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Anatomia dos Membros Superiores

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Anatomia dos Membros Superiores 
Introdução: ​os membros superiores são a porção 
látero-inferior pendente, que é sustentado pelo tronco 
(esqueleto axial) e articulações. São adaptados para 
permitir amplos movimentos e habilidades manuais que 
exigem boa coordenação. Essas adaptações se dão por 
músculos extrínsecos inervados pelo plexo braquial. 
Regiões: ​os membros superiores são divididos 
topograficamente em 4 regiões e possuem 3 transições. 
1. Ombro: região de união entre o tórax e a porção 
livre do membro superior. consiste na raíz ou 
cíngulo do membro superior. É dividido em 
região peitoral, representando a parte anterior, 
região escapular, representando a porção 
posterior, região deltóidea lateralmente e região 
látero-cervical medialmente. 
2. Braço: ​consiste no primeiro segmento livre do 
membro superior, sendo também o local do osso 
mais extenso do membro, o úmero. Possui 
grande amplitude de movimento e possui região 
braquial anterior e posterior. 
3. Antebraço: ​região livre entre cotovelo e punho 
que possui região antebraquial anterior e 
posterior. 
4. Mão: ​região mais distal do membro inferior, 
com um dorso, palma, punho e dedos. 
 
Transições 
1. Axila: essa região representa a transição entre o 
ombro e o braço. Tem sua borda medial na 3 a 5 
costelas, borda anterior nos músculos peitoral 
maior e menor, borda lateral na região umeral e 
músculo coracobraquial, base em nível da 5 
costela e ápice no desfiladeiro torácico. 
2. Fossa cubital: delimitada superiormente por uma 
linha imaginária que passa entre os epicôndilos 
do úmero, ínfero-lateralmente pelo músculo 
braquiorradial e ínfero-medialmente pelo 
pronador redondo. Transição para o antebraço. 
 
3. Retináculos: anteriormente se vê o retináculo 
dos flexores, contínuo posteriormente com o dos 
extensores, esses retináculos dos pulsos 
representam a transição de antebraço e mão. 
 
Desfiladeiro torácico: ​região triangular delimitada pela 
margem superior da clavícula, margem lateral da 
primeira costela e ângulo superior da escápula. Esse 
espaço representa o ápice da axila e é muito importante 
pois é um estreito centro de distribuição das estruturas 
neurovasculares que passam à porção pendente dos 
membros superiores. 
 
Topografia do Ombro 
Estruturas Ósseas: ​Os segmentos do membro superior, 
ao contrário do membro inferior, possuem uma ampla 
liberdade de movimentos que se justifica pela sua 
cintura escapular ser, em relação à pélvica, um anel 
ósseo incompleto, de modo que na região posterior há 
ausência de ligamentos e articulações que possibilitam 
amplos movimentos da escápula. Semelhante aos MMII, 
no entanto, notamos que os MMSS possuem 30 ossos. 
→ Clavícula: ​é um osso alongado que possui um 
formato de ‘’S’’, isso é, possui uma depressão e uma 
saliência. Possui uma extremidade esternal, com uma 
faceta articular esternal que é mais arredondada pois 
recebe o disco da articulação esternoclavicular, 
responsável por conferir à região uma grande resistência. 
e uma extremidade chata, com uma faceta articular 
acromial para o acrômio da escápula. Ela ainda possui 
no seu ⅓ distal um tubérculo conóide, medial à linha 
trapezóide, que recebem os ligamentos do mesmo nome 
que se fixam ao processo coracóide da escápula. Há 
também um sulco do músculo subclávio e um forame 
nutrício já próximos ao ⅓ médio. No ⅓ medial, temos a 
impressão do ligamento costoclavicular. 
Para identificar o lado da clavícula é preciso identificar 
suas margens superior (indicada pelo tubérculo conóide) 
e inferior, após isso, se localiza a extremidade esternal, 
indicando que aquele lado é o medial. 
Gabriel Torres→ Uncisal→ Med52→ Anatomia Topográfica de MMSS 
 
 
Escápula: ​a escápula é um osso triangular rico em 
acidentes, com duas faces, uma costal e uma dorsal. 
Recebem destaque a incisura da escápula e uma incisura 
entre a espinha da escápula e a cavidade glenóide, a 
incisura espinoglenoidal. As duas incisuras são tornadas 
em forames ,respectivamente, pelos ligamentos 
transversos superior e inferior da escápula. Por dentro 
desses forames (anéis ósteo-ligamentares) passam artéria 
e nervo supra-escapulares, o nervo é importante na 
inervação de dois músculos do manguito rotador, o 
supraespinhal e o infraespinhal, que auxiliam a 
estabilizar a articulação glenoumeral, evitando luxação. 
 
 
Obs.: existem variações anatômicas nessa incisura 
supraescapular que podem facilitar a compressão do 
nervo em questão. Também é o caso de indivíduos em 
que durante a vida sofrem calcificação do ligamento 
transverso superior. 
 
Isso tem por consequência, além da dor, uma perda da 
função de dois músculos do manguito rotador, o que 
predispõe à luxação ou subluxação de ombro. 
Estruturas articulares 
Esternoclavicular: ​é uma articulação complexa, pois 
possui disco, também é dita manúbrio-clavicular. 
Funcionalmente, é uma articulação sinovial plana, 
embora morfologicamente é tida como esferóide. Como 
articulação plana, ela possui a importância de 
movimentos de deslizamento bastante limitados em 
praticamente todas as regiões, sua principal função é a 
de transmitir o impacto para o eixo do corpo, 
representado pelo esterno. 
Ela possui uma cápsula articular que a recobre, e 
ligamentos costoclavicular (com a primeira costela), 
manúbrio-clavicular anterior e posterior, interclavicular 
e finalmente, interna a ela, temos o disco que divide a 
articulação em duas cavidades preenchidas por 
membranas sinoviais. 
Acromioclavicular: articulação sinovial plana com 
alguns ligamentos. Há um ligamento próprio da 
escápula, que é bastante delgado e não faz parte 
funcionalmente da articulação, que é o coracoacromial, 
possuindo importância apenas na manutenção dessa 
morfologia. Já os ligamentos próprios da articulação, há 
o ligamento coracoacromial, constituído pela fusão de 
um ligamento lateral e anterior denominado de 
trapezóide com um ligamento posterior e medial 
denominado conóide, importante na escolha de cirurgia 
Gabriel Torres→ Uncisal→ Med52→ Anatomia Topográfica de MMSS 
 
ou não em caso de fraturas de clavícula. Finalmente há 
também o ligamento acromioclavicular. 
 
Obs.: as articulações das clavículas dificultam que haja 
fraturas em seu terço proximal e distal, por esse motivo 
é tão mais comum que ocorram no ⅓ médio. A fratura 
mais preocupante é a distal, que exige cirurgia. 
 
Glenoumeral: ​é uma articulação esferóide e triaxial com 
a cápsula articular mais resistente de todo o corpo. Isso 
ocorre pois a articulação é bem menos presa em relação 
à outra articulação triaxial do corpo humano, a 
coxo-femoral. Isso além de possibilitar movimentos 
mais amplos, facilita que haja luxação de ombro. 
 
Músculos do Ombro: ​os músculos do ombro podem ser 
divididos em músculos extrínsecos, que saem da região 
do pescoço, tórax ou dorso para o ombro. Esses 
músculos ainda são divididos em superficiais e 
profundos. e intrínsecos ou próprios do ombro. 
→ Extrínsecos superficiais 
Trapézio: ​músculo que quando unido ao contralateral se 
assemelha um trapézio, é visto desde a região do 
pescoço até o ombro e parte do dorso. Tem por funções 
a rotação da escápula e tração dela para cima e trás.Possui fibras ascendentes, descendentes e transversas. 
Latíssimo do Dorso: ​é um grande músculo em leque que 
cobre boa parte do dorso, inserindo-se medialmente no 
úmero. Tem por funções a adução ,rotação medial, e 
depressão da escápula, é importante também para elevar 
o tronco em direção aos membros, como na escalada. 
→ Extrínsecos profundos 
Rombóide maior: ​é um músculo fino e plano, profundo 
ao trapézio. Está inferior ao outro rombóide, e age em 
conjunto com ele para promover rotação da escápula e 
depressão da cavidade glenóide, além de ajudar a 
estabilizar a articulação glenoumeral. 
Rombóide menor: ​músculo mais espesso que é superior 
ao rombóide maior, mantendo o formato dele de 
paralelogramo. Algumas vezes é fundido ao maior. 
Levantador da escápula: ​o mais cranial dos 3 é profundo 
ao esternocleidomastóideo e trapézio. Eleva a escápula 
ou a mantém quando é tracionada para baixo, além de 
rotacioná-la e deprimir a cavidade glenóide. É inspirador 
 
Serrátil anterior: ​é tratado principalmente como um 
músculo peitoral, pois está na região anterior. É um 
músculo com várias cabeças e que é importante na 
protração da escápula e na estabilização da mesma. 
→ Intrínsecos 
Deltóide: ​é um músculo espesso que confere o contorno 
arredondado do ombro. Ele auxilia na abdução, flexão 
do ombro com sua porção anterior (clavicular), extensão 
com a porção posterior (espinhal) e com suas três 
porções (clavicular, espinhal e acromial) contraídas ao 
mesmo tempo é um poderoso adutor. 
Obs.: a vacina deve ser administrada no ⅓ médio do 
deltóide, pois caso seja administrada no tríceps pode 
haver a lesão do nervo axilar e atrofia do deltóide. 
Redondo maior: ​músculo inferior ao redondo menor, se 
localiza na borda inferior da escápula. Possui um 
formato circular característico e possui por funções a 
rotação medial e adução do braço. 
Gabriel Torres→ Uncisal→ Med52→ Anatomia Topográfica de MMSS 
 
Subescapular: ​ocupa toda a fossa subescapular. É um 
músculo que roda medialmente (internamente) o úmero 
e ajuda na manutenção do úmero na cavidade glenóide. 
Supraespinhal: ​atua na rotação medial do ombro e 
auxilia o deltóide nos 15 primeiros graus da abdução. 
Está localizado na fossa supra-espinhal da escápula. 
Obs.: é um músculo importante na manutenção da 
postura de 90 graus na abdução do braço, caso perca a 
potência a abdução fica bastante limitada. 
Infraespinhal : ​localizado na fossa infra-espinhal, roda 
lateralmente o úmero e ajuda a estabilizar a articulação. 
Redondo menor: ​é um músculo que está acima do outro 
redondo e bastante próximo do infraespinal, realiza 
abdução e rotação externa (lateral) do úmero. 
 
Obs.: os 4 últimos músculos compõem o manguito 
rotador, que faz a rotação do ombro mas e estabiliza a 
articulação gleno-umeral, que quando é luxada é 
visualizada clinicamente pelo sinal da dragona militar. 
O sinal é visto pela perda do contorno arredondado do 
braço, ficando o úmero protuso e o ombro 
quadrangular. 
 
Topografia do Braço 
Estrutura óssea: ​o braço em toda sua extensão conta 
apenas com um osso, o Úmero. Esse é um osso longo e 
maior do membro superior. Possui em sua epífise 
proximal uma cabeça, um colo anatômico, adjacente a 
uma tubérculo maior lateral e um menor medial, 
separados por um sulco chamado de intertubercular ou 
bicipital, abaixo deles se vê ainda o colo cirúrgico. Na 
sua diáfise, notamos as cristas dos tubérculos maior e 
menor e duas margens (lateral e medial), delimitando as 
faces ântero-medial, ântero-lateral e posterior. Na face 
ântero-medial se vê ainda a tuberosidade deltóidea, 
enquanto que na posterior se vê oblíquo o sulco do nervo 
radial. Na epífise distal notamos as cristas epicondilares 
levando aos epicôndilos medial e lateral, um grande 
côndilo umeral, que se decompõe em tróclea (medial) e 
capítulo (lateral), atrás dos quais estão respectivamente 
as fossas coronóide e radial. Posteriormente se vê uma 
fossa profunda, denominada de fossa do olécrano. Na 
região mais medial e distal, há o sulco do nervo ulnar. 
 
Articulações do Braço 
Articulação Úmero-ulnar: ​é uma articulação entre a 
tróclea do úmero e incisura troclear da ulna. É 
classificada como um gínglimo pois seus movimentos se 
limitam à extensão e flexão. 
Articulação Rádio-Umeral: ​é uma juntura pouco descrita 
na literatura, se dá entre a cabeça do rádio e o capítulo 
do úmero, trata-se basicamente de uma sinovial plana. 
Músculos e fáscias: ​o braço possui dois compartimentos 
que são separados entre si por invaginações da fáscia 
braquial, que reveste a topografia. Essas entradas são 
denominadas septos intermusculares, havendo o septo 
intermuscular medial e lateral. Essa divisão em septos 
oferece a vantagem de restringir as hemorragias e 
infecções, no entanto, ela também possibilita a condição 
da síndrome compartimental, por algum trauma. Cada 
compartimento desse possui seu feixe neurovascular. 
Obs.: o quadro da síndrome compartimental inclui o 
aumento da pressão intracompartimental, parestesia 
(perda de sensibilidade), paresia ( perda de movimento), 
câimbras, dor progressiva, cianose e edema. Sendo 
tratada por meio de uma cirurgia de fasciotomia. 
Músculos e Fáscias do Braço 
Compartimento anterior 
→ Bíceps braquial: ​é um músculo com duas origens, daí 
o nome bíceps. Sua porção longa nasce do tubérculo 
supraglenoidal, desce pelo sulco intertubercular ou 
bicipital, e se une com a curta, que se origina do 
processo coracóide. Ambas as porções se inserem 
principalmente na tuberosidade do rádio, mas, 
acredita-se que ele seja bipenado, pois forma uma 
espessa aponeurose bicipital na qual o próprio se insere. 
Esse músculo fusiforme realiza flexão do braço e do 
antebraço, além de auxiliar na supinação da mão. 
Gabriel Torres→ Uncisal→ Med52→ Anatomia Topográfica de MMSS 
 
Obs.: o desprendimento do tendão longo do bíceps 
provoca um sinal conhecido como ‘’sinal de popeye’’, 
no qual o músculo fica caído, parecido com o do 
marinheiro que inspirou seu nome. 
 
→ Braquial: ​é um músculo que dá o volume do braço, 
principalmente quando esse está pronado. Origina-se do 
úmero, na face anterior, além dos septos intermusculares 
medial e lateral, e se insere na tuberosidade da ulna e no 
processo coronóide. Flete o antebraço/cotovelo. 
→ Coracobraquial: menor músculo do compartimento, 
se origina no processo coracóide e se insere na borda 
medial e face medial do úmero. Sua ação é de flexão e 
adução do braço. Faz sintopia com o nervo 
musculocutâneo, sendo perfurado por ele que depois se 
distribui cutaneamente e para o resto do compartimento. 
 
Compartimento Posterior 
→ Tríceps braquial: ​o tríceps braquial um músculo com 
três porções de origem, longa, lateral e média. A porção 
longa surge do tubérculo infraglenoidal, a lateral surge 
do corpo do úmero posteriormente enquanto que a 
medial se origina abaixo do sulco do nervo radial. Esse 
músculo se insere majoritariamente no olécrano, mas 
uma pequena parte ajuda a formar a fáscia antebraquial. 
 
Obs.: o músculo tríceps braquial é um músculo 
envolvido em dois espaços e um intervalo, ambos de 
muita importância clínica e anatômica. 
1- Espaço triangular: é limitado entre as porções lateral 
e longa do músculo tríceps,sendo que sua base é o 
redondo maior. Profundo a esse espaço correm os vasos 
braquiais profundos e o nervo radial. 
2- Espaço quadrangular: limitado superiormente pelo 
redondo menor, inferiormente pelo redondo maior, 
medialmente pela porção longa do tríceps e lateralmente 
pela porção lateral do tríceps, esse espaço contém a 
artéria circunflexa posterior do úmero e o nervo axilar, 
que inerva principalmente o deltóide, sendo que a área é 
bastante lesada em traumas. 
3- Intervalo triangular: limitado medialmente pela 
porção longa do tríceps, superiormente pelo redondo 
menor e inferiormente pelo redondo maior, esse 
pequeno intervalo dá passagem para a artéria 
circunflexa da escápula, que irriga esse osso. 
 
Topografia do Antebraço 
Estruturas ósseas do antebraço 
Rádio: ​é o osso mais lateral do antebraço em posição 
supina, é estreito proximalmente e largo distalmente. 
Possui cabeça, colo e tuberosidade (inserção para o 
bíceps braquial). Além de distalmente se destacar o 
processo estilóide. 
Gabriel Torres→ Uncisal→ Med52→ Anatomia Topográfica de MMSS 
 
 
Ulna: ​osso medial do antebraço, que é largo inicialmente 
e se encerra de modo estreito. Possui inicialmente uma 
incisura troclear, um processo estilóide, um processo 
coronóide, uma incisura radial e uma tuberosidade. Na 
diáfise se destaca a margem interóssea, que aponta para 
a lateral e auxilia a identificar o lado do osso. Na epífise 
distal se destacam o processo estilóide e uma cabeça, 
bem menor em relação à do rádio. 
 
Obs.: no antebraço são muito comuns as fraturas, 
destacando 3 que seguem um determinado padrão. 
1. Fratura-Luxação de Monteggia: luxação da 
articulação trocóide rádio-ulnar proximal e 
fratura no ⅓ superior da ulna. 
2. Fratura-Luxação de Galeazzi: fratura do ⅓ 
distal de rádio e luxação rádio-ulnar distal. 
3. Fratura de Colles: fratura do ⅓ distal do rádio 
e, algumas vezes, da ulna. 
 
Estruturas articulares do antebraço 
Articulação Rádio-Ulnar proximal: ​é uma articulação 
trocóide ou em pivô, que permite o movimento de giro 
do rádio sobre a ulna, permitindo os movimentos de 
pronação e supinação. Esses movimentos são permitidos 
por conta do ligamento anular, inserido em boa parte da 
cabeça do rádio, esse ligamento, junto à incisura da ulna, 
compõe um anel ósteo-ligamentar. A supinação equivale 
à rotação lateral e a pronação à rotação medial. 
Articulação Rádio-Ulnar média: ​essa região dos ossos é 
unida entre si principalmente por meio de uma 
resistente, mas complacente com o movimento 
rotacional, membrana interóssea. 
Articulação Rádio-Ulnar distal: ​é uma articulação 
trocóide e complexa, o que quer dizer que ela possui 
disco e seu movimento está limitado ao eixo de 
pronossupinação da mão. Esse disco separa as cavidades 
articulares em uma para cada osso e possui uma 
importante função ao amortecer os impactos 
principalmente da ulna, que torna mais difícil fraturas 
em seu terço distal. 
 
 
Músculos e Fáscias: ​nesse segmento, semelhante ao que 
ocorre no braço, há compartimentos delimitados por 
fáscias. No entanto, por ser mais rudimentar, não há 
septos, apenas pequenas entradas fasciais. Há também 
um destaque para a membrana interóssea que divide bem 
os compartimentos entre si. O compartimento anterior, 
por sua vez, está disposto em quatro camadas. 
Compartimento Anterior 
1- Camada 
→ Músculo pronador redondo: ​possui um tendão de 
origem da porção umeral e um da porção ulnar. O da 
porção umeral surge do epicôndilo medial e ou da ulnar, 
do processo coronóide. Insere-se na superfície lateral do 
rádio. Sua função é a pronação da mão. 
Gabriel Torres→ Uncisal→ Med52→ Anatomia Topográfica de MMSS 
 
→ Músculo flexor radial do carpo: ​músculo que se 
origina no epicôndilo medial e se insere na base do 
segundo metacarpo. Seu tendão de inserção é uma 
excelente sintopia para encontrar e a artéria radial. Ele 
flete a mão e ajuda na abdução. 
→ Músculo flexor ulnar do carpo: ​origina-se pela porção 
umeral do epicôndilo medial e em sua porção ulnar, 
surge do olécrano, inserindo-se no hamato, pisiforme e 
V metacarpo. Sua função é semelhante ao anterior. 
→ Palmar longo: ​é um músculo que está entre o flexor 
ulnar e o radial do carpo, sendo que também se origina 
do epicôndilo medial do úmero. Insere-se no retináculo 
dos flexores e forma a aponeurose palmar, importante 
para formar a aponeurose palmar . Flexiona a mão. 
 
2- Camada 
→ Músculo flexor superficial dos dedos: ​algumas 
literaturas o colocam como fazendo parte de um grupo 
superficial, mas as que dividem em camadas, o colocam 
na segunda. Ele possui uma porção umeral, que surge do 
tendão comum do epicôndilo medial, uma ulnar, que 
surge do processo coronóide e uma radial, que surge da 
linha oblíqua desse osso. Ele passa pelo túnel do carpo e 
se insere na segunda falange dos 4 dedos mediais, pois 
sua ação principal é a de flexionar cada uma delas e 
secundariamente flexionar um pouco as primeiras 
falanges dos mesmos. 
 
Obs.: por se originarem de um tendão comum no 
epicôndilo medial e estarem envolvidos com os 
movimentos de flexão palmar (exceto o pronador 
redondo), eles podem sofrer uma inflamação que é 
chamada de epicondilite medial, mais conhecida como 
cotovelo de golfista, por serem eles que costumam 
realizar repetitivamente esse movimento. Nos 
músculos extensores, o inverso é verdadeiro, isso é, há 
epicondilite lateral e a condição é popularmente 
chamada de cotovelo de tenista. 
 
Obs2.: Outro problema bastante comum na região é 
quando há a fibrose da aponeurose palmar, também 
conhecida como contratura de Dupuytren. Como a 
aponeurose representa o tendão do palmar longo, e ele 
traciona mais fortemente por conta da rigidez do 
tecido fibroso, no quadro, os pacientes apresentam 
dificuldade de estender os dedos. Pode ser graduada 
em três níveis. Essa fibrose pode ocorrer por uma 
lesão que a sutura não seja adequada ou pela idade. 
 
3- Camada 
→ Flexor profundo dos dedos: ​origina-se medialmente 
do corpo da ulna e se insere na base das falanges. Entra 
no túnel do carpo como o flexor anterior e se distribui 
para as falanges distais, tracionando a segunda 
articulação dos primeiros 4 dedos. 
→ Flexor longo do polegar: ​origina-se do corpo do 
rádio, membrana interóssea, processo coronóide e em 
alguns casos do epicôndilo medial do úmero. Logo se 
direciona para o lado lateral do antebraço, passa pelo 
retináculo dos flexores e se insere na falange distal do 
polegar, servindo para realizar a flexão desse dedo. 
Ajuda também na flexão e adução do I metacarpo. 
Gabriel Torres→ Uncisal→ Med52→ Anatomia Topográfica de MMSS 
 
 
4- Camada 
→ Pronador quadrado: ​é o músculo mais profundo, 
pequeno e achatado ele surge do corpo da ulna e de uma 
aponeurose que o reveste. Insere-se no corpo do rádio. 
Prona a mão. 
 
Compartimento posterior 
Superficiais 
→ Braquiorradial: ​origina-se da crista supracondilar do 
úmero. Insere-se no processo estilóide do rádio e, apesar 
de estar no compartimento dos extensores ele é um 
flexor do antebraço, já que para se inserir ele cruza o 
antebraço e consegue ser visto anteriormente. 
→ Extensor radial longo do carpo: ​está um poucoabaixo 
do braquiorradial, surge da crista supracondilar lateral 
do úmero, do septo intermuscular lateral e também do 
tendão comum dos extensores no epicôndilo lateral. 
Insere-se no segundo metacarpo lateralmente. É um 
extensor e abdutor da mão. 
→ Extensor radial curto do carpo: ​está abaixo do longo, 
sendo mais curto e espesso que ele. Surge 
principalmente do tendão comum no epicôndilo lateral. 
Insere-se no terceiro metacarpo lateralmente. Sua função 
é igual à do músculo anterior. 
→ Extensor dos dedos: ​está medialmente ao radial longo 
do carpo. Nasce principalmente pelo tendão comum, 
recebendo algumas contribuições da fáscia e dos septos 
intermusculares. Ele se insere no segundo, terceiro, 
quarto e quinto dedo, nas falanges médias e distais, 
estendendo as falanges e o pulso. 
→ Extensor do dedo mínimo: ​está medialmente ao 
extensor dos dedos e é um músculo fino cujo tendão se 
origina principalmente do tendão comum. Ele se insere 
no tendão de inserção comum para o V dedo e o estende. 
→ Extensor ulnar do carpo: ​medialmente na posição 
supina, esse músculo se origina no tendão comum dos 
extensores e se insere no V metacarpo. Sua função é a de 
extensão do punho e adução da mão. 
→ Ancôneo: ​o ancôneo é um músculo triangular que 
está no dorso do cotovelo, próximo do tríceps. 
Origina-se do epicôndilo lateral do úmero 
(separadamente dos demais) e se insere no olécrano e 
diáfise da ulna proximalmente. Ele auxilia o tríceps a 
estender o antebraço. 
 
Profundo 
→ Supinador: ​É um músculo importante enquanto 
marco, pois por ser um músculo bíceps há uma ligeiro 
hiato entre suas cabeças, onde o nervo radial se divide 
em superficial, que vai em direção à tabaqueira 
anatômica e profundo, que o penetra e inerva o 
compartimento posterior como um todo, recebendo 
nesse ponto o nome de nervo interósseo posterior. Ele se 
origina do epicôndilo do úmero e do ligamento colateral 
radial, inserindo-se na face lateral da diáfise radial. Sua 
função é de supinar a mão, sendo ajudado pelo bíceps. 
→ Abdutor longo do polegar: ​está logo abaixo do 
músculo supinador. Origina do corpo da ulna e 
caminhando lateralmente para se inserir no I metacarpo. 
Sua função é de abduzir o polegar e, um pouco, o pulso. 
→ Extensor longo do polegar: ​Fica logo abaixo do 
abdutor, se origina no ⅓ médio do corpo da ulna 
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posteriormente, e segue para se inserir na falange distal 
do polegar. Estende a falange distal e abduz a mão. 
→ Extensor curto do polegar: ​fica um pouco abaixo e 
lateral em relação ao longo, que o cobre inicialmente. 
Origina-se na face posterior do rádio e membrana 
interóssea, e se insere na falange proximal do polegar. 
Estende a falange proximal e abduz a mão. 
 
Obs.: a tabaqueira anatômica é uma fossa onde se 
pode palpar a artéria radial, sendo que ela é limitada 
pelo extensor longo e curto do polegar. Nela também 
passa o ramo superficial do nervo radial. Com a base 
sendo o retináculo dos extensores. Nesse ponto ainda 
há o nascimento da veia cefálica. 
 
→ Extensor do indicador: ​músculo medial em relação ao 
extensor longo do polegar. Surge do dorso do corpo da 
ulna e membrana interóssea e se insere no tendão 
comum de inserção do dedo indicador. Ele estende e 
aduz fracamente esse dedo. 
Topografia da Mão 
Estruturas ósseas: ​a mão é composta por 27 ossos que 
são divididos em ossos do carpo (8 ossos), metacarpo (5 
ossos) e as falanges (14 ossos). 
Carpo: ​é composto por 8 ossos divididos em uma fileira 
proximal e uma fileira distal. 
Fileira Proximal: ​de medial para lateral, temos: 
piramidal e pisiforme (apoia-se sobre ele na vista 
palmar), semilunar e escafóide. 
Fileira Distal: ​de medial para lateral, temos: Hamato, 
que possui um gancho para fixação do retináculo dos 
flexores, Capitato, Trapezóide e Trapézio. 
Metacarpos: ​estão em número de 5 ossos, sendo o 
primeiro do dedo polegar e o quinto do dedo mínimo. 
Obs.: o V metatarso é comumente fraturado em socos 
com os punhos cerrados, essa fratura é comumente 
conhecida como fratura do boxeador. 
Falanges: ​as falanges dos quirodáctilos estão em número 
de 14 sendo 3 para todos os dedos com exceção do 
polegar, que possui apenas duas. Essas falanges são 
proximais, médias e distais, sendo que no polegar só há 
proximal e distal. 
 
Articulações da Mão 
→Articulação radioulnar-cárpica: ​é uma articulação 
elipsóide que permite os movimentos de flexão e 
extensão, se dando entre o rádio e principalmente o 
semilunar. 
→ Articulações intercárpicas: ​podem se das fileiras 
proximais, distais ou entre elas e são sinoviais planas. 
→ Articulações carpo-metacárpicas: ​a do dedo polegar 
possui abdução, adução, flexão e extensão, oposição e 
circundução incompleta. As demais são planas. 
→ Articulações intermetacárpicas: ​os dedos do II ao V 
se articulam por meio de articulações cartilagíneas. 
→ Articulações metacarpofalângicas: ​são articulações 
condilares, que permitem flexão, extensão, abdução e 
adução, além de uma circundução incompleta. 
→ Articulações interfalângicas: ​são gínglimos que 
permitem flexão e extensão. sendo que as interfalângicas 
proximais são mais móveis do que as distais. 
Estruturas auxiliares: ​auxiliando a função da mão, 
existem estruturas que garantem sua funcionalidade, as 
estruturas acessórias. 
→ Retináculos: ​tanto o retináculo dos extensores quanto 
dos flexores tem por função manter a estabilidade dos 
tendões que passam por eles, evitando o que se chama de 
mão em corda de violino, quando são separados. O 
retináculo dos extensores possui 6 túneis fasciais 
enquanto que o dos flexores apenas 1, o túnel do carpo. 
Retináculo dos flexores: ​consiste de um retináculo 
contínuo com o dos extensores, esse espessamento de 
fáscias possui uma abertura, o túnel do carpo, que dá 
passagem ao nervo mediano e tendões de vários 
músculos antebraquiais, sendo que possui em sua base 
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ossos das fileiras proximal e distal do carpo: semilunar, 
escafóide, hamato e capitato. 
 
Obs.: o túnel do carpo é muito estreito de modo que 
pode haver compressão do nervo mediano quando 
esse passa por ele, condição conhecida como 
síndrome do túnel do carpo. 
→ Bainhas sinoviais: ​as bainhas sinoviais consistem de 
estruturas que revestem os tendões musculares para 
facilitar seu deslizamento e as inflamações, que podem 
ser tendinites ou tenossinovites. Outra função que a 
bainha apresenta é a de restringir a disseminação de 
infecções, pois no dedo médio, indicador e anular elas 
são isoladas. No entanto, os dedos mínimo e polegar 
possuem bainhas contínuas e que comunicam com os 
compartimentos musculares do antebraço, disseminando 
a infecção muito mais facilmente. 
 
Músculos da mão: ​inicialmente, deve-se conhecer as 
classificações dos músculos da mão conforme o local em 
que se localizam, sabendo disso, há os músculos tenares 
para o polegar, os hipotenares para o dedo mínimo e 
para os demais 3, há os centrais ou Médio palmares. A 
junção desses compartimentos musculares consiste dos 
músculos intrínsecos da mão. Esses músculos se 
originam ainda no carpo e se inserem nas falanges oumetacarpos de seus respectivos dedos. 
Tenares 
→ Abdutor curto: ​músculo que flete e abduz o polegar. 
→ Flexor curto: ​músculo que flete a metacarpofalângica 
do polegar. 
→ Oponente: ​músculo que realiza a oposição do dedo 
polegar, isso é, o põe de encontro de outro dedo, esse 
movimento complexo consiste de uma união entre 
flexão, adução e pronação. 
→ Adutor: ​possui uma parte oblíqua e uma transversa. 
Hipotenares 
→ Abdutor do mínimo: ​músculo que abduz o dedo 
mínimo. 
→ Flexor curto: ​flexiona a metacarpofalângica do dedo 
mínimo. 
→ Oponente: ​opõe o dedo mínimo com os demais. 
→ Palmar curto: ​músculo que forma pregas hipotenares. 
 
Médio palmares: ​os músculos da mão se repetem entre 
os três dedos do meio e por isso só serão ditos uma vez. 
→ Interósseos dorsais: ​4 músculos que ficam entre os 
metacarpos dos 3 dedos. Agem abduzindo-os. Pelo 
primeiro interósseo a artéria radial passa formando o 
arco palmar profundo. 
→ Interósseos palmares: ​3 músculos cuja ação flexiona 
as falanges e aduz os dedos, estando na palma da mão. 
→ Lumbricais: ​4 músculos que se inserem 
proximalmente no flexor profundo dos dedos e 
distalmente no extensor profundo dos dedos. Essa 
característica permite que eles ajam tanto na flexão 
quanto na extensão, além da propriocepção da mão. 
 
Obs.: os tendões dos extensores dos dedos são de tal 
maneira que eles se dividem em um médio que se insere 
na base da falange média e duas bandas laterais, que se 
fundem para unir na falange distal. Há 3 transtornos que 
podem por problemas nesses tendões: 
→ Dedo em martelo: ocorre por ruptura do tendão distal. 
A extensão da interfalângica distal é comprometida. 
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→ Dedo em pescoço de cisne: ocorre por afrouxamento 
das bandas laterais e ligamentos que unem os tendões 
das falanges, distais, provocando hiperextensão na 
interfalângica proximal e flexão na distal. 
→ Dedo em botoeira: ocorre por ruptura de tendão 
central, nesse caso a articulação proximal fica em flexão 
e a distal em hiperextensão, de modo que a proximal 
parece entrar entre as bandas laterais como um botão. 
 
Inervação Geral dos MMSS 
Introdução: ​existem 3 plexos nervosos no corpo 
humano, são eles: cervical, braquial e lombossacral. O 
plexo braquial recebe fibras nervosas do pescoço, da 
região do desfiladeiro torácico bem como da axila. Esse 
plexo consiste de um entrelaçamento de nervos que irão 
conferir sensibilidade e motricidade aos MMSS. O plexo 
braquial é formado geralmente por contribuição das 
raízes nervosas de C5-T1, sendo que pode receber 
contribuições de C4, sendo um plexo braquial pré-fixado 
ou então de T2, sendo pós-fixado, e mais raramente dos 
dois, sendo pré e pós-fixado. O plexo passa pelo espaço 
denominado triângulo escaleno entre os músculos 
escaleno anterior e médio, junto à artéria subclávia. 
Após isso faz relação ficando posterior à clavícula e faz 
também relação com a artéria axilar. 
Obs.: o plexo braquial, ao passar por esse estreito 
trígono que faz a transição cervical e axilar, pode sofrer 
uma compressão neurovascular que pode se dar por 
uma hipertrofia dos músculos escalenos (acessórios da 
inspiração) ou, mais comumente, pelo surgimento de 
uma costela cervical (variação) acessória que 
comprime os nervos ou a artéria, levando à cianose, 
parestesia (perda sensitiva), paresia (perda motora) de 
membro, ausência de pulso etc. 
 
Divisão Regional: ​topograficamente, o plexo braquial 
pode ser dividido em uma porção supraclavicular, uma 
no canal cérvico-axilar (desfiladeiro torácico) e uma 
axilar. O plexo braquial também pode ser dividido em 
raízes, que se fundem para formar os troncos, que se 
ramificam pelas divisões formando os fascículos que dão 
origem aos ramos terminais. Unindo as duas divisões, 
temos que a porção que faz relação com a artéria 
subclávia são as raízes e troncos, as que estão no 
desfiladeiro torácico são as divisões, e as que estão em 
relação com a artéria axilar são os fascículos e seus 
ramos terminais. 
 
O Plexo Braquial e seus ramos 
1. Raízes: as raízes são em geral de C5 a T1, 
sendo que C5 emite o nervo dorsal da escápula e 
com C6 e C7 emite o torácico longo. Ele emite 
ainda os nervos para os escalenos envolvendo 
C5-C8, o nervo frênico e o frênico acessório, 
ambos podem surgir de C5 mas são importantes 
para o plexo cervical. 
→ Nervo dorsal da escápula: ​inerva os músculos 
rombóides e o levantador da escápula. 
→ Nervo torácico longo: ​é um nervo muito importante 
para a inervação do músculo serrátil anterior, que por 
sua vez é essencial na manutenção da escápula. 
→ Nervo para os escalenos: ​inerva esses músculos e é 
mais explorado nas topografias de cabeça e pescoço. 
Obs.: a lesão do nervo torácico longo resulta numa 
condição conhecida como escápula alada, na qual a 
escápula fica retrusa. Pode ocorrer por lesões ou 
iatrogenia em cirurgias de excisão de lipomas. 
 
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2. Troncos: os troncos são superior, médio e 
inferior, formados pela união entre C5 e C6, 
continuação de C7 e união de C8-T1. O tronco 
superior emite o nervo para o subclávio e um 
para o nervo supra-escapular. 
Obs.: a lesão no tronco superior determina uma 
condição denominada de lesão de Erb Duchenne ou 
mão em gorjeta de garçom, sendo muito comum em 
partos em que haja complicação e o profissional seja 
forçado a flexionar excessivamente o pescoço, 
levando à perda dos fascículos lateral e medial e de 
toda a extensão do membro. Caso a lesão se dê no 
tronco inferior, é determinada a lesão de Klumpke, é 
uma paralisia obstétrica que se dá quando há tração 
pela mão num parto complicado. É uma mão em 
garra, pois é predominante a lesão de nervo ulnar. 
 
 
→ Nervo subclávio: ​inerva esse músculo e se ramifica 
para inervar a articulação esternoclavicular. 
→ Nervo Supraescapular: ​inerva os músculos supra e 
infraespinhal, além da articulação glenoumeral. 
Obs.: as lesões nesse nervo determinam paralisia em 
dois músculos importantes do manguito rotador, de tal 
modo que se facilita a subluxação ou luxação de ombro. 
3. Divisões: cada tronco emite um ramo anterior e 
um posterior, sendo que os posteriores todos se 
unem para formar o fascículo posterior, os dos 
troncos médio e superior se unem para formar o 
fascículo lateral e o do inferior se continua 
formando o medial. Não emite ramos. 
4. Fascículos: os fascículos emitem alguns 
pequenos ramos e logo se continuam como os 
nervos terminais. 
Obs.: a lesão do nervo axilar resulta principalmente na 
atrofia do músculo deltóide. O ombro perde o contorno 
arredondado, sendo uma causa comum a administração 
errada de medicamentos intramusculares na região da 
origem do tríceps. O paciente também sofre bastante 
dificuldade de realizar a abdução do ombro. 
5. Nervos terminais: o fascículo posterior emite o 
nervo axilar e o radial, o lateral emite a parte 
lateral do nervo mediano e o nervo 
musculocutâneo, finalmente o medial emite a 
parte medial do nervo mediano e o nervo ulnar. 
→ Nervo Axilar: ​o nervo axilar é um nervo que passa 
pela região posterior da escápula e se distribui para os 
músculos redondo menor e deltóide. 
→ Nervo Mediano: ​é um nervo que serve para inervarquase todos os músculos anteriores do antebraço (exceto 
flexor ulnar do carpo e parte do flexor profundo dos 
dedos) e vai na direção da mão, inervar principalmente o 
compartimento tenar e parte do médio palmar. 
Obs.: o nervo mediano quando lesado gera o que se 
chama de ‘’mão em benção’’, pois ao realizar flexão o 
indivíduo só consegue baixar os dois dedos mediais, 
de modo que parece estar proferindo uma benção. 
Caso se trate de uma lesão mais baixa, como 
geralmente ocorre nas tentativas de suicídio onde há 
corte dos pulsos, o indivíduo provavelmente perderá 
diversas funções do polegar, inutilizando-o. 
 
→Nervo Musculocutâneo: ​nervo cuja principal função é 
dar movimento ao compartimento anterior do bra/ço. 
→ Nervo ulnar: ​é um nervo que passa bastante 
superficial no sulco do nervo ulnar, é o dito ‘’nervo do 
choque’’, que se dá quando o cotovelo bate bruscamente 
numa superfície. Passa medialmente e inerva dois 
músculos do compartimento anterior do antebraço 
(flexor ulnar do carpo e flexor profundo dos dedos) e se 
distribui principalmente para a mão, no compartimento 
médio-palmar e completamente para o hipotenar. 
→ Nervo radial: ​o nervo radial inerva o tríceps e todos 
os músculos do compartimento dos extensores do 
antebraço, em nível da fossa cubital ele se divide em um 
ramo superficial que se dirige para inervação cutânea do 
lado radial da mão e um ramo profundo, que inerva os 
músculos do antebraço. 
Obs.: a lesão do nervo radial causa o que se chama de 
mão em gota ou mão caída. Ocorre também no caso 
de AVE, quando vem em conjunto da marcha 
ceifante. Pode ocorrer por fraturas umerais distais ou 
compressões nervosas. Caso ocorra em nível da fossa 
cubital, a mão fica em formato de cabeça de cisne. 
 
 
Gabriel Torres→ Uncisal→ Med52→ Anatomia Topográfica de MMSS

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