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Linfonodos e Edema - Resumo Semiologia

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Linfonodos e Edema
Luciano Sampaio Guimarães - Medicina UFPE 144
· Sistema Linfático: drena parte dos produtos do metabolismo celular para os vasos linfáticos, que vão se tornando mais calibrosos, responsáveis pelo transporte da linfa, líquido claro, até alcançar os ângulos venosos.
· Os linfonodos superficiais localizam-se no tecido celular subcutâneo; os profundos, abaixo da fáscia muscular e dentro das cavidades do corpo
· Exame dos Linfonodos: grupos ganglionares
· Cabeça e pescoço: occipitais, retroauriculares, pré-auriculares, parotídeos, cervicais posteriores, cervicais médios, cervicais anteriores, submandibulares, submentuais, faciais/bucais
· Membros superiores: supraclaviculares, infraclaviculares, axilares, epitrocleanos
· Membros inferiores: inguinais (horizontais e verticais) e poplíteos
· Semiotécnica: inspeção e palpação, feita em boa iluminação; região deve estar despida. A palpação deve ser feita com as polpas digitais e as faces ventrais dos dedos médio, indicador e polegar.
· Na extremidade cervical, ajusta-se a cabeça em uma posição que relaxe os músculos do pescoço.
· Examina-se o trajeto dos vasos linfáticos; havendo linfangite, surgem finas estrias vermelhas.
· Os linfonodos profundos raramente são palpáveis, exceto quando hipertrofiados.
· Características Semiológicas
· Normal: individualizados, móveis, indolores e consistência borrachosa. Deve-se analisar:
· Localização: localizá-lo dentre as cadeias ganglionares e dentro de sua própria cadeia
· Tamanho/Volume: normal de 0,5 a 2,5 cm de diâmetro nos adultos
· Coalescência: junção de dois ou mais linfonodos; decorre de inflamação/neoplasia
· Consistência: endurecido/amolecido, com ou sem flutuação
· Mobilidade/Aderência: palpação deslizante; móvel ou aderido a planos profundos
· Sensibilidade: doloroso ou não
· Alteração da pele: sinais flogísticos (edema/calor/rubor/dor), fistulização
· Tempo: se é agudo ou crônico
· Sintomas associados: febre, dor de garganta, perda de peso, sudorese noturna, etc
OBS: tamanho de ervilha, cereja, noz, kiwii
· Linfadenopatias
· Linfonodomegalia: aumento; geralmente, até 1 cm é benigno
· Causas: infecção, inflamação, câncer
· Linfedema: edema
· Causas: fibrose, obstrução, trauma
· Avaliação Semiológica: examinador ao lado direito do paciente
· Diferenciar se a linfonodomegalia é localizada ou generalizada, checar se há linfonodo acometido que drena local diferente do sítio acometido
· Se doloroso: melhor prognóstico, porque indica doença aguda
· Avaliar evolução, se está crescendo rapidamente ou não (brusca/contínua)
· Sítio de Metástases
· Nódulo de Virchow/Sinal de Troisier: presença de tumoração endurecida e imóvel na região supraclavicular, que geralmente está associada a metástase do aparelho digestivo superior
· Linfonodo Mary Joseph: tumoração no umbigo/periumbilical, pode ser indicativo de metástase da cavidade abdominal
· Prateleira de Blummer: acometimento de linfonodos no fundo de saco de Douglas, percebido com o toque retal. Indica tumoração pélvica.
· Edema
· Resultante do aumento excessivo do líquido intersticial, proveniente do plasma sanguíneo.
· O peso corporal pode aumentar até 10% do total (de forma brusca), mesmo sem evidências de edema
· Na digitopressão da região edemaciada, forma-se cacifo/fóvea, que pode ser graduado de 1 a 4 (+/4+)
· Checar quanto tempo o cacifo demora para voltar à pele normal, já que num edema crônico há ↓ elasticidade (demora mais).
· Edema recente: pele lisa e brilhante
· Edema antigo: pele em “casca de laranja” devido ao espessamento e retração dos folículos pilosos
· Fisiopatogenia:
1. Aumento da pressão hidrostática pode ocorrer devido a uma disfunção cardíaca, gerando edema primeiramente nos membros inferiores, pela ação da gravidade, iniciando-se em torno dos maléolos.
· Em situações de edema generalizado, chama-se anasarca.
· O acúmulo de líquido pode não se restringir ao tecido subcutâneo, atingindo também cavidades serosas como o abdome (ascite), tórax (hidrotórax), pericárdio (hidropericárdio), bolsa escrotal (hidrocele)
2. Diminuição da pressão oncótica: podem ser secundários à desnutrição (↓ ingesta proteica), hepatopatia (↓ síntese proteica) ou síndrome nefrótica (↑ excreção proteica pelos rins)
3. Alteração da permeabilidade capilar: podem ocorrer devido à inflamação ou alterações vasomotoras, como por exemplo, na urticária
4. Disfunção no fluxo linfático: pode ser causada por obstrução, como no linfedema
· Como avaliar o edema?
1. Localização: se é localizado ou generalizado
· Frequentemente, é nos membros inferiores que se nota a presença de edema, mas outras regiões também devem ser analisadas como a face (palpebrais) e a pré-sacral (pacientes acamados, RN, lactentes)
2. Intensidade: avalia-se mediante digitopressão firme e sustentada com a polpa digital do polegar ou indicador contra uma estrutura rígida (óssea)
· Havendo edema, ao retirar o dedo observa-se uma depressão (cacifo/fóvea)
· A profundidade da fóvea é graduada em cruzes, de 1 a 4 (+/4+)
· O peso corporal também pode ser usado para avaliar essa magnitude, além da medida da região localizadamente edemaciada, em comparação à contralateral normal (ex: m. inferiores)
3. Consistência: é o grau de resistência encontrado ao se comprimir a região
· Mole: facilmente depressível, significa que a duração não é muito longa
· Duro: maior resistência para formar a fóvea, traduz a proliferação fibroblástica nos edemas de longa duração
4. Elasticidade: sensação ao comprimir e volta da pele à posição primitiva
· Elástico: quando a pele retorna imediatamente, típico de edemas inflamatórios
· Inelástico: pele demora a voltar
5. Temperatura da pele circunjacente: medida com o dorso dos dedos/mãos
· Pode estar normal, quente (inflamação) ou fria (comprometimento da irrigação sanguínea)
6. Sensibilidade da pele circunjacente: doloroso (inflamatório) ou indolor
7. Alterações cutâneas
· Mudança de coloração: palidez, cianose ou vermelhidão
· Textura/Espessura: lisa e brilhante do edema recente; espessa nos antigos; enrugada na eliminação
· Edema Cardíaco: generalizado, mas predomina nos membros inferiores. 
· Sua intensidade é variável (+/4+) e diz-se “vespertino” por ser mais observado à tarde, após o paciente manter-se de pé por várias horas (no paciente acamado, acumula-se na região pré-sacral).
· É mole, inelástico e indolor, podendo a pele adjacente apresentar-se lisa e brilhante.
· De forma geral, poupa a face.
· Edema Alérgico: acompanha os fenômenos angioneuróticos, sua principal causa é o aumento da permeabilidade capilar. 
· Pode ser generalizado, mas costuma se restringir a determinadas áreas, principalmente a face.
· Instalação súbita, a pele torna-se lisa e brilhante, podendo ter temperatura aumentada e vermelhidão.
· É mole e elástico.
· Edema Renal: engloba os observados na síndrome nefrítica, síndrome nefrótica e pielonefrite.
· É um edema generalizado, predominantemente facial, especialmente subpalpebral
· Na síndrome nefrótica, é intenso (3+ a 4+) e acompanha frequentemente derrames cavitários 
· Na síndrome nefrítica e na pielonefrite, é discreto ou moderado (1+ a 2+)
· Mole, inelástico e indolor. Pele adjacente mantém temperatura normal ou pouco reduzida.
· Edema Hepático: generalizado, discreto (1+ a 2+), mole, inelástico e indolor. Cirrose ou desnutrição proteica.
· Mixedema: observado na hipofunção tireoidiana, acúmulo de polissacarídeos no tecido subcutâneo.
· Observar na região pré-tibial e pés; duro, não depressível, pele seca e fria
· Edemas localizados
· Edema varicoso: nos portadores de varizes, observa-se nos m. inferiores. Não é muito intenso (1+ a 2+), no início mole e com o tempo, duro; inelástico; com o tempo, pele vai adquirindo coloração castanha/mais escura.
· Trombose venosa: mole, intenso, pele costuma estar pálida (às vezes, cianótica).
· Flebite: localizado, leve a moderado (1+ a 2+), elástico, doloroso, pele lisa, brilhante, vermelha e quente.
· Linfedema: localizado, duro, inelástico, indolor, pele torna-se grossae áspera. Nos casos avançados, chama-se elefantíase.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
1. PORTO, Celmo Celeno. Semiologia Médica. 6ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009. 1308 p.

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