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TCC - IMPORTÂNCIA DAS NOVAS FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS PARA O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM

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A IMPORTÂNCIA DAS NOVAS FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS PARA O 
PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM 
 
 
SCHWEITZER, Rafael Kühl1 
ORIENTADOR2 
 
RESUMO 
 
O uso das ferramentas tecnológicas no ambiente escolar é cada vez mais um fator 
fundamental para que o processo de ensino e aprendizagem torne-se mais intuitivo e 
interessante para os estudantes, principalmente com a grande evolução tecnológica que 
cresce de uma forma exponencial e sem perspectiva de frear, tendo em vista que os 
estudantes avançam juntos com as tecnologias em seu uso. As escolas possuem o papel 
de possibilitar o acesso das gerações futuras ao mundo do saber, e para isso o professor 
precisa estar preparado e capacitado nesse amplo universo tecnológico, fazendo com que 
o estudante sinta satisfação em ir à escola e de buscar novos conhecimentos, por isso os 
docentes precisam estar preparados para que possua melhoria no processo de ensino-
aprendizagem. Este artigo apresenta historicamente os primeiros conceitos de tecnologia 
e as primeiras ferramentas tecnológicas até as mais utilizadas em nosso período 
contemporâneo. Este documento também busca apresentar que as ferramentas 
tecnológicas não estão sendo utilizadas de maneira apropriada por motivos da falta de 
investimentos do poder público e principalmente pela falta de capacitação dos nossos 
docentes para uma correta utilização das mesmas. A partir das dificuldades apresentadas 
o artigo visa buscar uma reflexão teórica dos momentos atuais e apresentar ferramentas 
tecnológicas de fácil manuseio e de grande potencial para ser aliada com as aulas 
presenciais e/ou não presenciais, da forma de Ensino a Distância, principalmente em 
momentos de pandemia mundial, exemplo do atual COVID-19. 
 
 
Palavras-chaves: Ferramentas Tecnológicas. Ensino a Distância. Importância da 
Capacitação dos Docentes. Educação Escolar. 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
As tecnologias costumam ser utilizadas nas escolas somente para 
apresentação de vídeos, pesquisar na internet e as vezes na utilização de algum 
 
1 Graduado em Sistemas de Informação pela Uniplac e Acadêmico do Curso de Formação 
Pedagógica em História – UNINTER. 
2 Dados do orientador encaminhado pela matriz. 
software educacional. Esses equipamentos, no seu tempo certamente mudaram as 
perspectivas da educação. Mas os recursos tecnológicos hoje, século XXI, são muito 
mais do que isso. As tecnologias englobam muitas ferramentas que auxiliam não só 
os alunos no processo do ensino e da aprendizagem, mais também professores e 
gestores. 
Atualmente, século XXI, vive-se a era da tecnologia, em que todas as áreas 
da sociedade encontram-se de alguma forma algum tipo de ferramenta tecnológica 
integrada em seu meio, que tem seu objetivo melhorar e/ou aprimorar as ações e 
necessidades de cada uma de suas áreas. E com a área da educação não poderia 
ser diferente, hoje os professores e alunos em sua maioria tem celulares, tablets, 
computadores ou alguma ferramenta tecnológica a disposição e estão sempre à mão 
em seus intervalos ou dentro de sala de aula. 
Hoje, as tecnologias como um todo contribuem para um melhor processo de 
ensino-aprendizagem, ajudando com novos mecanismos de ensinar e aprender, 
auxiliando assim o docente sempre com novos meios para melhor atuar em sala de 
aula. 
 
Segundo Ribas (2008), o professor deve ser alguém criativo, competente e 
comprometido com o advento das novas tecnologias, interagindo em meio à 
sociedade do conhecimento, repensando a educação e buscando os 
fundamentos para o uso dessas novas tecnologias, que causam grande 
impacto na educação e determinam uma nova cultura e novos valores na 
sociedade. 
 
Porém com o advento da COVID-19, percebeu-se o quanto somos frágeis e 
dependentes das ferramentas tecnológicas, mostrou-se neste cenário como os 
profissionais da educação possuem dificuldades e não conhecem ferramentas 
adequadas para a utilização principalmente no cenário de ensino a distância, para 
uma correta e plena utilização das ferramentas tecnológicas. Enxergando assim a 
precariedade da capacidade intelectual e de formação continuada dos docentes na 
área das tecnologias. 
Partindo desse pressuposto, este artigo foi realizado por meio de uma 
pesquisa bibliográfica que busca apresentar a importância da capacitação 
continuada do uso adequado de ferramentas tecnológicas dentro do contexto 
escolar, com o objetivo de apresentar essas ferramentas que estão sendo 
amplamente utilizadas nas escolas do mundo todo para auxiliar o docente em sala 
de aula, contribuindo assim com uma aula mais atrativa e menos monótona. 
O artigo está divido em quatro capítulos. O primeiro capítulo é apresentado 
conceitos básicos e fundamentais sobre as tecnologias, para melhor compreensão 
do contexto geral deste artigo. O segundo capítulo descreve um breve histórico das 
primeiras ferramentas tecnológicas até os dias atuais. O terceiro capítulo sendo um 
dos mais importantes, descreve algumas justificativas dos problemas atuais do mal 
uso das ferramentas tecnológicas frisando sempre na capacitação dos docentes, 
também apresentando outros empecilhos que acarretam na má utilização das 
tecnologias em sala de aula. E por fim, o último capítulo apresenta algumas 
ferramentas de grande potencial e gratuitas que podem contribuir fortemente no 
contexto de ensino-aprendizagem. 
De maneira abrangente, esta pesquisa tem como objetivo incentivar o uso de 
ferramentas tecnológicos que possam auxiliar o docente em sala de aula, motivando 
os estudantes no processo de ensino-aprendizagem. 
 
2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DE TECNOLOGIA 
 
Para compreender melhor sobre o tema central do artigo é fundamental 
refletir o significado de tecnologia em si. 
Segundo o site dicionário online de português a tecnologia é a “Teoria ou 
análise organizada das técnicas, procedimentos, métodos, regras, âmbitos ou 
campos da ação humana” (DICIO, 2020). 
Para sintetizar este o significado de tecnologia, pode-se dizer que as 
tecnologias são nada mais, nada menos que métodos e técnicas que podem auxiliar 
e contribuir com as ações humanas, não necessariamente a tecnologia precisa estar 
ligada na rede elétrica ou com placas computacionais. Como por exemplo um 
simples quadro negro e um giz branco pode ser considerado uma tecnologia, 
servindo para auxiliar o docente em uma aula qualquer. 
Para Kenski (2007, p. 15), “[...] as tecnologias são tão antigas quanto a 
espécie humana”. Elas existem desde os primórdios do raciocino humano, conforme 
o ser-humano foi evoluindo e descobrindo novas formas de sobrevivência, por 
consequência foi surgindo novos métodos e ferramentas para se manter vivos, 
assim novas tecnologias estavam sendo criadas. E hoje em dia não é diferente, 
conforme a sociedade sente alguma dificuldade ou necessidade, consequentemente 
surge uma nova tecnologia para suprir e facilitar determinado problema, tendo 
sempre uma crescente e veloz evolução tecnológica. 
As tecnologias atuais influenciam na cultura da humanidade, um exemplo é o 
meio que é efetuada grande parte da comunicação das sociedades 
contemporâneas, ou seja, pela utilização da internet para a comunicação, permitindo 
que pessoas se comuniquem sem precisar estar fisicamente no mesmo lugar. Pode 
ser citada também a Educação a Distância, propiciando que muitas pessoas que 
não tenham a disponibilidade de cursar uma Universidade de forma presencial ou 
que não tenham recursos financeiros para financiar esta mesma, assim possam 
obter o certificado de curso superior utilizando esta tecnologia. 
Notando a importância das tecnologias para a sociedade, esta mesma precisa 
ser levada para as escolas, buscando sempre explorar esse conhecimento de uma 
maneira prévia e sempre constante, não apenas utilizando somente quando 
aparecer alguma emergência, como exemplo neste momento de pandemia do 
COVID-19 que obrigou todas as escolas a aderirem o método não presencial, 
utilizandoferramentas tecnológicas e a internet. Por isso a importância da 
capacitação constante dos professores para melhor utilização das ferramentas 
tecnológicas, permitindo assim novos métodos de ensinar e aprender. 
Mesmo a tecnologia sendo relativamente fácil de manusear, ainda existe 
desigualdade social neste quesito. É de conhecimento que ainda existe uma parcela 
da sociedade brasileira que ainda não possui acesso à internet. 
De acordo com Torkania (2020): 
 
Os dados, que se referem aos três últimos meses de 2018, mostram ainda 
que o percentual de brasileiros com acesso à internet aumentou no país de 
2017 para 2018, passando de 69,8% para 74,7%, mas que 25,3% ainda 
estão sem acesso. Em áreas rurais, o índice de pessoas sem acesso é 
ainda maior que nas cidades, chega a 53,5%. Em áreas urbanas é 20,6%. 
 
Seguindo essa reflexão, é fundamental a utilização das tecnologias no 
processo de ensino-aprendizagem, fazendo com que a escola realize um trabalho 
social, adicionando essas pessoas no mundo tecnológico, derrubando assim as 
muralhas que um dia poderiam exclui-los do meio social, cultural ou intelectual. 
 
 
3 A EVOLUÇÃO DAS PRINCIPAIS FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS AO 
DECORRER DOS TEMPOS 
 
Antes de iniciar de fato ao assunto da importância das tecnologias no meio 
educacional é importante destacar uma série de assuntos para melhor 
compreendermos sobre o tema em foco, para iniciar os assuntos relacionados a 
tecnologia é interessante que o leitor compreenda inicialmente a história e evolução 
das principais ferramentas tecnológicas desde os tempos antigos até o período 
contemporâneo. 
Para iniciar os destaques da evolução das ferramentas tecnológicas, pode ser 
analisado então que uma destas primeiras ferramentas constitui em uma simples 
calculadora tem sua datação de mais de 5000 mil anos atrás, afirma Gugik (2020) 
que o registro da primeira ferramenta tecnológica de característica computacional é 
“datado do ano de 5.500 a.C., pelos povos que constituíam a Mesopotâmia. 
Contudo, este mecanismo também foi usado posteriormente por muitas outras 
culturas”. 
A ferramenta citada ainda é utilizada hoje em dia, se trata do famoso Ábaco. 
Estes fatos históricos são descritos por Gugik (2020): 
 
Muitos povos da antiguidade utilizavam o ábaco para a realização de 
cálculos do dia a dia, principalmente nas áreas de comércio de mercadorias 
e desenvolvimento de construções civis. Ele pode ser considerado como a 
primeira máquina desenvolvida para cálculo, pois utilizava um sistema 
bastante simples, mas também muito eficiente na resolução de problemas 
matemáticos. É basicamente um conjunto de varetas de forma paralela que 
contém pequenas bolas que realizam a contagem. 
 
Analisando o Ábaco como exemplo de uma das primeiras ferramentas 
tecnológicas ou ainda sendo mais específico, é considerado um dos primeiros 
computadores da humanidade, seguindo essa afirmação se faz necessário 
apresentar o significado da palavra computador. Segundo o site dicionário online de 
português computador significa algo “que computa, que faz cômputos (cálculos) de; 
calculador” (DICIO, 2020). A partir desta análise pode-se afirmar então que o Ábaco 
foi uma das primeiras ferramentas tecnológicas computacionais para auxiliar o 
humano na realização de cálculos. 
Segundo a professora de licenciatura em letras Diana (2020) afirma que “uma 
das primeiras máquinas de computar foi o ‘ábaco’, instrumento mecânico de origem 
chinesa criado no século V a.C. Assim, ele é considerado o ‘primeiro computador’, 
uma espécie de calculadora que realizava operações algébricas”. 
Após a invenção do Ábaco, existiu muitas ferramentas computacionais que 
auxiliaram de alguma forma a humanidade, alguns computadores arcaicos depois do 
Ábaco tem-se da “régua de cálculos” criada por John Napier que “trata-se do 
primeiro instrumento analógico de contagem capaz de efetuar cálculos logaritmos. 
Essa invenção foi considerada a mãe das calculadoras modernas” (DIANA, 2020). 
Em seguida chega o matemático francês Pascal que “inventa a primeira 
máquina de calcular automática. Essa máquina foi sendo aperfeiçoada nas décadas 
seguintes até chegar no conceito que conhecemos hoje” (DIANA, 2020). 
Já no século XIX, “o matemático inglês Charles Babbage criou uma máquina 
analítica que, a grosso modo, é comparada com o computador atual com memória e 
programas” (DIANA, 2020). 
Através desta última invenção, alguns estudiosos o consideram o “Pai da 
Informática”. 
Assim, as máquinas de computar foram cada vez mais incluindo a variedade 
de cálculos matemáticos, adição, subtração, divisão, multiplicação, raiz quadrada, 
logaritmos, dentre outros com complexidades extremamente avançadas. 
Finalizando os destaques das primeiras e mais importantes ferramentas 
tecnológicas computacionais agora chega-se na era dos computadores mais 
avançados. Essa evolução é dividida em 5 gerações, a última geração se trata dos 
computadores que utilizamos hoje dentro de nossas casas, que a partir dessa 
geração vem muitas ferramentas tecnológicas como o smartphone, tablets, 
notebooks, smart tv, lousa digital, o armazenamento de dados em nuvem, softwares 
mais sofisticados, dentre muitas outras ferramentas que serão destacadas mais 
adiante neste artigo. Mas antes será analisado as 5 gerações até os computadores 
atuais. 
Os computadores de primeira geração datam-se de 1946 a 1954 e eram 
constituídos de circuitos eletrônicos e válvulas, o uso era extremamente restrito por 
se tratar de uma máquina muito complexa para ser utilizada, e exigia um espaço 
muito grande para instalação, além de possuir um grande consumo de energia tinha 
vários problemas devido ao aquecimento da máquina. 
De acordo com o site da Fundação Bradesco (2020): 
 
As válvulas foram utilizadas em computadores eletrônicos, como por 
exemplo no ENIAC. Normalmente quebrava após algumas horas de uso e 
tinha o processamento bastante lento. Nesta geração os computadores 
calculavam com uma velocidade de milésimos de segundo e eram 
programados em linguagem de máquina. 
 
Os computadores de segunda geração datam-se de 1955 a 1964 iniciando 
assim com o seu uso comercial, porém com um tamanho ainda gigantesco e com 
capacidade de processamento ainda muito pequena sendo o destaque desta 
geração a substituição das válvulas por transistores. 
De acordo com o site da Fundação Bradesco (2020): 
 
A válvula foi substituída pelo transistor. Seu tamanho era 100 vezes menor 
que o da válvula, não precisava de tempo para aquecimento, consumia 
menos energia, era mais rápido e confiável. Os computadores desta 
geração já calculavam em microssegundos (milionésimos) e eram 
programados em linguagem montadora. 
 
Os computadores de terceira geração datam-se de 1964 a 1977. Estes 
computadores tiveram uma grande redução de tamanho sendo eles constituídos 
agora de circuitos integrados com maior capacidade de processamento e agora 
sendo utilizado pela primeira vez como computador pessoal. 
De acordo com o site da Fundação Bradesco (2020): 
 
Os transistores foram substituídos pela tecnologia de circuitos integrados 
(associação de transistores em pequena placa de silício). Além deles, 
outros componentes eletrônicos foram miniaturizados e montados num 
único CHIP, que já calculavam em nanossegundos (bilionésimos). Os 
computadores com o CI (Circuito Integrado) são muito mais confiáveis, bem 
menores, tornando os equipamentos mais compactos e rápidos, pela 
proximidade dos circuitos; possuem baixíssimo consumo de energia e 
menor custo. Nesta geração surge a linguagem de alto nível. 
 
Os computadores de quarta geração datam-se de 1977 a 1991. Nesta 
geração surgiram os primeiros softwares integrados com processadores de textos, 
planilhas eletrônicas, gerenciadores de Banco de Dados, com as primeiras telas 
gráficas e utilização de um mouse. Estes computadores começaram a se 
assemelhar com os computadores de hoje em dia.De acordo com o site da Universidade da Paraíba (2020): 
 
Os computadores da quarta geração são reconhecidos pelo surgimento dos 
processadores — unidade central de processamento. Os sistemas 
operacionais como MS-DOS, UNIX, Apple’s Macintosh foram construídos. 
Linguagens de programação orientadas a objeto como C++ e Smalltalk 
foram desenvolvidas. Discos rígidos eram utilizados como memória 
secundária. Impressoras matriciais, e os teclados com os layouts atuais 
foram criados nesta época. 
 
Os computadores de quinta geração datam-se de 1991 aos dias atuais. Estas 
máquinas são consideradas supercomputadores com grande potencial de 
processamento tendo ampla utilização na automação de escritórios e no meio 
comercial e industrial e sendo o grande destaque desta geração na grande adesão 
da era on-line. 
De acordo com o site da Universidade da Paraíba (2020): 
 
A quinta geração está sendo marcada pela inteligência artificial e por sua 
conectividade. A inteligência artificial pode ser verificada em jogos e robôs 
ao conseguir desafiar a inteligência humana. A conectividade é cada vez 
mais um requisito das indústrias de computadores. Hoje em dia, queremos 
que nossos computadores se conectem ao celular, a televisão e a muitos 
outros dispositivos como geladeira e câmeras de segurança. 
 
Pode-se perceber através deste capítulo que as ferramentas tecnológicas 
podem ser diversas ferramentas que foram desenvolvidas para facilitar e automatizar 
o trabalho humano, seguindo esse pressuposto e já tendo o conhecimento da 
evolução das ferramentas tecnológicas computacionais, mais adiante este artigo 
apresentará seu foco nas ferramentas tecnológicas digitais em âmbito educacional, 
ou seja, softwares que possam auxiliar o docente em seu processo de ensino-
aprendizagem. 
 
4 O FUTURO INCONTESTÁVEL DA UTILIZAÇÃO DAS FERRAMENTAS 
TECNOLÓGICAS NO MEIO EDUCACIONAL 
 
No ano de 2020 o Brasil sofreu intensamente com a pandemia do COVID-19 
causando impactos sociais, econômicos, culturais e políticos que obrigou com que o 
ritmo da sociedade mudasse permanentemente, tendo mudanças drásticas em 
alguns setores. Um desses setores que recebeu grande impacto foi o sistema 
educacional mundial, levando o fechamento generalizado das escolas, 
universidades e faculdades. 
Segundo informações do documento digital da Câmara Municipal de Monte 
Mor (2020): 
 
Em 12 de abril de 2020, aproximadamente 1,716 bilhão de alunos foram 
afetados devido ao fechamento da escola em resposta à pandemia. 
Segundo o monitoramento da UNESCO, 188 países implementaram 
fechamentos em todo o país e 5 implementaram fechamentos locais, 
impactando cerca de 99,4% da população estudantil do mundo. 
 
Para solucionar esse problema de imediato e não deixar o sistema 
educacional estagnado, a solução mais prática e efetiva era contar ainda mais com a 
utilização das tecnologias, principalmente na modalidade do ensino a distância, 
utilizando ferramentas propícias com o auxílio da internet para continuar a todo 
vapor o trabalho de ensino-aprendizagem e manter funcionando perfeitamente sem 
que este cenário traga prejuízos à educação mundial. 
Este cenário foi fundamental para analisarmos como somos frágeis e 
dependemos fundamentalmente e a quase todo tempo das tecnologias, e precisou 
acontecer uma pandemia mundial para que observássemos claramente que o uso 
de ferramentas tecnológicas em nosso meio é fundamental para que tudo continue 
funcionando quase que normalmente. Neste momento de pandemia analisou-se que 
muitos professores não conseguem utilizar ferramentas básicas no meio tecnológico. 
Enxergando assim a precariedade da capacitação de docentes para utilização 
corriqueira das tecnologias. 
Além disso, a própria Base Nacional Comum Curricular (BNCC) considera as 
tecnologias educacionais um aliado para a aprendizagem de alunos da educação 
básica. 
Porém, com a precariedade de capacitação adequada dos docentes, surge 
assim um dos maiores desafios para que os gestores e as instituições de ensino 
possivelmente possam encontrar é com a própria resistência dos professores. 
Muitos docentes não foram formados em um meio com tamanha abundancia 
tecnológica como hoje e têm dificuldades básicas em suas utilizações. 
E por outro lado, os estudantes, muitas vezes, possuem maior facilidade e 
uma maior gama de conhecimentos das ferramentas e recursos que os próprios 
professores desconhecem. Isso acaba contribuindo para a resistência dos 
professores quanto ao uso das tecnologias educacionais. 
O Censo escolar realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas 
Educacionais (Inep) apontam que a maioria das escolas públicas já possuem 
ferramentas tecnológicas a disposição dos docentes, porém mesmo assim a 
aproximação dos docentes com essas tecnologias ainda não aconteceram, pois as 
tecnologias as vezes até chegam nas escolas, mas carecem de capacitação e os 
professores muitas vezes ficam carregados com medo de utilizar essas mesmas, 
causando assim uma resistência em seu uso. Esta afirmação pode ser contestada 
também por Abellón (2020): 
 
A verdade é que, a maioria dos educadores, não foi instruída para usar 
tecnologias digitais em sala e, os que ainda estão em graduação também 
não estão sendo devidamente preparados. O principal argumento dos 
próprios professores para explicar essa dificuldade dessa inserção em sala 
é o medo de não conseguir dominar os recursos tecnológicos. 
 
Por consequência a falta de capacitação do docente, torna-se ainda mais 
complexa a exploração de novas práticas pedagógicas utilizando as tecnologias. 
Fortalecendo ainda mais a resistência por essas novas ferramentas e forçando ainda 
mais o professor a continuar utilizando os velhos métodos obsoletos e talvez não tão 
atraentes para os estudantes. 
As escolas hoje desprovidas de novas ferramentas tecnológicas ou no uso de 
ferramentas obsoletas acabam por transformar as salas de aula em um ambiente de 
grande monotonia sem estímulo e apagando o interesse dos estudantes, 
predominando aquele sentimento de desgosto ao ir para a escola, sentindo aquele 
momento como uma obrigação e não de prazer, reduzindo assim na qualidade da 
educação nas escolas. Cabe ao docente sempre se capacitar sobre o uso adequado 
de novas ferramentas tecnológicas, buscar sempre novos conhecimentos para que o 
profissional não acabe se tornando obsoleto nas suas formas e metodologias de 
atuação dentro das salas de aula. 
O uso das ferramentas tecnológicas aliadas com a educação, deve ser 
sempre integrada como um conjunto de ferramentas que possam sempre auxiliar os 
docentes positivamente, principalmente hoje com a grande diversidade de meios 
tecnológicos em ascensão em nosso meio, pensando sempre que as tecnologias 
podem automatizar e enriquecer o trabalho do docente, trazendo mais prazeres e 
curiosidades para os estudantes, ou seja podendo revolucionar na qualidade da 
educação. 
 Utilizar as ferramentas tecnológicas a favor do ensino-aprendizagem é ter 
consciência que o mundo contemporâneo sem a exploração das tecnologias é o 
mesmo que estagnar a qualidade dos professores, não dando importância se os 
estudantes estão aprendendo ou não, por isso é importante sempre manter-se 
atualizados e capacitados no mundo tecnológico. “A educação é e sempre foi um 
processo complexo que utiliza a medida de algum tipo de meio de comunicação 
como complemento ou apoio à ação do professor em sua interação pessoal e direta 
com os estudantes” (BELLONI, 1999. p.54). 
Atualmente muitas escolas hoje em dia estão utilizando uma metodologia de 
ensino muito eficaz que pode aliar potencialmente com as tecnologias. Essa 
metodologia é mais conhecida como Metodologia Ativa. Este método muda 
principalmente o modelo clássico utilizado frequentemente no passado e comumente 
ainda é utilizado em muitas escolas, onde que no método clássico o professor é o 
protagonista da educação, sendoo único detentor do conhecimento, já nas 
Metodologias Ativas o professor se torna apenas o mediador, e os estudantes os 
reais protagonistas da educação. 
 
A metodologia ativa, o aluno é personagem principal e o maior responsável 
pelo processo de aprendizado. Sendo assim, o objetivo desse modelo de 
ensino é incentivar que a comunidade acadêmica desenvolva a capacidade 
de absorção de conteúdos de maneira autônoma e participativa (PINTO, 
2020) 
 
Nesta metodologia podemos destacar alguns métodos que utilizam 
fortemente as ferramentas tecnológicas para potencializar a qualidade das aulas. 
Pode ser citado dois dos vários métodos que utilizam as tecnologias como motor 
propulsor da efetivação destes processos. 
O primeiro a ser citado é o método de Sala de aula Invertida, “é uma 
metodologia ativa amplamente conhecida, derivada do ensino híbrido. Seu 
diferencial reside no uso da tecnologia – especialmente a internet, pois mistura a 
experiência digital e de sala de aula, potencializando o aprendizado” (PINTO, 2020). 
O segundo método a ser citado é no modelo de gamificação que pode ser 
potencializado na utilização de ferramentas tecnológicas, para transformar simples 
aulas em jogos digitais educacionais. A metodologia ativa de Gamificação “pode-se 
entender como gamificação a utilização de elementos como jogos e desafios em 
situações de sala de aula” (PINTO, 2020). 
Fortalecendo ainda mais o uso de ferramentas tecnológicas, em novembro de 
2018 o Ministério da Educação homologou as novas Diretrizes Curriculares 
Nacionais (DCNs) para a educação básica. Entre as alterações está a validação da 
utilização do Ensino a Distância na educação básica brasileira. Conforme a 
publicação da Redação Pátio (2020) em sua página de internet sobre as Diretrizes 
Curriculares Nacionais: 
 
A carga horária de aula online pode chegar a 30% para alunos do turno 
noturno, 20% para alunos do turno diurno e 80% para os estudantes da 
Educação de Jovens e Adultos (EJA). As novidades definiram o que ficou 
em aberto na reforma do ensino médio sancionada pelo governo de Michel 
Temer em 2017. 
 
Por momento essa modalidade é opcional, porém com a grande utilização de 
ferramentas do estilo EAD, essa modalidade pode se tornar uma realidade concreta 
em nossas escolas da rede pública. Caso os estados resolvam aderir as novas 
diretrizes, os sistemas de ensino poderão firmar convênios com instituições que 
oferecem a modalidade, consequentemente a carga horária das aulas terão um 
acréscimo. “Todas as escolas brasileiras têm até 2022 para aumentar a carga 
horária total, que é de 2,4 mil, para 3 mil horas” (REDAÇÃO PÁTIO, 2020). 
Estes novos conteúdos a serem tratados na forma EAD são chamados 
atualmente de “itinerários formativos”. Trata-se do estudo aprofundado de 
determinadas áreas do conhecimento, sendo das já disciplinas comuns como de 
áreas técnicas, e os estudantes terão a opção de quais itinerários desejam realizar 
conforme a necessidade da comunidade escolar. Em entrevista ao site Metro Jornal 
(2020) uma diretora-executiva do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, 
Cultura e ação Comunitária (Cenpec) cita que “os itinerários formativos deverão 
aumentar o protagonismo dos estudantes em suas formações. Ainda assim, a 
diretora-executiva do Cenpec atenta ao alto investimento em infraestrutura 
tecnológica e conectividade que o implemento da EAD exige”. 
Nota-se que a tendência para a utilização das ferramentas tecnológicas 
dentro das escolas só tende a crescer consideravelmente e um caminho sem volta, 
porém alguns problemas e dificuldades existem para a correta implementação e 
utilização das mesmas, uma delas já citada anteriormente é na falta de capacitação 
e na busca de novos conhecimentos por parte dos professores e das secretarias de 
educação para o uso adequado das ferramentas tecnológicas, além destes 
problemas já debatidos existem também o grande problema da precária 
infraestrutura de muitas escolas. 
 
“No caso da rede pública, há um problema ainda anterior à apropriação das 
novas tecnologias: a falta de infraestrutura. Segundo uma pesquisa de 2017 
do movimento Todos pela Educação, 66% dos professores da rede 
apontam o número insuficiente de equipamentos como limitador no uso dos 
recursos tecnológicos no ensino. Além disso, 64% indicam a velocidade 
insuficiente da internet como restrição” (FONTOURA, 2020). 
 
Nota-se escancaradamente que enquanto o poder público não investir em 
capacitação continuada e/ou infraestrutura adequada na área das tecnologias, os 
professores precisarão se tornar mais independentes, mas pra isso a internet nos 
proporciona diversas ferramentas tecnológicas livres super efetivas e cursos 
gratuitos para a utilização adequada das mesmas, exemplo disso são os softwares 
educacionais da Google que serão apresentados no próximo capítulo para auxiliar 
os docentes no processo de ensino-aprendizagem. 
 
5 EXEMPLOS DE FERRAMENTAS DIGITAIS GRATUITAS PARA O USO 
EFETIVO EM SALA DE AULA 
 
Hoje em dia existem diversos tipos de ferramentas digitais com o foco na 
educação a distância e o melhor de tudo isso, gratuitas com diversas 
documentações e pequenos cursos disponíveis na internet para facilitar seu 
manuseio. Este capítulo apresentar-se-á ferramentas amplamente utilizadas no 
mundo e tendo seu foco a utilização no Brasil, principalmente neste momento de 
pandemia, que obrigou a educação a se adaptar no modelo EAD e que futuramente 
essas ferramentas possivelmente serão utilizadas nas escolas com cada vez mais 
frequência. 
As ferramentas em destaques neste artigo são da empresa Google. A escolha 
pelo autor se teve pelo fato de ser gratuita, estar sendo utilizada como padrão das 
aulas EAD neste momento de pandemia nas escolas públicas brasileira, e ter grande 
suporte e fácil acesso a documentação das mesmas. 
A primeira ferramenta a ser destacada e que ganhou grande fama e utilização 
no Brasil foi o Google Classroom, a grande fama e adesão no ano de 2020 dos 
usuários com esta ferramenta foi devido a consequência do COVID-19, pois com as 
medidas de distanciamento acabou por abolir temporariamente as aulas presencias, 
fazendo com que as atividades escolares sejam migradas para o Ensino a Distância. 
De acordo com o site Brasil Escola (2020): 
 
O Google Classroom ou a Sala de Aula do Google é uma ferramenta on-line 
gratuita que auxilia professores, alunos e escolas com um espaço para a 
realização de aulas virtuais. Por meio dessa plataforma, as turmas podem 
comunicar-se e manter as aulas a distância mais organizadas. 
 
Por meio desta ferramenta, os docentes podem publicar exercícios em uma 
página específica e poder verificar quem finalizou as atividades, além de que os 
estudantes podem tirar suas dúvidas em tempo real podendo verificar as notas das 
atividades. O sistema disponibiliza uma função de comunicação podendo os 
estudantes e professores se comunicar a qualquer momento, como também deixar 
notificações de novos exercícios. 
A seguinte ferramenta a ser destacada é o Google Forms ou também 
conhecido como Google Formulários, que auxilia na automação de atividades e 
avaliações digitais. Podendo criar atividades discursivas e/ou objetivas. O professor 
pode configurar da melhor maneira que desejar como criar pesquisas de múltipla 
escolha, fazer questões discursivas, solicitar avaliações em escala numérica, dividir 
por páginas e assuntos, lançar imagens, dentre diversas outras funcionalidades que 
a mesma possibilita, mas o destaque é na automação das atividades, dependendo 
da configuração a ser realizada, a ferramenta praticamente corrigi os trabalhos 
automaticamente e ainda envia as notas nominadas para os estudantes e 
professores através de um simples e-mail. 
 
“Google Forms é um aplicativo do Google especialmente desenvolvido para 
a criação de formulários, sua divulgação, compartilhamento, captação de 
respostas e análise deresultados. Estes formulários podem ser usados nas 
mais diversas atividades, como em pesquisas internas nas empresas; 
pesquisas externas (de marketing, por exemplo); captação de leads, 
cadastramento em newsletters e até para professores passarem e 
corrigirem exercícios ou ministrarem provas e testes” (RIBEIRO, 2020). 
 
A ferramenta Google Docs também entra na lista dos destaques. Esta 
ferramenta substitui os famosos pacotes Word, da Microsoft. O melhor de tudo é que 
a ferramenta é gratuita, com praticamente as mesmas funcionalidades do pacote de 
ferramentas de edição de textos Word. Hoje em dia para um docente é indispensável 
a criação de documentos de textos, criação de apresentação em slides e/ou 
planilhas, sendo todas essas funcionalidades podendo ser criadas no Google Docs, 
basta ter o simples acesso à internet para utilização da mesma, sem precisar instalar 
nada em sua máquina. 
 
“Em sua expressão mais simples, o Google Docs é um produto do tipo 
SaaS (Software as a Service), que oferece ao usuário doméstico meios não 
apenas de criar e editar documentos de texto, planilhas eletrônicas e 
apresentações sem a necessidade de instalar qualquer programa em seu 
computador (posto que os programas estão instalados nos servidores da 
Google e a comunicação do usuário com eles, ou interface, é feita por meio 
do programa navegador), como também de armazenar os arquivos assim 
criados nesses mesmos servidores (ou seja, naquilo que se convencionou 
chamar de a nuvem). E a melhor parte: até certo limite de espaço de 
armazenamento utilizado, o serviço é gratuito para usuários domésticos” 
(PIROPO, 2020). 
A quarta ferramenta a ser descrita se trata do Google Drive, em resumo 
funciona como uma grande pasta de arquivos digitais, sendo que estes arquivos 
ficam armazenados em nuvem, não precisando de um dispositivo físico para o 
armazenamento dos mesmos, como pen drive ou disco rígido. Basta ter acesso a 
internet para poder disfrutar dessa ferramenta. Comumente os estudantes e 
professores criam seus documentos e acabam perdendo o material por falta de 
atenção ou por ser extraviado um dispositivo que esteja armazenado esses 
materiais. Todos esses problemas podem ser eliminados com a utilização do Google 
Drive. 
 
“O Google Drive se destaca por oferecer várias funcionalidades em um 
mesmo pacote, além de ser totalmente gratuito e de uso livre. A ferramenta 
é intuitiva, funciona em uma plataforma 100% online e o armazenamento é 
na nuvem. Além de permitir a produção e o armazenamento de conteúdo, o 
Google Drive também promove a sincronização entre diferentes máquinas, 
salvando todo o material produzido de forma automática” (BITTENCOURT, 
2020). 
 
Outra ferramenta para utilização na educação hoje na função de videoaulas 
em tempo real é a ferramenta Google Meet. Ferramenta esta que também é gratuita 
até setembro de 2020 que através de um smartphone ou computador pessoal, os 
docentes podem ministrar suas aulas através de videoaulas, podendo se comunicar 
com os estudantes, tirar dúvidas, explicar conteúdos, apresentar experimentos 
escolares, apresentações de trabalhos, apresentações de slides, dentre outros. 
Todos os participantes que estiverem nesta videoaula podem se comunicar em 
tempo real, uma das melhores formas de aplicar uma aula sem que estejam 
fisicamente juntos. 
 
“O Google Meet é um aplicativo de videoconferência do Google disponível 
para Android e iPhone (iOS). A ferramenta, que antes era exclusiva para 
assinantes do GSuite, liberou o acesso grátis a todos os usuários do Gmail. 
O aplicativo permite fazer videochamadas com até 100 pessoas, e fornece 
ferramentas como compartilhamento de tela e legendas instantâneas. O 
acesso gratuito do Google Meet vai até 30 de setembro, como uma 
alternativa para realizar reuniões corporativas virtuais ou aulas à distância 
durante o regime de home office com a quarentena” (FRANCO, 2020). 
 
A última ferramenta a ser destacada e que tem um dos maiores potenciais 
educacionais é o YouTube, também da empresa Google. Esta ferramenta de 
postagem e visualização de vídeos, gratuita e de simples manipulação. Em relação a 
educação esta ferramenta pode ser utilizada em grande escala, tanto para 
visualizações quanto para publicações. Mattar (2007, p. 118, apud Portal 
Educação, 2020) comenta que “o professor pode optar pela produção de um vídeo 
dos alunos ao invés de realizar um seminário, tornando a pesquisa do assunto muito 
mais motivadora e gerando comentários dos outros alunos e demais usuários da 
rede”. 
Hoje o YouTube tem um grande potencial na educação chegando a milhares 
de vídeos educativos, inclusive alguns professores que criaram seus próprios canais 
e se tornaram incrivelmente famosos e atuam até então com a disponibilização de 
materiais educativos via a ferramenta Youtube. Um exemplo é do professor de 
Biologia Paulo Jubilut que é uma grande celebridade educativa no Youtube, o site 
Lunetas (2020) destaca sobre o professor: 
 
O professor Paulo Jubilut, por exemplo, pode ser considerado uma 
celebridade da educação online. Com quase dois milhões de inscritos e 
mais de 250 vídeos postados, ele desenvolveu uma abordagem de ensino 
própria, à frente do canal Biologia Total, hoje o maior canal de Biologia do 
Brasil. Conhecido apenas como Jubilut, ele afirma ser o primeiro professor 
brasileiro a atingir a marca de um milhão de inscritos. Criada em 2013, a 
iniciativa cresceu e funciona hoje como uma empresa, com mais de 20 
funcionários. 
 
Com estas ferramentas apresentadas o professor pode atuar em suas aulas 
com um potencial monumental, podendo ministrar aulas tão criativas e de qualidade 
quanto uma aula presencial. Não significa que as aulas presencias tenham que 
deixar de existir, porém tudo isso pode ser um potencial aliado. Hoje os nossos 
estudantes estão muito ligados com as tecnologias, as informações podem ser 
adquiridas com muita facilidade através da internet, quem não aliar com as 
tecnologias vai ficar definitivamente para trás e obsoleto. 
Todas as ferramentas citadas unidas podem ser de caráter determinante para 
uma aula de qualidade e atrativa, o Google Classroom faz o papel de uma sala de 
aula, o Google Formulários fica a cargo dos exercícios e avaliações, Google Docs é 
a ferramenta responsável pela criação de textos para os trabalhos de pesquisas e 
suporte a apresentações, o Google Drive a mochila e/ou pasta virtual de 
armazenamento de todos os nossos documentos e arquivos, o Google Meet nossas 
aulas de explicação ou apresentação em tempo real e o Youtube nossa ferramenta 
de suporte e fortalecimento dos estudos já debatido com os estudantes. Tudo isso 
forma um ciclo de pura criatividade e fortalecimento da nossa Educação Brasileira, 
basta o profissional acreditar e perder o medo das tecnologias, buscando sempre o 
aprendizado constante e as capacitações contínuas. 
 
METODOLOGIA 
 
Esta pesquisa que teve como finalidade de apresentar a problemática dos 
docentes na utilização das novas ferramentas tecnológicas. Tratou-se de uma 
pesquisa exploratório, bibliográfica, cujos resultados foram analisados em diversos 
documentos digitais e físicos como também relatados conforme a própria 
experiência em sala de aula. 
Os resultados foram analisados numa abordagem qualitativa que, conforme 
Cunha (1995) é aquela que procura estudar os fenômenos educacionais e seus 
atores dentro do contexto social e histórico em que acontecem e vivem. 
A pesquisa é caracterizada como bibliográfica, segundo Pizzani (2012), por 
uma revisão da literatura sobre as principais teorias que englobam um trabalho 
cientifico. Essa revisão pode ser chamada de levantamento bibliográfico a qual pode 
ser realizada em livros, periódicos, artigos de jornais, sites da Internet entre outras 
fontes. Seguindo exatamente estes métodos para a realização deste artigo. 
 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Ao explorar as potencialidades das ferramentastecnológicas no cotidiano da 
educação brasileira, principalmente com o acesso a rede de internet, o processo de 
ensino-aprendizagem abre-se para novas fronteiras, propondo mudanças nas 
práticas pedagógicas, tornando o processo educativo mais interessante e 
estimulante, eliminando assim a monotonia do ensino clássico comumente utilizados 
pelos docentes. 
Pode-se analisar que por meio de ações que proporcionam o uso adequado 
de ferramentas tecnológicas, possibilitam ainda mais a criatividade, a socialização e 
a descoberta de novos saberes e habilidades, ainda mais que as tecnologias estão 
enraizadas no cotidiano de nossa sociedade. 
Porém, a inserção no cotidiano do processo de ensino-aprendizagem exige a 
formação e capacitação de todos os profissionais envolvidos, de forma que sejam 
capazes de identificar os problemas e as necessidades relacionadas à implantação 
e uso adequado de novas ferramentas tecnológicas. No entanto nota-se que por um 
lado a adesão de novas ferramentas tecnológicas nas escolas tem sido feita sem um 
projeto bem estruturado por parte dos governos com pouquíssimo investimento e 
incentivo para elevar o estímulo de nossos docentes, acarretando também na 
resistência de alguns professores a buscarem novos conhecimentos com a 
utilização de ferramentas tecnológicas adequadas, criando no subconsciente do 
docente que a utilização de determinadas ferramentas pode ser um labirinto sem um 
fim, instigando assim com que os professores ignorem as tecnologias e mantenham-
se no estilo conservador do processo clássico de ensino-aprendizagem. 
Este artigo identificou e buscou refletir estes problemas corriqueiros no meio 
escolar, buscando conscientizar o educador e incentivar na utilização de novas 
ferramentas tecnológicas. Como muitos docentes não possuem um conhecimento 
abrangente na utilização adequada dessas ferramentas, o artigo busca também 
apresentar ferramentas tecnológicas gratuitas, fáceis de utilização e com grande 
suporte documental ou de outra forma que possa capacitar e auxiliar o professor na 
utilização adequada das mesmas. 
Este processo pode ajudar grandemente no processo de ensino-
aprendizagem com o incremento de novas tecnologias, principalmente analisando 
neste momento de pandemia da COVID-19, que modificou totalmente o cenário da 
educação mundial, onde que todo o processo precisou modificar seu modo de 
atuação, transformando o processo presencial das aulas para não-presencial, e o 
único meio para que o processo de ensino-aprendizagem continuasse com 
efetividade foi na utilização adequada de novas ferramentas tecnológicas. 
Por meio desta ocorrência de pandemia, pudemos analisar que as tecnologias 
quando utilizadas corretamente podem de agora em diante ser utilizadas 
normalmente, contribuindo sempre e fortalecendo o processo educacional. Sabe-se 
ainda que muito precisa melhor, muitas ferramentas surgirão, porém, precisamos ter 
consciência que necessitamos sempre de nos capacitar, e permitirmos buscar cada 
vez mais novos conhecimentos para seguirmos com um trabalho de ensino-
aprendizagem de qualidade para com os nossos estudantes. 
 
REFERÊNCIAS 
 
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