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Gabarito 2°SIMULADO(1°Dia)

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SIMULADO ENEM 2020 - VOLUME 2 - PROVA I
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LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção inglês)
QUESTÃO 01 
As tirinhas da série Itchy Feet retratam, de forma cômica, situações vivenciadas por viajantes. Na tirinha anterior, o autor 
busca satirizar o(a)
A. 	comportamento de turistas provenientes de nações desenvolvidas, os quais tendem a considerar exóticos os hábitos 
culturais de outros países.
B. 	desinteresse de alguns viajantes pelas práticas religiosas dos países que visitam, optando por ignorar seus templos 
e outros locais de adoração.
C. 	displicência típica de alguns turistas com seus objetos de valor, os quais são deixados sem supervisão, mesmo em 
países onde roubos são comuns.
D. 	substituição paulatina das câmeras digitais, antes muito comuns entre viajantes, por celulares com câmera, que são 
menores e mais fáceis de carregar.
E. 	diminuição gradual do entusiasmo de turistas que começam suas viagens registrando todos os detalhes, mas, 
eventualmente, perdem o interesse.
ZLSJ
ENEM – VOL. 2 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 1BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Alternativa E
Resolução: 
A) Não existem elementos textuais que indicam que o autor 
da tirinha tenha o objetivo de satirizar o comportamento de 
turistas provenientes de nações desenvolvidas. De fato, 
a personagem com a câmera mostra-se entusiasmada 
no primeiro quadrinho, fotografando tudo, o que sugere 
um certo encantamento com o novo e o exótico. Contudo, 
isso, por si só, não é suficiente para sustentar a afirmação 
contida no item.
B) No segundo quadrinho, a personagem com a câmera 
recusa a sugestão de fotografar um templo. Contudo, 
a justificava dada por ela não é falta de interesse pelas 
práticas religiosas locais, mas sim o fato de já ter 
fotografado outros quinhentos templos idênticos, o que 
faz com que aquele já não seja mais tão especial: “Well, 
I’ve already got about 500 photos of other magnificent 
temples just like it”. Portanto, a alternativa está incorreta.
C) No terceiro quadrinho, a personagem da direita afirma 
não saber onde está sua câmera. Isso, contudo, não é 
um indicador de que ele seja displicente, mas sim de que 
ele perdeu o interesse em tirar fotos. Por conseguinte, 
não é correto dizer que o autor busca satirizar, com a 
tirinha, a displicência típica de alguns turistas com seus 
objetos de valor.
D) O fato de que uma das personagens está com uma 
câmera nos dois primeiros quadrinhos, mas não no 
terceiro, não indica uma substituição paulatina dessa 
ferramenta por celulares, muito menos uma sátira autoral 
desse fenômeno. Isso apenas ilustra a perda gradual do 
entusiasmo da personagem. Portanto, a alternativa está 
incorreta.
E) No primeiro quadrinho, a personagem com a câmera 
deseja fotografar tudo, desde a grama até o banco local. 
No segundo, ela já se mostra menos animada, recusando-se 
a fotografar um templo. Por fim, no terceiro quadrinho, 
a personagem está com a câmera guardada, indicando 
que não deseja fotografar nada. Portanto, o que o autor 
satiriza é justamente a diminuição gradual do entusiasmo 
de alguns turistas. Logo, a alternativa E é a correta.
QUESTÃO 02 
Disponível em: <http://moviefone.tumblr.com/>. 
Acesso em: 16 abr. 2015.
MH74
A publicidade tem como objetivo não só divulgar empresas, 
produtos ou serviços, mas também persuadir o público a aderir 
a uma ideia ou comportamento. Nessa campanha, o leitor 
é incentivado a 
A. 	 dirigir conforme os limites de velocidade permitidos. 
B. 	 telefonar para os parentes em caso de defeitos no veículo.
C. 	 respeitar a proibição do uso de telefone celular ao volante. 
D. 	 utilizar o serviço de motorista do estabelecimento. 
E. 	 evitar a combinação de bebida alcoólica e direção. 
Alternativa E
Resolução: 
A) A expressão “go beyond your limit” não tem a ver com 
limite de velocidade, mas sim com a quantidade de álcool 
ingerida. Não há, portanto, nenhum elemento textual que 
sustente a afirmativa da alternativa A.
B) A publicidade convoca o leitor a ligar para casa em caso 
de embriaguez, e não em caso de defeito no veículo. Logo, 
a alternativa está incorreta.
C) Não existe nenhuma referência no texto à necessidade 
de se respeitar a proibição ao uso de celular ao volante. 
A expressão “Phone home” significa “Ligue para casa” e 
não tem nenhuma relação com a afirmação contida na 
alternativa. Portanto, a alternativa está incorreta.
D) Não existe, nessa publicidade, a oferta de qualquer tipo 
de serviço de motorista. O que se sugere é que pessoas 
que tenham bebido demais liguem para casa em vez de 
voltar dirigindo. Portanto, a alternativa está incorreta.
E) A alternativa está correta: a frase “If you go beyond your 
limit, please don’t drive” pode ser traduzida como: “Se 
passar do limite, por favor, não dirija”. Trata-se, portanto, 
de um pedido para que o leitor evite combinar álcool e 
direção, conforme propõe a alternativa E.
QUESTÃO 03 
Success is counted sweetest
Success is counted sweetest
By those who never succeed.
To comprehend a nectar
Requires sorest need.
Not one of all the purple Host
Who took the Flag today
Can tell the definition
So clear of Victory
As he defeated – dying –
On whose forbidden ear
The distant strains of triumph
Burst agonized and clear! 
DICKINSON, E. Disponível em: <http://www.poetryfoundation.org>. 
Acesso em: 18 mar. 2016.
Emily Elizabeth Dickinson foi uma poetisa americana cujos 
poemas aparentam simplicidade, mas, na verdade, descrevem 
complicadas verdades psicológicas. No poema “Success is 
counted sweetest”, a autora afirma que as pessoas tendem a
A. 	 comemorar o sucesso alheio com mais entusiasmo.
B. 	 buscar o sentido da vida nos momentos de dificuldade.
C. 	 reclamar dos percalços que encontram em seu caminho.
D. 	 desejar de forma mais aguda aquilo que nunca possuíram.
E. 	 vangloriar-se de seus triunfos e envergonhar-se de seus 
fracassos.
4JGC
LCT – PROVA I – PÁGINA 2 ENEM – VOL. 2 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Alternativa D 
Resolução: Para determinar a resposta à questão, podemos 
nos basear nos dois primeiros versos do poema: “Success 
is counted sweetest / By those who never succeed” 
(O sucesso é considerado mais doce / por aqueles que nunca 
foram bem-sucedidos), isto é, as pessoas valorizam mais 
aquilo que nunca possuíram. Com base nisso, é possível 
determinar que a alternativa correta é a D. 
A alternativa A está incorreta porque não se fala exatamente 
de comemorar o sucesso alheio, mas sim de saber dar a ele 
o devido valor, justamente por não o possuir. 
As alternativas B e C, por sua vez, não encontram respaldo 
no texto. Em nenhuma passagem do poema se faz qualquer 
referência à busca pelo sentido da vida ou às reclamações 
que as pessoas fazem contra os percalços em seu caminho. 
Logo, os itens estão incorretos. 
Por fim, a alternativa E está incorreta porque distorce aquilo 
que diz o texto. No poema, o eu lírico afirma que ninguém 
que faça parte de um exército (“Host”) vitorioso poderá 
dar uma definição tão clara da vitória quanto quem por ele 
foi derrotado. Portanto, não se trata de vangloriar-se dos 
próprios triunfos e envergonhar-se dos fracassos, mas sim 
de dar valor àquilo que não se tem, mas que se deseja. 
QUESTÃO 04 
We teach girls to shrink themselves, to make 
themselvessmaller. 
We say to girls: You can have ambition, but not too much. 
You should aim to be successful but not too successful, 
otherwise you will threaten the man. If you are the breadwinner 
in your relationship with a man, pretend that you are not, 
especially in public, otherwise you will emasculate him.
[…] Because I am female, I’m expected to aspire to 
marriage. I am expected to make my life choices always 
keeping in mind that marriage is the most important. Marriage 
can be a good thing, a source of joy, love, and mutual support. 
But why do we teach girls to aspire to marriage, but we don’t 
teach boys to do the same?
[…] Our society teaches a woman at a certain age who 
is unmarried to see it as a deep personal failure. While a man 
at a certain age who is unmarried has not quite come around 
to making his pick.
[…] We raise girls to see each other as competitors – not 
for jobs or accomplishments, which in my opinion can be a 
good thing – but for the attention of men.
ADICHIE, C. N. We should all be feminists. Nova Iorque: 
Vintage Books, 2014. [Fragmento]
Chimamanda Ngozi Adichie é uma escritora nigeriana que 
explora, em suas obras, temas como feminismo, racismo, 
intolerância, religião e política, entre vários outros. Nesse 
excerto de seu discurso, a autora 
A. 	 condena alguns hábitos culturais de seu país de origem 
com os quais não concorda.
B. 	 denuncia o modo díspar com que são tratados homens 
e mulheres na sociedade.
C. 	 declara sua oposição à imposição do casamento a 
meninas menores de idade.
D. 	 critica o espírito competitivo que as mulheres nutrem 
umas contra as outras.
E. 	 defende o direito da mulher de trabalhar fora e de ser 
a provedora do lar.
CØ8X
Alternativa B
Resolução: 
A) Não existe nenhuma evidência textual que nos permita 
afirmar que a crítica feita por Adichie seja direcionada 
apenas à cultura nigeriana. Antes, trata-se de uma 
denúncia da condição da mulher no mundo. Portanto, 
a alternativa está incorreta.
B) Esta alternativa está correta. Em todo o excerto, a autora 
compara exigências que são impostas às mulheres, mas não 
aos homens. Trechos que comprovam isso são: “But why do 
we teach girls to aspire to marriage, but we don’t teach boys 
to do the same?” e “Our society teaches a woman at a certain 
age who is unmarried to see it as a deep personal failure. 
While a man at a certain age who is unmarried has not quite 
come around to making his pick”.
C) A autora não faz nenhuma menção à imposição do 
casamento a meninas menores de idade. O que ela de 
fato crítica é o fato de a sociedade impor o casamento 
como uma meta de vida para as mulheres, mas não para 
os homens, conforme se lê em: “But why do we teach 
girls to aspire to marriage, but we don’t teach boys to do 
the same?”.
D) A crítica de Adichie não é exatamente contra o 
espírito competitivo feminino, mas sim ao fato de que 
a sociedade direciona esse espírito à competição 
por homens. A autora chega até mesmo a dizer que 
seria bom se ensinássemos as garotas a competirem 
entre si por empregos ou outros feitos do tipo: 
“We raise girls to see each other as competitors – 
not for jobs or accomplishments, which in my opinion can 
be a good thing [...]”. Portanto, a alternativa está incorreta.
E) Dado que o discurso da autora argumenta pela equidade 
entre homens e mulheres, pode-se dizer que ele é, 
indiretamente, favorável ao direito da mulher de trabalhar 
fora e de ser a provedora do lar. Contudo, a escritora 
não defende esse direito diretamente. O que ela faz é 
afirmar que a sociedade espera que uma mulher que 
sustenta o seu lar não declare isso em público, para 
não afligir a masculinidade de seu marido: “If you are 
the breadwinner in your relationship with a man, pretend 
that you are not, especially in public, otherwise you will 
emasculate him”.
QUESTÃO 05 
Formation
My daddy Alabama 
My mama Louisiana
You mix that negro with that Creole, make a Texas-bama
I like my baby hair with baby hair and afros
I like my negro nose with Jackson 5 nostrils
I earned all this money but they never take the country out me
I got hot sauce in my bag… swag
Disponível em: <http://www.beyonce.com/track/>. 
Acesso em: 20 out. 2016. [Fragmento]
5BJO
ENEM – VOL. 2 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 3BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
A música “Formation” foi lançada pela cantora Beyoncé no ano 
de 2016. Por meio do uso de termos e expressões como Creole, 
afros, negro nose e hot sauce, além da referência aos estados 
do Alabama e da Luisiana, a artista busca, nessa canção,
A. 	refrear o ódio racial nos Estados Unidos.
B. 	enaltecer as suas raízes afro-americanas. 
C. 	revisitar a história dos negros em seu país.
D. 	mostrar a diversidade étnica estadunidense.
E. 	reproduzir o discurso racista do qual foi vítima.
Alternativa B
Resolução: 
A) Os termos destacados no enunciado não evidenciam uma 
busca por refrear o embate racial nos EUA. Na verdade, 
a artista apropriou-se de palavras com forte carga racial 
como forma de subverter o discurso racista. Portanto, a 
alternativa está incorreta.
B) A alternativa está correta. Na primeira estrofe do excerto, 
a busca da autora por evidenciar suas origens negras fica 
clara por meio dos substantivos daddy (papai) e mama 
(mamãe); da referência ao Alabama e à Luisiana, que 
são estados americanos majoritariamente compostos por 
negros; e das palavras negro e Creole (“crioulo”, termo 
usado para descrever os descendentes de colonos e 
escravos da Luisiana francófona). Na segunda estrofe, a 
autora ainda deixa claro o orgulho que tem dessas raízes: 
“I like my baby [...] with [...] afros / I like my negro nose [...] 
/ [...] they never take the country out me”.
C) Embora a cantora celebre suas raízes afro-americanas, 
não existem elementos textuais que sustentam a 
afirmação de que ela busca revisitar a história dos negros 
nos EUA. Trata-se de uma celebração dos traços físicos 
e da cultura, mas não necessariamente da história. Logo, 
a alternativa está incorreta.
D) Beyoncé não menciona nenhuma outra etnia em sua 
música senão a negra. Portanto, não é possível afirmar 
que ela esteja mostrando a diversidade étnica de seu país. 
A alternativa está, assim, incorreta.
E) A artista de fato reproduz algumas palavras que, quando 
utilizadas por não negros, podem ser ofensivas. Contudo, 
o que é necessário fazer é determinar com qual objetivo ela 
utiliza os termos destacados no enunciado. O objetivo não é 
reproduzir o discurso racista por si só, mas sim subvertê-lo, 
e, com isso, celebrar sua cultura e sua raça. Logo, 
a alternativa está incorreta.
LCT – PROVA I – PÁGINA 4 ENEM – VOL. 2 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
LINGUAGENS, CÓDIGOS E SUAS TECNOLOGIAS
Questões de 01 a 45
Questões de 01 a 05 (opção espanhol)
QUESTÃO 01 
LINIERS, R. Disponível em: <http://www.porliniers.com>. Acesso em: 27 out. 2016.
A tirinha do argentino Liniers faz uma crítica ao(à)
A. 	 ausência de tempo das pessoas que trabalham muito.
B. 	 uso das redes sociais para reencontrar os amigos distantes. 
C. 	 falta de interesse das pessoas em buscar informação nas redes sociais. 
D. 	 excesso de tempo que possuem as pessoas que não utilizam as redes sociais. 
E. 	 sociedade contemporânea, que prioriza as relações virtuais em detrimento das pessoais. 
Alternativa E
Resolução: A alternativa correta é a E, pois a tirinha critica o uso excessivo das redes sociais e o crescente desenvolvimento de 
relações virtuais em detrimento de relações reais, não virtuais. Isso pode ser percebido na tirinha por meio do estranhamento do 
primeiro personagem diante do amigo que não usa redes sociais. A alternativa A é incorreta porque, com base na tirinha, não se pode 
afirmar que o artista julga o excesso de trabalho e a falta de tempo das pessoas. A alternativa B é incorreta porque não há nenhuma 
ponderação sobre o uso das redes sociais para reencontrar amigos distantes. As alternativas C e D são incorretas, uma vez que, na 
tirinha, há uma críticaao uso excessivo das redes sociais e ao tempo desperdiçado nelas. 
QUESTÃO 02 
Julieta
Película: Julieta 
Dirección y guion: Pedro Almodóvar
País: España 
Año: 2015 
Duración: 95 min 
Género: Drama 
[…]
Calificación por edades: No recomendada para menores de 12 años
Julieta vive en Madrid con su hija Antía. Las dos sufren en silencio la pérdida de Xoan, padre de Antía y marido de Julieta. 
Pero el dolor a veces no une a las personas sino que las separa. Cuando Antía cumple dieciocho años abandona a su madre, 
sin una palabra de explicación. Julieta la busca por todos los medios, pero lo único que descubre es lo poco que sabe de su hija. 
La película habla de la lucha de la madre para sobrevivir a la incertidumbre. Habla también del destino, del complejo de culpa 
y de ese misterio insondable que nos hace abandonar a las personas que amamos, borrándolas de nuestra vida como si 
nunca hubieran significado nada, como si no hubieran existido. 
Disponível em: <http://www.labutaca.net>. Acesso em: 27 out. 2016 (Adaptação). 
H7G1
BKEZ
ENEM – VOL. 2 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 5BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
De acordo com a sinopse, o filme do diretor espanhol Pedro 
Almodóvar 
A. 	aborda a questão das relações afetivas entre marido e 
mulher.
B. 	procura mostrar a luta de mães que tiveram seus filhos 
desaparecidos.
C. 	classifica-se como uma comédia, gênero bastante 
explorado pelo diretor.
D. 	é recomendada para crianças e adolescentes por 
possuir classificação livre. 
E. 	trata do complexo de culpa e da obscuridade em torno 
do abandono de entes queridos.
Alternativa E
Resolução: A alternativa correta é a E. Um dos aspectos 
abordados pelo filme é o complexo de culpa diante do 
abandono das pessoas que amamos, como é possível 
verificar nas últimas linhas do texto-base. A alternativa A é 
incorreta porque o filme não aborda as relações conjugais, 
mas sim a relação entre mãe e filha. A alternativa B é 
incorreta porque a filha de Julieta não está desaparecida, 
e sim fugiu de casa. A alternativa C é incorreta porque, 
segundo o texto, o gênero do filme é drama, não comédia. 
A alternativa D é incorreta porque o filme não é recomendado 
para menores de 12 anos.
QUESTÃO 03 
Riñon, el órgano que más esperan los mexicanos para 
trasplante
En el marco del Día Mundial del Donador de Órganos y 
Tejidos, la Secretaría de Salud dio a conocer que en México 
hay más de 20 mil personas en espera de recibir un trasplante 
y el riñon es el más solicitado.
Esta conmemoración fue establecida por la Organización 
Mundial de la Salud (OMS) en Ginebra, Suiza, y tiene como 
objetivo difundir y promover la donación de órganos y tejidos 
para trasplantes, y sumar los esfuerzos de quienes trabajan 
en el mundo a favor de esta causa. 
Detalla que el Centro Nacional de Trasplantes y la Ley 
General de Salud ofrecen como alternativa para donar la 
firma de un documento oficial de la donación donde se 
manifiesta el consentimiento de las personas cuya voluntad, 
después de la vida, es ceder sus órganos o tejidos para que 
sean utilizados con fines terapéuticos.
[...]
Agrega que los órganos que pueden ser trasplantados 
son el corazón, riñones, hígado, páncreas y pulmón, mientras 
que entre los tejidos están la médula ósea, córneas, piel, 
hueso, válvulas cardíacas, cartílago, tendones, arterias y 
venas. 
Disponível em: <http://www.eluniversal.com.mx>. Acesso em: 27 out. 
2016. [Fragmento]
A respeito da doação de órgãos no México, a notícia informa 
que
A. 	 há mais de 20 mil pessoas na fila por um transplante 
de rim nesse país. 
B. 	 há uma data exclusiva, estabelecida pela OMS, para 
realizar as doações de órgãos. 
1T4B
C. 	 promover a doação de órgãos diminui os esforços dos 
que trabalham em favor da causa. 
D. 	 assinar um documento oficial garante o consentimento 
de doação de órgãos após a morte. 
E. 	 existe um estoque de órgãos como coração, rins, 
fígado e pulmão disponíveis para doação.
Alternativa D
Resolução: A alternativa correta é a D, pois o texto-base 
informa que é necessário assinar um documento oficial para 
consentir com a doação de órgãos e tecidos após a morte. 
A alternativa A é incorreta, pois há mais de 20 mil pessoas na 
fila por transplantes em geral, sendo o mais solicitado o de rim. 
A alternativa B é incorreta porque a OMS (Organização Mundial 
da Saúde) estabeleceu uma data comemorativa do Dia Mundial 
do Doador de Órgãos e Tecidos, mas as doações podem ser 
feitas a qualquer momento. A alternativa C é incorreta porque o 
texto afirma que promover a doação de órgãos soma esforços 
aos que trabalham por essa causa. A alternativa E é incorreta 
porque há mais de 20 mil pessoas aguardando na fila de 
transplante, o que torna incoerente a afirmação de que há um 
banco com órgãos disponíveis para doação.
QUESTÃO 04 
Novelas al dictado
Álvaro Pombo ni escribe a mano ni aporrea un teclado. Él 
dicta. “Dicto todo lo que se me va ocurriendo y eso forma un bloque. 
Lo leo, lo corrijo, lo vuelvo a leer, me lo leen. Es un mundo 
de la viva voz. Yo cuento las cosas. Para una novela 
habitualmente dicto 300 páginas y después de esas se 
quitan 50 o las que sean. La gracia es quitar. Y el ordenador 
es más cómodo para quitar y poner. Los calcos ya son 
historia”. Siempre trabaja por las tardes. El autor de Contra 
natura o Donde las mujeres se levanta temprano. Emplea 
las mañanas en leer. “Leo los periódicos con gran atención 
y preparo un poco lo que voy a hacer por la tarde”. A 
mediodía se da un paseo. “La artrosis me ha martirizado y 
me ha inmovilizado mucho. Yo antes podía andar y andar. 
Ahora, que soy más lento y cojitranco, me siento más”. Está 
escribiendo un libro de poemas al que llama El barrio. “Yo 
soy muy de barrio, de este barrio (Argüelles). Se ha vuelto 
totalmente mestizo, se ha llenado de tailandeses y negros. 
Es estupendo”.
Disponível em: <http://www.elmundo.es/>. Acesso em: 18 nov. 2015.
Para o espanhol Álvaro Pombo, em seu ofício de escritor, o 
que mais lhe agrada é
A. 	 andar à tarde pelas ruas do bairro onde mora.
B. 	 retirar trechos dos romances ditados por ele.
C. 	 conviver com os mestiços do bairro onde vive.
D. 	 ler atenciosamente os jornais pelas manhãs.
E. 	 ditar as histórias para escrever um romance.
Alternativa B
Resolução: A alternativa correta é a B, como podemos 
verificar no trecho “La gracia es quitar”, no qual o autor 
afirma que sua parte favorita ao escrever um romance é 
retirar partes dele. As afirmações das demais alternativas 
dizem respeito às atividades realizadas pelo escritor, porém 
a que mais lhe agrada, segundo ele mesmo, é a citada na 
alternativa B.
BWB9
LCT – PROVA I – PÁGINA 6 ENEM – VOL. 2 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 05 
Qué es Ni Una Menos
Ni Una Menos es un grito colectivo contra la violencia 
machista. Surgió de la necesidad de decir “basta de 
femicidios”, porque en Argentina cada 30 horas asesinan a 
una mujer solo por ser mujer. La convocatoria nació de un 
grupo de periodistas, activistas, artistas, pero creció cuando 
la sociedad la hizo suya y la convirtió en una campaña 
colectiva. A Ni Una Menos se sumaron a miles de personas, 
cientos de organizaciones en todo el país, escuelas, 
militantes de todos los partidos políticos. Porque el pedido 
es urgente y el cambio es posible, Ni Una Menos se instaló 
en la agenda pública y política.
El 03 de junio de 2015, en la Plaza del Congreso, en 
Buenos Aires y en cientos de plazas de toda Argentina una 
multitud de voces, identidades y banderas demostraron que 
Ni Una Menos no es el fin de nada sino el comienzo de un 
camino nuevo. Sumate.
Disponível em: <http://niunamenos.com.ar>. Acesso em: 27 out. 2016.
O texto informativo apresenta o movimento feminista Ni Una 
Menos. De acordo com o texto, 
A. 	o coletivo foi um reflexo de manifestações ocorridas na 
América Latina. 
B. 	a campanha representa um grito coletivo contra a 
violência de gênero.
C. 	a convocatória nasceu da iniciativa de políticos do 
congressoargentino.
D. 	as mulheres possuem direitos semelhantes aos dos 
homens na Argentina. 
E. 	os crimes contra a mulher ocorrem com pouca 
frequência no país rio-platense. 
Alternativa B
Resolução: A alternativa correta é a B, como pode ser 
confirmado na primeira linha do texto: “Ni Una Menos es un 
grito colectivo contra la violencia machista.” As alternativas 
A e C são incorretas, pois o movimento surgiu de um grupo 
de jornalistas, ativistas e artistas em combate à violência de 
gênero na Argentina, conquistando grande adesão social. 
A alternativa D é incorreta porque o texto-base não discorre 
explicitamente sobre os direitos de homens e de mulheres 
na Argentina, tendo seu foco direcionado à apresentação do 
movimento Ni Una Menos. Por fim, a alternativa E é incorreta, 
porque, no texto, afirma-se que o movimento surgiu diante da 
necessidade urgente de combate ao feminicídio na Argentina, 
país onde, a cada 30 horas, uma mulher é assassinada por 
motivos machistas.
6WI1
ENEM – VOL. 2 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 7BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 06 
Disponível em: <http://creativelife.cz/>. Acesso em: 16 dez. 2016 
(Adaptação).
É comum, em publicidades ou propagandas, o uso de recursos 
verbo-visuais para gerar reflexão ou humor. A figura de 
linguagem identificada no anúncio anterior também é vista em:
A. 	
Disponível em : <http://adsoftheworld.com/>. Acesso em: 14 nov. 2016. 
B. 	
Disponível em: <http://image.slidesharecdn.com/>. 
Acesso em: 31 out. 2016.
C. 	
Disponível em: <http://pt.slideshare.net/>. Acesso em: 31 out. 2016.
884Y D. 	
Disponível em: <https://revistavelha.wordpress.com/>. 
Acesso em: 06 dez. 2016. 
E. 	
Disponível em: <http://antesqueanaturezamorra.blogspot.com.br/>. 
Acesso em: 31 out. 2016. 
Alternativa E
Resolução: No texto-base, a figura de linguagem empregada 
é a metáfora, já que um peixe, animal conhecido por seu mau 
cheiro, toma o lugar da língua, indicando o mau hálito de 
pessoas que não mascam o chiclete anunciado, ou apenas 
que o chiclete resolve essa condição. A resposta correta a 
essa questão é a alternativa E, pois a metáfora é a figura 
de linguagem responsável pela construção de sentido da 
propaganda, pois é estabelecida uma comparação implícita, 
em que duas árvores representam os pulmões de uma pessoa, 
sendo essa simbologia complementada pelos dizeres: “Quer 
continuar a respirar? Comece a preservar.” A alternativa A 
está incorreta, pois, na propaganda, a figura responsável 
pela construção de sentido é a hipérbole, estabelecida por 
meio do exagero ao retratar um binóculo com capacidade de 
aproximação de imagem tão eficiente a ponto de fazer parecer 
que o animal visualizado – uma equidna – está preso à lente. 
A alternativa B está incorreta porque, na propaganda, a figura 
responsável pela construção de sentido é a elipse, construída 
a partir da supressão da expressão “é surpreendente”, a qual 
destaca o fato de o iogurte oferecido não possuir lactose. 
A alternativa C está incorreta, pois a figura de linguagem 
responsável pela atribuição de sentido na propaganda 
é a comparação, pois estabelece-se, de modo explícito 
linguisticamente – com o uso dos conectivos “tão / quanto” –, 
uma equiparação da bala com as brincadeiras de criança. 
A alternativa D está incorreta porque, na propaganda, a figura de 
linguagem responsável pela atribuição de sentido é a catacrese, 
identificada na expressão “boca da mata”.
LCT – PROVA I – PÁGINA 8 ENEM – VOL. 2 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 07 
Roteiros e patrimônios tão incríveis que sua viagem 
também será histórica.
Disponível em: <https://www.mg.gov.br/>. Acesso em: 07 dez. 2016.
A palavra “que”, presente no texto publicitário do governo de 
Minas Gerais, está a serviço da coesão do texto. As ideias 
que essa conjunção traz combinadas são
A. 	adição e comparação.
B. 	conclusão e explicação.
C. 	causa e adição.
D. 	consequência e causa.
E. 	explicação e adição. 
Alternativa D
Resolução: A conjunção “que” usada após “tão” traz 
sentido de consequência. A ideia que se infere do texto, 
portanto, é que a consequência de os roteiros e patrimônios 
serem incríveis é a viagem ser histórica. Também pode-se 
depreender que o fato de os roteiros e patrimônios serem 
incríveis é a causa de a viagem ser histórica, como em “Sua 
viagem será histórica porque os roteiros e patrimônios são 
incríveis”. Nesse caso, a intenção é afirmar que a viagem 
será marcante, entrando para a história. A alternativa correta, 
dessa forma, é a D. As demais alternativas estão incorretas 
porque a conjunção “que” não soma duas ideias equivalentes 
(adição), não estabelece um paralelo (comparação) nem 
aponta o desfecho de um raciocínio (conclusão) ou o 
esclarece (explicação).
QUESTÃO 08 
A pátria de trompetes
Nova Orleans, no estado americano da Louisiana, era 
no século XIX o que Paris só viria a ser mais de 100 anos 
depois: uma festa. [...]
Dos antigos colonizadores, Nova Orleans herdara a 
tolerância católica a manifestações dos escravos – bem 
diferente do resto do país, protestante. Aos domingos, os 
escravos podiam exibir suas danças e cantos em Congo 
Square. Desde o século XVIII, ainda sob o domínio dos 
franceses, o carnaval, chamado de Mardi Gras, era 
tradicionalíssimo. Um jornal de 1838 revelava a nova mania 
de trompetes e cornetas que tomava conta da cidade. 
Nova Orleans tinha tanta fama de licenciosidade que um 
bairro foi criado em 1897, Storyville, para abrigar a zona de 
meretrício. [...]
A musicalidade da cidade não se restringia aos trompetes 
e atingia as camadas mais miseráveis da população. 
Os escravos se esqueciam da expectativa de 36 anos 
entoando as chamadas canções de trabalho, as canções 
religiosas de fé ou de lamentação e um tipo de interação 
aprendido nas igrejas, o “chamado e resposta”, em que o 
pastor conclamava, e os fiéis respondiam. De uma fusão 
dos elementos musicais africanos com o som de bandas 
militares e a tradição erudita europeia, ensinada a colonos 
e créoles (os filhos livres dos antigos colonos europeus com 
suas amantes negras), nasciam os embriões de um gênero 
musical que tornaria a vida dos negros de lá mais feliz.
SEBBA, J. Aventuras na História. São Paulo, ano 6, n. 62, p. 37-38, 
set. 2008. [Fragmento]
47EX
YB9Z
De acordo com o texto, o que tornou possível o surgimento 
do jazz na cidade de Nova Orleans foi o
A. 	 comportamento tolerante dos ex-colonizadores, que 
permitiam aos escravos expressar sua cultura e credo.
B. 	 pioneirismo cultural dos habitantes, que influenciavam 
os hábitos até mesmo dos colonizadores vindos de 
Paris.
C. 	 medo de uma morte prematura por parte dos escravos, 
que almejavam ser lembrados por meio da arte.
D. 	 número elevado de zonas boêmias, que funcionavam 
como antro da prostituição, mas também da criação 
artística.
E. 	 Mardi Gras, que oferecia grandes oportunidades aos 
artistas locais de mostrar seus trabalhos.
Alternativa A
Resolução: Logo no início do segundo parágrafo, é afirmado 
que os antigos colonizadores de Nova Orleans toleravam 
a religião e as manifestações culturais dos escravos. 
Esse traço sociocultural se manteve, sendo a fagulha para 
o desenvolvimento do jazz, originário das comunidades 
afrodescendentes. Portanto, a alternativa correta é a A. 
Já a alternativa B está incorreta porque influenciar outras 
sociedades culturais não era um objetivo dos artistas, ou 
mesmo das pessoas que cantavam durante o trabalho ou 
nas igrejas da cidade, ainda que 100 anos depois isso tenha 
ocorrido, como mencionado no texto. A alternativa C está 
incorreta porque os escravos não tinham medo da morte 
prematura ou pretensão de ser lembrados no futuro; seu 
canto era parte de rituais religiosos ou funcionava como 
forma de distração durante as ostensivas horas de trabalho. 
A alternativa D está incorreta porque o texto-base não 
menciona manifestações artísticas em zonas licenciosas da 
cidade. A alternativa E também está incorreta porque o Mardi 
Gras não é citadocomo o evento em que floresciam talentos 
artísticos na cidade, ainda que fosse uma festa bastante 
tradicional.
QUESTÃO 09 
Como se não bastasse não entendermos as letras 
das receitas médicas, é possível ouvir palavras que nem 
sabemos de onde vieram durante uma consulta. E você não 
está sozinho nessa situação. Dependendo do médico, fica 
bem difícil entender tudo o que ele diz. Mas, em qualquer 
circunstância, na dúvida, pergunte! Nada de ficar com 
vergonha. É da sua saúde que estamos falando. [...]
Por mais que essa ferramenta possa ser útil, nem 
sempre os dados encontrados se aplicam a seu caso 
específico. A ideia inicial das idas tanto ao pronto-socorro 
quanto em uma visita a um especialista é que você saia de 
lá com todas as questões sanadas. Afinal, todos os médicos 
são treinados para isso! 
Cláudia Vasconcellos, professora da Faculdade de 
Medicina de Petrópolis (FMP), conta que “esse processo 
se inicia com o estudante de Medicina entendendo o novo 
termo e, a partir daí, ele deve fazer uma tradução para que 
qualquer paciente possa compreendê-lo”. Cláudia lembra 
que essas traduções são também exploradas durante as 
aulas de semiologia – que é a parte da Medicina relacionada 
ao estudo de sinais e sintomas de patologias –, em que o 
futuro médico aprende a fazer a história com o paciente 
e examiná-lo. 
Disponível em: <http://revistavivasaude.uol.com.br>. 
Acesso em: 29 jul. 2016. [Fragmento]
UCAH
ENEM – VOL. 2 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 9BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Baseando-se no texto, pode haver, na comunicação 
entre médico e paciente, um problema de compreensão 
relacionado à
A. 	 informatividade, pois o uso da linguagem médica faz 
com que o paciente não receba ideias inéditas durante 
a comunicação. 
B. 	 aceitabilidade, visto que o paciente que não tem 
conhecimento de termos da área da saúde pode ter 
dificuldade de entender as informações. 
C. 	 coerência, haja vista que é inadequado que os 
pacientes busquem uma consulta médica sem o 
conhecimento de determinadas palavras. 
D. 	 intencionalidade, porque o médico que utiliza o 
“mediquês” tem o objetivo de poupar o paciente de 
notícias desagradáveis sobre a sua saúde. 
E. 	 situacionalidade, já que, em uma consulta, é coerente 
utilizar o “mediquês” quando faltam palavras que 
substituam termos médicos. 
Alternativa B
Resolução: O texto fala sobre a dificuldade de alguns pacientes 
compreenderem a linguagem utilizada pelos médicos e sobre 
a orientação recebida pelos estudantes de Medicina para 
evitarem a falta de comunicação entre médico e paciente. 
Deve-se então identificar qual fator textual contribui para essa 
falta de comunicabilidade. A alternativa B está correta, pois, 
a aceitabilidade indica que se espera do paciente a busca 
de conhecimentos prévios sobre o assunto para fazer as 
inferências necessárias à compreensão das informações. 
Assim, o paciente que não conhecer alguns termos médicos 
pode ter dificuldades para compreender a mensagem. Por 
isso, no texto é indicado que o paciente esclareça todas as 
dúvidas com o médico. A alternativa A está incorreta, pois o fator 
informatividade não é inerente ao texto, e sim definido de acordo 
com o conhecimento de mundo e nível de interesse do receptor. 
A alternativa C está incorreta, pois a falta de conhecimento de 
determinadas palavras não deve ser impedimento para que 
o paciente procure um médico. A alternativa D está incorreta, 
porque não há indícios no texto que mostrem que os médicos 
utilizam uma linguagem técnica com a intenção proposital 
de que o paciente não compreenda o que está sendo dito. 
A alternativa E está incorreta, pois a situacionalidade está 
relacionada à adequação do texto à situação de fala. Para 
isso, os médicos são treinados para falar de maneira que os 
pacientes compreendam.
QUESTÃO 10 
Consoada
Quando a indesejada das gentes chegar 
(Não sei se dura ou caroável), 
Talvez eu tenha medo. 
Talvez sorria, ou diga: 
– Alô, iniludível! 
O meu dia foi bom, pode a noite descer. 
(A noite com seus sortilégios.) 
Encontrará lavrado o campo, a casa limpa, 
A mesa posta, 
Com cada coisa em seu lugar.
BANDEIRA, M. Consoada. In: Poesia completa e prosa. 
Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2009.
IYTX
No texto de Manuel Bandeira, a iminência da morte é 
encarada de forma debochada pelo eu lírico, no entanto 
eufemismos são empregados para se referir a ela. O uso 
dessa figura de linguagem no poema se justifica pelo(a)
A. 	 apelo estético do autor, que preferiu uma expressão 
mais longa para caracterizar a morte.
B. 	 convocatória por parte do autor para que os leitores 
reflitam sobre a efemeridade da vida. 
C. 	 necessidade do autor de sensibilizar seu leitor ao tratar 
de tema tão controverso na literatura.
D. 	 desconforto do eu lírico pela morte, ainda que demonstre 
alguma proximidade dela em sua abordagem.
E. 	 comparação que o eu lírico faz entre a morte e a 
passagem do tempo, vista na dicotomia dia / noite.
Alternativa D
Resolução: Eufemismos são empregados para atenuar o 
uso de uma palavra ou expressão que possa, por qualquer 
motivo, causar um impacto no ouvinte além ou aquém 
do pretendido pelo enunciador. Sendo a morte um tema 
polêmico no dia a dia, causando medo em muitas pessoas, 
e também no eu lírico de Manuel Bandeira, o autor se refere 
a essa temática por meio de vocábulos que a suavizem, 
como “indesejada” e “iniludível”. O fato de a voz poética 
apresentar alguma proximidade e aceitação em relação 
à morte, porém, não a impede de usar um eufemismo, 
dado o temor natural dos seres humanos pelo fim da vida, 
como visto no terceiro verso do poema: “Talvez eu tenha 
medo.”. Portanto, a alternativa correta é a D. A alternativa 
A está incorreta porque o emprego do eufemismo não 
se deu pelo fato de o autor escolher um termo maior ou 
menor, já que a necessidade de suavizar a morte tem 
relação direta com a temática do texto. A alternativa B 
está incorreta porque não há convocatória por parte do eu 
lírico, apenas uma reflexão quanto ao tema. A alternativa 
C está incorreta porque o autor não busca sensibilizar 
seus leitores nem é a morte tema controverso na arte da 
literatura, sendo abordado por diferentes autores em todas 
as épocas. Sobre as alternativas de A a C também deve ser 
acrescentado que podem ser invalidadas porque relacionam 
o uso do eufemismo ao autor do texto, que deve ser separado 
do eu lírico no poema. Por fim, E está incorreta porque a 
dicotomia dia / noite presente no poema representa o início e 
o fim da vida, o nascimento e a morte, a juventude e a velhice, 
e não é expressa por eufemismos, mas por uma metáfora; 
além disso, a comparação é uma figura de linguagem usada 
com outro fim.
QUESTÃO 11 
Disponível em: <http://www.soportugues.com.br>. Acesso em: 01 nov. 2016.
VEML
LCT – PROVA I – PÁGINA 10 ENEM – VOL. 2 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
A placa apresenta erro de acentuação na palavra “proibido”. 
De acordo com a norma-padrão da língua, a inadequação 
justifica-se porque o(a)
A. 	 vocábulo classifica-se como proparoxítono.
B. 	 hiato nas vogais “o” e “i” não é tônico.
C. 	 vogal tônica no ditongo “proi” é o “o”. 
D. 	 sílaba tônica dessa palavra é “-do”.
E. 	 acento diferencial não é necessário.
Alternativa B
Resolução: Na palavra “proibido”, há um hiato nas vogais 
“o” e “i”, no entanto, por não ser tônico, não deve acentuado, 
como é o caso de “proíbo”. Portanto, a alternativa correta é 
a B. A alternativa A está incorreta porque o vocábulo não é 
proparoxítono, mas paroxítono. C, porque não há ditongo em 
“proibido”. D, porque a sílaba tônica é “bi”, uma vez que a 
palavra é paroxítona, e não oxítona. Por fim, a alternativa E 
está incorreta porque não há um caso de acento diferencial.
QUESTÃO 12 
Todo azul do mar
Daria pra beber todo azul do mar 
Foi quando mergulhei no azul do mar 
Onda que vem do azul, todo azul do mar
VENTURINI, F.; BASTOS, R. Todo azul do mar. In: Flávio Venturini. 
Ao vivo. LP. Som Livre, 1991. [Fragmento]
Umamesma palavra pode pertencer a classes gramaticais 
distintas, dependendo do contexto da frase em que está 
inserida. O trecho de música que apresenta o uso da palavra 
“azul” equivalente a seu uso na canção anterior é:
A. 	Você pega o trem azul 
O sol na cabeça 
O sol pega o trem azul 
Você na cabeça 
O sol na cabeça
Disponível em: <http://www.letras.com.br>. Acesso em: 12 dez. 2016.
B. 	Mas quem sofre sempre tem que procurar 
Pelo menos vir a achar 
Razão para viver 
Ver na vida algum motivo pra sonhar 
Ter um sonho todo azul 
Azul da cor do mar
Disponível em: <http://www.timmaia.com.br>. Acesso em: 12 dez. 2016.
C. 	Se acaso anoitecer 
E o céu perder o azul 
Entre o mar e o entardecer 
Alga marinha, vá na maresia 
Buscar ali um cheiro de azul
Disponível em: <http://www.djavan.com.br>. Acesso em: 12 dez. 2016.
D. 	E esse amor é azul 
Como o mar azul 
Como no coração 
Uma doce ilusão
Disponível em: <http://www.letras.com.br>. Acesso em: 12 dez. 2016.
9ØN5
E. 	Eu não sei 
Se vem de Deus 
Do céu ficar azul 
Ou virá 
Dos olhos teus 
Essa cor 
Que azuleja o dia...
Disponível em: <https://www.vagalume.com.br>. 
 Acesso em: 12 dez. 2016.
Alternativa C
Resolução: A questão traz o trecho da música “Todo azul do 
mar”. Nela, a palavra “azul” exerce a função de substantivo em 
todas as ocorrências, pois, no contexto em que está inserida, 
ela é tratada como um ser, e não como a cor que caracteriza 
algum objeto (adjetivo). Deve-se, então, identificar qual das 
alternativas apresenta o uso da palavra “azul” equivalente ao 
trecho de Venturini, ou seja, em qual das músicas a palavra 
é usada como substantivo. A alternativa correta é a C, 
pois “azul” não está caracterizando substantivos. No verso 
“E o céu perder o azul”, a palavra “azul” é acompanhada 
por um artigo, característica dos substantivos. No verso 
“Buscar ali um cheiro de azul”, o cheiro é de alguma coisa. 
“De azul”, embora seja uma locução adjetiva, apresenta a 
palavra “azul” com significado equivalente ao emprego na 
música de Venturini, já que essa expressão é formada pela 
junção de uma preposição (de) e de um substantivo (azul). 
A alternativa A está incorreta, pois “azul” está caracterizando 
o substantivo “trem”, portanto a palavra é um adjetivo. 
A alternativa B também traz a palavra “azul” como 
adjetivo nas duas ocorrências, pois, na música, o sonho 
é azul, e “azul da cor do mar” é a reiteração dessa cor. 
A alternativa D está incorreta porque “azul” caracteriza o 
amor e o mar. Por fim, a alternativa E está incorreta porque 
“azul” caracteriza o céu.
QUESTÃO 13 
Meu povo preste atenção
O que agora vou contar
De um homem muito valente
Que morava num lugar –
Até o próprio governo
Tinha medo de o cercar
O seu nome era Vilela
Do Sertão pernambucano,
E ele desde pequenino
Que tinha o gênio tirano:
Só com dez anos de idade
Vilela mata o seu mano
Os dois estavam brincando
Na véspera de São João.
Vilela mais o seu mano
Tiveram uma discussão –
Só por causa de um cachimbo
Vilela mata o seu irmão.
ATHAYDE, J. M. História do Valente Vilela. Ceará: José Bernardo da 
Silva, 1975. [Fragmento]
NDVV
ENEM – VOL. 2 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 11BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
O texto de João Martins Athayde é um exemplar da literatura 
de cordel, tipicamente nordestina. Uma característica desse 
gênero identificada no texto é a
A. 	 banalização da violência para retratar a difícil realidade 
dos sertanejos.
B. 	 incorporação da literatura como meio para alertar os 
leitores sobre um criminoso.
C. 	 caracterização de Vilela num texto que tem como fim 
biografar figuras importantes.
D. 	 reação de protesto do cordelista contra o governo, que 
nada faz para prender Vilela.
E. 	 apresentação da personagem Vilela como um temido 
herói do Sertão pernambucano.
Alternativa E
Resolução: No texto do cordelista João Martins Athayde, 
infere-se que Vilela é um homem temido por todos por 
causa de seu comportamento violento, no entanto, ainda 
assim ele não é descrito pelo eu lírico como um bandido 
ou vilão, como indicado por sua principal característica, 
a valentia. É comum na literatura de cordel a presença de 
figuras ambíguas, regidas pelo temor causado por crimes 
cometidos e pela admiração popular ao combater as 
injustiças da vida sertaneja, como Lampião, Maria Bonita 
e Antônio Conselheiro. Nesse sentido, a alternativa E 
descreve bem o gênero. A alternativa A está incorreta porque 
a violência não é tratada no texto de forma corriqueira, mas 
sim com temor pelas personagens, que condenam Vilela 
e desejam que ele seja preso. B, porque não é intenção 
do cordelista alertar a população sobre um criminoso, 
mas apenas recontar uma história de caráter fantasioso, 
em que não se pode atestar a veracidade dos fatos. 
C, porque não é objetivo da literatura de cordel biografar 
figuras da sociedade, mas sim recontar relatos orais em 
que as personagens enfrentam dilemas na resolução 
de problemáticas; além disso, a caracterização de 
personagens está presente em diversos – senão em todos – 
gêneros literários. D, porque o cordelista, como narrador do 
relato, não se pronuncia quanto ao fato de o governo não 
conseguir prender Vilela, assumindo uma postura neutra.
QUESTÃO 14 
O projeto Viva Rugby, que visa divulgar o esporte 
e apresentar os valores da modalidade, esteve nessa 
sexta-feira, 14, na Satc. O atleta Daniel Xavier, da Seleção 
Brasileira, conversou com os estudantes sobre a prática que 
vem crescendo no Brasil.
O jogador falou com os estudantes durante palestra onde 
apresentou o esporte e a trajetória do rúgbi como esporte 
olímpico. “Nossa intenção com o projeto é tornar a modalidade 
conhecida, já que está se popularizando país afora. Além 
disso, queremos propagar valores importantes como respeito, 
amor ao próximo e disciplina”, destacou o atleta.
Além de visitar a Satc, o projeto desenvolvido pelo 
Criciúma Rugby Clube esteve no bairro da Juventude. Os 
treinos da equipe criciumense ocorrem nos campos da Satc.
Disponível em: <http://www.portalsatc.com>. Acesso em: 28 out. 2016.
3ZEZ
Embora sua história no Brasil date do século XIX, somente 
nas últimas décadas o rúgbi tem se disseminado pelo 
país, conquistando adeptos de todas as idades. O projeto 
desenvolvido na cidade catarinense de Criciúma busca 
difundir a prática do rúgbi, mas também tem a finalidade de
A. 	 incorporar esse esporte como uma prática de prestígio 
perante a sociedade.
B. 	 aperfeiçoar as táticas empregadas pela equipe local 
durante os treinamentos.
C. 	 associar esse esporte a uma manifestação corporal 
necessária a um grupo social.
D. 	 levar às pessoas que praticam atividades físicas uma 
nova opção de lazer.
E. 	 conquistar a mesma estima associada ao futebol como 
esporte olímpico. 
Alternativa C
Resolução: Na fala do jogador Daniel Xavier, estão expostos 
os objetivos do projeto Viva Rugby: “Nossa intenção com 
o projeto é tornar a modalidade conhecida, já que está se 
popularizando país afora. Além disso, queremos propagar 
valores importantes como respeito, amor ao próximo e 
disciplina”. Partindo daí, infere-se que o rúgbi é entendido 
pelos membros do projeto como uma manifestação corporal 
necessária a um grupo social por causa de seus princípios 
éticos comunitários. Portando, a alternativa C é a correta. 
As alternativas A e E estão incorretas porque não se fala no 
texto sobre elevar o prestígio desse esporte no país, mas 
sobre popularizá-lo. A alternativa B está incorreta porque não 
é objetivo do projeto treinar o time da cidade de Criciúma; 
da mesma forma, o projeto também não visa oferecer apenas 
uma nova opção de lazer aos cidadãos, mas sim difundir e 
profissionalizar o rúgbi, o que invalida a alternativa D.
QUESTÃO 15 
Capítulo III
Um criado trouxe o café. Rubião pegou na xícara e, 
enquanto lhe deitava açúcar, ia disfarçadamente mirando 
a bandeja, que era de prata lavrada. Prata, ouro, eram os 
metais que amava de coração; não gostava de bronze, 
mas o amigo Palha disse-lhe que era matéria de preço,e 
assim se explica este par de figuras que aqui está na sala: 
um Mefistófeles e um Fausto. Tivesse, porém, de escolher, 
escolheria a bandeja, – primor de argentaria, execução fina 
e acabada. O criado esperava teso e sério. Era espanhol; e 
não foi sem resistência que Rubião o aceitou das mãos de 
Cristiano; por mais que lhe dissesse que estava acostumado 
aos seus crioulos de Minas, e não queria línguas estrangeiras 
em casa, o amigo Palha insistiu, demonstrando-lhe a 
necessidade de ter criados brancos. Rubião cedeu com 
pena. O seu bom pajem, que ele queria pôr na sala, como 
um pedaço da província, nem o pôde deixar na cozinha, onde 
reinava um francês, Jean; foi degradado a outros serviços.
ASSIS, M. Quincas Borba. In: Obra completa. V.1. Rio de Janeiro: 
Nova Aguilar, 1993. [Fragmento]
Quincas Borba situa-se entre as obras-primas do autor 
e da literatura brasileira. No fragmento apresentado, 
a peculiaridade do texto que garante a universalização 
de sua abordagem reside
K43W
LCT – PROVA I – PÁGINA 12 ENEM – VOL. 2 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
A. 	 no conflito entre o passado pobre e o presente rico, 
que simboliza o triunfo da aparência sobre a essência.
B. 	 no sentimento de nostalgia do passado devido 
à substituição da mão de obra escrava pela dos 
imigrantes.
C. 	 na referência a Fausto e Mefistófeles, que representam 
o desejo de eternização de Rubião.
D. 	 na admiração dos metais por parte de Rubião, que 
metaforicamente representam a durabilidade dos bens 
produzidos pelo trabalho.
E. 	 na resistência de Rubião aos criados estrangeiros, que 
reproduz o sentimento de xenofobia.
Alternativa A
Resolução: A relutância de Pedro Rubião em aceitar as 
sugestões de seu amigo Cristiano Palha mostra o conflito 
que vive o protagonista do romance de Machado de Assis. 
Rubião sente-se incomodado por ter de tomar atitudes para 
aparentar ser alguém importante e que siga as tendências 
comportamentais da alta sociedade. Como consequência, 
pensa estar deixando de ser quem era quando levava uma 
vida humilde em Minas Gerais. Esse conflito entre o passado 
comedido e o presente próspero do protagonista universalizam 
Quincas Borba, já que é um sentimento comum a pessoas de 
muitos lugares e épocas, causando aproximação em leitores de 
diferentes perfis. A alternativa correta, então, é a A. As demais 
alternativas tratam temas incomuns a toda a humanidade ou 
apontam sentimentos que não podem ser inferidos do texto, 
por isso estão incorretas. 
QUESTÃO 16 
Cidadezinha qualquer
Casas entre bananeiras
mulheres entre laranjeiras
pomar amor cantar.
 
Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.
Devagar... as janelas olham.
Eta vida besta, meu Deus.
ANDRADE, C. D. Antologia poética. 12. ed. Rio de Janeiro: 
José Olympio, 1978.
Para retratar a paisagem de uma cidade, o autor utiliza 
elementos que reforçam as características interioranas 
encontradas nesse lugar. Entre esses recursos, destaca-se a
A. 	repetição do advérbio “devagar”, que dá a ideia de 
mesmice, rotina comum de quem vive no interior.
B. 	representação da paisagem natural, única imagem 
presente nos ambientes desse tipo de cidade.
C. 	enumeração de substantivos, que representam os 
pacatos habitantes de uma cidade do interior.
D. 	reiteração do uso do artigo, que indica a quantidade 
reduzida de habitantes de pequenas cidades.
TL7W
E. 	reprodução da fala de um morador da cidade do interior, 
indicada pela marca de regionalismo.
Alternativa A
Resolução: O poema de Drummond “Cidadezinha qualquer” 
apresenta um retrato da vida em uma pequena cidade. 
O autor utiliza elementos que ajudam a construir a atmosfera 
de tranquilidade característica desses locais. No texto, 
a repetição do advérbio “devagar” transmite a ideia de 
calmaria, da monotonia do dia a dia de uma cidade do interior, 
onde a rotina se desenvolve de maneira lenta e repetitiva. 
A alternativa correta, portanto, é a A. A alternativa B está 
incorreta, pois a paisagem natural apresentada não é única 
nas cidades pequenas do interior, que podem apresentar 
também paisagens urbanas, como visto nas imagens da 
casa, da janela. A alternativa C está incorreta, pois o uso dos 
substantivos não se limita à apresentação dos habitantes da 
cidade. A alternativa D está incorreta, pois o artigo “um” não 
tem a função de quantificar os habitantes da cidade, mas sim 
a de indefinir quem são eles. A alternativa E também está 
incorreta, pois embora a variante regional seja um elemento 
marcante nas cidades do interior, o verso final do poema não 
retrata a paisagem, visto que o regionalismo não faz parte 
da paisagem visualizada pelo eu lírico.
QUESTÃO 17 
“Se a minha vida não vale, que produzam sem mim.”
A frase no cartaz de uma manifestante nas ruas de 
Buenos Aires, em 19 de outubro [2016], expressa um ponto 
de inflexão nos protestos contra a violência sofrida pelas 
mulheres. Não são apenas mulheres no lado de dentro 
das ruas, mas mulheres fora da produção. Ao relacionar 
corpos violados com corpos que se recusam a produzir, pela 
declaração de greve geral, o potencial de questionamento e 
de rebelião amplia-se. Não é uma fagulha, mas um incêndio. 
Este não é um outubro qualquer no campo dos feminismos.
BRUM, E. Disponível em: <http://brasil.elpais.com>. 
Acesso em: 08 nov. 2016. [Fragmento]
O texto debate as manifestações de mulheres ao redor 
do mundo, em especial na Argentina. Sobre o excerto, 
depreende-se que explicita, principalmente,
A. 	 a crítica à precária situação das mulheres empregadas. 
B. 	 o menosprezo governamental às mulheres que 
reivindicam.
C. 	 o incentivo à greve pelo aumento da violência contra 
mulheres.
D. 	 a ampliação dos motes e das reivindicações de 
protestos feministas.
E. 	 o aprofundamento da crise social das mulheres que 
não produzem.
Alternativa D
Resolução: O texto mostra que as reivindicações feministas 
estão indo além do protesto contra a violência que as 
mulheres sofrem. Um dos motes das manifestantes em 
Buenos Aires era o fato de as mulheres serem importantes 
para economia do país, já que também produzem 
por meio de seu trabalho, constituindo-se assim novo 
argumento para o tratamento igualitário na sociedade. 
MQ32
ENEM – VOL. 2 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 13BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
Portanto, vê-se a ampliação das questões feministas, o que 
torna correta a alternativa D. A alternativa A está incorreta 
porque o trecho não critica a situação vivenciada por 
mulheres que estão empregadas, mas mostra que uma greve 
geral de mulheres afetaria substancialmente a economia. 
A alternativa B está incorreta porque a autora mostra 
a insatisfação das mulheres com o posicionamento de 
toda a sociedade, não somente do governo; além disso, 
nada no texto denota um menosprezo governamental 
tangível. A alternativa C está incorreta porque a autora não 
conclama seus leitores a protestar nem demonstra apoio 
às reivindicações; ela mostra um novo ponto insurgente no 
feminismo, buscando apontar sua pertinência. A alternativa E 
está incorreta porque o texto não indica a existência de 
crise de mulheres desempregadas, mas mostra que, 
se as mulheres empregadas se rebelassem e parassem de 
produzir, então surgiria uma crise.
QUESTÃO 18 
TEXTO I
Books de cachorros resgatados fazem o número de 
adoções aumentar
Uma iniciativa simples impulsionou a adoção de 
cachorros resgatados pela Prefeitura de Piraquara, na 
Região Metropolitana de Curitiba. O setor de comunicação 
da administração municipal se mobilizou para fazer uma 
campanha diferente: alguns dos cães ganharam um ensaio 
fotográfico.
Os dois books foram postados na página da prefeitura no 
Facebook e repercutiram rapidamente. O primeiro, divulgado 
em fevereiro, teve quase dez mil compartilhamentos e quatro 
mil curtidas, além de centenas de comentários, mais de 500. 
O interesse pela adoção foi tão grande que a administração 
municipal decidiu fazer uma campanha de adoção logo 
depois do lançamento do ensaiofotográfico na rede social.
KANIAK, T. Disponível em: <http://g1.globo.com/>. 
Acesso em: 31 out. 2016. [Fragmento adaptado]
TEXTO II
Campanha realizada pelo shopping Golden Square, em 
São Bernardo do Campo.
Disponível em: <http://www.abcdoabc.com.br/>. Acesso em: 31 out. 2016.
VTGV
A notícia e o cartaz tratam da adoção de cachorros. Quanto 
à abordagem, o texto II apresenta um posicionamento que
A. 	 invalida o texto I, pois, se aumentam as adoções, as 
campanhas tornam-se desnecessárias. 
B. 	 desvirtua o texto I, pois é uma campanha de iniciativa 
privada, visando, portanto, ao lucro.
C. 	 reforça o texto I, pois, bem como a notícia, o cartaz tem 
o objetivo de promover mais adoções.
D. 	 completa o texto I, pois o fato noticiado somente se legitima 
pela exposição do cartaz.
E. 	 apoia o texto I, pois a adoção de animais tende a 
aumentar por meio de campanhas.
Alternativa E
Resolução: A relação existente entre ambos os textos é 
de apoio, visto que o cartaz promove uma feira de adoção 
a ser realizada, enquanto a notícia informa a respeito de 
uma campanha bem-sucedida realizada pela Prefeitura 
de Piraquara, no Paraná. Assim, infere-se que, havendo 
campanhas, o ato de adotar animais também se tornará 
frequente, portanto a alternativa correta é a E. A alternativa 
A está incorreta porque o cartaz não invalida a notícia, já que 
as adoções aumentaram na cidade de Piraquara, ao passo 
que a campanha visa atingir os habitantes de São Bernardo 
do Campo, em São Paulo; além disso, o aumento das 
adoções não dispensa a existência de campanhas com esse 
objetivo, sendo estas o principal meio de divulgação para as 
pessoas encontrarem um animal de estimação para adotar. 
A alternativa B está incorreta porque a campanha promovida 
pelo shopping não busca lucro, mas sim que as pessoas 
adquiram um animal sem ter de comprá-lo. A alternativa C 
está incorreta porque nenhum dos textos tem o objetivo de 
promover mais adoções: a notícia tem caráter informativo e 
relata um acontecimento; o cartaz divulga uma campanha 
que se realizará num shopping de São Bernardo do Campo. A 
alternativa D está incorreta porque os acontecimentos por trás 
dos textos (o aumento da adoção em Piraquara, no texto I; 
e a campanha promovida pelo shopping, no texto II) não se 
relacionam diretamente, sendo, portanto, independentes.
QUESTÃO 19 
Fora da ordem
Em 1588, o engenheiro militar italiano Agostinho Romelli 
publicou Le Diverse er Artficiose Machine, no qual descrevia 
uma máquina de ler livros. Montada para girar verticalmente, 
como uma roda de hamster, a invenção permitia que o leitor 
fosse de um texto ao outro sem se levantar de sua cadeira.
Hoje podemos alternar entre documentos com muito mais 
facilidade – um clique no mouse é suficiente para acessarmos 
imagens, textos, vídeos e sons instantaneamente. Para 
isso, usamos o computador, e principalmente a Internet – 
tecnologias que não estavam disponíveis no Renascimento, 
época em que Romelli viveu.
BERCITTO, D. Revista Língua Portuguesa, ano II, n. 14.
O inventor italiano antecipou, no século XVI, um dos princípios 
definidores do hipertexto: a quebra de linearidade na leitura 
e a possibilidade de acesso ao texto conforme o interesse 
do leitor. Além de ser característica essencial da Internet, do 
ponto de vista da produção do texto, a hipertextualidade se 
manifesta também em textos impressos, como
2IU1
LCT – PROVA I – PÁGINA 14 ENEM – VOL. 2 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
A. 	 dicionários, pois a forma do texto dá liberdade de 
acesso à informação.
B. 	 documentários, pois o autor faz uma seleção dos fatos 
e das imagens.
C. 	 relatos pessoais, pois o narrador apresenta sua 
percepção dos fatos.
D. 	 editoriais, pois o editorialista faz uma abordagem 
detalhada dos fatos.
E. 	 romances românticos, pois os eventos ocorrem em 
diversos cenários.
Alternativa A
Resolução: Entre os gêneros textuais mencionados nas 
alternativas, somente o dicionário atende aos pré-requisitos 
do hipertexto, já que os leitores podem ler a definição dos 
verbetes que quiserem, quando quiserem e na ordem que 
quiserem. Portanto, a alternativa correta é a A. As demais 
alternativas apresentam gêneros cuja construção se dá 
somente por parte de seus autores, o que impede os leitores 
de romperem a linearidade da leitura e de acessarem o texto 
de acordo com seu interesse.
QUESTÃO 20 
Vambora
Entre por essa porta agora 
e diga que me adora 
Você tem meia hora 
pra mudar a minha vida 
Vem vambora 
que o que você demora 
é o que o tempo leva 
 
Ainda tem o seu perfume pela casa 
ainda tem você na sala 
porque meu coração dispara 
quando tem o seu cheiro 
dentro de um livro 
Dentro da noite veloz
CALCANHOTO, A. Vambora. In: Adriana Calcanhoto. Maritmo. CD. 
Sony Music, 1998. [Fragmento]
Em textos literários, é recorrente o uso de figuras de 
linguagem para a expressão de ideias. Na letra da canção, 
a autora emprega a figura de linguagem
A. 	 metonímia, em “você tem meia hora”.
B. 	 antítese, em “Vem vambora”.
C. 	 sinestesia, em “Ainda tem o seu perfume pela casa”.
D. 	 metáfora, em “porque meu coração dispara”.
E. 	 prosopopeia, em “Dentro da noite veloz”.
Alternativa D
Resolução: Entre as alternativas propostas, a correta é a D, 
já que em “porque meu coração dispara” vê-se o verbo 
“disparar” empregado num contexto diferente de seu sentido 
denotativo, expandindo seu significado. Na acepção da 
letra, por meio de uma metáfora, é indicado que o coração 
do eu lírico bate muito rápido por causa das exaltações 
amorosas, diferentemente de “correr ou pôr-se a correr”, 
o sentido denotativo desse verbo. A alternativa A está incorreta 
porque não há metonímia em “você tem meia hora”, já que 
os termos são usados em seu contexto semântico regular. 
21T3
A alternativa B está incorreta porque as ideias de vir para 
depois ir embora não são contrastantes; “vem” é usado 
como forma para se chamar o interlocutor. A alternativa C 
está incorreta porque não há fusão de sensações em “Ainda 
tem o seu perfume pela casa”, apenas a indicação de que 
o cheiro da pessoa permanece no recinto. A alternativa E 
está incorreta porque a menção ao livro Dentro da noite 
veloz, do poeta Ferreira Gullar, não apresenta prosopopeia 
ou personificação; a atribuição da característica “veloz” ao 
substantivo “noite” denota a rápida passagem do tempo.
QUESTÃO 21 
Alguns episódios que reforçam a sina de agosto, 
o mês do cachorro louco
A história brasileira deu sua contribuição para reforçar 
a crendice em torno do “mês do desgosto”, mas sua origem 
vem, como boa parte das coisas boas e ruins da pátria, 
de Portugal.
Segundo o folclorista Mário Souto Maior, as mulheres 
portuguesas não casavam em agosto porque este era o mês 
preferido para os navios deixarem o país em busca de novos 
territórios para o reino.
Como casar neste mês significava ficar sem lua de 
mel ou mesmo viúva logo após o matrimônio, cunhou-se a 
expressão: “Casar em agosto traz desgosto”. A superstição 
veio para a colônia e persiste em várias regiões do país 
(os destemidos que ousam contrariá-la podem, inclusive, 
conseguir bons descontos).
Em seu Dicionário do Folclore Brasileiro, Câmara Cascudo 
define agosto como “o mês das desgraças e das infelicidades” 
nos países latinos.
VISEU, R. Disponível em: <http://ahistoriacomoelafoi.blogfolha.uol.
com.br>. Acesso em: 27 out. 2016. [Fragmento]
Ao longo do texto, que trata do misticismo que cerca o mês 
de agosto, muitos substantivos que carregam conotações 
negativas são usados para traçar a origem da crença de 
que esse período do ano é cercado de maus agouros. 
No entanto, outros vocábulos são empregados com acepção 
positiva no texto, como é o caso de
A. 	 “sina”.
B. 	 “cachorro”.
C. 	 “contribuição”.
D. 	 “pátria”.
E. 	 “territórios”.
Alternativa C
Resolução: Das palavras mencionadas nas alternativas, 
apenas “contribuição” carrega sentido positivo, conforme 
a definição do Dicionário Caldas Aulete: “Participação 
colaborativa numa atividade,na fundação, elaboração, 
construção ou resolução de algo etc.” Dessa forma, 
a alternativa correta é a C, já que, de acordo com o texto, 
a história brasileira ajudou a reforçar a crendice do mês de 
agosto. Entre as demais alternativas, “sina” carrega valor 
negativo (de acordo com o mesmo dicionário: “Fatalidade 
ou predestinação a que qualquer pessoa está supostamente 
sujeita.”); “cachorro” vem acompanhada do adjetivo “louco”; 
e “pátria” e “territórios” foram empregados de forma neutra, 
não carregando juízo de valor algum do autor.
Ø3NB
ENEM – VOL. 2 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 15BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 22 
A curiosidade de um ouvinte belo-horizontino foi 
despertada após escutar o slogan de uma estação de rádio 
de sua cidade natal. Ele pensou, então, que haveria duas 
possibilidades de escrita, grafadas a seguir:
 I. Alvorada, 94,9 FM. Você sabe por que ouve.
 II. Alvorada, 94,9 FM. Você sabe, porque ouve.
A diferença na escrita das palavras em destaque implica à 
interpretação dos slogans
A. 	 duplicidade de sentidos, pois o texto I exprime a ideia 
de “razão”, e o II a de explicação.
B. 	 ideia de consequência de um fato no texto I, e noção 
de causa no texto II.
C. 	 incoerência, posto que os pronomes relativos nos 
textos I e II estão mal-empregados.
D. 	 redundância, já que existe certeza do informado nos 
dois textos.
E. 	 semelhança de sentido, mas classificações 
morfológicas diferentes.
Alternativa A
Resolução: A frase ouvida no rádio pode ser interpretada de 
duas maneiras diferentes, dependendo de como transcrita. 
Em “Você sabe por que ouve”, o “por que” é equivalente 
a “motivo pelo qual”, impondo uma razão para a ação de 
ouvir, ou seja, os ouvintes sabem o motivo de ouvir à rádio. 
Já em “Você sabe, porque ouve”, o “porque” é uma conjunção 
coordenativa explicativa, equivalendo-se a “pois”, ou seja, 
a explicação de o ouvinte saber das coisas do mundo é o fato 
de ele ouvir à rádio. A alternativa A, portanto, está correta. 
A alternativa B está incorreta porque interpreta erroneamente 
os “porquês” em ambas as frases. C, porque sequer foram 
empregados pronomes relativos; na primeira frase o “que” 
é um pronome indefinido, e na segunda o “porque” é uma 
conjunção. D e E estão incorretas, porque, como exposto, 
os sentidos das frases são diferentes, além disso, pode-se 
afirmar que há redundância apenas na primeira frase, em 
que o ouvinte já saberia de antemão a razão de ouvir à 
rádio.
QUESTÃO 23 
Múmia de 3 mil anos passa por tomografia
Como estudar uma múmia de quase 3 mil anos dentro 
de um sarcófago, quando só o fato de abrir o invólucro, 
colocando-a em contato com o ar, pode transformar em pó 
os restos conservados por milênios? Aliando a tecnologia 
médica com estudos arqueológicos, o Museu Oriental da 
Universidade de Chicago conseguiu obter uma imagem 
tridimensional da múmia Meresamun sem violar seu sarcófago.
Pesquisadores supõem que Meresamun foi sacerdotisa 
de um templo de Tebas em 800 a.C. Sua urna funerária é 
decorada com elaboradas pinturas e está em ótimo estado 
de conservação. Por isso, depois de descoberta, passou 
80 anos lacrada. Segundo os cientistas da universidade, 
com as informações obtidas no exame será possível estudar 
como Meresamun vivia, e continuar deixando-a descansar 
em paz dentro de seu sarcófago.
BETING, G. História viva. São Paulo, ano 6, n. 66, p. 13, abril. 2009.
5FZN
VUHC
O texto anterior é informativo, por isso sua abordagem é 
objetiva, estruturada em relatos hierarquizados pelo nível de 
importância dentro do contexto. Com base nisso, a autora 
privilegia a informação de que o
A. 	 estudo das múmias deve ser feito por especialistas 
para que elas não se deteriorem.
B. 	 museu usou recursos tecnológicos atuais para estudar 
uma múmia sem degradá-la.
C. 	 sarcófago encontrado pertenceu a uma personagem 
de relativo destaque na sociedade egípcia.
D. 	 contato do ar com achados arqueológicos pode 
desgastar ou até destruir relíquias milenares. 
E. 	 tempo por que ficou lacrada a urna funerária depois de 
descoberta denota sua conservação.
Alternativa B
Resolução: O título da notícia aponta qual é a informação 
mais importante que o texto carrega. Dessa forma, a 
tecnologia usada pelo museu para estudar a múmia é o foco 
no texto. Portanto, a alternativa correta é a B. As demais 
alternativas são factíveis e estão de acordo com o texto, 
no entanto nenhuma delas traz a principal informação que a 
autora leva aos leitores da revista, por isso estão incorretas.
QUESTÃO 24 
Guardar
Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la.
Em cofre não se guarda coisa alguma.
Em cofre perde-se a coisa à vista.
Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por admirá-la, 
isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado.
Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por ela, isto 
é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela, isto é, estar 
por ela ou ser por ela.
Por isso melhor se guarda o voo de um pássaro
Do que um pássaro sem voos.
Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica, por 
isso se declara e declama um poema:
Para guardá-lo:
Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda:
Guarde o que quer que guarda um poema:
Por isso o lance do poema:
Por guardar-se o que se quer guardar.
MACHADO, G. In: MORICONI, I. (org.). Os cem melhores poemas 
brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
A memória é um importante recurso do patrimônio cultural de 
uma nação. Ela está presente nas lembranças do passado 
e no acervo cultural de um povo. Ao tratar o fazer poético 
como uma das maneiras de se guardar o que se quer, o texto
A. 	 ressalta a importância dos estudos históricos para a 
construção da memória social de um povo. 
B. 	 valoriza as lembranças individuais em detrimento das 
narrativas populares ou coletivas.
C. 	 reforça a capacidade da literatura em promover a 
subjetividade e os valores humanos.
LDNC
LCT – PROVA I – PÁGINA 16 ENEM – VOL. 2 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
D. 	 destaca a importância de reservar o texto literário 
àqueles que possuem maior repertório cultural.
E. 	 revela a superioridade da escrita poética como forma 
ideal de preservação da memória cultural.
Alternativa C
Resolução: No texto, os versos “Por isso se escreve, 
por isso se diz, por isso se publica, por / isso se declara 
e declama um poema: / Para guardá-lo: / Para que ele, 
por sua vez, guarde o que guarda:” comprovam o valor da 
literatura de promover, exaltar a subjetividade e os valores 
humanos. Isso significa dizer que, de acordo com o eu lírico, 
um poema é a melhor forma de se guardar uma sensação, 
uma lembrança, um momento, pois as palavras usadas ali 
preservam o mesmo sentimento experienciado no ato da 
escrita. A alternativa correta, portanto, é a C. As alternativas 
A e E estão incorretas porque o texto não fala do ato de 
guardar os eventos históricos de um povo ou sua memória 
cultural, mas sim as memórias individuais, os momentos 
especiais para cada uma das pessoas. Na alternativa B, 
a incorreção está em afirmar que o fazer poético sobrepõe-se 
às narrativas populares ou coletivas, já que isso não pode 
ser inferido do texto, que se limita a mostrar o impacto que 
causa um poema. Finalmente, a alternativa D está incorreta 
porque o poema não permite a interpretação de que o texto 
literário deve ser reservado à elite cultural; ao contrário, ele 
deve ser produzido por qualquer pessoa que queira “guardar 
o que quer que guarda um poema:”.
QUESTÃO 25 
Pacutiguibê Iaô
Pacutiguibê macumba Iaê! 
Pacutiguibê macumba Iaô! 
Hoje tem festa no terreiro 
De Maria Cotia 
Pois hoje é dois de fevereiro 
Para felicidade minha 
Hoje eu vou me mandar 
É pra lá 
Já levo atabaque 
Afinado enfeitado inteiro 
Já levo zamba minha nêga 
Um batuque pro sinhô 
Já levo a fita rubro-negra 
Pra ofertar pra Iaô 
Iaô chegou pra comemorar 
Iaô entrou na roda de zambar bonito 
Iaô chegou do mar
RIBAS, M. Pacutiguibê Iaô. In: Marku Ribas. Underground. LP. 
Copacabana,1973. [Fragmento]
Uma nação é formada por aspectos sociais, econômicos 
e políticos, que estão diretamente relacionados às formas 
de expressão e à língua. A canção de Marku Ribas trata da 
cultura afrodescendente, empregando versos que destacam a
A. 	 dificuldade do negro de se inserir social e culturalmente 
hoje no Brasil. 
7V7U
B. 	 oposição da crença e fé europeias em relação à 
religiosidade africana. 
C. 	 festividade de origem negra, envolvendo dança e 
instrumentos musicais.
D. 	 diversidade dos idiomas africanos em relação àqueles 
falados na Europa.
E. 	 participação de negros em rituais conhecidos como de 
origem portuguesa.
Alternativa C
Resolução: Na letra, versos como “Hoje tem festa no terreiro”, 
“Já levo atabaque” e “Iaô entrou na roda de zambar bonito” 
empregam termos que retomam a cultura africana num 
ambiente festivo de dança e música, portanto a alternativa 
correta é a C. A alternativa A está incorreta porque a letra fala 
da festividade africana manifestada no Brasil, o que se opõe 
à dificuldade de inserção do negro social e culturalmente 
no país; ainda que os obstáculos enfrentados sejam reais, 
não é esse o tema de “Pacutiguibê Iaô”. A alternativa B está 
incorreta porque a letra não descreve europeus com atitude 
de enfrentamento à religiosidade africana. A alternativa D 
está incorreta porque há o enaltecimento da cultura e dos 
idiomas africanos sem oposição às línguas europeias. E a 
alternativa E está incorreta porque os rituais a que o autor 
se refere não são de origem europeia.
QUESTÃO 26 
DAHMER, André. Disponível em: <http://www.malvados.com.br/>. 
Acesso em: 10 dez. 2014.
A tirinha aborda uma prática recorrente na contemporaneidade: 
a utilização das redes sociais virtuais. A fala do terceiro 
quadrinho contém uma crítica à(ao)
A. 	 democratização dos aparatos virtuais na 
contemporaneidade. 
B. 	 existência da escravidão em tempos remotos.
C. 	 possibilidade de escravos terem acesso às redes 
sociais.
D. 	 tempo disponibilizado na utilização das redes virtuais.
E. 	 tempo gasto pelos escravos na construção das 
pirâmides. 
Alternativa D
Resolução: A personagem da tirinha infere que se existisse 
Internet no tempo da construção das pirâmides, elas 
nunca terminariam de ser construídas pelos escravos, que 
trabalhariam pouco por acessar muito o Facebook. Para a 
interpretação correta do texto, é necessário contextualizar 
o conteúdo da tirinha com o fato de que, atualmente, 
muitas pessoas apresentam baixo nível de concentração 
ou dedicação em suas atividades diárias, como estudo 
e trabalho, por causa do acesso exacerbado à Internet 
e às redes sociais. Portanto, a alternativa correta é a D. 
EE8M
ENEM – VOL. 2 – 2020 LCT – PROVA I – PÁGINA 17BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
A alternativa A está incorreta porque a crítica do autor não se 
volta para o fato de todas as camadas da população de hoje 
terem acesso à Internet, mas sim ao fato de como pessoas 
de todas as camadas a utilizam de forma exagerada; para 
aproximar o Egito Antigo ao leitor, ele faz uma analogia, em 
que os trabalhadores são os escravos. B, porque o autor 
problematiza o uso da Internet, não lançando olhar crítico 
à existência da escravidão no Egito Antigo. C, porque, 
como explicado, o autor não critica a inclusão digital, mas o 
comportamento inadequado de muitos usuários das redes 
sociais. Por fim, a alternativa E está incorreta porque o autor 
critica o tempo que supostamente os escravos despenderiam 
no celular, acarretando atraso na construção das pirâmides; 
ainda que haja relação de causa e consequência entre 
esses eventos, deve-se perceber que a crítica não foca 
o tempo de construção das pirâmides, mas aquele gasto 
nas redes sociais.
QUESTÃO 27 
GALHARDO. Disponível em: <http://www1.folha.uol.com.br>. Acesso 
em: 14 nov. 2016.
Com frequência, as tirinhas servem-se de poucos elementos 
composicionais para despertar reflexões sobre a vida 
humana. Nesse sentido, os recursos verbo-visuais no texto 
anterior apontam, simbolicamente, a 
A. 	 condição das pessoas com deficiência. 
B. 	 dúvida existencial de muitas pessoas. 
C. 	 complexidade de questionamentos abstratos. 
D. 	 hipocrisia nos julgamentos dos indivíduos. 
E. 	 ignorância do sujeito sobre sua condição.
Alternativa D
Resolução: A tirinha começa lançando uma pergunta aos 
leitores: “Afinal, o que é um pescoçudo?”. Do segundo ao 
quarto quadrinho, três personagens surgem para respondê-la, 
no entanto nenhum deles sabe a resposta (e um deles diz 
ter medo), ainda que tenham como característica física o 
pescoço alongado. Pela atitude arredia das personagens, 
que afirmam não saber o que é um pescoçudo, mesmo 
o sendo, infere-se que o autor da tirinha faz uma crítica 
à hipocrisia que muitas pessoas demonstram ao julgar 
o próximo, embora apresentem a mesma característica 
ou comportamento. Pode-se chegar a essa interpretação 
mesmo que não se conheça o termo “pescoçudo”, pois a 
relação entre textos visuais e verbais na tirinha induzem 
os leitores a isso. A alternativa correta, portanto, é a D. 
A alternativa A está incorreta porque o texto não leva o leitor 
a refletir sobre a condição de pessoas deficientes, já que, 
no universo criado pelo autor, ter o pescoço demasiadamente 
longo não é deficiência. A alternativa B está incorreta porque 
a indagação no primeiro quadrinho não corresponde 
a uma dúvida existencial, mas a um questionamento 
simbolicamente respondido pelo próprio autor do texto. 
QDWF
A alternativa C está incorreta porque o fato de as 
personagens não responderem à pergunta não aponta a 
complexidade de se encontrar respostas para questões 
subjetivas, ainda que a dificuldade em respondê-las 
seja real para muitas pessoas. Além disso, a tirinha 
não trata de assuntos intangíveis ao conhecimento. 
A alternativa E está incorreta porque o comportamento das 
personagens denota antes hipocrisia que ignorância: elas 
giram o pescoço, fazendo, simbolicamente, rodeios para 
responder à pergunta; e, no último quadrinho, o rapaz afirma 
ter medo, mesmo sem saber do que se trata.
QUESTÃO 28 
BROWNE, D. Disponível em: <http://planetatirinhas.wordpress.com>. 
Acesso em: 22 dez. 2016.
Na tirinha, as personagens dialogam, até que, no último 
quadrinho, algo inesperado acontece. A atitude da 
personagem principal revela, supostamente, sua intenção 
de demonstrar a
A. 	sabedoria dos anciãos.
B. 	esperteza dos adultos.
C. 	negligência dos jovens.
D. 	humildade das crianças.
E. 	determinação dos pais.
Alternativa B
Resolução: De acordo com a definição do Dicionário 
Michaelis para os termos empregados nas alternativas, 
vê-se que “esperteza” pode denotar “habilidade maliciosa”. 
Como Hagar é um adulto e visa ensinar a Hamlet, seu 
filho, a suposta malícia necessária para se encarar a vida, 
a resposta correta é a B. A alternativa A está incorreta porque 
a personagem de Hagar não representa um ancião; além 
disso, ainda que um dos significados de “sabedoria” seja 
“habilidade de enganar ou dissimular”, quando associada a 
pessoas mais velhas, denota “acúmulo de conhecimentos 
sobre assuntos diversos”. A alternativa C está incorreta 
porque Hamlet não se comporta com “falta de vigilância; 
descuido, desídia, desleixo”, mesmo que essas possam ser 
características atribuídas aos jovens pelo senso comum; 
ele foi antes ingênuo que negligente. A alternativa D está 
incorreta porque Hamlet não apresenta “demonstração 
de respeito, de submissão aos superiores”; além do mais, 
Hagar busca apontar uma característica de si mesmo, 
não de seu filho. Por fim, a atitude de Hagar não mostra 
a Hamlet “qualidade do que é inabalável; ânimo, firmeza, 
denodo”, já que se vê um pai, numa brincadeira, enganando 
o filho, por isso a alternativa E está incorreta.
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LCT – PROVA I – PÁGINA 18 ENEM – VOL. 2 – 2020 BERNOULLI S ISTEMA DE ENSINO
QUESTÃO 29 
O mundo se tornava fascista. Num mundo assim, 
que futuro nos reservariam? Provavelmente não havia 
lugar para nós, éramos fantasmas, rolaríamos

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