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COMO INICIAR CARREIRA PROFESSOR NA DE www.uniplena.com.br 2 Muitas pessoas possuem um forte desejo de iniciar uma carreira como professor. No entanto, tais pessoas podem não seguir esse sonho. Um dos fatores marcantes para isso, pode ser a falta de conhecimento em como iniciar um plano de carreira neste âmbito. Por isso, neste e-book, você encontra um compilado de informações pertinentes a como conquistar a tão sonhada licenciatura e lecionar de forma efetiva. Definitivamente, isso pode ser o passo que faltava para o engajamento da sua plena satisfação com o trabalho. Afinal, o sonho de lecionar pode ser alcançado e o caminho para essa jornada está aqui. Além disso, você ainda encontra questões sobre o salário médio de um professor, as diferenças entre professores particulares, os concursados e os eventuais, sem contar a melhor forma de encontrar concursos públicos. Todo esse material é gratuito, basta baixar o e-book para acessá-lo. SOBRE ESSE E-BOOK: 3 A UniPlena nasceu com o grande propósito de servir o mercado educacional e suprir a carência que há nesse mercado por professores. Somos consultores especializados em cursos na área da educação voltados a formação de professores com o foco em Educação Continuada. Nosso trabalho visa suprir a falta de profissionais gabaritados e licenciados na área educacional, como também na gestão, supervisão e direção escolar. O nome UniPlena expressa nosso modo de trabalho, as inicias “Uni” siginifica unidade e “Plena” de plenitude. Buscamos em nossa gestão trabalhar com transparência e unidade não apenas internamente, como também, no relacionamento com nossos alunos. Missão: Prestar um serviço de excelência com o propósito de oferecer aperfeiçoamento e crescimento profissional aos interessados. Visão: Corresponder com a expectativa do nosso público, oferecendo meios para o alcance de seus respectivos objetivos acadêmicos e profissionais. FEITO POR QUEM SABE FORMAR PROFESSORES! 44 1. Mercado de trabalho para professores 05 2. Professor Efetivo x Professor Substituto 08 2.1 Cargo Efetivo 08 2.2 Funcionário efetivo 08 2.3 Professor Substituto 09 2.4 Remuneração Salarial 09 3. Princípios de uma evolução funcional 11 4. Plano de Carreira no Estado de São Paulo 13 5. Plano de Carreira na Prefeitura de São Paulo 17 6. Plano de Carreira no Ensino Técnico 19 7. Plano de Carreira no Ensino Privado 20 8. Campos de Trabalho para o Licenciado 22 9. Como encontrar concursos públicos? 24 1. Organize seu espaço 25 2. Escolha da área 25 3. Qual o melhor momento para começar os seus estudos 25 4. Verifique o rendimento do seu estudo 26 5. Motive-se 26 10. Como entrar na educação sendo de outra área 27 Referências Bibliográficas 29 Referências Web Gráficas 30 Introdução 5 1. Mercado de trabalho para Professores Em nossa realidade para se tornar professor você deve cursar a Licenciatura. Mas o que é a Licenciatura? A licenciatura habilita o seu titular a ser professor em escolas de Educação Básica, ela se dá em áreas específicas do conhecimento (licenciatura em Física, em Matemática, em Geografia, História, Língua Portuguesa, Química, Biologia, Educação Física, Inglês, Espanhol, etc.) O licenciado, assim como o Bacharel, também pode ser professor em universidades, na categoria de professor auxiliar, mas a atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação dificulta tal atividade uma vez que prioriza docentes com Mestrado ou Doutorado. Apenas os cursos ligados a alguma área tradicional do conhecimento permitem a obtenção de tal diploma (como por exemplo o curso de Letras, que habilita seu diplomado a ser professor de um idioma e a sua literatura) ou a alguma atividade artística (como nos cursos de Artes, que licenciam seus diplomados a serem professores de artes em geral). A provisão em relação à formação docente é previsto em documentos legais da educação, como pode ser observado pela Lei macro da educação, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996 (LDBN/1996): Art.61: A formação de profissionais da educação, de modo a atender aos objetivos dos diferentes níveis e modalidades de ensino e as características de cada fase do desenvolvimento do educando, terá como fundamentos: » I- A associação entre teorias e práticas, inclusive mediante a capacitação em serviço; » II- Aproveitamento da formação e experiências anteriores em instituições de ensino e outras atividades; Art.62: A formação de docentes para atuar na educação básica far-se-á em um nível superior, em curso de licenciatura, de graduação plena em universidades e institutos superiores de educação, admitida, como formação mínima para o exercício do magistério na educação infantil e nas quatro séries do ensino fundamental, a oferecida em nível médio, na modalidade Normal. Art.63: Os institutos superiores de educação manterão: » I- Cursos formadores de profissionais para educação básica, inclusive no curso normal superior, destinado à formação de docentes para educação infantil e ensino fundamental; » II- Programas de formação pedagógica para portadores de diplomas de educação superior que queiram dedicar-se a educação básica; » III- Programas de educação continuada para profissionais de educação de diversos níveis. 66 Art. 64: A formação profissional da educação para administração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educacional para a educação básica, será feita em curso de graduação em Pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da instituição de ensino garantida, nesta formação, a base comum nacional. Art. 65: A formação docente, exceto para educação superior, incluirá prática de ensino de, no mínimo, trezentas horas. Art.66: A preparação para o exercício do magistério superior far-se-á em nível de pós-graduação, prioritariamente em programas de mestrado e doutorado. Parágrafo Único- O notório saber, reconhecido por universidade com curso de doutorado em áreas afim, poderá suprir a exigência de título acadêmico. Em relação a cobertura da lei, estes artigos são claros em relação a organização de diferentes cursos para formação de profissionais na área da educação básica, inovando quando permite aproveitar do candidato a profissional da educação “experiências anteriores em instituições de ensino e outras atividades, bem como permitindo a capacitação em serviço. Trata-se da aplicação do artigo 206, inciso II, da Constituição, a lei é clara: sem licenciatura você não consegue atuar na educação básica (Ed. Infantil ao Ensino Médio). Sendo assim, sem a formação pedagógica ou licenciatura em áreas específicas do conhecimento o profissional fica impossibilitado de assumir o papel de docente, pois, estaria infringindo algo que é determinado pela própria legislação da educação. Por esta razão a restrição em relação a assumir o papel de professor dentro desta área do saber, pois o curso de licenciatura ficará responsável por trabalhar a formação pedagógica que se ocupa da teoria geral da educação observando aspectos teóricos-metodológicos do processo de ensino e aprendizagem no âmbito da educação escolar, dando subsídios necessário para o futuro professor ocupar seu lugar de destaque em sala de aula, atuando de maneira consciente e coerente mediante as necessidades impostas pelo mercado educacional. Antes de mais nada, a principal razão para escolher uma licenciatura é querer dar aulas ou trabalhar com educação. O futuro docente deve ter em mente que o principal campo de atuação do licenciado é a sala de aula, isso não o limita a trabalhar em outras áreas, como debateremos adiante, porém, se não for o seu desejo trocar experiências e partilhar conhecimento, sugerimos que continue no bacharelado, pois o conteúdo é basicamente o mesmo, mas você não poderá dar aulas sem a licenciatura. Agora, se dar aulas é sua paixão, não há caminho mais certo que a licenciatura! O curso lhe dará todas as ferramentasnecessárias para planejar aulas, lidar com alunos e suas famílias, além de entender o sistema educacional brasileiro como um todo, assim como já apresentamos acima. A licenciatura pode ser também a entrada para uma próspera carreira acadêmica. Com ela você conseguirá fazer mestrado (e de repente depois doutorado, pós-doutorado) e se tornar uma referência no seu campo do conhecimento, realizar pesquisas e lecionar em universidades, a experiência da licenciatura promoverá em você um arranjo e amplitude de atuação, fazendo com que sua visão se amplifique e você possa abrir mais este campo de trabalho. 7 Há outras áreas de atuação para quem escolheu a licenciatura? Lecionar é a atividade principal do licenciado, mas há outros lugares além da sala de aula onde o profissional pode atuar, principalmente, se investir em especializações. Conheça algumas das opções: » Administração escolar » Ensino a distância » Centros de pesquisa » Editoras » Consultorias pedagógicas diversas » Institutos de pesquisa » Serviços públicos » ONGs Como você pode perceber os caminhos da educação são infinitos, você, com certeza, encontrará o seu caminho e o melhor lugar para desenvolver o seu trabalho e aplicar as suas habilidades. 88 2. Professor Efetivo x Professor Substituto Denomina-se professor efetivo, o docente que foi aprovado por via de concurso público, seja ele no Estado ou na prefeitura da cidade ao qual propõe exercer o ofício de professor. Em cada localidade é determinado uma característica a ser cumprida para se tornar professor efetivo. O termo efetivo é um adjetivo que qualifica aquilo que tem efeito, que é real, verdadeiro, legítimo. Tornar efetivo é levar efeito a alguma coisa, realizar algo, concretizar. O termo efetivo pode ter diferentes sentidos, dependendo do contexto em que é empregado: pode fazer referência a aquilo que é permanente, definitivo, estável, fixo, não interrompível. Isto se aplica ao exemplo de professor efetivo, ao qual estamos mencionando. Ao se tornar professor efetivo na esfera estadual, federal ou municipal, significa ocupar um cargo definitivo, garantido por lei, homologado na Constituição, mostrando que você não pode ser destituído do mesmo, a não ser que viole um dos preceitos destinados a sua função. 2.1 Cargo Efetivo O Cargo efetivo é aquele que é ocupado exclusivamente por trabalhadores que foram aprovados em concursos públicos, podemos entender como uma situação de permanência, será efetivado o professor que atingir o vínculo empregatício após o estágio probatório de três anos, quando o servidor adquire estabilidade no emprego. Isso é garantido pela nossa Constituição Brasileira, independentemente de qualquer governo o funcionário público não pode ser desligado de sua função, a não ser que infrinja algum código de conduto e ética prevista para o cargo em questão. O servidor ocupante do cargo efetivo poderá, durante o período do estágio probatório de três anos, ser exonerado, por simples dispensa, ou demitido, se cometer falta grave, ou mesmo negligenciar alguma informação ao qual foi exigido pelo edital de contratação, como por exemplo, omitir algum dado acadêmico ou experiências profissionais que comprovem a habilitação para aquele cargo. O cargo de professor efetivo é exercido por professores que são aprovados em concursos públicos, seja ele, na esfera municipal, estadual ou federal, podendo acumular até dois cargos na área da educação. Com isso, ele adquire a tão sonhada estabilidade no emprego, é de praxe que os órgãos responsáveis façam uma breve investigação antes do candidato assumir o cargo, como por exemplo, solicitarem comprovantes de escolaridade (diplomas) de graduação e pós graduação com seus respectivos históricos, comprovantes de habilitação ao cargo (cópias da carteira de trabalho que comprovem experiência no cargo), exames de aptidão físico e mental (psicológico), entre outras exigências, que variam de acordo com os editais de concurso. 2.2 Funcionário efetivo O funcionário efetivo é aquele funcionário que tem sua carteira de trabalho assinada pelo empregador. Recebe esta denominação por possuir vínculo empregatício determinado pela Consolidação das Leis de Trabalho (CLT). 9 No caso de professores regentes, é permitido pela legislação educacional assumir regência de sala, professores de disciplinas específicas à partir do 3º semestre do curso de escolha, exceto alunos do curso de Pedagogia e Educação Física que é vetado o direito de assumirem aulas, para estes dois cursos se faz necessário que o candidato esteja formado, ou seja, com o curso concluído para exercer o seu direito de trabalhar de uma forma regular como determina a legislação, mas é comum verificarmos que instituições particulares esse ponto da lei orgânica de municípios e estados não sejam cumpridos na sua íntegra. Mas, esta situação não impede que o candidato a futuro docente, assuma aulas no caráter de estagiário, vivenciando na prática as exigências impostas pelo mercado educacional. 2.3 Professor Substituto O professor substituto é o professor responsável por assumir a aula na ausência do docente efetivo, em São Paulo, chamamos o professor substituto ou de professor eventual, isto nas escolas estaduais de São Paulo, já na prefeitura, recebem a nomenclatura de módulo. Estas nomenclaturas podem variar de estado a estado a estado. Ao conversar com professores que desenvolvem este tipo de trabalho nos deparamos com cenários bem parecidos, em que os mesmos sentem dificuldades com questões ligadas à indisciplina dos alunos, falta de interesse e respeito pelo assunto ao qual se propõem para lecionar. Com isso, professores bem preparados, com cursos de licenciatura adequados são orientados a lidarem com estas situações e podem, de certa forma, desenvolver um trabalho mais coerente e respeitoso em relação a questão de conteúdo e sociabilização dos discentes. 2.4 Remuneração Salarial Muita gente talentosa acaba desistindo de ser professor antes mesmo de tentar, só porque ouviu dizer que que os salário de professores em escolas são muito ruins. Por isso, resolvemos investigar se é mesmo verdade. Sendo assim, trouxemos a média de salário dos professores de educação básica no Brasil, desde a Educação Infantil ao Ensino Médio. REDE DE ENSINO SALÁRIO MÉDIO MENSAL (40H POR SEMANA) Professores de Escolas Federais R$ 7.767,94 Professores de Escolas Estaduais R$ 3.476,42 Professores de Escolas Municipais R$ 3.116,35 Professores de Escolas Particulares R$ 2.599,33 Fonte: Inep - Remuneração Média Ponderada por carga horária padronizada para 40h semanais 1010 Os dados levantados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Governo Federal, em parceria com o site “Quero Bolsa”, foram divulgados em junho de 2017, que 93,3% dos professores de educação básica no Brasil em 2014, recebem ordenados descritos acima, estes dados são os mais recentes que encontramos no site de transparência pública do governo federal. A pesquisa mostrou que a média de salários dos professores de escolas públicas (federais, estaduais e municipais) é de R$ 3.335,06, enquanto que a de salários de professores de escolas privadas é de R$ 2.599,33, uma diferença de 22,1%. O levantamento revelou também uma grande disparidade entre os salários dos professores da rede pública. Enquanto os docentes pagos pelos estados e municípios ganham, em média, R$ 3.296,38, os pagos pelo governo federal recebem, em média, 135,6% a mais (R$ 7.767,94). Para padronizar a média de pagamentos, o Inep considerou cargas de 40 horas semanais de trabalho. Mesmo assim,acreditamos que a classe docente é desvalorizada pelo governo e poder-se-ia investir mais em educação, lembrando que esta é uma média salarial que varia de estado a estado, tudo dependerá da maneira como o governante encara questões ligadas aos benefícios oferecidos aquela determinada região, junto a isso contamos com a atuação de sindicatos e dissídios que acompanham a economia de uma maneira abrangente. 11 A Educação exerce um papel fundamental na manutenção e nos alicerces do Estado, ter um país que investe e trabalha em questões educacionais e isso tende a modificar as estruturas de toda uma nação. A partir dessas premissas, vemos que a educação em seu papel de destaque pela Constituição Federal. Mais precisamente na Constituição de 1988, o Estado Democrático de Direito por meio da Carta Magna, visa atingir o pleno desenvolvimento da pessoa humana. Vale destacar que o Constituinte dedicou uma seção inteira em prol da educação, inclusive, um rol de princípios a serem observados pelo próprio Estado, pela família e pela sociedade civil, para que assim pudesse garantir o acesso à Educação Básica entre os cidadãos brasileiros. Entretanto, vale destacar o inciso V do artigo 206 da Constituição Federal, com redação conferida pela Emenda Constitucional nº 53/2006, que consiste na valorização do profissional da educação: Valorização dos profissionais da educação escolar, garantidos, na forma da lei, planos de carreira, com ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos, aos das redes públicas; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006). Conforme o fragmento expresso acima, claramente, a educação pública deve valorizar o seu docente, pois o cumprimento de seu papel é de sua importância e relevância para mudança de ações sociais. Considera-se, então, as dimensões do próprio território brasileiro. O Brasil é um país de múltiplas culturas, com uma extensão territorial continental. Resta, especificamente, ao Estado e ao Distrito Federal, vide imposição do artigo 211, § 3º, zelar pelo acesso obrigatório e gratuito ao Ensino Fundamental e Médio, cumprindo assim a universalização à Educação Básica. Neste caso, o presente estudo se restringirá ao Estado de São Paulo, respeitando a autonomia da estrutura constitucional, deferida a Constituição Paulista de 1989, por meio dos seus artigos 237 à 258, onde apresenta as finalidades e formas de organização da Educação Básica nos limites deste território. E está presente no artigo 251 da Constituição do Estado de São Paulo, a repetição da previsão Constitucional de valorização dos profissionais do magistério, a considerar: Artigo 251 - A lei assegurará a valorização dos profissionais de ensino, mediante fixação de planos de carreira para o magistério público, com piso salarial profissional, carga horária compatível com o exercício das funções e ingresso exclusivamente por concurso público de provas e títulos. Defronte a tal comando, o Estado de São Paulo promulgou a Lei Complementar Estadual nº 444/1985 - também conhecida como Estatuto do Magistério - norma que, dentre outras matérias, abarcava em seu bojo um complicadíssimo plano de carreira, pautado na multiplicidade de padrões e letras, definidos com base num sistema composto de promoção por antiguidade, progressão funcional e adicionais de magistério. Gostaríamos de frisar que esta é a Lei orgânica do Estado de São Paulo, onde esta variação se modifica de Estado para Estado, mas seu princípio base está pautado na Constituição Federal, Lei que rege todas as decisões do nosso país. Todavia, buscando simplificar o sistema de plano de carreira em 1997, promulgou-se por meio de uma Lei Complementar, um novo Plano de Carreira às suas Classes componente do Quadro de Magistério. Com a promulgação da Lei Complementar nº 836/97, as antigas formas de promoção foram substituídas por, basicamente, um sistema baseado na avaliação de indicadores de crescimento e na capacidade potencial de trabalho do profissional do magistério, denominando assim sua Evolução Funcional. Sendo assim, para que um profissional passasse de um nível para outro era necessário abarcar: 3. Princípios de uma Evolução Funcional 1212 » 1. Evolução Funcional por Via Acadêmica: considerando como fator as habilitações acadêmicas obtidas em grau superior de ensino; » 2. Evolução Funcional por Via Não Acadêmica: considerando fatores relacionados à atualização, aperfeiçoamento profissional e produção de trabalhos na respectiva área de atuação. A Evolução Funcional por Via Acadêmica trata-se da fórmula mais simples, e vantajosa, disponível neste sistema. Sendo assim, o Estado garante que por meio de vias de certificação e mediante a apresentação de certificados de conclusão de cursos de especialização (pós-graduação) a nível de mestrado e/ou doutorado, desde que no mesmo campo de atuação seja enquadrado, respectiva e automaticamente os níveis de vencimentos previstos nos níveis IV ou V. Esclarecendo, o profissional se delimita a área de atuação específica do conhecimento onde atua o profissional do magistério, quanto maior for sua especialização e formação acadêmica, maior serão seus ordenados, escalonando assim remunerações que estão acima da média na carreira docente, em comparação ao demais profissionais que atuam em outras áreas e serviços públicos ao Estado. 13 4. Plano de Carreira no Estado de São Paulo Para questões ligadas a atualização, aperfeiçoamento e produção profissional, são considerados, para efeitos da Lei Complementar nº 836/97, os indicadores de crescimento e capacidade, da qualidade e da produtividade do trabalho do profissional do magistério. A cada um desses fatores são atribuídos pesos, calculados a partir de componentes específicos, os quais gerarão pontuação segundo critérios estabelecidos em regulamento. Para aferição de pontuação, os Fatores Atualização e Aperfeiçoamento terão maior ponderação em relação aos níveis iniciais das classes dos profissionais do magistério do que o Fator Produção Profissional, invertendo-se a relação nos níveis finais. Não diferente quando falamos sobre Evolução Funcional por via acadêmica, como vimos no item anterior, esta espécie também estabelece que, para a satisfação dos fatores que a integram, o servidor deverá apresentar documentação/certificação compatível com seu campo de atuação. Para esse fim, considera-se campo a atuação do integrante do Quadro do Magistério aquele diretamente relacionado às atividades inerentes ao respectivo cargo ou função-atividades, delimitado por parâmetros específicos, respeitando a seguinte conformidade: I - para as classes de docentes: » a) pelas áreas curriculares que integram a formação acadêmica do professor que ministra aulas ou rege classes no ensino fundamental do 1º ao 5º ano; » b) pelas áreas curriculares que integram a formação acadêmica do professor que ministra aulas em classes do ensino fundamental do 6º ao 9º ano, do ensino médio e das demais modalidades de educação. II - para as classes de suporte pedagógico, pela natureza das atividades inerentes ao respectivo trabalho de Diretor de Escola e de Supervisor de Ensino. Para fins de delimitação do campo de atuação se considerarão igualmente acrescidas às áreas curriculares de Linguagens e Códigos, Ciências da Natureza, Matemática e Ciências Humanas, com suas respectivas tecnologias, as temáticas de aprofundamento e enriquecimento curricular. Neste passo, temos que se consideram componentes do Fator Atualização e do fator aperfeiçoamento todos os estágios e cursos de formação complementar, no respectivo campo de atuação, de duração igual ou superior a 30 (trinta) horas, realizados pela Secretaria da Educação, através de seus órgãos competentes, ou ainda, por outras instituições reconhecidas. As normas regulamentadoras vigentes diferenciam ambos os fatores da seguinte forma: a) Consideram-se como componentes do fator atualização todos os estágios e cursos de formaçãocomplementar e continuada, promovidos por entidades de reconhecida idoneidade e capacidade institucional, de duração igual ou superior a 30 (trinta) horas, realizados pelos integrantes do Quadro do Magistério com o objetivo de ampliação, aprimoramento e extensão dos conhecimentos, no respectivo campo de atuação. Para tanto, são entidades promotoras dessas atividades, desde que os respectivos certificados venham ser homologados pela Secretaria de Estado da Educação: 1414 » 1. Instituições de ensino superior devidamente reconhecidas; » 2. Órgãos da estrutura básica da Secretaria de Estado da Educação; » 3. Entidades representativas das Classes do Magistério; » 4. Instituições públicas estatais; » 5. Instituições públicas não estatais e entidades particulares, desde que credenciadas pela Secretaria de Estado da Educação. b) Como componentes do Fator Aperfeiçoamento serão considerados todos os cursos promovidos por instituições de ensino superior, devidamente reconhecidas, com carga horária mínima de 30 (trinta) horas, que visem ao aprofundamento de conhecimentos em determinada disciplina ou área do saber, observado o respectivo campo de atuação. No caso dos cursos, tanto para o fator atualização, como para o fator aperfeiçoamento, será abrangido o conjunto de estudos, aulas, conferências, palestras e outros, realizados também no exterior, que tratem de determinada unidade temática, programada e desenvolvida, inclusive sob a forma de módulos, desde que constituinte de um todo, organicamente estruturado e devidamente comprovado por uma única instituição promotora. Em caso de estágio, o período de estudos e de aprendizado obtido, através da permanência assistida realizada em instituições educacionais, inclusive no exterior, com o objetivo de aprimoramento e prática profissional, desde que não se caracterize como atividade inerente ao cargo ocupado, ou à função-atividade preenchida, ou se constitua em componente da estrutura curricular de um curso. Observada a carga horária mínima de 30 (trinta) horas, serão considerados, para fins de pontuação, tanto as etapas de cursos estruturados modularmente, desde que o (s) módulo (s) tenha (m) caráter de terminalidade, como os cursos promovidos pelos órgãos competentes da Secretaria de Estado da Educação, realizados durante a jornada de trabalho do profissional, em atendimento a termo de convocação oficial (PEREIRA, 2015). Desta forma é possível perceber que a atualização e formação pedagógica são componentes de suma importância, pois é a partir desta formação que se garante o destaque evolucional na carreira como docente no Estado de São Paulo. As tabelas contendo os indicadores de pontuação aplicada a cada elemento integrante dos fatores Atualização, Aperfeiçoamento e Produção Profissional, encontram-se anexadas atualmente no Decreto Estadual nº 59.850/2013 e na Resolução SE nº 36/2014. Consideram-se, por sua vez, componentes do Fator Produção Profissional as produções individuais e coletivas realizadas pelo profissional do magistério, em seu campo de atuação, às quais serão atribuídos pontos, conforme suas características e especificidades. Mediante a isso, de acordo com as normas regulamentadoras vigentes, todos os documentos, projetos curriculares e materiais de natureza educacional, individuais ou coletivos, produzidos pelos professores, nos diversos ambientes de atuação, devidamente registrados, no âmbito da Secretaria de Estado da Educação, contribuam para a melhoria da prática pedagógica, da gestão educacional e da supervisão de ensino e poderão ser considerados como Produção Profissional. 15 Os projetos curriculares, pesquisas e demais trabalhos que se constituem em componentes do Fator Produção Profissional somente serão considerados quando decorrentes e/ou articulados com o projeto político-pedagógico das unidades escolares, de planos de trabalho de Diretorias de Ensino ou de implementação de estudos, programas ou projetos dos órgãos centrais da Pasta da Educação, e desde que aprovados pelos respectivos Conselhos. Para análise, avaliação e validação dos componentes do Fator Produção Profissional, será constituído em cada uma das Diretorias de Ensinos, um Conselho de Diretoria, de natureza deliberativa, presidido pelo Dirigente Regional de Ensino, com um total mínimo de 10 (dez) e máximo de 20 (vinte) componentes, dentre os quais Supervisores de Ensino, Professor Coordenador do Núcleo Pedagógico, Diretores de Escola e Professores representantes de unidades da diretoria, na seguinte proporção: » I - Supervisor de Ensino, 20% (vinte por cento); » II - Professor Coordenador do Núcleo Pedagógico, 10% (dez por cento); » III - Diretor de Escola, 10% (dez por cento); » IV - Professor, representante de unidades escolares da Diretoria, 10% (dez por cento). Como se não bastassem os fatores de Atualização, Aperfeiçoamento e Produção Profissional, o servidor público integrante do Quadro do Magistério, concomitantemente, também precisa provar ter cumprido interstício mínimo para poder galgar nível superior de enquadramento, definido, antes da vigência da Lei Complementar nº 958/2004, da seguinte maneira: “Artigo 22 - Para fins da Evolução Funcional prevista no artigo anterior, deverão ser cumpridos interstícios mínimos, computado sempre o tempo de efetivo exercício do profissional do magistério no Nível em que estiver enquadrado, na seguinte conformidade: I - para as classes de Professor Educação Básica I e Professor Educação Básica II: » a) do Nível I para o Nível II - 4 (quatro) anos; » b) do Nível II para o Nível III - 4 (quatro) anos; » c) do Nível III para o Nível IV - 5 (cinco) anos; » d) do Nível IV para o Nível V - 5 (cinco) anos; II - para as classes de suporte pedagógico: » a) do Nível I para o Nível II - 4 (quatro) anos; » b) do Nível II para o Nível III - 5 (cinco) anos; » c) do Nível III para o Nível IV - 6 (seis) anos.”. (n. G.) Na prática, um docente que queira evoluir por esta via, do nível I para o II, precisará, além da pontuação derivada dos fatores elencados anteriormente, comprovar ter trabalhado, sem interrupção, por 04 (quatro) anos no nível original. No contrário, ainda que tenha pontuação elevada, não comprovado o adimplemento do requisito temporal, o servidor não poderá evoluir. No que refere à interrupção do interstício, insta salientar que esta se dá em conformidade com as hipóteses taxativas constantes no artigo 23 da Lei Complementar nº 836/1997, que são: 1616 “Artigo 23 - Interromper-se-á o interstício a que se refere o artigo anterior quando o servidor estiver: » I - afastado para prestar serviços junto a empresa, fundação ou autarquia, bem como junto a órgão da União, de outro Estado ou de Município, salvo na hipótese indicada no inciso X do artigo 64 da Lei Complementar nº 444, de 27 de dezembro de 1985, acrescentado por esta lei complementar; » II - afastado para prestar serviços junto a órgão de outro Poder do Estado; » III - afastado para prestar serviços junto a outra Secretaria de Estado; » IV - licenciado para tratamento de saúde, por prazo superior a 6 (seis) meses, nas hipóteses previstas nos artigos 191 e 199 da Lei nº 10.261, de 28 de outubro de 1968, e nos incisos I, II e III do artigo 25 da Lei nº 500, de 13 de novembro de 1974; » V - afastado junto aos órgãos que compõem a estrutura básica da Secretaria da Educação, para desempenho de atividades não correlatas às do Magistério; » VI - afastado para frequentar cursos de pós-graduação, aperfeiçoamento, especialização ou atualização, no País ou no exterior.” Caso o integrante do Quadro do Magistério incorra em alguma das hipóteses acima, terá a contagem do interstício legal exigido interrompido, o que, obviamente, corresponde a reiniciar a contagem para que haja sua evolução profissional. Consequentemente, o não cumprimento destas normas acima acarreta na impossibilidade legal de acesso à um salário base mais interessante. Cumpridos os interstíciosmínimos fixados na lei, a passagem para nível superior da respectiva classe se efetivará de acordo com a pontuação obtida pelo profissional, com base nos títulos ou trabalhos por ele apresentados, observados interstícios, pontuações mínimas, pontos e pesos por fator e validade de títulos. Mediante a tantas informações impostas pela Lei podemos perceber para que haja evolução funcional dentro do âmbito estadual, se faz necessário o cumprimento de diversas imposições colocadas pelas esferas de poder público, todas estão ligadas a boa formação docente e Instituições idôneas que possibilitem o alcance e destaque na carreira pública. 17 Como você já pode perceber as diversas carreiras de provimento efetivo, passam por diversos critérios para que haja evolução funcional e na Prefeitura do Município de São Paulo não é diferentes, são constituídas por uma estrutura, que de acordo com a legislação de cada carreira, podem ser compostas por: Níveis: que é o agrupamento de cargos de mesma denominação e Categorias diversas. Categorias: o elemento indicativo da posição do servidor no respectivo nível. Classes: é o agrupamento de cargos da mesma denominação e idêntica referência de vencimento. Graus: Grau é a posição horizontal do servidor na carreira, representado por letras, de “A” (na qual ocorre o ingresso do servidor) até “E” (última posição horizontal), essa é uma forma de evolução clara que assim como no Estado o servidor que investir em questões ligadas a formação acadêmica, construção de projetos e trabalhos diversos compõe a sua evolução funcional. Assim, o crescimento na carreira é a ascensão funcional do servidor público municipal na estrutura de sua formação. Observação: Para saber como é a estrutura de cada carreira consulte a legislação específica. De acordo com a legislação de cada carreira, o crescimento do servidor público municipal pode ocorrer através dos seguintes mecanismos: » a) Progressão Funcional: é a passagem do servidor efetivo da categoria em que se encontra para a categoria imediatamente superior, dentro do mesmo nível da carreira, desde que cumpridos todos os requisitos estabelecidos na legislação específica. » b) Promoção por Nível: é a passagem do servidor efetivo da última categoria de um nível para a primeira categoria do nível imediatamente superior, desde que cumpridos todos os requisitos estabelecidos na legislação específica. » c) Promoção por merecimento: é a passagem do servidor efetivo de um determinado grau para o imediatamente superior da mesma classe desde que cumpridos todos os requisitos estabelecidos na legislação específica. » d) Promoção por Antiguidade: é a passagem do servidor efetivo de um determinado grau para o imediatamente superior da mesma classe em razão do tempo de efetivo exercício. » e) Evolução Funcional: é o enquadramento para uma referência mais elevada da carreira. Observação: Para saber como é o crescimento de cada carreira consulte a legislação específica. Quem tem direito? Todos os servidores públicos municipal efetivo, contratados na prefeitura não podem gozar desses benefícios, diferente do servidor estatal que ao prestar serviços durante um determinado tempo, pode-se caracterizar vínculo empregatício dando a ele os mesmos benefícios de um funcionário efetivo. 5. Plano de Carreira na Prefeitura de São Paulo 1818 Requisitos, documentos necessários e informações. Dependendo da legislação de cada carreira, para crescer é necessário cumprir alguns requisitos que variam entre tempo de efetivo exercício, nota de Avaliação de Desempenho e títulos de capacitação profissional. Observação: Para saber como é o crescimento de cada carreira consulte a legislação específica. Por determinação legal, alguns crescimentos de carreira são realizados pela Divisão de Gestão de Carreiras – DGC, do Departamento de Planejamento e Gestão de Carreiras – DPGC, outros são tratados de forma descentralizada através das Unidades de Recursos Humanos – URH ou pelas Supervisões de Gestão de pessoas, através de requerimento do servidor. 19 6. Plano de Carreira no Ensino Técnico Se considerarmos que todo Plano de Carreira e Remuneração é criado por leis que regulamentam um conjunto de normas, que regem a carreira dos profissionais de uma determinada categoria, no ensino técnico isso não é diferente. O plano de carreira deve ter como pressuposto a valorização que se expressa, entre outros fatores, em uma remuneração digna, com desenvolvimentos e processos formativos claros, proporcionando condições dignas para o mundo do trabalho. Sendo assim é importante observar o que diz a legislação sobre os profissionais da educação que, necessariamente, precisam ter suas carreiras regulamentadas. A Lei nº 11.738/2008, por exemplo, definiu que todos os profissionais do magistério, assim compreendidos os que desenvolvem atividades de docência ou de suporte à docência, devem ser abrangidos pelo plano de carreira e remuneração. Com a aprovação do Plano Nacional de Educação (PNE), Lei Nº 13.005, de 25 de junho de 2014, ficou estabelecido, em sua meta 18, que os entes federativos devem: “Assegurar, no prazo de 2 (dois) anos, a existência de planos de Carreira para os(as) profissionais da educação básica e superior pública de todos os sistemas de ensino e, para o plano de Carreira dos(as) profissionais da educação básica pública, tomar como referência o piso salarial nacional profissional, definido em lei federal, nos termos do inciso VIII do art. 206 da Constituição Federal” (BRASIL, 2014). Mediante ao que foi apresentado, percebe-se que a Lei do PNE define uma nova abrangência para aqueles que querem suas carreiras regulamentadas, pois tendo em vista que, além das pessoas que desenvolvem funções de docência e de suporte à docência, foram acrescentados os “trabalhadores em educação, portadores de diploma de curso técnico ou superior em área pedagógica ou afim”, conforme se encontra no artigo 61 da LDB (Lei nº 9.394/1996), alterado pela Lei nº 12.014/2009. A referência para o vencimento inicial da carreira é o piso salarial profissional nacional. O PNE também estabeleceu, por meio da Meta 17, que os entes federativos devem “Valorizar os (as) profissionais do magistério das redes públicas de educação básica de forma a equiparar seu rendimento médio ao dos (as) demais profissionais com escolaridade equivalente, até o final do sexto ano de vigência deste PNE”. O desafio, considerando as metas 17 e 18 do PNE, será o de elaborar planos de carreira que tenham como vencimento inicial o piso salarial profissional nacional, que propiciem evolução na carreira e institua remuneração média equiparada aos demais profissionais com a mesma escolaridade. Em relação a questões de escolaridade a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), aprovada em 17 abril de 2017, coloca por meio dos artigos 28 e 29: Art. 28. A formação de docentes para atuar no ensino médio far-se-á em nível da educação superior, em cursos de licenciatura. Art. 29. Profissionais com notório saber reconhecido pelos respectivos sistemas de ensino podem atuar como docentes do ensino médio apenas no itinerário de formação técnica e profissional para ministrar conteúdos afins à sua formação ou experiência profissional, devidamente comprovadas, conforme inciso IV do art. 61 da LDB. Por meio deste artigo, respaldado na própria Lei de Diretrizes e Bases, temos a amplitude em relação a atuação do profissional de área técnica atuando dentro da área da educação, garantindo que o mesmo possa gozar dos benefícios trazidos pelo magistérios aos profissionais da educação. 2020 7. Plano de Carreira no Ensino Privado Em um mercado competitivo como o nosso, se você deseja manter um emprego estável e altamente motivado, trabalhar em uma escola estruturada e com um plano de carreira claro, coerente e conciso é algo primordial. Para tanto, aliar-se à escola é de suma importância para investir na formação acadêmica continuada. Sendoassim, as organizações que possuem colaboradores mais estáveis são aquelas que, além de oferecer benefícios pessoais e financeiros, garantem que esses profissionais tenham condições de desenvolver uma trajetória rumo à autorrealização. Olhando por este ângulo, um dos principais problemas de uma empresa privado na área educacional é o chamado turnover (ou rotatividade de pessoal). Se em sua escola a quantidade de desligamentos - especialmente de professores - for alta, isso pode ser muito prejudicial à imagem institucional, por esta razão muitas escolas particulares são criteriosas em seus processos seletivos, pois como já foi mencionado é ruim para imagem da Instituição a troca frequente de profissionais. Sendo assim, um dos questionamentos das família dos estudantes é em relação há trocas constantes de professores em determinadas disciplinas? E mais, como fica o desempenho escolar, já que cada profissional tem sua própria didática de ensino? E a identidade da escola como é vista pela comunidade escolar? E o projeto político pedagógico, documento macro de uma organização educacional, como é absorvido por estes novos profissionais? Mediante a tantos questionamento, a maioria das escolas particulares, quando sérias, procuram manter o seu efetivo, pois o impacto de referência, pode ser desastroso na comunidade escolar, quando tais trocas são frequentes. Olhando pelo viés da qualidade acadêmica, uma peculiaridade das escolas é o vínculo que os professores criam com os alunos. Esse é um fator importante para que haja um clima harmonioso que favoreça, inclusive, o desempenho dos estudantes e evite problemas que acarretem até mesmo transferências - o que pode afetar a parte financeira de uma escola privada, outro fator de manutenção de vínculos empregatícios em escolas é o professor que investe em uma boa didática, com aulas inovadoras, provendo resultados satisfatórios e o ensino de alta performance pedagógica. Por isso, uma forma de valorizar seus talentos e manter a motivação dos professores é criar um plano de carreira atraente e que, de fato, possibilite o crescimento profissional. É visto que muitas escolas particulares pagam de forma inferior a uma empresa pública, mas o ambiente e as condições de trabalho e aprendizagem para este profissional da educação, pode fazer toda a diferença quando falamos de dedicação e manutenção do emprego privado. Outro fato que rege as escolas particulares, é que além das horas de trabalho com alunos, professores têm outras atividades que estão contidas no trabalho docente, como planejamento de aulas, correção e elaboração de provas e pesquisas, leitura de materiais, entre outras atividades, que não devem ser realizadas no ambiente escolar. Essas atividades muitas vezes não são previstas nas horas remuneradas do profissional, as escolas particulares dão adicional de 5% dentro do salário, ao denominamos hora atividade prevendo este tipo de trabalho, fora do horário escolar, mesmo assim sabemos que é um valor ínfimo frente às responsabilidades designadas a este profissional da educação. Voltando às questões do plano de carreira, ao especificar a divisão de turnos, é importante determinar um período para que o educador se dedique a essas atividades, a fim de evitar que os profissionais as façam dentro do seu horário escolar, comprometendo assim o seu trabalho com o aluno. 21 Para ser um bom mestre, é fundamental ser um constante aprendiz. Buscar conhecimento é a principal maneira de se manter-se atualizado e apto a ensinar. Por isso, é imprescindível incentivar a formação continuada. Uma forma eficiente de manter seus professores atualizados é incorporar programas de cursos ao calendário escolar. Eles podem acontecer dentro da própria instituição e ser ministrados por professores convidados ou por meio de intercâmbios com outras entidades, muitas Instituições particulares fazem uso dessas ferramentas de formação e remuneram seus profissionais para que isto aconteça, sendo uma forma de incentivar o grupo de docentes a estudarem. Além disso, podem incentivar que seus professores se inscrevam em programas de pós-graduação. Uma das formas mais eficazes é criar políticas de custeio parcial ou integral das mensalidades, preferencialmente em instituições parceiras ou da mesma rede (se houver). Se sua escola não tiver condições de custear o pagamento de cursos de pós-graduação, uma saída para incentivar a educação continuada é o estabelecimento de políticas de progressão salarial de acordo com a quantidade e o grau de títulos que um professor obtiver. Isso significa que um profissional apenas com simples bacharelado ou licenciatura, por exemplo, não pode ganhar mais do que um educador com mestrado ou doutorado na sua área, salvo se sua carga horária for muito extensa. Além disso deve-se considerar o bônus salarial de acordo com o tempo de serviços prestados à instituição. Essa é outra forma de valorizar a experiência profissional de professores que estão trilhando uma carreira dentro da escola que atua. À parte os benefícios salariais, oferece alternativas para que os professores possam assumir outras atividades além da sala de aula também é um grande incentivo. Logicamente, não há espaço para que todos ocupem cargos de coordenação ou gestão por exemplo. No entanto, incentivá-los a dirigir projetos específicos ou a fazer parte de comissões de planejamento pedagógico é uma forma de estimular seu engajamento, além de ser mais uma alternativa para bonificação salarial. Sendo assim, podemos perceber que a carreira construída dentro de uma Instituição particular pode ser bem atrativa desde que, tenha políticas claras e objetivas bem definidas e construídas, muitas escolas particulares procuram oferecer salários acima da média estatal para atrair bons profissionais para atuarem dentro deste campo e assim poder competir “em pé” de igualdade com a carreira pública. 2222 8. Campos de Trabalho para o Licenciado Com um mercado de trabalho em constante ascensão, o profissional da educação encontra oportunidades variadas de trabalho, apesar das pesquisas mostrarem que muitas profissões deixarão de existir em um futuro não tão distante, a função de educador jamais será substituída, pois nada é capaz de suprimir o contato humano, o olhar atento e o toque afável de um educador. É fato que a educação precisa se modificar e os olhares precisam estarem mais atentos, mas acreditar que este campo é promissor, é reconhecer que o papel do professor será cada vez mais útil no novo mundo que se abra diante de nossos olhos. Partindo desta premissa, elencamos alguns espaços que podem e requerem a atuação de um profissional da área da educação, sendo eles: Escolas Públicas e Privadas: onde o futuro profissional pode atuar como professor das turmas de educação básica (ensino fundamental, médio e técnico), como coordenador de área dentro de uma escola ou supervisor pedagógico em situações específicas do conhecimento. Organizações Não Governamentais (ONGs): onde pode desenvolver projetos pedagógicos e acompanhar ações que ajudam a melhorar a qualidade de ensino em regiões mais carentes e diversas do País. Editoras: lugar onde presta serviços de pesquisa, projeção e análise que contribuam para a produção de materiais didáticos voltados à educação básica e suas áreas de conhecimento. Situação Hospitalar: atuará em ambientes hospitalares, dando assistência a crianças em tratamentos de longo prazo. Sendo assim, a ideia é ajudar os pequenos pacientes a não perderem o ano escolar e a tolerarem melhor o tempo em que ficarão internados. Para isso, contam com a realização de atividades lúdicas e recreativas, que muitas vezes só podem ser desenvolvidas por um profissional que domine uma determinada área do conhecimento, a didática específica para este tipo de trabalho faz toda diferença de atuação. Educação Especial: o profissional atua na educação de crianças com diversos tipos de deficiência, físicas e mentais. É umconhecedor das abordagens pedagógicas para cada condição, proporcionando ao aluno o desenvolvimento necessário para potencializar a sua aprendizagem e as condições de sociabilização humana. Educação de Jovens e Adultos: nesta área poderá oferecer apoio na formação específica para jovens e adultos que não conseguiram terminar os estudos no tempo regular, contribuindo assim, para diminuição do analfabetismo no país, proporcionando inclusão e dignidade social as pessoas. O espaço de atuação tradicional de um licenciado sempre será a escola, ensinando ou tocando o funcionamento da instituição. Boa parte das vagas para esses profissionais estão na rede pública de ensino, principalmente no interior ou em áreas de maior vulnerabilidade social pelo País. Os salários variam bastante, especialmente nas instituições particulares. Quem quiser enveredar pela carreira pública, vai encontrar um piso salarial de cerca de R$ 2.000, isto falando em uma realidade na cidade de São Paulo, como afirmado em itens anteriores esta remuneração varia de região a região de nosso imenso Brasil. 23 Felizmente, o campo de trabalho dos professores tem extrapolado os muros das escolas. Empresas de médio e grande porte têm buscado nesses profissionais o tipo de conhecimento ideal para lidar com pessoas, definir planos de desenvolvimento e acompanhar o desempenho dos funcionários, visto que a formação acadêmica adquirida dá subsídios para esses profissionais atuarem em determinadas situações, onde disciplinas voltadas as áreas da psicologia humana, sociologia, filosofia, ética, lhe preparam para atuar nessas diferentes situações. Para quem quer se dar bem na área da educação, o recado é um só: invista bastante no desenvolvimento de habilidades de gestão. Isso pode ser feito com a ajuda de cursos de pedagogia, pós-graduação ou de formação geral ligada a área de gestão ou administração geral. Hoje, os cargos que pagam os melhores salários aos licenciados são os que envolvem atividades de direção e administração de pessoas. Os valores pagos tendem a ser bem mais altos que no serviço público ou em escolas particulares, por exemplo. Conheça algumas áreas de gestão ou de empreendedorismo onde os licenciados estão sendo bastante utilizados no momento: Recursos Humanos – muitas empresas buscam esses profissionais para atuarem no departamento de Recursos Humanos, ajudando a cuidar de diversos aspectos relacionados aos funcionários e suas famílias. Os conteúdos vistos no cursos de Pedagogia, por exemplo, ajudam o profissional a desenvolver uma maior sensibilidade no trato com o outro, o que pode ser de grande valia para a gestão de pessoas. Treinamento e Desenvolvimento – os professores estão sendo demandados para trabalharem na área de treinamento e desenvolvimento de mão de obra em empresas de grande porte ou indústrias. Ele é o responsável por criar políticas de formação interna e definir os métodos mais efetivos de aprendizado para o perfil da empresa onde trabalha. Consultoria Pedagógica – o profissional da educação pode prestar consultoria a escolas, ONGs, editoras, empresas e embarcar em qualquer projeto voltado à educação geral e formação de quadros profissionais. É uma atividade que requer alta especialização e uma boa rede de contatos para funcionar, o conhecimento específico é o grande diferencial de atuação deste profissional. Sendo assim você pode perceber que o campo de atuação é vasto e você como futuro profissional da área pode desenvolver trabalhos incríveis e se destacar de forma positiva dentro do mercado corporativo e escolar. 2424 9. Como encontrar concursos públicos? Quando você começa a pesquisar na Internet, encontra milhares de páginas sobre como passar em concurso público. Muitas delas até disponibilizam “fórmulas mágicas”. Mas, depois de algum tempo de leitura, provavelmente você ficará mais confuso sobre o que fazer diante de tantas informações. Neste artigo, não iremos falar de “fórmulas mágicas” sobre como passar em concurso público. Nossa conversa será prática, baseada em algumas dicas de como encontrar essas Instituições e estudar para conquistar o tão sonhado cargo público, são informações simples, mas de grande valia para você que não sabe ou não entende como deverá construir essa pesquisa. Em primeiro lugar, você deve ter em mente que não será fácil. O estudo para concurso exige muita renúncia. Haverá muitas noites mal dormidas. Insegurança, ansiedade e angústia fazem parte da vida de um concurseiro. No dia em que você for nomeado, tudo terá valido a pena. Por isso, aproveite essa caminhada e todos os aprendizados que ela pode lhe proporcionar. Outro ponto que deve estar bem claro antes de falarmos sobre como passar em concurso público é que uma preparação antecipada é fundamental. Sabemos que existem diversos depoimentos de pessoas que passaram estudando apenas 4 ou 5 meses para um determinado concurso ou que somente estudaram após edital publicado. No entanto, essas pessoas são exceções. Primeiramente você deve selecionar lugares confiáveis para realização de pesquisas diárias e assim saber onde procurar a divulgação dessas vagas, colocarei a disposição cinco sites confiáveis onde você encontra divulgação de vagas constantes para prestação de provas via concursos públicos: Edital Concursos Brasil - http://editalconcursosbrasil.com.br/ Portal de notícias, conta com lista atualizada diariamente de todos os concursos abertos no Brasil. O site também oferece artigos, provas de concursos e muitas outras informações. PCI Concursos - http://www.pciconcursos.com.br/ Desde 2010 no mercado, PCI Concursos oferece uma grande quantidade de conteúdo. O site dispõe de notícias atualizadas, provas, simulados e artigos. Concursos no Brasil - http://concursosnobrasil.com.br/ Sua especialidade é a publicação de conteúdos sobre concursos públicos, processos seletivos, vagas de estágio e vagas de emprego, na forma de notícias, artigos, editais e orientações de preparação. JC Concursos - http://jcconcursos.uol.com.br/portal/index.html Notícias atualizadas sobre concursos públicos e iniciativa privada no maior e mais completo jornal do setor público. Versão impressa, com publicação semanal, dos principais concursos, dicas de professores, editais, previsões de concursos, agenda do candidato entre outras informações. Correio Web Concursos - http://concursos.correioweb.com.br/ Portal de notícias, o site também possui fórum para discussão de diversos assuntos todos relacionados a concursos públicos. Abaixo será postadas cinco dicas, na verdade comentários sobre a postura que deve ser adotada por um futuro concurseiro. O objetivo deste item como mencionado anteriormente é clarificar e lhe dar sugestões daquilo que fazem as pessoas quando se pré dispõem a prestar provas em concursos públicos, tais dicas foram inspiradas e retiradas do site, como passar em um concurso público, por esta razão vamos partilhar esse conhecimento: 25 1. Organize seu espaço: Não há como passar em concurso público sem abdicar de tempo com a família e amigos. Alguns feriados e finais de semana, antes dedicados a eles, passarão a ser utilizados em seu estudo. Então converse com a família, amigos e namorado(a) e peça apoio. Quando as pessoas que convivemos compreendem o quanto é importante estudar naquele momento, tudo fica mais fácil. Dá até para prometer um churrasco para depois da nomeação. Claro que o lazer não pode ser esquecido. Tire um dia de folga por semana para fazer o que gosta ou até mesmo não fazer nada. Não é só de estudo que vive um concurseiro. Para manter uma mente sã é necessário um tempo de descanso. Esse tempo pode ser maior quando não há previsão de prova e ir diminuindo à medida em que o dia se aproximar. 2. Escolha da área A resposta para a questão “como passar em concurso público?” necessariamente inclui a escolha da área. Antes de qualquer planejamento, você deve escolher a área em que irá focar seus estudos. Nessa fase, você não devepensar somente em salários e benefícios. Dinheiro é bom, mas, no longo prazo, devemos pensar na nossa realização profissional. Não há nada pior que ser um profissional frustrado, cheio de lamentações, ainda que o bolso esteja cheio de dinheiro. Lembre-se de que você está escolhendo uma carreira na qual irá trabalhar todos os dias, até a sua aposentadoria. Tente se imaginar trabalhando no órgão que escolheu. Será que irá gostar daquele trabalho? Outro detalhe importante é saber as regiões em que você poderá trabalhar. Nosso país é tão grande! Pense se você está disposto a mudar de estado ou até mesmo de região. Caso você não queira sair da sua cidade, procure saber se existem chances de trabalhar nos arredores da cidade, na área da educação isso é muito, por exemplo, São Paulo é um estado grandiosíssimo dependendo de sua classificação no concurso, você pode ser designado a trabalhar em uma região distante do ambiente onde mora e deve pesar será que estou disposto a assumir este cargo? Vale realmente a pena me abdicar do conforto do lar?, são questionamentos que devem ser mensurados antes de assumir determinada função pública. 3. Qual o melhor momento para começar os seus estudos? Quando estamos atrás de um novo objetivo, sempre surgem dúvidas. Quando devemos começar? Será que começo quando o edital já tiver sido publicado ou quando o concurso for autorizado? E se o edital tiver saído, espero o próximo concurso? A melhor resposta para esse tipo de dúvida é a seguinte: você deve sempre começar hoje! Não existe uma fórmula única de como passar em concurso público. Então, mesmo que a prova seja daqui a um mês, comece hoje. Mesmo com um edital já publicado, se você tiver foco, é possível passar. É mais difícil, mas já aconteceu com outras pessoas e você pode ser o próximo. Só não passará se não começar a estudar. Por isso, comece hoje. 2626 4. Verifique o rendimento do seu estudo É essencial que você anote, no papel ou em algum aplicativo, quantas horas de cada disciplina você está estudando por dia. Essas horas devem ser líquidas, descontadas todas as pausas. Não conta como hora de estudo aquela paradinha para o café ou para responder aquela mensagem. Da mesma forma, você deverá anotar seu desempenho na resolução de exercícios. Isso permitirá mensurar sua evolução na matéria e otimizar seu estudo. 5. Motive-se Por fim, não adianta aprender como passar em concurso público e aplicar tudo que ensinamos aqui se você passar muito tempo desmotivado. Seu estudo não irá render, porque sua concentração ficará comprometida, bem como sua capacidade de memorizar. Não existem técnicas para se manter motivado. Motivação é algo muito pessoal. O que fez você querer passar em um concurso público? Estabilidade? Tranquilidade financeira? Ter mais tempo para família? Carro? Casa? Cada um tem sua motivação. Nunca se esqueça dela. Outra dica importante é: criar pequenas recompensas para quando você cumprir as metas semanais. Por exemplo, se conseguir estudar a meta da semana, poderá levar o filho para passear ou ir a um bar com amigos (desde que volte cedo para casa e não abuse na quantidade de bebida alcoólica). Se durante o mês conseguir cumprir a meta, merecerá ter um fim de semana de folga. Assim, com pequenas recompensas, você conseguirá chegar ao seu objetivo de forma leve, sem muito estresse. Não podemos esperar para sermos felizes somente quando atingirmos nosso objetivo, o caminho é importante. Só assim poderemos dizer que valeu a pena e que faríamos tudo novamente. Esperamos que tais dicas possam lhe ajudar a conquistar o tão sonhado emprego público, escolas preparatórias também podem ser uma saída interessante para quem deseja este caminho, pois sabemos, estudar sozinho é sempre muito difícil e solitário. A aprendizagem se constrói e se torna mais significativa quando há trocas e essas trocas precisam ser socializadas, a própria neurociência por meio de pesquisas me apresenta que quando ensinamos alguma coisa a alguém 95% da aprendizagem se efetiva de forma significativa. 27 Ensinar e aprender faz parte da natureza humana, e o processo de formação do cidadão e da cidadã ocorre desde o nascimento, através de ações contínuas que organizam a forma de ser de uma sociedade. Nesse contexto, o profissional da educação ocupa lugar central, cumprindo a tarefa de cuidar da formação dos que chegam até a escola. O trabalho dos profissionais da educação necessita de condições adequadas para serem realizados com sucesso. Garantir as condições de trabalho para os que estão em exercício na escola e nas secretarias de educação, tornando a profissão atrativa, é responsabilidade do Estado, assim como assegurar qualidade de vida para os profissionais no momento da aposentadoria. Essas responsabilidades estão explícitas nas legislações que tratam dos direitos trabalhistas e sociais do cidadão brasileiro. Esta última década está sendo marcada por avanços significativos na legislação nacional, acerca dos direitos trabalhistas dos/as educadores/as das escolas públicas. Passamos por diversas reformulações e aprovações, que dão abertura para profissionais de outras áreas adentrarem a área da educação. Como vimos anteriormente, o caso do profissional que possui diploma de bacharel em determinada área específica do conhecimento, podendo assumir disciplinas específicas no Ensino Médio. Outra possibilidade diz respeito aos bacharelados em áreas únicas do conhecimento que devem ter licenciaturas para assumirem aulas dentro da grade convencional,portando diploma de licenciatura por meio de cursos de complementação pedagógica Resolução 02/2002, podendo lecionar para diferentes séries/anos da educação básica por meio de habilitação específica como é determinada por lei. Assim sendo, é fundamental que os planos decenais de educação (nacional e subnacionais) orientem a instituição de planos de carreira para os profissionais da educação em todos os entes da federação, abrangendo os elementos indissociáveis da valorização profissional, que são: salário digno, carreira atraente, jornada compatível com os afazeres escolares, inclusive para garantir a presença de todos os profissionais em cursos de formação inicial e continuada e no processo de elaboração e condução dos projetos político-pedagógicos das escolas. No que tange ao magistério, que teve o piso salarial profissional nacional regulamentado em 2008, através da Lei nº 11.738, a luta da categoria continua pautada na aplicação imediata e integral da referida Lei, julgada constitucional pelo Supremo Tribunal Federal em abril de 2011 – e na contraposição às tentativas dos gestores de vincular o reajuste do piso somente à inflação, abaixo dela, ou em patamares insuficientes para a consecução da meta 17 do Plano Nacional de Educação (PNE, Lei 13.005). Esta lei, por sua vez, determina que a renda média do magistério seja igualada à dos demais profissionais com mesmo nível de escolaridade, em um prazo de 6 anos. Em 2016, essa diferença era de quase 50%. O piso do magistério é a referência mínima para os vencimentos de carreira em todo país, o que não impede de estados e municípios praticarem vencimentos superiores a ele, inclusive para jornadas de trabalho abaixo das 40 horas semanais, conforme dispõe a Lei do Piso. 10. Como entrar na educação sendo de outra área 2828 Com relação à jornada de trabalho, é prevista na Lei do Piso do Magistério uma proporção mínima de 1/3 (um terço) para atividades de preparação de aulas, correção de provas e trabalhos, reuniões pedagógicas e com os pais, formação continuada no local de trabalho ou em instituições credenciadas, entre outras formas apontadas no Parecer da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação CEB/CNE nº 18/2012. Isso é essencial para a qualidade do trabalho dos profissionais, não devendo ser substituída por remuneração compensatória. Já o art. 61 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), introduzido pela Lei nº 12.014,de 2009, reconheceu a categoria dos funcionários da educação como um dos três segmentos de profissionais que atuam nas escolas públicas, à luz da 21ª Área Profissional de Apoio Escolar, instituída pela Resolução CEB/CNE nº 5/2005. E compõe a luta pela valorização desses trabalhadores escolares, além da carreira e da profissionalização – sobretudo por meio do programa Profuncionário –, a regulamentação do piso salarial nacional dos profissionais da educação. Esse piso deve servir de base para outra regulamentação condizente às diretrizes nacionais para a carreira dos/as trabalhadores/as escolares, ambas amparadas pelo art. 206, incisos V e VIII da Constituição Federal (CF-1988) e a meta 18 do PNE, como mencionado no 2 item deste manual de orientações. Portanto, mais que ações necessárias para valorizar os profissionais das escolas públicas, o piso, a carreira e a jornada com período extraclasse, além da formação profissional e das condições apropriadas de trabalho, constituem direito dos estudantes e da sociedade em geral à educação pública de qualidade. Diante desta perspectiva, sindicatos filiados defendem a valorização dos/as trabalhadores/as em educação tanto no contexto de classe social, historicamente desvalorizada em nosso País, como uma condição para a melhoria da escola pública e privadas, devendo integrar as políticas sistêmicas de investimento na educação. Mediante a isto, podemos perceber e afirmar que para um profissional de outra área do conhecimento possa adentrar a esfera educacional se faz necessário uma formação específica para que além de gozar das prerrogativas legais que são garantidas por lei, possa estar protegido a exercer a função do magistério de forma clara e legal. 29 Brasil. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental: introdução aos parâmetros curriculares nacionais/Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1998. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/introducao.pdf Acesso em: 26 set. 2019. Brasil, Ministério da Educação. Secretaria da Educação Básica. Ensino Fundamental de nove anos: orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade. 2ªed. Brasília, 2007. Brasil. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 466, de 12 de dezembro de 2012. Brasília: CNS, 2012. Brasil. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 510, de 7 de abril de 2016. Brasília: CNS, 2016. Lei Complementar Estadual nº 444, 27 de dezembro de 1985. Lei Complementar Estadual nº 836, 30 de dezembro de 1997. Lei Complementar Estadual nº 958, 13 de setembro de 2004. Lei Complementar Estadual nº 1.097, 27 de outubro de 2009. Lei Complementar Estadual nº 1.143, 11 de julho 2011. Lei Complementar Estadual nº 1.204, 1º de julho de 2013. Lei Estadual nº 10.261, de 28 de outubro de 1968. Lei Estadual nº 10.177, 30 de dezembro de 1998. Decreto Estadual nº 45.348, de 27 de outubro de 2000. Decreto Estadual nº 49.394, 22 de fevereiro de 2005. Decreto Estadual nº 55.217, de 21 de dezembro de 2009. Decreto Estadual nº 59.850, 28 de novembro de 2013. PEREIRA, Rodrigo. Do Plano de carreira dos integrantes do quadro de magistério do estado de São Paulo. Artigo publicado: São Paulo, 2015. Resolução SE nº 36, de 1º de julho de 2014. Referências Bibliográficas 3030 Referências Web Gráficas http://portal.inep.gov.br/indicadores-financeiros-educacionais- Acessado em 04/10/2019 às 11h30 http://planodecarreira.mec.gov.br/plano-de-carreira-e-remuneracao- Acessado em 07/10/2019 às 01h56 https://www.cartacapital.com.br/opiniao/a-valorizacao-dos-profissionais-da-educacao/- Acessado em 08/10/2019 às 15h56 https://www.qedu.org.br/brasil/ideb- Acessado em 08/10/2019 às 19h20 https://querobolsa.com.br/revista/salario-de-professor-de-escola- Acessado em 27/10/2019 às 13h14 http://planodecarreira.mec.gov.br/plano-de-carreira-e-remuneracao- Acessado em 27/10/2019 às 20h03 https://www.guiadacarreira.com.br/carreira/como-esta-o-mercado-de-trabalho-para-pedagogia/- Acessado em 27/10/2019 às 21h37 https://www.estrategiaconcursos.com.br/blog/como-passar-em-concursos-publicos-dicas-de-a- a-z/- Acessado em 27/10/2019 às 21h55 E-MAIL atendimento@uniplena.com.br TELEFONES 11 2508.4543 | 11 98193.3453 FACEBOOK www.facebook.com/uniplena/ INSTAGRAM @uniplenaeducacional www.uniplena.com.br
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