Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CENTRO UNIVERSITÁRIO SÃO SAMILO Curso de Enfermagem Camila de Oliveira Santos Elisa Maria das Neves Silva Giane Lima de Almeida Isabelle Djenoyom Larissa Roberta dos Santos Oliveira Marcela Aya Tenguan Maria Laura Muterle Silvia de Oliveira Santos TRANSTORNOS PSIQUIÁTRICOS: ANOREXIA E BULEMIA São Paulo 2020 Camila de Oliveira Santos RA: SPGR008942 Elisa Maria das Neves Silva RA: SPGR008483 Giane Lima de Almeida RA: SPGR006735 Isabelle Djenoyom RA:008762 Larissa Roberta dos Santos Oliveira RA: SPGR009530 Marcela Aya Tenguan RA: SPGR009973 Maria Laura Muterle SPGR009745 Silvia de Oliveira Santos SPGR008772 TRANSTORNOS ALIMENTARES: ANOREXIA E BULEMIA Projeto de pesquisa apresentado ao curso de Graduação em Enfermagem do Centro Universitário São Camilo, orientado pela Prof. Ms. Caroline Terrazas, como requisito parcial para a obtenção de nota / avaliação. São Paulo 2020 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 4 2 OBJETIVOS ...................................................................................................... 5 2.1 Objetivo geral ........................................................................................... 5 2.2 Objetivos específicos .............................................................................. 5 3 METODOLOGIA ............................................................................................... 6 4 DESENVOLVIMENTO ...................................................................................... 7 4.1 Transtornos alimentares ......................................................................... 7 4.1.1 Anorexia nervosa .............................................................................. 7 4.1.2 Sinais e sintomas .............................................................................. 9 4.2 Bulimia nervosa ....................................................................................... 9 4.2.1 Sinais e sintomas .............................................................................. 11 4.3 Dados epidemiológicos ........................................................................... 12 4.4 Tratamentos .............................................................................................. 13 4.4.1 Psicoterapia ....................................................................................... 15 4.4.2 Terapia nutricional ............................................................................ 15 4.4.3 Psicofarmacoterapia ......................................................................... 16 4.4.3.1 Psicofarmacoterapia anorexia nervosa ....................................... 16 4.4.3.2 Psicofarmacoterapia bulimia nervosa.......................................... 17 4.5 Prognóstico .............................................................................................. 17 4.5.1 Prognóstico anorexia nervosa ......................................................... 17 4.5.2 Prognóstico bulimia nervosa ........................................................... 18 4.6 Principais diagnósticos de enfermagem ................................................ 18 4.7 Curiosidades ............................................................................................ 21 4.7.1 Descrição de casos .......................................................................... 21 5 CONCLUSÃO ................................................................................................... 23 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 24 APÊNDICE A – Cronograma de execução do projeto ..................................... 27 4 1 INTRODUÇÃO Os transtornos alimentares são doenças psiquiátricas que podem causar prejuízos psicológicos, biológicos e aumento da morbimortalidade. A doença acomete um grande número de pessoas em todo o mundo, no entanto possui maior incidência entre adolescentes e adultos jovens do sexo feminino. Dentre os transtornos alimentares mais comuns destacam-se a anorexia e bulimia nervosas (CARMO; PEREIRA; CANDIDO, 2014). Tais doenças são influenciáveis pela imposição de padrões de beleza, sendo as mulheres as mais afetadas. Segundo ALMBULIM (2011) citado por Candido; Carmo e Pereira (2014), A incidência de Transtornos alimentares é maior no sexo feminino, estima-se que 0,5 a 4% das mulheres desenvolvam Anorexia Nervosa e de 1 a 4,2% desenvolvam Bulimia Nervosa. A Bulimia e Anorexia embora sejam condições diferentes, estão relacionados pela semelhança de alguns sinais e sintomas como: distorção da imagem corporal, medo patológico de engordar, e preocupação excessive com o peso. Tais transtornos causam um impacto na autoestima, bem como sequelas psicossociais e complicações clínicas mediante ao comprometimento do estado nutricional e práticas indevidas compensatórias para o controle de peso e devido à gravidade destas doenças, é importante conhecer seus sinais e sintomas e complicações para que as estratégias de promoção sejam mais efetivas e eficazes (CARMO; PEREIRA; CANDIDO, 2014). 5 2 OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral Introduzir a temática dos transtornos alimentares e suas consequências sob uma perspectiva psicossocial considerando o contexto em que o sofrimento mental se desenvolve. Contudo, desenvolver uma visão clínica sobre os principais diagnósticos de enfermagem do NANDA para o paciente que sofre com a bulimia e anorexia. 2.2 Objetivos Específicos • Definir o que são transtornos alimentares causados pela bulimia e anorexia. • Descrever os principais sinais e sintomas que ocorrem em indivíduos acometidos pela bulimia e anorexia. • Conhecer a epidemiologia relacionada aos transtornos alimentares. • Citar os tratamentos e prognósticos. • Indicar os principais diagnósticos de enfermagem para o paciente que sofre com bulimia e anorexia. 6 3 METODOLOGIA O presente trabalho foi elaborado por meio de revisão bibliográfica e consultas em livros, revistas e artigos científicos relacionados ao tema em sites de busca como Google acadêmico e Scielo. Trata-se de um estudo com abordagem qualitativa descritiva que busca introduzir a temática dos transtornos alimentares através da perspectiva psicossocial. 7 4 DESENVOLVIMENTO 4.1 Transtornos Alimentares Em um cenário do mundo no qual vivemos invadidos de imagens de corpos no padrão estético onde associam a magreza como beleza e um degrau de sucesso na vida, a preocupação com o corpo deixa de ser uma preocupação no lado da saúde e passa a ser um objetivo a ser alcançado, principalmente por meninas adolescentes, jovens e até adultas. Geralmente acontece cedo, na infância já existe a preocupação com o corpo, juntamente com o preconceito de quem não se encaixa nesse padrão. Por isso considera-se uma patologia psiquiátrica que atinge as mulheres de todas as classes sociais. (IDA; SILVA, 2007). Nos manuais classificatórios são chamados de DSM-IV e CID-10 que são as entidades principais de patologia que se referem a Anorexia e Bulimia Nervosa. Segundo Dorfman, Sanchez e Jaeger a anorexia é uma grande luta onde o indivíduo luta contra a fome, e então ele apresenta uma perda de peso considerável e exageradamente devido à resistência na alimentação. Já a bulimia, é a ingestão extrema de alimento e logo após o arrependimento e então, o vômito, a pessoa ganha e perde peso de forma rápida. (IDA; SILVA, 2007). 4.1.1 Anorexia nervosa (AN) A anorexia é caracterizada por uma intensa dieta rigorosa, para que a perda de peso sejarápida, acabando até em amenorreia de tão grande importância. William Gull descreveu três pacientes apresentando um quadro de anorexia sério. Esse quadro clínico era de emagrecimento, amenorreia, hipotermia, edema em membros inferiores, bradicardia, cianose periférica e obstipação. (ABREU; FILHO, 2004). Geralmente esses pacientes apresentam uma baixa autoestima grave, onde os leva a procurar dietas rígidas intercalando com jejum e uso de diuréticos e laxantes para ajudar no emagrecimento de forma rápida (ABREU; FILHO, 2004). Indivíduos que além da anorexia, apresentam também processos bulímicos, tem personalidades diferentes das pacientes que apresentam apenas a anorexia. Geralmente elas são mais obsessivas e perfeccionistas. (ABREU; FILHO, 2004). O que mais assola o profissional que trabalha essa patologia é a dúvida de como essas pacientes chegaram a nível que tornar os alimentos como seus maiores 8 inimigos? A dificuldade no tratamento começa a partir daí, já que a qualquer momento essas pacientes podem cair em “tentação” e voltar com os mesmos hábitos que já haviam sido deixados de lado, e voltando a se prejudicar de forma rápida e até mesmo perigosa. (ABREU; FILHO, 2004). Quando tratamos pacientes com o quadro de bulimia, podemos assegurar que o tratamento não irá repercutir para que ela ganhe peso. Já as que apresentam a anorexia, não podemos afirmar que a mesma não irá ganhar peso, já que o objetivo é esse, que ela fique com o peso ideal para apresentar-se saudável. Por isso a maioria desistem do tratamento. (ABREU; FILHO, 2004). Por mais difícil que seja, as pacientes apresentam duas justificativas para esse ocorrido. A primeira é de que elas sabem que precisam de ajuda, porém elas tem medo do ganho de peso e a mudança estética que isso irá causar. A segunda, é de que essas dietas muito restritivas acabam causando uma grande perda cognitiva, afetando até o discernimento dos problemas que elas estão enfrentando. Gerando assim mais problemas pessoais, cognitivos, físicos, emocionais e até mesmo sociais. (ABREU; FILHO, 2004). Segundo Abreu e Filho (2004), os principais problemas psicológicos que as pacientes apresentam são: • Baixa autoestima • Sentimentos de desesperança • Insatisfação com a própria identidade • Busca de aprovação externa • Grande sensibilidade a críticas • Conflitos relativos aos temas autonomia versus dependência Quando questionamos as anorexias sobre o porquê de tantas resistências ao tratamento oferecido, elas nos respondem com essas frases: “Gosto do jeito que me sinto quando estou magra”, “Sou mais respeitada e recebo mais elogios”, “O que todos tentam fazer, eu mostro que posso fazer melhor”, “Gosto da atenção que recebo”, “Gosto das roupas que posso/consigo usar”, “Fico melhor desse jeito”, “É realmente nojento ter gordura em meu corpo e agora não tenho mais este problema”, “Minha família e meu médico se preocupam comigo”, “Posso manter as pessoas a distância”, “Não preciso ficar menstruada”, “Sinto como se estivesse em contato com o sofrimento 9 do mundo”, “Me sinto mais saudável e com mais energia quando estou com pouco peso”, “Me sinto mais confiante e capaz quando estou magra”, “Gosto do sentimento de autocontrole”, “Me sinto mais poderosa quando não como”, “Quando estou magra, percebo melhor as coisas” , “Me sinto especial, pura e diferenciada” (ABREU; FILHO, 2004). Como vemos, fica claro que elas usam essas expressões para se sentirem melhor e mais confortáveis, havendo assim uma “desculpa” para se restringirem ainda mais da comida e continuar apresentando essa patologia. E alcançando as suas metas, que é apresentar-se sempre mais magra (ABREU; FILHO, 2004). 4.1.2 Sinais e sintomas A anorexia nervosa (AN) se dá inicialmente pela restrição alimentar, ou seja, em relação aos alimentos ricos em carboidratos e lipídios, comportamentos como se alimentar e evitar locais públicos são comuns assim como a preocupação alimentar dos familiares, exercícios físicos esgotantes são realizados constantemente. Apresentam características obsessivas compulsivas, utilizam de maneira continua laxantes, diuréticos, anorexígenos e induzem o vômito para compensar a quantidade excessiva de alimentos ingeridos ou para fazer o controle do peso (PACCOLA, 2006). Apresenta sinais físicos que tem como característica a desnutrição e também alterações bioquímicas. Podem apresentar também amenorreia (descontinuação do ciclo menstrual), dores abdominais, alopecia (perda de cabelo ou pelo de uma área específica), plenitude gástrica (ROCHA, 2018). 4.2 Bulimia nervosa (BN) A bulimia se apresenta como uma grande ingestão de alimentos de forma rápida, vindo assim o arrependimento, e em seguida, o vômito. Considerando também o uso de medicamentos como os laxantes e diuréticos para ajudar ainda mais o processo de emagrecimento. (ABREU; FILHO, 2004). O conceito de bulimia que conhecemos atualmente, foi descrita por Russel(1979), onde ele descreve algumas mulheres com peso normal e um enorme medo de ganhar peso, episódios bulímicos e indução de vômitos. Como ele havia pesquisado que essas pacientes apresentaram anorexia no passado, ele considerou que a bulimia seria uma “estranha” sequela da anorexia nervosa (ABREU; FILHO, 2004). 10 Pelas pesquisas, geralmente a ingestão de alimentos é em média de 2 a 4 mil calorias por dia, mas já relataram a ingesta de 20 mil calorias por dia. Algo fora da normalidade. Os pacientes com bulimia apresentam pensamentos alterados sobre a ingestão e os seus hábitos alimentares, juntamente de seu peso corporal. Essas pacientes apresentam uma autoestima bem flutuante, acreditando que os seus problemas serão resolvidos com a perca de peso que tanto almejam. Fazendo dietas que são impossíveis de segui-las. (ABREU; FILHO, 2004). Essas pacientes procuram resolver os seus problemas de forma errônea, que é a do emagrecimento extremo, como se você ser magra fosse lhe trazer a felicidade que tanto almeja. (ABREU; FILHO, 2004). Lembrando que mantendo-se privados da ingestão calórica acaba tornando-se uma batalha difícil de ser enfrentada, começando assim os problemas. Como não é possível manter-se em uma restrição alimentar drástica por muito tempo as alterações e os desequilíbrios alimentares começam a aparecer, resultando assim em uma próxima alimentação compulsória e assim apresentando um descontrole total que só pode ser compensado pelos vômitos, uso de laxantes, prática excessiva de exercícios e uso de laxantes (ABREU; FILHO, 2004). Figura 1 – Sequência de eventos caracterizada da bulimia nervosa Fonte: FAIRBURN; MARCUS; WILSON,1993 apud ABREU; FILHO, 2004. Provavelmente, uma das causas dessa patologia é a própria desorganização pessoal. Alguns pesquisadores acreditam que a tentativa da restrição alimentar seja 11 para obter ordenação e estabilidade. É por isso que algumas intervenções para o tratamento psicológico são baseados em estratégias de resolução de problemas, transmitindo uma base forte para a mudança (ABREU; FILHO, 2004). Devido a essa auto rejeição a vida amorosa dessas pacientes acaba sendo prejudicado, por elas acharem que são sempre ruins para o seu companheiro. Se sentindo gorda e sem merecimento daquele relacionamento. Devido a isso, não é de se surpreender imaginar que essas pacientes estão procurando algo que nem elas mesmos sabem o que é. (ABREU; FILHO, 2004). Essas pacientes estão sempre buscando a perfeição, a magreza e a estética perfeita exigida pelas mídias. Sendo assim, elas tornam-se instáveis em vários parâmetros pessoais e sociais. Que acaba se apresentado uma mulher de identidade incompleta. (ABREU; FILHO, 2004). Alguns fatores ligados a arquitetura emocional são importantes de serem ressaltados: a) baixa autoestima; b) pensamento do tipo “tudo ou nada” (ou seja, funciona através dos valores opostos);c) ansiedade alta; d) perfeccionismo; e) incapacidade de encontrar formas de prazer e satisfação; f) busca de problemas nas coisas; g) exigência alta; h) incapacidade de “ser feliz” (ABREU; FILHO, 2004). 4.2.1 Sinais e sintomas Na bulimia nervosa (BN) é utilizado esforços para controlar o peso com exercício físico excessivo e dietas rigorosas, é utilizada a provocação de vômitos e abuso de diuréticos, laxantes e anorexígenos. Apresentam alterações físicas e bioquímicas geralmente causadas pela provocação de vômitos, como por exemplo, dentes gastos, hipertrofia de glândulas salivares, cicatrizes no dorso das mãos, e hipopotassemia (PACCOLA, 2006). 12 Possui também os efeitos oro-dentais dentro dessas situações que podem ser classificados como intra oral e extra oral. No intra oral são incluídos perimólise, lesões nas áreas de tecido mole, xerostomia, doença carie, doença periodontal, perda de dimensão vertical. Já na extra oral ocorre o aumento da glândula periodontal, lanugo, perda de cabelo, surgimento de lipoma. Tanto na anorexia quanto na bulimia as pessoas que têm esse transtorno apresentam baixa autoestima, sentimento de culpa, vergonha, ansiedade e depressão. (ROCHA, 2018). 4.3 Dados epidemiológicos Segundo Borges et.al. (2006) citado por Candido; Carmo e Pereira (2014), a etiologia dos transtornos alimentares é determinado por uma diversidade de fatores, biológicos, genéticos, psicológicos, socioculturais e familiares. No entanto segundo Nielsen (2001) citado por Candido; Carmo e Pereira (2014), a incidência de transtorno alimentar é maior no sexo feminino, sendo a incidência de anorexia nervosa de aproximadamente 8 por 100 mil indivíduos. Em homens, estima-se que seja menos de 0,5 por 100 mil indivíduos por ano. Estes dados representam um grave problema de Saúde pública e um grande impacto social, devido a sua relação direta com transtornos psiquiátricas. As taxas de Mortalidade deixa claro a necessidade e a importância de investigar e compreender causas, bem como as características associadas (CANDIDO; CARMO; PEREIRA, 2014). São considerados fatores predisponentes: sexo feminino; baixa auto- estima; traços obsessivos e perfeccionistas (AN) ouimpulsividade e instabilidade afetiva (BN); dificuldade em expressar emoções;história de transtornos psiquiátricos como depressão, transtornos da ansiedade (AN) ou dependência de substâncias (BN); tendência à obesidade; alterações da neurotransmissão; abuso sexual; agregação familiar; hereditariedade; histórico familiar de TA; padrões de interação familiar como rigidez, intrusividade e evitação de conflitos (AN) ou desorganização e falta de cuidados (BN); além dos fatores sócio- culturais como por exemplo o ideal cultural de magreza (MORGAN et al., 2002; BORGES et al., 2006 apud CANDIDO; CARMO; PEREIRA, 2014). 13 Tabela 1 – Óbitos por Transtornos da Alimentação por Região Brasileira no período de 2014 a 2018. Fonte: DATASUS Os dados apresentados pelo DATAUS do Ministério da saúde referente aos anos de 2014 a 2018, mostram a quantidade de óbitos por transtornos alimentares nas cinco regiões Brasileiras. Dentre elas a doença tem maior incidência na Região Sudeste. Conforme ao site MedicinaNet, da editora Artmed Panamericana, o CID 10 que se encaixaria com os transtornos alimentares é o F 50- Transtornos da alimentação, e em suas especificações temos (CID... 2020): Quadro 1 – CID 10 Transtornos da alimentação Fonte: MedicinaNet 4.4 Tratamentos O tratamento dos transtornos alimentares costuma ser quase sempre um processo desafiador e bem complexo, pois o paciente e até mesmo a família acabam 14 entrando em uma situação de confusão e desespero. Existem diversas formas de tratamento, dentre elas estão a terapia nutricional, que se baseia em uma orientação e reeducação alimentar, a psicofarmacoterapia caso haja alguma comorbidade psiquiátrica e a psicoterapia que pode ser de forma individual ou com um grupo familiar (RIBEIRO; SANTOS, P.C.M; SANTOS J.E, 1998). O manejo terapêutico tanto da anorexia nervosa quanto da bulimia nervosa são desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar, composta por atendimento base com médico psiquiatra, psicólogo e nutricionista, visto que diversos fatores contribuem para o desenvolvimento e manutenção dos transtornos alimentares, em casos de comorbidade psiquiátrica a abordagem feita é psicofarmacológica (BORGES et al, 2006). Por conta de uma etiologia com múltiplos fatores, a anorexia nervosa (AN) é considera uma condição com difícil tratamento. Uma constituição multidisciplinar é a parte fundamental para o sucesso terapêutico, pois os profissionais envolvidos trabalham de forma conjunta para melhor evolução do paciente em questão (APPOLINÁRIO; CLAUDINO, 2000). O caso de internação hospitalar deve ser considerado em pacientes cujo peso corporal esteja abaixo de 75% do mínimo ideal, quando estão perdendo peso de forma acelerada ou quando é necessário uma monitorização contínua das suas condições clínicas. Deve ser indicado o tratamento ambulatorial, nas situações em que o paciente dispõe de um bom suporte social, não apresenta perda de peso rapidamente, o estado metabólico permanece estável e não apresenta os critérios de gravidade descritos anteriormente e que indicam a necessidade de uma internação. (APPOLINÁRIO; CLAUDINO, 2000). A necessidade de internação hospitalar em casos de bulimia nervosa (BN) está relacionada com o aparecimento de complicações médico-psiquiátricas, de ciclos não reprimidos de compulsão alimentar e vômitos, do abuso de laxantes ou outras drogas e de outros comportamentos de risco. Na maior parte dos casos o tratamento é feito em ambiente extra-hospitalar, no início são testadas abordagens como a psicoterapia cognitivo-comportamental, instrução e aconselhamento nutricional e em último caso considera a utilização de antidepressivos como por exemplo a fluoxetina que auxilia no controle dos episódios de compulsão alimentar, porém psicoterapia em suas 15 diversas modalidades ainda é um dos pilares centrais para o tratamento (APPOLINÁRIO; CLAUDINO, 2000). 4.4.1 Psicoterapia Existe uma grande variedade nos modelos de psicoterapia considerados psicodinâmicos, fazendo com que a padronização para o tratamento psicoterápico seja difícil. A psicoterapia psicodinâmica tem recomendação quando os outros tratamentos mais breves acabam sendo insuficientes. Porém não há evidência de que uma forma específica de psicoterapia seja adequada para o perfil de todos os pacientes (GORGATI; HOLCBERG; OLIVEIRA, 2002). A terapia cognitivo-comportamental para os transtornos alimentares desenvolveu-se a partir de uma análise sistemática das perturbações emocionais, cognitivas e comportamentais características. Os programas de tratamento baseiam-se, amplamente, nas técnicas básicas para a redução da ansiedade, auto manejo do comportamento e modificações de cognições mal adaptativas (CHANNON; WARDLE, 1994 apud FARIA; SHINOHARA, 1998). A psicoterapia pode ser conduzida de forma individual ou em grupo, dependendo da situação do paciente. Essa modalidade de tratamento tem como objetivo contribuir na melhora dos sintomas e na prevenção das recaídas, mas ela acaba sendo insuficiente como um tratamento exclusivo, necessitando de outras abordagens ao mesmo tempo (GORGATI; HOLCBERG; OLIVEIRA, 2002). 4.4.2 Terapia nutricional A terapia nutricional tem grande importância no tratamento dos transtornos alimentares, ela é dividida em duas fases: educacional e a experimental. A fase educacional tem como objetivos a coleta e o compartilhamento de informações sobre a história de alimentação do paciente, o processo de estabelecimento de uma relação para colaboração, definição dos conceitos sobre os alimentos, apresentação dos padrões de fome e do consumo alimentar e a orientaçãobásica para a família ALVARENGA; LARINO, 2002). Na fase experimental, os objetivos são mais terapêuticos como: separar o comportamento relacionado ao alimento e o peso, de sentimentos e questões psicológicas; incrementação das mudanças de comportamento alimentar; o aumento a diminuição do peso de forma gradual; a orientação da manutenção de um peso 16 adequado e o comportamento com o alimento em situações sociais ALVARENGA; LARINO, 2002). A terapia nutricional deve ajudar o paciente a entender suas necessidades nutricionais, bem como ajudar a iniciar uma escolha alimentar por meio de um aumento da variedade na dieta e da prática de comportamentos adequados. Uma técnica efetiva envolve mudança das crenças errôneas e ajuda o paciente a ter percepções e interpretações mais adequadas de dieta, nutrição e relação entre inanição e sintomas físicos (ALVARENGA; LARINO, 2002). O tratamento nutricional deve envolver também o uso do diário alimentar (Tabela 1), onde o paciente faz o registo da data, hora, local das refeições, da qualidade e quantidade ingerida e se houve ou não episódios de compulsão alimentar e compensações. Essa é uma técnica comportamental de automonitorização, sendo uma prática recomendada e de bons resultados no tratamento (ALVARENGA; LARINO, 2002). Tabela 2 – Modelo de diário alimentar Fonte: ALVARENGA; LARINO, 2002. 4.4.3 Psicofarmacoterapia 4.4 .3.1 Psicofarmacoterapia anorexia nervosa (AN) Alguns medicamentos têm sido estudados para serem usados no tratamento da anorexia, mas a grande maioria é realizado na fase aguda e o principal foco é o ganho de peso. No início muitos medicamentos após os estudos se mostraram promissores (APPOLINARIO; BACALTCHUK, 2002) Até o momento foram estudados os antidepressivos (clomipramina, amitriptilina e fluoxetina), os antipsicóticos(pimozida, sulpirida), e outros como(cipro-heptadina, lítio, tetra-hidro-canabiol, clonidina, natrexona, hormônio do crescimento, zinco e cisaprida) (APPOLINARIO; BACALTCHUK, 2002) 17 4.4.3.2 Psicofarmacoterapia bulimia nervosa (BN) Muitos medicamentos foram avaliados na bulimia nervosa como por exemplo: naltrexona, lítio, d-fenfluramina, difenil-hidantoína, Ltriptofano. Mas as mais usadas para o tratamento são os antidepressivos. Recentemente alguns estudos também incluíram o Ondansetrona e o topimarato como medicamentos para o tratamento (APPOLINARIO; BACALTCHUK, 2002) 4.5 Prognóstico O conhecimento dos indicadores de bom e mau prognóstico dos transtornos alimentares oferece a possibilidade de determinação para uma precisão de tempo, intensidade e tipo de tratamento, principalmente nessas doenças em que o tempo de duração é longo (PINZON; NOGUEIRA, 2004). 4.5.1 Prognóstico anorexia nervosa (AN) Estudos apontam que pacientes com AN tem pior prognóstico quando o início do transtorno acabando sendo tardio, duração da doença prolongada (antes do tratamento ou por intervenções mal sucedidas), peso inicial muito abaixo do ideal, relações familiares conturbadas antes do transtorno familiar, baixo peso na alta hospitalar, abuso ou dependência de álcool e doença afetiva durante o período da AN (HERZOG et al., 2000; KEEL et al., 2003 apud PINZON; NOGUEIRA, 2004). Este transtorno alimentar, pode comprometer os órgãos vitais como o coração e o cérebro, devido a desnutrição resultante. O resultado da amenorreia é causado pois, o organismo tende a se defender reduzindo a sua atividade com isso a menstruarão é interrompida, assim como também reduz a frequência respiratória, o pulso e até a pressão arterial (FARIA; SHINOHARA, 1998). A tireoide, que é responsável pelo controle do metabolismo também tem sua atividade reduzida, percebe-se que as unhas e cabelos se tornam mais frágeis e quebradiços, além disso a pele se torna ressecada e com a tonalidade amarelada. O fato de a anorexia ser acompanhada de outras doenças psíquicas não é incomum. Em alguns casos a depressão clínica pode ser diagnosticada nos pacientes com anorexia nervosa (FARIA; SHINOHARA, 1998). 18 4.5.2 Prognóstico bulimia nervosa (BN) No caso de BN indicam pior evolução da doença em situação de sintomatologia mais severa, alta frequência de vômitos no início do quadro clínico, oscilações extremas do peso corporal, episódios e impulsividade, baixa autoestima, atitudes suicidas e uso de substâncias no início da doença (GUIDELINE, 2000; HERZOG et al., 1996; KEEL et al., 1999 apud PINZON; NOGUEIRA, 2004). Com o fato de comer compulsivamente e logo em seguida provocar o vômito, pode acabar comprometendo o organismo seriamente, pois o ácido clorídrico que está presente no estômago e também no vômito pode desgastar o esmalte dos dentes, provocar inflamações no esôfago e até mesmo lesões nos dedos que são introduzidos na garganta para a provocação da ação de expelir os alimentos presentes no estômago (FARIA; SHINOHARA, 1998). 4.6 Principais diagnósticos de enfermagem O cuidado de enfermagem para pacientes com anorexia nervosa ou bulimia nervosa deve ser baseado em uma avaliação abrangente, incluindo histórico médico, estado mental, tratamento, e os sintomas do transtorno alimentar central. Tendo em vista que, a equipe de enfermagem é a que mais tem contato com o paciente, e, por isso, os responsáveis por manter relações que sejam benéficas para a adesão ao tratamento (OLIVEIRA, 2014). Sendo assim, a relação terapêutica entre o enfermeiro e o paciente auxilia na implementação do processo de enfermagem. E para isso é utilizada uma linguagem padronizada, estabelecendo os principais diagnósticos de enfermagem do paciente através do North American Nursing Diagnosis Association – NANDA (OLIVEIRA, 2014). Aos pacientes com anorexia ou bulimia, foram definidos os seguintes diagnósticos: a) Distúrbio da Imagem Corporal Definição: Confusão na imagem mental do eu físico. Características definidoras: • Alteração na estrutura corporal • Alteração na visão do próprio corpo 19 • Esconder parte do corpo • Sentimento negative em relação ao corpo • Mudança no envolvimento social b) Baixa autoestima crônica Definição: Avaliação e/ou sentimentos negativos sobre as próprias capacidades, com duração de pelo menos 3 meses. Características definidoras: • Culpa • Depende de opinião dos outros • Exagera no feedback negativo de si mesmo • Vergonha • Rejeita feedback positivo c) Nutrição desequilibrada: menor do que as necessidades corporais Definição: Ingestão de nutrientes insuficiente para satisfazer às necessidades metabólicas. Características definidoras: • Aversão ao alimento • Ingestão de alimentos menor que a ingestão diária recomendada (IDR) • Membranas e mucosas pálidas • Peso corporal 20% ou mais baixo do ideal • Tônus muscular insuficiente d) Volume de líquidos deficiente Definição: Diminuição do líquido intravascular, intersticial e/ou intracelular. Refere-se à desidratação, perda de água apenas, sem mudança no sódio. Características definidoras: • Alteração no estado mental • Alterações no turgor da pele 20 • Sede • Perda súbita de peso • Fraqueza e) Risco de desequilíbrio Eletrolítico Definição: Suscetibilidade a mudanças nos níveis de eletrólitos séricos que pode comprometer a Saúde. Características definidoras: • Volume de líquidos deficientes • Diarreia • Vômito f) Ansiedade Definição: Sentimento vago e incômodo de desconforto ou temor, acompanhado por resposta autonômica ( a fonte é frequentemente não específica ou desconhecida para o indivíduo); sentimento de apreensão causado pela antecipação de perigo. É um sinal de alerta que chama a atenção para um perigo iminente e permite ao indivíduo tomar medidas para lidar com a ameaça. Características definidoras: • Insônia • Medo • Irritabilidade • Tremores • Anorexia • Fraqueza • Desmaio • Confusãog) Risco de Infecção Definição: Suscetibilidade a invasão e multiplicação de organismos patogênicos que pode comprometer a Saúde. 21 Características definidoras: • Alteração na integridade da pele • Desnutrição Além disso, os cuidados devem ser tanto físicos, quanto psíquicos e sociais, para que melhore o quadro clínico. Tendo como objetivos específicos: o aumento do peso corporal do paciente, tratamento dos múltiplos sintomas psiquiátricos associados, orientação e tratamento familiar, para que saibam como lidar com o paciente caso esteja fazendo o tratamento em casa (TOLEDO; RAMOS; WOPEREIS, 2011). 4.7 Curiosidades Sabe-se que as doenças pertencentes ao grupo dos transtornos alimentares costumam afetar especialmente adolescentes e adultos jovens do sexo feminino, levando a marcantes prejuízos psicológicos, sociais e aumento de morbidade e mortalidade (FARAH; MATE, 2015). Você pode encontrar ainda uso de Annas e Mias que são termos utilizados como uma alusão à anorexia e à bulimia, bem como uma identidade coletiva constituída por jovens (FARAH; MATE, 2015). 4.7.1 Descrição de casos “Chegar a Anna” é chegar num estado natural do corpo. Um mecanismo natural de defesa para épocas de escassez. Ser Anna é viver com o mínimo e não com nada. Pois sem nada, o único lugar a se chegar não é a perfeição e sim, a morte. Ser Anna é encontrar um equilíbrio entre a vida, a magreza e a beleza (FARAH; MATE, 2015). Neste relato pode-se ver o lado de pessoas que vem a anorexia como uma procura de um equilíbrio, uma ideia não de que viver dessa forma levará a morte e sim uma busca pela perfeição. O desejo de morte alimenta-se do silêncio entre um texto e outro pois, que se nutre da falta, é um desejo anoréxico. Alimenta-se também de muitos outros vazios, dos detalhes do dia a dia que apenas configuram num imenso mar de nada. Ainda cuido para me retalhar mais e sempre, porque ainda preciso mostrar algo só desenhando no corpo (CREPAUDI, 2015). Nesse paragrafo pode-se entender a dor das pessoas que apresentam um quadro de anorexia ou bulimia, o quanto muitas vezes o que antes para elas poderia 22 ser uma forma de “escapar” da dor, ou da realidade em que vivem, se torna algo que sai do controle e precisam de ajuda para se recuperar não só do seu quadro físico ou nutricional, mais principalmente o emocional. A única coisa que ainda faço por mim mesma é ficar sem comer. Eu não quero fazer o que os outros querem e parece que emagrecer é a única coisa que eu ainda consigo fazer por mim mesma, se eu não conseguir é como se eu fracassasse (AMARAL, FERREIRA, 2008). Aqui neste relato pode-se entender o lado de pessoas que são perfeccionista e “se cobram” muitas vezes além do que podem fazer, e como se ficar magra fosse a única coisa que ela domina em sua vida. Sou igual a um hamster, na gaiola só girando naquela rodinha sem conseguir sair. Nem estou sentindo mais dor, estou sofrendo. Quando a gente sente dor, dá uma casquinha, só que agora não tem jeito de dar casquinha, a ferida é muito funda. É preciso que eu abandone todo mundo, antes que todo mundo me abandone. Não quero amar ninguém (AMARAL, FERREIRA 2008). Nesse paragrafo pode-se entender a dor das pessoas que apresentam um quadro de anorexia ou bulimia, o quanto muitas vezes o que antes para elas poderia ser uma forma de “escapar” da dor, ou da realidade em que vivem, se torna algo que sai do controle e precisam de ajuda para se recuperar não só do seu quadro físico ou nutricional, mais principalmente o emocional. Quando passei no vestibular e vim para cá, parei o esporte e ganhei peso. Como compulsivamente até acabar o que tem no armário e na geladeira, ou então quando percebo a presença de alguém em casa. Sinto uma culpa enorme e choro ao mesmo tempo, fico pensando no que a minha mãe vai dizer: - Você não tem vergonha na cara. Não emagrece porque não quer. É como se eu tivesse que corresponder, tivesse que ser forte (AMARAL, FERREIRA 2008). Nesse paragrafo pode-se entender a dor das pessoas que apresentam um quadro de anorexia ou bulimia, o quanto muitas vezes o que antes para elas poderia ser uma forma de “escapar” da dor, ou da realidade em que vivem, se torna algo que sai do controle e precisam de ajuda para se recuperar não só do seu quadro físico ou nutricional, mais principalmente o emocional. 23 5 CONCLUSÃO Levando-se em conta o que foi observado, percebemos que o trabalho que o profissional de saúde com o paciente que apresenta algum desses transtornos alimentares apresentados acima é intenso e repleto de desafios. A abordagem juntamente da assistência completa e bem desenvolvida para com esse paciente faz uma enorme diferença na resposta do indivíduo ao tratamento proposto. Já que esse paciente está passando por transtornos mentais difíceis de lidar que, no caso, a anorexia e bulimia, onde causam um estresse intenso, baixa autoestima, autonegação entre outros problemas psicológicos. Nos quais podem desenvolver-se dificuldades até nas relações sociais que esse indivíduo faz parte, já que ele sempre se sente inferior ao próximo. Todavia, mesmo com um prognóstico não tão bom, se o profissional que tratar desse paciente estiver preparado tecnicamente e obter embasamento para suas ações podemos reverter o quadro de forma satisfatória. Um diagnóstico precoce e uma abordagem terapêutica de resposta rápida são de profunda importância para um manejo clínico. Esperamos também que haja um diálogo multidisciplinar para que esse paciente seja observado por diversos olhares diferentes para que se monte um plano de cuidados clínicos para o mesmo. Infelizmente a mídia ainda acaba influenciando cada vez mais esses jovens sobre o que devemos ou não ser, o que vestir, o que comer e como ser e isso, agravando patologias graves entre outros. Os dados que temos sobre os problemas psicológicos que as pessoas apresentam devido esse padrão estético são alarmantes e preocupantes. 24 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABREU, Cristiano Nabuco; FILHO, Raphael Cangelli. Anorexia nervosa e bulimia nervosa – abordagem cognitivo-construtivista de psicoterapia, 2004. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/rpc/v31n4/22405.pdf > Acesso em 11 de jun. 2020. ALVARENGA, Marle; LARINO, Maria Aparecida. Terapia nutricional na anorexia e bulimia nervosas. Rev. Bras. Psiquiatr. 2002. Disponível em: < https://www.scielo.br/pdf/rbp/v24s3/13970.pdf>. Acesso em: 8 jun. 2020. APPOLINARIO, José C; BACALTCHUK, Josue. Tratamento farmacológico dos transtornos alimentares transtornos alimentares. 2002. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/rbp/v24s3/13973.pdf>. Acesso em 11 de jun. 2020. APPOLINÁRIO, José Carlos; CLAUDINO, Angélica M. Transtornos alimentares. São Paulo, 2000. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/rbp/v22s2/3793.pdf>. Acesso em: 9 jun. 2020. BORGES, Nádia Juliana Beraldo Goulart et al. Transtornos alimentares - quadro clínico. Ribeirão Preto, 2006. Disponível em: <http://revista.fmrp.usp.br/2006/vol39n 3/4_transtornos_alimentares_quadro_clinico.pdf>. Acesso em: 7 jun. 2020. BRASIL. Datasus. Tabnet. Disponível em: < http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.e xe?sim/cnv/obt10uf.def>. Acesso em 15 de jun. 2020. CARMO, Cristiane Costa; PEREIRA, Priscila Moreira de Lima; CÂNDIDO, Ana Paula Carlos. Transtornos Alimentares: Uma revisão dos aspectos etiológicos e das principais complicações clínicas. 2014. Disponível em: <http://docs.bvsalud.org/biblioref/2016/09/1845/2439-13557-1-pb.pdf> Acesso em: 15 de Jun. 2020. CID 10: F50 - Transtornos da alimentação. F50 - Transtornos da alimentação. 2020.Disponível em: <http://www.medicinanet.com.br/cid10/1543/f50_transtornos_da _alimentacao.htm>. Acesso em: 16 jun. 2020. CREPAUDI, Cecilia Maria. Relato de um caso de anorexia, Rev. Latinoam. Psicopat. Fund., São Paulo, 18(3), 551-562,set. 2015. Disponível em: < https://www.scielo.br/pdf/rlpf/v18n3/1415-4714-rlpf-18-3-0551.pdf > Acesso 14 de junho de 2020. https://www.scielo.br/pdf/rpc/v31n4/22405.pdf https://www.scielo.br/pdf/rbp/v24s3/13970.pdf https://www.scielo.br/pdf/rbp/v24s3/13973.pdf https://www.scielo.br/pdf/rbp/v22s2/3793.pdf http://revista.fmrp.usp.br/2006/vol39n3/4_transtornos_alimentares_quadro_clinico.pdf http://revista.fmrp.usp.br/2006/vol39n3/4_transtornos_alimentares_quadro_clinico.pdf http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sim/cnv/obt10uf.def http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sim/cnv/obt10uf.def http://docs.bvsalud.org/biblioref/2016/09/1845/2439-13557-1-pb.pdf https://www.scielo.br/pdf/rlpf/v18n3/1415-4714-rlpf-18-3-0551.pdf 25 FARAH, Marisa Helena Silva; MATE, Cecilia Hanna. Uma discussão sobre as práticas de anorexia e bulimia como estéticas de existência. Educ. Pesqui., São Paulo, v. 41, n. 4, p. 883-898, out./dez. 2015. Disponível em: < https://www.scielo.br/pdf/ep/v41n4/1517-9702-ep-1517-97022015021539.pdf > Acesso em: 14 de junho de 2020. FARIA, Silvia Pedroza; SHINOHARA, Helene. Transtornos alimentares. Curitiba, 1998. Disponível em: < https://revistas.ufpr.br/psicologia/article/view/7644/5453>. Acesso em: 15 jun. 2020. AMARAL, Tatiana Mattos; FERREIRA, Roberto Assis. Anorexia e Bulimia – Um transtorno alimentar: Não se trata disso. Rev. Med. Minas Gerais 2008; 18(4 Supl 1): S5-S12. Disponível em: <http://rmmg.org/artigo/detalhes/1394>. Acesso em: 14 de junho de 2020. GORGATI, Soraia Bento; HOLCBERG, Alessandra S.; OLIVEIRA, Marilene Damaso. Abordagem psicodinâmica no tratamento dos transtornos alimentares tratamento dos transtornos alimentares. São Paulo, 2002. Disponível em: < https://www.scielo.br/pdf/rbp/v24s3/13971.pdf>. Acesso em: 12 jun. 2020. IDA, Sheila Weremchuk; SILVA, Rosana Neves. Transtornos alimentares: uma perspectiva social. Fortaleza, 2007. Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518- 61482007000200010 >. Acesso em 11 jun. 2020. NORTH AMERICAN NURSING DIAGNOSIS ASSOCIATION. Diagnósticos de Enfermagem da NANDA: definições e classificação 2018-2020. 11ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2018. OLIVEIRA, Leilaísa Gonçalves. Produção científica de enfermeiros sobre os transtornos alimentares. 2014. 49 f. TCC (Doutorado) - Curso de Enfermagem, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Gande, 2014. Disponível em: < https://inisa.ufms.br/files/2019/08/PRODU%C3%87%C3%83O- CIENT%C3%8DFICA-DE-ENFERMEIROS-SOBRE-OS-TRANSTORNOS- ALIMENTARES.pdf > Acesso em: 12 jun. 2020. PACCOLA, Ana Teresa F. Escuta psiquiatra: sinais e sintomas de anorexia nervosa e bulimia nervosa. 2010. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/ep/v41n4/1517-9702-ep-1517-97022015021539.pdf https://revistas.ufpr.br/psicologia/article/view/7644/5453 http://rmmg.org/artigo/detalhes/1394 https://www.scielo.br/pdf/rbp/v24s3/13971.pdf http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-61482007000200010 http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1518-61482007000200010 https://inisa.ufms.br/files/2019/08/PRODU%C3%87%C3%83O-CIENT%C3%8DFICA-DE-ENFERMEIROS-SOBRE-OS-TRANSTORNOS-ALIMENTARES.pdf https://inisa.ufms.br/files/2019/08/PRODU%C3%87%C3%83O-CIENT%C3%8DFICA-DE-ENFERMEIROS-SOBRE-OS-TRANSTORNOS-ALIMENTARES.pdf https://inisa.ufms.br/files/2019/08/PRODU%C3%87%C3%83O-CIENT%C3%8DFICA-DE-ENFERMEIROS-SOBRE-OS-TRANSTORNOS-ALIMENTARES.pdf 26 <http://www.luzimarteixeira.com.br/wp-content/uploads/2010/02/sintomas-e-sinais- de-anorexia-e-bulimia.pdf >. Acesso em: 10 jun. 2020. PINZON, Vanessa; NOGUEIRA, Fabiana Chamelet. Epidemiologia, curso e evolução dos transtornos alimentares. Rev. Psiquiatr. Clín. 2004. Disponível em: <https://www.scielo.br/pdf/rpc/v31n4/22399.pdf>. Acesso em: 12 jun. 2020. RIBEIRO, Rosane Pilot Pessa; SANTOS, Paulo César Monteiro; SANTOS, José Ernesto. Distúrbios da conduta alimentar: anorexia e bulimia nervosas. Ribeirão Preto, 1998. Disponível em: < http://revista.fmrp.usp.br/1998/vol31n1/disturbios_conduta_alimentar.pdf>. Acesso em: 7 jun. 2020. ROCHA, Larissa Oliveira. Transtornos alimentares e suas manifestações bucais. 2018. Disponível em: <http://repositorio.saolucas.edu.br:8080/xmlui/bitstream/handle/123456789/2898/Lari ssa%20Oliveira%20Rocha%20%20Transtornos%20alimentares%20e%20suas%20 manifesta%C3%A7%C3%B5es%20bucais.pdf?sequence=1 >. Acesso em: 10 jun. 2020. TOLEDO, Vanessa Pellegrino; RAMOS, Natália Amorim; WOPEREIS, Flávia. Processo de Enfermagem para pacientes com Anorexia Nervosa. 2011. Disponível em: < https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034- 71672011000100029&lng=pt&tlng=pt > Acesso em: 13 jun. 2020. http://www.luzimarteixeira.com.br/wp-content/uploads/2010/02/sintomas-e-sinais-de-anorexia-e-bulimia.pdf http://www.luzimarteixeira.com.br/wp-content/uploads/2010/02/sintomas-e-sinais-de-anorexia-e-bulimia.pdf https://www.scielo.br/pdf/rpc/v31n4/22399.pdf http://revista.fmrp.usp.br/1998/vol31n1/disturbios_conduta_alimentar.pdf http://repositorio.saolucas.edu.br:8080/xmlui/bitstream/handle/123456789/2898/Larissa%20Oliveira%20Rocha%20%20Transtornos%20alimentares%20e%20suas%20manifesta%C3%A7%C3%B5es%20bucais.pdf?sequence=1 http://repositorio.saolucas.edu.br:8080/xmlui/bitstream/handle/123456789/2898/Larissa%20Oliveira%20Rocha%20%20Transtornos%20alimentares%20e%20suas%20manifesta%C3%A7%C3%B5es%20bucais.pdf?sequence=1 http://repositorio.saolucas.edu.br:8080/xmlui/bitstream/handle/123456789/2898/Larissa%20Oliveira%20Rocha%20%20Transtornos%20alimentares%20e%20suas%20manifesta%C3%A7%C3%B5es%20bucais.pdf?sequence=1 https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672011000100029&lng=pt&tlng=pt https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672011000100029&lng=pt&tlng=pt 27 APÊNDICE A – Cronograma de execução do projeto
Compartilhar