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SUMÁRIO
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INTRODUÇÃO
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DESENVOLVIMENTO
2.1. QUESTÃO JURÍDICA.......................................................................................... 4
2.2. QUESTÃO TRIBUTÁRIA.....................................................................................14
2.3. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS..................................................................... 17
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 21
REFERÊNCIAS ........................................................................................................ 22
1 INTRODUÇÃO
Uma organização para garantir o sucesso no mundo empresarial, necessita de uma gestão eficaz, que permita aos administradores tomarem as decisões baseados em instrumentos que os auxiliem nessa árdua tarefa. Uma das principais ferramentas utilizadas é o planejamento estratégico, pois é por meio deste que os gestores visualizam os objetivos e os anseios dos acionistas da empresa, sendo o norteador das ações a serem implementadas. 
Torna-se cada vez mais importante a utilização do planejamento estratégico nas organizações, para que possam sobreviver crescer e continuar diante da real situação do cenário empresarial. Situações estas que podem ser: a competitividade e a concorrência, que exige da direção e seus colaboradores o conhecimento para planejar e garantir o seu sucesso. 
Diante desta realidade o Planejamento Estratégico, apresenta-se como uma ferramenta de fundamental importância, onde a empresa usa desta, para administrar o dia-a-dia e o futuro da organização, aumentando a capacidade de gerenciar a organização, identificando os riscos que está enfrentando ou poderá enfrentar, e traçando objetivos e caminhos a serem seguidos com intuito da sobrevivência, continuidade, crescimento e sucesso da organização de empresas do ramo comercial.
2. DESENVOLVIMENTO
 2.1. QUESTÃO JURÍDICA
Uma PJ, como também é conhecida essa figura jurídica, possui um cadastro próprio perante a Receita Federal. Esse cadastro é o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica, da sigla CNPJ. Uma pessoa jurídica pode ter um ou mais proprietários, a depender das características da pessoa jurídica. Esses proprietários podem ser outras empresas, pessoas físicas ou até mesmo o governo. Indicadores de produtividade: como medir o desempenho de empresas Apesar de uma empresa poder ser proprietária de outra empresa, o beneficiário e responsável final sempre será uma pessoa física. Portanto, esse fator implica que apesar da PJ ser uma figura reconhecida com seu próprio cadastro de pessoa jurídica, a pessoa física que detém os direitos e obrigações sobre a pessoa jurídica é a responsável legal pela empresa. 
O Código Civil (Lei 10.406/2002) faz distinção entre dois tipos de pessoas jurídicas: as de direito público e as de direito privado. No primeiro grupo estão: União; Estados, o Distrito Federal e os Territórios; Municípios; Autarquias, inclusive as associações públicas Demais entidades de caráter público criadas por lei. Pessoas jurídicas de direito privado Há algumas possibilidades de pessoas jurídicas de direito privado que podem ser constituídas, as principais são as seguintes:
Sociedade Limitada (Ltda) 
Sociedade Anônima (S.A.) 
Microempreendedor Individual (MEI) 
Sociedade Individual – EIRELI 
Sociedade Limitada (LTDA) 
A sociedade limitada é mais utilizada por pessoas que querem abrir um negócio com outras pessoas. Dessa forma, esse tipo de PJ acaba sendo uma boa opção, dado que haverá uma relação documentada por um contrato social com os direitos e obrigações de cada sócio da empresa. 
Sociedade Anônima (S/A) 
A sociedade anônima é uma forma de PJ mais flexível. Ela é constituída por ações, e os detentores das ações, as quais podem ser transacionadas a qualquer momento sem a anuência dos demais acionistas. Nesse tipo de empresa a responsabilidade de cada acionista é referente à porcentagem de ações que ele possui. Portanto, esse tipo de empresa é recomendada para companhias já constituídas e com forte crescimento, que demandam maior captação de recursos e entrada de investidores. 
MEI 
O microempreendedor individual é uma opção de pessoa jurídica mais simples. Contudo, ela é destinada, sobretudo para regularização de trabalhadores informais, como cabeleireiros ou pequenos comerciantes. Essa PJ é uma opção simples, com fácil trâmite de abertura e fechamento. Além de fácil administração das obrigações, como impostos. Todavia, é um tipo de empresa que possui limite de faturamento relativamente pequeno, na casa dos R$ 81 mil ao ano. E restrição de atividades possíveis de serem desempenhadas, dentre outras limitações.
Sociedade Individual – EIRELI 
EIRELI significa Empresa Individual de Responsabilidade Limitada. Esse tipo de PJ possibilita a formalização com apenas uma pessoa, que tem sua responsabilidade limitada sobre o empreendimento. Contudo, para abrir esse tipo de empresa é necessário um capital mínimo de 100 vezes o salário mínimo vigente. Empresário Individual (EI) O empresário individual coloca seu próprio nome na atividade empresaria. Entretanto, apesar de haver a constituição de um CNPJ, não há dissociação entre o capital da pessoa jurídica e o da pessoa física. Dessa forma, o patrimônio da pessoa física pode ser colocado em garantia das dívidas da PJ, por exemplo.
Muitos negócios começam informalmente ou apenas como projetos. Independentemente do caso, em algum momento a abertura de empresa de maneira formal se faz necessária para que as atividades possam ser desenvolvidas sem haver transtornos com os órgãos públicos.
Todo esse processo inclui uma série de etapas. E elas precisam ser seguidas na ordem e corretamente para que a legalização não se torne um empecilho ao empreendimento.
1. Solicitar a certidão de viabilidade e zoneamento do local
Antes de proceder com todas as demais etapas é necessário saber se o endereço escolhido para instalação da empresa permite o desempenho de suas atividades. Para isso, a prefeitura emite a certidão de viabilidade e zoneamento, que também é uma autorização prévia para a constituição empresarial em determinada localidade.
Na hipótese de o município não fornecer o documento, é preciso escolher outro endereço.
2. Pesquisar e reservar o nome empresarial pretendido
Empresas individuais, que levam o nome do empreendedor como nome empresarial, não necessitam dessa pesquisa. Mas uma Eireli ou sociedade precisa pesquisar se o nome da empresa, junto à sua atividade principal, já não foi registrado dentro do estado. Pois a Junta Comercial não permite que no mesmo estado existam duas empresas com nomes empresariais iguais.
Depois da pesquisa, caso o nome esteja disponível, é feita a reserva. Isso assegura que durante os demais procedimentos da abertura de empresa outros empresários não o registrem.
3. Preencher ou redigir o documento de constituição
Quando o negócio é legalizado como Eireli ou sociedade empresária, redige-se o contrato social. Já empreendimentos individuais são abertos via Requerimento de Empresário.
Entenda agora o que são e quais são suas diferenças.
Contrato social
Esse documento formaliza os direitos e deveres dos sócios em relação à empresa que está sendo aberta — e contém todos os elementos que promovem a sua constituição. São informações como:
Dados pessoais dos sócios;
Atividades da empresa;
Endereço comercial;
Capital social e sua divisão entre os fundadores;
Forma de administração legal da empresa;
Funcionamento das retiradas de lucro e pró-labore.
Todas essas definições e informações são dispostas em cláusulas, obrigatórias para que a Junta Comercial registre o contrato.
Além dos mais comuns, ainda podem ser adicionados termos personalizados. Por exemplo, pode-se criar uma cláusula especificamente para entrada de sócios — de acordo com critérios criados apenas para aquela empresa.
Requerimento de Empresário
O Requerimento, por se tratar da formalização de um empreendimento individual, não tem cláusulas. Porque oempresário é o único dono e tem responsabilidade ilimitada. Por isso, responde com todos os seus bens pessoais diretamente caso uma dívida empresarial não seja honrada, por exemplo.
Consequentemente, não há cláusulas para um acordo de abertura de empresa. Esse Requerimento apenas conta com campos a serem preenchidos com dados de pessoas física e jurídica, atividades do negócio, capital social, assinatura e data de abertura.
4. Solicitar o CNPJ e registrar a constituição na Junta Comercial
O CNPJ é o documento que legaliza a empresa junto à Receita Federal. Nele, além do número de CNPJ, constam:
As atividades da empresa;
Sua data de abertura;
Endereço;
Dados de contato;
Nomes empresarial e fantasia;
E tipo de empreendimento, como individual ou em sociedade.
Para solicitá-lo, é preciso enviar dados à Receita via Documento Básico de Entrada (DBE), por meio da Coleta Web da Receita Federal. Junto ao DBE, outras informações têm de ser fornecidas ao órgão pelo Quadro de Sócios e Acionistas (QSA) e pela Ficha Cadastral de Pessoa Jurídica (FCPJ), encontrados no mesmo endereço do DBE.
Além delas, duas outras Fichas de Cadastro Nacional — chamadas de FCN 1 e FCN 2 — têm de ser preenchidas e anexadas à documentação acima. Elas são impressas no site da Junta Comercial estadual. E caso a Junta tenha integração com a Receita para abertura de empresa facilitada, são preenchidas e entregues online.
Assim que todos esse documentos estão emitidos e assinados, são entregues à Junta Comercial com contrato social ou Requerimento de Empresário. Então, a constituição é registrada no órgão estadual e o cadastro nacional é feito.
5. Solicitar o alvará
A formalização da empresa a nível municipal se dá com a emissão do alvará. Sem ele, o negócio não está autorizado a funcionar e não consegue emitir notas fiscais de nenhum tipo.
Para obtê-lo, é preciso entregar os seguintes documentos à fiscalização municipal:
Documentos da sede da empresa;
Laudo dos bombeiros atestando a segurança e o preparo das instalações;
Requerimento de Empresário ou contrato social;
CNPJ;
Certidão de viabilidade e zoneamento.
Não havendo erros ou problemas com imóvel ou documentação, o alvará é expedido após o pagamento de sua taxa e o período necessário aos processos de legalização da prefeitura.
Autorização para emissão da Nota Fiscal de Serviço Eletrônica (NFS-e)
Cada prefeitura brasileira é responsável pelos seus processos em relação às notas de serviços e também referentes ao Imposto Sobre Serviços (ISS). Portanto, é preciso informar-se com o município e contar com um profissional contábil para proceder corretamente.
6. Solicitar a Inscrição Estadual
Empresas cujas atividades sejam de comércio, industrialização ou transporte rodoviário de cargas entre cidades e estados precisam ter Inscrição Estadual. Do contrário, não conseguem emitir a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) ou o Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e).
Pela inscrição ser de responsabilidade dos estados, cada um deles tem as próprias regras e procedimentos para emissão. Portanto, é preciso buscar informações antes de agir. De modo geral, o que se exige são documentos e preenchimentos de fichas — ambos com o intuito de registrar informações e atestar as atividades empresariais.
Autorização para emissão de NF-e ou CT-e
Antes de emitir qualquer uma dessas notas, o negócio precisa ser credenciado como emissor.
Após possuir a Inscrição Estadual, basta acessar a página de credenciamento da Secretaria da Fazenda estadual e cadastrar a empresa nos ambientes de homologação e teste.
7. Consultar a necessidade de certificado digital
O certificado digital é solicitado pelos órgãos públicos para emitir NF-e ou CT-e e entregar algumas declarações. E dependendo da prefeitura, também é necessária a certificação para emissão da NFS-e. Além disso, a cada ano mais procedimentos tornam o uso do certificado uma obrigatoriedade.
Então, ao formalizar um empreendimento, deve-se consultar se a certificação digital é necessária para que não haja algum transtorno durante seu funcionamento ou no cumprimento das obrigações.
Como pôde perceber, a abertura de empresa envolve diferentes órgãos públicos, procedimentos e obrigações. E qualquer erro faz com que o processo seja trancado e a demora para as atividades iniciarem aumente. Por isso, é sempre recomendável recorrer a profissionais contábeis para proceder com a constituição. Assim, tudo é feito da forma mais rápida e segura possível.
No início, quando uma empresa está começando suas atividades, geralmente ela consiste apenas em pagar e receber suas contas, mas conforme vai crescendo e aumento seu porte, para que não haja um crescimento de forma desordenada, o controle financeiro torna-se importante. Nos dias atuais, com a globalização e um mercado cada vez mais competitivo, o controle financeiro tornou-se uma importante ferramenta para a empresa suprir suas necessidades de manter suas finanças equilibradas, podendo assim planejar o futuro da empresa, fazer investimentos e manter-se no mercado.
Para Neto (2008) o ramo administração financeira objetiva assegurar um melhor e mais eficiente processo empresarial de captação e alocação de recursos de capital. Ela envolve-se tanto com os problemas da escassez de recursos tanto quanto com a realidade operacional e gestão financeira das empresas. A administração financeira é um campo bastante complexo e abrangente, exigindo maior conhecimento técnico e sensibilidades nos seus vários instrumentos. 
Gitmna (2002) compreende que administração financeira relaciona-se estreitamente com economia e contabilidade, mas se difere bastante dessas áreas. O relacionamento com a economia é muito importante, pois a maioria das empresas opera dentro da economia, e o administrador financeiro precisa de, no mínimo, conhecimento básico em economia e estar sempre atento com as mudanças econômicas e suas conseqüências. Já o relacionamento entre contabilidade e finanças nem sempre se distinguem tão fácil, com isso há duas diferenças básicas: a ênfase no fluxo de caixa e na tomada de decisão. 
Ainda Neto (2008) Planejamento Financeiro é o qual procura analisar as necessidades de expansão da empresa e identificar eventuais desajustes futuros. Com o planejamento é possível o administrador financeiro selecionar com segurança os ativos que são mais rentáveis e condizentes para com os negócios da empresa e assim estabelecer quais serão os investimentos mais rentáveis da empresa.
Resnik (apud Loddi, 2008), ressalta ainda a importância do conhecimento e compreensão dos procedimentos da contabilidade, bem como as movimentações financeiras, por parte do gerente-proprietário das empresas. O autor apresenta 3 principais demonstrações: 
- Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), a qual demonstra o resultado das operações realizadas durante um determinado período, apresentando se obteve lucro ou prejuízo no período determinado; 
-Balanço Patrimonial (BP), o qual representa a relação dos ativos, passivos e patrimônio líquido, apresentando a posição patrimonial e financeira da entidade; e 
-Demonstrativo de Fluxo de Caixa, que apresenta as entradas e saídas de recurso, tendo como principal objetivo apurar e proteger o saldo disponível na empresa, para que se mantenha o capital de giro; Já para Araujo, Teixeira e Licórnio (2015), o fluxo de caixa exerce uma função fundamental no controle financeiro e estratégico nas ME e EPP, visto que auxilia no planejamento da empresa. 
Com a análise desses relatórios pode-se obter com maior precisão as receitas e despesas, medir a lucratividade da empresa e fazer a comparação do desempenho por períodos. Logo, para Osni Moura (2014, p.401), as demonstrações apresentam as informações patrimoniais e financeiras, do desempenho e dos fluxos de caixa, facilitam a análise financeira, norteiam os caminhos que o negócio pode seguir, e avalia a capacitação da administração na prestação de contas quanto aos recursos que lhes foram proporcionados. 
Rodrigues (2001) afirma que os relatóriosfinanceiros são essenciais para que os gestores possam gerir e traçar rumos da pequena empresa, trazendo como relatórios básicos o controle do fluxo de caixa, o controle da conta corrente da empresa, contas a receber, contas a pagar, bem como controle de estoque. 
Pesquisas realizadas por autores como Souza (2001) apontam que são poucas as pequenas empresas que utilizam os relatórios contábeis, porém, dentre as que efetuam algum tipo de controle, o mais utilizado é o fluxo de caixa. De acordo com Silva (apud Gazzoni, 2003), para manter uma empresa organizada além das demonstrações financeiras obrigatórias, é necessário a utilização de outros relatórios gerenciais, que independem da legislação obrigatória, mas servem para auxiliar no controle financeiro e nos processos decisórios das empresas. Sem as ferramentas de controle na maioria das vezes não se chega a um bom resultado. 
O SEBRAE MG (2013) apresenta formas de controles financeiros básicos para a empresa se organizar e fornecer informações úteis, essenciais e em tempo hábil para as decisões financeiras, os quais estão ligados diretamente a escrituração das atividades financeiras: diário de caixa, controle bancário, controle de contas a pagar, controle de contas a receber, controle de vendas e controle de estoques. 
A seguir, apresenta-se os 6 relatórios conforme exposto pelo SEBRAE MG (2013): 
a) Diário de Caixa: é utilizado para realizar o registro das entradas e saídas de recursos, e apurar o saldo existente no caixa, faz-se a verificação diária, verifica-se se há erros de registro e desvio de recursos, caso haja diferenças devem ser apuradas no mesmo dia; Fornece dados para ter o controle dos valores que são depositados em bancos; Controlar e analisar as despesas pagas; Fornecer dados para elaboração do fluxo de caixa; 
b) Controle Bancário/ Conciliação Bancária: o controle bancário é diário e registra todas as movimentações, tem como objetivo confrontar os lançamentos da empresa e os registros realizados pelo banco, dessa forma pode apurar diferenças de registros, caso ocorra, ao mesmo tempo que gera informações sobre os saldos bancários existentes, bem como se os saldos são suficientes para honrar com as obrigações do dia; 
c) Controle de vendas: Tem o objetivo de acompanhar diariamente o volume de vendas, e seu acumulo durante o mês, esse controle de vendas possibilita que o empresário crie estratégias para atingir suas metas de venda, e trabalhe nas projeções para vendas futuras; 
d) Controle de Contas a Receber: tem o objetivo de controlar as contas a receber, provenientes de vendas a prazo, controla-se os créditos concedidos aos clientes, manter esse controle é necessário para conceder dados para elaboração do fluxo de caixa, manter as providências para cobranças, e ter o conhecimento de quais são os clientes que pagam no prazo determinado; 
e) Controle de Contas a Pagar: é necessário que se honre os compromissos financeiros, para continuar tendo crédito no mercado, portanto é necessário que que organize os totais de conta a pagar com os seus períodos de vencimento. A utilização desse controle auxilia o administrador/empresário, caso a empresa esteja passando por dificuldades financeiras, pode-se usar critérios para estabelecer prioridades no pagamento, bem como avaliar e monitorar o valor das obrigações vencidas; 
f) Controle de Estoques: é importante manter o controlar os estoques organizado, para fornecer dados, facilitando a reposição dos produtos vendidos, bem como a tomada de providência para diminuição dos produtos parados no estoque evitando desperdícios ou percas, e desvios.
2.2. QUESTÃO TRIBUTÁRIA
Se por um lado a carga de impostos é muito alta, por outro, existem decisões e escolhas legais que vão impactar na forma de pagar os tributos e nos valores recolhidos. Essa possibilidade nos é permitida, mas para isso é preciso analisar e tomar algumas decisões que irão impactar a operação de uma empresa. Por isso o nome Planejamento Tributário. 
A Elisão Fiscal é justamente isso: o ato de possibilitar uma menor carga tributária para a empresa através de atos lícitos baseadas na legislação.
Mas como nem tudo é um paraíso, existe também a Evasão Fiscal. A evasão é a menor carga tributária através de atos ilícitos. E a dica que eu dou sobre isso é: Fique longe!
E para evitar, nada melhor que saber do que se trata. As principais formas conhecidas de evasão são:
Omissão de informação;
Fraude;
Coluio;
Falsificação e alteração de documentos;
Deixar de emitir documentos e obrigações.
A Receita Federal possui meios, cada vez mais modernos, para identificar e punir tais atos e você e sua empresa podem se complicar.
Não é possível falarmos de Planejamento Tributário sem antes conceituar muito bem os tributos e entender as suas características básicas.
Os tributos são obrigações a pagar, criadas por força de lei, que impõe aos indivíduos o dever de entregar parte de seus rendimentos e patrimônio. Essas obrigações são determinadas e ocorrem quando acontece algum evento ou transação que é denominado fato gerador.
O seu objetivo é custear o Governo e convenhamos, está cada vez mais difícil fazer isso, rs. Tem outra definição interessante nas palavras de John Garland Pollard, que vale a pena dividir com você: “O imposto é a arte de pelar o ganso fazendo-o gritar o menos possível e obtendo a maior quantidade de penas.”
Existem algumas características, ou melhor, algumas formas de classificar os tributos:
Com relação a incidência: Em tributos diretos e indiretos.
Quanto a forma de cálculo: Em fixo, proporcional ou adicional.
Por relatividade: Em regressivo, progressivo ou ainda, neutro.
Considerando a característica: Em Extrafiscal e Parafiscal.
Outro ponto que impacta fortemente o valor a ser pago é a sua base de cálculo. Normalmente um Tributo é determinado por uma relação percentual sobre uma base de cálculo. Entender a forma como a base é alterada é essencial para fazer um bom planejamento.
É importante entender quem é o contribuinte ou o responsável tributário pela obrigação. Isso pois, em determinados tributos a legislação determina a nós a responsabilidade pelo pagamento de tributos gerados por operações iniciadas em outros estabelecimentos.
Das opções de regimes tributários existentes, o Simples Nacional é a melhor alternativa para pequenas empresas. Aliás, ele foi criado exatamente para facilitar a vida desses empreendedores, pois apenas negócios com receita bruta de até R$ 3,6 milhões — e que será de até R$ 4,8 milhões até 2018 — podem participar. Se antes era preciso pagar as alíquotas municipais, estaduais e federais separadamente, que muitas vezes eram equivalentes às pagas pelas grandes organizações, com esse regime os empreendimentos tornaram-se isentos dos impostos federais e passaram a pagar mensalmente um boleto com valor fixo, que unifica todos os impostos.
Essa unificação acontece por meio do Documento de Arrecadação do Simples Nacional (DAS). Ele também é o responsável pela distribuição automática dos impostos para as contas dos municípios, dos estados e da união. E essa facilidade impacta diretamente nas atividades das empresas, pois economiza tempo e elimina possíveis dificuldades na gestão empresarial relacionadas aos assuntos fiscais. Mas é importante lembrar que as regras para recolhimento deste regime vão mudar em 2018. Além de aumentar o limite de faturamento para participar dele (como explicamos há pouco), haverá uma alíquota sobre a receita bruta e um desconto fixo. Por isso, é importante buscar esclarecimentos com o contador, pois a carga tributária pode aumentar ou reduzir, dependendo do seu tipo de empresa.
O Brasil é um dos países com a maior carga tributária do mundo, identificou-se que uma empresa brasileira precisa gastar mais de 1.950 horas por ano para quitar com todos os impostos federais, estaduais e municipais.
Segundo levantamento feito pelo Banco Mundial, esse período é, pelo menos, 6 vezes maior que o registrado no Caribe, por exemplo.
Outro estudo, realizado pelo InstitutoBrasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), identificou que essa alta tributação também afeta produtos básicos como água e alimentos.
Em alguns casos, os impostos podem corresponder a 80% do preço de uma mercadoria. A gasolina, por exemplo, tem uma carga tributária de 56,09% e a energia elétrica tem uma incidência de 48,28%.
A organização fiscal para cumprir com todos os custos só é possível por meio de um planejamento tributário eficiente.
A tributação desta maneira como é feita, afeta tanto a competitividade do país em relação aos demais, como também na economia interna. Se a população tem menos dinheiro para gastar, ela vai adquirir um número menor de produtos e serviços. Consequentemente, prejudica a produção industrial e o crescimento do país.
É por isso que já se discute há bastante tempo uma reforma tributária no Brasil. Atualmente, há um total de 63 tributos e 97 obrigações acessórias, e uma mudança no pagamento de impostos poderia simplificar as normas e processos.
A proposta que está em análise no Congresso tem o intuito de unificar alguns impostos e acabar com as isenções fiscais. No entanto, ainda não existe uma previsão de reduzir a carga tributária em relação ao percentual do PIB.
Enquanto isso não acontece, cabe às companhias investir em um planejamento tributário eficiente para diminuir os custos empresariais, sem deixar de pagar impostos.
2.3. DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
Em março de 2018 o International Accounting Standards Board (IASB) emitiu a revisão da estrutura conceitual para o relatório financeiro (conceptual framework for financial), as alterações terão vigencia a partir de 1 de janeiro de 2020.
Consoante a IASB, temos no Brasil à aprovação do documento de revisão do Pronunciamento Técnico CPC 00 (R2) pelos órgãos Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e o Conselho Federal de Contabilidade (CFC) através da Deliberação CVM Nº 835 de 10 de dezembro de 2019. 
O documento que passa pela segunda revisão foi originalmente emitido em 1989 e parcialmente revisado em 2010.
A segunda revisão apresenta novos conceitos sobre apresentação, mensuração e divulgação, atualizou a definição de ativos e passivos bem como os critérios de reconhecimento e desreconhecimento de ativos e passivos nas demonstrações financeiras.
Essa revisão estabelece alterações com destaque para:
-o objetivo do relatório financeiro;
-as caracteristicas qualitativas da informação financeira útil;
-a descrição da entidade que relata e seu limite;
-definições de ativo, passivo, patrimônio líquido, receitas e despesas;
-critérios para a inclusão de ativos e passivos nas demonstraçòes contábeis (reconhecimento) e orientaçào sobre quando removê-los (desreconhecimento);
-bases de mensuração e orientação sobre quando usá-las;
-conceitos e orientações sobre apresentação e divulgação.
Vale lembrar que, a estrutura conceitual não define normas ou procedimentos para qualquer aspecto sobre mensuração ou divulgação, e não deve haver conflito entre esta estrutura conceitual e um pronunciamento técnico, neste caso as exigencias do pronunciamento técnico devem prevalecer.
Por que a Estrutura Conceitual Precisou ser Revisada?
- Estrutura Conceitural Anterior: Foi emitida em 1989 e parcialmente revisada em 2010, melhoria útil, mas incompleta e necessária.
- Prioridade: Identificados como prioritário pelas partes interessadas na consulta da agenda de 2011.
- Preenchimento de lacunas: Por exemplo, orientação sobre mensuração, apresentação e divulgação.
- Atualização: Por exemplo, as definições sobre ativo e passivo.
- Estrutura Conceitural Revisada: Conjunto mais abrangente de conceitos para relatórios financeiros.
Principais mudanças:
Capitulo 1 - Objetivo dos relatórios financeiros:
Resumidamente trata do objetivo dos relatórios financeiros de uso geral bem como quais informações são necessárias para alcançar esse objetivo e quem são os principais usuários das informações das demonstrações financeiras. 
Capitulo 2 – Caracteristicas qualitativas das informações contábeis:
Nesse capitulo o conselho do IASB esclareceu os conceitos de Prudencia e Primazia da Essencia sobre a Forma não abordados na redação anterior.
Capitulo 3 - Demonstrações Contábeis e a entidade que reporta:
Neste novo capítulo é descrito o objetivo e o escopo das demonstrações financeiras e fornece uma descrição da entidade que relata.
Capitulo 4 – Elementos das Demonstrações Contábeis:
As definições de ativo e passivo foram atualizadas e as definições de receitas e despesas foram revisadas em concordancia com essa atualização.
Definição Ativo antes da revisão: Um recurso controlado pela entidade como resultado de eventos passados e do qual se espera que beneficios economicos futuros fluam para a entidade.
Definição de Ativo após a revisão: Um recurso econômico presente controlado pela entidade como resultado de eventos passados.
Um recurso econômico é um direito que tem potencial para produzir beneficios econômicos.
Definição de Passivo antes da revisão: Passivo é uma obrigação presente da entidade, derivada de eventos passados, cuja liquidação se espera que resulte na saída de recursos da entidade capazes de gerar benefícios econômicos
Definição de Passivo após a revisão: Uma obrigação presente da entidade de transferir recurso econômico como resultado de eventos passados.
Capitulo 5 – Reconhecimento de desreconhecimento:
Esse capitulo discute sobre os critérios de reconhecimento de ativos e passivos nas demonstrações financeiras.
Capitulo 6 – Mensuração:
A versão anterior da estrutura conceitural incluiu menos orientações sobre mensuração. Esse capitulo descreve as varias bases de mensuração e explica os fatores a serem considerados ao selecionar uma determinada base de mensuração.
Capitulo 7 – Apresentação e divulgação:
O novo capitulo trata sobre os conceitos de apresentação e divulgação e orienta sobre a inclusão das receitas e despesas na demonstração de resultados e na demonstração do resultado abrangente.
sendoa demonstração de resultados principal fonte de informação sobre o desempenho financeiro da entidade.
Capitulo 8 – Conceitos de capital e manutenção de capital:
O conteudo desse capitulo não sofreu alteração. Tratando-se dos conceitos de capital e manutenção de capital, conceitos de manutenção de capital e determinação de lucro e ajustes para manutenção de capital.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Para que uma organização consiga sobreviver em meio à concorrência, a excelência já não se faz mais suficiente, necessita de um conjunto de especialidades o qual será um diferencial mediante outras empresas. Uma boa gestão faz parte desse conjunto de especialidades, e para ser um diferencial em relação às demais empresas, os gestores necessitam de ferramentas que contribuam para a excelência de uma organização. 
O planejamento estratégico vem a ser uma ferramenta imprescindível para uma boa gestão nas organizações, tem como função principal organizar e controlar os objetivos almejados por seus administradores, através desta ferramenta é possível tomar decisões e projetar para um futuro próximo o rumo da organização. Já o balanced scorecard é uma ferramentas de gestão que complementa o planejamento estratégico, através de um processo de operacionalização dos objetivos definidos pela organização. 
Diante destas definições para a elaboração deste estudo foram traçados três objetivos: 1) Descrever o planejamento estratégico e o balanced scorecard em suas várias etapas, 2) Diagnosticar a situação atual da empresa objeto de estudo por meio de entrevista aos sócios e alguns colaboradores e 3) Propor um modelo para implantação do planejamento estratégico.
Conclui-se então que o conjunto de informações que uma empresa possui, e que de uma forma organizada através de planejamento estratégico e do balanced scorecard, possui-se uma ferramenta de gestão de ótima qualidade, onde se obtém informações em tempo real e a partir delas projeta-se o futuro, com intuito de se sobressair emrelação a outras empresas do mesmo ramo, tornando-se uma empresa de sucesso.
REFERÊNCIAS
ARAÚJO, A.; TEIXEIRA, E. M.; LICÓRIO. A importância da gestão no planejamento do fluxo de caixa para o controle financeiro de micros e pequenas empresas. Redeca, v.2, n. 2. JulDez. 2015 p. 73-88
GITMAN, Lawrence J. Princípios de administração financeira. 7. ed. São Paulo, Harbra 2002. ; LAKATOS, Eva Maria;
LODDI, César Eduardo. A aplicação das teorias e métodos da administração financeira como sistema de apoio às tomadas de decisões de pequenos empreendimentos franqueados: um estudo de caso. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo, 2008.
NETO, Alexandre Assaf. Finanças corporativas e valor. 3. ed. São Paulo, Atlas 2008.
RODRIGUES, A. F. O Relacionamento do ciclo de vida com a transição da contabilidade terceirizada para a contabilidade própria de gestão em pequenas empresas. 2001. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção, UFSC, Florianópolis.
SEBRAE MG (2013). Como elaborar controles financeiros. Disponível em: < http://www.sebrae.com.br/Sebrae/Portal%20Sebrae/UFs/MG/Sebrae%20de%20A%20a%20Z/Mnaual%20Participante%202015%20%20COMO%20ELABORAR%20CONTROLES%20F INANCEIROS.pdf> Acesso em: 28 fev. 2020
SILVA, D. J. C.; MIRANDA, L. C.; FREIRE, D. R.; ANJOS, L. C. M. D. Para que serve a informação contábil nas micro e pequenas empresas. Revista Contemporânea de Contabilidade, v. 7, n. 13, p. 89-106, 2010. 
Sistema de Ensino Presencial Conectado
CIÊNCIAS CONTÁBEIS
Diully Nayara Sousa Aguiar
 Fernanda Ferreira da Silva Retori
 Maíza Moreira da Silva
 Raiane Raiz Patriota Carneiro
 Tainara Ribeiro Mota
PRODUÇÃO TEXTUAL :
IMPLANTAÇÃO DE UMA EMPRESA COMERCIAL: ASPECTOS TRIBUTÁRIOS, ADMINISTRATIVOS E CONTÁBEIS
Porto Alegre do Norte/MT
2020
Diully Nayara Sousa Aguiar
 Fernanda Ferreira da Silva Retori
 Maíza Moreira da Silva
 Raiane Raiz Patriota Carneiro
 Tainara Ribeiro Mota
PRODUÇÃO TEXTUAL :
IMPLANTAÇÃO DE UMA EMPRESA COMERCIAL: ASPECTOS TRIBUTÁRIOS, ADMINISTRATIVOS E CONTÁBEIS
Trabalho de Produção textual apresentado à Universidade Pitágoras Unopar - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral .
Porto Alegre do Norte/MT
2020

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