Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
A IMPORTÂNCIA DAS NOVAS FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS PARA O PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM SCHWEITZER, Rafael Kühl1 ORIENTADOR2 RESUMO O uso das ferramentas tecnológicas no ambiente escolar é cada vez mais um fator fundamental para que o processo de ensino e aprendizagem torne-se mais intuitivo e interessante para os estudantes, principalmente com a grande evolução tecnológica que cresce de uma forma exponencial e sem perspectiva de frear, tendo em vista que os estudantes avançam juntos com as tecnologias em seu uso. As escolas possuem o papel de possibilitar o acesso das gerações futuras ao mundo do saber, e para isso o professor precisa estar preparado e capacitado nesse amplo universo tecnológico, fazendo com que o estudante sinta satisfação em ir à escola e de buscar novos conhecimentos, por isso os docentes precisam estar preparados para que possua melhoria no processo de ensino- aprendizagem. Este artigo apresenta historicamente os primeiros conceitos de tecnologia e as primeiras ferramentas tecnológicas até as mais utilizadas em nosso período contemporâneo. Este documento também busca apresentar que as ferramentas tecnológicas não estão sendo utilizadas de maneira apropriada por motivos da falta de investimentos do poder público e principalmente pela falta de capacitação dos nossos docentes para uma correta utilização das mesmas. A partir das dificuldades apresentadas o artigo visa buscar uma reflexão teórica dos momentos atuais e apresentar ferramentas tecnológicas de fácil manuseio e de grande potencial para ser aliada com as aulas presenciais e/ou não presenciais, da forma de Ensino a Distância, principalmente em momentos de pandemia mundial, exemplo do atual COVID-19. Palavras-chaves: Ferramentas Tecnológicas. Ensino a Distância. Importância da Capacitação dos Docentes. Educação Escolar. 1 INTRODUÇÃO As tecnologias costumam ser utilizadas nas escolas somente para apresentação de vídeos, pesquisar na internet e as vezes na utilização de algum 1 Graduado em Sistemas de Informação pela Uniplac e Acadêmico do Curso de Formação Pedagógica em História – UNINTER. 2 Dados do orientador encaminhado pela matriz. software educacional. Esses equipamentos, no seu tempo certamente mudaram as perspectivas da educação. Mas os recursos tecnológicos hoje, século XXI, são muito mais do que isso. As tecnologias englobam muitas ferramentas que auxiliam não só os alunos no processo do ensino e da aprendizagem, mais também professores e gestores. Atualmente, século XXI, vive-se a era da tecnologia, em que todas as áreas da sociedade encontram-se de alguma forma algum tipo de ferramenta tecnológica integrada em seu meio, que tem seu objetivo melhorar e/ou aprimorar as ações e necessidades de cada uma de suas áreas. E com a área da educação não poderia ser diferente, hoje os professores e alunos em sua maioria tem celulares, tablets, computadores ou alguma ferramenta tecnológica a disposição e estão sempre à mão em seus intervalos ou dentro de sala de aula. Hoje, as tecnologias como um todo contribuem para um melhor processo de ensino-aprendizagem, ajudando com novos mecanismos de ensinar e aprender, auxiliando assim o docente sempre com novos meios para melhor atuar em sala de aula. Segundo Ribas (2008), o professor deve ser alguém criativo, competente e comprometido com o advento das novas tecnologias, interagindo em meio à sociedade do conhecimento, repensando a educação e buscando os fundamentos para o uso dessas novas tecnologias, que causam grande impacto na educação e determinam uma nova cultura e novos valores na sociedade. Porém com o advento da COVID-19, percebeu-se o quanto somos frágeis e dependentes das ferramentas tecnológicas, mostrou-se neste cenário como os profissionais da educação possuem dificuldades e não conhecem ferramentas adequadas para a utilização principalmente no cenário de ensino a distância, para uma correta e plena utilização das ferramentas tecnológicas. Enxergando assim a precariedade da capacidade intelectual e de formação continuada dos docentes na área das tecnologias. Partindo desse pressuposto, este artigo foi realizado por meio de uma pesquisa bibliográfica que busca apresentar a importância da capacitação continuada do uso adequado de ferramentas tecnológicas dentro do contexto escolar, com o objetivo de apresentar essas ferramentas que estão sendo amplamente utilizadas nas escolas do mundo todo para auxiliar o docente em sala de aula, contribuindo assim com uma aula mais atrativa e menos monótona. O artigo está divido em quatro capítulos. O primeiro capítulo é apresentado conceitos básicos e fundamentais sobre as tecnologias, para melhor compreensão do contexto geral deste artigo. O segundo capítulo descreve um breve histórico das primeiras ferramentas tecnológicas até os dias atuais. O terceiro capítulo sendo um dos mais importantes, descreve algumas justificativas dos problemas atuais do mal uso das ferramentas tecnológicas frisando sempre na capacitação dos docentes, também apresentando outros empecilhos que acarretam na má utilização das tecnologias em sala de aula. E por fim, o último capítulo apresenta algumas ferramentas de grande potencial e gratuitas que podem contribuir fortemente no contexto de ensino-aprendizagem. De maneira abrangente, esta pesquisa tem como objetivo incentivar o uso de ferramentas tecnológicos que possam auxiliar o docente em sala de aula, motivando os estudantes no processo de ensino-aprendizagem. 2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS DE TECNOLOGIA Para compreender melhor sobre o tema central do artigo é fundamental refletir o significado de tecnologia em si. Segundo o site dicionário online de português a tecnologia é a “Teoria ou análise organizada das técnicas, procedimentos, métodos, regras, âmbitos ou campos da ação humana” (DICIO, 2020). Para sintetizar este o significado de tecnologia, pode-se dizer que as tecnologias são nada mais, nada menos que métodos e técnicas que podem auxiliar e contribuir com as ações humanas, não necessariamente a tecnologia precisa estar ligada na rede elétrica ou com placas computacionais. Como por exemplo um simples quadro negro e um giz branco pode ser considerado uma tecnologia, servindo para auxiliar o docente em uma aula qualquer. Para Kenski (2007, p. 15), “[...] as tecnologias são tão antigas quanto a espécie humana”. Elas existem desde os primórdios do raciocino humano, conforme o ser-humano foi evoluindo e descobrindo novas formas de sobrevivência, por consequência foi surgindo novos métodos e ferramentas para se manter vivos, assim novas tecnologias estavam sendo criadas. E hoje em dia não é diferente, conforme a sociedade sente alguma dificuldade ou necessidade, consequentemente surge uma nova tecnologia para suprir e facilitar determinado problema, tendo sempre uma crescente e veloz evolução tecnológica. As tecnologias atuais influenciam na cultura da humanidade, um exemplo é o meio que é efetuada grande parte da comunicação das sociedades contemporâneas, ou seja, pela utilização da internet para a comunicação, permitindo que pessoas se comuniquem sem precisar estar fisicamente no mesmo lugar. Pode ser citada também a Educação a Distância, propiciando que muitas pessoas que não tenham a disponibilidade de cursar uma Universidade de forma presencial ou que não tenham recursos financeiros para financiar esta mesma, assim possam obter o certificado de curso superior utilizando esta tecnologia. Notando a importância das tecnologias para a sociedade, esta mesma precisa ser levada para as escolas, buscando sempre explorar esse conhecimento de uma maneira prévia e sempre constante, não apenas utilizando somente quando aparecer alguma emergência, como exemplo neste momento de pandemia do COVID-19 que obrigou todas as escolas a aderirem o método não presencial, utilizandoferramentas tecnológicas e a internet. Por isso a importância da capacitação constante dos professores para melhor utilização das ferramentas tecnológicas, permitindo assim novos métodos de ensinar e aprender. Mesmo a tecnologia sendo relativamente fácil de manusear, ainda existe desigualdade social neste quesito. É de conhecimento que ainda existe uma parcela da sociedade brasileira que ainda não possui acesso à internet. De acordo com Torkania (2020): Os dados, que se referem aos três últimos meses de 2018, mostram ainda que o percentual de brasileiros com acesso à internet aumentou no país de 2017 para 2018, passando de 69,8% para 74,7%, mas que 25,3% ainda estão sem acesso. Em áreas rurais, o índice de pessoas sem acesso é ainda maior que nas cidades, chega a 53,5%. Em áreas urbanas é 20,6%. Seguindo essa reflexão, é fundamental a utilização das tecnologias no processo de ensino-aprendizagem, fazendo com que a escola realize um trabalho social, adicionando essas pessoas no mundo tecnológico, derrubando assim as muralhas que um dia poderiam exclui-los do meio social, cultural ou intelectual. 3 A EVOLUÇÃO DAS PRINCIPAIS FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS AO DECORRER DOS TEMPOS Antes de iniciar de fato ao assunto da importância das tecnologias no meio educacional é importante destacar uma série de assuntos para melhor compreendermos sobre o tema em foco, para iniciar os assuntos relacionados a tecnologia é interessante que o leitor compreenda inicialmente a história e evolução das principais ferramentas tecnológicas desde os tempos antigos até o período contemporâneo. Para iniciar os destaques da evolução das ferramentas tecnológicas, pode ser analisado então que uma destas primeiras ferramentas constitui em uma simples calculadora tem sua datação de mais de 5000 mil anos atrás, afirma Gugik (2020) que o registro da primeira ferramenta tecnológica de característica computacional é “datado do ano de 5.500 a.C., pelos povos que constituíam a Mesopotâmia. Contudo, este mecanismo também foi usado posteriormente por muitas outras culturas”. A ferramenta citada ainda é utilizada hoje em dia, se trata do famoso Ábaco. Estes fatos históricos são descritos por Gugik (2020): Muitos povos da antiguidade utilizavam o ábaco para a realização de cálculos do dia a dia, principalmente nas áreas de comércio de mercadorias e desenvolvimento de construções civis. Ele pode ser considerado como a primeira máquina desenvolvida para cálculo, pois utilizava um sistema bastante simples, mas também muito eficiente na resolução de problemas matemáticos. É basicamente um conjunto de varetas de forma paralela que contém pequenas bolas que realizam a contagem. Analisando o Ábaco como exemplo de uma das primeiras ferramentas tecnológicas ou ainda sendo mais específico, é considerado um dos primeiros computadores da humanidade, seguindo essa afirmação se faz necessário apresentar o significado da palavra computador. Segundo o site dicionário online de português computador significa algo “que computa, que faz cômputos (cálculos) de; calculador” (DICIO, 2020). A partir desta análise pode-se afirmar então que o Ábaco foi uma das primeiras ferramentas tecnológicas computacionais para auxiliar o humano na realização de cálculos. Segundo a professora de licenciatura em letras Diana (2020) afirma que “uma das primeiras máquinas de computar foi o ‘ábaco’, instrumento mecânico de origem chinesa criado no século V a.C. Assim, ele é considerado o ‘primeiro computador’, uma espécie de calculadora que realizava operações algébricas”. Após a invenção do Ábaco, existiu muitas ferramentas computacionais que auxiliaram de alguma forma a humanidade, alguns computadores arcaicos depois do Ábaco tem-se da “régua de cálculos” criada por John Napier que “trata-se do primeiro instrumento analógico de contagem capaz de efetuar cálculos logaritmos. Essa invenção foi considerada a mãe das calculadoras modernas” (DIANA, 2020). Em seguida chega o matemático francês Pascal que “inventa a primeira máquina de calcular automática. Essa máquina foi sendo aperfeiçoada nas décadas seguintes até chegar no conceito que conhecemos hoje” (DIANA, 2020). Já no século XIX, “o matemático inglês Charles Babbage criou uma máquina analítica que, a grosso modo, é comparada com o computador atual com memória e programas” (DIANA, 2020). Através desta última invenção, alguns estudiosos o consideram o “Pai da Informática”. Assim, as máquinas de computar foram cada vez mais incluindo a variedade de cálculos matemáticos, adição, subtração, divisão, multiplicação, raiz quadrada, logaritmos, dentre outros com complexidades extremamente avançadas. Finalizando os destaques das primeiras e mais importantes ferramentas tecnológicas computacionais agora chega-se na era dos computadores mais avançados. Essa evolução é dividida em 5 gerações, a última geração se trata dos computadores que utilizamos hoje dentro de nossas casas, que a partir dessa geração vem muitas ferramentas tecnológicas como o smartphone, tablets, notebooks, smart tv, lousa digital, o armazenamento de dados em nuvem, softwares mais sofisticados, dentre muitas outras ferramentas que serão destacadas mais adiante neste artigo. Mas antes será analisado as 5 gerações até os computadores atuais. Os computadores de primeira geração datam-se de 1946 a 1954 e eram constituídos de circuitos eletrônicos e válvulas, o uso era extremamente restrito por se tratar de uma máquina muito complexa para ser utilizada, e exigia um espaço muito grande para instalação, além de possuir um grande consumo de energia tinha vários problemas devido ao aquecimento da máquina. De acordo com o site da Fundação Bradesco (2020): As válvulas foram utilizadas em computadores eletrônicos, como por exemplo no ENIAC. Normalmente quebrava após algumas horas de uso e tinha o processamento bastante lento. Nesta geração os computadores calculavam com uma velocidade de milésimos de segundo e eram programados em linguagem de máquina. Os computadores de segunda geração datam-se de 1955 a 1964 iniciando assim com o seu uso comercial, porém com um tamanho ainda gigantesco e com capacidade de processamento ainda muito pequena sendo o destaque desta geração a substituição das válvulas por transistores. De acordo com o site da Fundação Bradesco (2020): A válvula foi substituída pelo transistor. Seu tamanho era 100 vezes menor que o da válvula, não precisava de tempo para aquecimento, consumia menos energia, era mais rápido e confiável. Os computadores desta geração já calculavam em microssegundos (milionésimos) e eram programados em linguagem montadora. Os computadores de terceira geração datam-se de 1964 a 1977. Estes computadores tiveram uma grande redução de tamanho sendo eles constituídos agora de circuitos integrados com maior capacidade de processamento e agora sendo utilizado pela primeira vez como computador pessoal. De acordo com o site da Fundação Bradesco (2020): Os transistores foram substituídos pela tecnologia de circuitos integrados (associação de transistores em pequena placa de silício). Além deles, outros componentes eletrônicos foram miniaturizados e montados num único CHIP, que já calculavam em nanossegundos (bilionésimos). Os computadores com o CI (Circuito Integrado) são muito mais confiáveis, bem menores, tornando os equipamentos mais compactos e rápidos, pela proximidade dos circuitos; possuem baixíssimo consumo de energia e menor custo. Nesta geração surge a linguagem de alto nível. Os computadores de quarta geração datam-se de 1977 a 1991. Nesta geração surgiram os primeiros softwares integrados com processadores de textos, planilhas eletrônicas, gerenciadores de Banco de Dados, com as primeiras telas gráficas e utilização de um mouse. Estes computadores começaram a se assemelhar com os computadores de hoje em dia.De acordo com o site da Universidade da Paraíba (2020): Os computadores da quarta geração são reconhecidos pelo surgimento dos processadores — unidade central de processamento. Os sistemas operacionais como MS-DOS, UNIX, Apple’s Macintosh foram construídos. Linguagens de programação orientadas a objeto como C++ e Smalltalk foram desenvolvidas. Discos rígidos eram utilizados como memória secundária. Impressoras matriciais, e os teclados com os layouts atuais foram criados nesta época. Os computadores de quinta geração datam-se de 1991 aos dias atuais. Estas máquinas são consideradas supercomputadores com grande potencial de processamento tendo ampla utilização na automação de escritórios e no meio comercial e industrial e sendo o grande destaque desta geração na grande adesão da era on-line. De acordo com o site da Universidade da Paraíba (2020): A quinta geração está sendo marcada pela inteligência artificial e por sua conectividade. A inteligência artificial pode ser verificada em jogos e robôs ao conseguir desafiar a inteligência humana. A conectividade é cada vez mais um requisito das indústrias de computadores. Hoje em dia, queremos que nossos computadores se conectem ao celular, a televisão e a muitos outros dispositivos como geladeira e câmeras de segurança. Pode-se perceber através deste capítulo que as ferramentas tecnológicas podem ser diversas ferramentas que foram desenvolvidas para facilitar e automatizar o trabalho humano, seguindo esse pressuposto e já tendo o conhecimento da evolução das ferramentas tecnológicas computacionais, mais adiante este artigo apresentará seu foco nas ferramentas tecnológicas digitais em âmbito educacional, ou seja, softwares que possam auxiliar o docente em seu processo de ensino- aprendizagem. 4 O FUTURO INCONTESTÁVEL DA UTILIZAÇÃO DAS FERRAMENTAS TECNOLÓGICAS NO MEIO EDUCACIONAL No ano de 2020 o Brasil sofreu intensamente com a pandemia do COVID-19 causando impactos sociais, econômicos, culturais e políticos que obrigou com que o ritmo da sociedade mudasse permanentemente, tendo mudanças drásticas em alguns setores. Um desses setores que recebeu grande impacto foi o sistema educacional mundial, levando o fechamento generalizado das escolas, universidades e faculdades. Segundo informações do documento digital da Câmara Municipal de Monte Mor (2020): Em 12 de abril de 2020, aproximadamente 1,716 bilhão de alunos foram afetados devido ao fechamento da escola em resposta à pandemia. Segundo o monitoramento da UNESCO, 188 países implementaram fechamentos em todo o país e 5 implementaram fechamentos locais, impactando cerca de 99,4% da população estudantil do mundo. Para solucionar esse problema de imediato e não deixar o sistema educacional estagnado, a solução mais prática e efetiva era contar ainda mais com a utilização das tecnologias, principalmente na modalidade do ensino a distância, utilizando ferramentas propícias com o auxílio da internet para continuar a todo vapor o trabalho de ensino-aprendizagem e manter funcionando perfeitamente sem que este cenário traga prejuízos à educação mundial. Este cenário foi fundamental para analisarmos como somos frágeis e dependemos fundamentalmente e a quase todo tempo das tecnologias, e precisou acontecer uma pandemia mundial para que observássemos claramente que o uso de ferramentas tecnológicas em nosso meio é fundamental para que tudo continue funcionando quase que normalmente. Neste momento de pandemia analisou-se que muitos professores não conseguem utilizar ferramentas básicas no meio tecnológico. Enxergando assim a precariedade da capacitação de docentes para utilização corriqueira das tecnologias. Além disso, a própria Base Nacional Comum Curricular (BNCC) considera as tecnologias educacionais um aliado para a aprendizagem de alunos da educação básica. Porém, com a precariedade de capacitação adequada dos docentes, surge assim um dos maiores desafios para que os gestores e as instituições de ensino possivelmente possam encontrar é com a própria resistência dos professores. Muitos docentes não foram formados em um meio com tamanha abundancia tecnológica como hoje e têm dificuldades básicas em suas utilizações. E por outro lado, os estudantes, muitas vezes, possuem maior facilidade e uma maior gama de conhecimentos das ferramentas e recursos que os próprios professores desconhecem. Isso acaba contribuindo para a resistência dos professores quanto ao uso das tecnologias educacionais. O Censo escolar realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) apontam que a maioria das escolas públicas já possuem ferramentas tecnológicas a disposição dos docentes, porém mesmo assim a aproximação dos docentes com essas tecnologias ainda não aconteceram, pois as tecnologias as vezes até chegam nas escolas, mas carecem de capacitação e os professores muitas vezes ficam carregados com medo de utilizar essas mesmas, causando assim uma resistência em seu uso. Esta afirmação pode ser contestada também por Abellón (2020): A verdade é que, a maioria dos educadores, não foi instruída para usar tecnologias digitais em sala e, os que ainda estão em graduação também não estão sendo devidamente preparados. O principal argumento dos próprios professores para explicar essa dificuldade dessa inserção em sala é o medo de não conseguir dominar os recursos tecnológicos. Por consequência a falta de capacitação do docente, torna-se ainda mais complexa a exploração de novas práticas pedagógicas utilizando as tecnologias. Fortalecendo ainda mais a resistência por essas novas ferramentas e forçando ainda mais o professor a continuar utilizando os velhos métodos obsoletos e talvez não tão atraentes para os estudantes. As escolas hoje desprovidas de novas ferramentas tecnológicas ou no uso de ferramentas obsoletas acabam por transformar as salas de aula em um ambiente de grande monotonia sem estímulo e apagando o interesse dos estudantes, predominando aquele sentimento de desgosto ao ir para a escola, sentindo aquele momento como uma obrigação e não de prazer, reduzindo assim na qualidade da educação nas escolas. Cabe ao docente sempre se capacitar sobre o uso adequado de novas ferramentas tecnológicas, buscar sempre novos conhecimentos para que o profissional não acabe se tornando obsoleto nas suas formas e metodologias de atuação dentro das salas de aula. O uso das ferramentas tecnológicas aliadas com a educação, deve ser sempre integrada como um conjunto de ferramentas que possam sempre auxiliar os docentes positivamente, principalmente hoje com a grande diversidade de meios tecnológicos em ascensão em nosso meio, pensando sempre que as tecnologias podem automatizar e enriquecer o trabalho do docente, trazendo mais prazeres e curiosidades para os estudantes, ou seja podendo revolucionar na qualidade da educação. Utilizar as ferramentas tecnológicas a favor do ensino-aprendizagem é ter consciência que o mundo contemporâneo sem a exploração das tecnologias é o mesmo que estagnar a qualidade dos professores, não dando importância se os estudantes estão aprendendo ou não, por isso é importante sempre manter-se atualizados e capacitados no mundo tecnológico. “A educação é e sempre foi um processo complexo que utiliza a medida de algum tipo de meio de comunicação como complemento ou apoio à ação do professor em sua interação pessoal e direta com os estudantes” (BELLONI, 1999. p.54). Atualmente muitas escolas hoje em dia estão utilizando uma metodologia de ensino muito eficaz que pode aliar potencialmente com as tecnologias. Essa metodologia é mais conhecida como Metodologia Ativa. Este método muda principalmente o modelo clássico utilizado frequentemente no passado e comumente ainda é utilizado em muitas escolas, onde que no método clássico o professor é o protagonista da educação, sendoo único detentor do conhecimento, já nas Metodologias Ativas o professor se torna apenas o mediador, e os estudantes os reais protagonistas da educação. A metodologia ativa, o aluno é personagem principal e o maior responsável pelo processo de aprendizado. Sendo assim, o objetivo desse modelo de ensino é incentivar que a comunidade acadêmica desenvolva a capacidade de absorção de conteúdos de maneira autônoma e participativa (PINTO, 2020) Nesta metodologia podemos destacar alguns métodos que utilizam fortemente as ferramentas tecnológicas para potencializar a qualidade das aulas. Pode ser citado dois dos vários métodos que utilizam as tecnologias como motor propulsor da efetivação destes processos. O primeiro a ser citado é o método de Sala de aula Invertida, “é uma metodologia ativa amplamente conhecida, derivada do ensino híbrido. Seu diferencial reside no uso da tecnologia – especialmente a internet, pois mistura a experiência digital e de sala de aula, potencializando o aprendizado” (PINTO, 2020). O segundo método a ser citado é no modelo de gamificação que pode ser potencializado na utilização de ferramentas tecnológicas, para transformar simples aulas em jogos digitais educacionais. A metodologia ativa de Gamificação “pode-se entender como gamificação a utilização de elementos como jogos e desafios em situações de sala de aula” (PINTO, 2020). Fortalecendo ainda mais o uso de ferramentas tecnológicas, em novembro de 2018 o Ministério da Educação homologou as novas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNs) para a educação básica. Entre as alterações está a validação da utilização do Ensino a Distância na educação básica brasileira. Conforme a publicação da Redação Pátio (2020) em sua página de internet sobre as Diretrizes Curriculares Nacionais: A carga horária de aula online pode chegar a 30% para alunos do turno noturno, 20% para alunos do turno diurno e 80% para os estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA). As novidades definiram o que ficou em aberto na reforma do ensino médio sancionada pelo governo de Michel Temer em 2017. Por momento essa modalidade é opcional, porém com a grande utilização de ferramentas do estilo EAD, essa modalidade pode se tornar uma realidade concreta em nossas escolas da rede pública. Caso os estados resolvam aderir as novas diretrizes, os sistemas de ensino poderão firmar convênios com instituições que oferecem a modalidade, consequentemente a carga horária das aulas terão um acréscimo. “Todas as escolas brasileiras têm até 2022 para aumentar a carga horária total, que é de 2,4 mil, para 3 mil horas” (REDAÇÃO PÁTIO, 2020). Estes novos conteúdos a serem tratados na forma EAD são chamados atualmente de “itinerários formativos”. Trata-se do estudo aprofundado de determinadas áreas do conhecimento, sendo das já disciplinas comuns como de áreas técnicas, e os estudantes terão a opção de quais itinerários desejam realizar conforme a necessidade da comunidade escolar. Em entrevista ao site Metro Jornal (2020) uma diretora-executiva do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e ação Comunitária (Cenpec) cita que “os itinerários formativos deverão aumentar o protagonismo dos estudantes em suas formações. Ainda assim, a diretora-executiva do Cenpec atenta ao alto investimento em infraestrutura tecnológica e conectividade que o implemento da EAD exige”. Nota-se que a tendência para a utilização das ferramentas tecnológicas dentro das escolas só tende a crescer consideravelmente e um caminho sem volta, porém alguns problemas e dificuldades existem para a correta implementação e utilização das mesmas, uma delas já citada anteriormente é na falta de capacitação e na busca de novos conhecimentos por parte dos professores e das secretarias de educação para o uso adequado das ferramentas tecnológicas, além destes problemas já debatidos existem também o grande problema da precária infraestrutura de muitas escolas. “No caso da rede pública, há um problema ainda anterior à apropriação das novas tecnologias: a falta de infraestrutura. Segundo uma pesquisa de 2017 do movimento Todos pela Educação, 66% dos professores da rede apontam o número insuficiente de equipamentos como limitador no uso dos recursos tecnológicos no ensino. Além disso, 64% indicam a velocidade insuficiente da internet como restrição” (FONTOURA, 2020). Nota-se escancaradamente que enquanto o poder público não investir em capacitação continuada e/ou infraestrutura adequada na área das tecnologias, os professores precisarão se tornar mais independentes, mas pra isso a internet nos proporciona diversas ferramentas tecnológicas livres super efetivas e cursos gratuitos para a utilização adequada das mesmas, exemplo disso são os softwares educacionais da Google que serão apresentados no próximo capítulo para auxiliar os docentes no processo de ensino-aprendizagem. 5 EXEMPLOS DE FERRAMENTAS DIGITAIS GRATUITAS PARA O USO EFETIVO EM SALA DE AULA Hoje em dia existem diversos tipos de ferramentas digitais com o foco na educação a distância e o melhor de tudo isso, gratuitas com diversas documentações e pequenos cursos disponíveis na internet para facilitar seu manuseio. Este capítulo apresentar-se-á ferramentas amplamente utilizadas no mundo e tendo seu foco a utilização no Brasil, principalmente neste momento de pandemia, que obrigou a educação a se adaptar no modelo EAD e que futuramente essas ferramentas possivelmente serão utilizadas nas escolas com cada vez mais frequência. As ferramentas em destaques neste artigo são da empresa Google. A escolha pelo autor se teve pelo fato de ser gratuita, estar sendo utilizada como padrão das aulas EAD neste momento de pandemia nas escolas públicas brasileira, e ter grande suporte e fácil acesso a documentação das mesmas. A primeira ferramenta a ser destacada e que ganhou grande fama e utilização no Brasil foi o Google Classroom, a grande fama e adesão no ano de 2020 dos usuários com esta ferramenta foi devido a consequência do COVID-19, pois com as medidas de distanciamento acabou por abolir temporariamente as aulas presencias, fazendo com que as atividades escolares sejam migradas para o Ensino a Distância. De acordo com o site Brasil Escola (2020): O Google Classroom ou a Sala de Aula do Google é uma ferramenta on-line gratuita que auxilia professores, alunos e escolas com um espaço para a realização de aulas virtuais. Por meio dessa plataforma, as turmas podem comunicar-se e manter as aulas a distância mais organizadas. Por meio desta ferramenta, os docentes podem publicar exercícios em uma página específica e poder verificar quem finalizou as atividades, além de que os estudantes podem tirar suas dúvidas em tempo real podendo verificar as notas das atividades. O sistema disponibiliza uma função de comunicação podendo os estudantes e professores se comunicar a qualquer momento, como também deixar notificações de novos exercícios. A seguinte ferramenta a ser destacada é o Google Forms ou também conhecido como Google Formulários, que auxilia na automação de atividades e avaliações digitais. Podendo criar atividades discursivas e/ou objetivas. O professor pode configurar da melhor maneira que desejar como criar pesquisas de múltipla escolha, fazer questões discursivas, solicitar avaliações em escala numérica, dividir por páginas e assuntos, lançar imagens, dentre diversas outras funcionalidades que a mesma possibilita, mas o destaque é na automação das atividades, dependendo da configuração a ser realizada, a ferramenta praticamente corrigi os trabalhos automaticamente e ainda envia as notas nominadas para os estudantes e professores através de um simples e-mail. “Google Forms é um aplicativo do Google especialmente desenvolvido para a criação de formulários, sua divulgação, compartilhamento, captação de respostas e análise deresultados. Estes formulários podem ser usados nas mais diversas atividades, como em pesquisas internas nas empresas; pesquisas externas (de marketing, por exemplo); captação de leads, cadastramento em newsletters e até para professores passarem e corrigirem exercícios ou ministrarem provas e testes” (RIBEIRO, 2020). A ferramenta Google Docs também entra na lista dos destaques. Esta ferramenta substitui os famosos pacotes Word, da Microsoft. O melhor de tudo é que a ferramenta é gratuita, com praticamente as mesmas funcionalidades do pacote de ferramentas de edição de textos Word. Hoje em dia para um docente é indispensável a criação de documentos de textos, criação de apresentação em slides e/ou planilhas, sendo todas essas funcionalidades podendo ser criadas no Google Docs, basta ter o simples acesso à internet para utilização da mesma, sem precisar instalar nada em sua máquina. “Em sua expressão mais simples, o Google Docs é um produto do tipo SaaS (Software as a Service), que oferece ao usuário doméstico meios não apenas de criar e editar documentos de texto, planilhas eletrônicas e apresentações sem a necessidade de instalar qualquer programa em seu computador (posto que os programas estão instalados nos servidores da Google e a comunicação do usuário com eles, ou interface, é feita por meio do programa navegador), como também de armazenar os arquivos assim criados nesses mesmos servidores (ou seja, naquilo que se convencionou chamar de a nuvem). E a melhor parte: até certo limite de espaço de armazenamento utilizado, o serviço é gratuito para usuários domésticos” (PIROPO, 2020). A quarta ferramenta a ser descrita se trata do Google Drive, em resumo funciona como uma grande pasta de arquivos digitais, sendo que estes arquivos ficam armazenados em nuvem, não precisando de um dispositivo físico para o armazenamento dos mesmos, como pen drive ou disco rígido. Basta ter acesso a internet para poder disfrutar dessa ferramenta. Comumente os estudantes e professores criam seus documentos e acabam perdendo o material por falta de atenção ou por ser extraviado um dispositivo que esteja armazenado esses materiais. Todos esses problemas podem ser eliminados com a utilização do Google Drive. “O Google Drive se destaca por oferecer várias funcionalidades em um mesmo pacote, além de ser totalmente gratuito e de uso livre. A ferramenta é intuitiva, funciona em uma plataforma 100% online e o armazenamento é na nuvem. Além de permitir a produção e o armazenamento de conteúdo, o Google Drive também promove a sincronização entre diferentes máquinas, salvando todo o material produzido de forma automática” (BITTENCOURT, 2020). Outra ferramenta para utilização na educação hoje na função de videoaulas em tempo real é a ferramenta Google Meet. Ferramenta esta que também é gratuita até setembro de 2020 que através de um smartphone ou computador pessoal, os docentes podem ministrar suas aulas através de videoaulas, podendo se comunicar com os estudantes, tirar dúvidas, explicar conteúdos, apresentar experimentos escolares, apresentações de trabalhos, apresentações de slides, dentre outros. Todos os participantes que estiverem nesta videoaula podem se comunicar em tempo real, uma das melhores formas de aplicar uma aula sem que estejam fisicamente juntos. “O Google Meet é um aplicativo de videoconferência do Google disponível para Android e iPhone (iOS). A ferramenta, que antes era exclusiva para assinantes do GSuite, liberou o acesso grátis a todos os usuários do Gmail. O aplicativo permite fazer videochamadas com até 100 pessoas, e fornece ferramentas como compartilhamento de tela e legendas instantâneas. O acesso gratuito do Google Meet vai até 30 de setembro, como uma alternativa para realizar reuniões corporativas virtuais ou aulas à distância durante o regime de home office com a quarentena” (FRANCO, 2020). A última ferramenta a ser destacada e que tem um dos maiores potenciais educacionais é o YouTube, também da empresa Google. Esta ferramenta de postagem e visualização de vídeos, gratuita e de simples manipulação. Em relação a educação esta ferramenta pode ser utilizada em grande escala, tanto para visualizações quanto para publicações. Mattar (2007, p. 118, apud Portal Educação, 2020) comenta que “o professor pode optar pela produção de um vídeo dos alunos ao invés de realizar um seminário, tornando a pesquisa do assunto muito mais motivadora e gerando comentários dos outros alunos e demais usuários da rede”. Hoje o YouTube tem um grande potencial na educação chegando a milhares de vídeos educativos, inclusive alguns professores que criaram seus próprios canais e se tornaram incrivelmente famosos e atuam até então com a disponibilização de materiais educativos via a ferramenta Youtube. Um exemplo é do professor de Biologia Paulo Jubilut que é uma grande celebridade educativa no Youtube, o site Lunetas (2020) destaca sobre o professor: O professor Paulo Jubilut, por exemplo, pode ser considerado uma celebridade da educação online. Com quase dois milhões de inscritos e mais de 250 vídeos postados, ele desenvolveu uma abordagem de ensino própria, à frente do canal Biologia Total, hoje o maior canal de Biologia do Brasil. Conhecido apenas como Jubilut, ele afirma ser o primeiro professor brasileiro a atingir a marca de um milhão de inscritos. Criada em 2013, a iniciativa cresceu e funciona hoje como uma empresa, com mais de 20 funcionários. Com estas ferramentas apresentadas o professor pode atuar em suas aulas com um potencial monumental, podendo ministrar aulas tão criativas e de qualidade quanto uma aula presencial. Não significa que as aulas presencias tenham que deixar de existir, porém tudo isso pode ser um potencial aliado. Hoje os nossos estudantes estão muito ligados com as tecnologias, as informações podem ser adquiridas com muita facilidade através da internet, quem não aliar com as tecnologias vai ficar definitivamente para trás e obsoleto. Todas as ferramentas citadas unidas podem ser de caráter determinante para uma aula de qualidade e atrativa, o Google Classroom faz o papel de uma sala de aula, o Google Formulários fica a cargo dos exercícios e avaliações, Google Docs é a ferramenta responsável pela criação de textos para os trabalhos de pesquisas e suporte a apresentações, o Google Drive a mochila e/ou pasta virtual de armazenamento de todos os nossos documentos e arquivos, o Google Meet nossas aulas de explicação ou apresentação em tempo real e o Youtube nossa ferramenta de suporte e fortalecimento dos estudos já debatido com os estudantes. Tudo isso forma um ciclo de pura criatividade e fortalecimento da nossa Educação Brasileira, basta o profissional acreditar e perder o medo das tecnologias, buscando sempre o aprendizado constante e as capacitações contínuas. METODOLOGIA Esta pesquisa que teve como finalidade de apresentar a problemática dos docentes na utilização das novas ferramentas tecnológicas. Tratou-se de uma pesquisa exploratório, bibliográfica, cujos resultados foram analisados em diversos documentos digitais e físicos como também relatados conforme a própria experiência em sala de aula. Os resultados foram analisados numa abordagem qualitativa que, conforme Cunha (1995) é aquela que procura estudar os fenômenos educacionais e seus atores dentro do contexto social e histórico em que acontecem e vivem. A pesquisa é caracterizada como bibliográfica, segundo Pizzani (2012), por uma revisão da literatura sobre as principais teorias que englobam um trabalho cientifico. Essa revisão pode ser chamada de levantamento bibliográfico a qual pode ser realizada em livros, periódicos, artigos de jornais, sites da Internet entre outras fontes. Seguindo exatamente estes métodos para a realização deste artigo. CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao explorar as potencialidades das ferramentastecnológicas no cotidiano da educação brasileira, principalmente com o acesso a rede de internet, o processo de ensino-aprendizagem abre-se para novas fronteiras, propondo mudanças nas práticas pedagógicas, tornando o processo educativo mais interessante e estimulante, eliminando assim a monotonia do ensino clássico comumente utilizados pelos docentes. Pode-se analisar que por meio de ações que proporcionam o uso adequado de ferramentas tecnológicas, possibilitam ainda mais a criatividade, a socialização e a descoberta de novos saberes e habilidades, ainda mais que as tecnologias estão enraizadas no cotidiano de nossa sociedade. Porém, a inserção no cotidiano do processo de ensino-aprendizagem exige a formação e capacitação de todos os profissionais envolvidos, de forma que sejam capazes de identificar os problemas e as necessidades relacionadas à implantação e uso adequado de novas ferramentas tecnológicas. No entanto nota-se que por um lado a adesão de novas ferramentas tecnológicas nas escolas tem sido feita sem um projeto bem estruturado por parte dos governos com pouquíssimo investimento e incentivo para elevar o estímulo de nossos docentes, acarretando também na resistência de alguns professores a buscarem novos conhecimentos com a utilização de ferramentas tecnológicas adequadas, criando no subconsciente do docente que a utilização de determinadas ferramentas pode ser um labirinto sem um fim, instigando assim com que os professores ignorem as tecnologias e mantenham- se no estilo conservador do processo clássico de ensino-aprendizagem. Este artigo identificou e buscou refletir estes problemas corriqueiros no meio escolar, buscando conscientizar o educador e incentivar na utilização de novas ferramentas tecnológicas. Como muitos docentes não possuem um conhecimento abrangente na utilização adequada dessas ferramentas, o artigo busca também apresentar ferramentas tecnológicas gratuitas, fáceis de utilização e com grande suporte documental ou de outra forma que possa capacitar e auxiliar o professor na utilização adequada das mesmas. Este processo pode ajudar grandemente no processo de ensino- aprendizagem com o incremento de novas tecnologias, principalmente analisando neste momento de pandemia da COVID-19, que modificou totalmente o cenário da educação mundial, onde que todo o processo precisou modificar seu modo de atuação, transformando o processo presencial das aulas para não-presencial, e o único meio para que o processo de ensino-aprendizagem continuasse com efetividade foi na utilização adequada de novas ferramentas tecnológicas. Por meio desta ocorrência de pandemia, pudemos analisar que as tecnologias quando utilizadas corretamente podem de agora em diante ser utilizadas normalmente, contribuindo sempre e fortalecendo o processo educacional. Sabe-se ainda que muito precisa melhor, muitas ferramentas surgirão, porém, precisamos ter consciência que necessitamos sempre de nos capacitar, e permitirmos buscar cada vez mais novos conhecimentos para seguirmos com um trabalho de ensino- aprendizagem de qualidade para com os nossos estudantes. REFERÊNCIAS ABELLÓN, Marcos. Educador: É preciso ter medo da tecnologia?. Disponível em: < https://educacional.cpb.com.br/conteudos/universo-educacao/educador-e-preciso- ter-medo-da-tecnologia/>. Acessado em 27 jun. 2020. BELLONI, Maria Luiza. Educação a Distância. 2.ed. São Paulo: Editora Autores Associados, 1999. (p.53-77). BITTENCOURT, Thais. Como funciona o google drive [tutorial completo]. Disponível em: <https://blog.hotmart.com/pt-br/google-drive/>. Acessado em 06 jul. 2020. BRASIL ESCOLA. Como usar o google classroom. Disponível em: <https://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/como-usar-o-google- classroom.htm>. Acessado em 06 jul. 2020. CÂMARA MUNICIPAL DE MONTE MOR. Os impactos do covid-19 na Educação. Disponível em: <https://www.camaramontemor.sp.gov.br/images/pdf/Elemmor/Material_- _Educa%C3%A7%C3%A3o_elemmor_22.05.2020.pdf >. Acessado em 25 jun. 2020. CUNHA, Maria Isabel da. A Pesquisa Qualtativa e a Didática. In: OLIVEIRA M.R.N.S. (org.), Didática: Ruptura, Compromisso e Pesquisa. São Paulo, Papirus Editora, 1995. DIANA, Daniela. História e evolução dos computadores. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/historia-e-evolucao-dos-computadores/>. Acessado em 20 jun. 2020. DICIO. Computador. Disponível em: <https://www.dicio.com.br/computador/>. Acessado em, 20 jun. 2020. DICIO. Tecnologia. Disponível em: <https://www.dicio.com.br/tecnologia/>. Acessado em 19 jun. 2020. FRANCO, Marcela. Como usar o google meet no celular para fazer reunião e chamada de vídeo. Disponível em: <https://www.techtudo.com.br/listas/2020/05/como-usar-o-google-meet-no-celular- para-fazer-reuniao-e-chamada-de-video.ghtml>. Acessado em 07 jul. 2020. FUNDAÇÃO BRADESCO. Microinformática. Disponível em: <http://www.fundacaobradesco.org.br/vv-apostilas/mic_pag3.htm>. Acessado em 21 jun. 2020. GUGIK, Gabriel. A História dos computadores e da computação. Disponível em: < https://www.tecmundo.com.br/tecnologia-da-informacao/1697-a-historia-dos- computadores-e-da-computacao.htm>. Acessado em 20 jun. 2020. KENSKI, V. M. Educação e tecnologias: o novo ritmo da informação. 1. ed. Campinas: Papirus, 2007. (p.15) LUNETAS. Videoaula e ‘edutubers’: como o youtube mudou o jeito de estudar?. Disponível em: <https://lunetas.com.br/videoaula-educacao-youtube/>. Acessado em 07 jul. 2020. MATTAR apud Portal Educação. O youtube como ferramenta para a educação. Disponível em: < https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/direito/o- youtube-como-ferramenta-para-a-educacao/46032>. Acessado em 07 jul. 2020. METRO JORNAL. Mudanças no ensino médio validam ensino a distância. Disponível em: <https://www.metrojornal.com.br/foco/2019/01/13/mudancas-no- ensino-medio-validam-ead.html>. Acessado em 03 jul. 2020. PINTO, Diego de Oliveira. Metodologias ativas de aprendizagem: o que são e como aplicá-las. Disponível em: <https://blog.lyceum.com.br/metodologias-ativas- de-aprendizagem >. Acessado em 01 jul. 2020. PIROPO. Google Docs, para que serve. Disponível em: <https://www.em.com.br/app/noticia/tecnologia/2012/04/05/interna_tecnologia,28730 1/google-docs-para-que-serve.shtml>. Acessado em 06 jul. 2020. PIZZANI, Luciana. A arte da pesquisa bibliográfica na busca do conhecimento. <https://www.google.com/url?sa=t&rct=j&q=&esrc=s&source=web&cd=&ved=2ahUK EwjOx4z3pb7qAhVpH7kGHZYoA78QFjABegQICxAE&url=https%3A%2F%2Fperiodi cos.sbu.unicamp.br%2Fojs%2Findex.php%2Frdbci%2Farticle%2Fdownload%2F189 6%2Fpdf_28%2F&usg=AOvVaw0WvC7DF2i31BxNobinLxKZ>. Acessado em 08 jul. 2020. REDAÇÃO PÁTIO. A implementação da educação a distância no ensino básico. Disponível em: <https://desafiosdaeducacao.grupoa.com.br/educacao-a-distancia- no-ensino-basico/>. Acessado em 03 jul. 2020. RIBAS, D. A docência no Ensino Superior e as novas tecnologias. Revista Eletrônica Latu Sensu, ano 3, n. 1, mar. 2008. Disponível em: <http://web03.unicentro.br/especializacao/Revista_Pos/P%C3%A1ginas/3%20Edi% C3%A7%C3%A3o/Humanas/PDF/3-Ed3_CH-DocenciaEns.pdf>. Acessado em 15 abr. 2020. RIBERIO, Marcus. Google forms: como funciona? como utilizar? tutorial com exemplos prontos para usar. Disponível em: <https://pluga.co/blog/marketing/google-forms-como-funciona/>. Acessado em 06 jul. 2020. TORKANIA, Mariana. Um em cada 4 brasileiros não tem acesso à internet, mostra pesquisa: Número representa 16 milhões que não acessam a rede. Disponível em: < https://agenciabrasil.ebc.com.br/economia/noticia/2020-04/um-em- cada-quatro-brasileiros-nao-tem-acesso-internet>. Acessado em 19 jun. 2020. UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA. As gerações dos computadores. Disponível em: <http://producao.virtual.ufpb.br/books/camyle/introducao-a- computacao-livro/livro/livro.chunked/ch01s02.html>. Acessado em 25 jun. 2020.
Compartilhar