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Tumores Ósseos

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS
CAMPUS ARAPIRACA
GRADUAÇÃO EM MEDICINA
PATOLOGIA E IMAGINOLOGIA – 5º PERÍODO
ALUNO (A): Vivianne Beatriz dos Santos Lúcio
OBJETIVO: Aspectos radiológicos das lesões ósseas: Localização, bordas da lesão, tipo de matriz, tipo de destruição óssea, tipo de resposta periosteal, extensão para os tecidos moles e multiplicidade de lesões, diferenciando um tumor ósseo maligno e benigno.
A localização das lesões ósseas pode ser dividida em localização no plano longitudinal (metáfise, diáfise e epífise), plano axial (medular, cortical, subperiosteal ou justa cortical) e esquelético (axial ou apendicular).
As lesões ósseas podem ser únicas ou múltiplas, sendo que, em sua maioria, são únicas. Com relação a secção transversal óssea, a lesão pode ser tanto central quanto periférica. A identificação da posição da lesão dentro do osso é importante para diferenciar lesões que possuem características histopatológicas semelhantes, porém, preferência por instalação diferente. A região do osso acometida também pode ser útil no direcionamento do diagnóstico. Essa diferenciação mostra-se importante pelo desenvolvimento de alguns tumores de acordo com o grau de atividade das placas de crescimento.
O tamanho do tumor, de uma forma geral, não é um bom preditor de malignidade ou benignidade dos tumores, apesar de tumores maiores tenderem a serem mais agressivos em comparação com tumores maiores.
Algumas lesões possuem a capacidade de ativar osteoclastos e promover destruição óssea. De acordo com o grau de destruição, as lesões podem ser bem delimitadas ou mal delimitadas. Lesões menos agressivas e de crescimento mais lento são chamadas de lesões geográficas, por serem bem delimitadas. Já lesões mais agressivas, onde é difícil identificar onde a lesão começa e onde acaba o osso normal, ou seja, existe uma larga zona de transição, são chamadas de lesões permeativas. Podem ainda ser lesões com padrão moteado.
O osso, por si só, reage a qualquer processo inflamatório, infeccioso ou neoplásico que ameace a sua integridade. De forma geral, essas reações baseiam-se em formação óssea para contar a expansão da lesão. Essas reações podem ser do tipo medular, onde há esclerose marginal, ou seja, quando há uma linha de osso branca envolvendo a lesão e está relacionada a lesões de crescimento lento e caráter pouco agressivo, ou podem ser periosteais, quando há espessamento cortical, um adensamento do córtex relacionado a lesões irritativas próximas à superfície do osso. As reações periosteais, por sua vez, podem ser organizadas compensadas, organizadas descompensadas ou desorganizadas, no que tange ao potencial de destruição e produção óssea compensatória. Também podem ser classificadas como lesão periosteal sólida, lamelada, raios de sol e Codman.
Com relação a lesão do córtex, pode haver uma corrosão parcial ou uma corrosão completa. Quando o córtex está corroído externamente, apresentando diminuição da sua espessura, fala-se a favor de neoplasia de partes moles que está em contato com o osso provocando sua destruição. Essa destruição pode ocorrer tanto por eliminação de substancias ativadoras de osteoclastos quanto por isquemia direta do periósteo. Por sua vez, corrosões internas lembram impressões digitais em massa de modelar, sendo assim chamadas de recorte endosteal. Destruições totais indicam que o tumor não é mais restrito ao compartimento ósseo, tendo assim invadido partes moles, o que por sua vez indica aumento de agressividade do tumor. As chamadas imagens blásticas, ou produtoras de osso, são típicas de tumores produtores de osso.
A matriz do tumor pode ser cartilaginosa (ex: condroma e condrosarcoma), osteóide (ex: osteoma e osteosarcoma), fibrosa (ex: fibrosarcoma, displasia fibrosa histiocitoma) e cisto ósseo.
A densidade da lesão também deve ser avaliada: lesão lítica ou lesão blástica.
Sendo assim, tumores ósseos benignos podem possuir as seguintes características: tendem a não ultrapassar mais de um plano, seja ele longitudinal, axial e esquelético, únicos, pequenos, de crescimento lento, bem delimitados, podendo ter esclerose marginal e espessamento cortical, reação periosteal organizada compensada ou descompensada. Alguns exemplos são: osteocondroma, osteoblastoma, tumor de células gigantes, osteoma osteóide.
Tumores ósseos malignos tendem a ultrapassar os planos de delimitação, serem múltiplos ou únicos, porém grandes, de crescimento rápido, mal delimitados, permeativo, com reação periosteal desorganizada e invasão de compartimentos moles (irrestrição quanto aos limites compartimentais). Alguns exemplos são: osteossarcoma, condrossarcoma, fibrossarcoma, tumor de Ewing, etc.
REFERÊNCIAS
ENGEL, E. E. Gava, N. F. Tumores Ósseos: princípios de diagnóstico e tratamento. Departamento de Biomecânica, Medicina e Reabilitação do Aparelho Locomotor: Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. São Paulo: 2012.
JUNIOR, C. F. M. Radiologia Básica. 1 ed. Rio de Janeiro: Revinter, 2010.
SIZINIO, H. Ortopedia e Traumatologia: princípios e prática. 4.ed. Porto Alegre: Artmed, 2009.

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