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PLANTAS TÓXICAS Clínica das Intoxicações · Plantas Tóxicas de Interesse Pecuário Planta tóxica → Aquela que, consumida por forma natural, vai causar um dano a saúde ou mesmo a morte · Comprovação da Toxidade → ingerida por via oral, planta frescas/recém colhidas/dessecadas · Crendices sobre Plantas Tóxicas: 1. Plantas tóxicas seriam lactescentes/lactescência indica toxidez. 2. Características das folhas representa toxidade: como trifoliar, semelhantes de melancia, pecilo alado. 3. Quantidades ínfimas da planta é letal. 4. Causa morte logo após o consumo. 5. Alterações digestivas (timpanismo) são causadas por plantas tóxicas. 6. O instinto protege os animais – exceção ‘’Miumiu’’ Baccharis coridifolia. 7. Tinguis/Timbó nomenclatura relacionada a plantas toxicas. · Fatores que influenciam a toxidez da planta: 1. Fase de crescimento → broto x madura (Pode ser mais toxico em uma fase do que em outra, ou só toxica em uma fase e outra não). 2. Partes tóxicas → Apenas folhas, frutos (Sessea brasiliensis), sementes ou folhas (Ricinus comunis). 3. Estado e armazenagem → secagem (Feno, continua tóxico). 4. Solo → adubagem (Mais adubado, mais tóxico – Brachiaria radicans, Manihot sp. – mandioca brava, miumiu) · Condições em que ocorrem as intoxicações por plantas: 1. Fome → Estilagem, campo queimado, inicio de chuva (primeiras que brotam são as tóxicas), pós transporte, privação alimentar. 2. Vicio → Gosta e quer comer a planta (Pteridium aquilinum – samambaia do campo). O bovino come em situação de fome, quando prova, gosta, e mesmo com alimento disponível, acaba comendo. 3. Estreita associação → Plantas tóxicas crescendo com comestíveis, por contaminação de sementes. 4. Transferência de animais → Fome. 5. Fenação → Qualidade, puro, sem misturas. · Aspectos importantes a serem considerados no diagnóstico de intoxicação por planta: 1. Histórico; 2. Determinação do quadro clinico patológico; 3. Necropsia; 4. Inspeção de pastagens; 5. Identificação botânica; 6. Exames laboratoriais: histopatologia, patologia clínica; 7. Não solicitar isolamento de princípio ativo: não se sabe de todas as plantas quais são os princípios tóxicos. · Classificação de toxicidade por lesões em sistemas: · Plantas que afetam o funcionamento do coração - Lesão aguda: Palicourea marcgravii, Mascagnia publifora - Lesão crônica: Ateleia glazioviana · Palicourea marcgravii · Primeira planta toxica estudada · ‘’Cafezinho’’, ‘’Erva de Rato’’, ‘’Café Bravo’’ · MORTE em Bovinos · Larga distribuição · Terra firme · Épocas de muita chuva – alagado depois terra firme · Pastos recém-formados · Área de mata · Dose letal baixa: 0,6 g/kg – efeito acumulativo · Palatável · Transição entra pastagem e área florestada ou próxima cercagem. SINAIS CLINICOS: · Algumas horas após contato · Forçados a se movimentar após consumo – exigência cardíaca · Pulso venoso + · Tremores musculares – relacionado a isquemia · Queda esterno abdominal, depois lateral · Pedalagem em convulsão final tônica – isquemia cerebral PATOLOGIA: · Macroscopia: sem alteração · Microscopia: discreta, degeneração hidrópico-vacuolar das células epiteliais dos TCD do rim. PRINCIPIO ATIVO TRATAMENTO: · Ácido Monofluoroácetico – inviabiliza o citrato no Ciclo de KREBS, que tem como objetivo produção de ATP, o ác. Monofluoroácetico impede que o citrato se quebre, consequentemente, não tem desencadeamento do ciclo, resultando em falta de energia para células, que é extremamente deletério para o coração, por ser um tecido que tem pouca reserva energética, então a célula cardíaca fica sem ATP e não consegue manter sua função vital. · Não tem tratamento – Evitar movimentação · Profilaxia – aceio junto as cercas, evitar animais nas áreas com plantas, herbicida nas covas para evitar rebrota, controlar a planta. · Mascagnia pubiflora · ‘’Corona’’, ‘’Cipó-prata’’ · Morte Súbita em Bovinos · Região centro oeste · Bons solos · Solos desmatados com investimentos · Difícil erradicação · Ingestão em qualquer época do ano · Aumenta toxidez na época seca · Dose letal 20g/kg · Folha lisa e pilosa SINAIS CLINICOS: · 16 a 25h após ingestão · Relutância em levantar · Andar rígido · Tremores · Urina com frequência – dificuldade de coordenas esfíncteres · Decúbito lateral, pedalagem, mugido frequente · Morte PATOLOGIA: · Macroscopia: sem alterações · Microscopia: 2/3 dos casos apresentam degeneração hidrópico vacuolar e picnose das células epiteliais do TCD PRINCIPIO ATIVO TRATAMENTO: · Cromonas rubrofusarina-6-0 gentiobiosideo, acredita-se na referência direta com Ciclo de Krebs · Não há tratamento – repouso · Profilaxia: movimentar com cuidado, herbicidas · Ateleia glazioviana · Árvore, ‘’Timbó’’, ‘’Maria Preta’’, ‘’Cinamomo bravo’’ · Morte súbita em Bovinos e Ovinos · Na Região Sudeste – Tetraoterys spp. (Cipó ruão/preto) · Lesão crônica · Caduca no inverno, que leva ao consumo das folhas no chão pelos animais · Região Sul · Não cresce em umidade · Frequente – beira de estrada · Semente extremamente tóxica, mas folha também toxica · Palatável · Dose Única 22 a 35 g/kg → ABORTIVA · Dose Única 40g/kg ou Fracionada 2,5 g/kg → CARDIOPATIA SINAIS CLINICOS: · Letargia – 10 a 30 d · Morte súbita ao movimento · Sinais de ICCD – 5 causas: intoxicações por plantas · Pulso jugular + · Edema de barbela PATOLOGIA: · Macroscopia: áreas pálidas no miocárdio (fibrose do tecido cardíaco, porque não tem capacidade de regeneração, então a lesão é substituída por tecido cicatricial, fibroso), septo interventricular e prox. as coronárias mais lesionadas geralmente, fígado de noz moscada (quando o coração não consegue bombear o sangue adequadamente, este sangue acaba acumulado na circulação de retorno e leva a congestão passiva do tecido hepático na região centro-lobular, que leva a fibrose do tecido), edema, ascite, hidropericárdio. · Microscopia: Tumefação e necrose das miofibras, fibrose cardíaca. PRINCIPIO ATIVO TRATAMENTO: · Nenhum PA conhecido · Não há tratamento · Profilaxia: arrancar arvores jovens, controle de adultas difícil (corte favorece brotação). · Plantas que afetam o tubo digestivo · Baccharis caridifolia · ‘’MioMio’’ · Bovinos, ovinos · Se animal nasceu em local que tem a planta, eles ‘’sabem’’ que não deve comer, a intoxicação acontece de animais que não tinham conhecimento prévio da planta, por exemplo, animais que viviam em locais sem miomio, e foram transferidos para locais que possui. · Sul e SP · Campos nativos · Áreas não úmidas – pampas CONDIÇÕES DE INTOXICAÇÃO: · Fome – comum em animais que vieram de região sem miomio, e chegaram em uma propriedade com a planta e com muita fome, acabam buscando para se alimentar · Viagens · Queimadas/roçagens (primeira planta a rebrotar) · Não palatável · Flores>sementes>folhas>talos>raiz – a toxicidade se dá por um fungo que vive na raiz, e ela acaba absorvendo a toxina, levando por toda sua estrutura e estocando. · Plantas fêmeas 32x mais toxica que machos · Em março a planta é mais toxica – época de floração (aonde está a maior concentração de toxina) · Dose letal Bovinos – 0,25 a 2 g/kg · Dose letal Ovinos – 1 a 4 g/kg SINAIS CLINICOS: · 5 a 29h após a ingestão em bovinos · 3 a 24h após a ingestão em ovinos · Anorexia, fezes ressequidas e escassas – animal muito desidratado · Timpanismo leve a moderado com parada ruminal · Instabilidade de posterior, animal irrequieto · Raros tremores musculares · Polipneia, sialorreia, gemidos, secreção ocular, taquicardia e polidipsia · Semelhante a Ruminite aguda por acidose de ingestão de grãos PATOLOGIA: · Macroscopia: congestão das mucosas, congestão e edema da mucosa do rumem e reticulo, congestão do baço, Ruminite erosiva. · Microscopia: Necrose das células epiteliais com formação de fendas na mucosa do rumem. PRINCIPIO ATIVO TRATAMENTO: · Tricotecenos macrociclios – toxina produzida por fungos do solo, absorvida pelas raízes – fitotóxicas · Micotoxinas: Roridina A e E, micotoxinas A, B e D, Isomiotoxina D · Tratamento e profilaxia: semelhante ao tratamento de suporte para Ruminite por grãos: tentarreestabelecer a microbiota, administrar cal apagada ou carvão ativado para absorção dessa micotoxina do rumem. Tratar os sintomas: fluidoterapia, antb. · Animais novos – esfregar na gengiva a planta várias vezes antes de soltar na pastagem · Pastejo supervisionado. · Ricinus comunis · ‘’Mamona’’, ‘’Carrapateira’’ · Sementes → RICINA → alteração digestiva · Folhas → RICININA → alteração nervosa · Disseminada em todo brasil · Solos férteis · Cultivada · Bovinos, equinos, suínos, ovinos · Não palatável CONDIÇÕES DE INTOXICAÇÃO: · Adição acidental ou intencional de sementes na ração · Resíduo não detoxicado das sementes provindo de indústria de extração de óleo · Fome – busca pela planta e ingestão · Dose tóxica sementes Bovinos: 2 g/kg · Dose tóxica sementes Suínos: 1,4 g/kg · Dose tóxica sementes Ovinos: 1,25g/kg · Dose tóxica sementes Equinos: 0,1 g/kg · Dose tóxica folhas Bovinos: 20 g/kg SINAIS CLÍNICOS – SEMENTES: · 13 a 24 h · Recuperação 3 a 5 dias · Anorexia, febre, diarreia com muco e fibrina, as vezes com sangue PATOLOGIA – SEMENTES: · Macroscopia e Microscopia: enterite fibrino membranosa, principalmente ID, apoptose do tecido linfóide SINAIS CLÍNICOS – FOLHAS: · 3 A 6H · Andar desequilibrado · Marcha curta · Tremores, sialorreia, movimentos mastigatórios e eructação frequente PATOLOGIA – FOLHAS: · Macroscopia e microscopia: ausentes, discreta vacuolização dos hepatócitos na micro. PRINCIPIOS ATIVOS TRATAMENTO: · Tratamento sintomático. · Plantas Hepatotóxicas · Aguda: Cestrum sp. E Xanthium sp. · Crônica: Senecio brasiliensis · Cestrum laeviagatum · ‘’Coerana’’ · ‘’Chase Valley Disease’’ · Bovinos · Insuficiência hepática aguda · Regiões sudeste, centro oeste, nordeste · Áreas baixas não alagadas · Grotas – desníveis de morro, pedras, sombreamento CONDIÇÕES DE INTOXICAÇÃO: · Pouco palatável – fome e corte de pasto · Folhas tóxicas murchas sobre o pasto · Ingestão de brotos que são verdes na época de seca · Seca – agosto e setembro · Dose única 10 a 50 g/kg SINAIS CLINICOS: · 15 a 24h · Apatia, anorexia, parada ruminal · Dorso arqueado – dor no abdome · Constipação, fezes secas recobertas por muco ou estrias de sangue - desidratação · Sialorreia · Andar cambaleante e tremores musculares · Hipotermia, retração globo ocular, decúbito, gemidos · Encefalopatia hepática – hiperamoneia – fígado responsável pela detoxificação e eliminação de amônia, produzido pelas células intestinais no processo de digestão, esse excesso de amônia é processado pelo tecido hepático, mas como o fígado está lesionado, leva o caso de excesso de amônia na circulação sanguínea, que é deletéria ao tecido nervoso, principalmente para a substancia branca cortical levando ao quadro de encefalopatia. PATOLOGIA: · Macroscopia decisiva: necrose hepática aguda. Hiperemia resultante da necrose, e edema de vesícula biliar. Conteúdo fecal mais ressequida e coágulos · Microscopia: necrose centro lobular com picnose e cariorrexia, congestão, hemorragias, esteatose das células da periferia do lobo hepático. · Mais na região centro-lobular, pois aonde ocorre detoxificação PRINCIPIO ATIVO TRATAMENTO: · Saponina – cestrumina · Prognostico grava: glicose, antitóxicos, purgante oleoso · Profilaxia: erradicar a planta e manter com herbicida · Xanthium spp. · ‘’Carrapicho de carneiro’’, ‘’Figo bravo’’ · Bovinos, suínos · Não é palatável, mas como broto é menos ruim, quando os bovinos acabam comendo · Região Sul · Invasoras de terras não cultivadas · Terras alagadas durante algum tempo, beira de lagos e rios CONDIÇÕES DE INTOXICAÇÃO: · Bovino ingere apenas o broto em caso de fome extrema · Dose 7,5 a 10g/kg · Cotilédones misturados a ração de animais confinados – caso de suínos SINAIS CLINICOS: · Semelhantes a intoxicação por C. laeviagaum PATOLOGIA: · Macroscopia: hepatomegalia com necrose hepática, vesícula biliar dilatada e edemaciada, edema perirenal · Microscopia: necrose massiva de hepatócitos com hemorragia – TODOS HEPATOCITOS. PRINCIPIO ATIVO TRATAMENTO: · Hidroquinona · Não há tratamento – administrar substancias gordurosas logo após ingestão de brotos para prevenir intoxicações · Profilaxia: herbicida 2,3D em solução aquosa durante dois anos devido dormência da semente · Senecio spp. · Afecção hepática Crônica · 1200 spcs de Senecio no mundo – 25 toxicas · ‘’Maria mole’’, ‘’Flor das almas’’ · Bovinos, ovinos · S. braziliensis · Região sul e SP · Campos nativos e cultivados CONDIÇÕES DE INTOXICAÇÃO: · Ingestão final outono e durante inverno – porém só tem SC no verão · Uso de feno contaminado · Sem ovinos na pastagem · Todas as partes da planta são toxicas · Doses diárias: 0,6 a 5 g/kg durante 1 a 8 meses SINAIS CLINICOS: · Cirrose hepática · Diarreia, emagrecimento progressivo, tenesmo, prolapso retal · Fígado baqueado não consegue detoxificar filoeritrina – fígado órgão que detoxifica filoeritrina eliminada na bile, se esta baqueado não consegue eliminar a filoeritrina e ela cai na circulação, levando a foto sensibilidade. · Icterícia – lesão hepática: dificuldade de metabolização de bile · Agressividade – encefalopatia hepática: diminui metabolização de amonia · Ascite – diminuição produção de albumina, portanto, diminui pressão oncótica · Caquexia PATOLOGIA: · Macroscopia: edema de abomaso e mesentério, ascite, edema de vesícula biliar, icterícia generalizada, cirrose hepática, fígado firme – devido substituição por tecido fibroso. · OVINOS: lesões iguais, mas são mais resistentes, tem que ingerir muito por muito tempo, mas é comum que ovinos morram por intoxicação de Senecio + intoxicação por cobre: tenho uma planta que vai causar destruição dos hepatócitos, portanto, esse ovino vai ter menos área para ‘’guardar’’ o cobre, então a dose toxica chega mais rápido, então é uma associação e suas características serão hemólise intensa, hemoglobinúria, icterícia. · Microscopia: fibrose hepática – as células hepáticas têm alto poder de regeneração, porém a toxina impede a mitose, que impede que ela se separe, então a célula duplica o seu material, mas não termina o processo, de forma que não tenha células filhas, novas, e não substitui células perdidas, então o tecido fibroso substitui – megalocitose – células duplicadas que não conseguem finalizar a mitose – proliferação de ductos biliares, SNC – status espongiosus. PRINCIPIO ATIVO TRATAMENTO: · Alcalóides pirrolizidinicos – inibição da mitose · Não há tratamento · Lesão progressiva · Profilaxia: consorcio com ovinos, herbicidas, biopsia hepática – seguida de graduação histológica: lote de bovinos, insere o mandril, faz a coleta, coloca em frasco, manda para histologia, avalia em 3 categorias: grau 1 (pouca lesão), 2 e 3 (muita lesão), os graus 3 manda para abate, grau 1 mantem por mais tempo e evitar a continuidade de consumo, de forma que dê para manejar e manter por um pouco mais de tempo e engorda certos animais, evitando tanta perca econômica. · Plantas Nefrotóxicas · Amaranthus sp. · ‘’Caruru’’ · Bovinos, ovinos, suínos · Poucos casos registrados – precisa de muito consumo · Ocorre em todo brasil · Terrenos baldios · Lavouras anuais e perenes · Solos férteis CONDIÇÕES DE INTOXICAÇÃO: · Fome – pastagens infestadas · Ingestão em grande quantidade entre 5 a 30 dias · Dose total: 229,88 a 492,25 g/kg SINAIS CLINICOS: · 15 a 30 dias após consumo · Depressão, anorexia, diminuição motilidade intestinal, corrimento sero-sanguinolento nas narinas, incoordenação motora, edema submandibular, barbela e coxa, desprendimento dos cascos, chifres · DRC – lesão extra renal PATOLOGIA: · Macroscopia: Petequias subcutâneo e serosas, ascite, hidrotorax, ulceração de esôfago, congestão generalizada, rins pálidos, proteinúria · Microscopia: Insuficiência renal, nefrose tubular toxica com picnose e cariorrexia, cilindros hialinos, necrose de coagulação em alguns túbulos PRINCIPIO ATIVO TRATAMENTO: · Alta concentração de oxalato (cristais) · Prognostico grave: sem tratamento · Profilaxia: roças pastagens infectadas antes da introdução do animal, planta perde PA. Plantas tóxicas quecausam perturbações nervosas Solanum fastigiatum, Ipomea carnea, Sida carpinifolia · Solanum fastigiatum · ‘’Jurubeba’’ · Bovinos com mais de 8 meses – lesão progressiva · Ataques epileptiformes · Região sul (realeza) · Beira de estrada · Roças abandonadas · Matas semi devastadas CONDIÇÕES DE INTOXICAÇÃO: · Comem por prazer, sem necessidade · Evolução crônica · Dose 1,5 a 2 g/kg/dia – 76 a 155 d SINAIS CLINICOS: · Crises epiléticas periódicas – quando animais são assustados ou excitados, até espontâneas – head raising teste · Na crise: nistagmo, rigidez dos musculo do pescoço e membros anteriores, perda de equilíbrio e queda com contrações tônico clônicas, · Duração de segundos a minutos · Não tem toxina letal – animais morrem devido a consequências dos ataques PATOLOGIA: · Macroscopia: sem alterações ou leve diminuição de cerebelo · Microscopia: cerebelo: vacuolização, degeneração e desaparecimento das células de purkinje – a toxina da planta causa deposito intra-neuronal, ela deposita material de acumulo dentro do lisossomo do neurônio, impedindo degradação neuronal, então o neurônio fica ‘’cheio’’ desse material que não consegue metabolizar e que substitui o espaço do citoplasma do neurônio, formando vacúolos, até que chega um momento que não consegue trabalhar e morre por apoptose. PRINCIPIO ATIVO TRATAMENTO · Não conhecido – causa deficiência enzimática dos lisossomos – inibidor enzimático exógeno – impede lise. · Não há tratamento · Profilaxia: evitar colocar animais nas áreas infestadas com a planta · Ipomea carnea · ‘’Mata cabra’’ ‘’Canudo’’ · Ovinos, caprinos, bovinos · Quadro igual · Sida carpinifolia · ‘’Guanxuma’’ · Ovinos, caprinos, bovinos · Região sul, sudeste e centro oeste · Próximo a currais e estábulos · Pastagens a beira de carreadores · Locais mais úmidos e sombreados CONDIÇÕES DE CONSUMO · Comem por prazer, sem necessidade · Vicio de consumo · Dose 11 a 30 g/kg/dia - 15 d a 1 mês SINAIS CLINICOS: · Letargia, incoordenação, ataxia, dismetria, hipermetria, tremores musculares, instabilidade e quedas · Em ovinos os SC mais brandos que caprinos · Bovinos, andar em marcha lenta, olhar atento, tremores de intenção PATOLOGIA: · Macroscopia: sem alterações, ovinos – aumento de linfonodos mesentéricos · Bovinos - Amarelamento do tálamo e do mesencéfalo · Microscopia: distensão e vacuolização citoplasmática em especial das células de purkinje, neurônios do tálamo, mesencéfalo e medula espinhal. · Tumefação das células do acinos pancreáticos, túbulos renais e células foliculares da tireoide, hepatócitos e macrófagos de órgãos linfoides. PRINCIPIO ATIVO TRATMENTO: · Alcaloide idolizidinico – swainsonia: armazenamento lisossomal, pois inibe as enzimas alfa-manosidase dos lisossomos e alfa manosidade II do CG. Acumulo de oligossacarídeo. · Tratamento – retirar das áreas de pastejo, melhora progressiva · Profilaxia: evitar contato com a planta. Plantas tóxicas que causam degeneração e necrose muscular · Cassia ocidentalis · ‘’Fedegoso’’ ‘’Majerioba’’ · Causa miopatia grave em bovinos · Equinos e suínos · Região sul · Pastos baixos · Solo fértil ao redor de currais, beira de estradas CONDIÇÕES DE INTOXICAÇÃO: · Ração contaminada por sementes, sorgo/milho · Dose: 2 g/kg/dia por 5 dias – Bovinos SINAIS CLINICOS: · Diarreia, tremores, mioglobinuria, andar incoordenado, relutância em movimentar, decúbito esternal, lateral, morte PATOLOGIA: · Macroscopia: áreas pálidas nos músculos da região glútea e da coxa, intercaladas com áreas de coloração normal, necrose, urina e rins escuros – mioglobinuria · Microscopia: Necrose das fibras musculares, tumefação de fibras musculares com degeneração hialina e ruptura de fibras. PRINCIPIO ATIVO: · Não determinado – série de compostos tóxicos – albumina toxica, N-metilmorfolina, alcaloides. · Não há tratamento · Profilaxia: cuidar com escassez de pasto, cuidar de quantidade de sementes adm aos animais. Plantas Fotossensibilizantes Fotossensibilização Primaria: Fagopyrum esculetum, Ammi majus – plantas que tem substâncias fotoativas, que estimula a radiação solar quando está em circulação. Fotossensibilização Secundária: Lantana spp., Pithomyces chartarum, Brachiaria sp., Senecio sp. – relacionada com a lesão primária do fígado. · Fagopyrum esculetum ‘’Trigo mourisco’’ · Região sul · Farinha humana e animal · Espécies afetadas – suínos e ovelhas · Acesso a planta ou quando recebe na alimentação · Planta fresca em fase de floração mais quantidade de substancia fotodinâmica · Ammi majus ‘’Cicuta negra’’ · Região sul · Resteva de pastagens de trigo · Bovinos · Frutificação fase mais toxica · Contato – fototoxica · Dose: 1,7 a 8 g/kg – horas · Fotossensibilização primaria – a intensidade das lesões depende da intensidade de exposição à radiação solar LESÕES: · Perda de peso, cegueira, sintomas nervosos, lesões de pele: eritema, prurido, edema, necrose da pele. · Áreas sem melanina mais sensíveis a lesões PATOGENIA: · Pigmento fotodinâmico – absorve raios solares e converte em energia calórica. PRINCIPIO ATIVO: · F. esculetum – fagapirina · A. majus - furucumarina TRATAMENTO E PROFILAXIA: · Não há tratamento – retirar da pastagem, manter em sombra, tratar sintomas · Profilaxia: erradicar plantas. · FOTOSSENSIBILIZAÇÃO SECUNDÁRIA: Lantana spp. · ‘’Bem me quer’’ ‘’chumbinho’’ ‘’cambara’’ · Ovinos e bovinos · Lesão primária causada pela planta → impede metabolização do pigmento da clorofila (filoeritrina) → cai na circulação e causa a queimadura · Consumo em casos de fome – pós viagens/recém desmamados · Quadro acentuado em caso de sede · Dose: 10 a 40 g/dia – 15 a 30 dias · Tratamento: remoção do conteúdo ruminal, carvão ativado, remover pastagem, sombra, tratamento feridas, antb, anti-histamínico · Pithomyces chartarum · Fungo que vive em contato íntimo com pastagens devido calor e umidade (Brachiaria spp. – também tem potencial para desenvolver o problema) · Bovinos, ovinos, caprinos · Fungo ao se proliferar produz micotoxina que fica no pasto e é consumida pelo animal e causa lesão hepática, consequentemente, lesão fotossensível. · Ingestão de esporodesmina → esporodesmina absorvida, removida pelo fígado e concentrada no sistema biliar → toxina participa nos processos de redução/oxidação para formar radicais superóxido → os radicais destroem a membrana celular provocando uma Colangite necrotizante → levando a icterícia obstrutiva → acumulo de filoeritrina → Fotossensibilização · Já a Brachiaria spp. → forma cristais de oxalato → obstruem canalículos biliares → acumulo de filoeritrina → fotosensibilização · Primaria mais grave e secundaria tem icterícia. · Tratamento: remover pastagem, sombra, tratamento feridas, antb, anti-histamínico, diminuir lotação. Plantas com ação radiomimética · Pteridium arachinoideum · Samambaia do campo · Planta com capacidade de causar mutação - tumores · Forma aguda (muito em pouco tempo) – Diátese hemorragia – dose 10g/kg por 3 semanas · Forma subaguda (médio em médio tempo) – tumores de bexiga - <10g/kg por 1 + anos – Assoc. com papilomavirus bov BPV-2 · Forma crônica (pouco em muito tempo) – tumores de TGI - >3g/kg por 6 + anos – Assoc. com papilomavirus bovino BPV-4 · A samambaia interfere no ‘’tumor benigno papiloma’’ causando maligno. · Broto – planta jovem é mais toxica e palatável · Fome, vicio e pode contaminar feno · Princípio ativo – cancerígeno: Ptaquilosidio Norsesquiterpeno · No caso da intoxicação aguda, por ser curta, não tem desenvolvimento de neoplasia, mas causa diátese hemorrágica: hipertermia, hemorragia de pele e mucosa, sangramento nasal, ausência de coagulação, melena – NECROSE DA MEDULA OSSEA: TROMBOCITOPENIA. · Sem tratamento. · Intoxicação subaguda: tumores na bexiga, hematúria, anemia, fraqueza, emagrecimento progressivo. · Intoxicação crônica: CCE, interferência mecânica na eructação e ruminação – não consegue eliminar gás, tosse, regurgitação, Timpanismo secundário, diarreia e emagrecimento. · Profilaxia: calagem e aração do solo – alcalinizar o ambiente e ela não cresce · Herbicida– asulam · Planta competitiva – Brachiaria spp. Plantas Calcinogênicas · Solanum malacoxylon, Solanum glauphyllum, Nierembergia veitchii Possuem precursores de VTMD, Calcinose Enzootica – a seiva dessas plantas tem uma substancia análoga a vitamina D, que tem função absorver cálcio do intestino, portanto, teremos maior absorção de cálcio quando o animal ingere essas plantas, esse Cálcio acaba sobrepondo a capacidade de deposição nos tecidos ósseos e então, acaba sendo depositado em Animais comem as folhas que caem sobre a pastagem durante a seca – não é palatável – fome. · Dose: 0,16 g/kg por mais de 2 anos · Bovinos e búfalos SINAIS CLINICOS: · Hipercalcêmica e hiperfosfatemia, emagrecimento, dificuldade locomotiva, apoio de membros, apoio na ponta dos cascos, xifose, cansaço, hipotricose, pelos eriçados, morte súbita quando movimentado – sistema irrigação falho PATOLOGIA: · Macroscopia: mineração de tecidos moles, artérias principalmente TRATAMENTO: · Fitocoloides quelados, recuperação parcial de animal não muito intoxicado Plantas Cianogênicas · Manihot spp. – ‘’mandioca braba’’, Prunus spp. – ‘’pessegueiro bravo’’ · Plantas com capacidade de causar asfixia nos animais, dificuldade de liberação de oxigênio para os tecidos. · Palatável – folha dessecada perde PA · Dose: 2 a 4 mg de HCN por kg/pv SINAIS CLINICOS: · Cianose, respiração acelerada e profunda, taquicardia, sialorreia, tremores, andar cambaleante, decúbito e morte · Planta encontrada no rumem e nas imediações do animal · O HCN vai bloquear uma enzima dentro da mitocôndria chamado Citocromo Oxidase, que faz o complexo Fe da Hemoglobina, que forma o Ciano-cirocromo-oxidase, deixa o ferro estável, então ele não precisa mais de ligação, ao fazer isso, inibe transporte de elétrons e o O2 que poderia se ligar, ou estava ligado, se desliga, inibindo o transporte para os tecidos, causando indisponibilidade de O2. · Sangue com coloração vermelho brilhante devido maior concentração de O2 TRATAMENTO: · Tiossulfato de NA a 20% IV 660 mg/kg – desestabiliza ligação ferro · Doses repetidas causa resistência Plantas que afetam a pele e anexos · Vicia sp. – ‘’ervilhaca’’ · 3 formas clinicas: · 1. Sementes – contém ácido prússico – distúrbios nervosos agudos e morte · 2. Pastagem: pápulas pelo corpo e erupções herpetiformes na mucosa oral, queda de pelo, diarreia e perda de índices produtivos · 3. Pastagem: forma granulomatosa sistêmica – alergia crônica · Dose:? – Consumo por mais de 2 sem. SINAIS CLINICOS – FORMA SISTEMICA: · Pápulas crostosas, prurido, febre, conjuntivite, diarreia, perda de peso e dim da prod de leite · K PATOLOGIA: · Macroscopia: Rim/fígado/adrenal/coração/pulmão – são invadidos por pequenos pontos brancos aleatórios, difusos. · Microscopia: Inflamação granulosa PRINCIPIO ATIVO: · Desconhecido – haptenos · Reação de hipersensibilidade tipo IV · Ramaria flavo-brunnescens · Fungo/cogumelo · Cresce depois de muita chuva · Associado a pastagens com eucalipto · Bovinos, ouvinos · Sazonal · Sem tratamento SINAIS CLINICOS: · Sialorreia intensa, queda de anexos cutâneos · Perca de pelo da ponta do rabo. PATOLOGIA: · Perda das papilas linguais. · Esofagite – necrose do epitélio do esôfago Plantas ornamentais toxicas para pequenos animais ASPECTOS GERAIS: · Qual relação plantas ornamentais x pets · Qual variedade de plantas no ambiente domestico · Importância do estudo de plantas toxicas ornamentais DIFERENÇA ENTRA ESPECIES NA SUSCETIBILIDADE AS TOXINAS VEGETAIS: · Ruminantes x não ruminantes – desenvolvimento de detoxificação enquanto pets não é tão efetivo, por não estarem acostumados. FATORES QUE INFLUENCIAM A INTOXICAÇÃO POR PLANTAS: · Animal: Idade, atividade/comportamento, ambiente, hábitos alimentares · Planta: identidade, parte consumida, quantidade consumida · Exposição intencional x acidental PRINCIPAIS SISTEMAS ACOMETIDOS: · Todos · A maioria das plantas afeta mais de um sistema · Mais acometidos: digestório, cardiovascular, nervoso Plantas cardiotoxicas: glicosídeos cardioativos · Nerium oleander · ‘’Espirradeira, loandro’’ · PA: oleandrina – glicosídeo cardíaco · Kalanchoe blossfeldiana · ‘’Fortuna’’ · PA: glicosídeo cardíaco · Thevetia Peruviana – ‘’chapeu de napoleão’’ · Digitalis purpúrea - ‘’dedaleira’’ · Asclepias curassavica – ‘’ capitão de sala’’ SINAIS CLINICOS: · Vomito, diarreia, tenesmo, cólica, estomatite, sialorreia · Bradicardia, taquicardia, fibrilação, fraqueza, torpor, coma · Anoxia com extremidades frias – circulação ineficiente TRATAMENTO: · Lavagem estomacal, glicose, equilíbrio eletrolítico, 10 mEq/h cloreto de potássio IV, monitoramento eletrocardio · Plantas causadores de distúrbio gastroenterico: · Rhododendron ferrugineum · Azaleia · Intoxicação branda · 0,2% do peso · PA: andromedotoxina – glicosídeo SINAIS CLINICOS: · Vomito, sialorreia, náusea, cólica, tenesmo, incoordenação motora · Euphorbia pulcherrima e Iris sp. · Ricinus communis · ‘’Mamona’’ · PA: ricina – inibe síntese proteica causando morte celular · Folhas: distúrbios locomotores · Semente mais grave: apatia, sialorreia, diarreia catarral, hemorragia, anorexia · Lesão necrótica em intestino · Dieffenbachia amoena · ‘’Comigo ninguém pode’’ · PA: cristais de oxalato de cálcio · Dor e irritação, sialorreia profusa, estomatite/glossite · Cólica, náusea, vomito, edema intenso – oclusão glote, asfixia - de cav. Oral. · Inflamação da boca e língua – cristais irritativos que causam lesão, irritação, dor · Monstera spp. · ‘’Costela de adão’’ · PA: oxalato de cálcio · Afonia, sialorreia, estomatite, glossite, urticaria · Alocasia spp. · ‘’Orelha de elefante’’ · PA: oxalato de cálcio · Estomatite, glossite, edema de laringe, sialorreia, vomito TRATAMENTOS: · Anti histamínicos H1 · Não utilizar eméticos · Demulcentes – leite ou hidróxido de alumínio · Protetores de mucosa – sucralfato · Hipoanalgesicos Plantas que causam alteração do Sistema Nervoso Central · Nicotiana tabacum · Tabaco, fumo · PA: nicotina – estimulador de sistema colinérgico parassimpático · 1 maço = 20 mg de nicotina, 4mg = alteração nervosa, 60 mg = morte SINAIS CLINICOS: · Excitação em seguida depressão · Morte em poucos min · Náusea · Salivação profusa · Vômitos e diarreia · Tremores, fasciculações, andar cambaleante · Morte por Insuficiência respiratória e paralisia muscular · Estubar paciente · Bloqueadores ganglionar de receptores nicotínicos · Suporte · Cannabis sativa · ‘’Maconha’’ · THC · SC: anorexia, alucinações, alteração de percepção, nervosismo, hipertermia, hiperexitabilidade, depressão do SNC, midríase, nistagmo, emese, ataxia, tremores, musculares · Tratamento: lavagem estomacal, estimulante central – doxapram, fluidoterapia de suporte – glicose. · Lirio – Lilium longiflorum · Nefrose toxica, felinos, IRA
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