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APG 12 - Saquei, mas

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1 
 
 
Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
Objetivos 
1- Compreender a anatomia do ombro, braço, 
antebraço e mão; 
*biomecânica do ombro 
2- Estudar a histologia do tecido cartilaginoso; 
Cíngulo do membro superior 
↠ O cíngulo do membro superior, ou cintura escapular, 
consiste de uma clavícula na posição anterior, e uma 
escápula posteriormente. O cíngulo, ou cintura, em cada 
lado, e seus músculos associados formam os ombros 
(MARIEB, 7ª ed.). 
 
O termo cintura justifica-se pela cinta que circunda completamente o 
corpo, mas essas cinturas não satisfazem totalmente a essa descrição: 
na posição anterior, a extremidade medial de cada clavícula une-se ao 
esterno, e as extremidades laterais unem -se às escápulas. As duas 
escápulas, no entanto, não completam o anel posteriormente, porque 
suas margens mediais não se unem umas às outras ou ao esqueleto 
axial (MARIEB, 7ª ed.). Ao invés disso, as escápulas são ligadas ao tórax 
e à coluna vertebral apenas por músculos que revestem suas 
superfícies (MARIEB, 3ª ed.). 
↠ Além de unir o membro superior ao tronco, o cíngulo 
superior fornece fixação para muitos músculos que 
movem o membro. Ele é leve e permite que os membros 
superiores sejam bastante móveis. Essa mobilidade resulta 
de dois fatores: (MARIEB, 7ª ed.). 
➢ Como só a clavícula está unida ao esqueleto 
axial, a escápula pode mover-se livremente em 
torno do tórax, permitindo que o braço se 
movimente com ela. 
➢ O soquete da articulação do ombro - a cavidade 
glenoidal - é rasa e por isso não restringe o 
movimento do úmero (osso do braço). Embora 
esse arranjo seja bom para a flexibilidade, é ruim 
para a estabilidade: luxações de ombro são 
bastante comuns. 
↠ Cada um dos dois cíngulos dos membros superiores 
consiste em uma clavícula e uma escápula. A clavícula é 
o osso anterior e se articula com o manúbrio do esterno 
na articulação esternoclavicular. A escápula se articula 
com a clavícula na articulação acromioclavicular e com o 
úmero na articulação do ombro (TORTORA, 14ª ed.). 
 
CLAVÍCULA 
↠ Cada clavícula (ou colar de ossos), delgada e com 
formato da letra S, repousa horizontalmente na região 
anterior do tórax, superiormente à primeira costela 
(TORTORA, 14ª ed.). 
↠ A clavícula é subcutânea (debaixo da pele) e 
facilmente palpável ao longo de toda a sua extensão. O 
osso tem formato de S porque sua metade medial é 
convexa e sua metade lateral é côncava anteriormente. 
É mais rugosa e mais curvada nos homens (TORTORA, 
14ª ed.). 
↠ A extremidade esternal (medial) da clavícula, em 
formato de cone, articula-se com o manúbrio do esterno, 
e a extremidade acromial (lateral), achatada, articula-se 
com a escápula (MARIEB, 3ª ed.). 
APG 12 – “SAQUEI, MAS...” 
2 
 
 
Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
↠ Sua superfície superior é lisa, mas a superfície inferior 
apresenta acidentes ósseos devido à presença de 
ligamentos e músculos fixados à clavícula. O tubérculo 
conóide, por exemplo, é um ponto de ancoragem para 
um ligamento que se fixa na escápula (MARIEB, 3ª ed.). 
 
↠ A espessa linha trapezóidea e o tubérculo conoide 
fornecem fixação para um ligamento (ligamento conoide) 
que vai na direção do processo coracoide da escápula, e 
uma área áspera perto da extremidade do esterno é o 
local de inserção do ligamento costoclavicular, um 
ligamento que liga a clavícula à primeira costela (MARIEB, 
7ª ed.). 
FUNÇÕES: As clavículas executam várias funções, pois, além de 
fornecer fixação para os músculos, funcionam como braços que 
mantêm as escápulas e os braços lateralmente ao tórax. Essa função 
torna-se evidente quando a clavícula é fraturada: toda a região dos 
ombros cai medialmente. As clavículas também transmitem forças de 
compressão aplicadas aos membros superiores para o esqueleto axial, 
como quando alguém coloca ambos os braços à frente e empurra 
um carro, por exemplo (MARIEB, 7ª ed.). 
Devido às suas curvas, as fraturas anteriores (para a frente) são mais 
frequentes. Quando a clavícula é fraturada posteriormente (para trás), 
fragmentos ósseos podem danificar a artéria subclávia, a qual passa 
logo abaixo da clavícula para vascularizar o membro superior (MARIEB, 
3ª ed.). 
ESCÁPULA 
↠ Cada escápula é um osso grande, triangular e plano, 
situado na parte superior e posterior do tórax, entre os 
níveis da segunda e sétima costelas (TORTORA, 14ª ed.). 
Curiosamente, seu nome deriva de uma palavra que significa "pá", pois 
em culturas ancestrais as escápulas de animais eram utilizadas como 
pás (MARIEB, 3ª ed.). 
↠ Cada escápula tem três margens. A margem superior 
é a mais curta e mais forte. A margem medial, ou margem 
vertebral, é paralela à coluna vertebral. A margem lateral 
(ou axilar) espessa, margeia a axila e termina na posição 
superior em uma fossa rasa, a cavidade glenoidal (glenoidal 
= em forma de poço). Essa cavidade articula -se com o 
úmero, formando a articulação do ombro (MARIEB, 7ª 
ed.). 
 
↠ Como todos os triângulos, a escápula tem três cantos, 
ou ângulos: a cavidade glenoidal situa -se no ângulo lateral 
da escápula; o ângulo superior é onde as margens 
superior e medial encontram -se; e o ângulo inferior está 
na junção das margens medial e lateral. O ângulo inferior 
move-se quando o braço é levantado e abaixado e é um 
marco importante no estudo dos movimentos 
escapulares (MARIEB, 7ª ed.). 
 
↠ A face anterior ou costal da escápula é côncava e 
relativamente sem características especiais. Sua face 
posterior apresenta uma proeminente espinha que é 
3 
 
 
Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
facilmente palpada. A espinha da escápula termina 
lateralmente em uma projeção alargada triangular 
denominada acrômio ("ponta do ombro"). O acrômio 
articula-se com a extremidade acromial da clavícula, 
formando a articulação acromioclavicular (MARIEB, 3ª ed.). 
↠ A partir da margem superior da escápula projeta-se 
anteriormente o processo coracóide; corac significa "em 
forma de bico de corvo", mas este processo assemelha-
se mais a um pequeno dedo dobrado. O processo 
coracoide ajuda a fixar o músculo bíceps braquial. É 
limitado pela incisura da escápula (uma passagem para um 
nervo) medial.mente e pela cavidade glenoidal lateral 
mente (MARIEB, 3ª ed.). 
↠ Várias fossas grandes aparecem em ambas as faces 
da escápula e são denominadas de acordo com sua 
localização. As fossas infra-espinal e supra-espinal estão 
localizadas, respectivamente, abaixo e acima da espinha 
da escápula. A fossa subescapular é a concavidade rasa 
formada por toda a face anterior da escápula (MARIEB, 
3ª ed.). 
Membro superior 
↠ Trinta ossos formam o esqueleto do membro superior 
e estão agrupados em ossos do braço, do antebraço e 
da mão (MARIEB, 7ª ed.). 
LOCAIS DOS OSSOS: úmero no braço; a ulna e o rádio no antebraço; e 
os 8 ossos carpais (punho), os 5 ossos metacarpais (palma) e as 14 
falanges (ossos dos dedos) na mão (TORTORA, 14ª ed.). 
Obs.: Lembre-se que anatomicamente o "braço" é apenas a parte do 
membro superior entre o ombro e o cotovelo (MARIEB, 3ª ed.). 
ESQUELETO DO BRAÇO 
ÚMERO 
↠ O úmero, ou osso do braço, é o mais longo e maior 
osso do membro superior. Sua extremidade proximal se 
articula com a escápula e a distal com dois ossos, a ulna 
e o rádio, formando a articulação do cotovelo (TORTORA, 
14ª ed.). 
↠ Na extremidade proximal do úmero encontra-se a 
cabeça, que é lisa e tem formato hemisférico. A cabeça 
do úmero se encaixa na cavidade glenoidal da escápula, 
o que permite ao braço permanecer livre como um 
pêndulo em relação à cintura escapular (MARIEB, 3ª ed.). 
↠ Imediatamente inferior à cabeça, encontra-se uma 
leve constrição, o colo anatômico (distal à cabeça e visível 
como um sulco oblíquo que consiste, no úmero adulto, 
no local da antiga placa epifisial – de crescimento). Logo 
abaixo do colo anatômico localizam-se o tubérculomaior, 
lateralmente, e o tubérculo menor, na região mais medial; 
os dois tubérculos são separados pelo sulco 
intertubercular, também chamado de sulco bicipital. Os 
tubérculos são locais de fixação para os músculos do 
manguito rotador. O sulco intertubercular guia o tendão 
do músculo bíceps braquial até seu ponto de fixação na 
borda da cavidade glenoidal (MARIEB, 3ª ed.). 
↠ Distal aos tubérculos encontra-se o colo cirúrgico, 
assim denominado porque esta é a região do úmero onde 
as fraturas são mais frequentes. Aproximadamente na 
metade do corpo do úmero, na região lateral, está a 
tuberosidade para o músculo deltóide, uma saliência que 
é o ponto de inserção do músculo deltóide (MARIEB, 3ª 
ed.). 
 
↠ Próximo à tuberosidade, o sulco do nervo radial corre 
obliquamente em direção à região posterior do corpo do 
úmero, marcando o curso do nervo radial, um importante 
nervo do membro superior (MARIEB, 3ª ed.). 
↠ O corpo (diáfise) do úmero é praticamente cilíndrico 
em sua extremidade proximal, porém, de maneira 
gradativa, se torna triangular até ficar achatado e largo em 
sua extremidade distal (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Na extremidade distal do úmero estão dois côndilos, a 
tróclea ("polia"), medialmente, que se assemelha a uma 
ampulheta, e o capítulo, lateralmente, que tem um 
formato arredondado. Esses côndilos articulam-se com a 
ulna e o rádio, respectivamente. O par de côndilos é 
4 
 
 
Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
flanqueado pelos epicôndilos medial e lateral (locais de 
fixação muscular) (MARIEB, 3ª ed.). 
O nervo ulnar corre por trás do epicôndilo medial, sendo responsável 
pela sensação dolorosa e o formigamento sentido quando se bate o 
cotovelo (MARIEB, 3ª ed.). 
 
↠ Acima da tróclea, na superfície anterior, está a fossa 
coronóidea, enquanto que na superfície posterior 
encontra-se a fossa do olécrano, que é mais profunda. 
Essas duas depressões permitem aos processos 
correspondentes da ulna moverem-se livremente 
durante a flexão e a extensão do cotovelo. Uma pequena 
fossa radial, lateral à fossa coronóidea, recebe a cabeça 
do rádio quando o cotovelo é flexionado (MARIEB, 3ª ed.). 
ESQUELETO DO ANTEBRAÇO 
↠ Formando o esqueleto do antebraço, há dois ossos 
longos paralelos, rádio e ulna, que se articulam com o 
úmero (proximalmente) e com os ossos do carpo 
(distalmente). O rádio e a ulna também articulam -se entre 
si, tanto proximal como distalmente, nas pequenas 
articulações radiulnares. Além disso, eles estão interligados 
ao longo de todo o seu comprimento por um ligamento 
plano chamado membrana interóssea (“entre os ossos”). 
Na posição anatômica, o rádio encontra -se lateralmente 
(do lado do polegar) e a ulna, medialmente. Quando a 
palma da mão está virada posteriormente, a extremidade 
distal do rádio cruza sobre a ulna e os dois ossos formam 
uma letra X (MARIEB, 7ª ed.). 
 
ULNA 
↠ A ulna (“cotovelo”) está localizada na parte medial 
(dedo mínimo) do antebraço e é mais longa que o rádio 
(TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Sua principal função é formar a articulação do 
cotovelo juntamente com o úmero. A extremidade 
proximal da ulna é parecida com uma chave inglesa; ela 
sustenta dois processos proeminentes, o olécrano e o 
processo coronóide, os quais são separados por uma 
concavidade profunda a incisura troclear (MARIEB, 3ª ed.). 
Juntos, esses dois processos se prendem à tróclea do úmero, 
formando uma articulação em dobradiça que permite ao antebraço 
realizar os movimentos de flexão e extensão. Quando o antebraço é 
completamente estendido, o olécrano é "travado" na fossa do olécrano, 
impedindo a hiperextensão do antebraço (movimento posterior, além 
da articulação do cotovelo) (MARIEB, 3ª ed.). 
↠ O olécrano, localizado posteriormente, forma o ângulo 
do cotovelo quando o antebraço é flexionado e é a parte 
óssea que repousa sobre a mesa quando você se apóia 
sobre os cotovelos (MARIEB, 3ª ed.). A incisura troclear é 
uma grande área curva entre o olécrano e o processo 
5 
 
 
Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
coronoide que forma parte da articulação do cotovelo 
(TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Na região lateral do processo coronóide encontra-se 
uma pequena depressão, a incisura radial, onde a ulna se 
articula com a cabeça do rádio (MARIEB, 3ª ed.). 
↠ Logo abaixo do processo coronoide está a 
tuberosidade da ulna, na qual o músculo braquial se insere 
(TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Na região distal, a diáfise da ulna torna-se mais estreita 
e termina na cabeça da ulna, semelhante a uma maçaneta. 
Medialmente à cabeça encontra-se o processo estilóide 
da ulna, do qual parte um ligamento que segue para o 
punho (MARIEB, 3ª ed.). 
↠ A cabeça da ulna é separada dos ossos que formam 
a articulação do punho por um disco de fibrocartilagem; 
por isso, a ulna não contribui significativamente para os 
movimentos da mão (MARIEB, 3ª ed.). 
 
RÁDIO 
↠ O rádio é o menor osso do antebraço e está localizado 
na parte lateral (polegar) do antebraço. Em contraste com 
a ulna, o rádio é estreito na sua extremidade proximal e 
mais largo na extremidade distal (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ A cabeça do rádio é semelhante à cabeça de um 
prego. A superfície superior da cabeça do rádio é 
côncava e articula-se com o capítulo do úmero (MARIEB, 
3ª ed.). 
↠ Inferiormente à cabeça está o colo, uma área constrita. 
Uma área rugosa inferior ao colo no lado anteromedial, 
chamada de tuberosidade do rádio, é ponto de inserção 
para o tendão do músculo bíceps braquial (TORTORA, 14ª 
ed.). 
↠ Na região distal, onde o rádio é mais expandido, 
localiza-se a incisura ulnar (medial), que se articula com a 
ulna, e o processo estilóide do rádio (lateral) (local de 
fixação de ligamentos que passam para a articulação do 
punho). Entre esses dois acidentes, a superfície articular 
do rádio é côncava na região que se articula com os 
ossos carpais do punho (MARIEB, 3ª ed.). 
Obs.: Enquanto a ulna contribui de forma mais importante para a 
articulação do cotovelo, o rádio é o principal osso do antebraço que 
contribui para a articulação do punho. Quando o rádio se move, a mão 
acompanha o movimento (MARIEB, 3ª ed.). 
INTERESSANTE: Os processos estiloides do rádio e da ulna podem ser 
palpados distalmente, segurando -se o lado dorsal do antebraço 
adjacente ao carpo com o polegar e o indicador da mão oposta. Nessa 
posição, o polegar apalpa o processo estiloide do rádio e o dedo 
indicador apalpa o processo estiloide da ulna. O processo estiloide do 
rádio encontra -se cerca de 1 cm mais distalmente em relação ao 
processo estiloide da ulna (MARIEB, 7ª ed.). 
 
IMPORTANTE: A ulna e o rádio se articulam em três locais. Primeiro, um 
tecido conjuntivo fibroso largo e plano, a membrana interóssea, une 
as diáfises dos dois ossos. Essa membrana também fornece área de 
inserção para alguns músculos esqueléticos profundos do antebraço. 
A ulna e o rádio se articulam diretamente nas suas extremidades 
proximal e distal. Proximalmente, a cabeça do rádio se articula com a 
incisura radial da ulna. Essa articulação é a articulação radiulnar proximal. 
Distalmente, a cabeça da ulna se articula com a incisura ulnar do rádio. 
Essa articulação é a articulação radiulnar distal. Por fim, a extremidade 
distal do rádio se articula com três ossos do punho - o semilunar, o 
escafoide e o piramidal – para formar a articulação radiocarpal (punho) 
(TORTORA, 14ª ed.). 
ESQUELETO DA MÃO 
↠ O esqueleto da mão inclui os ossos carpais, ou pulso; 
os ossos metacarpais, ou palma; e as falanges, ou ossos 
dos dedos (MARIEB, 7ª ed.). 
6 
 
 
Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
CARPO 
Podemos dizer que um relógio de pulso é realmente utilizado no 
antebraço distal, mas de forma alguma no punho. O verdadeiro punho, 
ou carpo, é a região proximal da mão, imediatamente distal à 
articulação do pulso (MARIEB, 7ª ed.). 
↠ O carpo contém oitoossos curtos, ou carpais, 
estreitamente unidos por ligamentos. Movimentos de 
deslizamento ocorrem entre eles em duas fileiras 
irregulares de quatro ossos cada. Na fileira proximal, a 
partir da lateral (lado do polegar) para a medial, estão os 
ossos: (MARIEB, 3ª ed.) 
➢ escafoide (“em forma de barco”); 
➢ semilunar (“forma de meia-lua”); 
➢ piramidal (“triangular”); 
➢ pisiforme (“forma de ervilha”) 
 
Apenas o escafóide e o semilunar articulam-se diretamente com o 
rádio para formar a articulação do punho (MARIEB, 3ª ed.) 
↠ Os ossos carpais da fileira distal (de lateral para medial) 
são: (MARIEB, 3ª ed.) 
➢ o trapézio ("pequena mesa"); 
➢ o trapezóide ("quatro lados"); 
➢ o capitato ("forma de cabeça"); 
➢ o hamato ("gancho"). 
O capitato é o maior osso carpal; sua projeção arredondada, a cabeça, 
se articula com o semilunar. O hamato recebe essa nomenclatura por 
conta de uma grande projeção em forma de gancho em sua face 
anterior (TORTORA, 14ª ed.). 
Em cerca de 70% das fraturas carpais, apenas o escafoide sofre a 
fratura. Isso porque a força da queda sobre a mão superestendida é 
transmitida do capitato pelo escafoide para o rádio (TORTORA, 14ª ed.). 
O espaço côncavo anterior formado pelo pisiforme e hamato (no lado 
ulnar) e escafoide e trapézio (no lado radial), com a cobertura superior 
do retináculo dos músculos flexores (fortes feixes fibrosos de tecido 
conjuntivo), consiste no túnel do carpo. Os longos tendões dos flexores 
dos dedos e do polegar, além do nervo mediano, passam pelo túnel 
do carpo. O estreitamento desse túnel, em decorrência de fatores 
como inflamação, pode dar origem a uma condição chamada de 
síndrome do túnel do carpo (TORTORA, 14ª ed.). 
METACARPO 
↠ Cinco ossos metacarpais irradiam-se distalmente a 
partir do carpo para formar o metacarpo, ou palma/dorso 
da mão (meta = além de). Esses pequenos ossos 
alongados não são nomeados individualmente; são 
numerados de I a V, a partir do dedo polegar para o dedo 
mínimo (MARIEB, 7ª ed.) 
↠ As bases dos metacarpais articulam-se com os ossos 
da fileira distal do carpo proximalmente e umas com as 
outras nos seus lados medial e lateral. Distalmente, as 
cabeças bulbosas dos metacarpais articulam -se com as 
falanges proximais dos dedos para formar as articulações 
metacarpofalângicas (MARIEB, 7ª ed.) 
O metacarpal I, associado ao polegar, é o mais curto e o que tem mais 
movimento articular (MARIEB, 7ª ed.) 
FALANGES 
↠ As falanges, ou ossos dos dedos, formam a parte distal 
da mão. Há 14 falanges nos cinco dedos de cada mão e, 
assim como os metacarpais, os dedos são numerados de 
I a V, começando do polegar, no sentido de lateral para 
medial. Um único osso de um dedo é chamado falange 
(TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Cada falange consiste em uma base proximal, uma 
diáfise intermediária e uma cabeça distal. O polegar possui 
duas falanges chamadas de falange proximal e falange 
distal. Os outros 4 dedos apresentam três falanges, 
chamadas falange proximal, média e distal (TORTORA, 14ª 
ed.). 
↠ Em ordem a partir do polegar, esses outros 4 dedos 
são comumente chamados dedo indicador, dedo médio, 
dedo anular e dedo mínimo. As falanges proximais de 
todos os dedos se articulam com os ossos metacarpais 
(TORTORA, 14ª ed.). 
As articulações entre as falanges são chamadas articulações 
interfalângicas (TORTORA, 14ª ed.). 
7 
 
 
Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
Articulação 
ARTICULAÇÃO DO OMBRO 
↠ A articulação do ombro é uma articulação esferóidea, 
formada pela cabeça do úmero e pela cavidade glenoidal 
da escápula. Na prática clínica é chamada de articulação 
glenoumeral (TORTORA, 14ª ed.). 
COMPONENTES ANATÔMICOS 
➢ Cápsula articular: Saco fino e frouxo (qualidades 
que contribuem para a liberdade de movimento 
da articulação) que envolve de maneira 
completa a articulação e se estende da cavidade 
glenoidal até o colo anatômico do úmero. A 
parte inferior da cápsula é sua área mais fraca 
(TORTORA, 14ª ed.). 
➢ Ligamento coracoumeral: Ligamento largo e 
forte que reforça a parte superior da cápsula 
articular e se estende do processo coracoide da 
escápula até o tubérculo maior do úmero. O 
ligamento reforça as partes superior e anterior 
da cápsula articular (TORTORA, 14ª ed.). Ajuda a 
sustentar o peso do membro superior (MARIEB, 
3ª ed.). 
➢ Ligamentos glenoumerais: Três espessamentos 
da cápsula articular sobre a face anterior da 
articulação que se estendem da cavidade 
glenoidal até o tubérculo menor e o colo 
anatômico do úmero. Esses ligamentos são 
muitas vezes indistintos ou ausentes e conferem 
apenas um reforço mínimo. Eles desempenham 
função na estabilização articular quando o úmero 
se aproxima ou excede seus limites de 
movimento (TORTORA, 14ª ed.). 
➢ Ligamento transverso do úmero: Lâmina 
estreita que se estende entre os tubérculos 
maior e menor do úmero. O ligamento atua 
como um retináculo (faixa de retenção de 
tecido conjuntivo) para segurar o tendão da 
cabeça longa do músculo bíceps braquial 
(TORTORA, 14ª ed.). 
➢ Lábio glenoidal: Margem estreita de 
fibrocartilagem em torno da circunferência 
externa da cavidade glenoidal, que aprofunda 
discretamente e aumenta discretamente esta 
cavidade (TORTORA, 14ª ed.). 
➢ Bolsas: Quatro bolsas estão associadas à 
articulação do ombro. São elas as bolsas 
subtendínea do m. subescapular, subdeltóidea, 
subacromial e subcoracóidea (TORTORA, 14ª 
ed.). 
 
 
Obs.: Tendões musculares que cruzam a articulação do ombro 
contribuem de forma mais significante para a sua estabilidade. Um 
estabilizador importante é o tendão da cabeça longa do músculo 
bíceps braquial. Este tendão liga-se à margem superior do lábio 
glenoidal, atravessa a cavidade articular e, então, passa dentro do sulco 
intertubercular do úmero. Ele segura a cabeça do úmero contra a 
cavidade glenoidal. Quatro outros tendões (e os músculos associados) 
formam o manguito rotador. Esse manguito envolve a articulação do 
ombro e mescla-se com a cápsula articular (MARIEB, 3ª ed.). 
MOVIMENTOS DO OMBRO 
↠ A articulação do ombro possibilita flexão, extensão, 
hiperextensão, abdução, adução, rotação medial, rotação 
lateral e circundução do braço (TORTORA, 14ª ed.). 
8 
 
 
Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
 
 
 
A articulação do ombro apresenta mais liberdade de movimento do 
que qualquer outra articulação do corpo. Essa liberdade resulta da 
frouxidão da cápsula articular e da pouca profundidade da cavidade 
glenoidal em relação ao grande tamanho da cabeça do úmero 
(TORTORA, 14ª ed.). 
Embora os ligamentos da articulação do ombro reforcem-na até certo 
ponto, grande parte da estabilidade da articulação vem dos músculos 
que circundam a articulação, especialmente os músculos do manguito 
rotador. Esses músculos (supraespinal, infraespinal, redondo menor e 
subescapular) ancoram o úmero na escápula. Os tendões dos músculos 
do manguito rotador envolvem a articulação (exceto a porção inferior) 
e circundam intimamente a cápsula articular. Os músculos do manguito 
rotador atuam como um grupo que mantém a cabeça do úmero na 
cavidade glenoidal (TORTORA, 14ª ed.). 
ARTICULAÇÃO DO COTOVELO 
↠ A articulação do cotovelo é uma diartrose cilíndrica 
que permite apenas extensão e flexão (MARIEB, 7ª ed.). 
↠ A articulação do cotovelo é um gínglimo formado pela 
tróclea e capítulo do úmero, incisura troclear da ulna e 
cabeça do rádio (TORTORA, 14ª ed.). 
COMPONENTES ANATÔMICOS 
➢ Cápsula articular: A parte anterior da cápsula 
articular cobre a região anterior da articulação 
do cotovelo, a partir das fossas radial e coronoide 
do úmero até o processo coronoide da ulna e o 
ligamento anular do rádio. A parte posterior se 
estende do capítulo, da fossa do olécrano e do 
epicôndilo lateral do úmero até o ligamento 
anular do rádio, o olécrano da ulna e a parte 
posterior da incisura radial (TORTORA, 14ª ed.). 
➢ Ligamentocolateral ulnar: Ligamento espesso e 
triangular que se estende do epicôndilo medial 
do úmero até o processo coronoide e o 
olécrano da ulna. Parte desse ligamento 
aprofunda o encaixe para a tróclea do úmero 
(TORTORA, 14ª ed.). 
➢ Ligamento colateral radial: Ligamento forte e 
triangular que se estende do epicôndilo lateral do 
úmero até o ligamento anular do rádio e a 
incisura radial da ulna (TORTORA, 14ª ed.). 
➢ Ligamento anular do rádio: Forte faixa que 
circunda a cabeça do rádio, mantendo-a na 
incisura radial da ulna (TORTORA, 14ª ed.). 
9 
 
 
Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
 
Anteriormente e posteriormente, a cápsula articular é fina, permitindo 
substancial liberdade de movimento para flexão e extensão do 
cotovelo. Entretanto, movimentos laterais são restringidos por dois 
fortes ligamentos capsulares (MARIEB, 3ª ed.). 
Adicionalmente, tendões de vários músculos do braço, como o bíceps 
e o tríceps, cruzam a articulação do cotovelo e dão mais segurança 
(MARIEB, 3ª ed.). 
 
ARTICULAÇÕES ENTRE O RÁDIO E A ULNA 
↠ A ulna e o rádio se articulam diretamente nas suas 
extremidades proximal e distal. Proximalmente, a cabeça 
do rádio se articula com a incisura radial da ulna. Essa 
articulação é a articulação radiulnar proximal. Distalmente, 
a cabeça da ulna se articula com a incisura ulnar do rádio. 
Essa articulação é a articulação radiulnar distal. Por fim, a 
extremidade distal do rádio se articula com três ossos do 
punho - o semilunar, o escafoide e o piramidal – para 
formar a articulação radiocarpal (punho) (TORTORA, 14ª 
ed.). 
 
ARTICULAÇÃO DO CARPO 
↠ O carpo tem duas superfícies articulares importantes: 
a articulação radiocarpal e as articulações intercarpais das 
quais faz parte a articulação mediocarpal (MARIEB, 7ª ed.). 
↠ A articulação radiocarpal é a articulação entre o rádio 
e os carpais proximais, escafoide e semilunar. Essa é uma 
articulação elipsóidea, que permite movimentos de flexão, 
extensão, adução, abdução e circundução (MARIEB, 7ª 
ed.). 
↠ As articulações intercarpais estão localizadas por entre 
os ossos proximais e distais dos carpos. O deslizamento 
ocorre nessa articulação à medida que os ossos carpais 
adjacentes deslizam entre si (MARIEB, 7ª ed.). 
 
↠ O carpo é estabilizado por vários ligamentos. Quatro 
ligamentos principais que se estendem dos ossos do 
antebraço até os ossos carpais reforçam essa articulação: 
10 
 
 
Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
 o ligamento radiocarpal palmar anteriormente, o 
ligamento radiocarpal dorsal posteriormente, o ligamento 
colateral radial do carpo lateralmente e o ligamento 
colateral ulnar do carpo medialmente. Há múltiplos 
ligamentos menores estendendo-se entre os ossos 
carpais que os conectam entre si e aos ossos metacarpais 
(MARIEB, 7ª ed.). 
 
 
 
 
Músculos 
O tecido conjuntivo denso divide os músculos dos membros em 
compartimentos anatômicos. Esses com partimentos fasciais agrupam 
os músculos com origem e função similares no desenvolvimento. 
Desta forma, os músculos situados no mesmo compartimento 
possuem ações semelhantes e, frequentemente, atuam 
sinergicamente para produzir um determinado movimento. Músculos 
em compartimentos opostos atuam como pares agonista/antagonista. 
Na maioria dos casos, cada compartimento é suprido por um único 
nervo (MARIEB, 7ª ed.). 
O membro superior possui dois compartimentos: anterior e posterior. 
Os músculos do compartimento anterior do braço flexionam o braço 
no ombro ou flexionam o antebraço no cotovelo, e, são inervados 
pelo nervo musculocutâneo. Os músculos do compartimento anterior 
do antebraço são flexores ou pronadores para a mão e/ou para os 
dedos, e inervados pelo nervo mediano ou pelo nervo ulnar (MARIEB, 
7ª ed.). 
Os músculos dos compartimentos posteriores do braço e do 
antebraço estendem o cotovelo, o carpo e os dedos, respectivamente. 
Esses músculos, além do supinador e do braquiorradial são todos 
inervados pelos ramos do nervo radial. Em termos funcionais, o 
supinador promove a rotação lateral do antebraço, e o braquiorradial, 
que cruza a face anterior do cotovelo, age como um flexor do 
antebraço (MARIEB, 7ª ed.). 
MÚSCULOS DO TÓRAX QUE MOVIMENTAM O CÍNGULO DO 
MEMBRO SUPERIOR 
A principal ação dos músculos que movimentam o cíngulo do membro 
superior (clavícula e escápula) é estabilizar a escápula de forma que 
possa atuar como uma origem fixa para a maioria dos músculos que 
movimentam o úmero. Uma vez que os movimentos escapulares 
normalmente acompanham os movimentos umerais na mesma 
direção, os músculos também movimentam a escápula para aumentar 
a amplitude de movimento do úmero. Por exemplo, não seria possível 
elevar o braço acima da cabeça se a escápula não se movesse com 
o úmero. Durante a abdução, a escápula acompanha o úmero rodando 
para cima (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Os músculos que movimentam o cíngulo do membro 
superior podem ser classificados em dois grupos com 
base na sua localização no tórax: músculos torácicos 
anteriores e posteriores (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Os músculos torácicos anteriores compreendem o 
subclávio, o peitoral menor e o serrátil anterior 
(TORTORA, 14ª ed.). 
➢ O músculo subclávio é pequeno e cilíndrico, 
localizado sob a clavícula e que se estende desta 
até a primeira costela. Ele estabiliza a clavícula 
durante os movimentos do cíngulo do membro 
superior (TORTORA, 14ª ed.). 
➢ O músculo peitoral menor é delgado, plano e 
triangular, localizado profundamente ao músculo 
peitoral maior. Além da sua função nos 
11 
 
 
Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
movimentos da escápula, o músculo peitoral 
menor ajuda na expiração forçada (TORTORA, 
14ª ed.). 
➢ O músculo serrátil anterior é grande e plano, 
localizado entre as costelas e a escápula; é assim 
chamado por conta do aspecto serrilhado da sua 
origem nas costelas (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Os músculos torácicos posteriores são o trapézio, o 
levantador da escápula, o romboide maior e o romboide 
menor (TORTORA, 14ª ed.). 
➢ O músculo trapézio é grande, plano e triangular 
e se estende do crânio e coluna vertebral 
medialmente até o cíngulo do membro superior 
lateralmente. É o músculo posterior mais 
superficial que recobre a região cervical 
posterior e a porção superior do tronco. Os dois 
músculos trapézio formam um trapezoide, daí 
sua nomenclatura (TORTORA, 14ª ed.). 
➢ O músculo levantador da escápula é alongado e 
estreito encontrado na parte posterior do 
pescoço. É profundo em relação aos músculos 
esternocleidomastóideo e trapézio. Como seu 
próprio nome sugere, uma de suas ações é 
levantar a escápula (TORTORA, 14ª ed.). 
➢ Os músculos romboide maior e romboide 
menor estão localizados profundamente em 
relação ao músculo trapézio e nem sempre é 
possível diferenciá-los; parecem bandas paralelas 
que passam inferior e lateralmente das vértebras 
à escápula (TORTORA, 14ª ed.). 
Suas nomenclaturas se baseiam na sua forma – isto é, um romboide 
(um paralelogramo oblíquo). O músculo romboide maior é cerca de 2 
vezes mais largo que o músculo romboide menor. Os dois músculos 
são usados quando abaixamos com força os membros superiores 
elevados, como ao bater em uma estaca com uma marreta 
(TORTORA, 14ª ed.). 
MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO 
MÚSCULOS TORÁCICOS ANTERIORES 
SUBCLÁVIO Costela I Clavícula 
PEITORAL MENOR Costelas II a V, III a 
V ou II a IV 
Processo coracoide 
da escápula 
SERRÁTIL ANTERIOR Costelas I a VIII ou I 
a IX 
Margem vertebral 
e ângulo inferior da 
escápula 
MÚSCULOS TORÁCICOS ANTERIORES 
TRAPÉZIO Linha nucal 
superior do 
occipital, ligamento 
nucal e processos 
espinhosos de C VII 
a T XII 
Clavícula, acrômio e 
espinha da escápula 
LEVANTADOR DA 
ESCÁPULA 
Processos 
transversos de C I 
a C IV 
Margem vertebral 
superior da 
escápula 
ROMBOIDE MAIOR Processos 
espinhosos de T II 
a T V 
Margem vertebralda escápula inferior 
à espinha 
ROMBOIDE MENOR Processos 
espinhosos de C VII 
a T I 
Margem vertebral 
da escápula 
superior à espinha 
 
MOVIMENTOS DA ESCÁPULA (TORTORA, 14ª ed.). 
➢ Elevação: movimento superior da escápula, como ao 
encolher os ombros ou levantar um peso acima da cabeça 
➢ Abaixamento: movimento inferior da escápula como ao 
tracionar para baixo uma corda presa a uma roldana 
➢ Abdução (protração): movimento da escápula lateral e 
anteriormente, como ao realizar o exercício de flexão de 
braço ou efetuar um soco 
➢ Adução (retração): movimento da escápula medial e 
posteriormente, como ao remar 
➢ Rotação para cima: movimento lateral do ângulo inferior da 
escápula de forma que a cavidade glenoidal é levada para 
cima. Esse movimento é necessário para movimentar o 
úmero além da horizontal, como na elevação dos braços 
no polichinelo 
➢ Rotação para baixo: movimento medial do ângulo inferior 
da escápula de forma que a cavidade glenoidal é 
movimentada para baixo. Esse movimento é observado 
quando um ginasta nas barras paralelas suporta o peso do 
corpo nas mãos. 
MÚSCULOS DO TÓRAX E DO OMBRO QUE MOVIMENTAM O 
ÚMERO 
↠ Dos nove músculos que cruzam a articulação do 
ombro, todos, exceto os músculos peitoral maior e 
latíssimo do dorso, se originam na escápula. Por isso, os 
músculos peitoral maior e o latíssimo do dorso são 
12 
 
 
Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
chamados de músculos axiais, pois se originam no 
esqueleto axial (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Os outros 7 músculos, os músculos escapulares, se 
originam na escápula. Dos dois músculos axiais que 
movimentam o úmero: (TORTORA, 14ª ed.). 
➢ O músculo peitoral maior é grande, espesso e 
em forma de leque, recobrindo a parte superior 
do tórax e forma a dobra anterior do tórax. Esse 
músculo apresenta duas origens: uma cabeça 
clavicular menor e uma cabeça esternocostal 
maior 
➢ O músculo latíssimo do dorso é largo e triangular, 
localizado na parte inferior do dorso, que forma 
a maior parte da parede posterior da axila. A 
ação muscular reversa (AMR) do músculo 
latíssimo do dorso possibilita que a coluna 
vertebral e o tronco sejam elevados, como nos 
exercícios na barra. É comumente chamado de 
“músculo do nadador” porque suas muitas ações 
são usadas na natação; consequentemente, 
muitos nadadores apresentam esses músculos 
bem desenvolvidos. 
↠ Entre os músculos escapulares: (TORTORA, 14ª ed.). 
➢ O deltoide é espesso e forte, recobrindo a 
articulação do ombro e formando o contorno 
arredondado do ombro. Esse músculo é local 
frequente de injeções intramusculares. Os 
fascículos do músculo deltoide se originam de 3 
pontos diferentes e cada grupo de fascículos 
movimenta o úmero de maneira diferente 
➢ O músculo subescapular é grande e triangular, 
preenchendo a fossa subescapular da escápula 
e formando uma pequena parte do ápice da 
parede posterior da axila. 
➢ O músculo supraespinal, que é arredondado e 
recebeu sua denominação por conta de sua 
localização na fossa supraespinal da escápula, 
está localizado profundamente em relação ao 
músculo trapézio. 
➢ O músculo infraespinal é triangular e também 
recebeu sua denominação por conta de sua 
localização na fossa infraespinal da escápula. 
➢ O músculo redondo maior é plano e espesso, 
localizado abaixo do músculo redondo menor 
que também ajuda a formar parte da parede 
posterior da axila. 
➢ O músculo redondo menor é alongado e 
cilíndrico, muitas vezes inseparável do músculo 
infraespinal, o qual repousa ao longo da sua 
margem superior. 
➢ O músculo coracobraquial é alongado e estreito 
e está localizado no braço. 
 
A porção média do volumoso músculo deltóide do ombro é o motor 
primário da abdução do braço. Os principais adutores são o peitoral 
maior anteriormente e o Iatíssimo do dorso posteriormente (MARIEB, 
3ª ed.). 
MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO 
MÚSCULOS AXIAIS QUE MOVIMENTAM O ÚMERO 
PEITORAL MAIOR Clavícula (cabeça 
clavicular), esterno 
e cartilagem costais 
das costelas II a VI 
Tubérculo maior e 
lábio lateral do 
sulco 
intertubercular do 
úmero 
LATÍSSIMO DO DORSO Processos 
espinhosos de T VII 
a L V, vértebras 
lombares, cristas do 
sacro e ílio, costelas 
IX a XII via fáscia 
toracolombar 
Sulco 
intertubercular do 
úmero 
MÚSCULOS ESCAPULARES QUE MOVIMENTAM O ÚMERO 
DELTOIDE Extremidade 
acromial da 
clavícula, acrômio 
da escápula e 
espinha da 
escápula. 
Tuberosidade do 
músculo deltoide 
do úmero 
SUBESCAPULAR Fossa subescapular 
da escápula 
Tubérculo menor 
do úmero 
Supraespinal Fossa supraespinhal 
da escápula 
Tubérculo maior 
do úmero 
Infraespinal Fossa infraespinal 
da escápula 
Tubérculo maior 
do úmero 
Redondo maior Ângulo inferior da 
escápula 
Lábio medial do 
sulco 
intertubercular do 
úmero 
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Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
Redondo menor Margem lateral 
inferior da escápula 
Tubérculo maior 
do úmero 
CORACOBRAQUIAL Processo coracoida 
da escápula 
Meio da face 
medial da diáfase 
do úmero 
 
IMPORTANTE: Quatro músculos profundos do ombro – subescapular, 
supraespinal, infraespinal e redondo menor – fortalecem e estabilizam 
a articulação do ombro. Esses músculos unem a escápula ao úmero. 
Seus tendões achatados se fundem para formar o manguito rotador 
(musculotendíneo), um círculo quase completo de tendões em torno 
da articulação do ombro, como o punho de uma camisa de manga 
comprida. O músculo supraespinal está especialmente sujeito ao 
desgaste devido à sua localização entre a cabeça do úmero e o 
acrômio da escápula, o que faz com que seu tendão seja comprimido 
durante os movimentos do ombro, sobretudo abdução do braço. Esse 
problema é ainda mais agravado pela má postura, com ombros 
curvados e caídos para frente (TORTORA, 14ª ed.). 
 
MÚSCULOS DO BRAÇO QUE MOVIMENTAM O RÁDIO E A ULNA 
↠ A maioria dos músculos que movimenta o rádio e a 
ulna promove a flexão e a extensão do cotovelo, a qual 
consiste em uma articulação em dobradiça. Os músculos 
bíceps braquial, o braquial e o braquiorradial são flexores. 
Os músculos extensores são os músculos tríceps braquial 
e ancôneo (TORTORA, 14ª ed.). 
➢ O músculo bíceps braquial é grande e está 
localizado na face anterior do braço. Como indica 
seu nome, possui duas cabeças (longa e curta), 
ambas na escápula. O músculo se estende pela 
articulação do ombro e do cotovelo. Além da 
sua função na flexão do antebraço na 
articulação do cotovelo, também faz supinação 
do antebraço nas articulações radiulnares e 
flexiona o braço na articulação do ombro 
(TORTORA, 14ª ed.). 
➢ O músculo braquial é profundo ao músculo 
bíceps braquial. É o flexor mais vigoroso do 
antebraço na articulação do cotovelo. Por isso é 
o “burro de carga” dos flexores do cotovelo 
(TORTORA, 14ª ed.). 
➢ O músculo braquiorradial flexiona o antebraço na 
articulação do cotovelo, especialmente quando 
há necessidade de um movimento rápido ou 
quando algum peso é levantado lentamente 
durante a flexão do antebraço (TORTORA, 14ª 
ed.). 
➢ O músculo tríceps braquial é grande e está 
localizado na face posterior do braço. É o mais 
poderoso dos extensores do antebraço na 
articulação do cotovelo. Como quer dizer sua 
nomenclatura, apresenta três cabeças de 
origem, uma da escápula (cabeça longa) e duas 
do úmero (cabeças lateral e medial). A cabeça 
longa cruza a articulação do ombro; as outras 
cabeças não antebraço (TORTORA, 14ª ed.). 
➢ O músculo ancôneo é pequeno e está localizado 
na parte lateral da face posterior do cotovelo 
que ajuda o músculo tríceps braquial na 
extensão do antebraço na articulação do 
cotovelo (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Alguns músculos que movimentam o rádio e a ulna 
estão envolvidos na pronação e na supinação nas 
articulações radiulnares (TORTORA, 14ª ed.). 
➢ Os pronadores, como os próprios nomes 
sugerem, são os músculos pronador redondo e 
pronador quadrado(TORTORA, 14ª ed.). 
➢ O supinador do antebraço é apropriadamente 
chamado de músculo supinador. A ação vigorosa 
do músculo supinador é usada quando torcemos 
um saca-rolha ou apertamos um parafuso com 
uma chave de fenda (TORTORA, 14ª ed.). 
No braço, os músculos bíceps braquial, braquial e coracobraquial 
compõem o compartimento anterior (flexor). O músculo tríceps 
braquial forma o compartimento posterior (extensor) (TORTORA, 14ª 
ed.). 
 
14 
 
 
Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
 
MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO 
FLEXORES DO ANTEBRAÇO 
BÍCEPS BRAQUIAL A cabeça longa se 
origina do tubérculo 
acima da cavidade 
glenoidal da 
escápula A cabeça 
curta se origina do 
processo coracoide 
da escápula 
Tuberosidade radial 
do rádio e 
aponeurosa bicipital 
BRAQUIAL Faces anterior e 
distal do úmero 
Tuberosidade ulnar 
e processo 
coronoide da ulna 
BRAQUIORRADIAL Margem lateral da 
extremidade distal 
do úmero 
Superior ao 
processo estiloide 
do rádio 
EXTENSORES DO ANTEBRAÇO 
TRÍCEPS BRAQUIAL A cabeça longa se 
origina do tubérculo 
infraglenoidal, uma 
projeção inferior à 
cavidade glenoidal 
da escápula. 
A cabeça lateral se 
origina da 
face posterior e 
lateral do 
úmero 
A cabeça medial se 
origina 
de toda a face 
posterior do 
úmero, 
inferiormente ao 
sulco para o nervo 
radial 
Olécrano da ulna 
ANCÔNEO Epicôndilo lateral do 
úmero 
Olécrano e porção 
superior 
da diáfase da ulna 
PRONADORES DO ANTEBRAÇO 
PRONADOR REDONDO Epicôndilo medial 
do úmero 
e processo 
coronoide da ulna 
Face mediolateral 
do rádio 
PRONADOR 
QUADRADO 
Porção distal da 
diáfise da 
ulna 
Porção distal da 
diáfise do 
rádio 
SUPINADOR DO ANTEBRAÇO 
SUPINADOR Epicôndilo lateral do 
úmero 
e crista perto da 
incisura 
radial da ulna (crista 
do 
músculo supinador) 
Face lateral do 1/3 
proximal 
do rádio 
 
MÚSCULOS DO ANTEBRAÇO QUE MOVIMENTAM O PUNHO, A 
MÃO, O POLEGAR E OS DEDOS 
↠ Os músculos do antebraço que movimentam o punho, 
a mão e os dedos são muitos e variados. Esses músculos 
que integram esse grupo que atua nos dedos são 
conhecidos como músculos extrínsecos da mão, pois se 
originam fora da mão e se inserem nela (TORTORA, 14ª 
ed.). 
↠ Com base na localização e na função, os músculos do 
antebraço são divididos em dois grupos: músculos do 
compartimento anterior e músculos do compartimento 
posterior (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Os músculos do compartimento anterior (flexor) do 
antebraço se originam no úmero e, em geral, se inserem 
nos ossos carpais, nos ossos metacarpais e nas falanges; 
atuam principalmente como flexores. Os ventres desses 
músculos formam a massa do antebraço (TORTORA, 14ª 
ed.). 
Um dos músculos no compartimento anterior superficial, o músculo 
palmar longo, não existe em cerca de 10% dos indivíduos (na maioria 
das vezes no antebraço esquerdo) e é usado com frequência para 
reparo de tendão (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Os músculos do compartimento posterior (extensor) 
do antebraço se originam no úmero, se inserem nos 
ossos metacarpais e nas falanges e funcionam como 
extensores (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Em cada compartimento, os músculos estão 
agrupados em superficiais ou profundos (TORTORA, 14ª 
ed.). 
↠ Os músculos do compartimento anterior superficial 
estão organizados na seguinte ordem, de lateral para 
medial: flexor radial do carpo, palmar longo e flexor ulnar 
do carpo (o nervo e a artéria ulnares estão 
imediatamente laterais ao tendão desse músculo no 
punho). O músculo flexor superficial dos dedos é profundo 
15 
 
 
Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
aos outros três músculos e é o maior músculo superficial 
no antebraço (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Os músculos do compartimento anterior profundo 
estão organizados na seguinte ordem, de lateral para 
medial: flexor longo do polegar (o único flexor da falange 
distal do polegar) e flexor profundo dos dedos (que 
termina em quatro tendões que se inserem nas falanges 
distais dos dedos) (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Os músculos do compartimento posterior superficial 
estão organizados na seguinte ordem, de lateral para 
medial: extensor radial longo do carpo, extensor radial 
curto do carpo, extensor dos dedos (ocupa a maior parte 
da face posterior do antebraço e se divide em quatro 
tendões que se inserem nas falanges média e distal dos 
dedos), extensor do dedo mínimo (um músculo delgado 
que normalmente está conectado com o extensor dos 
dedos) e extensor ulnar do carpo (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Os músculos do compartimento posterior profundo 
estão organizados na seguinte ordem, de lateral para 
medial: abdutor longo do polegar, extensor curto do 
polegar, extensor longo do polegar e extensor do 
indicador (TORTORA, 14ª ed.). 
 
Os tendões dos músculos do antebraço que se fixam ao punho ou 
continuam pela mão, juntamente com nervos e vasos sanguíneos, são 
mantidos próximos aos ossos por fortes fáscias. Os tendões também 
são rodeados por bainhas tendíneas. No punho, a fáscia profunda é 
espessada em bandas fibrosas chamadas retináculos. O retináculo dos 
músculos flexores está localizado sobre a face palmar dos ossos 
carpais. Os tendões flexores longos dos dedos e do punho e o nervo 
mediano passam profundamente ao retináculo dos músculos flexores. 
O retináculo dos músculos extensores está localizado sobre a face 
dorsal dos ossos carpais. Os tendões extensores do punho e dos dedos 
passam profundamente a ele (TORTORA, 14ª ed.). 
 
Obs.: Eles produzem os movimentos vigorosos, porém grosseiros, dos 
dedos (TORTORA, 14ª ed.). 
MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO 
COMPARTIMENTO ANTERIOR SUPERFICIAL DO ANTEBRAÇO 
FLEXOR RADIAL DO 
CARPO 
Epicôndilo medial 
do úmero 
Ossos metacarpais 
II e III 
PALMAR LONGO Epicôndilo medial 
do úmero 
Retináculo dos 
músculos 
flexores e 
aponeurose palmar 
(fáscia no centro 
da palma) 
FLEXOR ULNAR DO 
CARPO 
Epicôndilo medial 
do úmero 
e margem 
posterossuperior 
da ulna 
Pisiforme, hamato e 
base do 
osso metacarpal V 
FLEXOR SUPERFICIAL 
DOS DEDOS 
Epicôndilo medial 
do úmero, 
processo coronoide 
da ulna e 
crista ao longo da 
margem 
lateral ou face 
anterior (linha 
Falange média de 
cada 
dedo* 
16 
 
 
Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
oblíqua anterior) do 
rádio 
COMPARTIMENTO ANTERIOR PROFUNDO DO ANTEBRAÇO 
FLEXOR LONGO DO 
POLEGAR 
Face anterior do 
rádio e 
membrana 
interóssea 
(lâmina de tecido 
fibroso 
que mantém juntas 
as diáfises da ulna e 
do rádio) 
Base da falange 
distal do 
polegar 
FLEXOR PROFUNDO 
DOS DEDOS 
Face medial 
anterior do 
corpo da ulna 
Base da falange 
distal de 
cada dedo 
COMPARTIMENTO POSTERIOR SUPERFICIAL DO ANTEBRAÇO 
EXTENSOR RADIAL 
LONGO DO CARPO 
Crista supracondilar 
lateral 
do úmero 
Osso metacarpal II 
EXTENSOR RADIAL 
CURTO DO CARPO 
Epicôndilo lateral do 
úmero 
Osso metacarpal III 
EXTENSOR DOS 
DEDOS 
Epicôndilo lateral do 
úmero 
Falanges distais e 
médias de 
cada dedo 
EXTENSOR DO DEDO 
MÍNIMO 
Epicôndilo lateral do 
úmero 
Tendão do M. 
extensor do 
dedo na falange do 
dedo 
mínimo 
EXTENSOR ULNAR DO 
CARPO 
Epicôndilo lateral do 
úmero 
e margem 
posterior da ulna 
Osso metacarpal V 
COMPARTIMENTO POSTERIOR PROFUNDO DO ANTEBRAÇO 
ABDUTOR LONGO DO 
POLEGAR 
Face posterior do 
meio do 
rádio e ulna e 
membrana 
interóssea 
Osso metacarpal I 
EXTENSOR CURTO DO 
POLEGAR 
Face posterior do 
meio do 
rádio e ulna e 
membrana 
interóssea 
Base da falange 
proximal do 
polegar 
EXTENSOR LONGO DO 
POLEGAR 
Face posterior do 
meio da 
ulna e membrana 
interóssea 
Base da falange 
distal do 
polegar 
EXTENSOR DO 
INDICADOR 
Face posterior da 
ulna e 
membrana 
interóssea 
Tendão do 
extensor do dedo 
indicador 
 
MÚSCULOS DA PALMA DA MÃO QUE MOVIMENTAM OS DEDOS 
– MÚSCULOS INTRÍNSECOS DA MÃO 
↠ Os músculos intrínsecos da mão produzem 
movimentos fracos, porém complexos e precisos, dos 
dedos que caracterizam amão humana. Os músculos 
deste grupo são assim nomeados por conta de suas 
origens e inserções na mão (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Todos eles estão na palma da mão e nenhum deles 
é encontrado na região dorsal. Todos movem os 
metacarpais e os dedos. São músculos pequenos e fracos 
que controlam principalmente os movimentos precisos 
(como enfiar a linha na agulha) (MARIEB, 3ª ed.). 
Os músculos intrínsecos incluem os principais abdutores e adutores 
dos dedos, bem como os músculos que produzem o movimento de 
oposição - movimento do polegar em direção ao dedo mínimo - que 
possibilita segurar objetos na palma da mão (p. ex., o cabo de um 
martelo). Muitos músculos da palma da mão são especializados em 
mover o polegar, e surpreendentemente muitos deles movem o dedo 
mínimo (MARIEB, 3ª ed.). 
↠ Os músculos intrínsecos da mão são divididos em 3 
grupos: tenar, hipotenar e intermediário (TORTORA, 14ª 
ed.). 
↠ Os músculos tenares incluem o abdutor curto do 
polegar, o oponente do polegar, o flexor curto do polegar 
e o adutor do polegar (atua no polegar, mas não se 
encontra na eminência tenar) (TORTORA, 14ª ed.). 
➢ O músculos abdutor curto do polegar é 
superficial, delgado, curto e relativamente largo 
que se encontra na face lateral da eminência 
tenar (TORTORA, 14ª ed.). 
➢ O músculo flexor curto do polegar é curto e 
largo, localizado medialmente ao músculo 
abdutor curto do polegar (TORTORA, 14ª ed.). 
➢ O músculo oponente do polegar é pequeno e 
triangular, localizado abaixo dos músculos flexor 
curto do polegar e abdutor curto do polegar 
(TORTORA, 14ª ed.). 
➢ O músculo adutor do polegar tem forma de 
leque e apresenta duas cabeças (oblíqua e 
transversa) separadas por um hiato pelo qual 
passa a artéria radial (TORTORA, 14ª ed.). 
 
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Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
Os músculos tenares, junto com o músculo adutor do polegar, formam 
a eminência tenar, o contorno arredondado na lateral da palma 
(TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Os três músculos hipotenares atuam no dedo mínimo 
e formam a eminência hipotenar, o contorno 
arredondado medial na palma da mão. O músculo abdutor 
do dedo mínimo, o músculo flexor curto do dedo mínimo 
e o músculo oponente do dedo mínimo constituem os 
músculos hipotênares (TORTORA, 14ª ed.). 
➢ O músculo abdutor do dedo mínimo é curto e 
largo e é o mais superficial dos músculos 
hipotenares. É um músculo vigoroso que tem 
participação importante na preensão de objetos 
com os dedos abertos (TORTORA, 14ª ed.). 
➢ O músculo flexor curto do dedo mínimo 
também é curto e largo, além de lateral ao 
músculo abdutor do dedo mínimo (TORTORA, 
14ª ed.). 
➢ O músculo oponente do dedo mínimo é 
triangular e profundo aos outros músculos 
hipotênares (TORTORA, 14ª ed.). 
↠ Os onze ou doze músculos intermediários (palmares 
médios) compreendem os lumbricais, interósseos 
palmares e interósseos dorsais (TORTORA, 14ª ed.). 
➢ Os músculos lumbricais, como o próprio nome 
sugere, têm forma de verme. Eles se originam 
e se inserem nos tendões de outros músculos 
(Mm. flexor profundo dos dedos e extensor dos 
dedos) (TORTORA, 14ª ed.). 
➢ Os músculos interósseos palmares são os 
menores e mais anteriores dos músculos 
interósseos (TORTORA, 14ª ed.). 
➢ Os músculos interósseos dorsais são os mais 
posteriores dessa série de músculos 
(TORTORA, 14ª ed.). 
Os dois grupos de músculos interósseos estão localizados entre os 
ossos metacarpais e são importantes na abdução, na adução, na flexão 
e na extensão dos dedos, assim como nos movimentos necessários 
para realizar atividades que exijam habilidade especial como escrever, 
digitar e tocar piano (TORTORA, 14ª ed.). 
A importância funcional da mão fica logo aparente quando 
consideramos que certas lesões da mão podem resultar em 
incapacidades permanentes. A maioria da destreza da mão depende 
dos movimentos dos polegares. As atividades gerais da mão incluem 
movimento livre, preensão potente (movimento forçado dos dedos e 
do polegar contra a palma da mão, como ao espremer), manuseio 
preciso (mudança na posição do objeto manuseado que demanda 
controle exato da posição do dedo e do polegar, como dar corda em 
um relógio ou tricotar) e pinça (compressão entre o polegar e o dedo 
indicador ou entre o polegar e os primeiros dois dedos) (TORTORA, 
14ª ed.). 
 
IMPORTANTE: Os movimentos do polegar são muito importantes 
nas atividades de precisão da mão e são definidos em planos 
diferentes daqueles dos movimentos comparáveis dos outros 
dedos porque o polegar está posicionado em ângulo reto com 
os outros dedos. A figura abaixo ilustra os cinco principais 
movimentos do polegar, os quais incluem flexão (movimento 
medial do polegar pela palma da mão), extensão (movimento 
lateral do polegar, saindo da palma), abdução (movimento do 
polegar em um plano anteroposterior para longe da palma), 
adução (movimento do polegar em um plano anteroposterior 
no sentido da palma) e oposição (movimento do polegar que 
cruza a palma da mão de forma que a ponta do polegar 
encontra a ponta do dedo). Oposição é o movimento digital 
mais distinto que confere aos humanos e outros primatas a 
capacidade de segurar e manipular objetos de maneira precisa 
(TORTORA, 14ª ed.). 
 
MÚSCULO ORIGEM INSERÇÃO 
TENAR (FACE LATERAL DA PALMA) 
ABDUTOR CURTO DO 
POLEGAR 
Retináculo dos 
músculos 
flexores, escafoide 
e trapézio 
Face lateral da 
falange 
proximal do polegar 
OPONENTE DO 
POLEGAR 
Retináculo dos 
músculos 
flexores e trapézio 
Face lateral do 
osso 
metacarpal I 
(polegar) 
FLEXOR CURTO DO 
POLEGAR 
Retináculo dos 
músculos 
flexores, trapézio, 
capitato e 
trapezoide 
Face lateral da 
falange 
proximal do polegar 
ADUTOR DO POLEGAR A cabeça oblíqua 
se origina 
Face medial da 
falange 
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Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
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no capitato, nos 
ossos 
metacarpais II e III. A 
cabeça 
transversa origina-
se no osso 
metacarpal III 
proximal do polegar 
pelo 
tendão contendo 
osso 
sesamoide 
HIPOTENAR (FACE MEDIAL DA PALMA) 
ABDUTOR DO DEDO 
MÍNIMO 
Pisiforme e tendão 
do M. 
flexor ulnar do 
carpo 
Face medial da 
falange 
proximal do dedo 
mínimo 
FLEXOR CURTODO 
DEDO MINIMO 
Retináculo dos 
músculos 
flexor e hamato 
Face medial da 
falange 
proximal do dedo 
mínimo 
OPONENTE DO DEDO 
MÍNIMO 
Retináculo dos 
músculos 
flexores e hamato 
Face medial do 
osso 
metacarpal V (dedo 
mínimo) 
INTERMEDIÁRIO (PALMAR MÉDIO) 
LUMBRICAIS Faces laterais dos 
tendões e 
flexor profundo dos 
dedos de 
cada dedo 
Faces laterais dos 
tendões do 
extensor dos 
dedos nas 
falanges proximais 
de cada 
dedo 
INTERÓSSEOS 
PALMARES 
Laterais das diáfises 
dos 
ossos metacarpais 
de todos 
os dedos (exceto III) 
Laterais das bases 
das 
falanges proximais 
de todos 
os dedos (exceto III) 
INTERÓSSEOS 
DORSAIS 
Lados adjacentes 
dos ossos 
metacarpais 
Falange proximal 
dos 
segundo a quarto 
dedos 
 
Biomecânica do ombro 
↠ O ombro é uma articulação tipo esferóide, possuindo 
movimentos nos três planos: sagital, frontal e transverso. 
Fazem parte dessa articulação os ossos: úmero, escápula 
e clavícula, quatro articulações a esternoclavicular, 
acromioclavicular e glenoumeral e a escapulotorácica, os 
ligamentos que dão estabilidade e os dezesseis músculos 
envolvidos com o complexo do ombro (PACHECO, 2010). 
↠ O complexo do ombro possui quatro grupos de 
movimento, no plano sagital: flexão, extensão e 
hiperextensão; no plano frontal: abdução e adução; e no 
plano transverso: rotação medial e rotação lateral; 
abdução horizontal e adução horizontal e 
circundação (PACHECO, 2010). 
↠ Para isso é necessário um sinergismo entre os 
músculos do cíngulo do membro superior e o complexo 
do ombro, além dos movimentos escapulotorácico de: 
elevação, depressão, protração, retração, rotação para 
cima e rotação para baixo (PACHECO, 2010). 
↠ Através desse sinergismo conseguimosrealizar todos 
os movimentos do ombro com seus ângulos máximos 
que são: (PACHECO, 2010). 
➢ No plano sagital o movimento de flexão é de 0 
a 180º, a extensão é o retorno à posição 
anatômica e a hiperextensão é de 0 a 45º 
(PACHECO, 2010). 
➢ No plano frontal tem os movimentos de 
abdução e adução, com a abdução atingindo 
180º e a adução o retorno a posição anatômica 
(PACHECO, 2010). 
➢ No plano transverso tem os movimentos de 
rotação medial e rotação lateral. A partir da 
posição neutra é possível realizar 90º em cada 
direção. Ainda no plano transverso os 
movimentos de abdução horizontal e adução 
horizontal, estes movimentos iniciam com 90º de 
abdução do ombro. A abdução horizontal é de 
aproximadamente 30º, e a adução horizontal é 
de 120º, e circundação que exprime todos 
movimentos realizados pelo ombro (PACHECO, 
2010). 
São dezesseis músculos envolvidos com todos os movimentos do 
ombro, e podemos dividir em cinco músculos do cíngulo do membro 
superior e onze com o ombro. Os cinco músculos do cíngulo do 
membro superior são: trapézio, serrátil anterior, rombóides, levandador 
da escápula e peitoral menor. E os onze músculos do ombro que são: 
deltóide, peitoral maior, redondo maior, latíssimo do dorso, 
coracobraquial, manguito rotador: o supra-espinhoso, infra-espinhoso, 
redondo menor e subescapular, bíceps braquial e tríceps braquial 
(PACHECO, 2010). 
 
 
 
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Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
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Histologia do tecido cartilaginoso 
↠ O tecido cartilaginoso é um tipo especializado de tecido 
conjuntivo cuja consistência é rígida. Desempenha a 
função de suporte de tecidos moles, reveste superfícies 
articulares, absorvendo choques mecânicos, e diminui o 
atrito, facilitando o deslizamento dos ossos nas 
articulações (JUNQUEIRA, 13ª ed.). 
↠ A cartilagem é essencial para a formação e o 
crescimento dos ossos longos na vida intrauterina e 
depois do nascimento (JUNQUEIRA, 13ª ed.). 
↠ Como os demais tipos de tecido conjuntivo, o 
cartilaginoso contém células, chamadas condrócitos, e 
abundante material extracelular, que constitui a matriz 
extracelular cartilaginosa 
↠ Os condrócitos alojam-se em pequenas cavidades da 
matriz, chamadas lacunas. Uma lacuna pode conter um ou 
mais condrócitos (JUNQUEIRA, 13ª ed.). 
As funções do tecido cartilaginoso dependem principalmente da 
estrutura da matriz, que é constituída por colágeno ou colágeno e 
elastina. Além disso, há grande quantidade de macromoléculas de 
proteoglicanos (proteínas + glicosaminoglicanos), ácido hialurônico e 
diversas glicoproteínas associadas às fibras de colágeno e elásticas 
(JUNQUEIRA, 13ª ed.). 
↠ As cartilagens (exceto as articulares e a do tipo fibroso) 
são envolvidas por uma bainha conjuntiva que recebe o 
nome de pericôndrio, a qual contém nervos e vasos 
sanguíneos e linfáticos (JUNQUEIRA, 13ª ed.). 
↠ O tecido cartilaginoso não contém vasos sanguíneos, 
sendo nutrido pelos capilares do pericôndrio, e é 
desprovido de vasos linfáticos e de nervos. As cartilagens 
que revestem a superfície dos ossos nas articulações 
móveis não têm pericôndrio e recebem nutrientes do 
líquido sinovial presente nas cavidades articulares. 
(JUNQUEIRA, 13ª ed.). 
↠ Há três tipos de cartilagens para atender às diversas 
necessidades funcionais do organismo: cartilagem hialina, 
que é a mais comum, cuja matriz contém delicadas fibrilas 
constituídas principalmente de colágeno tipo II; cartilagem 
elástica, que contém menos fibrilas de colágeno tipo II e 
abundantes fibras elásticas; e cartilagem fibrosa ou 
fibrocartilagem, que apresenta matriz constituída 
preponderantemente por fibras de colágeno tipo I 
(JUNQUEIRA, 13ª ed.). 
 
 
CARTILAGEM HIALINA 
↠ É o tipo mais frequentemente encontrado no corpo 
e, por isso, o mais estudado. A fresco, a cartilagem hialina 
é branco-azulada e translúcida (JUNQUEIRA, 13ª ed.). 
↠ Recobre as superfícies articulares dos ossos longos 
(articulações com grande mobilidade). Além disso, esse 
tipo de cartilagem constitui o primeiro esqueleto do 
embrião, que posteriormente é substituído por um 
esqueleto ósseo (JUNQUEIRA, 13ª ed.). 
↠ Entre a diáfise e a epífise dos ossos longos em 
crescimento, observa-se o disco epifisário, formado por 
cartilagem hialina, que é responsável pelo crescimento do 
osso em extensão durante a vida intrauterina e após o 
nascimento até o fim do crescimento corporal 
(JUNQUEIRA, 13ª ed.). 
 
MATRIZ CARTILAGINOSA 
↠ A cartilagem hialina é formada, em 40% do seu peso 
seco, por fibrilas de colágeno tipo II associadas a ácido 
hialurônico e a outros glicosaminoglicanos, proteoglicanos 
muito hidratados e glicoproteínas (JUNQUEIRA, 13ª ed.). 
↠ Em preparados rotineiros, a matriz cartilaginosa é 
basófila (p. ex., se cora em azul pela hematoxilina) 
(JUNQUEIRA, 13ª ed.). 
↠ Dentre as proteínas, um componente importante da 
matriz da cartilagem hialina é a glicoproteína estrutural 
condronectina, uma macromolécula com regiões de 
ligação para condrócitos, fibrilas colágenas tipo II e 
glicosaminoglicanos. Assim, a condronectina participa da 
associação do arcabouço macromolecular da matriz com 
os condrócitos (JUNQUEIRA, 13ª ed.). 
↠ As moléculas de proteoglicanos assemelham-se a 
escovas de limpar tubos de ensaio, em que a proteína 
(eixo proteico) representa a parte central, e as moléculas 
de glicosaminoglicanos correspondem aos pelos da 
20 
 
 
Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
escova. No tecido conjuntivo propriamente dito, e 
especialmente na cartilagem hialina, inúmeros 
proteoglicanos podem estabelecer ligações não 
covalentes com uma única molécula de ácido hialurônico, 
produzindo enormes agregados moleculares (medindo 
até 4 µm) muito importantes para manter a rigidez da 
matriz cartilaginosa (JUNQUEIRA, 13ª ed.). 
 
↠ Como o colágeno e a elastina são flexíveis, a 
consistência firme das cartilagens deve-se, principalmente, 
a dois motivos: (JUNQUEIRA, 13ª ed.). 
➢ ligações eletrostáticas entre os 
glicosaminoglicanos sulfatados e o colágeno; 
➢ grande quantidade de moléculas de água presas 
a esses glicosaminoglicanos (água de 
solvatação), o que confere turgidez à matriz 
O alto conteúdo de água de solvatação das moléculas de 
glicosaminoglicanos atua como um sistema de absorção de choques 
mecânicos, ou mola biomecânica, de grande importância funcional, 
principalmente nas cartilagens articulares (JUNQUEIRA, 13ª ed.). 
PERICÔNDRIO 
↠ Todas as cartilagens hialinas, exceto as articulares, são 
envolvidas por uma camada de tecido conjuntivo denso 
denominado pericôndrio (JUNQUEIRA, 13ª ed.). 
IMPORTANTE: Além de ser uma fonte de novos condrócitos para o 
crescimento, o pericôndrio é responsável por nutrição, oxigenação e 
eliminação dos refugos metabólicos da cartilagem, porque nele estão 
localizados vasos sanguíneos e linfáticos, inexistentes no interior do 
tecido cartilaginoso (JUNQUEIRA, 13ª ed.). 
↠ O pericôndrio é formado por um tecido conjuntivo 
que possui muitas fibras de colágeno tipo I e poucas 
células na sua região mais externa; porém, torna-se 
gradativamente mais rico em células na região do 
pericôndrio adjacente à cartilagem (JUNQUEIRA, 13ª ed.). 
↠ Morfologicamente, as células do pericôndrio são 
semelhantes aos fibroblastos, mas as situadas próximo à 
cartilagem podem facilmente multiplicar-se por mitose e 
originar condrócitos, caracterizando-se funcionalmente 
como condroblastos (JUNQUEIRA, 13ª ed.). 
 
CONDRÓCITOS 
↠ Na periferia da cartilagem hialina, os condrócitos 
apresentam forma alongada, com o eixo maior paralelo à 
superfície. Mais internamente, são arredondados e 
frequentemente aparecem em grupos de até oito células, 
chamados grupos isógenos, porque suas células são 
pequenos clones originados por divisão de um único 
condroblasto (JUNQUEIRA, 13ª ed.). 
As células e a matriz cartilaginosa sofrem retração durante o processohistológico, o que explica a forma estrelada dos condrócitos e seu 
afastamento da parede da lacuna em que se situam. Nos tecidos vivos 
e nos cortes cuidadosamente preparados, os condrócitos ocupam 
totalmente as lacunas (JUNQUEIRA, 13ª ed.). 
21 
 
 
Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
↠ Os condrócitos são também células secretoras de 
colágeno, principalmente do tipo II, proteoglicanos e 
glicoproteínas, como a condronectina (JUNQUEIRA, 13ª 
ed.). 
 
↠ Uma vez que as cartilagens são desprovidas de 
capilares sanguíneos, a oxigenação dos condrócitos é 
deficiente, fazendo com que essas células vivam sob 
baixas tensões de oxigênio. A cartilagem hialina degrada a 
glicose principalmente por mecanismo anaeróbio, com 
formação de ácido láctico como produto final. Os 
nutrientes transportados pelo sangue chegam pelo 
pericôndrio, atravessam a matriz da cartilagem por difusão 
e alcançam os condrócitos mais internos (JUNQUEIRA, 13ª 
ed.). 
Os mecanismos dessa movimentação de moléculas são principalmente 
a difusão através da água de solvatação das macromoléculas e o 
bombeamento promovido pelas forças de compressão e 
descompressão exercidas sobre as cartilagens. A falta de capilares 
sanguíneos limita a espessura máxima das peças cartilaginosas 
(JUNQUEIRA, 13ª ed.). 
HISTOGÊNESE 
↠ No embrião, os esboços das cartilagens surgem no 
mesênquima. A primeira modificação observada durante 
a histogênese da cartilagem consiste no arredondamento 
das células mesenquimatosas, que retraem seus 
prolongamentos e, multiplicando-se rapidamente, formam 
aglomerados. As células assim formadas têm citoplasma 
muito basófilo e recebem o nome de condroblastos. Em 
seguida, inicia-se a síntese da matriz extracelular, que 
afasta os condroblastos uns dos outros. A diferenciação 
das cartilagens ocorre do centro para a periferia, de modo 
que as células mais centrais já apresentam as 
características de condrócitos, enquanto as mais 
periféricas ainda são condroblastos típicos. O mesênquima 
da superfície de cada peça de cartilagem forma o 
pericôndrio (JUNQUEIRA, 13ª ed.). 
 
CRESCIMENTO 
↠ O crescimento da cartilagem ocorre por dois 
processos: intersticial, por divisão mitótica dos condrócitos 
preexistentes; e aposicional, a partir das células do 
pericôndrio (JUNQUEIRA, 13ª ed.). 
Nos dois casos, os novos condrócitos formados logo produzem fibrilas 
colágenas, proteoglicanos e glicoproteínas (JUNQUEIRA, 13ª ed.). 
↠O crescimento intersticial é menos importante e quase 
só ocorre nas primeiras fases da vida da cartilagem. À 
medida que a matriz se torna cada vez mais rígida, o 
crescimento intersticial deixa de ser viável, e a cartilagem 
passa a crescer somente por aposição. Por esse 
mecanismo, células da parte profunda do pericôndrio 
multiplicam-se e diferenciam-se em condrócitos, que são 
adicionados à cartilagem (JUNQUEIRA, 13ª ed.). 
CARTILAGEM ELÁSTICA 
A cartilagem elástica é encontrada no pavilhão auditivo, no conduto 
auditivo externo, na tuba auditiva, na epiglote e na cartilagem 
cuneiforme da laringe (JUNQUEIRA, 13ª ed.). 
↠ Basicamente, é semelhante à cartilagem hialina, mas 
inclui, além das fibrilas de colágeno (principalmente do tipo 
II), uma abundante rede de fibras elásticas contínuas com 
as do pericôndrio. A elastina confere a esse tipo de 
cartilagem uma cor amarelada quando examinada a fresco 
(JUNQUEIRA, 13ª ed.). 
↠ Assim como a cartilagem hialina, a elástica apresenta 
pericôndrio e cresce principalmente por aposição. 
Contudo, ela é menos sujeita a processos degenerativos 
patológicos do que a hialina (JUNQUEIRA, 13ª ed.). 
22 
 
 
Júlia Morbeck – 2º período de medicina 
@jumorbeck 
 
 
CARTILAGEM FIBROSA 
↠ A cartilagem fibrosa ou fibrocartilagem é um tecido 
com características intermediárias entre o tecido 
conjuntivo denso modelado e a cartilagem hialina 
(JUNQUEIRA, 13ª ed.). 
↠ É encontrada nos discos intervertebrais, nos pontos 
em que alguns tendões e ligamentos se inserem nos 
ossos, e na sínfise pubiana. A fibrocartilagem está sempre 
associada a tecido conjuntivo denso, e os limites entre os 
dois são imprecisos (JUNQUEIRA, 13ª ed.). 
↠ Com muita frequência, os condrócitos formam fileiras 
alongadas entre as espessas fibras colágenas 
(JUNQUEIRA, 13ª ed.). 
 
DISCOS INTERVERTREBAIS 
Localizado entre os corpos das vértebras e unido a elas por 
ligamentos, cada disco intervertebral é formado por dois 
componentes: o anel fibroso e o núcleo pulposo, que é uma 
parte central derivada da notocorda do embrião (JUNQUEIRA, 
13ª ed.). 
O anel fibroso contém uma porção periférica de tecido 
conjuntivo denso; porém, em sua maior extensão, é constituído 
por fibrocartilagem, cujos feixes colágenos formam camadas 
concêntricas (JUNQUEIRA, 13ª ed.). 
Na parte central do anel fibroso, existe um tecido formado por 
células arredondadas, dispersas em um líquido viscoso rico em 
ácido hialurônico e contendo pequena quantidade de colágeno 
tipo II. Esse tecido constitui o núcleo pulposo (JUNQUEIRA, 13ª 
ed.). 
No jovem, o núcleo pulposo é relativamente maior, sendo 
gradual e parcialmente substituído por fibrocartilagem com o 
avançar da idade (JUNQUEIRA, 13ª ed.). 
Os discos intervertebrais funcionam como coxins lubrificados 
que previnem o desgaste do osso das vértebras durante os 
movimentos da coluna espinal. O núcleo pulposo, rico em ácido 
hialurônico, é muito hidratado e absorve as pressões como se 
fosse uma almofada, protegendo as vértebras contra impactos 
(JUNQUEIRA, 13ª ed.). 
 
Referências 
MARIEB, E.; WILHELM, P.; MALLATT, J. Anatomia 
humana, 7ª ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 
2014. 
MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e Fisiologia, 3ª ed., 
Porto Alegra: Artmed, 2008 
TORTORA. Princípios de Anatomia e Fisiologia. Disponível 
em: Minha Biblioteca, (14th edição). Grupo GEN, 2016. 
 
JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica: texto e 
atlas. 13. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2018 
PACHECO, A. S. Biomecânica da articulação do ombro, 
2010

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