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Introdução à Patologia e Mecanismos de Adaptação ao Estresse

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RENIA BATISTA – UNIFACID
Introdução à Patologia e Mecanismos de Adaptação ao Estresse
· INTRODUÇÃO E CONCEITOS
Origem do latim: 
 Pathos = Lesão 
 Logos = Estudo 
Estudo de alterações em células, tecidos e órgãos que fundamentam a doença. 
 Estudo das lesões 
Saúde: diz respeito ao bem está físico, psíquico e estrutural do individuo. 
Normalidade: se da respeito ao estudo do tecido dado como padrão 
Doença: diz respeito ao mal está seja físico, psíquico ou estrutural do individuo.
Algumas doenças tem um agente etimológico especifico outras tem vários agentes e com isso de alguma forma o que vai leva alterações morfológicas e estruturais ao tecido que levam a manifestações subjetivas (sintomas) e objetivas (sinais clínicos). 
 Alterações morfológicas Manifestações 
 e estruturais Levam subjetivas e 
 objetivas
Etiologia: É quem causa essas alterações morfológicas e estruturais. 
Patogênese: Como esse agente causa essas alterações morfológicas. 
Anatomia patológica: É uma constatação das alterações morfológicas, principalmente. 
Fisiopatologia: Como as alterações morfológicas estruturais vão levar as manifestações de sinais e sintomas naquele individuo. 
· DIVISÕES
Patologia geral: Estuda as doenças de modo geral, processo de desenvolvimento da doença em todos os organismos. 
Patologia sistêmica ou especifica : Tem apenas um segmento. Subdivida em: patologia medica, veterinária e odontológica. 
· PROCESSO DE DOENÇA
Etiologia
 Patogenia 
Alterações moleculares 
e morfológicas 
 
 Manifestações clínicas
· MECANISMO DE ADAPTAÇÃO AO ESTRESSE
Quando se tem a lesão ou um meio externo diferente do considerado normal/aceito pelo seu organismo se tem o estresse celular. A célula antes de padecer com esse estresse, ela tenta se adaptar a esse estresse. 
Então quando falamos em mecanismo de adaptação ao estresse Hobbis trás:
“Respostas estruturais e funcionais reversíveis a estresses excessivos e estímulos patológicos, que fazem a célula sobreviver e seguir funcionante”
Quando falamos em adaptação estamos falando de um processo reversível, a principio, porque ela vai tentar se adaptar aquele meio como uma forma de sobreviver enquanto estamos em processo de estresse, ela deduz que tentaremos sair daquele estresse para ela então voltar ao funcionamento normal. Quando o estresse persiste ai então a lesão pode levar para algo irreversível e a longo prazo levar até a morte celular. 
Lesão Lesão Morte
Reversível irreversível celular
Os mecanismos de adaptação consiste em quatro: 
Hiperplasia: Aumento do número de células, levando ao aumento da massa do tecido/órgão. 
 Fisiológico
 - Hormonal
Pode ser - Proliferativa
 - Compensatória 
 Patológica 
Alterações hormonais, muito frequentes em mulheres com os ciclos de FSH, LH, estradiol, progesterona vão causar recursões no organismo da mulher, e em alguns tecidos você tem a hiperplasia estimulada por esses hormônios. Assim como a hiperplasia proliferativa é aquela em que ocorre, também estimulada por algum outro agente que pode ser um hormônio ou não, mas que leva o crescimento daquele órgão de fato com objetivo final daquela alteração hormonal. Quando se fala em uma resposta hormonal e uma resposta proliferativa, na hormonal está especificando que a resposta ao hormônio daquele órgão é fazer uma hiperplasia, enquanto, a proliferativa nem sempre é por conta de um hormônio. E a compensatória ocorre basicamente quando você tem a perda de uma massa daquele tecido e ele tenta se reproduzir para recuperar aquela massa perdida, como uma “equivalesse a uma regeneração tecidual”.
Já a patológica, agora de fato estamos diante de estímulos externos que induzem a hiperplasia que ocorre, basicamente, quando células maduras vão se duplicar em tecidos em que a celular madura não se replique mais ou se tem o estimulo das células tronco para tentar ocupar aquele espaço. 
Hipertrofia: Aumento do tamanho das células, levando ao aumento do funcionamento do tecido e de seu volume. 
Ou até mesmo na sua funcionalidade, que na maioria das vezes acaba requerendo também um aumento de volume, afinal de contas quando a celular aumenta a funcionalidade ela precisa de mais organelas dentro, por conta disso se tem também o aumento de volume. 
Vem de aumento da demanda funcional, fatores de crescimento ou estímulo hormonal. 
A hipertrofia ao contrario da hiperplasia não necessariamente precisa de um estímulo especifico, de um hormônio/substancia, também ocorre, as vezes se tem hiperplasia secundaria ao estimulo hormonal, mas, a hipertrofia secundaria ao estimulo funcional. 
O exemplo mais clássico para falar de hipertrofia são os músculos. Quando a pessoa ta na academia aumento os pesos da malhação, está aumentando a carga naquele músculo, por conta disso o musculo tem um aumento do seu volume, também, há de certa forma, um aumento na quantidade de celulares musculares, mas basicamente o que ocorre é o aumento do seu volume porque a carga agora é maior e precisa-se de mais força, de mais unidade de contração de actina e miosina, por isso esse aumento de volume. 
Limite e regressão
Porém chega um determinado momento em que percebe-se que está crescendo demais, que o crescimento já não é mais compensatório, que se está crescendo mais do que devia, nesse ponto para de crescer e em alguns casos pode se ter até a apoptose, a morte celular, para tentar regredir ao tamanho necessário para aquele estimulo. Por isso se tem a regressão em alguns casos. 
Hipertrofia seletiva
A hipertrofia seletiva é quando estamos falando não da célula como um todo mas uma organela especifica está em maior quantidade naquela célula, o grande exemplo são algumas unidades de reticulo liso principalmente nos hepatócitos que aumenta quando o individuo está em uso de alguma substancia química, seja medicamento, álcool, droga. 
Atrofia: Redução de tamanho do órgão/tecido por redução no tamanho/número de células. 
A atrofia ela vai no caminho oposto da hipertrofia e hiperplasia, agora tem uma redução no tecido/órgão seja porque a célula diminuiu em tamanho ou diminuiu em quantidade de células. Pode se ter a perda ou a diminuição de células, pode ter um estímulo fisiológico ou patológico. 
Quando se tem a queda dos níveis hormonais da mulher, principalmente da progesterona, tem ali a fase que se inicia com a menstruação com isso a mulher tem a perda do tecido endometrial, ou seja, o endométrio volta a atrofiar. As mulheres que estão em menopausa tendem a fazer a atrofia do endométrio por conta das reduções de níveis hormonais. 
Em muitos casos você pode progredir para a apoptose quando o corpo detecta que mesmo reduzindo o volume aquele tecido está demasiado grande para determinada função. 
Metaplasia: Tipo celular se diferencia em outro tipo.
“Substituição adaptativa”
Já a metaplasia é quando se tem a chamada a substituição adaptativa, o tecido celular é de determinado padrão, escamoso por exemplo, e evolui para um padrão colunar. É o tipo celular que muda, não tem aumento e nem diminuição na quantidade ou no tamanho, tem apenas a substituição de um tipo celular por outro. E naquele tecido que tem um determinado tipo celular você encontra outro, porque houve algum estresse que forçou essa mudança para que aquele órgão/tecido pudesse sobreviver. 
Reprogramação de células-tronco ou mesenquimais de tecido conjuntivo 
Muitas vezes isso ocorre por alteração de células troncos que estão no meio daquele tecido conjuntivo subepitelial por esse estimulo acaba-se desencadeando a formação de células de tecidos diferentes. Um grande exemplo é o esôfago,quando o individuo tem doença de refluxo gástrico-esofágico constantemente aquele conteúdo acido volta do estômago e bate nas paredes do esôfago provocando acidez, hiperemia, irritação daquela mucosa com isso, com o tempo, começa a estimular as células tronco a desenvolverem um novo padrão celular, um padrão que tende a proteger a parede daquele tecido. 
Tipo
 Colunar Escamoso
 Escamoso Colunar
 Conjuntivo/cartilagem/osso
 Tecido adiposo 
 REFERÊNCIAS 
· ROBBENS & COTRAN. Patologia: Bases patológicas das doenças. 
Oitava edição. Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
· FILHO, Geraldo Brasileiro. Bogliolo: Patologia. Sétima edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2006. 
· PLATAFORMA SANARFLIX

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