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FACULDADE DE TECNOLOGIA SENAI TRÊS LAGOAS “José Paulo Rímoli” Victor Hugo Silva Franco RELATÓRIO SOBRE AS AULAS PRÁTICAS (ROSCA) Três Lagoas-MS 2020 Victor Hugo Silva Franco RELATÓRIO SOBRE AS AULAS PRÁTICAS (ROSCA) Relatório final, apresentado a professora Mariana Mundin da instituição FATEC SENAI, como parte das exigências para a obtenção da nota final da disciplina. Três Lagoas-MS 2020 INTRODUÇÃO Rosca é um corpo que possui sulcos. Isto é, a rosca consiste em uma saliência, que apresenta forma helicoidal e se desenvolve, externa ou internamente, ao redor de uma superfície cilíndrica ou cônica. As roscas podem ser internas ou externas, sendo que as internas se encontram no interior das porcas e; as roscas externas se localizam no corpo dos parafusos. As principais aplicações das roscas se baseiam na união e desmontagem de peças e, também, no movimento de peças. Ainda, de acordo com a inclinação dos filetes em relação ao eixo, a rosca pode ser direita ou esquerda, ou seja, apresentar diferentes sentidos de aperto. Um parafuso de rosca esquerda está sendo apertado quando girado no sentido anti- horário, já o de rosca direita, é apertado no sentido horário. A rosca esquerda é utilizada apenas em situações específicas, muito limitadas, como por exemplo o eixo do pedal esquerdo da bicicleta, o qual, se não fosse feito com rosca esquerda, se soltaria quando se pedalasse. Independentemente de seu uso, as roscas são compostas pelos mesmos elementos, diferindo apenas os formatos e dimensões. Cada elemento da rosca possui uma denominação, sendo: filete ou fio a parte saliente do sulco; fundo ou raiz a parte mais baixa e; crista a mais saliente. Além de existir roscas de sentidos diferentes também temos de roscas com perfis variados, que podem ser categorizadas como: quadradas, triangulares, redondas, trapezoidais, entre outras. Roscas Quadradas: são utilizadas para altas pressões de translação, pois oferecem reações normais ao filete. Roscas Triangulares: as roscas triangulares classificam-se segundo o seu perfil em três tipos de roscas (métricas, roscas whitworth e roscas americana), essas roscas são as mais comuns e são empregadas em parafusos e porcas de fixação. Roscas Métricas são riscas do sistema internacional que obedecem ao sistema métrico e seus filetes são constituídos por um triangulo equilátero, portando com um ângulo de 60º, e as roscas métricas fina apresenta um grande número de filetes para a obtenção de uma melhor fixação da rosca, evitando que tenha um afrouxamento. Roscas Whitworth são do tipo inglesa e, portanto, a sua unidade de medida é dada em polegada, o seu perfil apresenta um triangulo isósceles e seu ângulo do filete é igual a 55º Rosca Americana possui um ângulo de 60º, porém seu passo é determinado pelo numero de filetes contido em uma polegada, essa rosca é muito utilizada em veículos automotivos. Rosca Trapezoidais possuem dois modelos, uma para suportar grandes esforços, e outra para transmitir movimento, essas roscas apresentam um movimento suaves e uniforme, por isso tem indicação para parafuso e fuso de movimento. DESENVOLVIMENTO Para a fabricação de uma rosca possuímos três métodos (Rosca usando macho manual, Rosca utilizando o torno e Rosca por meio de tarraxa). Rosca usando macho manual Para a fabricação da rosca interna com a utilização do macho manual precisamos escolher o kit de macho que vamos utilizar no processo de abertura de rosca no caso do exemplo que iremos utilizar vai ser um M20X2, em seguida fazer uma marcação com o punção para fazer o furo com mais facilidade, o diâmetro da broca utilizada no furo tem que ser inferior ao diâmetro do macho utilizado na abertura da rosca. Caso a rosca seja uma rosca que não tenha saída faça um furo maior que a rosca pretendida, para impedir que o macho não consiga ir até o final. No kit de macho, temos um conjunto com três machos, que essa abertura com o macho consiste em três etapas, mas para usar o macho você precisa introduzir ele no desandador de modo que fique bem firme e perpendicularmente. Primeiro você terá que introduzir o macho cônico no desandador posteriormente colocando no furo e exercendo uma ligeira pressão para baixo sobre o macho rodando-o no sentindo horário, logo após a abertura das primeiras espiradas da rosca alivie a pressão e continue com o movimento de rotação pois apenas com o movimento você continuará a abrir a rosca, sempre quando ficar duro não use a força bruta, volte o macho para trás cerca de um quarto de volta para quebrar os cavacos/rebarbas, chegando ao final do macho cônico retire e troque para o macho intermediário, e faça o mesmo procedimento, assim que chegar ao final novamente para finalizar a abertura da rosca utilize o macho de acabamento. É aconselhável usar lubrificação para matérias mais duros para facilitar o processo de abertura de rosca e também não esforce demasiadamente os machos, pois a fabricação dos machos é de alto teor de dureza e se rompe facilmente, a abertura de roscas com macho é um trabalho que deve ter um cuidado grande e agir sempre com segurança. Roscas por meio de tarraxa (Cossinete) Para a fabricação da rosca externa com a utilização da tarraxa ou cossinete precisamos escolher o kit adequando e pedido que vamos utilizar no processo de abertura de rosca. Esse processo consiste em abrir rosca com o uso de uma ferramenta chamada de Cossinete por meio de movimento circular igual na abertura de Rosca por meio de macho. Precisamos usinar o material a ser roscado até ficar no diâmetro ideal para a operação, deixando um chanfro na ponta facilitando o início, depois de fixar o material usinado em uma morsa de modo que evite que a peça gire, devemos fazer uma marcação até onde a rosca será feita, logo após a marcação vamos selecionar o Cossinete que iremos utilizar considerando o passo e o tamanho do material, logo após a seleção do Cossinete devemos selecionar o porta-cossinete, considerando o diâmetro externo do Cossinete, e fazer a montagem do Cossinete no porta-cossinete, regulando todo os parafusos de regulagem, conferindo que esse parafusos batem com a marcação no Cossinete. Com tudo pronto começa o processo de rosqueamento, devemos girar o porta- cossinete no sentido horário, fazendo uma pressão. Após a abertura de dois ou três filetes continuar com movimentos alternativos, a cada meia volta, volte no sentido ao contrario para quebra dos cavacos e para a facilitação da abertura, use lubrificação. E ao final retire o cossinete, girando anti-horário limpe com um pincel a rosca e use um pente de rosca para verificar se a rosca está no passo desejado e estará concluído a abertura da rosca. Roscas utilizando o torno Para a fabricação da rosca externa com a utilização do torno precisamos usinar o material até o diâmetro externo for o tamanho da rosca, e o ideal é chanfrar em um ângulo de 45º o material usinado, para facilitar na entrada da rosca. Após o posicionamento da ferramenta você deve verificar com uma ferramenta que chama escantilhão se está tudo perpendicular em relação à peça e se a ferramenta está afiada corretamente. Depois da verificação da ferramenta e se a peça está posicionada corretamente, vamos para o torno, você deve configurar a caixa de câmbio para selecionar o avanço e o passo da rosca que deseja. Com tudo preparado, avanço, peça e ferramenta, podemos acionar o torno, aproximar a ferramenta e pegar a referencia zero no anel graduado, com o anel graduado zerado, podemos adentrar 0.25mm e engatar o carro principal deixando a ferramenta se deslocar aproximadamente 10 filetes para realizar a verificação do passo da rosca com o pentede rosca, é importante lembrar que você tem que deixar tudo no automático sem desengatar o automático da rosca para não perder o passo, para realizar o retorno você tem que inverter o sentido da rotação do motor com o carro engatado, sempre desencostando a ferramenta da peça. Deve repetir o avanço do carro até chegar na altura correta do filete, sempre controlando pelo anel graduado os sucessivos passos para saber quando deve parar, repetindo até faltar poucos décimos de milímetros para o termino da rosca. Terminando a rosca deve realizar a verificação com o pente de rosca, ou até mesmo com uma porca com o mesmo passo, para verificar que tudo está conforme o esperado, e a rosca esteja com o filete do tamanho correto. É sempre bom usar um fluido de corte, para não sobreaquecer a ferramenta, fazendo com que a mesma perca o corte. Determina-se o avanço, a profundidade de corte e a rotação para a usinagem de uma rosca utilizando uma tabela acoplada ao torno (podendo variar conforme marcas e modelos). A partir da consulta da tabela é necessário ajustar as alavancas em suas devidas posições conforme a rosca que se deseja obter. CÁLCULOS 1- Cálculo da altura do filete Rosca M20X2 he = 0,61343 ∗ P he = 0,61343 ∗ 2 he = 1,22686 A altura do filete vai ser de 1,22686mm, ou aproximadamente 1,25mm 2- Cálculo de quanto material será retirado Temos um tarugo de 2’’, sabendo que o diâmetro do tarugo tem que ficar com 20mm para fazer uma rosca M20X2. 50,8mm − X = 20mm X = 50,8mm − 20mm X = 30,8mm Vai ser retirado 30,8mm de material para assim começarmos a fazer a rosca. 3- Cálculo de quantas passadas serão necessárias para fazer a rosca e para o desbaste do tarugo para ficar até 20mm Cálculo do desbaste levando em consideração que cada passada vai retirar 1mm. 1 = 1mm P = 30,8mm P = 30,8 1 P = 30,8 Vamos ter que dar 30 passadas retirando 1mm e uma passada retirando 0,8mm, então será necessária 31 passadas para usinar o material deixando-o com 20mm. Cálculo de quantidade de passadas necessárias para fazer a rosca. Sabendo que a altura do filete é aproximadamente 1,25mm. 1 = 0,25mm P = 1,25mm P = 1,25 0,25 mm P = 5 Precisamos multiplicar as passadas por dois, pois quando você retira 0,25mm a cada passada de material ele será retirado do diâmetro e não do raio, totalizando assim 0,125mm do raio e não 0,25mm, portanto será necessário dar 10 passadas para fazer com que o filete da rosca fique com o tamanho desejado que é 1,25mm. Essa conta foi feita através da aproximação da altura do filete seja 1,25mm, para ficar de fácil entendimento. Calculo total de passada 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 𝑇𝑑 + 𝑇𝑟 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 31 + 10 𝑇𝑜𝑡𝑎𝑙 = 41 𝑝𝑎𝑠𝑠𝑎𝑑𝑎𝑠 Somando o tanto de passada do desbaste e o de passada que precisamos para fazer a rosca, vão ser necessário 41 passadas para terminar a peça corretamente. RESULTADOS Desenho técnico do corte da rosca. CONCLUSÃO A partir da realização da prática de execução de rosca externa pode-se concluir que foi possível adquirir o aprendizado sobre diferentes tipos de roscas existentes e algumas de suas aplicações, bem como, tomar conhecimento dos termos corretos para nomenclatura dos componentes de roscas. Para se usinar uma rosca, utiliza-se uma ferramenta de fabricação de perfis roscados, podendo ser um Bit ou uma Pastilha de metal duro, com perfil adequado para a rosca desejada. Além disso, a prática realizada permitiu o conhecimento das operações que estão relacionadas ao processo de obtenção de roscas e, ainda, das ferramentas empregadas para a confecção das mesmas e até mesmo de como determinar o avança a profundidade de corte e a rotação para a usinagem da rosca. Toda a matéria que vimos na sala de aula, como sangramento, desbaste, alinhamento, e segurança foi essencial para que tivemos um norte para seguir e como começar a usinar a rosca, com isso ficou mais fácil de qual caminho seguir para chegar a conclusão final da rosca, mas com a motivação compreensão e ensinamentos dos professores tudo fica mais fácil. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Informação sobre rosca por torneamento, utilizando macho e tarraxa. Pdf’s disponibilizado pela professora Acesso: 01 de Agosto de 2020.
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