por ministrar as atividades. O conhecimento sobre esses aspectos deve ser levado em consideração durante toda a elaboração do programa de ensino ou de treinamento. 6 É importante destacar que as três dimensões podem ser trabalhadas em conjunto em uma mesma aula/sessão. TEMA 3 – ETAPAS DO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM Ao se refletir acerca do conteúdo a ser ministrado, no preenchimento das informações do planejamento anual, é importante levar em conta a faixa etária. Ainda que não seja um parâmetro preciso em alguns casos, especialmente quando os alunos apresentam uma idade biológica diferente (mais avançada ou mais atrasada), o ano de nascimento é uma referência inicial para considerar o desenvolvimento humano e motor dos participantes. De toda forma, é preciso ter atenção, caso os alunos estejam em níveis muito diferentes entre si, e buscar adequar sua colocação em pares ou equipes equivalentes nas atividades que não são individuais, ou ainda realizar a mudança para uma turma mais apropriada ao nível de cada um. Assim, considerando os conhecimentos das áreas de desenvolvimento, controle e aprendizagem motora, o planejamento deve levar em conta as capacidades e habilidades dos alunos, ou seja, o que são capazes de executar, compreender e aprender. Isso se aplica de forma direta às crianças, mas também deve ser pensado no caso do ensino de jovens e adultos que não tenham tido experiências motoras significativas e/ou que sejam novatos nas lutas. Por essa razão, é importante planejar de maneira flexível e ter em mente a possibilidade de variação entre os níveis dos alunos. Para recordar os estágios do desenvolvimento motor, apresentamos o Quadro 1. Quadro 1 – Estágios do desenvolvimento motor Fase Idade Estágios Motora reflexiva Do útero a 1 ano Codificação e decodificação (reflexos primitivos e reflexos posturais) Motora rudimentar Nascimento a 2 anos Inibição de reflexos e pré-controle Motora fundamental 2 a 7 anos Inicial, elementar e maduro dos movimentos básicos Motora especializada Acima de 7 anos Estágios transitório (7-10 anos), de aplicação (11-13 anos) e de utilização permanente (14 anos e acima) Devemos estar atentos à ponderação feita por Gallahue e Ozmun (2005), que dizem que, ainda que a forma mais indicada e utilizada para classificar um indivíduo quanto aos níveis de desenvolvimento motor seja a idade cronológica, 7 não devemos nos apoiar unicamente nesse aspecto, pois as medidas de maturação variam; portanto, para pensar em quando e como ensinar, os professores devem tomar como base a adequação ao nível do estudante, e não a determinado grupo etário. A seguir (Quadro 2), é apresentada uma proposta de atividades de lutas por faixa etária, suas principais características e possibilidades quanto ao seu ensino. Importante lembrar que há outros modelos de sistematização para o ensino do conteúdo lutas na literatura. Quadro 2 – Orientações de atividades de lutas por faixa etária e suas principais características Faixa etária Fase de desenvolvimento Principais características O que enfatizar no ensino das lutas 5-7 anos Fase do movimento fundamental (estágio de proficiência) Habilidades fundamentais (correr, saltar, pular, rolar etc.) proficientes, coordenadas e controladas, construção de suas representações mentais Atividades básicas como brincadeiras gerais, atividades de empurrar, rolar, correr e pegar de modo lúdico, indo do abstrato para o concreto, ou seja, jogos mais gerais para jogos mais específicos 7-10 anos Fase do movimento especializado (estágio de transição) Combinação de movimentos fundamentais em situações esportivas e criativas com maior precisão e controle e maior relação com os outros Início do processo de ensino dos aspectos gerais, brincadeiras de oposição, movimentos de distância curta, média e longa, diversidade de jogos de oposição em duplas e grupos 11-13 anos Fase do movimento especializado (estágio de aplicação) Maior tomada de decisão, ampliação da relação com a tarefa e o ambiente e maior ênfase na forma, habilidade e precisão, ampliando as atividades específicas e ampliação de sua autonomia Movimentos mais avançados como combinação de socos e chutes, aprendizagem de esquivas, movimentos de defesa e contragolpes, aplicação de movimentos como rolamentos, agarres e toques em situações de oposição direta, jogos especializados e algumas modalidades de luta adaptada 14 ou mais Fase do movimento especializado (estágio de utilização ao longo da vida) Uso do repertório motor aprendido desde o nascimento, movimentos mais refinados e aplicados aos esportes e utilização ao longo da vida com maior criticidade e criatividade Ampliação dos movimentos e combinações, aprendizagem da lógica das diferentes modalidades, características semelhantes e diferentes entre as modalidades e aprendizagem das práticas de distância mista Fonte: Rufino, 2014. 8 TEMA 4 – METODOLOGIAS E ESTRATÉGIAS Para o ensino das lutas, assim como de outras práticas corporais, o método parcial é bastante utilizado (bem como questionado). Basicamente, trata-se da “prática de uma habilidade complexa realizada de forma mais simplificada, através da fracionalização, segmentação e simplificação” (Rufino; Darido, 2012, p. 294). Embora esse método facilite a aquisição das habilidades mais refinadas, o global é considerado mais motivante. Deste, é possível abordar duas formas de organização: em blocos e randômica. A prática em blocos supõe a repetição de um mesmo gesto, pois concentra- se no bloco de um movimento antes de passar para outro. Ou seja, pratica-se por vários minutos um bloco de socos, depois um bloco de cotoveladas, em seguida um bloco de chutes, e assim por diante, conforme os movimentos específicos da luta que está sendo ensinada. Já a organização randômica supõe a prática de sequências, como soco, cotovelada e chute. Isso permite a combinação de gestos, bem como propõe uma aula mais dinâmica e menos repetitiva. Embora seja reconhecido que a repetição e a imitação de alguns gestos possam ser necessárias, nem todas as aulas ou atividades precisam ser baseadas nesse método. Podemos destacar, ainda, que a partir de uma brincadeira ou de um jogo, podemos trabalhar diversos aspectos das lutas e suas modalidades, como os socio-histórico-culturais, técnicos, táticos, filosóficos etc. É possível, por exemplo, ensinar técnicas, evitando a repetição e a reprodução, incluindo-as em algum jogo ou brincadeira, lançando desafios para que os alunos criem variações para as técnicas ou movimentos, para que desenvolvam as próprias sequências de movimentos etc., colocando-os no centro do processo de ensino-aprendizagem, fazendo com que identifiquem e resolvam problemas, sempre incentivando a criatividade.De maneira concisa, devemos considerar que o ensino das lutas deve se dar “por meio dos métodos, parcial e global, utilizando jogos, brincadeiras e muita repetição das técnicas, sequenciadas por práticas em bloco e, sobretudo, randômicas” (Rufino; Darido, 2012, p. 294). 9 TEMA 5 – AVALIAÇÃO Quando falamos em avaliação, geralmente pensamos sobre como os alunos são avaliados, identificando qual foi a aprendizagem. Entretanto, é preciso considerar que a avaliação também pode identificar problemas do ensino. Dessa maneira, para que a percepção de problemas não seja apenas do “produto”, ou seja, no fim do programa de ensino ou de treinamento, é necessário aplicar ferramentas que auxiliem na avaliação do processo de ensino-aprendizagem. É fundamental reconhecer o que os alunos aprenderam e identificar se os objetivos estabelecidos foram alcançados (eficácia). Vale verificar, também, se houve efetividade, que pode estar relacionada às três dimensões do conteúdo. No contexto das lutas, especialmente no âmbito não formal, um método de avaliação está na troca de graduação. A simbologia de cores das faixas, cordas, graus ou títulos indica o conhecimento agregado (principalmente o procedimental e, em alguns casos, também o conceitual e o atitudinal), atuando como uma meta para alguns praticantes (Rufino; Darido, 2012). Ainda que a graduação componha os rituais de algumas modalidades, devemos pensar para além dela. O primeiro passo para definir a avaliação é considerar o que avaliar, com base nos objetivos estabelecidos no planejamento e para cada uma das aulas, nas três dimensões. Feito isso, o segundo passo é identificar que ferramentas podem ser utilizadas para a avaliação, seja de maneira objetiva, como a contagem de presença, seja de maneira subjetiva, como a observação dos gestos técnicos ou do comportamento durante as atividades. Por último, é preciso identificar quando realizar a avaliação, que pode ser antes, durante e/ou depois. Essa escolha deve acontecer a partir da resposta às questões anteriores, conforme resumido no Quadro 3, a seguir. Quadro 3 – Aspectos a serem considerados na avaliação O que vou avaliar? Como vou avaliar? Quando vou avaliar? Qual é o objetivo do programa de ensino ou de treinamento? Qual é o objetivo da sessão/aula? Qual deve ser o aprendizado conceitual, procedimental e atitudinal? Existem ferramentas que posso utilizar? Preciso criar uma nova? O que vou avaliar tem um caráter objetivo ou subjetivo? É possível realizar uma avaliação inicial? É possível acompanhar em todas as sessões/aulas? Com que frequência é viável e necessário avaliar? A sugestão oferecida por Pereira (2018) para as lutas é a de pautar o processo avaliativo nas três dimensões do conteúdo: conceitual (o que se 10 sabe/entende), procedimental (o que se consegue fazer) e atitudinal (como é o comportamento). Especificamente nas lutas, pode-se analisar nos conteúdos: Conceitual – O quanto aprenderam do histórico das manifestações abordadas, se compreendem as regras e rituais das manifestações, jogos ou brincadeiras, se entendem os comandos dados em aula, se sabem/relacionam os nomes dos golpes aos movimentos etc.; Procedimental – Se conseguem realizar os movimentos, os jogos e as brincadeiras, se conseguem aplicar os conhecimentos técnicos e táticos durante as atividades etc.; Atitudinal – Como lidam/agem perante questões de insegurança, medo, autocontrole, ética, fracasso e sucesso, competitividade durante as aulas, entre outros aspectos. Para que o tudo o que foi previsto no planejamento ocorra da melhor forma possível, é preciso ter uma compreensão mínima sobre as modalidades que serão trabalhadas. Como afirmam Breda et al. (2010), conhecer de maneira mais profunda o histórico, a filosofia, os elementos técnicos e táticos de cada luta pode ser uma tarefa árdua e demorada, mas é um trabalho necessário. E é esse o nosso objetivo para o que se segue: conhecer algumas modalidades mais detalhadamente para poder contar com essa base e poder usar a criatividade no momento de elaborar estratégias de ensino do conteúdo lutas. Vale lembrar que o ensino das lutas pode acontecer em clubes, academias, escolas especializadas, no ensino formal – nas aulas de Educação Física – e no contraturno escolar. Destacamos que este material irá sugerir alguns caminhos a serem percorridos para tratar o conteúdo lutas nesses diferentes espaços, mas que, com base nas reflexões de cada um sobre a própria prática pedagógica, podem surgir muitos outros. 11 REFERÊNCIAS BREDA, M.; GALATTI, L.; SCAGLIA, A. J.; PAES, R. R. Pedagogia do esporte aplicada às lutas. São Paulo: Phorte, 2010. CORREIA, W. R.; FRANCHINI, E. Produção acadêmica em lutas, artes marciais e esportes de combate. Motriz, Rio Claro, v. 16, n. 1, p. 01-09, jan./mar. 2010. COSTA, L. C. A. da; NASCIMENTO, J. V. do. O “bom” professor de Educação Física: possibilidades para a competência profissional. Revista da Educação Física/UEM, v. 20, n. 1, p. 17-24, 2009. GALLAHUE, D. L.; OZMUN, J. C.; GOODWAY, J. D. Compreendendo o desenvolvimento motor: bebês, crianças adolescentes e adultos. Porto Alegre: AMGH, 2013. PEREIRA, M. C. M. C. As lutas na educação física escolar. São Paulo: Phorte, 2018. RUFINO, L. G. B. Lutas. In: GONZÁLEZ, F. J.; DARIDO, S. C.; OLIVEIRA, A. A. B. de. (Org.). Lutas, capoeira e práticas corporais de aventura. Maringá: Eduem, 2014. p. 29-90. RUFINO, L. G. B.; DARIDO, S. C. Pedagogia do esporte e das lutas: em busca de aproximações. Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, São Paulo, v. 26, n. 2, p. 283-300, abr./jun. 2012. _____. O ensino das lutas nas aulas de educação física: análise da prática pedagógica à luz de especialistas. Revista de Educação Física/UEM, Maringá, v. 26, n. 4, p. 505-518, 4 trim. 2015. ZABALA, A. Os enfoques didáticos. In: COLL, C. et al. O construtivismo em sala de aula. São Paulo: Ática, 2001.