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Controle Microbiológico em Odontologia Biossegurança Biossegurança é o conjunto de estudos e procedimentos que visam a evitar ou controlar os riscos provocados pole uso de agentes químicos, agentes físicos e agentes biológicos à biodiversidade. Conceitos Importantes relacionados a Infecção Microorganismos (conceito) Infecção: depósito de m.o. nos tecidos + multiplicação = reação do hospedeiro (com ou sem doença) Colonização : depósito de m.o. + multiplicação = sem reação do hospedeiro Conceitos importantes relacionados a infecção ■ ■ ■ Infecção cruzada: transmissão de m.o. entre pacientes e equipe, dentro de um ambiente clínico Pode ser: pessoa/pessoa ou pessoa/objeto/pessoa Fontes de infecção em Odontologia: Paciente que sofre de doença infecciosa (sintomático) Portadores saudáveis de patógenos Ex.: infecções virais ( sarampo, caxumba, catapora, hepatite B, coronavirus, AIDS e outras) Principais meios de transmissão: ■ Inoculação Inalaçao Aerossol: partículas > 100 um: respingo < 100 um: flutuam no ar Doenças Viróticas mais importantes em odontologia Hepatites: ( B e C) Doença de extrema importância na prática odontológica pelo alto risco de contaminação. Atenção especial para os profissionais das especialidades cirúrgicas. Risco de contágio da HB em acidente é de até 30% Cada ml de sangue pode ter 1 milhão de partículas virais e em cada ml de saliva 100.000 O VHB pode se manter vivo após a secagem(sobre alguma superfície) por até 6 meses Período de incubação da HB: 2 a 6 meses VHC: se mantem estável em superfícies por mais de 5 dias ATENÇÃO •AIDS Período de incubação pode chegar a 10 anos Tratamentos atuais mantem os pacientes sem doença por períodos de até 10 anos Paciente não revela a doença Vírus frágil, com vida extra-corpórea curta (não resistem a luz solar e ao meio ambiente Risco de contágio pelo HIV em acidente é de 0,05 à 0,1% ou 1 em 1000 ou 5 em 1000.000 - Baixo risco de contaminação. ATENÇÃO Herpes É uma doença muito frequente e pode ser transmitida por contaminação direta ou indireta (lesões ou objetos contaminados pelo vírus) ATENÇÃO Outras viroses Resfriados, Gripes (influenza), Sarampo, Rubéola Doenças bacterianas mais importantes em odontologia Estreptocócicas: faringites, amigdalites, Tétano: Infecção bacteriana grave que causa espasmos musculares dolorosos e pode levar à morte, contágio através de lesões causadas por objetos contaminados tuberculose: Doença bacteriana infecciosa. Afeta principalmente os pulmões e pode ser grave, seu contágio se dá por contato direto com secreções. sífilis: Infecção bacteriana geralmente transmitida pelo contato sexual ou objetos contaminados por sangue, que começa como uma ferida indolor e espalha por todo corpo. ATENÇÃO Doenças Fúngicas Candidíase oral Controle da transmissão e infecção dos M.O. Conceitos: Esterilização: processo físico ou químico utilizado para eliminar todas as formas de vida inclusive os esporos Desinfecção de alto nível: processo químico no qual se elimina todas as formas de vida, menos os esporos. (Formaldeído, Glutaraldeído, Ácido Peracético, Pasteurizadora, Termodesinfetadora) Desinfecção de nível intermediário: processo químico no qual se elimina a maioria dos m.o., inclusive o bacilo da tuberculose, mas não todos os vírus e nem os esporos (Álcool etílico 70%, hipoclorito de sódio) 1. Retirar anéis, pulseiras e relógio. 2. Abrir a torneira e molhar as mãos sem encostar na pia. 3. Colocar nas mãos aproximadamente 3 a 5 ml de sabão. O sabão deve ser, de preferência, líquido e hipoalergênico. 4. Ensaboar as mãos friccionando-as por aproximadamente 15 segundos. 5. Friccionar a palma, o dorso das mãos com movimentos circulares, espaços interdigitais, articulações, polegar e extremidades dos dedos (o uso de escovas deverá ser feito com atenção). 6. Os antebraços devem ser lavados cuidadosamente, também por 15 segundos. 7. Enxaguar as mãos e antebraços em água corrente abundante, retirando totalmente o resíduo do sabão. 8. Enxugar as mãos com papel toalha. 9. Fechar a torneira acionando o pedal, com o cotovelo ou utilizar o papel toalha; ou ainda, sem nenhum toque, se a torneira for fotoelétrica. Nunca use as mãos. Procedimentos adequados para higienização das mãos Controle da transmissão e infecção dos M.O. Principais vias de disseminação de m.o.: Contato direto com m.o. em lesões e/ou secreções durante atos operatórios Contato indireto com m.o. através de instrumentais e equipamentos contaminados Inalação de m.o. quando da produção de aerossóis (alta rotação, seringa tríplice em spray e ultrassom) Avental Gorro Máscara Óculos de proteção Luvas: cirúrgica atendimento clínico sobreluvas de pvc luvas de borracha p/ limpeza Proteção da Equipe Profissional (EPIs) Controle da transmissão e infecção dos M.O. Paramentação e preparo do paciente A boca do paciente é o reservatorio primário de todos os m.o. que contaminam nosso ambiente. Deve-se reduzir a quantidade da microbiota bucal do paciente antes do atendimento. Escovar os dentes antes ou bochechar com clorexidina a 0,12% por 30 seg reduz até em 50 % a quantidade de m.o. Colocar avental plástico para proteção das roupas do paciente, óculos de proteção e gorro descartável Em procedimentos cirúrgicos, deve-se fazer antissepsia da pele peribucal com solução aquosa de clorexidina a 4% ou iodo PVP-I, precedido de limpeza da face com água e sabão Processo de esterilização Estufa (calor seco): Termômetro externo é imprescindível ( o interno afere somente a temperatura de sua base) Tempo correto: 1 hora a 170 graus ou 2 horas a 160 graus, sem interrupção (estufa fechada o tempo todo), medidos pelo termômetro externo Calibrar a estufa: Após colocar instrumental e fechar aguarde a temperatura retornar à 170 e comece a marcar tempo Terminado o ciclo, desligue e aguarde a temperatura chegar entre 70 e 60 graus para retirar o material Tempo total de ciclo: no mínimo 2 horas Recomenda-se ligar a estufa a um regulador de voltagem Não encher demais a estufa: deve haver espaco para circular o ar Não se recomenda esterilizar campos, algodão, gaze, etc Autoclave (calor úmido): Utiliza calor úmido sob pressão É o mais seguro dos processos Ciclos mais comuns em odontologia: . 121 à 124 graus, 1 atm pressão por 20min . 134 à 138 graus, 2 atm pressão, por 3 min . Seguir manual do fabricante Exigem água destilada Possuem ciclo de secagem Não exceder 80% da capacidade Medir corretamente quantidade de água destilada Desinfecção de superfícies do consultório Protocolo para desinfecção do equipamento: O Sempre usando luvas de borracha, máscara e óculos de proteção O Técnica é a mesma independente do produto: . onde não houver barreira: fazer pré-limpeza com água/sabão depois borrifar/esponjar/borrifar, aguardar 5 min e enxugar . Onde houver barreira: somente borrifar/esponjar/borrifar, aguardar 5 min e enxugar O Sugestão de produto: . Álcool 70% O Sempre colocar barreira de proteção. Protocolo para desinfecção do equipamento: Início do expediente: . Acionar a caneta de alta rotação e contra-ângulo por 30 segundos . Aplicar o desinfetante com borrifador nas partes acima . Friccionar com chumaço de algodão . Aplicar novamente o desinfetante com borrifador e deixar agir por 5 min . Após o tempo de ação, enxugar com toalha de papel . Trocar luva de borracha pela de procedimento . Colocar barreiras de proteção rolopac . Colocar material e instrumental para atendimento . Colocar novamente a luva de borracha e lavar os instrumentais . Tirar luva de borracha e desinfetá-la com hipoclorito 1% Protocolo para desinfecção do equipamento: Entre um paciente e outro . Colocar luva de borracha . Remover instrumentais e brocas e colocá-los de molho no sabão enzimático por 10 min. . Remover e colocar materiais de consumo usados e as barreiras no lixo. . Acionar a caneta de alta por 30 seg. . Colocar saca-brocas em glutaraldeido (30 min) . Passar chumaço de algodãocom água/sabão nas partes do consultório citadas anteriormente . Secar a água/sabão com algodão seco . Aplicar desinfetante (mesma técnica anterior) . Com luvas de procedimento, colocar barreiras e novos instrumentais . Colocar luva de borracha, lavar instrumentais , depois retirá-la e desinfetá-la Protocolo para desinfecção do equipamento: Final do turno: . Colocar luva de borracha . Remover instrumentais e brocas e colocá-los de molho no sabão enzimático por 10 min. . Remover e colocar materiais de consumo usados e as barreiras no lixo. . Acionar caneta de alta por 30 segundos . Colocar saca-brocas em glutaraldeido . Passar exponja com água/sabão nas partes do consultório citadas anteriormente . Limpeza do sugador: aspirar boa quantidade de sabão enzimático, tirar filtro limpá-lo com água/sabão, recolocar o filtro e aspirar hipoclorito a 1% . Lubrificar as pontas . Lavar toda cadeira com água e sabão . Lavar a exponja com água e colocá-la em solução de hipoclorito 1% (até o próximo atendimento) . Com toalha de papel remover/enxugar o sabão . Tirar luva de borracha e desinfetá-la
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