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1- Roteiro Exame Fisico Geral
Semiologia (Fundação Universidade Federal do Rio Grande)
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1- Roteiro Exame Fisico Geral
Semiologia (Fundação Universidade Federal do Rio Grande)
Downloaded by larissa grigoletti (grigolettilarissa@gmail.com)
lOMoARcPSD|13009700
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ROTEIRO DE 
EXAME FÍSICO 
GERAL 
 
EXAME FÍSICO GERAL 
1- Aspectos gerais 
2- Estado de hidratação 
3- Estado de nutrição 
4- Sinais vitais 
5- Exame dos linfonodos 
6- Exame do edema 
7- Exame de cavidade oral e mucosas 
8- Exame da pele e fâneros 
9- Exame da tireóide 
10- Manobras de TVP 
 
ASPECTOS GERAIS 
1- Estado geral: 
● BEG: paciente consegue se locomover, 
conversar, não está restrito ao leito. 
● REG: dificuldade de locomoção, alimentação, 
restrito ao leito. 
● MEG: comatosa, dificuldade de respiração, etc. 
 
2- Nível de consciência: 
Paciente saudável: ​​lúcido, orientado e coerente (LOC). 
2.1- Vigília 
● Lúcido 
● Obnubilado: ​​diminuição da reatividade, 
lentidão, diminuição leve do nível de 
consciência. 
● Torporoso: ​​desconexo, apenas responde à 
dor. 
● Coma: ​​sem resposta a qualquer estímulo. Leve 
(I), médio (II), profundo (III) e depassé IV. 
2.2- Orientação: ​​capacidade de se orientar no tempo e 
no espaço. (“Que mês estamos?”, ”Que ano estamos?”) 
● Orientado 
● Desorientado 
2.3- Coerência: ​​capacidade de responder perguntas 
simples (“que objeto é esse?”) 
● Coerente 
● Não coerente 
 
3- Escala de Glasgow 
3.1- Abertura ocular (até 4 pontos) 
● Espontânea: 4 pontos 
● Ao comando verbal: 3 pontos 
● À dor: 2 pontos 
● Não abre: 1 ponto 
 
3.2- Resposta verbal (até 5 pontos) 
● Orientada: 5 pontos 
● Frases: 4 pontos 
● Palavras: 3 pontos 
● Sons: 2 pontos 
● Não emite som: 1 ponto 
 
3.3- Resposta motora (até 6 pontos) 
● Ordens verbais: 6 pontos 
● Localiza dor: 5 pontos 
“O senhor consegue apontar onde tem dor?” ou 
ao estímulo doloroso. 
● Reage com flexão: 4 pontos 
● Reage com flexão patológica (decorticação): 3 
pontos 
● Reage com extensão (descerebração): 2 pontos 
● Não reage: 1 ponto. 
Obs.: Sempre usar a melhor resposta e do melhor 
lado! 
 
4- Estado de fala e linguagem 
Possibilidades de resposta: 
● Fala e linguagem preservadas. 
● Disfonia: ​​alteração do timbre da voz causada 
por algum problema no órgão fonador. Ex.: voz 
rouca, fanhosa ou bitonal. 
● Disartria: ​​alterações nos músculos da fonação, 
incoordenação cerebral (voz arrastada, 
escandida), hipertonia no parkinsonianismo (voz 
baixa, monótona e lenta) ou perda do controle 
piramidal (paralisia pseudobulbar). 
● Dislalia: ​​alterações menores da fala, como 
troca de letras (crianças, Cebolinha) ou 
disritmolalia (distúrbios no ritmo da fala, como 
gagueira e taquilalia). 
● Disfasia: ​​pode ser de recepção/sensorial (não 
entende o que se diz a ele) ou de expressão/ 
motora (entende, mas não consegue se 
expressar) ou mista (mais comum). Aparece 
com completa normalidade do órgão fonador e 
dos músculos da fala, depende de uma 
perturbação na elaboração cortical da fala. 
● Afasia​​: perda completa da comunicação, pode 
ser de compreensão ou de expressão 
- Motora ou verbal 
- Receptiva ou sensorial 
- Global 
- Condução 
- Amnéstica 
- Transcortical 
 
● E há mais alguma distúrbio de 
comunicação? 
Disgrafia (perda da capacidade de escrever) e 
dislexia (perda da capacidade de ler). 
 
5- O paciente apresenta alguma fácies? 
● Atípica 
● Outras (17): ​Hipocrática; renal​​; leonina; 
adenoidiana; parkinsoniana/cérea/ em máscara; 
basedowiana; mixedematosa; acromegálica; 
cushingoide/lua cheia; mongoloide; ​de 
depressão​​; pseudobulbar; de paralisia facial 
Catcherine Tombini & Matheus Wu - ATM 2022 
Downloaded by larissa grigoletti (grigolettilarissa@gmail.com)
lOMoARcPSD|13009700
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periférica; miastênica/de Hutchinson; do 
deficiente mental; ​etílica​​; esclerodérmica. 
6- Alguma atitude e decúbito preferido? 
6.1 - Atitudes voluntárias 
● Indiferente 
● Ortopneica 
● Genupeitoral (prece maometana) 
● Cócoras 
● Parkinsoniana 
● Decúbito: dorsal, lateral ou ventral 
● Posição antálgica 
 
6.2- Atitudes involuntárias 
● Passiva​​: fica na posição em que é colocado 
(comatosos). 
● Ortótona: tronco e membros rígidos 
● Emprostótono​​: contração da musculatura 
lombar (tétano e meningite). 
● Pleuróstono​​: corpo se curva lateralmente (raro 
no tétano, meningite e raiva). 
● Em gatilho​​: hiperextensçao da cabeça, flexão 
das pernas sobre as coxas, encurvamento da 
frente para diante (sinal de irritação meníngea). 
● Torcicolo e mão pêndula da paralisia radial 
 
7- Biotipo 
Útil para correta interpretação das variações anatômicas. 
Ex: alteração na posição do ictus e estômago. 
● Brevilíneo ​​(ângulo de Charpy >90º). 
Comparado ao Sancho Pança, pescoço curto e 
grosso, tórax alargado e volumoso, membros 
curtos e relação ao tronco, tendência para baixa 
estatura, musculatura desenvolvida e panículo 
adiposo espesso. 
● Normolíneo/ Mediolíneo ​​(=90º). 
 Apresenta equilíbrio entre os membros e 
tronco, desenvolvimento harmônico da 
musculatura e do panículo adiposo. 
● Longilíneo ​​(<90º). 
Comparado ao D. Quixote, pescoço longo e 
delgado, tórax afilado e chato, membros 
alongados com franco predomínio sobre o 
tronco, musculatura delgada e panículo adiposo 
pouco desenvolvido, tendência para estatura 
elevada. 
 
ESTADO DE HIDRATAÇÃO 
1- Analisar a pele: ​​verificar 
● Umidade: ​​sentir por meio da palpação da pele 
do paciente. 
Locais: melhor lugar é o abdome, mas pode ser 
na mão, braço e antebraço. 
● Elasticidade: ​​pega apenas a pele. 
Locais: melhor lugar é a região esternal. Outros: 
glabela, MMSS 
● Turgor ​​: pega pele e tecido subcutâneo. 
Locais: melhor lugar é glabela. Outros: região 
esternal, MMSS, olhos. 
 
2- Bebês: analisar a fontanela. 
Em casos de desidratação, pode estar deprimida. 
Prova prática: apenas citar. 
3- Analisar as mucosas (oral e conjuntival) 
● Devem estar: brilhantes, úmidas e 
normocoradas. 
● Aproveitando que está analisando a mucosa 
conjuntival, verificar se há enoftalmia e 
hipotonia. 
 
4. Avaliação intravascular da hidratação 
4.1- Analisar o plexo sublingual 
4.2- Analisar a turgência jugular (paciente em 
decúbito dorsal de 0°) 
● Normal: ver turgência jugular. 
● Desidratado: jugular colabada. 
4.3- Medir a pressão arterial 
● Saber descrever a semiotécnica da aferição de 
pressão arterial. 
● Em caso de desidratação, pode haver 
hipotensão postural. Saberdescrever a 
semiotécnica para hipotensão postural também. 
4.4- Analisar o pulso arterial 
● Em caso de desidratação, primeiro diminui a 
tensão e a amplitude, depois pode se tornar 
filiforme. 
 
5- Questionar o paciente 
● Diminuição da diurese? 
● Sente sede? Polidipsia? 
● Tontura? 
● Taquipneia? Palpitações? 
● Alteração abrupta de peso? 
● Diarreia? Vômitos? Febre? Sudorese 
excessiva? 
● Excitação psíquica e comportamental? 
● Temperatura das extremidades? 
 
Classificação da desidratação quanto à intensidade 
Leve ou de 1º grau: ​​perda de peso de até 5%. 
Moderada ou de 2º grau: ​​perda de peso entre 5-10%. 
Grave ou de 3º grau: ​​perda de peso acima de 10%. 
 
Classificação da desidratação quanto à osmolaridade 
Isotônica: ​​sódio nos limites normais (130-150 mEq/l). 
Hipotônica: ​​sódio está baixo (menor que 130). 
Hipertônica: ​​sódio acima (maior que 150) 
 
Causas de desidratação: ​​falta de oferta 
(recém-nascidos, idosos), diarreia, vômitos, febre, 
taquipneia, sudorese excessiva, distúrbios metabólicos ou 
hidroeletrolíticos. 
 
ESTADO DE NUTRIÇÃO 
O exame do estado de nutrição é importante para 
identificar distúrbios e/ou agravos ligados à alimentação 
ou à doença de base. Procurar sinais de desnutrição. 
 
1- Analisar a pele: ​​na desnutrição, pode estar seca e 
rugosa ao tato, adquirindo, nos casos avançados, aspecto 
de papel de lixa. 
 
Catcherine Tombini & Matheus Wu - ATM 2022 
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lOMoARcPSD|13009700
 
2- Analisar cabelos e pelos: ​​a desnutrição proteica faz 
com que cabelos e pelos mudem de cor e se tornem finos, 
secos e quebradiços. Nas formas graves, podem ser 
arrancados facilmente, com pouca tração. 
 
3- Analisar olhos: ​​sequidão na conjuntiva bulbar, perda 
do reflexo à luz, falta ou diminuição de lágrimas, fotofobia, 
dificuldade de acomodação em ambiente pouco 
iluminado. As alterações oculares estão relacionadas com 
a avitaminose A. 
 
4- Analisar panículo adiposo 
Verificar diminuição de gordura subcutânea. 
Verificar a configuração do panículo nas diversas partes 
do corpo. Em caso de desnutrição grave: 
● Abaixo dos olhos: círculos escuros, depressão, 
pele solta e flácida, “olhos fundos” 
● Face: perda da Bola de Bichat 
● Região do tríceps e bíceps: pouco espaço de 
gordura entre os dedos ou os dedos 
praticamente se tocam 
● Abdome: umbigo em forma de chapéu. 
 
5- Analisar massa muscular 
Verificar trofismo muscular (inspeção e palpação): em 
desnutrição, pode haver hipotrofismo. 
Verificar conformação da massa muscular nas diversas 
partes do corpo. Em caso de desnutrição grave, PODE: 
● Têmporas ​​: depressão; sinal da “asa quebrada” 
quando em associação com a perda da bola 
gordurosa de Bichat. 
● Clavícula​​: osso proeminente 
● Ombros​​: ombro em forma quadrada (formando 
ângulo reto), ossos proeminentes. 
● Escápula ​​: osso proeminente e depressão entre 
entre a escápula, as costelas, o ombro e a 
coluna vertebral. 
● Músculo paravertebral​​: arcos costais 
proeminentes e presença de cifose. 
● Abdome​​: escavado. 
● Músculo interósseo​​: área entre o dedo 
indicador e o polegar achatada ou com 
depressão. 
● Quadríceps​​: parte interna da coxa com 
depressão 
● Músculo da panturrilha​​: panturrilha solta. 
 
6- Cálculo do IMC 
 
- 
- Valores adaptados de acordo com o Porto. 
 
SINAIS VITAIS 
1- Temperatura 
● Normal: entre 35ºC e 37ºC 
● Febre leve ou febrícula: até 37,5ºC 
● Febre moderada: 37,5 - 38,5ºC 
● Febre alta ou elevada: > 38,6ºC 
- Hipertermia: >41ºC. Síndrome provocada por 
exposição excessiva ao calor (desidratação, 
perda dos eletrólitos e falência dos mecanismos 
termorreguladores normais). 
● Hipotermia: abaixo de 35ºC 
 
2- Pressão arterial 
2.1- Antes de iniciar 
● Local tranquilo, sem ruídos que possam 
interferir na ausculta 
● Certificar-se que o paciente não está com 
bexiga cheia, não praticou exercícios, não 
ingeriu alcoólica, café, alimentos ou fumou até 
30 minutos antes da medida. 
● Deixar o paciente descansar por 3 minutos, no 
mínimo 
● Posições do paciente: sentada, deitada e em pé 
● Manter a artéria braquial ao nível do 4ºEIC e a 
palma da mão voltada para cima. 
● Explicar o procedimento ao paciente. 
Obs.: Na primeira consulta, medir a PA nos dois braços. 
Nas próximas, apenas no braço com maior valor de PA. 
 
2.2 - Semiotécnica da aferição de pressão 
● Localizar pulsações da artéria braquial 
● Colocar o manguito 2-3 cm acima da fossa 
cubital. Jamais ajustar o manguito por cima da 
roupa do paciente. Não devemos apenas 
arregaçar a manga do vestido ou camisa, pois 
pode produzir pressão adicional no braço. 
● Palpar o pulso radial (também pode ser feito na 
artéria braquial). 
● Inflar o manguito até o desaparecimento do 
pulso; em seguida, desinflar o manguito 
lentamente. Quando reaparecer o pulso, será 
obtido o valor da pressão sistólica. 
● Colocar o estetoscópio sobre a artéria braquial 
e insuflar o manguito cerca de 30 mmHg acima 
do valor encontrada para pressão sistólica pelo 
método palpatório. 
● Solta o ar, de maneira contínua, à razão de 2 a 
3 mmHg/segundo, até o completo esvaziamento 
da câmara 
● Caso os ruídos estejam percebidos com 
dificuldade, aumentar o ângulo entre o braço e 
o tórax, retificando a artéria, pois isso pode 
facilitar a ausculta de sons. 
 
Obs.: Importância do método palpatório: ​​prevenir que 
o hiato auscultatório (silêncio no final da fase I e na fase II 
de Korotkoff) faça o examinador subestimar a pressão 
sistólica ou superestimar a pressão diastólica. 
 
Obs.2: Diagnóstico de HAS -​​ três vezes em três 
momentos diferentes igual ou acima de 140 x 90 mmHg. 
Catcherine Tombini & Matheus Wu - ATM 2022 
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HAS pode ser primária/essencial ou secundária. 
Lesões de órgãos-alvo​​: aneurisma (pode levar à AVC), 
retinopatia hipertensiva (cegueira), aterosclerose (infarto), 
hipertrofia do ventrículo esquerdo (insuficiência cardíaca) 
e insuficiência renal. O pulmão também pode ser afetado, 
ocorrendo assim, edema agudo de pulmão. 
Urgência hipertensiva x emergência hipertensiva: 
presença ou não de lesão de órgão-alvo, tempo máximo 
para redução da PA e tipo de medicação (VO x IV). 
 
Obs.3: Manobra de Osler - ​​palpação da artéria radial 
após insuflação do manguito acima da pressão sistólica. É 
positiva quando a artéria permanece palpável, mas sem 
pulsações. É considerada uma indicação de pseudo 
hipertensão arterial (mais comum em idosos). A 
especificidade e sensibilidade dessa manobra é baixa. 
 
É causada pela mediosclerose de Monckeberg (esclerose 
da camada média das artérias de médio calibre, que pode 
culminar em calcificação. Não reduz a luz do vaso, é 
responsável pelo registro de pseudo hipertensão arterial 
em pessoas idosas). 
 
Obs.4: Pressão diferencial - ​​é a diferença entre as 
pressões sistólica e diastólica. 
Pode haver ​pressão convergente ​​: decréscimo da 
pressão diferencial. Sono, doenças que determinam 
hipotensão postural aguda, estenose aórtica, derrame 
pericárdico, pericardite constritiva e IC grave. 
Pode haver ​pressão divergente​​: acréscimo da pressão 
diferencial. Síndromes hipercinéticas - hipertireoidismo, 
fístulas arterio venosas, insuficiência aórtica - e na fibrose 
senil dos vasos. 
 
Obs.5: Hipotensão arterial - ​​só caracteriza um problema 
clínico quando indica diminuição do débito cardíaco, da 
volemia e/ou da resistência vascular periférica. Essa 
alterações decorrem de: IC, síndrome do baixo débito, 
tamponamento cardíaco, desidratação, hemorragia e 
septicemia. O paciente, além de níveis pressóricos 
baixos, apresentará pulso filiforme (baixa amplitude). 
 
Obs.6: Hipotensão postural - ​​quando ocorre uma queda 
de 20mmHg ou mais na PAS e/ou uma queda de 10 
mmHg da PAD, ao se passar da posição deitada para a 
posição de pé. ​Ocorre aumento de 20 bpm na FC. 
Semiotécnica ​​: determinar a pressão arterial do paciente 
em decúbito dorsal, após 5 minutos de repouso. Em 
seguida, esperar de 1 a 3 minutos, e determinar a pressão 
arterial com o paciente sentado. E por último, também 
espera 1-3 minutos, e determinar PA na posição em pé. 
- Normal: PAS inalterada ou redução de 5-10 
mmHg, PAD se eleva 5-10 mmHg. 
- Causas: ​​repouso prolongado, anemia, perda de 
sangue, desnutrição, hipopotassemia, AVC, 
Parkinson, tumor prolongada, neuropatia 
periférica, estenose aórtica, insuficiência 
cardíaca, cardiomiopatia hipertrófica, IAM, veias 
varicosas grandes, insuficiência supra renal, 
diabetes insípido, tumor carcinoide. 
 
 
3- Frequência respiratória 
● Normal: ​​entre 16 a 20. 
● Bradipneia: ​​abaixo de 16. 
● Taquipneia: ​​acima de 20. 
 
4-Frequência cardíaca 
● Palpar o ictus por 1 minuto 
● Normal: 60-100 bpm. 
 
5- Pulsos 
Semiotécnica: ​​para realizar a palpação da artéria radial 
(que está localizada entre a apófise estiloide do rádio e o 
tendão dos flexores), é necessário empregar as polpas 
dos dedos indicador e médio sobre essa artéria. O 
examinador usa a mão direita para examinar o pulso 
esquerdo e vice-versa. 
Pulsos: ​​frontal, temporal superficial, carotídeo, subclávio, 
axilar, braquial/cubital, radial, aórtico abdominal, 
femoral/inguinal, poplíteo, tibial posterior ​(atrás do maléolo 
medial)​,​ ​pedioso. 
● Frequência: taquisfigmia (>100bpm) - 
hipovolemia, hipertireoidismo, exercícios físicos, 
emoção, gravidez, febre, anemia, gravidez e IC. 
Bradisfigmia (<60 bpm) ​​- atletas, 
hipotireoidismo, beta bloqueadores, icterícia, 
HIC, enfermidades infecciosas (viroses), lesões 
do sistema excito-condutor. 
● Ritmo: ​​rítmico ou arrítmico. 
● Igualdade: ​​igualdade da amplitude dos pulsos. 
● Tensão: ​​força que deve ser reallizada para 
colabar a artéria. Mole, duro (HAS), mediano. 
● Amplitude: ​​sensação captada em cada 
pulsação. Amplo (magno), mediano ou pequeno 
(parvus). 
● Simetria: ​​comparação entre lado esquerdo e 
direito. Causas de assimetria: coarctação da 
aorta, aterosclerose e ruptura de vaso. 
● Sincronia: ​​comparação entre a frequência do 
pulso e a frequência cardíaca. 
 
Obs.: Manobra de Osler ​​- utilizada para diferenciar o 
estado da parede arterial e a dureza do pulso (em caso de 
HAS). Normal: parede lisa, sem tortuosidades e se 
deprime facilmente. Ao inflar manguito, não palpável. 
Mediosclerose de Monckeberg: infla o manguito, e a 
artéria permanece palpável. 
 
Obs.2.: O que estamos avaliando ao verificar: 
Frequência: ​​nó sinusal. Freq.de 2 pulsos sempre =. 
Ritmo: ​​tempo de enchimento. 
Igualdade:​​ fração de ejeção do ventrículo esquerdo. 
Tensão: ​​pressão diastólica. 
Amplitude: ​​pressão diferencial. 
Simetria: ​​conduto arterial normal. 
Sincronia: ​​enchimento ventricular suficiente. 
Catcherine Tombini & Matheus Wu - ATM 2022 
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Obs.3: Tipos de pulso (9) 
● Alternante 
● Filiforme 
● Célere ou martelo d’água 
● Parvus e tardus ou anacrótico 
● Paradoxal ou pulso de Kussmaul 
● Bigeminado 
● Trigeminado 
● Bisferiens 
● Dicrótico 
 
Obs.4: Turgência jugular -​​ condição em que as jugulares 
permanecem túrgidas, estando o paciente nas posições 
semi-sentada (45º) ou sentada/em pé (90°). Traduz 
hipertensão venosa do sistema da veia cava superior. 
Manifesta-se quando há compressão da veia jugular, 
insuficiência ventricular direita e pericardite constritiva. 
 
Obs.5: Qual melhor pulso para avaliar perfusão 
sanguínea? ​​Pulso pedioso. 
 
Obs.6: Pulsações jugulares x pulsações carotídeas 
Jugular Carotídeo 
● Visível > palpável. 
● Aspecto ondulante (3 
ondas e 2 depleções) 
● Mais nítida na 
posição horizontal 
● Desaparece pela 
compressão leve da 
veia. 
● A altura da pulsação 
geralmente diminui à 
inspiração. 
● Palpáveis > visíveis. 
● Aspecto pulsante 
(onda mais vigorosa, 
com um único 
componente). 
● A intensidade das 
pulsações não se 
altera com a 
mudança da posição. 
● Pulsações não são 
eliminadas pela 
compressão. 
● Não é afetada pela 
inspiração. 
 
EXAME DOS LINFONODOS 
Linfonodos da cabeça e do pescoço 
● Occipitais 
● Auriculares posteriores ou retroauricular 
● Auriculares anteriores ou pré-auricular 
● Amigdalianos 
● Submandibulares 
● Submentonianos 
● Cervicais superficiais 
● Cervicais profundos 
● Cervicais posteriores 
 
Linfonodos axilares 
● Infraclaviculares 
● Axilares 
● Epitrocleanos 
 
Linfonodos da virilha 
● Inguinais profundos 
● Inguinais superficiais 
 
Se conseguir palpar, descrever TACOSUSEMOFOLO 
 
1- Tamanho: ​​estima-se o tamanho do seu diâmetro em 
centímetros. Normalmente, os linfonodos variam de 0,5 a 
2,5 cm (linfonodos palpáveis podem ser normais em 
adultos: individualizados, móveis e indolores). 
 
2- Consistência: ​​o linfonodo pode estar endurecido ou 
amolecido, com flutuação ou não. A primeira é própria dos 
processos neoplásicos ou inflamatórios com fibrose. 
Quando mole e/ou com flutuação, indica, em geral, 
processo inflamatório e/ou infeccioso com formação 
purulenta. 
 
3- Superfície: ​​lisa ou rugosa. 
 
4- Sensibilidade: ​​dolorosos, pouco doloroso ou indolor. 
Dolorosas: adenopatias infecciosas bacterianas agudas. 
Pouco doloroso: processos infecciosos crônicos. Indolor: 
infecções virais, processos parasitários ou linfonodos 
metastáticos (em geral). 
 
5- Mobilidade: ​​com palpação deslizante ou, se possível, 
fixando-o entre o polegar e o indicador, procura-se 
deslocar o linfonodo, o qual pode ser móvel ou aderido 
aos planos profundos. Esses caracteres indicam 
comprometimento capsular com as estruturas adjacentes. 
 
6- Forma: ​​arredondada ou irregular. 
7- Localização 
8- Simetria 
 
9- Coalescência: ​​é a junção de dois ou mais linfonodos, 
formando massa de limites imprecisos. A coalescência é 
determinada por processo inflamatório ou neoplásico da 
cápsula dos linfonodos acometidos, que os une 
firmemente, indicando certa duração na evolução da 
doença. 
 
10- Alteração da pele: ​​verificar a presença de sinais 
flogísticos (edema, calor, rubor e dor) e de fistulização, 
descrevendo-se o tipo de secreção que flui pela fístula. 
 
Obs.: Linfonodo neoplásico vs. inflamatório 
Neoplásico Inflamatório 
● CO: Duro 
● SE: Indolor 
● MO: Aderido 
● FO: irregular 
● Pode ter 
coalescência 
● CO: Fibroelástico 
● SE: Sinais flogísticos 
● MO: Móvel, mas 
pode estar aderido 
(se ruptura de 
cápsula ou edema de 
longo prazo). 
 
Obs.2: Saber dois linfonodos neoplásicos importantes 
● Sinal de Troisier: ​​gânglio de Virchow 
(linfonodo supraclavicular esquerdo aumentado 
e duro), indicativo de CA abdominal (gástrico). 
● Sinal de Maria José: ​​nódulo palpável no 
umbigo e é resultado de metástase de câncer 
da pelve ou do abdome. 
 
Obs.3: Linfonodos cervicais ​​- palpar um de cada vez. 
 
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EXAME DO EDEMA 
● Locais para análise do edema:​​ maléolo 
medial, pé, membros inferiores, região 
periorbital e região sacral (paciente deitado por 
muito tempo). 
● O edema se torna aparente, apenas quando há 
de 3 a 5 litros retidos ou aumento de 10% do 
peso corporal. 
 
1- Localização: ​​localizado (1 segmento), generalizado 
(mais de 1 segmento), anasarca (generalizado e mais um 
espaço cavitário). 
 
2- Intensidade: ​​realizar digito-pressão na região e 
avaliação da profundidade da fóvea formada (Sinal da 
fóvea, cacifo ou de Godet). Determinação em cruzes. + 
(só no pé); ++ (até metade inferior da perna); +++ (até 
metadesuperior da perna); ++++ (edema na coxa). 
 
3- Consistência: ​​grau de resistência encontrado ao se 
comprimir a região edemaciada. 
- Mole ​​ (facilmente depressível, significa duração 
não muito longa e que o tecido subcutâneo está 
infiltrado de água) 
- Duro​​ (maior resistência para obtenção da 
fóvea. Traduz existência de proliferação 
fibroelástica que ocorre nos edemas de longa 
duração ou que se acompanharam de repetidos 
surtos de inflamação. Ex: erisipela e filariose). 
 
4- Elasticidade: ​​é a rapidez de desaparecimento da 
fóvea. 
- Elástico​​: pele retorna imediatamente à situação 
normal, ou seja, fóvea perdura pouquíssimo 
tempo. O edema elástico é típico dos edemas 
inflamatórios. 
- Inelástico​​: depressão persiste por certo tempo. 
 
5- Dor: ​​doloroso (inflamação) ou não. 
 
6- Alteração da pele circunjacente: ​​palidez (transtorno 
de irrigação sanguínea), cianose (perturbação venosa 
localizada, mas pode ser parte de uma cianose central ou 
mista) ou vermelhidão (inflamação). 
Deve-se observar ainda a textura e a espessura da pele: 
pele lisa e brilhante (edema recente e intenso), pele 
espessa (edema de longa duração), pele enrugada 
(edema está sendo eliminado). 
 
7- Temperatura: ​​usa-se o dorso dos dedos ou as costas 
das mãos, comparando-se com a pele da vizinhança e da 
região homóloga. 
- Pele de temperatura normal: frequentemente a 
temperatura na região edemaciada não se 
altera, o que é desprovido de qualquer 
significado especial. 
- Pele quente: significa edema inflamatório. 
- Pele fria: traduz comprometimento da irrigação 
sanguínea daquela área. 
 
 
Causas de edema por fisiopatologia: 
● Aumento da pressão capilar (↑hidrostática): 
estase venosa (ICC, obstrução venosa, 
bombeamento venoso insuficiente, drogas 
vasodilatadoras). 
● Redução das proteínas plasmáticas 
(↓oncótica): ​​síndrome nefrótica, perda de 
proteína de áreas desnudas da pele 
(queimaduras, feridas), insuficiência na síntese 
(cirrose, desnutrição proteica ou calórica grave). 
● Aumento da permeabilidade capilar: ​​reação 
inflamatória ou alérgica (liberação de 
histamina), toxinas, infecções bacterianas, 
deficiência de vitaminas (especialmente C), 
isquemia prolongada, queimaduras. 
● Bloqueio do retorno linfático: ​​câncer, 
infecções (filariose), cirurgia, ausência 
congênita ou anormalidade de vasos linfáticos 
● Retenção de sódio: ​​consumo excessivo de sal, 
insuficiência aguda ou crônica dos rins, excesso 
de mineralocorticoides. 
 
CAVIDADE ORAL E MUCOSAS 
Mucosas: conjuntivas oculares, mucosas lábio-bucal, 
lingual e gengival. 
 
1) MUCOSA ORAL: 
Se o paciente estiver usando prótese dentária removível, 
ela deve ser retirada antes do exame. 
Pede-se para o paciente abrir a boca, colocar a língua 
para fora e mover seguindo o comando do examinador. 
 
● Coloração: 
- Normal: ​​róseo-avermelhada, normocoradas. 
- Hipocoradas/ Descoramento das mucosas: ​​palidez 
(pode variar de 1 a 4 cruzes (branca). Indica a existência 
de anemia. 
- Hipercoradas: ​​acentuação da coloração até 
vermelho-arroxeada. Indicam aumento de hemácias no 
local, por inflamações (conjuntivites, glossites, gengivites) 
e nas poliglobulias (secundária a doenças respiratórias, 
policitemia compensatória de grandes altitudes). 
- Cianose:​​ cor azulada, hemoglobina reduzida com 
valores superiores a 5g/ 100ml. Pode indicar obstrução 
venosa, estase venosa, cardiopatia congênita, diminuição 
da superfície respiratória (atelectasia, pneumotórax), 
diminuição da tensão de oxigênio no ar inspirado, 
diminuição do calibre dos vasos da microcirculação, ICC 
grave por congestão pulmonar e estase venosa periférica, 
metemoglobinemia e sulfemoglobinemias provocadas por 
ação medicamentosa (sulfas, nitritos, antimaláricos) ou 
por intoxicação exógena. etc. 
- Icterícia:​​ mucosa conjuntival e freio da língua com 
coloração amarelada ou amarelo-esverdeadas por 
acúmulo de bilirrubina no sangue (>2mg/100ml). As 
icterícias mais leves só são percebidas nesses locais. Nas 
pessoas de pele negra, a esclerótica pode ser mais 
amarelada por deposição de gordura e não deve ser 
confundida com icterícia. 
Causas: hepatite infecciosa, hepatopatia alcoólica, 
hepatopatia por medicamentos, leptospirose, malária 
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septicemias, lesões obstrutivas das vias biliares 
extra-hepáticas (litíase biliar, ca de cabeça do pâncreas), 
uso excessivo de alimentos ricos de caroteno (cenoura, 
mamão, tomate). 
- Leucoplasias: ​​áreas esbranquiçadas, às vezes 
salientes por espessamento do epitélio (queratose, 
paraqueratose, hiperplasia, neoplasia), diminuição da 
vascularização e/ou fibroesclerose da lâmina própria. 
 
● Umidade: 
- Normal:​​ discreto bo = hidratação. 
- Mucosas secas: ​​sem brilho, lábios e língua 
pardacentos, aspecto ressequido. Indicam desidratação. 
 
● Presença de lesões: 
- estomatites:​​ + comum é estomatite aftosa. Em crianças 
ou adultos, ​estomatite por monilíase - candida oral 
(sapinho) com presença de placas brancas, múltiplas e 
elevadas, semelhantes a “leite coalhado”, essas placas 
são pseudomembranosas necróticas e são facilmente 
desprendidas da superfície, deixando uma área vermelha, 
hemorrágica e dolorida. Outros tipos de estomatites: 
tuberculosa, sifilítica e herpética. 
- Herpes labial: ​​vesícula ou grupo de vesículas. 
- Leucoplasias​​:​ são placas brancas indolores e 
pré-cancerosas. 
- Lesões tumorais 
- Perfuração do palato 
- Malformações congênitas​​:​ fenda labial. 
- Úlceras da mucosa labial: ​​+ eritema grave e sufusão 
hemorrágica constituem a síndrome de Stevens- Johnson. 
- Fissuras no ângulo da boca (queilose e queilite): 
dentaduras inadequadas, causando gotejamento de 
saliva; deficiência do complexo B - riboflavina (queilite); 
obs: e pacientes imunodeprimidos queilose angular pode 
complicar por candidíase. 
 
2) LÁBIOS:​​ devem ser inspecionados e palpados para 
averiguar: 
- Coloração (palidez ou cianose) 
- Forma 
- Textura 
- Flexibilidade 
- Edema (alérgico) 
- Lesões: herpes labial, lesões ulceradas (blastomicose, 
leishmaniose), leucoplasias, neoplasias e múltiplas lesões 
telangiectásicas (síndrome de Osler-Weber- Rendu e de 
Peutz- Jeghers). 
OBS: Queilites; lesões inflamatórias das comissuras 
labiais “boqueira” (exposição a luz solar, deficiência 
nutricional, candidíase). 
 
3) LÍNGUA: ​​posição, tamanho, cor, umidade, superfície, 
textura, movimentos e presença de lesões. 
● Língua saburrosa:​​ acúmulo de substância 
branco-acinzentada ou amarelada na sua 
superfície (higiene bucal precária, estados 
febris, tabagistas, desidratação, e pessoas 
saudáveis ao despertar. 
● Língua seca:​​ desidratação, seja por vômitos, 
diarreia ou qualquer outro mecanismo. Outras 
causas: respiração pela boca, medicamentos 
(atropina, antidepressivos), ansiedade, febre. 
● Língua lisa: ​​atrofia das papila. (anemia, 
desnutrição protéica). 
● Língua pilosa​​: papilas filiformes alongadas, cor 
variando de amarelada a preta (causa incerta 
mas é observada e antibioticoterapia, infecções 
e tabagismo). 
● Língua de framboesa:​​ vermelho-brilhante e 
granular (escarlatina). 
● Língua geográfica​​: áreas irregulares 
delimitadas por bordas esbranquiçadas e 
circinadas. 
● Língua escrotal:​​ sulcos irregulares que 
lembram a pele que reveste o escroto 
(deficiência de vitaminas do complexo B). 
● Macroglossia​​: aumento. Hipotireoidismo, 
acromegalia e amiloidose. 
● Língua trêmula:​​ normal, hipertireoidismo, 
alcoolismo e parkinsonismo. 
● Desvio da linha mediana:​​ pedir para colocar a 
língua para fora da boca o máximo possível 
(hemiplegia e lesões do nervo hipoglosso). 
● Glossite: ​​inflamação generalizada, 
vermelhidão, dor espontânea ou desencadeada 
por alimentos quentes. 
● Lesões:​​ zonas de pigmentação azulada ou 
quase preta (síndrome de Addison); sufusões 
hemorrágicas, do tipo equimoses (doençassanguíneas e após traumatismos); leucoplasias 
- placas esbranquiçadas, lisas e duras são 
lesões pré-neoplásicas (carcinoma 
escamocelular); aftas são lesões ulceradas de 
0,2 a 1 cm cobertas por exsudato 
esbranquiçado circundado por aréola vermelha; 
cicatrizes (mordedura); placas mucosas de cor 
cinza-pérola (sífilis secundária); candidíase; 
úlceras aftosas, hemangioma, etc. 
 
4) GENGIVAS: ​​cor, consistência, forma, desenvolvimento 
e lesões. 
- Palidez: ​​anemia 
-​ Cianose; 
- Icterícia​​ (freio da língua) 
- ​Hipertrofia ​​: leucemia e após uso prolongado de 
hidantoína. 
- ​Gengivite​​: avermelhadas, esponjosas e facilmente 
sangraveis (placa bacteriana, pelagra, escorbuto, 
leucoses e linfomas). 
 - Outras:​​ manchas hemorrágicas, ulcerações, aftas, 
atrofias deixando expostas as raízes dentárias, 
pigmentação (intoxicação por chumbo), abcessos 
alveolares por infecção da polpa dentária, tumores, 
doença periodontal, edema ( gravidez, leucoses, 
medicamentos (nifedipino, fenitoína) e na amiloidose. 
 
5) PALATO DURO E MOLE:​​ inspecionar para procurar 
ulcerações, massas e outras lesões. Petéquias são 
fenômenos embólicos ( leucose e endocardite infecciosa). 
Torus palatinus ​- exostose (crescimento ósseo benigno) 
na linha média do palato duro - assintomático. 
 
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6) DENTES: ​​Número, estado e reconhecimento de 
prótese dentária. 
- Dentes cariados; 
-​ Hipoplasia do esmalte​​: estrias horizontais - 
perturbação metabólica (raquitismo) 
- Dentes de Hutchinson: ​​incisivos laterais superiores, 
com perda dos ângulos, e forma de “chave de fenda” e 
molares e forma de “amoras” (sífilis congênita) 
-​ Desalinhamento da arcada dentária:​​ defeito congênito 
ou perda de dentes. 
-​ Desgaste da superfície mastigatória:​​ hábito de fumar 
cachimbo ou atrito de prótese. 
 
7) GLÂNDULAS SALIVARES: ​​as Menores estão na 
cavidade bucal e as Maiores são as parótidas, 
submandibulares e sublinguais. 
 
PELE E FÂNEROS 
PELE: coloração, continuidade ou integridade, 
umidade, textura, espessura, temperatura, 
elasticidade, mobilidade, turgor, sensibilidade, lesões 
elementares. 
 
1) Coloração: ​​na avaliação clínica do fluxo sanguíneo 
sobre a pele deve-se pressionar a polpa do polegar sobre 
o esterno por alguns segundos, com objetivo de expulsar 
o sangue que flui naquela área. Em condições normais o 
sangue volta a fluir e 1 ou 2 segundos, e casos de choque 
a volta é nitidamente mais lenta. 
- Palidez:​​atenuação ou desaparecimento da cor rósea da 
pele, inclusive nas regiões palmoplantares. 
Palidez generalizada​​: diminuição das hemácias 
circulantes nas microcirculações cutânea e subcutânea. 
Pode acontecer por ​vasoconstrição generalizada ​e 
consequência de estímulos neurogênicos ou hormonais 
(grandes emoções, sustos, estados nauseosos intensos, 
crises do feocromocitoma, choque ou estado 
lipotimossincopiais. Ou por ​redução real das hemácias​, 
redução de hemoglobina nas anemias. 
Palidez: localizada ou segmentar: ​​isquemia. Comparar 
regiões homólogas. 
- ​Vermelhidão ou eritrose: ​​indica aumento da 
quantidade de sangue na rede vascular cutânea, seja 
decorrente de uma vasodilatação ou do aumento de 
sangue. 
Eritrose generalizada: ​​pacientes febris, elevada 
exposição solar, estados policitêmicos ou afecções 
(escarlatina, eritrodermia, pênfigo foliáceo). 
Eritrose localizada ou segmentar: ​​fugaz quando 
vasomotor (ruborização do rosto por emoção) ou 
duradoura. 
- Cianose: ​​significa ​Cianose:​​ cor azulada, hemoglobina 
reduzida com valores superiores a 5g/ 100ml. Pode 
indicar obstrução venosa, estase venosa, cardiopatia 
congênita, diminuição da superfície respiratória 
(atelectasia, pneumotórax), diminuição da tensão de 
oxigênio no ar inspirado, diminuição do calibre dos vasos 
da microcirculação, ICC grave por congestão pulmonar e 
estase venosa periférica, metemoglobinemia e 
sulfemoglobinemias provocadas por ação medicamentosa 
(sulfas, nitritos, antimaláricos) ou por intoxicação 
exógena. etc. 
 
Esquema prático para diferenciar tipos de cianose 
- Cianose segmentar é sempre periférica 
- Cianose universal pode ser periférica, por alteração 
da hemoglobina ou por alt. pulmonar ou cardíaca 
- A oxigenoterapia é eficaz na cianose central e não 
influi na periférica; melhora a cianose mista também. 
- Cianose periférica diminui ou desaparece quando a 
área é aquecida. 
- Cianose das unhas e calor nas mãos sugerem que a 
cianose é central. 
 
- Icterícia:​​ pele, mucosa conjuntival e freio da língua com 
coloração amarelada ou amarelo-esverdeadas por 
acúmulo de bilirrubina no sangue (>2mg/100ml). As 
icterícias mais leves só são percebidas na mucosa 
conjuntival e freio da língua. Nas pessoas de pele negra, 
a esclerótica pode ser mais amarelada por deposição de 
gordura e não deve ser confundida com icterícia. 
Causas​: hepatite infecciosa, hepatopatia alcoólica, 
hepatopatia por medicamentos, leptospirose, malária 
septicemias, lesões obstrutivas das vias biliares 
extra-hepáticas (litíase biliar, ca de cabeça do pâncreas), 
uso excessivo de alimentos ricos de caroteno (cenoura, 
mamão, tomate). 
- Albinismo: ​​coloração branco-leitosa da pele e 
decorrência de uma síntese defeituosa da melanina. Pode 
afetar os olhos, a pele e os pelos (albinismo 
oculocutâneo) ou apenas os olhos (albinismo ocular). 
- Bronzeamento da pele: ​​ação solar, substâncias 
químicas bronzeadoras, doença de Addison e na 
hemocromatose por distúrbios endócrinos que alteram o 
metabolismo da melanina. 
- Dermatografismo: ​​urticária fictícia (atrito com unha ou 
objeto) 
- Fenômeno de Raynaud:​​ alteração cutânea que 
depende das pequenas artérias e arteríolas das 
extremidades e que resulta e modificações da coloração. 
Inicialmente observa-se palidez; e seguida, extremidade 
cianótica e depois vermelhidão da área. É um fenômeno 
vasomotor que pode ser deflagrado por muitas causas 
(costela cervical, tromboangiite obliterante, lúpus 
eritematoso sistêmico, esclerodermia, policitemia, 
intoxicação medicamentosa, e particular derivados do 
ergot.) 
 
2) Continuidade ou integridade: ​​ erosão ou 
exulceração, na fissura ou rágade(escoriação). 
 
3) Umidade: ​​inspeção e palpação com polpas digitais e 
palma da mão. 
- Normal: ​​ certo grau de umidade e indivíduos 
hígidos. 
- Pele seca​​: notada na inspeção e palpação e 
pessoa idosas, e dermopatias crônicas 
(esclerodermia, ictiose), mixedema, avitaminose 
A, intoxicação pela atropina, insuficiência renal 
crônica e na desidratação. 
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- Umidade aumentada ou pele sudorenta: 
indivíduos normais ou associada à febre, 
ansiedade, hipertireoidismo e doenças 
neoplásicas. E mulheres na menopausa 
costuma estar associada às ondas de calor. 
 
4) Textura:​​ significa trama ou disposição dos elementos 
que constituem um tecido. Avalia-se deslizando as polpas 
digitais sobre a superfície cutânea. 
- Normal: ​​indivíduos hígidos. 
- Pele lisa ou fina: ​​pessoas idosas, 
hipertireoidismo e em áreas recentemente 
edemaciadas. 
- Pele enrugada:​​ pessoas idosas, após 
emagrecimento rápido, ou quando se elimina o 
edema. 
 
5) Espessura: ​​faz-se o pinçamento de uma dobra 
cutânea usando o polegar e o indicador. Pinçar apenas a 
epiderme e a derme, cuidar para não englobar tecido 
subcutâneo junto. Antebraço, tórax e abdome. 
- Normal: ​​indivíduos hígidos. 
- Pele atrófica: ​​translucidez que permite ver rede 
venosa superficial. Idosos, prematuros e 
dermatoses. 
- Pele hipertrófica ou espessa: ​​exposição ao 
sol, esclerodermia. 
 
6) Temperatura: ​​é a temperatura da pele e não a 
temperatura corporal. Palpa-secom a face dorsal da mão 
ou dedos e compara-se com o lado homólogo. 
- Hipotermia localizada ou segmentar:​​ redução 
do fluxo sanguíneo para uma determinada área 
(Oclusão arterial ou ansiedade (bilateral)), se 
acompanhado de palidez reforça o pensamento 
de oclusão. 
- Aumento da temperatura generalizado​​: febre 
- Aumento da temperatura segmentar: 
processo inflamatório ( ex: artrite - dor, calor, 
edema e rubor). 
 
7) Elasticidade e mobilidade: 
- Elasticidade: ​​propriedade de tegumento 
cutâneo de se estender quando tracionado. 
Pinça-se uma prega cutânea com o polegar e o 
indicador, fazendo certa tração, ao fim da qual 
se solta a pele. 
Normal: indivíduos hígidos. 
Hiperelasticidade: ​​“borracha”, distende mais 
que a pele normal quando tracionada 
(SÍndrome de Ehlers-Danlos - distúrbio do 
tecido elástico cutâneo). 
Hipoelasticidade: ​​quando a pele é tracionada 
volta vagarosamente ao estado normal (Idosos, 
desnutrição, desidratação e abdome de 
multíparas). 
- Mobilidade:​​ capacidade de se movimentar 
sobre os planos profundos subjacentes. 
Pousa-se firmemente a palma da mão sobre a 
pele e movimenta-se a mão para todos os 
lados, para deslizar sobre as estruturas 
subjacentes (ossos, articulações, tendões, 
glândula mamária, etc.) 
Normal 
Mobilidade diminuída ou ausente:​​ cicatrizes, 
esclerodermia, elefantíase, infiltrações 
neoplásicas próximas a pele (neoplasia maligna 
da glândula mamária). 
Mobilidade aumentada:​​ idosos e na síndrome 
de Ehlers-Danlos. 
 
8) Turgor: ​​pinçar uma prega que envolva tecido 
subcutâneo. 
- Normal: ​​ sensação de pele suculenta, ao soltar 
a prega se desfaz rapidamente, indica 
hidratação. 
- Turgor Diminuído: ​​pele murcha, prega se 
desfaz lentamente, Indica desidratação. 
 
9) Sensibilidade: 
- Sensibilidade dolorosa: 
Hipoalgesia ou Analgesia: ex: hanseníase 
Hiperestesia: abdome agudo, síndromes 
isquêmicas das extremidades inferiores, 
neuropatias periféricas: 
- Sensibilidade tátil: ​​deve-se fazer uma fricção 
leve com uma mecha de algodão. Anestesia 
(perda) ou hipoestesia (diminuição da 
sensibilidade). Receptores: corpúsculos de 
Meissner, de Merkel e as terminações nervosas 
dos folículos pilosos. 
- Sensibilidade térmica:​​ os receptores 
específicos são os bulbos terminais de Krause, 
para as temperaturas frias e os corpúsculos de 
Ruffini, para as quentes. 
 
10) Lesões elementares: 
10.1) PRIMÁRIAS:​​ ​​é aquela que faz parte integrante do 
processo nosológico; faz parte do processo. São as 
manchas e máculas. Ex.: mancha acrômica do vitiligo (ela 
é a doença), placa de psoríase, bolha da dermatite 
herpetiforme. 
 
A) Planas:​​ ​​são aquelas que não tem relevo. Podem ser 
vasculossanguíneas ou pigmentares: 
OBS:​​:​ Manchas(>1cm) ou máculas(<1cm): 
modificações de coloração da pele sem alteração de 
relevo ou consistência. 
A.1) Vasculossanguíneas: ​​devido a fenômenos 
vasculares (congestão ou constrição) ou extravasamento 
de hemácias. 
- Eritema: ​​mancha de coloração avermelhada 
(devido à dilatação vascular), desaparece À 
digito ou vitropressão. 
- Telangiectasia: ​​dilatação capilar permanente, 
aspecto linear, sinuoso, estelar ou puntiforme, 
instalada na derme superficial. 
- Púrpura: ​​mancha vermelho-violácea, não 
desaparece à dígito ou vitropressão. Formada 
por hemácias extravasadas na derme. Pode se 
apresentar como equimose (>1cm) ou 
petéquias (pontos dispersos <1cm). 
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- Mancha angiomatosa:​​ tem cor vermelha 
permanentemente (devido ao aumento de 
vasos na pele). 
- Mancha anêmica: ​​mancha de cor clara 
permanentemente, margem bem delimitada, 
ocorre por diminuição (hipogenesia) ou 
ausência (agenesia) localizada de vasos 
sanguíneos. 
A.2) Pigmentares: ​​ devido à ausência deposição de 
melanina ou de outros pigmentos. 
- Acromia:​​ ausência de melanina. 
- Hipercromia:​​ diminuição da melanina. 
- Hipocromia: ​​aumento de melanina. 
 
B) Sólidas:​​ ​​são aquelas que tem relevo, mas seu 
conteúdo não é líquido ou pastoso. 
- Pápula: ​​lesão sólida, circunscrita, <1cm, 
elevada, superfície plana ou encurvada. Pode 
ser epidérmica, dérmica ou mista. 
- Vegetação: ​​pápula pediculada ou séssil, 
superfície irregular, ocasionalmente sangrante. 
Quando sua superfície é queratósica dura, 
inelástica e amarelada recebe o nome de 
verrucosidade, verruga ou lesão verrucosa. 
- Placa: ​​lesão elevada, > 1cm, geralemte de 
superfície plana, podendo ser descamativa, 
crostosa, queratinizada ou macerada. 
- Nódulo: ​​ infiltrado sólido circunscrito, 
persistente, mais palpável do que visível, de 1 a 
3 cm de diâmetro, elevado ou profundo à 
derme. 
- Goma: ​​ nódulo que se liquefaz no centro e 
drena por fistulação ou ulceração. 
- Urtica: ​​lesão resultante de edema na pele. 
Circunscrita, efêmera, vermelho-rosáceo ou 
branco-porcelana por halo eritematoso. 
 
C) Líquidas​​: ​​são aquelas que tem relevo, e seu conteúdo 
é líquido ou pastoso. 
- Vesícula: ​​pequena cavidade, geralmente 
epidérmica, elevada, circunscrita, de conteúdo 
claro, <1cm. 
- Bolha: ​​elevação circunscrita, >1cm, na 
epiderme ou entre a epiderme e a derme, pode 
ser flácida e fugaz ou tensa e duradoura. 
Quando provocada por queimadura é 
denominada flictena. 
- Pústula: ​​elevação circunscrita da epiderme ou 
uma pequena cavidade semelhante à vesícula, 
de conteúdo purulento. 
- Abscesso: ​​coleção circunscrita e profunda, de 
conteúdo purulento, na derme ou no tecido 
subcutâneo, acompanhada de sinais flogísticos. 
- Cisto: ​​tumor benigno, derivado de anexos 
cutâneos, cavidade revestida de epitélio. A pele 
que recobre a lesão é móvel, exceto nas 
proximidades do orifício central. 
- Hematoma: ​​coleção sanguínea, restrita, 
proeminente, na derme ou no tecido 
subcutâneo. 
 
10.2) SECUNDÁRIAS: ​​é aquela que é secundária a 
algum tipo de processo, é a consequência de uma 
doença. Ex: liquenificação pelo ato de coçar (aumento da 
espessura da pele), cicatrizes hipertróficas ou atróficas, 
secundárias ao ato cirúrgico. 
 
A) Alterações de consistência e espessura: 
- Queratose:​​ espessamento da camada córnea, 
consistência endurecida, coloração 
esbranquiçada, amarelada ou pardacenta. 
- Liquenificação: ​​espessamento da pele, com 
acentuação dos sulcos cutâneos, aspecto 
quadriculado, pode ser acompanhada de 
alterações da cor de pele. 
- Edema: ​​extravasamento de líquido na derme 
ou na hipoderme 
- Esclerose: ​​ pele firme e endurecida, mais 
palpável do que visível, perde o pregueamento 
natural, resiste à distensão ou ao pregueamento 
digital. 
- Atrofia: ​​adelgaçamento da pele, 
pregueamento, elevação ou depressão e 
relação aos tecidos subjacentes, ocorre devido 
à redução dos elementos constituintes dos 
tecidos normais. 
- Cicatriz: ​​lesão brilhante, destituída de anexos 
cutâneos, decorrente de reparação dos tecidos 
destruídos. 
 
B) Perda de substância : 
- Escama: ​​massa laminar, aspecto e dimensão 
variável. DEcorrente de distúrbio de 
queratinização da epiderme. 
- Crosta: ​​massa de exsudato ou concreção 
formada e área de parede tecidual. Cor variável. 
- Escoriações: ​​lesão traumática, geralmente 
linear. 
- Erosão: ​​ perda parcial e superficial somente da 
epiderme, não deixa cicatriz. 
- Úlcera: ​​perda circunscrita da epiderme e 
derme, podendo atingir hipoderme e demais 
tecidos. 
- Escara: ​​ área de necrose que evolui para 
ulceração. 
- Fissura: ​​fenda linear, estreita e profunda. 
Resultante da perda de flexibilidade da pele. 
Proeminente e lábio, mãos e pés. 
- Fístula: ​​pertuito da pele, com borda fibrótica, 
por onde ocorre a drenagem de material de foco 
necrótico ou supurativo. 
 
11) FÂNEROS 
● Cabelo: 
- ​​tipo de implantação(feminino e masculino) 
- distribuição:uniforme, calvície parcial ou total ou 
alopécia (áreas desprovidas de pelos) 
- quantidade: queda recente ou há muito tempo? 
- coloração( meninos com desnutrição protéica os cabelos 
podem ficar ruivos) 
- brilho 
- espessura: quebradiços e secos no mixedema. 
 
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● Pelos: 
- Homem: ​​barba, tronco, pubianos e forma de losango. 
- Mulher ​​: pelos pubianos e forma de triângulo com o 
vértice voltado para baixo. 
- ​Hipertricose: ​​aumento exagerado de pelos. Pode ser 
congênita ou adquirida, difusa ou localizada. 
- ​Hirsutismo:​​ aumento exagerado de pêlos sexuais 
masculinos na mulher. Pode ser constitucional, 
androgênico ou idiopático. Por testosterona é 
acompanhado de calvície temporal. 
 
● UNHAS: 
- Forma:​​ normal é apenas uma curvatura lateral nítida. 
alterações nos estados carenciais, onicomicoses, 
nefropatias crônicas, hepatopatias crônicas, psoríase e 
em pessoas que lidam com substâncias cáusticas. 
- Tipo de implantação:​​ normal (ângulo menor que 160º) 
- Espessura ​​: normal é firme 
- Superfície:​​ normal é lisa 
- Consistência:​​ firme 
- Brilho: ​​ normal é brilhante 
- Coloração:​​ normal é róseo-avermelhada. Pálidas 
(anemia) ou azulada (cianótica) 
OBS: ​Leuconíquias: ​​manchas brancas, normais e 
pessoas sadias. ​Unhas de Plummer - ​​onicólise, 
parcialmente deslocadas do leito (hipertireoidismo). 
Unhas distróficas: ​​espessas, rugosas, forma irregular 
(traumatismos, isquemia crônica dos MMII ou 
onicomicose. ​Coiloníquia - ​​unha e colher (anemia 
ferropriva grave e são provocadas por irritantes locais). 
Onicofagia ​​: hábito de roer unhas. 
HIPOCRATISMO DIGITAL​​: formato e “vidro de relógio”, a 
implantação tem ângulo maior que 160º, convexa e todos 
os sentidos. Observada em pessoas negras hígidas. 
Causas: cardiopatias congênitas, bronquiectasia. 
 
EXAME DA TIREÓIDE 
A tireóde fica localizada na região anterior do pescoço, 
para localizá-la no exame devemos verificar a posição das 
cartirtilagens tireóidea​​ e ​cricoide ​​, uma vez que o i ​stimo 
da glândula ​​ se situa imediatamente abaixo da cartilagem 
cricoide. 
 
● INSPEÇÃO: ​​ normalmente não visível, exceto 
em pacientes muito emagrecidos. Com o 
paciente sentado é mais fácil visualizar alguma 
alteração quando o paciente estende a cabeça 
para trás e durante a deglutição (glândula se 
eleva). 
 Devemos observar se há: 
- Aumento de volume da glândula 
(em 1 ou nos 2 lobos) 
- Desvio da traqueia 
- Presença de nódulos 
 
● PALPAÇÃO: ​​o paciente deverá ficar com a 
cabeça discretamente fletida para frente pois a 
palpação é mais difícil se os músculos 
esternocleidomastoideos estiverem estendidos. 
Palpa-se a tireoide com o polegar de frente para 
o paciente e depois atrás do paciente com a 
cabeça em flexão para o mesmo lado que será 
palpado. 
A tireóide normal é lisa, elástica (consistência 
do tecido muscular), móvel, indolor, com 
temperatura normal, ausência de frêmito e 
apresentando lobos com cerca de 3 a 5 cm no 
sentido vertical. 
Devemos 
avaliar:​​(TACOSUSEMOFOTEMPRE) 
- Tamanho 
- Consistência 
- Superfície 
- Sensibilidade 
- Mobilidade 
- Forma 
- Temperatura da pele 
- Presença de sopro ou frêmito 
 
● AUSCULTA: ​​Presença de sopro sugere 
aumento da vascularização. (ex: 
hipertireoidismo). 
 
Obs: ​SINAL DE PEMBERTON​​: o bócio multinodular pode 
causar obstrução da traqueia e quando retroesternal 
também a obstrução da veia cava superior. O sinal de 
Pemberton aparece quando se eleva o braço do paciente 
acima da cabeça. Esta manobra faz com que o paciente 
fique dispneico, com distensão das veias do pescoço, 
pletora facial ou com estridor. 
 
HIPOTIREOIDISMO 
 
SISTEMA SINTOMAS SINAIS 
Nervoso e 
musculoesquele
tico 
Fadiga, letargia, 
dificuldade de 
concentração, 
dentificação do 
racicínio, défcit 
de memória, 
fraqueza 
muscular, 
parestesias, 
câimbras, 
artralgias 
Demência 
Hiporreflexia 
Psiquiátrico Depressão Depressão 
Pele e Fâneros diminuição da 
transpiração e 
queda de 
cabelo 
Pele seca e 
áspera, 
amarelada, fria. 
Queda de 
cabelo, unhas 
fracas e 
quebradiças 
Metabólica Intolerância ao 
frio, Ganho de 
peso 
Edema 
Cardiovascular Dispneia HAS, derrame 
pericárdico, 
ICC e edema 
pulmonar. 
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Hematológico Astenia Anemia 
TGI Constipação 
Hiporexia 
Diminuição da 
peristalse e 
megacólon 
Endócrino Distúrbios 
menstruais, 
anovulação e 
infertilidade, 
aumento da 
tireoide. 
Bócio 
Galactorréia 
Baixa estatura 
e crianças 
 
HIPERTIREOIDISMO 
 
SISTEMA SINTOMAS SINAIS 
Nervoso e 
musculoesquelé
tico 
Miopatia 
Tremor 
Ansiedade 
Insônia 
Osteoporose 
Hiperreflexia 
Coréia 
Paralisia 
periódica 
Psiquiátrico Agitação 
Insônia 
Nervosismo 
Ansiedade 
Insônia 
Psicose 
Pele e Fâneros Prurido Pele quente, 
úmida e 
sedosa, 
hiperpigmentaç
ão, eritema 
palmar, 
onicólise e 
alopécia 
Metabólico Intolerância ao 
calor e perda de 
peso 
Hipertermia 
Cardiovascular Palpitações Taquicardia, PA 
divergente, 
Fibrilação atrial, 
IC, Sopros 
vasculares 
Hematológico Astenia Anemia 
TGI Diarreia e 
hiperfagia 
Diarreia 
Endócrino Distúrbios 
menstruais 
(polimenorreia) 
e aumento da 
tireóide 
Bócio e 
Ginecomastia 
Oculares Retração 
palpebral, 
Assinergia 
oculopalpebral, 
olhar brilhante, 
olhar fixo 
 
 
EXAME DE TVP 
Trombose Venosa Profunda é a coagulação intravenosa 
do sangue com obstrução parcial ou total da luz de uma 
veia. 
Tríade de Virchow​​: fluxo sanguíneo anormal + lesão 
endotelial + hipercoagulabilidade. 
SINTOMAS:​​ dor de início súbito, piora com o movimento, 
melhora com elevação do membro. 
 
EXAME FÍSICO 
● INSPEÇÃO​​ (​SINAIS): ​​Edema abaixo da 
obstrução, circulação superficial ingurgitada, 
eritema no trajeto da veia, cianose (periférica - 
estase) 
 
● PALPAÇÃO: ​​Endurecimento da área 
circunjacente, temperatura inicialmente 
diminuída (vasoespasmo) e posteriormente 
aumentada (inflamação). 
SINAL DE OLOW:​​ dor quando realiza pressão 
na panturrilha contra estrutura óssea. 
SINAL DE BANCROFT: ​​ dor quando há pressão 
na parte medial da panturrilha 
SINAL DE HOMANS:​​ dor na massa muscular 
da panturrilha, quando realizada dorsiflexão do 
pé sobre a perna. 
SINAL DE DENECKE-PAYR:​​ compressão com 
o polegar na planta do pé contra plano ósseo. É 
positivo quando o paciente referir dor. 
SINAL DA BANDEIRA:​​ ​empastamento do MI 
quando o MI é comparado com o outro na 
palpação. Diminui a mobilidade da panturrilha 
que fica empastada. 
 
CAUSAS: ​​tabagismo, gravidez, desidratação, viagem 
longa, anticoncepcional, dislipidemia, grandes cirurgias, 
DPOC, neoplasias, choque. 
 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 
● Insuficiência venosa periférica 
● Erisipela 
● Celulite 
● Cisto de Baker 
● Laceração dos músculos da panturrilha ou 
ruptura do tendão de Aquiles 
● Massa ou tumor pélvico na coxa que comprima 
o efluxo venoso 
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